edição abril 2015

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C have DE ão S edro P Paróquia de são pedro do Tremembé Jornal Ano 12 • n o 146 • Abril de 2015 www.fAcebook.com/pAscomsAopedro Por que tantos jovens bebem em excesso? A morte de um estudante por overdose de álcool durante competição numa universidade é um alerta para pais e educadores. Pesquisas revelam que a bebida entra cada vez mais cedo na vida do jovem. Ouvimos uma psicóloga, que explica as causas e aponta saídas. Pág. 4 Pastoral É cada vez maior o número de pais e filhos que participam da Catequese Familiar Pág. 7 Espiritualidade Um dia de Recolhimento na Obra dos Santos Anjos Pág. 8 História Por que o Hino Nacional tem a nossa cara Pág. 6 Por que tantos jovens bebem em excesso? A morte de um estudante por overdose de álcool durante competição numa universidade é um alerta para pais e educadores. Pesquisas revelam que a bebida entra cada vez mais cedo na vida do jovem. Ouvimos uma psicóloga, que explica as causas e aponta saídas. Pág. 4

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Uma publicação da Pascom da Paróquia de São Pedro - Tremembé - SP

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Page 1: Edição abril 2015

ChaveDE ãoS edroPParóquia de são pedro do Tremembé

JornalAno 12 • no 146 • Abril de 2015

www.fAcebook.com/pAscomsAopedro

Por que tantos jovens bebem em excesso?A morte de um estudante por overdose de álcool durante competição numa universidade é um alerta para pais e educadores. Pesquisas revelam que a bebida entra cada vez mais cedo na vida do jovem. Ouvimos uma psicóloga, que explica as causas e aponta saídas. Pág. 4

PastoralÉ cada vez maior o número de pais e filhos que participam da Catequese Familiar Pág. 7

EspiritualidadeUm dia de Recolhimento na Obra dos Santos Anjos Pág. 8

HistóriaPor que o Hino Nacional tem a nossa cara Pág. 6

Por que tantos jovens bebem em excesso?A morte de um estudante por overdose de álcool durante competição numa universidade é um alerta para pais e educadores. Pesquisas revelam que a bebida entra cada vez mais cedo na vida do jovem. Ouvimos uma psicóloga, que explica as causas e aponta saídas. Pág. 4

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2 Jornal Chave de São Pedro

O Senhor Jesus, no início de seu ministé-rio, foi convidado para uma festa de ca-samento em Caná da Galileia. A família

que o havia convidado para a festa passou por uma séria dificuldade, porque o vinho que havia preparado para os convidados não foi suficien-te. Na ocasião, por intercessão da Virgem Ma-ria, o Senhor realizou o seu primeiro milagre, transformando água em vinho (Cf. Jo 2,1-12).

Há famílias que começaram com entusias-mo a vida em comum, com projetos tão boni-tos de uma vida feliz (tinham vinho), alimenta-das nos valores e na fé, mas foram perdendo a alegria, foi acabando o vinho, porque deixaram de alimentar a vida na fé e na doação ao outro; deram ouvidos a outras propostas de vida que prometiam uma vida muito mais feliz, na qual se apregoa que o mais importante é você ser feliz, sem pensar nos demais: amor sem com-promisso, festa sem vinho (Cf. CANTALA-MESSA, 612).

As consequências destas propostas são do-lorosas: muitas famílias não têm vinho, vivem sob a tristeza e o desgosto e não têm mais nada a oferecer aos filhos a não ser a desesperança e a angústia de uma vida vivida sem alegria, sem fé, de um matrimônio esfacelado, cheio de feridas, falta de compreensão e perdão; vivem juntos, mas cada um alimenta o seu egoísmo; a luz da fé que outrora alimentava e sustentava a família não brilha mais. No lugar do vinho têm somente jarras de água para si e para dar aos convidados: os filhos.

