edição 536 do jornal o notícias da trofa

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Semanário | 14 de agosto de 2015 | Nº 536 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € PUB PUB //PÁG. 10 Obras da Secundária concluídas Coronado ConVida de 29 de agosto a 6 de setembro Santa Eulália enche ruas de S. Romão //PÁG. 15 //PÁG.7 //PÁGs. 18 e 19 pub Devoção à Senhora das Dores atrai fiéis “Fui vítima de uma campanha do pior que se pode imaginar” //PÁGs. 8 e 9 //PÁGs. 10-14 pub Foto: Manuel Veloso

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Edição de 14 de agosto de 2015

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Semanário | 14 de agosto de 2015 | Nº 536 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €

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//PÁG. 10

Obras da Secundária concluídas

Coronado ConVida de 29 de agosto a 6 de setembro

Santa Eulália enche ruas de S. Romão

//PÁG. 15

//PÁG.7

//PÁGs. 18 e 19

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Devoção à Senhora das Doresatrai fiéis

“Fui vítima de uma campanha do pior que se pode imaginar”

//PÁGs. 8 e 9

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2 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Diana MorgaDoCátia Veloso

Atualidade

“Acho que quem ia com o in-tuito de ver folclore, saiu

completamente agradado”. Foi as-sim que Rui Costa, presidente do Rancho Folclórico de Alvarelhos, caracterizou o festival na fregue-sia. A receção aos grupos convida-dos na sede da Junta durante a tar-

Os Lobitos do Agrupamento de Escutas 1283 de Alvarelhos, do Nú-cleo Norte, realizaram a sua “Gran-de Caçada” no Concelho do Nordes-te, Ilha de S. Miguel (Açores). Du-rante três dias de julho, os “grandes pequenos escutas” visitaram “todos os locais emblemáticos e belíssimos daquela ilha, tornando, ainda mais próxima, a sua relação com a natu-reza”, tendo em conta que “o Lobi-to protege a natureza e os animais”.

A aventura pela ilha açoriana teve a interação dos elementos do Agru-pamento anfitrião e com a realiza-ção de várias atividades ligadas à natureza, como “um raid de oito quilómetros, provas aquáticas e o reconhecimento de alguns elemen-tos que compõe a fauna e a flora lo-cal”. “Para a maioria dos 13 partici-

A Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) está a organizar um evento solidário com o objeti-vo de “ajudar os animais” da asso-

AUAUA com passeio de BTT e caminhada solidária

ciação, sendo que “os valores apu-rados são para ajudar a pagar trata-mentos e comprar comida, medica-mentos e todos os mantimentos ne-cessários para os animais”.

Assim, a 27 de setembro, decor-re uma caminhada solidário e um passeio de BTT, a sair das 9 horas do Canil da Trofa. As inscrições decorrem até 15 de setembro e têm um custo de “3,50 euros”. Para isso, deve enviar um email ou inscre-ver-se na sede da associação com o nome e data de nascimento para [email protected]. No final há “oferta de brin-des e lanche”.

A caminhada é “guiada” e “não tem seguro”. O participante pode levar o seu cão, mas o “uso de trela é obrigatório”. O passeio de BTT é

“guiado”, “sem marcações e sem se-guro”, sendo “obrigatório o uso de capacete”. P.P.

Lobitos de Alvarelhos em ilha açoriana

pantes, esta aventura foi a oportu-nidade de conhecerem e vivencia-rem a experiência de uma viagem aérea, o que a tornou ainda mais emocionante. O apoio dos pais, do chefe de Agrupamento e da comuni-dade em geral foram determinantes para o sucesso da atividade e sem eles não era possível atingir o máxi-mo do seu esplendor”, avançou fon-te do Agrupamento de Alvarelhos, adiantando que contou ainda com

“o apoio” e “generosidade” de “al-guns empresários”.

Os dirigentes desta secção estão “muito orgulhosos pelo sucesso des-ta atividade”, que, segundo contam, foi preparada com “muita dedicação e, sobretudo, pelo empenho e dedi-cação que os elementos que com-põem a Alcateia nutrem”. P.P.

Festival de Folclore em Alvarelhos Alvarelhos recebeu no sábado, 8 de agosto, a 18.ª edição do Festival de Folclore, reu-nindo “cerca de 500 pessoas”.

de deu início à 18.ª edição do festi-val, seguindo-se o jantar convívio e o desfile dos ranchos desde a Igreja Matriz até ao local da atuação. Este ano, Alvarelhos recebeu o Rancho Folclórico da Associação Cultural e Recreativa de Cabreiros, de Braga, o Rancho Folclórico de Boelhe, de Penafiel, e o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Martim, de Barce-

los, que animaram e mantiveram a boa disposição do público.

O festival, que se realiza há 18 anos, “superou todas as expectati-vas”, reunindo “cerca de 500 pesso-as” na assistência, apontou Rui Cos-ta. Para o presidente, a maior difi-culdade para concretizar este tipo de certame é “a nível financeiro”, vis-to que o Rancho Folclórico de Al-varelhos “depende de verbas e do-nativos cedidos por empresas e anó-nimos”. “Tínhamos lá o bar a fun-cionar para o público, com o objeti-vo de angariar mais verbas para fa-zer face às despesas que este tipo de evento acarreta”, realçou.

O responsável pelo Rancho Fol-clórico de Alvarelhos promete que o grupo vai continuar a melhorar e a inovar e aproveitou para agrade-cer a todas as empresas e anónimos que cooperaram, quer a nível mone-tário, quer a nível logístico, para que se concretizasse Festival de Folclo-re de Alvarelhos.

Depois do primeiro concerto “My Way”, apresentado em janeiro no Ca-sino da Póvoa, é agora a vez do Ci-ne-Teatro Garrett, também na Póvoa de Varzim, receber no palco a orques-tra trofense e o cantor Rui Nova, que está a comemorar três décadas de car-reira. O maestro Vítor Sousa garan-tiu ao NT que este é “um espetáculo que agrada a toda a gente” e que atrai miúdos e graúdos, pelo que são espe-radas centenas de pessoas.

Mantendo o seu perfil, o espetáculo, que está a ser apresentado em circui-to nacional e que conta com a orienta-

Ritmos Ligeiros volta a atuar com Rui Nova A Orquestra Ritmos Ligeiros volta a atuar com Rui Nova, na noite de 18 de agosto, num espetáculo comemorativo dos 30 anos de carreira do cantor.

ção do maestro trofense e com a par-ticipação do pianista Joaquim Bento, vai apresentar grandes temas da mú-sica internacional, de artistas como Beatles, Frank Sinatra, Roberto Car-los e Elvis Presley. Também vão soar neste concerto “grandes temas portu-gueses da Eurovisão, como ‘Playba-ck’, de Carlos Paião, e ‘Conquistador’, dos Da Vinci”, esclareceu Vítor Sousa.

“Esperamos um grande espetácu-lo como foi o do Casino, aliás, a casa já está a ficar cheia. Como orquestra, estamos a trabalhar muito bem, va-mos dar o nosso melhor e com cer-

teza, juntando o que nós temos feito com as vozes, só pode dar um gran-de espetáculo”, apontou o maestro.

No espetáculo vão participar tam-bém alguns artistas com que Rui Nova partilhará palco, como Noé Gavina, Manuel Moura, Adriana Pa-quete, André Pereira, Cristiana e ain-da duas artistas da Orquestra Ritmos Ligeiros que, para além do coro, vão atuar como solistas. As entradas para o concerto “My Way” têm o valor de dez euros e encontram-se à venda no Cine-Teatro Garret e na bilheteira on-line. D.M./C.V.

Rancho de Alvarelhos promoveu 18.º festival

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Atualidade

“As pessoas vêm aqui e podiam ter um rio de água limpinha para tomar um

banho, mas não. Eles se vêm lavados, saem daqui a cheirar mal”. O desabafo é de um mo-rador em Bairros, Santiago de Bougado, - que preferiu não se identificar -, que alertou o NT para as águas residuais provenientes de uma caixa do sistema de saneamento, que escorre-ram durante várias horas pelo Areeiro de Bair-ros, encaminhando-se depois para o Rio Ave. Esta não foi a primeira, nem a segunda e cer-tamente que não será a última vez que o Rio

O pontilhão junto à Escola Básica 2/3 Pro-fessor Napoleão Sousa Marques foi demolido na tarde de quinta-feira, 13 de agosto.

Já há quase cinco anos que não passam com-

Pontilhão já foi demolido

boios no antigo canal da via-férrea, no centro da cidade, após a abertura da nova estação em Paradela. A última viagem simbólica na antiga linha decorreu a 14 de agosto de 2010.

Águas de saneamento despejadas no AreeiroO Rio Ave foi pintado de negro das águas residuais provenientes da rede de saneamento, durante a manhã de quarta-feira, 12 de agosto. AdNorte re-alçou “o défice de sensibilização da população com vista à adoção de comportamentos que sejam menos potenciadores de ocorrências desta natureza”.

Patrícia Pereira

cátia Veloso

Ave de situações como esta. Na quarta-feira, 12 de agosto, a situação repetiu-se com o ar praticamente irrespirável e um rego de água negra corria pelo Areeiro.

Nessa tarde, a Associação de Defesa do Ambiente e Património (ADAPTA) da Trofa denunciou na sua página oficial do Facebook esta situação, que considera ser um “aten-tado ambiental”. “Dada a recorrência deste atentado ambiental por incompetência da en-tidade responsável pelo bom funcionamento das condutas (Águas do Noroeste) estamos na iminência de ter um novo afluente do Rio Ave. Com as condutas totalmente entupidas, por evidente falta de manutenção, é ver um

carga de efluente não tratado para o meio hí-drico recetor, o que acabou por não se conse-guir”. “Lamentavelmente, no mesmo dia, ao início da tarde, verificou-se também a obstru-ção parcial do intercetor gravítico de Bairros, motivada pela acumulação de resíduos gros-seiros na travessia do rio Ave, junto à Azenha de Bairros. Esta segunda avaria foi-nos comu-nicada pelo SEPNA, tendo sido corrigida no imediato”, referiu, informando que os casos acima referidos “foram de imediato reporta-dos à autoridade ambiental”.

A AdNorte tem “consciência de que, inde-pendentemente do nível de intervenção da em-presa, jamais vão conseguir erradicar toda e qualquer avaria ou incidente decorrente de uti-lização menos adequada das infraestruturas”, em “particular no que se refere às recorrentes obstruções da travessia de Bairros”, onde, se-gundo a empresa, “é notório o défice de sensi-bilização da população com vista à adoção de comportamentos que sejam menos potencia-dores de ocorrências desta natureza”.

rio de águas residuais altamente poluentes a escorrerem para um rio já dele massacrado”, denunciou, questionando “até quando se vai ver este atentado” e o que fazem “as autori-dades competentes em relação a este proble-ma recorrente”.

Questionada pelo NT, a AdNorte (Águas do Norte) esclareceu que foram “confronta-dos, ao início da manhã do dia 12, com uma avaria grave na obra de entrada da ETAR de Agra, cuja exploração se encontra a cargo da TRATAVE - Tratamento de Águas Residuais do Ave, S.A. que levou à paragem total dos equipamentos de elevação inicial”. “A equipa de manutenção da entidade responsável pela exploração da referida estação de tratamen-to atuou pronta e diligentemente, tendo con-seguido corrigir o problema e repor a nor-malidade cerca de três horas após a sua dete-ção”, adiantou.

Segundo a AdNorte, durante este período foi “mobilizada a totalidade da capacidade de armazenamento de águas residuais na rede intercetora por forma a evitar qualquer des-

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Àgua negra escorreu para o Rio Ave

Pessoas estavam junto ao rio no mesmo dia em que águas residuais escorreram para lá

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Atualidade

Miguel 7 Estacas acompa-nhou João Seabra, padri-

nho da 7.ª edição do Laúndos em Movimento. Decidiram descer o monte de S. Félix, em Laúndos, na Póvoa de Varzim, quando, na últi-ma curva, o carro artesanal onde se-guiam se despistou. O capacete de Miguel 7 Estacas soltou-se e o co-mediante da Trofa sofreu ferimentos graves na cabeça e face, enquanto João Seabra saiu ileso do acidente.

Segundo fonte próxima do come-diante, este sofreu “várias lesões na face, não havendo lesões na coluna cervical ou sequelas ao nível neuro-lógico”. No comunicado publicado na página oficial pode ler-se que Mi-guel foi submetido a “uma cirurgia” na manhã de terça-feira, no Hospi-tal de S. João do Porto, onde está in-ternado. A operação correu “dentro das expectativas da equipa clínica e permitiu uma melhor avaliação do

Miguel 7 Estacas já foi operadomas continua em comaO comediante da Trofa sofreu um grave acidente ao terminar a corrida da 7.ª edição do Laúndos em Movimento, na Póvoa de Varzim, a 9 de agosto. Miguel 7 Estacas já foi operado, mas continua em “coma induzido”.

