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PROPRIEDADE: ASCVD COORDENADOR: PEDRO ESPÍRITO SANTO FOLHETO INFORMATIVO DE DISTRIBUIÇÃO QUINZENAL ANO I NÚMERO 55 – PINHÃO, 1 DE AGOSTO DE 2009 Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta 01/08 02/08 03/08 04/08 05/08 06/08 07/08 22ºC 27ºC 31ºC 34ºC 35ºC 36ºC 34ºC NAVEGABILIDADE DO DOURO Tempo RESCALDO DA REVIDOURO FEIRA PODERÁ REPETIR-SE JÁ EM 2010 ASSOCIAÇÃO SÓCIO CULTURAL VALE D’OURO DIA DOS AVÓS COMEMORADO COM DOURO SUL EM REDE GRIPE A VÍRUS AINDA NÃO CHEGOU A VILA REAL CONHECER PARA PREVENIR INTERMODALIDADE ENTRE COMBOIO E BARCO SERIA ESTRUTURANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

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Comboio e Barco são a solução para a viabilidade do canal do Douro; Gripe A: nenhum caso confirmado em Vila Real; ASCVD e Parceria Douro Sul em Rede em iniciativa no dia dos Avós

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PROPRIEDADE: ASCVD   COORDENADOR: PEDRO ESPÍRITO SANTO FOLHETO INFORMATIVO DE DISTRIBUIÇÃO QUINZENAL

ANO I NÚMERO 55 – PINHÃO, 1 DE AGOSTO DE 2009 

Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta 01/08 02/08 03/08 04/08 05/08 06/08 07/08

        22ºC                        27ºC                        31ºC                        34ºC                      35ºC                        36ºC                      34ºC 

NAVEGABILIDADE DO DOURO

Tempo

RESCALDO DA REVIDOURO FEIRA PODERÁ REPETIR-SE JÁ EM 2010

ASSOCIAÇÃO SÓCIO CULTURAL VALE D’OURO DIA DOS AVÓS COMEMORADO COM DOURO SUL EM REDE

GRIPE A VÍRUS AINDA NÃO CHEGOU A VILA REAL

CONHECER PARA PREVENIR INTERMODALIDADE ENTRE COMBOIO E BARCO SERIA

ESTRUTURANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

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FICHA TÉCNICA

EDITORIAL

A FRACA APOSTA NA CULTURA O Pinhão mergulhou no vazio cultural desde 2001

Enquanto responsável máximo por uma associação cultural na nossa localidade e outrora dinamizador de algumas iniciativas culturais, não posso deixar de ficar indiferente ao desaparecimento da cultura na vila do Pinhão. Com uma mestria digna de se lhe tirar o chapéu, foram cirurgicamente removidos do calendário pinhoense alguns dos eventos mais relevantes e que fomentavam actividades culturais de grande nível em troca de movimentos elitistas com vista a satisfazer o interesse de muito poucos, mas mesmo estes apenas em certas alturas… consideradas estratégicas. O legado cultural deixado pela administração de Lúcia Cerca foi votado ao esquecimento por alegadas dificuldades económicas. A crise só chegou em 2008 e já recentemente parece só haver fundos para os tais movimentos elitistas em datas que nada significavam até ao ano das eleições. Recordo com muita mágoa que, desde 2001, foram esquecidas as comemorações da elevação do Pinhão a vila, da criação da nossa freguesia e de outras datas relevantes para o Pinhão e para a vila. Recordo mesmo que em 2001 foi no Pinhão que o Douro se tornou Património da Humanidade, mas ficamos de fora das comemorações dos 250 anos e nunca mais lembramos a data. Ficaram esquecidos até 2009… perguntaria porquê se fosse ingénuo. Estes seriam bons motivos para também no plano cultural afirmar o Pinhão proporcionando bons concertos, bons espectáculos de dança, música de todos os géneros, teatro e enfim do melhor que se tem visto por outras paragens. Mas tem que se deixar o mérito também ao clube pinhoense e a Comissões de Festas e Carnaval que, como as deste ano, vão fazendo tudo ao seu alcance para que nem todas as datas se esqueçam… mas quase estão sozinhas nesta luta.