Jesus quer ir ao encontro dessas famílias para dar o Vinho Novo, porque jarras de água

não são suficientes para um projeto autêntico de amor e de vida familiar. Ele mesmo nos deu o exemplo. Ele foi às Bodas de Caná, e quer que nós, discípulos missionários, saíamos em missão para levar de casa em casa o Vinho Novo, o Evangelho da Família.

É Páscoa, é o tempo oportuno de levar o Vinho Novo que nasce do madeiro ensangüen-tado da Cruz; é o tempo de seguir os passos do Mestre, valorizar a família, santuário da vida, motor do mundo, com ação missionária deci-dida e eficaz, que respeite o rico ensinamento da Igreja sobre a família e seja capaz de acolher na comunidade eclesial as famílias e as novas situações que estão se apresentando no atual contexto cultural.

Dom Sergio de Deus Borges é bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal para a Região Santana

Ir ao encontro da família.....

Carta ao leitor espiritualidade

Por Dom Sergio de Deus Borges

A falsa felicidade A bebida alcoólica torna as festas mais alegres,

deixa as pessoas mais soltas e animadas e acompa-nha os momentos mais felizes da vida de quase todo mundo. Mas tudo em excesso faz mal. O consumo exagerado do álcool é uma das principais causas de acidentes no trânsito, violência e destruição de fa-mílias. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.

Além dos fatores genéticos e emocionais, a pres-são do grupo de amigos, o sentimento de onipotên-cia próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais co-laboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo. E muitas vezes com o mau exemplo do pai, que acha normal tomar uma cervejinha ou uma dose de uísque todo dia.

A bebida também é uma porta de entrada para o consumo de drogas, que recrudesce a violência e é uma das causas da banalidade da morte na nossa cidade.

Para prevenir esse drama social, uma das saídas é a educação e o engajamento na Igreja. A partici-pação na Catequese Familiar, no Grupo de Jovens e em outras pastorais vai ajudar o adolescente a vi-ver num ambiente saudável e valorizar mais a vida.

Nestes dias em que celebramos a Paixão, Mor-te e Ressurreição de Cristo, aproveite para conhe-cer um pouco da espiritualidade contemplativa do movimento Obra dos Santos Anjos.

Feliz Páscoa!

Equipe Pascom - Paróquia de São Pedro

expediente - pasCom

PARÓQUIA DE SÃO PEDRO DO TREMEMBÉAv. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 A | Tremembé | São Paulo | CEP: 02350-000 | Tel.: (11)2203-2159e-mail: [email protected]

Orientador: Pe. Edimilson da SilvaCoordenação da Edição: Pastoral da Comunicação - e-mail: [email protected]: Edmilson Fernandes - MTB: 25.451/SPDireção de Arte: Toy Box IdeasRevisão: Oswaldo de CamargoImpressão: Atlântica Gráfica Tiragem: 3.000 exemplaresColaboradores: Telma Feleto e Vânia De Blasiis

Comunidade Santa Rosa de Lima R. Luiz Carlos Gentile de Laet, 1302, Tremembé Missas: sábados, às 16h | Domingos, às 9h e 19h | Primeira sexta-feira do mês, às 20h

Comunidade São José (Itinerante) Missas: todos os dias 19 do mês, às 16h Momento de Oração e Estudo Bíblico: 3as feiras, às 20h

Comunidade Nossa Senhora Aparecida Av. N. S. Aparecida da Cantareira, 22, Tremembé Missas: dom., às 8h30 | Missa todos os dias 12 do mês, às 20h

Comunidade Nossa Senhora da Providência R. Vilarinhos, 95, Tremembé. Missa: domingo, às 10h30

Comunidade São Marcos R. Luiz da Silva, 24, Tremembé Missas: sábados, às 17h. Estudo Bíblico: 5as feiras, às 20h

Av. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 ATel.: (11) 2203-2159

ATENDIMENTO DA SECRETARIADe 2a a 6a feira: 8h às 12h e 14h às 18h | Sábados: 8h às 12h