Patrícia Pereira seu estado e condição”, no entanto “ainda não é possível definir” o seu estado de saúde. “O Miguel conti-nua em coma induzido, pois é uma forma de garantir o seu estado vital estabilizado e sem falhas bem como evitar dores. O prognóstico é mui-to reservado, porque a equipa clíni-ca ainda não tem informação sufi-ciente para poder certificar alguns detalhes. Este processo é muito de-morado quer na avaliação correta e completa, quer nas intervenções que serão possíveis, pelo que as notícias de boa evolução não são tão rápidas como desejamos”, informou.

Através do comunicado, é ain-da adiantado que tem havido “um calor e proximidade muito grande pelos outros grandes artistas que se têm manifestado quer na pági-na quer em privado, o que mostra quão o Miguel é apreciado e acari-nhado como pessoa e como artista”.

“Não esquecemos ainda João Seabra que presenciou tudo ao lado do Mi-

guel e que merece também o nosso apoio neste momento difícil”, deno-tou, agradecendo “a enorme onda de carinho” que tem sido “manifestado quer pelas mensagens privadas, par-

tilhas, mensagens no Facebook, fo-tos”, entre outros.

São às centenas as mensagens de apoio endereçadas ao comediante, que saltou para a ribalta no progra-

ma da SIC “Levanta-te e Ri” e que, atualmente, participa no 5 para a Meia-Noite, tendo-se notabilizado com personagens como o “Sr. Lim-pinho”.

Acidente aconteceu na última curva do percurso

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Atualidade

Para promover ações de vigilância de pro-ximidade, o destacamento da Guarda Nacio-nal Republicana de Santo Tirso, que gere o posto da Trofa, está a fazer o patrulhamen-

GNR faz patrulhamentode bicicleta

to de bicicleta. Na terça-feira de manhã, dois militares patrulharam a cidade em duas ro-das, numa iniciativa pouco vista neste des-tacamento. C.V.

Com vista a “conhecer a realidade con-creta dos diferentes serviços públicos e

dos problemas das populações do distrito”, o deputado Jorge Machado, Jaime Toga (PCP) e Paulo Queirós (eleito da CDU na Assembleia Municipal da Trofa) reuniram-se com o coman-do do posto da Trofa e o comando territorial da Guarda Nacional Republicana, para “apro-fundar o conhecimento relativamente às con-dições e funcionamento do posto da GNR da Trofa”, tendo “confirmado algumas das suas preocupações”.

Como primeiro aspeto, Jorge Machado des-tacou “a grande valorização do esforço que es-tes militares da GNR desempenham naquilo que é o serviço fundamental para as pessoas no acesso ao policiamento e às questões da se-gurança, que são muito sentidas pelas popula-ções”. Já o segundo aspeto passa pela “neces-sidade da melhoria concreta das condições de trabalho destes agentes, com problemas de di-ferentes natureza que se colocam na Trofa como em todo o país”. “Os trabalhadores da admi-nistração pública em geral tiveram um grande corte nos salários, o que é uma profunda injus-tiça levada a cabo por este Governo PSD CDS/PP”, declarou.

Outras “questões concretas” são “os postos e as condições de trabalho que precisavam de ser melhorados”, ficando registado “o proble-

Edifício da GNR precisa de ser “requalificado e reorganizado”

Uma delegação da CDU (Coligação Democrática Unitária) visitou as instalações da GNR da Trofa, quarta-feira, 12 de agosto, com o intui-to de conhecer as condições de trabalho e de funcionamento do posto.

Patrícia Pereira ma premente que é o edifício e a necessidade da sua requalificação, recuperação e reorga-nização dos espaços”. “Fica notório que é um problema que precisa de ser ultrapassado e que não deixaremos de intervir no futuro”, referiu.

A “nível nacional”, Jorge Machado sente “um bocado por toda a GNR e PSP que há falta de efetivo a nível nacional”, sendo “um problema que não tem vindo a ser ultrapassado” e que

“continua com as restrições nas admissões que têm sido levadas a cabo”, havendo ainda “fal-ta de meios de condições de trabalho, nomea-damente de informática e de acessos aos equi-pamentos, que são transversais”.

Já Jaime Toga reconheceu “o papel e a res-posta que os efetivos da GNR na Trofa têm con-seguido assegurar”, sendo assumido, “quer por parte do comando do Porto quer do comando do Destacamento, de que o reforço dos efeti-vos permitia também o reforço da presença e da segurança das populações”. “Entendemos que é essencial o papel da prevenção e da pre-sença da GNR, que leva à dissuasão e de in-cutir um sentimento de segurança nas popula-ções”, salientou, assegurando que estas neces-sidades “não significam que a GNR não tenha condições de dar resposta aos problemas que existam na Trofa ou que estejam perante qual-quer situação de alarme, mas o reconhecimen-to quer da nossa parte quer da parte da GNR, de que o reforço de efetivos contribuiria para o reforço de segurança no concelho”.

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Atualidade

Os guarda-chuvas já estão a colorir o céu da Rua dos

Descobrimentos, em S. Romão do Coronado, numa ação de promoção ao Coronado ConVida, que decorre de 29 de agosto a 6 de setembro, no Largo do Espírito Santo, em S. Ma-mede. A “operação de charme” foi, pela primeira vez, utilizada em ter-ritório mamedense o ano passado mas, desta vez, a Junta de Fregue-sia, promotora do evento, quis tam-bém “sensibilizar” a população de S Romão. “O conceito do Corona-do ConVida foi pensado para aquele local (Largo do Espírito Santo), mas queremos chamar toda a população da freguesia”, contou o presidente José Ferreira, em declarações ao NT.

E face à nova realidade fruto da agregação de S. Romão e S. Mame-de, o executivo do Coronado viu-se obrigado a estender a duração do certame, que pretende ser uma mos-tra do que de melhor existe em ter-

Coronado ConVidade 29 de agosto a 6 de setembroO Largo do Espírito Santo, em S. Mamede, vai receber mais uma edição do Coronado ConVida. O evento tem “cariz solidário” e um progra-ma musical “diversificado”, com grandes nomes da música portuguesa.

Cátia Veloso

mos associativos, artesanais e gas-tronómicos na freguesia. Este ano terá nove dias, sendo que de 29 de agosto a 3 de setembro, os 19 stan-ds estarão disponíveis para as asso-ciações do Coronado e de 4 a 6 os lugares estarão disponíveis para os artesãos. “Foi a forma mais equili-brada e racional para servir toda a gente”, afirmou o autarca.

Uma das novidades deste ano é

a “não participação da rádio” num dos dias do evento, que será substi-tuída por “um programa musical di-versificado, não perdendo a qualida-de criada ao longo dos anos”. Estão confirmados vários artistas bem co-hecidos do público, como Expresso 86, Neno, Costinha, Carlos Ribeiro, Folc’dave, Tiago Maroto, o grupo Albatroz, entre muitos outros.

E se a Junta de Freguesia assegu-

Outra das ações de promoção ao Coronado ConVida foi feita com vas-souras, que foram colocadas no largo junto à estação ferroviária de S. Romão do Coronado. No entanto, algumas ficaram lá pouco tempo, por-que “foram roubadas”. “Retiramos as restantes, que serão recolocadas em circunstâncias diferentes”, contou José Ferreira.

Além de promover o evento, o executivo do Coronado pretende desta-car a importância da vassoura na economia da freguesia. “Existem algu-mas indústrias que estão em plena laboração e S. Romão é conhecida pela arte da vassoura. Queremos divulgá-la e atrair algum turismo, por isso vamos requerer o estado de Capital da Vassoura para a Vila”, explicou.

ra que, em termos culturais, há mo-tivos de sobra para não faltar à cha-mada, note-se também que haverá tasquinhas preparadas a servir aos visitantes iguarias tradicionais de

“comer e chorar por mais”.

Solidariedade associadaao evento

Este ano, a organização decidiu associar ao Coronado ConVida uma

ação solidária. Por isso, ao longo do evento, os visitantes são convidados a levar, voluntariamente, bens ali-mentares que deverão entregar no stand da Junta de Freguesia. “Que-remos que esta iniciativa crie uma onda solidária. Os alimentos anga-riados serão depois entregues às as-sociações de cariz social da fregue-sia, para que possam distribuir ca-bazes pelas famílias mais necessita-das”, afiançou José Ferreira.

Estatuto de Capital da VassouraAção de promoção da iniciativa numa das ruas de S. Romão

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Entrevista

NT: Esta é a primeira grande en-trevista que dá depois das eleições autárquicas de 2013. O que acha que falhou na sua estratégia gover-nativa para perder as eleições? JL: Houve um conjunto de fatores que nos levaram a perder as eleições autárqui-cas de 2013, mas o mais claro foi, sem dúvida, a coligação PSD/CDS-PP. Em 2009, o CDS acabou por ter cerca de 1500 votos, numa altura em que a di-reita estava a ser derrotada. O conce-lho da Trofa é mais colado à direita e nós fomos uma mais-valia para o PS, ganhando por 600 votos. Em 2013, o CDS e o PSD entenderam que, para derrotar o PS, seria melhor coligarem-

-se. Neste caso, não houve a mais-valia dos candidatos, mas sim dos votos da direita contra uma esquerda que esta-va completamente dividida, porque o BE apresentou candidatura à Trofa pela primeira vez, houve uma candidatura de independentes que, quer queiramos, quer não, penaliza sempre quem está no poder, e o PCP conseguiu o dobro dos votos em relação a 2009. Depois, é claro, fui vítima de uma campanha do pior que se pode imaginar, desde pan-fletos anónimos com as maiores bar-baridades e mentiras e com gente com responsabilidade a dar a cara. Não es-queço, numa última entrevista em ple-na campanha eleitoral, que o atual vi-ce-presidente da Câmara disse que eu era uma desavergonhada. Criaram um jornal só para fazer campanha, que se quis mostrar isento, mas sempre a le-var ao colo a coligação Unidos pela Trofa. Mas as mentiras proliferaram. Lembro-me que a primeira foi que eu tinha um Audi Q7 e começou daí, com a JSD nas redes sociais a inventar. Eu até podia ter, não havia nenhum pro-blema, mas não tinha, não tive e não tenho um Q7.

NT: E a casa em Braga de que também se fala? JL: Não há alma na Trofa que, tanto para o bem como para o mal, ache que eu não tenho uma casa em Braga. Sou muitas vezes aborda-da com essa pergunta, mas eu não te-nho casa em Braga nem em lado ne-nhum, a não ser esta, que sempre tive, na Rua Adriano Fernandes, na Trofa. Tudo isto ganhou dimensões que era impossível travar e eu nunca quis ir ao jogo do adversário, cobarde e anó-nimo, porque eu não sou desse estilo

“Fui vítima de uma campanhado pior que se pode imaginar”Foi em casa, na Trofa, que Joana Lima recebeu O Notícias da Trofa e a TrofaTv para a primeira grande entrevista depois da derrota das elei-ções autárquicas de setembro de 2013. Mesmo em recuperação de uma cirurgia, a socialista não se coibiu de responder a todas as questões so-bre os grandes projetos do concelho, o processo em tribunal de que foi absolvida e a atual gestão camarária. E respondeu à pergunta sobre se tenciona recandidatar-se à Câmara Municipal. Cátia Veloso

e, por isso, não quis vir desmentir. Eu sentia que, dia a dia, estava a ser pre-judicada por esses panfletos anónimos, pela Polícia Judiciária, que fez buscas à minha casa e à Câmara, fazendo um show off na comunicação social e o que é que deu? Zero, nem argui-da nesse processo fui, porque não ha-via nada. Foi muito penoso para mim e para a minha família. Mas, na socie-dade civil, uns ainda entenderam que era uma cabala política, mas eu sen-ti que muitos estavam a ir na onda da maledicência e do quanto pior melhor e o melhor era dizer mal, porque afi-nal, e como se diz, a Joana Lima esta-va igual aos outros políticos.

NT: Também se falou muito das amizades que tinha com pessoas de Braga. JL: Sim, ainda hoje te-nho amizades com pessoas de Braga, do Porto e de todo o País, porque sou uma pessoa que me relaciono bem e isso foi muito importante para a ges-tão da Câmara. Elementos do Gover-no, do PSD e do CDS, ficaram tris-tes por eu ter perdido as eleições. Por-quê? Porque eu pauto por ser educa-da e uma pessoa de bem e o que di-zem para aí na surdina, na boca pe-quena e no panfleto anónimo eu que-ria que dissessem abertamente sobre o que quer que fosse relativamente à minha pessoa e conduta.