Luís Manuel Almeida

BUSCA-PÓLOS SANSÃO GOMES http://coisasmuitoestupidas.blogspot.com

DOURO PRESS

Folheto Informativo Quinzenal de Distribuição Gratuita Online

Propriedade

Associação Sócio Cultural Vale d’Ouro

Impressão Junta de Freguesia do Pinhão Papelaria “Borraxinha”

Tiragem 50 exemplares Distribuição: Marco Costa

www.douropress.ascvd.pt

[email protected]

Redacção Luís Ramos Cátia Ramos Luís Almeida Rui Batista

Pedro Espírito Santo Sansão Gomes

Paginação

Pedro Moreira Pedro Espírito Santo

Manutenção Web

ASCVD - Departamento Comunicação

Fábio Cardoso

Fotografia Pedro Sousa / Sansão Gomes

Todos os artigos publicados e assinados são da total responsabilidade dos seus autores, salvaguardando

os valores editoriais assumidos no estatuto editorial. Os artigos de opinião reflectem as ideias dos seus

autores não vinculando a direcção deste boletim ou a ASCVD.

Coordenador Geral Pedro Espírito Santo

Luís Manuel Almeida (exclusivamente para esta edição)

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ASCVD E PARCERIA “DOURO SUL EM REDE” JUNTOS NO

DIA DOS AVÓS

A Associação Sócio-Cultural Vale d’Ouro (ASVCD) proporcionou no passado Domingo, dia dos Avós, uma tarde de teatro aos utentes de três IPSS’s dos concelhos de Tabuaço e São João da Pesqueira numa iniciativa que pretendeu assinalar o dia dos Avós.

Expandido a sua área de actuação na região Duriense, a ASCVD levou a peça “Não

se paga, não se paga…” do grupo OFITEFA – Oficina de Teatro de Favaios até ao Auditório do Centro de Promoção Social do Concelho de Tabuaço para um público muito especial. Tratou-se dos utentes das três instituições que fazem parte da parceria Douro Sul em Rede e que comemoravam neste data o dia dos avós. O dia começou com um almoço no Lar e Centro de Dia de Sendim e que contou ainda com a presença do grupo de Cantares de Ervedosa. Ao almoço seguiu-se a peça “Não se paga, não se paga…” já no Auditório do Centro de Promoção Social de Tabuaço. Os “avós” apreciaram esta tarde com uma ternura muito particular e sentiram-se satisfeitos pela iniciativa. Para alguns deles foi a primeira vez que puderam assistir a uma peça de teatro, para outros tratava-se de uma recordação de outros tempos. Mais tarde durante o lanche, alguns dos actores tiveram a amabilidade de presentear, em Barcos, alguns dos utentes que não se puderam deslocar a Tabuaço, com a recitação de uma pequena peça.

Os utentes beneficiados com esta iniciativa fazem parte das instituições da Parceria Douro Sul em Rede com quem a ASCVD colaborou na preparação deste dia. A Parceria Douro Sul em Rede resulta de uma interacção entre três Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS’s, a Associação Lar e Centro de Dia de Sendim, o Centro de Promoção Social do Concelho de Tabuaço e a Associação para a Infância e Terceira Idade de Ervedosa do Douro. De cariz social, as três IPSS’s dão resposta às solicitações através das valências de lar interno, centro de dia e apoio domiciliário. Ervedosa, possui ainda, uma creche e um programa de ATL para crianças e jovens estudantes.

No final do dia, Luís Almeida Presidente da Associação Sócio-Cultural Vale d’Ouro e Manuel Costa, Presidente do Centro de Promoção Social de Tabuaço, mostraram-se satisfeitos pelos resultados alcançados e deixaram em aberto a possibilidade de novos entendimentos entre a ASCVD e a Pareceria Douro Sul em Rede.