MISSAS2as e 4as feiras, às 19h30 | 3as, 5as e 6as feiras, às 7h30 | Sábados, às 17h | Domingos: às 8h, 10h e 18h30

DIREçÃO ESPIRITUAL E CONfISSÃO3a feira, das 15h às 18h | 4a feira, das 20h às 22h | 6a feira, das 9h às 12h

paróquia de são pedro

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Page 3: Edição abril 2015

3Abril | 2015

O Catecismo da Igreja Católica afirma que toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque

a pessoa humana foi querida por si mesma, é cria-da à imagem e semelhança do Deus vivo e santo.

Quando ligamos a televisão e vemos os noti-ciários, percebemos o quanto este mandamento é violado a todo o momento, como se ele tivesse sido abolido do código da aliança. São chocantes as imagens dos circuitos de segurança que as câ-meras mostram; as terríveis atrocidades contra a vida humana. Os bandidos matam, executam suas vítimas sem remorso ou piedade e, quando entrevistados, chegam a debochar de suas pró-

prias atitudes. Não nos sentimos seguros em ne-nhum lugar.

Será que apenas apelar à misericórdia de Deus para essas pessoas resolve? Elas ficarão impunes? Deus esquece o pecado, mas não o pecador. Deus é rico em misericórdia. São inúmeras as passagens bíblicas que exaltam a misericórdia de Deus. Mui-tos dos que cometem crimes os justificam como resultado de suas histórias de vida; foi ela que os levou a agir assim. E aí entram o abandono de um dos genitores, a vivência em um lar desestrutura-do, a influência das más companhias. Na eternida-de, essas pessoas gozarão de uma vida plena? Elas herdarão a vida eterna?

No livro do Gênesis, logo após o Dilúvio, Deus quer uma nova ordem no mundo: “Pedirei conta do sangue de cada um de vós. Quem derramar o sangue do homem, pelo homem terá seu sangue derramado. Pois à imagem de Deus o homem foi feito (Gn 9,5-6). E, voltando ao crime cometido por Caim: “Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar por mim. (Gn 4, 10 11).

Podemos concluir que mostra o quanto Deus não fechará os olhos para as atrocidades e atenta-dos contra a vida.

Padre Edimilson da Silva é jornalista e pároco da Paróquia de São Pedro do Tremembé

O quinto mandamento: Não MatarásO quinto mandamento condena como pecado grave o homicídio direto e voluntário e os que colaboram voluntariamente com quem o pratica. O assassino comete um pecado que clama ao céu por vingança.

diálogo Com a Comunidade

Por Pe. Edimilson da Silva

semana santa

Feliz Páscoa!Que o Cristo ressuscitado esteja com você e sua família

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Idosas do Abrigo Frederico Ozanan

Aniversário de sete anos de ordenação diaconal: Diácono Carlaile, a esposa Ana e filha Roberta

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4 Jornal Chave de São Pedro

destaque

O jovem e a bebida

Há algumas semanas, um estudante de 23 anos da Unesp de Bauru morreu em con-sequência de uma overdose de álcool. Ele

tomou pelo menos 25 doses de vodka em pouco tempo. Outros três universitários que participavam da competição em que vencia quem bebesse mais ficaram em coma.

Essa tragédia ganhou repercussão porque aca-bou em morte. Mas o consumo excessivo de álcool por jovens e adolescentes não é caso isolado.

Na nossa cultura, para fazer parte de um grupo “descolado”, os jovens se sentem obrigados a beber. Nas baladas ou festas, quem não bebe se sente ex-cluído e passa a viver angustiado.

Um levantamento divulgado por pesquisado-res da Universidade Federal de São Paulo em 2014 revelou que os brasileiros estão bebendo cada vez mais cedo e em maior volume. A idade média do começo da inserção da bebida na vida dos entrevis-tados foi de 15 anos.