NT: Foi ainda alvo de algumas acusações por parte deste executi-vo camarário de gastos desnecessá-rios com cartão de crédito da Câ-mara Municipal. Quer tecer algum comentário sobre isso? JL: Também foi uma matéria muito abordada pelas pessoas na rua, que eu podia ter fala-do para me defender mas, mais uma vez, não quis ir a jogo com a política da maledicência, mas já que me fez essa pergunta eu digo-lhe o que se passou. Antes da Lei dos Compromissos de 2012, a presidente de Câmara tinha um cartão de crédito para pagar des-pesas ao serviço da autarquia. Nós ti-vemos muitas dificuldades na gestão da Câmara, que estava um caos, e para a colocar no sítio e para hoje poderem tirar algum partido do que foi feito no tempo da Joana Lima e dos seus co-laboradores, eu ia muitas vezes a Lis-boa reunir com os ministros, com os secretários de Estado, com o Tribunal

de Contas e com a Caixa Geral de De-pósitos. Quantas vezes não fui à Cai-xa Geral de Depósitos para nos pôr di-nheiro na conta da TrofaPark, para po-der pagar aos funcionários, porque não podíamos transferir dinheiro da Câ-mara para a empresa, porque o con-trato-programa não estava aprovado? Eu fui acusada que gastava, ao servi-ço da Câmara dois mil euros por mês com cartão de crédito. O senhor pre-sidente disse isto com todas as letras várias vezes, há gravações e há jornais que publicaram...

NT: Inclusive, numa reunião de Câmara, pediu esses extratos. JL: Que só me foram concedidos passa-do um ano, depois de eu dizer que fui ao banco e que os tinha em minha posse e, numa conversa privada, o se-nhor presidente da Câmara bateu-me com as mãos nas costas e disse “não foram dois mil euros, foram cerca de 500 euros por mês”. E eu digo que não foram 500, mas sim cerca de 300 eu-ros por mês, em média, que se gastou com o cartão de crédito no meu man-dato, para encontrar as melhores so-luções para gerirmos o nosso muni-cípio. O senhor presidente diz muita coisa pela boca fora, gosta de inven-tar, mas isto é faltar à verdade aos tro-fenses, como faltou sobre muitas coi-sas na campanha eleitoral. Isto não é um bom princípio para um presiden-te da Câmara.

NT: Outro dos assuntos que deu muito que falar foram as obras dos Parques. Por que é que decidiu pe-gar no projeto? JL: Quando chega-mos à Câmara, havia em curso o Qua-dro de Referência Estratégico Nacio-nal (QREN), que durava até 2013. A Câmara da Trofa, pela liderança do Dr. Bernardino Vasconcelos, candidatou-

-se à Regeneração Urbana para fazer obras nos Parques Dr. Lima Carneiro e Senhora das Dores. Havia um peque-no projeto não acabado, mas com al-guns traços que nós alteramos comple-tamente, por exemplo, os edifícios que estavam previstos em frente à Estrada Nacional 14, decidimos colocá-los em frente à Rua Abade Joaquim José Pe-drosa, com uma parte superior do edi-fício em que esbatesse completamente o cimento e nascesse ali um novo jar-dim, de modo a que quem está junto

da capela consiga ter uma visão quase plana do parque. Assinamos os contra-tos de financiamento com a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desen-volvimento Regional do Norte) e tive-mos vários constrangimentos, um dos quais o canal de ligação dos parques, que depois foi executado pela Câma-ra Municipal, mas todo pago pela Me-tro do Porto.

A obra foi lançada na pior fase do ponto de vista eleitoral e na altura que nós devíamos estar com a obra ou mais avançada ou ainda não come-çada. Estávamos com o grande bura-co do parque de estacionamento e as árvores tinham sido derrubadas dois ou três meses antes. Tudo o que eu e o meu executivo fizemos foi sempre pensando no que era melhor para a Trofa e nunca pensando se eu ia ou não ganhar as eleições. Os timings eram muito apertados, os prazos estavam a resvalar e eu tinha a consciência que podíamos perder alguma compartici-pação dos fundos comunitários. Esta obra nasceu de uma candidatura de cerca de dez milhões de euros, em que a comparticipação é de 85 por cento, e já deveria estar terminada há muito tempo. Dois anos passados com este executivo, ainda não foi terminada e não me venham dizer como o presi-dente disse durante muito tempo, que o empreiteiro era falido. Não, o em-preiteiro não é falido, porque conti-nua a fazer a obra. Quando lhe foi fei-to o contrato, o empreiteiro estava em condições, apresentou todos os docu-mentos necessários para poder ganhar a obra, foi a proposta de um júri e foi adjudicado em reunião de Câmara.

NT: Também muito se falou dessa

adjudicação... JL: Tanto falam, tanto mentem, mas há uma coisa que que-ro deixar claro. A Joana Lima não se mete e só faz a obra depois de o júri abrir proposta, de se adjudicar e de se fazer contrato. Não se fazem as obras antes dos contratos. Fez-se tudo na le-galidade e fico muito contente que a obra tenha ido para a frente e se isso foi uma das causas da minha derro-ta, eu não me importo, porque a obra esta aí. Hoje, as pessoas que tanto mal diziam da obra calaram-se. E ainda há muita gente, sem conotação polí-tica, que entendia que a obra estava mal e agora são os primeiros a passar por mim a dar-me os parabéns e a di-zer que a obra está muito bonita e que ainda bem que avancei com a obra.

NT: O aterro do canal do metro foi uma decisão difícil? JL: Tivemos que ir um bocadinho à boleia do que o Governo nos foi dando. O primei-ro projeto era de seis milhões de eu-ros, porque ia ficar com todas as in-fraestruturas do metro e, ainda no tempo do PS, mas depois começa-ram a baixar o investimento até que chegou aos 900 mil euros e, até pelos vistos, a obra fica pelos 600 mil euros. Eu já vejo ali muitas lacunas e possi-velmente vamos ter ali um problema com a obra, que não tem nada a ver com fundos comunitários e que não pode ser comparticipada, pois foi fi-nanciada a cem por cento pela Metro do Porto (MP). Sou administradora não executiva da MP e sei que todas as faturas foram pagas até dezembro de 2014. Mas toda a obra dos parques é do PS, da Joana Lima e do seu exe-cutivo e vai ficar, para sempre, mar-cada nos trofenses.

Foi em casa, na Trofa, que Joana Lima deu entrevista ao NT

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EntrevistaNT: Ainda sobre o canal, houve

polémica, porque muita gente dizia que, ao assumir essa obra, o metro da Trofa estaria hipotecado. JL: O que me disseram foi que o metro se ia desenvolver, mas pior que isso é já estarem a pensar numa ecopista sem haver, por parte do Governo, uma de-cisão mais confirmada de que o me-tro vem à Trofa. Todos prometemos o metro, os vários governos, os vá-rios executivos camarários, uns tra-balharam mais, outros trabalharam menos, uns têm mais aceitação, ou-tros têm menos e há um conjunto de situações que nós conseguimos para a Trofa, quer no Governo quer na Câ-mara socialista, mas o canal está sim, é provisório e espero que rapidamen-te o metro venha à Trofa.

NT: Outro dos grandes projetos foi o Parque das Azenhas. Na se-mana antes das eleições, foi acusa-da de ter aberto o percurso antes de a obra estar concluída. Acho que isso contribuiu para a sua derrota eleitoral? JL: A abertura do percur-so não me parece que tenha contri-buído, só que a seguir tivemos uma semana de muita chuva, o que cau-sou alguns estragos e, lá está, as mes-mas pessoas que me criticavam, atra-vés das redes sociais e de fotografias que distribuíram aí no Catulo, mos-traram pequenas zonas afetadas. Eu inaugurei cerca de um quilómetro de percurso, completamente estan-que do resto da obra e que não pu-nha em causa a segurança das pesso-as. Não vou dizer que não pensei que aquilo seria uma mais-valia eleitoral, mas a intenção principal tinha a ver com a utilização do espaço. Estáva-mos a terminar um período de verão e ainda tínhamos o outono e eu gos-taria que os trofenses pudessem uti-lizar aquele espaço dois ou três me-ses antes de virem as cheias. E foi um sucesso. Lembro-me bem que os tro-fenses ficaram satisfeitos, havia mui-ta gente na inauguração e pelo facto de ser um sucesso é que houve as tais críticas pela parte dos anónimos, dos cobardes e da JSD. Certo é que essa obra, no dia 3 de janeiro de 2014, so-freu alguma destruição da parte que estava construída e da que não esta-va e a obra parou. Porquê? Não ve-nham dizer que é um empreiteiro fa-lido, como ele se quer referir à empre-sa Europa Ar-Lindo. A obra foi en-tregue à ABB e, que eu saiba, é uma grande empresa, por isso não sei por que é que a obra não está a andar para a frente. O que eu sei é que estão em causa os fundos comunitários. Con-tinua a haver incompetência e inope-rância por parte deste executivo re-lativamente a essa obra. Está lá tudo abandonado, tudo sujo e a erva a cres-cer. Eu vou lá muitas vezes caminhar, porque é um espaço de que eu gos-to muito e fico também muito satis-

feita por ser um projeto do executivo do PS, que nasceu de uma candidatu-ra apresentada pelo Dr. Bernardino e que eu entendi que estava num bom caminho, por isso levei a cabo com todas as dificuldades que já falamos.

NT: E decidiu avançar com um projeto mesmo sendo expectável que o leito do rio subisse na altura do inverno? JL: Havia um conjun-to de pareceres, nomeadamente da Administração Regional Hidrográ-fica, da CCDR-N e dos técnicos da Câmara. Na altura, o arquiteto Char-ro, que hoje é diretor de departamen-to nomeado por este executivo, era o responsável e muitas vezes ele disse que não corria perigo nenhum. Eu sou política, não sou técnica e com o que os técnicos me diziam, com pareceres de instituições tão respei-táveis, eu não podia pôr em causa. A obra foi para a frente e, mesmo com a subida do leito, só ficou destruída parcialmente, porque a obra não es-tava acabada. Onde estava acabada, houve um problema de drenagem de águas que não estava contempla-do no projeto e que os técnicos de-viam ter acautelado. Entretanto, os trabalhos a mais foram à aprovação em reunião de câmara em maio ou junho de 2014 e só passado um ano é que voltaram ao contrato. Não houve um passo, este ano, relativamente ao avanço desta obra. Não acredito que a CCDR-N vá manter os 85 por cento da comparticipação e isto vai ficar mui-to caro aos trofenses. Não me venham dizer que a culpa é dos empreiteiros, porque se os empreiteiros não estão a cumprir o contrato, há meios para os fazer cumprir ou de cessar o contrato e virem outros. Tem a ver com a ino-perância e com a incompetência que este executivo está a demonstrar.

NT: E o que se está a passar no Parque da Srª das Dores em ter-mos de receções de obra? JL: Pe-quenos pontos da obra são receciona-dos e eu tenho muitas dúvidas se há toda a documentação e todo o pro-cedimento feito legalmente na Câ-mara. Ainda no domingo à noite, o parque infantil, que está muito bo-

nito, estava cheio de crianças a brin-car, mas sem uma luz, porque o par-que não está acabado. As festas têm de se fazer e eu quero dar os para-béns ao esforço que esta Comissão de Festas tem feito, porque o presi-dente da comissão, numa entrevis-ta que deu, disse que tinha sido pro-metido que tudo ia estar pronto para fazer as festas, mas por que é que as diversões e as barracas não estão no canal? Tem que se aproveitar o que há de bom na Trofa. E a obra não se termina? O que é que o senhor presi-dente fez para exigir que a obra ter-mine a tempo e horas?

NT: Ele culpa o empreiteiro pelo atraso. JL: Se acusa o empreiteiro, que tome medidas necessárias para deixar de o acusar.

NT: Já falou de panfletos anóni-mos, mas também foi alvo de uma carta anónima dirigida à Polícia Judiciária que provocou a abertu-ra do processo do qual foi absolvi-da, mas cuja acusação incidia, por exemplo, no alegado favorecimen-to à sua irmã. JL: Foi uma denún-cia de uma carta anónima que aca-bou por dar origem a este processo em que fui acusada e, mais tarde, ab-solvida, no dia 15 de julho, sem ne-nhuma advertência nem tão pouco o Ministério Público pedir alguma ad-vertência relativamente à conduta e à postura que eu tive enquanto gestora na Câmara Municipal. Eu não benefi-ciei ninguém. Há uma coisa que ficou clara na absolvição, que eu beneficiei o município da Trofa. E os valores são bem claros. Ini-cialmente, eu não sa-bia que a minha irmã estava a fazer forneci-mento para a Câmara, porque o meu gabine-te é que tratava dessas coisas. O que eu disse a todos os ser-viços da Câmara é que tinha de haver muita poupança e redução das despe-sas correntes. E este foi um caso con-creto. No último mandato do Dr. Ber-nardino Vasconcelos, a Câmara gas-tou cerca de 17 mil euros em flores na Câmara e nós gastamos cerca de

quatro mil euros no mesmo período de tempo. Se eu quisesse beneficiar a minha irmã, não era com esta po-lítica de redução.

