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NB NOTÍCIAS DO BRASIL EDIÇÃO EXTRA/2010 - ANO VIII – CAPA (EDITADA POR NADIA GAL STABILE) Edição de imagens: SEVERINO PICASSO – E-mail: [email protected] - Editor: OTÁVIO MARTINS

“O JORNAL QUE ESCOLHE OS SEUS LEITORES”

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NB NOTÍCIAS DO BRASIL EDIÇÃO EXTRA/2010 - ANO VIII – PRIMEIRA PÁGINA Edição de imagens: SEVERINO PICASSO – E-mail: [email protected] - Editor: OTÁVIO MARTINS

“O JORNAL QUE ESCOLHE OS SEUS LEITORES”

EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 103 ANOS DE OSCAR NIEMEYER Organizada por Ana Maria Mineira

Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein. (Oscar Niemeyer)

CTLR + clique para seguir o link “A vida é um sopro” http://www.youtube.com/watch?v=3LdoT-XDnLk Oscar Niemeyer http://www.youtube.com/watch?v=5AP-2rtQBdg Oscar NIEMEYER - (2010) - Auditorium (Ravello - Ítalo) http://www.youtube.com/watch?v=5AP-2rtQBdg Samba de Oscar Niemeyer, Caio Marcelo - Edu Krieger http://www.youtube.com/watch?v=cRKC5l970bw

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NB NOTÍCIAS DO BRASIL EDIÇÃO EXTRA/2010 - ANO VIII - PÁGINA 2 Edição de imagens: SEVERINO PICASSO – E-mail: [email protected] - Editor: OTÁVIO MARTINS

“O JORNAL QUE ESCOLHE OS SEUS LEITORES” EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 103 ANOS DE OSCAR NIEMEYER Organizada por Ana Maria Mineira Arquiteto brasileiro - Transcrição da pagina 3 da publicação Pedagogia & Comunicação OSCAR NIEMEYER 15/12/1907, Rio de Janeiro (RJ) Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

O Brasil conquistou seu lugar na história da arquitetura mundial graças a Oscar Ribeiro de

Almeida de Niemeyer Soares Filho, cujas obras - construções que exploram as possibilidades arquitetônicas do concreto armado - estão

presentes no Brasil e em vários outros países: Estados Unidos, França, Alemanha, Argélia,

Itália, Israel etc.

Apesar de sua preocupação com a funcionalidade das obras que criou, a atenção de Niemeyer à estética é mais que evidente. A

maioria dos arquitetos reconhece nele um desenhista extraordinário. Além disso, em geral

se associou a grandes artistas plásticos para completar suas construções: Cândido Portinari, Bruno Giorgi, Alfredo Ceschiatti, : Burle Marx e

Tomie Othake.

Niemeyer matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1929. Obteve o diploma de engenheiro arquiteto em 1934. Dois anos depois, já trabalhava no escritório de Lúcio Costa, integrando a equipe que projetou o prédio do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro, um marco da arquitetura brasileira.

Le Corbusier e Juscelino Graças a Lúcio Costa, Niemeyer conheceu o arquiteto franco-suíço Le Corbusier, que foi uma influência definitiva na sua vida e com quem teria oportunidade de colaborar. Também com Lúcio Costa, viajou para Nova York, em 1939, para projetar o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial que acontecia naquela cidade.

O ano seguinte reuniu Niemeyer ao político Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, que o convidou para projetar o Conjunto da Pampulha - obra que o arquiteto até hoje considera uma de suas favoritas.

Niemeyer ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1945 - e essa opção política veio a lhe criar diversos problemas. Em 1946, por exemplo, foi convidado a dar um curso na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mas não pôde entrar no país. No ano seguinte, entretanto, ganhou por unanimidade o concurso para a construção da sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, e obteve o visto de entrada para desenvolver seu projeto.

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NB NOTÍCIAS DO BRASIL EDIÇÃO EXTRA/2010 - ANO VIII - PÁGINA 3 Edição de imagens: SEVERINO PICASSO – E-mail: [email protected] - Editor: OTÁVIO MARTINS

“O JORNAL QUE ESCOLHE OS SEUS LEITORES” EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 103 ANOS DE OSCAR NIEMEYER Organizada por Ana Maria Mineira

No início da década de 1950 projetou o

Parque do Ibirapuera e o

Edifício Copan, que se tornariam

cartões-postais da cidade de São

Paulo. Também viajou pela

primeira vez à Europa,

participando do projeto para a

reconstrução de Berlim.