Um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que o consumo de álcool no Brasil supera a média mundial. A ingestão média no mundo entre pessoas acima de 15 anos em 2010 era de 6,2 litros por ano por indivíduo. No Brasil, uma pessoa dessa faixa etária ingere, em média, 8,7 litros de álcool por ano.

Por Edmilson Fernandes

Os médicos alertam que o corpo de um adolescente não está preparado para a ingestão de bebida alcoólica e que não há doses seguras para o consumo. Mas o jovem brasileiro começa a beber cada vez mais cedo e em maior quantidade

Entra em vigor a lei que pune com prisão a venda de bebida alcoólica a menores

Desde o dia 18 de março, quem vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebi-da alcoólica a jovens ou crianças (menores de 18 anos) poderá ser preso por até quatro anos. Dependendo do caso, a pessoa poderá pagar multa entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, além da interdição do estabelecimento comercial. A medida que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser estendida também a outros produtos que possam causar depen-dência física ou psicológica.

Jovens começam a beber cada vez mais cedoAlguns garotos dão o primeiro gole de uma bebida alcoólica aos 12 anos. O próprio pai deixa que

ele experimente um pouco do vinho durante um jantar. Muitos pais acham até engraçado. Aos 14, ele já conhece os efeitos de um porre. E, aos 16, pode acumular histórias e vexames por causa do excesso de bebida. Quase metade dos adolescentes experimentou álcool pela primeira vez porque os pais ofereceram.

Proibidas para menores de 18 anos, as bebidas alcoólicas estão cada vez mais presentes na rotina dos adolescentes. Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques carregados de álcool em festas de formatura, baladas ou bares. Os especialistas alertam que os jovens não enxergam a bebida como algo ruim, por causa da legalidade da bebida e do fácil acesso. O que eles não sabem é que o álcool pode causar vários danos à saúde e também é uma porta de entrada para outras drogas.

Apesar da legislação, a dificuldade para comprar uma bebida é quase inexistente. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-bar, em que alguns tipos de bebidas são distribuídos livre-mente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para a garotada.

De acordo com os Alcoólicos Anônimos, o número de jovens em busca das reuniões aumentou significativamente nos últimos cinco anos.

Os neurologistas alertam que, no cérebro, o álcool age especialmente no hipocampo, pequena estrutura localizada nos lobos temporais, principal sede da memória. Quando um adolescente bebe muito, acaba causando danos nesse hipocampo, prejudicando a memória e o aprendizado.

80% dos adolescentes já beberam alguma vez na

vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram

álcool excessivamenteFonte: Universidade Federal

de São Paulo (Unifesp)

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5Abril | 2015

entrevista

O jovem bebe em excesso para se sentir aceito no grupo

Chave - O que leva muitos jovens de hoje a beber cada vez mais cedo e em maior quantidade?Sandra Mara - Nesta fase, da ado-lescência, o jovem passa a viver seus pensamentos abstratos, a formar suas próprias opiniões e viver aquilo em que acredita; o seu emocional está aflo-rado. O exemplo dos pais, a união da família é essencial para a autoestima elevada e para o jovem sentir-se aceito em sociedade. A bebida atiça a imagi-nação, o jovem se sente mais próximo de seus amigos, se sente mais alegre, eufórico, perde a inibição, ela o afasta de seus sofrimentos, tristezas e não percebe que isto é efeito do álcool. É esta sensação de prazer momentâneo provocada pela ingestão do álcool que o leva a beber cada vez mais.

Chave - Tem aumentado o núme-ro de pais que procuram trata-mento para os filhos por uso ex-cessivo do álcool?Sandra Mara - Não, o problema tem aumentado, porém os pais relu-tam em reconhecer o problema em seu filho. Às vezes é um amigo mais próximo, familiar ou educadores da escola do adolescente que reconhe-cem o problema e conversam com os pais. A conscientização da família é muito importante, a atenção aos fi-lhos deve ser constante.