Relativamente às oficinas, é preci-so ver bem as faturas do meu manda-to e avaliar bem as do passado, sobre como se faturava, o que é que se fatu-rava e depois percebem também bem por que é que eu tinha de ter uma pes-soa da minha confiança nas oficinas. Eram cerca de dez oficinas a trabalhar para a Câmara e tem haver uma mais disponível para resolver os proble-mas pontuais. Gastamos menos 150 mil euros nos quatro anos, enquanto se gastou 330 mil euros no mandato anterior. Foi um processo muito pe-noso para mim e para a minha famí-lia, principalmente para os meus fi-lhos que me pedem para sair da políti-ca, por causa da maledicência. Quem a faz não percebe que está a prejudi-car todos os políticos, só que a mim não conseguem porque eu fiz um tra-balho sério com a população e com o desenvolvimento da Trofa. E a verda-de veio ao de cima, foi a absolvição.

NT: Durante o seu mandato afir-mou que queria regularizar as con-tas da Câmara e apresentou alguns resultados positivos. Pela experiên-cia que teve, considera possíveis os resultados apresentados pelo atu-al executivo municipal? JL: Since-ramente, acho que ninguém perce-be o que está escrito no infomail da autarquia relativamente à poupança que foi feita (quase oito milhões de euros). É impossível poupar esse di-nheiro e nós também sabemos como é que eles fizeram para apresentar as contas. Contabilizaram a receita de impostos de dois anos (2015 e 2016) e ao fazê-lo há de sobrar aquele que ainda não foi gasto. E daí haver esse resultado tão positivo. Isso é tudo um embuste, é tudo trapacice para ver se enganam as pessoas, mas já não en-ganam ninguém. Já se sente muita contestação pela falta de cultura de-mocrática e de respeito pelas pesso-as. Fui vereadora no mandato do Dr. Bernardino, sou novamente e nunca tivemos reuniões de Câmara tão aci-catadas, com tão mal-estar, com ar-rogância, prepotência e má-educação.

Senti que, no início deste manda-to, havia algu-mas pessoas com responsabilida-de política neste concelho, e refi-ro-me ao execu-tivo, que tinham

expectativa de que eu não assumis-se o meu lugar como vereadora. Mas enganaram-se. Fui eleita pelos trofen-ses, estou ali em representação dessas pessoas e estarei até ao fim, a não ser que o meu partido entenda que é me-lhor eu suspender, renunciar ou que, por algum motivo de força maior, te-

nha de sair mais cedo da vereação, se-não, vão-me ter ali na defesa dos in-teresses do concelho.

NT: Mudava alguma coisa na sua governação? JL: Tenho pensa-do muito nisso e é óbvio que há coi-sas que eu mudaria. Mudaria alguns funcionários.

NT: E estaria em condições para se recandidatar à Câmara? JL: Ainda é muito cedo, ainda mui-ta água vai correr debaixo da ponte, muito trabalho há para fazer, muita oposição há para fazer. Não está nos meus planos, de maneira nenhuma, mas o bichinho corre cá dentro e te-nho muita gente que gostaria que eu fosse, disso não tenho dúvida nenhu-ma. Para já não está nos meus planos, tenho outros planos mais perto ainda para concretizar. Logo se vê.

N.T: Está na da lista do PS do distrito para fazer parte da As-sembleia da República. Apesar desta derrota eleitoral, o PS dá-

-lhe aqui um voto de confiança. J.L: É claro que nós perdemos

as eleições e isto foi mau para o PS no distrito, mas eu sou respei-tada quer a nível distrital, quer a nível nacional. A Trofa é respei-tada e por isso temos três pessoas na lista, eu no lugar de eleição (16), a Teresa Fernandes numa zona de crescimento e num lugar inatingí-vel o Carlos Portela. Coisa que eu não vejo da parte da direita. Mes-mo com a união dos dois partidos, eu não tenho conhecimento de al-gum elemento da Trofa nas listas do PSD e CDS, o que é um desres-peito pelo concelho. O meu parti-do não só respeitou a Joana Lima, como também reconhece o inte-resse que a Trofa tem no panora-ma nacional do PS e isso honra-

-me. Espero que os trofenses ve-jam isso e que votem em massa.

NT: Caso seja eleita deputada, vai defender algum projeto em concreto, para a Trofa?

JL: Espero manter-me na li-nha da frente na defesa do metro à Trofa, que é um projeto que nós devemos sempre defender, assim como as variantes. E quanto à cir-cular da Trofa quero deixar cla-ro que, se o PS voltar a ser poder, quer na Câmara, quer ao nível do Governo, irei fazer de tudo para que não passe naquela zona urba-na e de excelência que nós temos que é a Avenida 19 de Novembro (Rua Cesário Verde) e que se al-tere de forma a manter-se o mes-mo traçado da variante, com afi-nações e com reduções no perfil de via, para que fique mais barata.

“A Trofa é respeitada pelo PS”

“Os meus filhos pe-dem-me para sair

da política, por causa da maledicência”

Joana Lima está “preocupada” com possível perda de fundos comunitários

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Há uma ligação profunda dos trofenses a Nossa Senho-

ra das Dores. O apego é transversal, mas é mais notório, até por questões geográficas, à população de S. Mar-tinho de Bougado, que lhe guarda um lugar especial no coração.

A manifestação de fé é mais in-tensa em agosto, nas celebrações em honra da santa, altura em que, de ma-

Senhora das Dores continua a ser refúgio dos fiéis

Cátia Veloso

Continua de pedra e cal a relação de fé que os trofenses nutrem pela Nossa Senhora das Dores. As festas já começaram, mas o ponto alto, a ma-jestosa procissão, realiza-se este domingo, a partir das 17 horas. O pároco de S. Martinho contou ao NT como está a ser preparada.

nhã à noite, a Capela enche-se de pe-regrinos que lhe vão pedir força para ultrapassar as provações da vida.

Esta relação de proximidade ex-plica-se pela própria simbologia de Nossa Senhora das Dores, que evo-ca a “própria condição humana, su-jeita ao sofrimento e às dificuldades” do dia a dia. A sua imagem, caracte-rizada pelas lágrimas, postura, manto e espadas cravadas no coração, sur-ge como algo próximo da realidade

humana e não como figura seráfica, como se fosse um anjo. “Isso faz com que se identifique muito com as pes-soas, como alguém que partilha das nossas dores e problemas e que nos tenta dizer que, assim como ela sou-be superar as suas dificuldades, tam-bém nós podemos ultrapassar as nos-sas”, explicou Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado.

Na semana grande das celebrações, o sacerdote apela a que os fiéis “apre-ciem o esforço da Comissão de Fes-tas” e usufruam do aspeto lúdico da romaria, mas “não deixem de lado a vida espiritual”. “Passem pela Capela e rezem a Nossa Senhora que, de cer-teza, sairão de coração cheio”, apelou.

As comemorações religiosas já co-meçaram com a procissão de velas, na noite de 8 de agosto e prosseguem com o septenário durante a semana e a eucaristia solene, ao meio dia de domingo, 16 de agosto. O ponto alto das festas acontece a partir das 17 ho-ras de domingo, com a majestosa pro-cissão com os dez andores de vários metros de altura e que representam as aldeias de S. Martinho de Bouga-do. Para esta ocasião, está confirma-da a presença do bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, que presidirá à eucaristia solene e à pro-cissão, e cuja presença é “uma hon-ra”, assinalou Luciano Lagoa. “É si-nal que estas festas alcançaram uma dimensão considerável”, acrescentou.

Já uma das inovações é o “evange-lho ao vivo” que os “cerca de 150” fi-gurantes vão representar na procissão.

“Quem estiver a ver a procissão vai per-ceber a sequência da história de Jesus, desde o seu nascimento, passando pela infância, vida pública e acabando na morte e eterna ressurreição”, explicou. Apesar de não ser como antigamente, que as pessoas gladiavam-se para ocu-par os lugares como figurantes, o pá-roco assinalou a “boa adesão” dos fi-éis: “As figuras principais estão acau-teladas, mas ainda há lugar para quem ainda quiser participar”.

O mesmo acontece com quem transporta os enormes andores, des-de há alguns anos com a ajuda de car-rinhos de madeira. “Houve uma altu-ra, na Guerra Colonial, em que todos queriam pegar nos andores, em virtu-de de promessas, para pedir proteção à Senhora. Agora são muitas menos,

mas ainda há voluntários que mantêm a vontade de os transportar”, contou.

O facto de as obras nos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro ainda não estarem conclu-ídas faz com que, à semelhança do ano passado, continuem a existir

“condicionantes” na preparação das celebrações religiosas. “A procissão sofre alguns constrangimentos, por-que continuamos numa fase experi-mental para perceber como se irá re-alizar daqui para a frente”, adiantou Luciano Lagoa. Para o sacerdote, é necessário que, neste “período ex-perimental”, se “procure as melho-res soluções” para a festa. “Há algu-mas coisas que vão estar atrapalha-das, mas com boa vontade chegare-mos a uma estabilização quanto ao terreiro das festas, ao sítio para os divertimentos e ao percurso para a procissão”, sublinhou.

Luciano Lagoa espera que as pessoas “não deixem de lado a vida espiritual” nas festas

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Atualidade

Tal como tem acontecido nos últimos anos, o percurso

da procissão em honra de Nos-sa Senhora das Dores foi altera-do. A procissão sai da Igreja Ma-triz em direção à Capela de Nossa Senhora das Dores pela Rua Con-de S. Bento, passando pela frente, lateral e traseira da Capela, sain-do por um caminho criado junto ao parque infantil e retomando a Rua Conde S. Bento. Além de não passar pela Rua Camilo Cas-telo Branco, a procissão não vai dar a tradicional volta à Capela. O responsável da Comissão de Festas pela vertente religiosa, Al-bino Monteiro, apela que as pes-soas “colaborem na passagem da procissão” e para que haja “muito respeito e dignidade, porque tam-bém vem o pálio com o Santíssi-mo Sacramento”. “Era bom que os trofenses aderissem para receber quem nos visita, para que as pes-

Procissão da Senhora das Doresnão dá volta à CapelaUm dos momentos mais esperados da festa em honra de Nossa Senhora das Dores é a procissão deste domingo, 16 de agosto, pelas 17 horas.

Patrícia Pereira soas saibam que sabemos receber e acarinhar, com sentido religioso que estas festas merecem”, apelou.

A Comissão de Festas está en-volvida no “grande dia da festa, que é o domingo” que, segundo Albino Monteiro, está a ser prepa-rado com “muito empenho e dedi-cação”. “(A procissão) é a grande aposta desta Comissão, porque a festa é em honra a Nossa Senhora das Dores e nunca podemos des-curar esta parte religiosa que é muito importante. Estamos empe-nhados para que tudo corra bem”, referiu, declarando que o Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, vai presidir à missa solene das 12 horas e à procissão.

O início das atividades religio-sas das festas em honra de Nos-sa Senhora das Dores ficou mar-cado pela procissão de velas, na noite de sábado, 8 de agosto. Cou-be aos elementos da Fraternidade Nun’Álvares de S. Martinho de Bougado carregar o andor de Nos-

sa Senhora das Dores, que saiu da Igreja Matriz em direção à Capela, acompanhado de várias centenas de pessoas. Segundo Albino Mon-

teiro, a procissão de velas “correu bem” e contou com “muita gente”. De domingo a sexta-feira decor-reu o septenário em honra de Nos-

sa Senhora das Dores. O início do septenário marcou o fim das euca-ristias das 15.30 horas na Capela.

Albino Monteiro é o responsável da Comissão de Festas pela vertente religiosa

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Atualidade

O azul, do manto de Nossa Se-nhora das Dores, é a cor pre-

dominante da iluminação das fes-tas em honra da Santa, que termi-nam a 18 de agosto. Tal como tem sido habitual, as rotundas da cida-de da Trofa estão iluminadas com a imagem de Nossa Senhora das Do-res e com letras a dourado. A Cape-la também foi iluminada pelo azul, assim como a Igreja Matriz de S. Martinho. Com a recente abertura do parque infantil, este voltou a re-ceber as figuras desenhadas atra-vés das luzes.

No que toca à animação, foi com música tradicional portuguesa que começou a semana grande das Fes-tas em honra de Nossa Senhora das Dores, que termina na terça-feira, 18 de agosto, com o cortejo de vá-rias aldeias. O Conjunto Típico do Val animou a noite de 8 de agosto,

Milhares nas Festas da Senhora das DoresAs festas em honra de Nossa Senhora das Dores, este ano a cargo da aldeia de Paradela, atraem milhares de pessoas aos Parques.