.Grupo de Comunicação Ass. Sócio-Cultural Vale d’Ouro

CURTAS UTAD A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) deram anteontem a conhecer, publicamente, a candidatura para a criação de um Mestrado Integrado de Medicina apresentada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior(MCTES). Na sessão, que decorreu no auditório da Biblioteca Central da UTAD, estiveram presentes altas individualidades ligadas à saúde e administração hospitalar, ao mundo académico e ao poder local, bem como muita comunicação social.

DOURO No âmbito do programa Provere vão ser investidos 64 milhões de euros para aproveitar recursos, gerar riqueza e criar emprego. O Provere é um Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos, de âmbito nacional, que se destina a apoiar o desenvolvimento e dinamização de regiões mais pobres. As versões regionalizadas começaram ontem a ser apresentadas. CULTURA O Museu do Douro inaugura sexta-feira, na Régua, a exposição "O Universo de Rafael Bordallo Pinheiro - Caricatura e Cerâmica", disse hoje à Lusa fonte da instituição. A mostra está organizada em torno de um vasto núcleo de peças de cerâmica das Caldas da Rainha, pertencentes à Colecção Berardo, com enfoque para o grupo de peças de Rafael Bordallo Pinheiro (1846-1905), em paralelo com desenhos de caricatura humorística do autor. ALIJÓ Já está disponível o novo site da Câmara Municipal de Alijó. Há muito que o site da autarquia urgia de uma remodelação que agora foi conseguida resultando num grafismo bastante simplista mas intuitivo. O cidadão pode agora aceder a conteúdos até então não disponibilizados via internet e manter-se a par das novidades através da subscrição da newsletter da autarquia. O endereço é www.cm-alijo.pt

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GGRRIIPPEE AA:: CCOONNHHEECCEERR PPAARRAA PPRREEVVEENNIIRR

CÁTIA RAMOS*

novo vírus da Gripe A (H1N1), que apareceu recentemente, é um novo

subtipo de vírus que afecta os seres humanos. Este novo subtipo contém genes das variantes humana, aviaria e suína do vírus da gripe e apresenta uma combinação nunca antes observada em todo o Mundo. Em contraste com o vírus típico da gripe suína, este novo vírus da Gripe A é transmissível entre os seres humanos.

Apesar do que se pensa o vírus da Gripe A não é transmitido pela ingestão de carne de porco ou derivados. Esta nova estirpe não foi, até à data, observada em animais e não há indícios de que o vírus tenha entrado na cadeia de produção. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar e o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças desconhecem qualquer evidência científica que sugira a possibilidade de transmissão do vírus por consumo de carne de porco e derivados.

Os sintomas de infecção pelo novo vírus da Gripe A nos seres humanos são normalmente semelhantes aos provocados pela gripe sazonal como a febre, sintomas respiratórios (tosse, nariz entupido) e dor de garganta. Há a possibilidade de ocorrerem outros sintomas como dores corporais ou musculares, dor de cabeça, arrepios, fadiga, vómitos ou diarreia que embora não sendo típicos na gripe sazonal, têm sido verificados em alguns dos casos recentes de infecção pelo novo vírus da gripe. Em alguns casos, podem surgir complicações graves em pessoas saudáveis que tenham contraído a infecção.

O modo de transmissão do novo vírus da gripe é idêntico ao da gripe sazonal. O vírus transmite-se de pessoa para pessoa através de

gotículas libertadas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco. O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada - por exemplo, através do contacto com maçanetas das portas, superfícies de utilização pública, entre outros. Os estudos demonstram que o vírus da gripe pode sobreviver durante várias horas nas superfícies e, por isso, é importante mantê-las limpas, utilizando os produtos domésticos habituais de limpeza e desinfecção.