Chave - Por que os jovens promo-vem ou se submetem a compe-tições do tipo vence quem bebe mais, como aquela que matou o estudante na Unesp de Bauru?Sandra Mara - O jovem tem neces-sidade de sentir-se parte do grupo. Esta aceitação é essencial. Precisa da sensação de liberdade também, e o álcool induz a isso. Não tem noção de perigo, acha que pode tudo e que nada irá acontecer a ele de errado. A imitação de seus amigos e a pressão do grupo o incentivam a beber em ex-cesso. A bebida é aceita pela socieda-de, a mídia continua incentivando seu uso com comerciais tentadores.

Chave - Que tipo de distúrbio comportamental o consumo ex-cessivo de álcool pode provocar no jovem ou adolescente?Sandra Mara - Agressividade, re-beldia, mudança de comportamen-to, mentiras frequentes, mudança do grupo social, afastamento da família. Esse tipo de mudança brusca no com-

portamento do adolescente merece toda a atenção.

Chave - E os danos físicos e psico-lógicos.....?Sandra Mara - Alterações de sono, de apetite, comportamento exacer-bado sexual, pensamentos ou ten-dência suicida, provocar danos a si mesmo, problemas psiquiátricos.

Chave - O que os pais e educado-res podem fazer?Sandra Mara - Os pais devem ter muito diálogo em casa, em família , fazer os filhos participarem de ativi-dades que melhorem a autoestima, que valorizem a família, participar de atividades recreativas prazerosas, sorrir bastante, abraçar mostrar ao seu filho o quanto ele é importante para você; contar historias da infân-cia e brincar sempre com seu filho. Devem também colocar uma visão de futuro, colocar objetivos na vida de seu filho, conversar sobre o que gosta de fazer, no que gostaria de trabalhar na vida adulta, impor metas. Os pais devem procurar saber as ami-zades de seu filho e procurar afastar aqueles maus elementos que o indu-zem a maus hábitos. Devem impor limites e excluir atividades de que gostem quando não se propuserem a fazer o que foi preestabelecido.Os educadores devem estar atentos a cada aluno, conversar sobre compor-tamentos inadequados na escola com os responsáveis pela criança ou o jo-vem e buscar sempre ajuda profissio-

nal, pois minimizam sequelas futuras na vida adulta.

Chave - O que o próprio jovem deve fazer para fazer parte do grupo sem consumir álcool ou droga?Sandra Mara - Procurar amizades que se identifiquem mais com seu modo de ser. Sempre existem pessoas que combinam mais com seu modo de pensar ou agir. Fazer parte de um grupo de jovens que tenham hábitos saudáveis e procurar sempre praticar esportes, atividades ao ar livre, se in-teirar de cursos que possam desen-volver habilidades para sua vida futu-ra e profissional. Sempre que se sentir ameaçado em seu grupo, conversar com um adulto responsável, seja na escola ou na família ou com uma pes-soa de confiança.

Sandra Mara de Paula R. Bio é psicóloga, com pós-graduação em Psicologia Hospitalar e acupunturista auricular. Atua como psicóloga voluntária na Paróquia de São Pedro desde 2006

Nesta entrevista, a psicóloga Sandra Mara de Paula Bio explica por que os adolescentes e jovens bebem demais e aponta o que os pais e educadores podem fazer para conter esse drama nas famílias e na sociedade

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A conscientização da família é muito importante, a atenção aos filhos deve ser constante

Atendimento psicológico gratuito na Paróquia de São PedroSandra Mara – às segundas-feiras, das 9h às 11h aos sábados, das 9h às 12h

Aparecido Bars – às quintas-feiras, das 14 às 18h

Déborah Karin – segunda, quarta e sexta, em horário a combinar

Consultas, marcar na secretaria da igreja de São Pedro (tel.: 2203-2159)