Patrícia Pereira

após a procissão de velas, que jun-tou muitas pessoas. Na tarde de 9 de agosto, o folclore foi o rei, com um festival que juntou o Rancho Folclórico e Recreativo de Cando-

so (Guimarães), Rancho Folclórico da Casa do Povo de Souselo (Cin-fães), Rancho Folclórico do Povo de Leomil (Viseu), Grupo Folclórico e Etnográfico de Granja do Ulmelro (Soure) e Grupo Folclórico e Etno-gráfico de Arzila (Coimbra). Para fechar a noite, houve um “grande concerto” da banda Som Brasil em

Trio Elétrico. A música tradicio-nal portuguesa voltou na noite de segunda-feira, com a atuação dos Sons e Cantares do Ave. Na noite seguinte, a música ligeira e român-tica de Rui Bandeira atraiu cente-nas de pessoas, que acompanharam o cantor nas músicas “Loucura de Amor” e “Coração Esquecido”, en-

tre muitas outras. Como já manda a “tradição”, a noite de quarta-feira é dedicada ao concerto da Banda de Música da Trofa, que volta a atuar no sábado, a partir das 14.30 horas, juntamente com a Banda de Música de Esposende e no domingo, a par-tir das 9.30 horas, com a Banda de Música de Famalicão. Já na noite seguinte, Santamaria apresentou o mais recente single “És tudo” e os já conhecidos “Eu sei, tu és”, “Vou en-trar no teu olhar”, “Eu sem ti”, “Rit-mo da Magia”, entre outros. Outro dos cabeças do cartaz são Os An-jos, que atuam pelas 22 horas desta sexta-feira, com o novo single “É o amor”. Mas as festas só terminam na terça-feira, 18 de agosto, com o

“cortejo das várias aldeias”. Mas an-tes, na segunda-feira, o dia é dedica-do à Feira das Sementes, com a atu-ação das bandas de música da Tro-fa e dos Amigos da Branca.

Fique com alguns dos momen-tos das festas de Nossa Senhora das Dores 2015, ilustrados em fo-tografias:

Recinto das festas tem contado com muito público

Santamaria animou a noite de quinta-feira

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Atualidade

Rui Bandeira

Festival de Folclore

Som Brasil Conjunto Típico do Val Esplanada do Bar da Comissão sempre cheia

José Alberto Reis Procissão de velas

Banda de Música da Trofa Procissão de velas

pub

14 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 WWW.ONOTICIASDATROFA.PT

Atualidade

Aprocissão em honra de Nossa Senho-ra das Dores é o ponto alto das fes-

tas e que atrai milhares de pessoas ao centro da cidade, por a considerarem única no país pela imponência dos andores e pela quantida-de de figurantes bíblicos. Tal como em anos anteriores, pelas 17 horas deste domingo, 16 de agosto, a procissão sai da Igreja Matriz em direção à Capela de Nossa Senhora das Dores. Com o auxílio dos carrinhos, mais de uma de-zena de homens transporta cada um dos dez imponentes andores com mais de dez metros de altura e que podem chegar aos 650 quilos, sustentados por quilos de alfinetes e centenas de metros de tecido. Entre cada andor, que re-

Um dos poucos ex-líbris da Trofa é o Par-que Nª Srª das Dores. Gerações atrás de

gerações de trofenses viram o seu aspeto alterado gradualmente ao longo de décadas, em nome do

“progresso”, sendo que, a mais radical teve a sua génese em 2007 e foi protagonizada por opção do executivo social-democrata, liderado por Bernar-dino Vasconcelos querendo o destino que o seu

“discípulo”, Sérgio Humberto o fosse inaugurar.A pergunta que se impõe, numa altura em que

se sucedem múltiplas festas de inaugurações, de uma obra orçada em cerca de seis milhões e meio de euros (http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesqui-sa/Contrato?a=706237) é qual o real valor do re-novado parque, para os trofenses, e a sua susten-tabilidade futura? Em termos estéticos, e olhan-do numa ótica urbanística simples, direi que gos-to – o parque é bonito e acredito que, quando es-tiver mais arborizado ainda ficará mais agradável!

Em termos funcionais, o arrastar do proces-so (2007-2015) e a incapacidade de negociação, quer do executivo socialista, liderado por Joana Lima que apenas conseguiu, ao projeto inicial, alterar a localização do edifício que inicialmen-te estava previsto para a face da EN14 (em fren-te ao centro comercial D. Pedro V), passando-

-o para a parte lateral, aliado à passividade evi-denciada pelo atual executivo, liderado por Sér-gio Humberto, que se limita a executar atos de mera gestão, faz com que a meu ver a obra este-ja condenada por “7 pecados mortais”:

1º - Sendo o Parque Nª Srª das Dores constru-ído à volta de uma capela e dele fazendo parte integrante não foram devidamente acauteladas as históricas e grandiosas festas em sua hon-ra! Se, na parte profana sempre se poderá ocu-par alguns terrenos contíguos para os “carros-séis” mas que, certamente, tirarão envolvência ao certame, já no que ao religioso diz respeito estão criadas dificuldades (desnecessárias)! A receção da procissão, para a qual falta dignida-de, à passagem dos tradicionais andores é a pri-meira grande evidência.

2º – Foi designado de “Concha Acústica” o es-paço destinado a espetáculos. Uma concha com forma retangular colocada ao ar livre?! Se a essên-cia de ser “Concha” tem como objetivo facilitar a comunicação entre os elementos em palco, ga-rantindo uma melhor qualidade e propagação do som, porque foi designada de “Concha” quando o que se vê construído não passa de um palco? A sua localização de forma permanente, em frente à porta principal da capela (quando há mais espaço), parece-me desajustado e, uma vez mais, relega a capela, principal “emblema”, para segundo plano!

3º – O sistema de iluminação de todo o Par-que é inteiramente composto por lâmpadas flo-rescentes, descartando por completo a tecnologia led. Os argumentos de que “o projeto é de 2007, e dado que é financiado por fundos comunitá-rios, tem de ser respeitado na íntegra o que ini-cialmente foi apresentado”, quanto a mim não colhe, pois se foi possível deslocar o edifício da parte da frente para uma parte lateral acho im-possível que um mero sistema de lâmpadas não pudesse ser alterado! Terá alguém estado distra-ído com o avanço da tecnologia e esquecido que

Procissão de NossaSenhora das Dores

presenta as aldeias da Paróquia de S. Martinho de Bougado, seguem “entre 150 e 200” figu-rantes, que ilustram momentos bíblicos.

Um dos momentos mais emocionantes da procissão acontece quando o andor de Nossa Senhora das Dores passa em frente à Capela e é agraciado com pétalas de flores atiradas da varanda da Capela. Nos últimos dois anos, este gesto não tem acontecido. Falta saber se este ano a tradição vai regressar ou se conti-nuará suspensa.

O ano passado, o andor de S. José, do lugar de Finzes, cumpriu a tradição, ao ser carrega-do por 16 homens e sem o auxílio do carrinho, tal como acontecia no passado. P.P.

João Pedro Costa

CRÓNICAPARQUE NOSSA SENHORA DAS DORES - “7 PECADOS MORTAIS”

era responsável por este projeto? Não sei, apenas fico com a certeza que o custo energético será enorme (o quadruplo do desejado) e desajusta-do às dificuldades vividas atualmente.

4º – O edifício principal é sustentado por enor-mes barras de ferro, que dada a sua arquitetura, estão expostos ao tempo e às suas intempéries. Essas barras deveriam ser muito bem galvani-zadas garantindo menores manutenções (pintu-ra) e durabilidade do edifício para lá de meia dú-zia de décadas (não confundir com as entradas, ao “estilo ferrugem”, que são de embelezamen-to e que levam um tratamento adequado). A jul-gar pelo estado das barras de ferro fica a dúvida, passaram estas barras pela galvanização? A ver vamos, mas confesso-me preocupado!

5º – O aspeto mamarracho das casas de ba-nho a ferir de morte a vista sobre a capela e de todo o Parque Nª Srª das Dores, revelador da fal-ta de imaginação de quem projetou o parque, e que não endereça aos que passam na estrada um convite à paragem! Outros atropelos do que pro-metia ser um espaço completamente harmónico sucedem-se numa visita mais atenta ao recinto.

6º – A zona desportiva com a colocação de tabelas para basquetebol, mesmo face à estra-da nacional, que coloca em perigo quem vá a correr atrás de uma bola perdida e dos próprios veículos em circulação! Mas, ainda mais estra-nho, num desporto cuja uma das essências é ba-ter com a bola no chão, foi colocado um piso em paralelos! Já a zona do parque infantil está des-pido de árvores, e o argumento de que “as arvo-res vão crescer”, não me convence – as crianças querem lá brincar com condições, pelo que não deveriam ter de esperar pelos próximos anos...! Penso que, neste espaço, deveriam ter sido co-locadas desde o início árvores de grande porte, para garantir a existência de sombras.

7º – O estacionamento subterrâneo com aces-sos estreitos, ao estilo bunker, que não acredito vá ser massivamente utilizado pelos trofenses não só por questões de hábito, mas também pela completa desarmonia deste espaço ao resto da cidade. Por exemplo a falta de um acesso a meio da rua Conde de S. Bento, em frente ao Centro Comercial da Vinha, que facilitaria o acesso dos peões às poucas zonas comerciais que nos res-tam. Ainda a privação de entradas mais largas, condiciona a recolha de veículos de maior por-te, até os que estão ao serviço da Câmara Muni-cipal da Trofa (recolhidos em espaços alugados).

Termino com a lembrança do tempo de priva-ção do espaço por parte dos trofenses, de uma obra que prometeu ser “tudo para nós” e onde foram gastos cerca de 6 milhões e meio de eu-ros. Passaram 8 anos, o projeto apresenta erros crassos e com os quais teremos de conviver nos próximos “50 anos” mas, surpreendentemente, é defendido por alguns como sendo uma obra fantástica representativa do tal “Orgulho Tro-fense”! Um projeto transversal a governos PS e PSD, não há responsáveis políticos, não há res-ponsáveis técnicos e até me parece que estão to-dos convidados para as centenas de iniciativas de

“inauguração” que lá estão a acontecer... Viva a Trofa! Votos de boas férias para todos.

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15 14 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 14 AGOSTO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Foi um dos dias mais quentes do con-celho da Trofa neste verão, mas nem a

temperatura elevada demoveu as centenas de pessoas que saíram à rua para participar na procissão em honra a Santa Eulália. O cor-tejo litúrgico, presidido pelo pároco Rui Al-ves, saiu da Igreja de S. Romão do Corona-do com 16 andores, em clima de grande so-

Festas de Santa Eulália enchem ruas de S. Romão Apesar do calor, centenas de pessoas reuniram-se para a celebração das Festas de Santa Eulália e para participar na procissão. Comissão de festas satisfeita com “sucesso” das atividades programadas de 7 a 9 agosto.

Diana MorgaDo

Cátia Veloso lenidade e com a participação das forças vi-vas da freguesia.

O acontecimento satisfez a comissão de fes-tas liderada por Domingos Araújo. “Acho que estamos todos de parabéns por aquilo que fi-zemos. O senhor padre, Rui Alves, ficou mui-to contente, porque foi um sucesso”, afirmou em declarações ao NT.

Com um orçamento menor que o habitual, a rondar os 20 mil euros, a festa que levou qua-

se cinco meses a ser preparada, superou todas as expectativas da organização, não só pela adesão do público como também pela quali-dade dos espetáculos.

Depois das atuações da Associação Recrea-tiva e Desportiva do Coronado e do grupo de Amigos da Concertina da Maia, na sexta-feira, o grupo Juventude em Força, de S. Mamede

do Coronado, percorreu as ruas da freguesia durante a alvorada de sábado, deixando a noi-te reservada para Tiago Maroto e a sua banda.

Os três dias de festas são, segundo Domin-gos Araújo, resultado de muito trabalho e do apoio da população que, além da presença, cooperou com a comissão de festas através de donativos.

Procissão realizou-se sob temperaturas muito elevadas

16 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Atualidade

A tradição da festa religiosa, que se prolonga há mais de 60 anos, e que inclui a peregrinação e missa de S. Gens. No domingo, 6 de agos-to, a manhã começa com uma missa, seguindo-se a peregrinação do fa-cho até ao santuário e como o dia é dedicado a S. Gens, pelas 11.30 ho-ras decorre a missa solene. É tam-bém durante a tarde de domingo, que se realiza o Festival de Folclo-re Bougado 2015, promovido pelo

Eu, Manuel da Silva Pontes, presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, convoco os Irmãos desta Irmandade a reu-nirem em Assembleia Geral Extraordinária a realizar no próximo dia 02 de Setembro de 2015, pelas 20.00 horas, nas instalações desta Santa Casa sitas na Rua António de Sousa Reis, 259, Finzes, nesta cidade da Trofa.

ORDEM DE TRABALHOS

1º.- Deliberar sobre o novo Compromisso da Santa Casa da Miseri-córdia da Trofa determinado pelo Decreto-lei nº172-A/2014, actualiza-do pela Lei nº76/2015, de 28 de Julho.

2º.- Proclamar Irmãos Honorários sob proposta da Mesa Administrativa.