Um monumento no planalto Central Juscelino Kubitschek assumiu a presidência da República em 1º de janeiro de 1956. Entre outros projetos, pretendia construir uma nova capital no planalto Central do país e encarregou Niemeyer de organizar o concurso para a escolha do plano piloto de Brasília, vencido por Lúcio Costa.

Em poucos meses, Oscar Niemeyer projetou o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, a catedral, os prédios dos ministérios, além de edifícios residenciais e comerciais da nova capital, inaugurada em 21 de abril de 1960, embora as festividades tivessem começado na véspera.

No início dos anos 60, foi nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém fundada UnB (Universidade de Brasília), que tinha como reitor o antropólogo Darcy Ribeiro. Em 1964, foi surpreendido em Israel pela notícia do golpe militar de 31 de março no Brasil. Ao retornar ao país, em novembro, foi chamado a depor no DOPS - Departamento de Ordem Política e Social, um dos principais órgãos de repressão da ditadura militar.

Edifício Copan – Centro São Paulo.

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NB NOTÍCIAS DO BRASIL EDIÇÃO EXTRA/2010 - ANO VIII – PÁGINA 4 Edição de imagens: SEVERINO PICASSO – E-mail: [email protected] - Editor: OTÁVIO MARTINS

“O JORNAL QUE ESCOLHE OS SEUS LEITORES” EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 103 ANOS DE OSCAR NIEMEYER Organizada por Ana Maria Mineira

Exílio e abertura

Em 1965, juntamente com outros 200 professores, Niemeyer deixou a

UnB, em protesto contra a nova política universitária do governo.

Praticamente impedido de trabalhar no Brasil, o arquiteto transferiu-se para Paris, onde projetou a sede do Partido Comunista Francês. Além de projetos na Itália (sede da Editora

Mondadori) e na Argélia (Uni

versidade de Constantine e Mesquita de Argel), acompanhou exposição

sobre sua obra na Europa. No início da década de 1980, com o abrandamento ou distensão política da ditadura militar, a chamada "abertura lenta, segura e gradual", Oscar Niemeyer voltou ao Brasil. Nesse mesmo ano projetou o Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília. Quatro anos depois, sob o governo de Leonel Brizola, no Rio de Janeiro, projetou o Sambódromo. E, em 1987, o Memorial da América Latina, em São Paulo. Sua produtividade é impressionante: em 1991 projetou o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e ao longo dos dez anos finais do século 20 criou várias obras importantes. Não interrompeu seu trabalho nos primeiros oito anos do século 21, desenvolvendo projetos no Brasil e em Oslo (Noruega), Moscou e Londres. Casado com Annita Baldo, em 1928, teve somente uma filha, Anna Maria Niemeyer. O arquiteto tem cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Segundo depoimentos do próprio Niemeyer, foi o casamento que o fez compreender a responsabilidade e o direcionou para o trabalho com seriedade. Niemeyer nunca hesitou em desprezar honrarias para defender suas ideias. Desligou-se, por exemplo, da Academia Americana de Artes e Ciências em protesto contra a Guerra do Vietnã. Além disso, fez diversos projetos gratuitamente, em benefício das causas que inspiravam essas construções. Também colaborou para o sustento do líder comunista Luís Carlos Prestes, que não dispunha de renda própria na velhice. Vale lembrar que ambos se desligaram do Partido Comunista Brasileiro, em 1990, por discordarem dos rumos que a agremiação tomava.

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Obras: 1) Museu Oscar Niemeyer – Curitiba - 2) Museu Arte Contemporâneo Niterói

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“O JORNAL QUE ESCOLHE OS SEUS LEITORES” EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 103 ANOS DE OSCAR NIEMEYER Organizada por Ana Maria Mineira RAQUEL ROLNIK

Raquel Rolnik é urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas

para o direito à moradia adequada. Do blog da Raquel Rolnik – 22/04/2010

http://raquelrolnik.wordpress.com/ Por Raquel Rolnik

50 Anos de Brasília: as polêmicas do concurso público para montar o

projeto de construção da nova capital

A ideia de construir uma capital federal no coração do Brasil já era antiga, mas foi

formalmente anunciada pelo presidente Juscelino Kubitschek no famoso comício na cidade de

Jataí, em Goiás, apesar de ele mesmo, anos antes, ter defendido que a nova capital seria em

Minas Gerais. De qualquer maneira, antes mesmo de ter o projeto e sem passar por qualquer

processo licitatório, ele constituiu a companhia Novacap, que ficaria encarregada da

construção da nova capital.