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6 Jornal Chave de São Pedro

Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio Apoio Pedagógico Cursos Extracurriculares

75Anos

Colaborando com

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imento do bairro de Trem

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FEIRA LITERÁRIA25 de Abril de 2015 - das 11h às 16h

APRESENTAÇÕES E OFICINASEd. Infantil ao Médio

CHURRASCO E MACARRÃOMolhos : Ao Sugo - Branco - Parisiense

CONTADOR DE HISTÓRIASSamuca

Rua Antônio Pestana, 155Tel.: (11) 2203-1544Acesse nosso site e saiba maisWWW.PASSIONISTA.COM.BR

Santa Gema

2o Baile dos Anos 60

O Abrigo dos Velhinhos Frederico Ozanan convida para o seu baile beneficente.

Data: 18/04/2015 Horário: a partir das 21h

Local: Casa Ilha da Madeira – Av. Parada Pinto,2896  - 

Vila Amália Traje: Esporte fino ou  típico dos anos 60

Venha nos ajudar e se divertir nesta noite tão especial! E concorra ao sorteio de 

um tablet.

Bar, petiscos e sobremesa à parte.

Reserve seu convite pelos telefones: 

2203-2761 / 2262-1271

Valor: R$ 30,00

história

Nosso Hino Nacional faz anos

Duas grandes datas de nossa Pátria – 21 de abril, Dia de Tiradentes, e 22, Descobri-mento, nos levam a comentário breve so-

bre o nosso Hino Nacional.Sabe-se, como se lê na publicação didática

Mutirão da Cidadania – O Hino na Escola (Se-cretaria de Estado da Educação), que “o Hino Nacional Brasileiro é símbolo do Brasil , como se fosse distintivo, insígnia; é também amostra da cultura brasileira; mostra que o Brasil é grande pela enormidade do território, pela importância das riquezas naturais e pela gente que vive aqui’’. Ensinamento para estudantes, mas que não faz mal a qualquer cidadão aprendê-lo.

Fato é que , se se notar o trajeto do nosso Hino Nacional , fácil é perceber que ele tem nossa cara.

Composto por Francisco Manuel da Silva, em abril de 1831, por ocasião da abdicação de D. Pe-dro I (7 de abril desse ano), teria sido executado entre vivas entusiásticos, no momento da partida da família real para a Europa, no dia 13 do mes-mo 1831. Interessa observar que Francisco Ma-nuel foi discípulo do Padre José Maurício Nunes Garcia, compositor importante do Primeiro Rei-nado, e com lugar de relevo na música erudita e sacra brasileira. Em artigo para a revista Ilustração Musical (ano 1, nº 3, outubro de 1930), – o musi-cólogo Luiz Heitor faz notar que “certamente o compositor do nosso hino tinha na mente os pri-meiros compassos da Novena do Apóstolo Pedro, existente na Biblioteca do Instituto Nacional de Música, ao escrever as ardentes páginas do nosso Hino Nacional”.

Tem mesmo a nossa cara, muitas vezes indefi-nida, em busca de contornos e relevos...

Tanto que em 1938 o ministro Gustavo Ca-panema nomeou uma comissão, na qual estavam alguns grandes nomes de nossa cultura musical e literária , como o maestro Francisco Braga (autor do Hino à Bandeira), Heitor Villa-Lobos (o nosso compositor mais importante), Manuel Bandeira , poeta enorme , essencial, voltamos, nomeou uma comissão para “estudar as providências a tomar quanto à forma definitiva do Hino Nacional”...

As mudanças propostas foram grandes, pedin-do arejamento extenso.