3º.- Deliberar proceder com os restantes interessados à partilha da fracção autónoma designada pela letra “R”, destinada a habitação, que faz parte do prédio urbano situado na Rua da Aldeia Nova, da fregue-sia de Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, recebida por le-gado da utente Justina da Silva Oliveira Monteiro, já falecida, de forma a ser adjudicado um terço indiviso desta mesma fracção à Santa Casa da Misericórdia.

4º.- Deliberar proceder à venda do terço indiviso desta mesma frac-ção autónoma que for adjudicada nessa partilha à Santa Casa da Mise-ricórdia a terceiro.

5º.- Deliberar sobre a alteração da morada da sede, na sequência da mudança da entrada principal.

6º.- Tratar de outros assuntos de interesse para a Misericórdia.

Se no dia e hora acima designada não se verificar a presença da maio-ria legal, a reunião terá lugar uma hora depois, ou seja, 21.00 horas, com qualquer número de Irmãos.

Trofa, 06 de Agosto de 2015.O Presidente da Assembleia Geral(Manuel da Silva Pontes)

Nota: Encontra-se disponível nos Serviços Administrativos cópia do Compromisso para consulta. Serão ainda disponibilizados exemplares por e-mail ou junto do Serviços Administrativos aos irmãos que o solicitem.

Autodidata e um “sentimental pela arte”. É assim que José

Costa Pinto, morador no Corona-do, se assume perante o desenho e a pintura. A paixão nasceu ainda em criança, na 3.ª classe. A primei-ra gravura que fez retratava Luís de Camões e, a partir daí, não mais pa-rou. Os professores pediam determi-nados trabalhos, mas José Pinto aca-bava por “distorcer” as indicações, apresentando trabalhos “comple-tamente diferentes do que pediam”. Um professor, mais tarde, aconse-lhou-o: “Disse-me para ir para Be-las-Artes, porque eu distorcia os tra-balhos, que ficavam mais engraça-dos do que os que ele pedira”.

Continuou a alimentar o gosto pela arte, utilizando vários mate-riais: tinta-da-china, tela, azulejos e gesso. Os temas são variados e não seguem nenhum fio condutor, mas acompanham os estados de espíri-to de José Costa Pinto. Parte do por-tefólio deste artista está, agora, em exposição no salão nobre da Jun-

Artista do Coronadoexpõe desenhos e pinturas

Cidai prepara-separa receber Festa de S. Gens

ta de Freguesia do Coronado até 31 de agosto.

A inauguração aconteceu na tar-de de segunda-feira, 10 de agosto. O presidente da Junta de Freguesia, José Ferreira, explicou que o apoio dado ao artista “era merecido”, uma vez que José Pinto “é uma pessoa

sempre disponível para ajudar”, dan-do o exemplo da colaboração dada na Associação de Solidariedade So-cial do Coronado (ASCOR). “A Jun-ta está disposta a apoiar e divulgar as qualidades que temos na fregue-sia”, assinalou. C.V.

Diana MorgaDoCátia Veloso

Nos dias 5, 6 e 21 de setembro, a freguesia de Santiago de Bougado recebe as festas em honra de S. Gens de Cidai e muitos romeiros devotos.

Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado e que, além do anfitrião, conta com a atuação do Grupo Folclórico e Etnográfico da Associação Recreativa e Cul-tural de Cova do Ouro e Serra da Rocha, de Coimbra, do Grupo Fol-clórico de Santa Cruz de Vila Meã, de Amarante, do Rancho Folclóri-co Recreativo e Cultural “As Flori-nhas de Rio Meão”, de Santa Ma-ria da Feira, e do Rancho Folclórico da Associação Cultural e Recreati-va Conde, de Guimarães. Já há al-

guns anos que o festival se realiza durante as festas de S. Gens, fruto da parceria estabelecida entre a co-missão de festas e o Grupo de Dan-ças e Cantares de Santiago de Bou-gado, para “encurtar as despesas” e animar todos os presentes, esclare-ceu Manuel Ramalho, responsável pela organização das festas.

Mas antes, o dia 5 de setembro é dedicado a Nossa Senhora da Ale-gria, celebrando-se uma missa so-lenizada.

No dia 21, Dia da Gente do Mar, são esperados muitos peregrinos e cerca de “30 a 40 autocarros, cheios de pessoas de várias zonas do País que se mobilizam até ao Monte de S. Gens, quer seja para cumprir promessa ou simplesmente por fé”, adiantou o responsável.

Manuel Ramalho realçou o fac-to de a comissão de festas não ter praticamente despesas a organi-zar o certame, sendo que as únicas verbas gastas são canalizadas nas obras de requalificação do espaço para receber cada vez melhor os ro-meiros e peregrinos.

EDITAL

José Pinto tem obras expostas na Junta de Freguesia do Coronado, em S. Romão

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17 16 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 14 AGOSTO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

O pó colorido voltou a pintar a noite no Souto de Bairros e

todos aqueles que participaram na Festa das Cores. A iniciativa re-petiu-se no Bougado e Juventude em Festa, na noite de 7 de agosto, e atraiu uma multidão, essencial-mente jovem, mas outros, de fai-

Bougado em Festa animoujuventude e exaltou tradições

Cátia Veloso

PatríCia Pereira

A Junta de Freguesia de Bougado organizou mais uma edição do Bougado e Juventude em Festa, de 6 a 9 de agosto. Festa das Cores e Concur-so do Melão foram os pontos altos do certame.

xas etárias mais elevadas, também entraram na brincadeira.

No dia anterior, o evento tinha começado com uma noite de co-média e no sábado a noite foi de-dicada à moda e ao comércio local, com um desfile protagonizado por várias lojas sediadas na freguesia.

No domingo, as tradições estive-ram em destaque, primeiro com a

Feira à Moda Antiga, promovida pelo Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado. Fruta da época, legumes, galinhas, rendas e outros artigos a fazer lembrar os tempos de outrora estiveram à ven-da no Souto de Bairros por com-ponentes do Grupo, também eles vestidos tal como a ocasião exigia. As marchas populares de S. Pedro

da Maganha também deram colo-rido especial à festa, com a indu-mentária e coreografia caracterís-ticas. Depois, o tradicional Con-curso do Melão pôs o júri a provar 26 exemplares de casca de carva-lho. De entre os 14 participantes, Manuel Costa destacou-se por ter o melão que reuniu maior pontua-ção do júri.

Em jeito de balanço, Luís Pau-lo, presidente da Junta de Fregue-sia de Bougado, afirmou que o cer-

tame “correu muito bem” e abran-geu “vários públicos”, com os dias divididos por temas. Para o autar-ca, foi especial “ver a mobilização da juventude” e a tradição exalta-da “na Festa do Melão”.

No entanto, o autarca considera que os moldes da iniciativa devem ser “repensados”. “Vamos fazer al-gumas mudanças, temos algumas ideias, que ainda estamos a mari-nar, mas no próximo ano teremos novidades”, anunciou.

Festa das Cores animou juventude

Concurso do Melão teve 26 exemplares de casca de carvalho

18 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Atualidade

A previsão para o decorrer das obras de requalificação era

de 18 meses, mas só passados qua-se 60 meses, em que estão incluí-dos os quase três anos de suspen-são, é que estão concluídas. A Es-cola Secundária da Trofa está “em pleno funcionamento para o pró-ximo ano letivo”, que vai receber

“cerca de 1200 alunos”. Recorde-se que as obras de requalificação ini-ciaram-se em novembro de 2010 e passado um ano foram suspensas pela Parque Escolar, tendo apenas sido retomadas em julho de 2014.

Numa visita guiada ao NT e Tro-faTv, Paulino Macedo, diretor do Agrupamento de Escolas da Tro-fa, afirmou que faltam “alguns re-toques em termos de funcionalida-des chaves de algum equipamento de salas”, mas como “o grosso das obras está”, a direção “já assinou a ata da receção das instalações”. A Secundária da Trofa está “em ple-no para o próximo ano letivo”, fal-tando a inauguração, que “é orga-nizada pela Parque Escolar com o empreiteiro”. Ser a “única” esco-la secundária no concelho confe-re, segundo o diretor, “importân-cia e valor”. E “a imponência” do estabelecimento torna-a “uma es-cola importante e que tem que ser rentabilizada”. As principais valên-cias passam pelo pavilhão de edu-cação física que tem “condições excelentes para a prática desporti-va”, as instalações dos laboratórios que são “cinco estrelas, faltando al-guns equipas para a prática do dia a dia”, e as salas de aula são “ex-celentes” e tem “condições acústi-cas e de climatização”. “Faltam as

Obras na Escola Secundária concluídasA Escola Secundária da Trofa está em pleno para receber o próximo ano letivo, após estarem concluídas as obras de requalificação, que duraram quase cinco anos. A inauguração ainda não tem data prevista.

Patrícia Pereira

mesas, as cadeiras e o vídeo-pro-jetor, que não estavam contempla-das nesta empreitada. Já pedimos à DGEstE (Direção-Geral dos Es-tabelecimentos Escolares), à Par-que Escolar e até ao Ministério da Educação para que as salas de aula sejam equipadas com esses mate-riais”, completou.

Há poucos meses, a Associação de Pais foi visitar a Escola Secun-dária da Trofa, tendo saído, segun-do Paulino Macedo, de “sorriso lar-go” com aquilo que viram. O dire-tor asseverou que “quem tiver opor-tunidade de conhecer estas instala-ções fica agradado, aos olhos, pela imponência e pelas salas de aula, corredor e interiores”. “Os comen-tários que ouvi foram excelentes e de contentamento”, referiu, com-plementando que houve quem dis-sesse até que enfim que as obras da Secundária terminaram e bem”.

7.º ano transferido para a Secundária

Numa “fase inicial”, a direção do Agrupamento de Escolas da Trofa ponderou a transferência de “todo o 3.º ciclo” para a Escola Secundá-ria da Trofa, mas “dada alguma ne-cessidade de reponderar” optou-se por trazer “só o 7.º ano”. Em ter-mos de salas de aulas, Paulo Mace-do garante que “está tudo pondera-do” e que tem “capacidade de ins-talação de todas as turmas”. Tam-bém em “termos de desenvolvi-mento curricular não haverá gran-des alterações já que os professores e o currículo são os mesmos”. “Se houver necessidade de fazermos ajustamentos, pontualmente, caso a caso, teremos ocasião e oportuni-dade de repensar nisso a qualquer instante”, declarou.

“Alunos de S. Romão e Alvarelhos ‘fogem’ muito

da Secundária da Trofa”O diretor do Agrupamento espe-

ra que a conclusão das obras seja um chamariz para os jovens que

têm prosseguido os seus estudos a nível secundário fora do concelho da Trofa. Na transição do 9.º para o 10.º ano, Paulino Macedo referiu que “está a acontecer um fenóme-no que precisam de estudar”, pois,

“previsivelmente, todos os alunos do concelho deviam de vir para a única secundária”. No entanto, os alunos de S. Romão e de Alvare-lhos que transitam do 9.º para o 10.º ano de S. Romão e de Alvarelhos

“estão a fugir para a Maia e Santo Tirso”. “Só uma minoria, um terço, é que vem para a Escola Secundá-ria. Sei que o INA está a fazer uma campanha muito forte de angaria-ção de alunos. Claro que alguns dos nossos também saem, mas en-tre o deve e o haver as coisas equi-libram-se”, adiantou.

O diretor assegurou que a Se-cundária tem “uma oferta bastan-te vasta”, com “quatro cursos pro-fissionais”. Contudo, “não têm qua-tro turmas completas em termos de alunos”, tendo que “constituir ape-

A Carta Educativa de 2006 previa a construção da Escola Básica Integrada em Santiago de Bougado (en-tre Lagoa e Cidai) para o jardim de infância, 1.º, 2.º e 3.º ciclos. “Neste momento”, para Paulino Macedo

“não faz sentido construí-la de raiz”, porque “não tem expectativas de ter alunos suficientes para ocupar a Napoleão Sousa Marques, a de Paranho, de Paradela, Finzes, Bairros e Lagoa”. “Na próxima década não va-mos ter alunos para essas escolas todas, mas de pon-to de vista político uma escola em S. Martinho e ou-tra em Santiago podia fazer sentido, mas com a união das freguesias também já deixa de ser tão importante, já que fizemos uma só freguesia e um só agrupamen-to”, frisou, referindo que, contudo, “está cá para aceitar aquilo que a classe política produzir a esse propósito”.

Escola Básica Integradade Bougado “não faz sentido”

Empreitada esteve três anos suspensa, mas no próximo ano letivo os alunos já usufruirão da nova escola em pleno

19 18 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 14 AGOSTO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

nas duas turmas”. “Não sei se têm melhores condições de transpor-tes, por exemplo na Maia e Santo Tirso, ou até da proximidade”, in-terrogou-se.