O período de incubação da Gripe A, ou seja, o tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas, pode variar entre 1 e 7 dias. Os doentes podem infectar (contagiar) outras pessoas por um período até 7 dias, a que se chama período de transmissibilidade. É prudente, contudo, considerar que um doente mantém a capacidade de infectar outras pessoas durante todo o tempo em que manifestar sintomas. O novo vírus da gripe é sensível aos medicamentos antivirais, oseltamivir e zanamivir.

A melhor forma de evitar a disseminação do vírus, no caso de estar doente é evitar o contacto com outras pessoas, tanto quanto possível é necessário manter-se em casa durante sete dias, ou até que os sintomas desapareçam, caso estes perdurem, cobrir a boca e o nariz quando se espirrar ou tossir, usando um lenço de papel e nunca com as mãos, utilizar lenços de papel uma única vez, lavar frequentemente as mãos com água e sabão, em especial após tossir ou espirrar, usar toalhetes descartáveis com soluções alcoólicas.

De momento, não existe vacina que proteja as pessoas contra o novo vírus da gripe, nem há evidência científica, até ao momento, de que a vacina contra a gripe sazonal confira protecção contra a Gripe A. Contudo tem-se verificado maior resistência nos indivíduos vacinados contra a gripe sazonal.

*Com Ministério da Saúde e Direcção Geral de Saúde

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DDIISSTTRRIITTOO DDEE VVIILLAA RREEAALL AAIINNDDAA SSEEMM CCAASSOOSS CCOONNFFIIRRMMAADDOOSS DDEE GGRRIIPPEE AA

CÁTIA RAMOS*

situação a nível mundial está em constante evolução. Os viajantes

devem seguir as precauções gerais de higiene relativamente a infecções respiratórias se viajarem para áreas onde foram detectados casos de infecção pelo novo vírus da gripe. Já os viajantes que regressem de uma área onde foram detectados casos de infecção pelo novo vírus da gripe devem estar particularmente atentos ao seu estado de saúde e, se experimentarem algum dos seguintes sintomas, devem contactar de imediato a Linha Saúde 24 (808 24 24 24), durante os 7 dias seguintes ao regresso.

A Gripe A já fez 700 vítimas mortais no mundo e sobretudo doentes com outras patologias. Em Portugal, e até ao fecho desta edição, havia cerca de 248 casos (acumulados) de pessoas infectadas com o vírus H1N1, nenhum desses foi registado nos distritos de Vila Real ou Bragança. Viseu tem já um caso registado e a maior incidência tem acontecido nos distritos do Porto e de Lisboa. No entanto, as forças da região já começaram os esforços de sensibilização para que toda a comunidade adopte comportamentos que dificultem a transmissão da Gripe A.

Nos dias um e dois de Agosto, o Governo Civil de Vila Real vai levar a cabo uma campanha de sensibilização sobre a gripe A junto à fronteira, em Vila Verde da Raia, concelho de Chaves, dirigida aos emigrantes que regressam agora de férias a Portugal. Uma acção a juntar-se a muitas outras que estão a ser levadas a cabo pelas forças vivas do distrito no sentido de evitar

a propagação do vírus. A Câmara Municipal do Peso da

Régua foi uma das primeiras no distrito a assumir a responsabilidade de fazer passar a informação aos munícipes de uma forma mais alargada, ao colocar em todas as caixas de correio do concelho um panfleto informativo sobre os cuidados a ter na prevenção do vírus H1N1.

Na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro está também a ser preparado um conjunto de medidas de precauções contra uma possível propagação do vírus,

estando mesmo a ser desenhado um plano de prevenção e contenção. Para a academia transmontana a dinamização do plano de contingência é essencial tendo em conta que durante o período de férias são muitos os estudantes que viajam para o exterior. Seguindo assim o ditado popular, “mais vale prevenir que remediar”,

vários responsáveis da UTAD vão começar a trabalhar na criação do plano de contingência.