Depois disso, JK convidou Oscar Niemeyer para projetar a cidade e Niemeyer respondeu que

achava que deveria haver um concurso público e que ele toparia participar da comissão

desse concurso e também projetar os edifícios da nova capital. E assim foi feito. Com ajuda

do IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil –, foi aberto o concurso. Houve uma polêmica

inicial sobre se o concurso seria internacional ou nacional, e acabou virando nacional. 62

escritórios se inscreveram, mas apenas 26 equipes entregaram a sua proposta final. Muitos

dos principais arquitetos brasileiros daquela época apresentaram projetos.

Foi montada uma comissão com dois estrangeiros, o próprio Niemeyer, um representante do

IAB e um da Novacap. E o curioso é que, apenas três dias depois que chegaram os...

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envelopes com as propostas, foi anunciado o vencedor, que era o projeto urbanístico do Lúcio Costa. O Paulo Antunes

Ribeiro, que estava na organização do concurso, quis se retirar. Segundo ele, não foram feitas as análises de todas as propostas como deveriam e estava-se escolhendo o Lúcio Costa apesar de ele ter entregado apenas 3 folhinhas datilografadas e alguns croquis. No fim, a “turma do deixa disso” acabou ficando mesmo com o Lúcio Costa, que foi o grande vencedor com uma proposta modernista. E o Paulo Antunes Ribeiro não assinou o resultado final do concurso. Então, como se pode ver, a história de Brasília já começou com essa polêmica na escolha do urbanista que projetaria a capital.

De qualquer forma, vale muito a pena conhecer Brasília, que é uma das cidades mais interessantes do planeta, com uma proposta modernista integralmente implantada. O Plano Piloto, inclusive, é hoje tombado como patrimônio cultural da humanidade. Ele foi construído de uma maneira muito próxima à proposta inicial do Lúcio Costa, que tinha quatro escalas principais: um eixo monumental, onde estão os palácios e ministérios; a escala gregária, que é o lugar dos espaços comerciais, ali no cruzamento dos eixos, onde ficam a rodoviária e os centros comerciais; a escala residencial, que são as superquadras, nas asas do avião; e a escala bucólica, que são as enormes áreas verdes e jardins que permitem que Brasília seja permanentemente uma cidade onde o horizonte e o céu participam da paisagem.

Entretanto, já ocorreram várias mudanças em relação à idéia inicial. A ideia do Lúcio Costa era que, na medida em que o plano piloto ficasse muito ocupado, começariam a ser construídas as cidades satélites. Só que elas começaram a ser feitas antes mesmo da inauguração da capital, com o objetivo de remover as ocupações populares dos trabalhadores que foram construir a cidade e que não tinham onde morar. Como eles não conseguiram morar nos apartamentos e casas que foram construídos para os funcionários, acabaram montando favelas dentro do Plano Piloto. Para erradicar essas favelas, foram construídas as cidades satélites, as primeiras delas a 25 km do plano. E hoje, dos mais de 2 milhões de habitantes que moram em Brasília, apenas 400 mil vivem no plano piloto. A grande maioria vive ou nas cidades satélites, ou mais distante ainda, fora do Distrito Federal, nas chamadas cidades do entorno.

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“O JORNAL QUE ESCOLHE OS SEUS LEITORES” EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 103 ANOS DE OSCAR NIEMEYER Organizada por Ana Maria Mineira Edifício da Organização das Nações Unidas (ONU) – Nova Iorque

NIEMEYER OU LE CORBUSIER? (Wikipédia)

Equipe de Projeto Em vez de anunciar um concurso para o projeto do complexo das Nações Unidas, a ONU preferiu montar uma equipe de arquitetos de diversos países para a composição do projeto. O arquiteto americano Wallace Harrison foi o diretor de planejamento e os governos dos países indicaram seus representantes. A equipe de arquitetos consistiu em:

N.D. Bassov(União Soviética), Gaston Brunfaut (Bélgica), Ernest Cormier (Canadá), Le Corbusier (França/Suíça), Liang Ssu-cheng (China), Sven Markelius (Suécia), Oscar Niemeyer (Brasil), Howard Robertson (Reino Unido), G.A. Soilleux (Austrália) e Julio Villamajo (Uruguai).

O comitê apreciou 50 estudos diferentes antes de chegar a uma decisão. A base do desenho final derivou de uma proposta de Niemeyer/Corbusier.

Acesse o “Balacobaco” - http://brunavazeanamineira.blogspot.com/

ACESSE “SARAU PARA TODOS” – http://sarauxyz.blogspot.com/