Além deste “fenómeno”, Paulino Macedo acrescentou que está a ha-ver “falta de frequência de cerca de cem alunos por ano”, sendo que no

“próximo ano vão ter menos de cer-ca de 350 alunos”. Em 2012/2013, o Agrupamento de Escolas da Trofa “tinha 3200 alunos” e no próximo prevê-se “cerca de 2900 alunos”.

“Não porque eles saiam da Secun-dária ou não transitem do 9.º ano

para a secundária, mas porque na origem já não entram na frequên-cia”, explicou.

Não vão fechar escolas do 1.º ciclo

Relativamente às escolas do 1.º ciclo, tanto quanto Paulino Mace-do sabe só a da Esprela é que tem amianto e precisa que seja retira-do. Além disso, há “outras dificul-dades, problemas e necessidades de intervenção que já foram apre-sentadas, inventariadas e enviadas quer para a Câmara Municipal quer para a Junta de Freguesia e que é

necessário olhar com outros olhos”. Como exemplo, o diretor enume-rou as “portas que não abrem, as janelas que não fecham, a humida-de que entra e claraboias que estão danificadas”.

Quando questionado sobre a pos-sibilidade de alguma escola primá-ria fechar nos próximos tempos, Paulino Macedo acredita que isso não vá acontecer, pois se “quiserem ser rigorosos em termos de cum-primento da lei, a escola só fecha quando tiver menos de 21 alunos e na Trofa vão ter sempre 21 alunos nas escolas”. O diretor garante que é necessário fazer “um trabalho de planificação a longo prazo daquilo que é a carta educativa na cidade da Trofa”, uma vez que se apresenta

“completamente desajustada à nos-sa realidade”. “Com tempo, preci-samos de ponderar a colocação de alunos para que não tenhamos ne-cessidade, como este ano acontece, de fazer turmas mistas em várias escolas do nosso Agrupamento”, exemplificou, referindo que esta planificação tem que ser “pensa-da não só pelos dirigentes dos agru-pamentos, mas pelo executivo ca-marário, classe política e associa-ções de pais”, de forma a “congre-gar vontades e tomar uma decisão que seja a longo prazo e não uma decisão para amanhã”.

Na EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, o diretor do Agrupamen-to afirmou que “não é só o amianto que o preocupa”, mas “outras neces-sidades” existentes, recordando que o estabelecimento, inaugurado “em 1982/83”, “nunca teve uma intervenção de fundo”. Sendo “uma escola que no verão é quente e no inverno fria”, uma “associação de pais dos anos 80 instalou aquecedores de pouco aquecimento e de grande consumo” e ou-tra “associação de pais colocou ventoinhas para fazer o arejamento das salas, durante o verão”. Paulino Macedo assegura que a escola é “funcio-nal, acolhedora e tem as condições mínimas para trabalhar devido à ma-nutenção regular” que é feita, mas que é necessário “uma série de neces-sidades”, como “serem requalificadas as janelas, as paredes, as portas, as casas de banho e os balneários”.

O diretor recordou que “há dois anos” foi “retirado o amianto dos cor-redores”, mas que “ainda existe em cima dos pavilhões”, mas “mais lon-ge do contacto com os alunos”. No entanto, “é preciso um projeto bastan-te mais amplo de requalificação da escola para serem retiradas todas es-sas placas que dizem que contem amianto”. O Agrupamento “não tem in-formação formal e oficial” de que a Escola esteja “na lista prioritária do Governo” para a retirada das placas de fibrocimento, mas “informalmen-te” vai sendo notificado de que “faz parte das 50 escolas prioritárias em termos de intervenção”. “Projetos de requalificação ainda não os vi, nem me disseram que tivessem sido apresentados”, completou.

Escola Napoleão Sousa Marques“nunca teve uma intervenção de fundo”

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Pavilhão desportivo

20 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Desporto

É apaixonado pelos carros, acompanha o desporto moto-

rizado há muitos anos e tem sauda-des de ver antigas máquinas que fi-zeram campeões nas décadas de 70, 80 e 90? Então prepare-se para as voltar a ver a acelerar nas serras de Vilar de Luz, no Coronado, e de Co-velas, a 31 de outubro. Pela primeira vez em Portugal, realiza-se um rali que reunirá os carros e pilotos mais emblemáticos da história do automo-bilismo dos últimos 40 anos. Deste tipo realizam-se por toda a Europa competições do tipo, como o Rally-Legend e o Eifel Rally Festival.

A organização é da Xicane – or-ganiza provas como o Motorshow Porto – e conta com a parceria da Junta de Freguesia do Coronado e do Clube Automóvel de Santo Tir-so (CAST). A prova está já calenda-rizada pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e tem ca-rácter de exclusividade, uma vez que as inscrições serão feitas por convite e por candidatura (sujeita a aprova-ção), até um máximo de 50 equipas.

Terá como centro nevrálgico a es-tação ferroviária de S. Romão do Coronado e contará com seis pro-vas especiais ou duas classificati-vas – S. Romão do Coronado (8,20 quilómetros) e Serra (6,65 quilóme-tros) - que se repetirão por três ve-zes, perfazendo perto de 50 quiló-

RallySpirit promete fazer reviver as emoções do passado… no presente

Campeões de outrora aceleram no Coronado

Cátia Veloso

Já estão confirmadas algumas “máquinas” que fizeram campeões nos ralis das últimas 40 décadas. O RallySpirit é uma iniciativa inédita no País e realiza-se no Coronado, a 31 de outubro.

metros disputados ao cronómetro, a que correspondem cerca de 80 qui-lómetros de percurso total.

José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, afirmou que “este rally está a despertar muita curiosidade pela ousadia e pelo fac-to de ser um acontecimento inédi-to no desporto automóvel nacional”.

“Enquanto Junta de Freguesia, esta-mos empenhados na realização desta prova para que, mais uma vez, este-jam reunidas condições para atrair-mos turistas à Vila do Coronado. Es-tou convencido que assim será e que iremos receber muita gente de fora”, sublinhou o autarca.

Recorde-se que, em 2014, as ruas do Coronado foram palco do Rali dos Patrocinadores. Desta vez, a pro-va tem outros moldes e será afasta-da do centro urbano, privilegiando a montanha.

“Que seja a primeirade muitas edições”

A Xicane tinha intenção de avan-çar com uma iniciativa deste tipo

“há sete anos”, mas só agora se reu-niram condições para a realizar. “Tal como apoiou o último rali que rece-beu o ano passado, a Junta de Fre-guesia dispôs meios logísticos e an-gariação de parceiros que apoiarão financeiramente a prova”, explicou Pedro Ortigão, responsável pela Xi-cane, a propósito da parceria com o executivo do Coronado. E por ter

“assumido o risco” de “avançar com a primeira edição” do RallySpi-rit, a freguesia merece o “compro-misso ético” da entidade promotora de que “a prova estará sempre cen-tralizada no Coronado nos próxi-mos anos”. “Nunca abandonaremos quem nos apoiou no início”, subli-nhou Pedro Ortigão.

O responsável admitiu a dificul-dade de se promover uma competi-ção com estas características, uma vez que envolve a participação de carros “que é difícil trazer à rua”, pelo “valor patrimonial e sentimen-tal que têm para os colecionadores e proprietários”.

Mesmo assim, já há confirmações (ver caixa) da participação de máqui-nas que fizeram furor noutros tem-pos e até “há já contactos com o es-trangeiro”, divulgou Carlos Guima-rães, presidente do CAST. “Acho que é a primeira vez que um rali come-ça a ser falado tão cedo. Está a mo-vimentar muitas pessoas, inclusive pilotos”, afiançou.

A organização quer que o rali “seja idêntico aos que se realizavam nas últimas décadas” e por isso o troço também foi a pensar nisso, “tendo diferenças de piso”.

O RallySpirit terá ainda um espa-ço especial para que o público con-tacte com os pilotos e está a ser es-tudada a possibilidade de “deslocá-

-lo de autocarro do centro nevrál-gico ao local das provas especiais”.

Passou pelo Campeonato Mundial de Ralis de Grupo N, em 1992, e um ano antes tinha acelerado no Campeo-nato Nacional de Ralis. O Ford Sierra RS Cosworth 4-4 foi uma das presenças confirmadas pela organização do RallySpirit.

O mesmo se pode dizer da “Qatrelle”, um Renaul 4GTL, que participou e, dez ralis do WRC. Será pilotado por Pinto dos Santos.

Já Hélder e Filipe Oliveira vão levar um Lancia Delta Integrale 16 V, que pertenceu à equipa italiana Martini Racing e que, no passado, foi guiado pelo tetracampeão do Mundo de Ralis, Juha Kankkunen.

O RallySpirit vai ainda ter nos trilhos do Coronado o Ford Escort MK II de Gonçalo Figueiroa.

“Máquinas” já confirmadas

Foi nas grandes penalidades que o Trofense saiu derrotado do jogo do 2.º Troféu Cidade Santo Tirso, que assinalou a apresentação da equi-pa sénior do Tirsense, na tarde de 8 de agosto.

A formação da Trofa, ainda numa

Trofense perde nos penáltis o Troféu Cidade de Santo Tirsoquarta-feira, que o jogo de apresen-tação aos sócios, agendado para o dia 15 de agosto, foi cancelado “devido à desistência da equipa adversária”.

Durante esta semana, o clube anunciou a chegada de novos refor-ços. Ricardinho, de 21 anos, é mé-

fase inicial de preparação, esteve a vencer por 1-0, com golo de Salva-dor, mas a segundos do fim do tem-po regulamentar, uma grande pena-lidade possibilitou ao Tirsense em-patar e levar a partida para a lotaria dos penáltis. Aí, foram os “jesuítas”

que se destacaram, vencendo por 3-2. Em declarações ao NT, Vítor Olivei-ra, treinador do Trofense, afirmou que “apesar de ainda estar numa fase de crescimento”, a equipa “já se apresentou a um nível bastante acei-tável”. “Tivemos algumas dificulda-des na primeira parte, depois conse-guimos corrigir e obrigar o Tirsen-se jogar mais direto, pelo que penso que acabamos por cima”, postulou.

O técnico valorizou o esforço dos atletas na preparação para a nova temporada: “Eles estão a traba-lhar bem e com intensidade. Den-tro daquilo que tínhamos planeado, tudo está a correr dentro do previs-to. Com o tempo, a equipa vai cres-cer do ponto de vista ofensivo, uma vez que a preparação inicial foi orga-nizar a equipa defensivamente para que, não sofrendo golos, ser mais fá-cil ganhar”. O clube informou, esta

dio ofensivo e ruma do Nogueiren-se para a Trofa. Já Zé Domingos, ex-júnior do Rio Ave, com 19 anos, vem reforçar o setor ofensivo. Ail-ton, avançado cabo-verdiano de 19 anos, chega por empréstimo do SC Braga. C.V.

DR

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22 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Desporto

“Não é uma classificação que me deixa satisfeito”. O ci-

clista trofense Daniel Silva, da Rá-dio Popular Boavista, não ficou sa-tisfeito com o 8.º lugar da geral in-dividual que obteve na 77.ª Volta a Portugal em Bicicleta, que termi-nou no domingo, 9 de agosto, com a consagração de Gustavo Veloso como bicampeão. O ciclista trofen-se ambicionava um lugar mais alto no pódio, por ser uma participação em que se sentia “mais forte”.

Ao ficar “doente” no dia de des-canso, para Daniel foi “difícil am-bicionar um lugar melhor no top10”.

“Os últimos três dias da Volta foram um martírio para mim. Estava com tantas dores musculares que impe-diam-me de realizar as tarefas mais simples como vestir-me ou calçar-

-me”, enumerou.

Trofenses na Volta a PortugalA correr, a massajar ou a vestir os campeões de cada etapa, o concelho da Trofa es-teve representado na 77.ª Volta a Portugal em Bicicleta, que terminou a 9 de agosto com a consagração do bicampeão Gustavo Veloso.

Patrícia Pereira

cátia Veloso

Esta situação refletiu-se no con-trarrelógio, que na sua opinião foi

“mediano” – ficando em 24.º lugar a 2:14 minutos de Gustavo Veloso -, pois “esperava subir alguns lugares na classificação e isso não aconte-ceu”. “Para piorar ainda sofro uma

queda na última etapa a três voltas do fim”, denotou.

Para Daniel Silva foi “totalmen-te legítimo” a equipa ter escolhi-do Rui Sousa como chefe de fila, uma vez que foi 2.º classificado no ano passado.