Álvaro Ribeiro, comandante da Cruz Branca de Vila Real, relevou que também os bombeiros já receberam um kit descartável de protecção (óculos, luvas, máscara e touca) para o caso de ser necessário o transporte de doentes com Gripe A.

A Gripe A é considerada em todo mundo uma pandemia. Em 11 de Junho de 2009, a

Organização Mundial de Saúde elevou para 6 o nível de alerta de pandemia. Esta alteração da Fase 5 para Fase 6 não está relacionada com o aumento da gravidade clínica da doença, mas sim com o crescimento do número de casos de doença e com a sua dispersão a nível mundial. É aliás este o factor determinante para a classificação deste surto como pandémico.

Mais informações:

www.dgs.pt

www.portaldasaude.pt/

A

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iversas têm sido, ao longo de mais duma década, as expectativas e anseios

centrados sobre tão ambicioso projecto como o é tornar-se o rio Douro uma via navegável, destinada ao transporte de mercadorias. Volvidos que foram uma série de anos desde o arranque do projecto, sob a vigência do governo Pinto Balsemão, os resultados do investimento de avultadas somas em eclusas e dragagens, afiguram-se longe dos propósitos de fazer do Douro uma via de tráfego internacional entre o Norte de Portugal, Espanha e a restante Europa, por entre ciclos sucessivamente alternados de “dormência” do projecto, e reafirmação do empenho no mesmo do poder político, sobretudo quando se avizinham épocas eleitorais.

Que tipo de interface próxima da fronteira foi até hoje considerada como sendo necessária, para conferir a uma via navegável as imprescindíveis acessibilidades, de molde a assegurar-se para a mesma, a “área de influência” hoje

inexistente? Nenhuma. O modesto cais-ancoradouro de Vega de Terrón, oposto a Barca de Alva, não apresenta em termos técnicos, quer pela sua reduzida dimensão, quer pela estrada regional que o serve, utilidade alguma, para além de constituir um insignificante cais acostável para barcos de recreio e

turismo. A consolidação de cargas internacionais contentorizadas num verdadeiro terminal, servido por um via de grande capacidade, em articulação estreita com o rio navegável, exige outro tipo de infraestruturas, e medidas políticas, as quais vêm sendo sistemáticamente ignoradas.

O abandonado mas ainda-existente caminho de ferro do Douro internacional, parte integrante da linha Porto-Salamanca, pode, neste aspecto, constituir a diferença, caso seja objecto da reabilitação integral de que há muito necessita. A totalidade do seu traçado, túneis e pontes continua intacta, sendo paralelo ao rio Douro no seu troço terminal em território Português, entre Pocinho e Barca de Alva. Um terminal ferroviário-fluvial localizado, por exemplo, em Almendra, conferiria à navegabilidade a interface da qual hoje carece, para a mesma se poder assumir como um corredor internacional de mercadorias, dirigidas ou oriundas do centro da Península. Composições unitárias de 30

vagões-plataforma, dotados de atrelagem automática transfeririam rápidamente 60 contentores de vinte pés, do rio Douro para a restante Península e vice-versa. Deste modo, a capacidade de transporte duma só embarcação ( 1200 ton ) estaria a apenas 130 Km de Salamanca, 250 Km de Valladolid, ou 300 Km de Madrid, sem

qualquer alternativa mais próxima num porto Cantábrico, Mediterrânico, da Galiza, ou até mesmo em outros pontos da orla Atlântica Portuguesa.

Reabilitar 28 Km de via férrea em território Português, e outros 78 Km na Província de Salamanca, entre a ponte internacional sobre o

rio Águeda e a estação de Boadilla-Fuente de San Esteban, onde entronca a linha Vilar Formoso-Salamanca, não é objectivamente impossível em termos técnicos e sobretudo financeiros. Os fundos comunitários de tipo “transfronteiriço” adaptar-se-iam perfeitamente. O terminal intermodal a estabelecer nas proximidades da fronteira contaria com, pelo menos 750m de cais acostável, duas ou três linhas de resguardo e pelo menos um pórtico de carga/descarga de contentores.