Mas, felicidade nossa, não sugeriram alteração para os versos

“Terra adoradaEntre outras mil És tu, Brasil, Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!”A poesia do nosso hino tem como autor Osório

Duque Estrada.Tornou-se oficial pelo Decreto 171, de 20 de ja-

neiro de 1890

Fontes: Frei Pedro Sinzig – O Brasil Cantando, Edi-tora Vozes, Petrópolis, 1938Ceição de Barros Barreto – Estudo sobre Hinos e Bandeira do Brasil. Carlos Webers & Cia. Ltda., 1942

Oswaldo de Camargo é jornalista e escritor. Lançou recentemente a novela oboé

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7Abril | 2015

agenda

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Catequese Familiar

A Catequese Familiar na Paróquia de São Pedro é motivo de muita alegria. Todas as quar-tas-feiras, das 20h às 21h15, 35 casais (com 43 crianças) participam dos encontros cele-brativos.

“O objetivo da Catequese Familiar é trazer para a igreja a família toda, não só a criança, e convencer, através de passagens bíblicas, que Deus é o gerenciador das nossas vidas”, destaca Renata, uma das catequistas.

“A participação dos pais é fundamental, pois serve de exemplo e incentivo para os jovens e adolescentes”, acrescenta Geraldo Mota, também catequista.

As inscrições estão abertas o ano inteiro. Basta ligar ou comparecer à secretaria da Paróquia (veja telefone e endereço na página 2). Podem participar crianças a partir de oito anos de idade.

Equipe de catequistas: Angela, Renata, Angelina, Marcelo, Fátima, Rodrigo, Maria Augusta, Janete, Geraldo e os jovens Fernanda, Mariana e Rafael.

tríduo da Comunidade são marcos

1º Dia 22/04/2015 20hNoite de louvor com o grupo “Pequenos Gigantes” da Paróquia São Domingos Sávio

2º Dia 23/04/2015 20h Noite de oração Terço Luminoso

3º Dia 24/04/2015 20hPalestra com a Drª Maria Salete de Assis, fundadora da Casa de Maria

Festa dia 25 de abril de 2015Missa Solene presidida pelo Pe. Edimilson da Silva às 19h Comunidade São Marcos. Rua Luís da Silva, 24, Vila Albertina

a perseveranÇa Já ComeÇouCrianças, jovens e adultosA catequese não termina com a celebração da primeira Eucaristia. Ela se prolonga na história do catequisando. Venha participar do grupo da perseverança, às sextas-feiras, às 20h. Já é um pequeno passo aprofundar a fé ou se preparar para receber o sacramento da crisma.Caso você não possa participar às sextas-feiras, ligue 2203-2159 e informe qual o dia e horá-rio é possível para sua participação.

enContro Com os CasaisFamília em Construção. Momento de oração e partilha de Vida. Todo segundo e quarto domingo do mês, logo após a missa das 18:30. Primeiros encontros: dias 12 e 26 de abrilDuração do Encontro: 30 minutos.

Comunidade celebra a festa de São José

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8 Jornal Chave de São Pedro

reColhimento

Domingo de silêncio no Centro de São Paulo

Numa época de tanta agitação, em que não desligamos para nada, viver um dia inteiro em

silêncio e sem olhar o celular é uma experiência incrível. Não o silêncio da solidão ou do isolamento, mas o silên-cio para falar com Deus, para contem-plar o sagrado.

No domingo, dia 22 de março, 47 pessoas tiveram essa experiência em pleno Centro de São Paulo. Vindas de diferentes regiões da cidade, elas par-ticiparam, no Mosteiro de São Bento, de um Recolhimento, uma espécie de retiro promovido pelo movimento Obra dos Santos Anjos. O encontro começou às 9h e terminou no final da tarde. Foram momentos de muita contemplação, oração e reflexão. Um dos grupos era formado por Leopoldi-na Miranda Pelisili, Adriana Veronez, Natália Cardoso, Elza Teixeira e Tar-sila Ponce.