A 15 de dezembro de 2012, Celes-tino Pinho, morador em S. Mamede do Coronado, anunciou o fim da sua carreira de ciclista profissional, após se ter sagrado bicampeão nacional e vencedor da primeira Taça de Portu-gal de ciclocrosse, deixando no ar a hipótese de continuar ligado à mo-dalidade. “Dois anos” depois de es-tar afastado da modalidade, o tro-fense foi convidado para fazer par-te da equipa técnica da então OFM-

-Quinta da Lixa, agora W52/Quin-ta da Lixa, sendo responsável por

“massajar” o espanhol Gustavo Ve-loso, Delio Fernández e Samuel Cal-deira. Mas antes, Celestino Pinho ti-

Foi protagonista da Volta a Portugal em Bi-cicleta enquanto ciclista e agora é um dos res-ponsáveis por vestir os vencedores de cada ca-tegoria. Afonso Azevedo, natural de Santiago de Bougado, fez parte da equipa vencedora da Volta a Portugal em 2007 e no ano seguinte optou por “deixar de competir”. “Em 2010”, o também ex-ciclista Pedro Cardoso, responsá-vel pela empresa, convidou-o “a ingressar nes-ta aventura que é a Pacto”. “Em 2010, 2011 e 2012, as coisas foram correndo bastante bem e entretanto entramos na Volta a Portugal a convite do diretor Joaquim Gomes”, contou, referindo que, “há três anos”, que são os res-ponsáveis por confecionarem as camisolas que os vencedores de cada categoria recebem nas cerimónias protocolares no final de cada eta-

Afonso Azevedo “veste” os vencedores da Voltapa e que usam no dia seguinte.

Afonso Azevedo contou que a aventura está “a correr bastante bem”, sendo que a Volta a Portugal em Bicicleta é “aproveitada ao má-ximo”, por ser “a monta e o que lhes dá mais visibilidade por causa dos media”, tendo tido

“bastante aceitação” desde que começaram a colaborar com a prova e notado “um acrésci-mo na nossa empresa”.

A Pacto é responsável por fornecer três das seis equipas portuguesas profissionais: W52/Quinta da Lixa, Louletano-Ray Justa Energy e Team Tavira. Por essa razão, é com “um pou-co mais de orgulho” que equipam a “equipa vencedora da Volta a Portugal e a mais forte”.

O bougadense assegura que o facto de te-rem estado “ligados ao ciclismo há vários anos” e de terem sido “ciclistas profissionais” deu-

-lhes “alguma sensibilidade nas questões de compreender aquilo que o atleta necessita”. Como exemplo apontou “os calções” que têm que ser uma peça “confortável e de ter uma boa proteção”, uma vez que “está muitas ho-ras em contacto com o selim da bicicleta”. A escolha de “tecidos mais frescos” também é fundamental, uma vez que “em agosto estão 30º e muitos graus” e quando a “época come-ça em fevereiro estão 10º graus”.

Os responsáveis acompanham as partidas e chegadas da Volta a Portugal, levando con-sigo “sempre à volta de 150 a 200 camisolas”. Como “não sabem quem são os atletas que vão vestir as camisolas no final de cada etapa”, têm de reserva “sensivelmente 11 camisolas dos tamanhos XS, M e L”, sendo que “dificil-mente algum atleta gaste o L ou até o M, por-que nesta altura estão muito magros”. A final da etapa é a de “mais stress”, porque “após os atletas cortarem a meta, o colégio do comis-

sário informa-os automaticamente quem são os respetivos líderes” e, até à cerimónia pro-tocolar, têm “cerca de cinco minutos, depen-dendo do tempo televisivo, para fazer a estam-pagem imediata do nome da equipa”. “Não sa-bemos que equipa ganha, mas temos que ter tudo preparado para que quando o colégio de comissários nos informar dos respetivos lí-deres fazermos a estampagem no momento para estar tudo pronto para a cerimónia pro-tocolar”, salientou.

Afonso recordou uma situação que ocorreu, este ano, durante a Volta a Portugal, quando

“a um minuto da cerimónia protocolar tiveram que retificar” a camisola do líder da juventude, uma vez que o colégio de comissários tinha-

-os informado de que era “um ciclista italia-no”, mas ao “confirmar pelas câmaras consta-ram que afinal não foi esse atleta” que ganhou.

“A camisola já estava pronta para a cerimónia protocolar, mas tivemos que fazer tudo de novo outra vez. Deu para emendar”, recordou.

Celestino Pinho “trata das pernas”do bicampeão Gustavo Veloso

nha sido convidado para fazer par-te de “uma equipa estrangeira”, sen-do que “à última da hora o projeto acabou por não arrancar”. “Aceitei por ser uma equipa que já tinha ga-nho a Volta a Portugal e por conti-nuar a ser a melhor equipa nacional. Estou muito contente, porque aci-ma de tudo é uma família”, afirmou.

O ex-ciclista profissional asseve-rou que a “experiência tem corrido muito bem” e o facto de “ter corrido muitos anos e de ter feito algumas Voltas a Portugal, tornou tudo mais fácil”, desde o “trabalho e a ligação com os ciclistas”, com quem correu e tem “amizade de anos anteriores”.

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Daniel Silva voltou a estar no Top 10 da competição

Afonso Azevedo (à direita) foi ciclista e agora veste os vencedores da VoltaDR

23 22 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 14 AGOSTO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

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“Bougado 2015”, no adro da Ca-pela de S. Gens

Dia 14Nova

Dia 15Nova

Dia 16RibeirãoDia 17

TrofenseDia 18BarretoDia 19Nova

Dia 20Moreira Padrão

Dia 21RibeirãoDia 22

TrofenseDia 23BarretoDia 24Nova

Dia 25Moreira Padrão

Dia 26RibeirãoDia 27

Trofense

O período de férias (para quem tem a sorte de as poder gozar) é o perío-

do de descanso anual da esmagadora maio-ria dos portugueses e não é desejável qual-quer tipo de apoquentação, seja trabalho, estudos ou até política, como atestam inú-meros e variados estudos científicos, que muito têm contribuído para conferir pro-vas empíricas que suportam este argumen-to. Este ano, no período de férias, os por-tugueses vão ser apoquentados pelos po-líticos, nos locais do costume, a tentarem convencer-nos que merecem o nosso voto.

No período de férias dos políticos é usa-do o conceito anglo-saxónico silly season, que este ano não vai acontecer, provocado pela campanha eleitoral, para as eleições legislativas, que se vão realizar no dia 4 de outubro de 2015.Para os políticos nos con-vencerem, vai haver uma intensidade infor-mativa nos media, e as tradicionais visitas dos políticos às empresas, às feiras e mer-cados, aos comícios, aos almoços e janta-res, ou seja, onde está o povo.

Como chegou ao fim mais uma legisla-tura, vão ser precisos momentos de intros-peção, pois é tempo de refletirmos sobre o atual estado do país e compará-lo com o estado em que o governo anterior o deixou, em conjunto com alguns dos nossos mais complexos desafios, que os tempos atuais, e futuros exigem. Depois é preciso deci-dir, quem merece o nosso voto, em quem vamos votar e, depois, ação: ir mesmo vo-tar. É assim, para quem vive em democra-cia, é assim no nosso país. E que bom que é, que assim seja!

Tivemos um governo que governou uma legislatura até ao final, mesmo tendo de governar com uma intervenção externa (a vinda da «troika», solicitada pelo governo anterior), de suportar as maiores contesta-ções de rua, de ter tido a maior quantida-de de pedidos para marcação de eleições antecipadas, a maior quantidade de greves, a maior quantidade de intervenções do Tri-bunal Constitucional e a maior quantida-de de comentadores, que todas as sema-nas se «atiravam» contra o governo, mes-mo aqueles comentadores militantes, ou simpatizantes, dos partidos da coligação que governa o país.

É coisa rara em Portugal, mas as legis-laturas são para ser cumpridas até ao fim (este governo conseguiu esse feito históri-co, mesmo perante os condicionalismos acima citados), e depois as eleições são o julgamento democrático dos partidos do poder, mas também da oposição! É assim

“Divergências” com a dire-ção do Bougadense fi-

zeram com que António Costa e Pedro Sá, da secção de atletismo,

“batessem com a porta” no clube e tomassem a iniciativa de criar um projeto autónomo. Foi assim que nasceu a Escola de Atletismo da Trofa (EAT), que se pretende afirmar como estandarte da mo-dalidade no concelho. “Quando a secção de atletismo nasceu no Bougadense, ficou acordado que o clube inscrevia a equipa e ce-dia-nos as instalações e que os subsídios relativos à modalidade ficariam para o clube, em virtu-de dessas despesas. No primeiro ano tudo correu bem, mas no se-gundo disseram-nos que já não havia dinheiro para inscrever a equipa. A verba do subsídio da Câmara que nos cabia para fa-zer face à inscrição não nos foi entregue e outras verbas que se-riam para o atletismo foram para o futebol. Foi então que decidi-mos arrancar com um projeto só nosso”, explicou Pedro Sá.

Contactado pelo NT, Hilário Duque confirmou ao NT que o Bougadense vai deixar de ter sec-ção de atletismo, mas sobre as

“divergências” com os responsá-veis da modalidade não quis te-cer qualquer comentário.

Dia 28BarretoDia 29Nova

Dia 30Moreira Padrão

Dia 31RibeirãoDia 01

TrofenseDia 02BarretoDia 03Nova

Dia 04Moreira Padrão

Dia 05RibeirãoDia 06

TrofenseDia 07BarretoDia 08Nova

Dia 09Moreira Padrão

Dia 10Ribeirão

Nasceu a Escola de Atletismo da TrofaEm setembro, a Escola de Atletismo da Trofa co-meça a atividade desportiva. A nova coletividade nasceu por iniciativa de António Costa, Pedro Sá e outras 12 pessoas que estavam ligadas à secção de atletismo do Bougadense.

Cátia VelosoEntretanto, o início da ativida-

de da Escola de Atletismo está previsto para “setembro”, com treinos na zona envolvente ao Edifício Nova Trofa, em Bou-gado. No futuro, os responsáveis pretendem celebrar um protoco-lo de utilização de espaço “numa escola ou pavilhão”.

Os responsáveis da EAT con-fiam que os cerca de 30 atletas que representavam o Bougaden-se – e que representarão até ou-tubro, altura do defeso da moda-lidade – vão acompanhá-los. “Já estão connosco há cinco anos, já desde a altura em que estávamos na ACR Vigorosa”, sublinhou Pedro Sá. No entanto, todos os interessados em ingressar na Es-cola podem fazê-lo. “Basta con-tactar-nos através dos meios que disponibilizaremos nas escolas e locais públicos”, explicou.

“Continuar a formar atletas e representar o concelho” são os principais objetivos do projeto. António Costa atesta a qualidade reconhecida ao trabalho desen-volvido: “No Metting da Maia, evento muito divulgado, tive-mos atletas que foram convida-dos a participar”. Pedro Sá com-plementou com o facto de terem conseguido fazer do Bougaden-se “o único clube da Trofa a com-petir como equipa em apuramen-tos nacionais em pista coberta”.

José MariaMoreira da Silva

CRÓNICAnão hipoTecar o FuTuro dos porTugueses, com avenTuras do passado

em democracia! É preciso mergulhar fun-do nas nossas memórias e guiado por elas, vamos tentar analisar o que se passa, e pas-sou, com os partidos da coligação que go-vernou o país nos últimos quatro anos e a oposição, principalmente o maior partido da oposição, que governou anteriormente, seis longos anos.

Os partidos do poder, fizeram um tra-balho difícil, governaram numa conjuntu-ra desfavorável, com o país deprimido, frá-gil e vulnerável, endividado, com os cofres vazios e a «troika» cá dentro, que «obrigou» o governo a cumprir um duro memoran-do de ajustamento (veja-se o que se está a passar com a Grécia), para além de ter re-cebido um país em recessão. Foi a heran-ça que o governo anterior deixou, e Portu-gal deu a volta possível, à custa dos parti-dos que apoiaram o governo e dos portu-gueses. Mesmo assim, os partidos da co-ligação que nos governaram nos últimos quatro anos, estão comprometidos em fa-zer de Portugal um país melhor. Têm a cha-ve do futuro!

O que assistimos no maior partido da oposição, com a sua falta de credibilidade, mais não é do que um tear de ilusões peri-gosas, de destravados populismos, de intri-gas, ódios e vinganças, que se vão urdindo no Rato, em virtude da maré de mais uma derrota que se avizinha e forçado a viver no tempo, com um passado comprometi-do com a história e a péssima governação «socratista», tendo um presente desordena-do e atormentado com as sondagens, que não descolam e um futuro incerto, preso às suas incertas e erradas escolhas. Está a ver o chão fugir-lhe debaixo dos pés.

Não podemos, nem devemos, hipotecar o futuro dos portugueses, com aventuras do passado, depois de termos sobrevivido, mais uma vez, aos desvarios de uma es-querda com laivos de esclerose, que mui-to mal fez ao nosso país. O presente não é mais que um voo veloz até às eleições, en-tre um passado que todos nós conhecemos e vivemos e um futuro que se antevê provi-do de sonho e esperança num país moder-no, humanista, próspero, inclusivo, solidá-rio e equilibrado, entre o desenvolvimento económico e a sustentabilidade ambiental.

Esperança é a certeza de que algo faz sen-tido, e no ato de votar vai estar nas nossas mãos o futuro de Portugal. Façamos um exercício de memória não seletiva!

[email protected]

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