O volume de tráfego que, numa perspectiva minimalista, seria possível fazer transportar diáriamente, numa ferrovia com as características da linha Barca de Alva-Salamanca poderia localizar-se em não-menos de quinze movimentos por sentido (ou 2x18000ton. entre cada um dos países, equivalente a um tráfego máximo admissível de trinta barcos em ambas as direcções, todos os dias). Qualquer que fosse a modalidade a implementar, o Grande Porto recuperaria igualmente uma ligação ferroviária directa à restante Europa da qual vem carecendo há vários anos.

Num momento em que o actual Governo Português fez editar um “livro branco” sobre portos, no qual se preconiza a valorização do território nacional, do mesmo se propondo fazer uma “porta Alântica da Europa” implementando-se políticas intermodais, não é estranho constatar que o potencial do abandonado troço ferroviário além-Pocinho continua sistemáticamente a ser ignorado pelas entidades oficiais de Portugal e Espanha? PELA LINHA DO DOURO, O ATLÂNTICO ESTÁ A UNS MEROS 150 KM DE SALAMANCA, 220 KM DE VALLADOLID E 350 KM DE MADRID.

Dr. Manuel Tão (Phd Economia Transportes) Carlos Fonseca (Professor Matemática)

Adaptação: Luís Almeida (Msc Transportes, Sistemas e Infra-estruturas)

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REVIDOURO PODERÁ PASSAR A SER ANUAL

Terminou com um “balanço positivo” a

quarta edição da Revidouro – Feira de Vinhos e Gastronomia do Douro, que teve lugar no passado fim-de-semana, em Alijó. Os produtores presentes consideraram o certame como “uma excelente oportunidade de promoção e divulgação” dos produtos locais. A realização do cortejo etnográfico, que este ano contou com grande participação das fregue-sias do concelho, foi

outro dos pontos altos do certame. “Só é pena não haver mais iniciativas destas!”, comentou Luís Barros,

representante da Avessada - Enoteca Interactiva, um dos vários participantes da Revidouro 2009. Para o empresário, a realização do certame é uma boa estratégia para promover o concelho no exterior, tanto “pela agitação que a feira cria, como pela comunicação social que atrai ao local”.

Satisfeito com os conhecimentos travados durante o certame e o estabelecimento de relações com os parceiros, Luís Barros acredita que a Revidouro pode ser encarada com uma excelente oportunidade para mostrar o potencial de desenvolvimento de Alijó e para despertar o interesse dos turistas e visitantes pelo Douro. “Esta não é uma feira de venda directa, mas de promoção e divulgação dos nossos produtos, o que é importante”, afirmou o representante da Avessada.

Mercado será renovado para acolher o certame Segundo o presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, esta

será a última Revidouro a decorrer no Mercado Municipal, conforme o espaço está actualmente. O autarca avançou que aquela estrutura será alvo de um projecto de requalificação urbana que visa a transformação do Mercado “num verdadeiro centro comercial ao ar livre, mais moderno e mais adequado às exigências contemporâneas”. “O nosso objectivo é reabilitar, requalificar e modernizar para aumentar o valor dos produtos que possam aqui ser transaccionados”, explicou Artur Cascarejo.

Luís Almeida com A Voz de Trás-os-Montes e vereadorespsdalijo.blogspot.com

BLOGUICES

WWW.COISASMUITOESTUPIDAS.BLOGSPOT.COM Yuri era um dos ucranianos mais respeitados da sua obra. Todos os cabo verdianos, simples serventes, olhavam com inveja para os acabamentos de Yuri. Até o próprio empreiteiro corrupto, presidente de câmara e de um clube de futebol, reconhecia os seus talentos. Entre piropos a gajas boas e respostas do género "Tu? Ui, nem cócegas lhe fazias.