O dia de Recolhimento teve como tema A Totalidade na Entrega a Deus. Começou com a reza do terço. Em seguida, todos assistiram a duas pales-tras, ministradas pelos padres Timó-teo (filipino) e Stanislau (austríaco). Os padres explicaram a filosofia da Obra dos Santos Anjos, que tem um mosteiro em Guaratinguetá, interior de São Paulo, e a importância dos an-jos para a vida de cada um de nós.

Leopoldina (Dina) resumiu o es-

pírito do encontro: “A quietude do Recolhimento foi um momento mara-vilhoso para que eu pudesse silenciar o corpo e a mente e compreender a minha essência, o que tenho de mais profundo. No silêncio contemplativo pude ouvir melhor, sentir melhor e perceber a grandiosidade da presença de Cristo em mim. Enquanto almo-çávamos naquele encontro, no mais absoluto silêncio, eu pensei: podemos sentir a presença do outro sem preci-sar conversar.”

Durante a palestra, o Pe. Timóteo destacou que cada um de nós é pro-tegido pelo próprio anjo da guarda. Citou uma declaração do Papa Fran-cisco: “Os anjos da guarda existem. Não são uma doutrina fantasiosa, mas companheiros que Deus colocou ao lado do homem no caminho da vida. Se alguém acredita que pode cami-nhar sozinho, engana-se. Cai no erro da soberba.”

“Contemplação ao sagrado, cal-maria interior, silêncio e intimidade com o Senhor. É uma experiência única, em que nos sentimos pequenos demais e frágeis perto da bondade e generosidade de Deus”, comenta Adriana Veronez, relações públicas.

os anjos e o esoterismo O Pe. Stanislau, que trabalha há

quase 20 anos no Brasil, alertou que

não podemos confundir os verdadei-ros anjos com os propagados pela li-teratura esotérica, que oferece solu-ção fácil para problemas emocionais, familiares e financeiros. Lembrou que há inúmeros livros e revistas que en-sinam receitas e rituais mágicos para ser feliz no amor, encontrar o empre-go dos sonhos, unir a família, etc. Pe. Stanislau assinalou ainda que são ri-tuais com elementos de superstição. “Não têm nada a ver com verdadeira devoção e espiritualidade. Querem comprar os serviços de Deus.”

Durante todo o dia, especialmen-

te após o almoço, quem quis pôde se confessar e receber o Sacramento da Reconciliação.

À tarde, houve mais uma pales-tra, em que o destaque foi conversão (por causa da Quaresma), Via-Sacra e Exposição do Santíssimo. O Reco-lhimento foi encerrado com a cele-bração da Santa Missa.

“Conheci a Obra dos Santos An-jos em 2013 e me identifiquei com a espiritualidade piedosa ao Santíssi-mo Sacramento e oração silenciosa que enfatiza a Paixão de Cristo”, destaca Natália Cardoso.

"Só quem é capaz de silenciar poderá ouvir a voz do Espírito Santo". (Mãe Gabriele)

Obra dos Santos AnjosA Obra dos Santos Anjos (Opus Sanctorum Angelorum, em latim)

foi fundada em 1949, na Áustria, pela dona de casa Gabriele Bitterlich, a quem os membros do grupo chamam de “Mãe Gabriele”. Desde 1979, o Movimento está sob a direção da Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz, fundada em Coimbra, Portugal. Segundo o Pe. Timóteo, a missão da Obra é rezar pela santificação dos sacerdotes e promover o amor a Jesus na sua paixão através da celebração da Paixão do Senhor, semanalmente. Todas as semanas do ano, das 21h de quinta até as 9h de sexta-feira, eles celebram a Paixão de Jesus. Em Guaratinguetá, o mos-teiro Casa de Nazaré fica a cerca de uma hora do centro da cidade. A casa abre para retiros de silêncio e para dias de recolhimento.

Mais informações: www.opusangelorum.org

Capela do Mosteiro de São Bento: contemplação ao sagrado

Padres Timóteo e Stanislau durante palestra no Recolhimento

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Por Edmilson Fernandes