WWW.PALPITES.BLOGS.SAPO.PT Vais voltar, vais precisar, chorarás de novo no meu ombro! Eu vou lá estar, vou apoiar-te, escutar-te-ei, farei por ti o impossível, porém nunca me esquecerei que precisei de ti, e tu não estavas?

WWW.PINHAO.BLOGS.SAPO.PT Chegou a hora de mudar… chegou a hora dos pinhoenses combaterem os interesses políticos de Alijó que só têm prejudicado a vila. E este prejuízo vem desde o dia em que foi impedido de avançar a pessoa que hoje dá, todos os dias, bofetadas de luva branca a esta terra, mostrando que tinha tudo para tornar o Pinhão aquilo que sempre deveria ter sido: o verdadeiro centro do Douro.

TROCA DE IDEIAS

Luís Manuel Almeida

ESPERANÇA NO FUTURO! Os últimos anos tem sido

difíceis para o Pinhão. E começa-se a perspectivar que os próximos não sejam melhores.

Há muito disse no meu blog que o ponto de viragem já tinha passado, que as coisas da maneira que estavam não poderiam jamais melhorar. Falo, por exemplo, na recuperação do “cosmopolita Pinhão” como outrora Torga o apelidou, falo da agitação provocada pelas gentes oriundas dos quatro cantos do Douro… do mundo, falo da força que a economia local, os empresários, as lojas, os grandes grossistas outrora tiveram, falo das famílias que antes escolhiam o Pinhão para se estabelecer. Tudo coisas que hoje já não se vêem e que a maneira como algumas opções tem sido tomadas, por aqueles que mandam, me faz acreditar fortemente que o Pinhão jamais terá o seu lugar no Douro… outra vez.

A pergunta a fazer é se ainda há esperança no futuro? Há um conjunto de pessoas que acreditam que sim… mas também acreditam que é “agora ou nunca”. Que chega de brincar ao planeamento, que chega da falta de visão que os lideres locais dos últimos oito anos tem demonstrado, chega de pensar pequeno.

O Pinhão é grande… temos que pensar em grande, de outra forma nunca mais voltará ao lugar de destaque que outrora teve… porque isso é ainda possível, se todos tivermos esperança no futuro.

Texto completo em:

www.pinhao.blogs.sapo.pt

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PTCC: César Campaniço rei e senhor em Vila

Real César Campaniço em BMW 320 Si confirmou o

favoritismo para a primeira corrida do PTCC – Taça de Portugal de Circuitos ao vencer a prova inaugural deste Domingo de forma destacada. Campaniço tem estado ao longo de todo o fim-de-semana extremamente forte não dando tréguas aos seus mais directos adversários.

A Corrida 1 começou com um aparatoso acidente protagonizado por José Pedro Fontes (BMW 320 Si) logo após o arranque quando a sua máquina entrou em pião. Envolvidos no acidente viram-se também Duarte Félix da Costa (Seat Leon Super Copa) e João Pedro Figueiredo (Peugeot 407 S2000). Félix da Costa não conseguiu retomar a prova enquanto Figueiredo conseguiu reparar a sua viatura durante a interrupção da corrida e retomou a partir das boxes para terminar no oitavo posto. Para Fontes foi o final do um fim-de-semana.

Com Fontes e Félix da Costa fora, o novo arranque viu algumas disputas muito interessantes no lote dos quatro primeiros. Patrick da Cunha (Seat Leon Super Copa) terminou no segundo posto e José Monroy (Mitsubishi Lancer Evo IX) no terceiro e Jorge Areal (Seat Leon Super Copa) no quarto.

em Vila Pouca de Aguiar FESTAS DA VILA E DO CONCELHO EM HONRA DO DIVINO SALVADOR

Praça Luís de Camões 2 de Agosto de 2009 | 22h00

em Régua FESTAS DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO

Parque Multiusos 9 de Agosto de 2009

DESPORTO CULTURAL