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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 45 Domingo, 10.11.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 No dia 19 de outubro, aconteceu na cidade de Mântova, norte da Itália, uma programação especial para celebrar os 15 anos do trabalho missionário dos batistas brasileiros no país, realizado através da Junta de Missões Mundiais (pág. 11). 15 anos da JMM na Itália As igrejas batistas brasileiras ce- lebram hoje, segundo domingo de novembro, o Dia do Diácono, quando prestam homenagens aos servos de Deus, separados e ordenados pelas igrejas, para um serviço especial. Por isso nesta edição O Jornal Batista traz uma palavra do Presidente dos Diáco- nos Batistas do Brasil (pág. 12). Brasil batista comemora o Dia do Diácono Igreja Evangélica Batista de João Pessoa comemora 90 anos servindo ao Senhor A Igreja Evangélica Batista de João Pessoa (PB), dirigida pelo Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, celebrou o 90º aniversário de organização em cultos de adoração e louvor e pregação do Evangelho, tendo como orador o Pr. Wander Gomes (PIB Recreio dos Bandeirantes, RJ). Foram celebrados cultos em ação de graças, recebendo as igrejas filhas e co-irmãs do Estado e membros das doze congregações (págs. 08 e 09).

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Page 1: Edição 45 Domingo, 10.11.2013 R$ 3,20 Igreja Evangélica ... · Foi morar nas mansões do Senhor, E deixou este mundo de dores; Foi Jesus seu maior provedor, ... da boa convivência

1o jornal batista – domingo, 10/11/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 45 Domingo, 10.11.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

No dia 19 de outubro, aconteceu na cidade de Mântova, norte da Itália, uma programação especial para celebrar os 15 anos do trabalho missionário dos batistas brasileiros no país, realizado através da Junta de Missões Mundiais (pág. 11).

15 anos da JMM na Itália

As igrejas batistas brasileiras ce-lebram hoje, segundo domingo de novembro, o Dia do Diácono, quando prestam homenagens aos servos de Deus, separados e ordenados pelas igrejas, para um serviço especial. Por isso nesta edição O Jornal Batista traz uma palavra do Presidente dos Diáco-nos Batistas do Brasil (pág. 12).

Brasil batista comemora o Dia do Diácono

Igreja Evangélica Batista de João Pessoa comemora

90 anos servindo ao Senhor

A Igreja Evangélica Batista de João Pessoa (PB), dirigida pelo Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, celebrou o 90º aniversário de organização em cultos de adoração e louvor e pregação do Evangelho, tendo como orador o Pr. Wander Gomes (PIB Recreio dos Bandeirantes, RJ). Foram celebrados cultos em ação de graças, recebendo as igrejas filhas e co-irmãs do Estado e membros das doze congregações (págs. 08 e 09).

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2 o jornal batista – domingo, 10/11/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Foi morar nas mansões do Senhor,E deixou este mundo de dores;Foi Jesus seu maior provedor,Nas mensagens aos outros pastores.

Defensor de uma vida correta,Nas igrejas por onde passou;E sua pena foi sempre direta,Nas palavras que a Deus confessou.

Toda essência da Bíblia Sagrada,Na visão salutar de Isaltino,

E sua vida em Jesus consagrada,Pois foi Deus o seu pleno destino.

Isaltino viveu para Deus,No seu lar e no reino em geral;Foi fiel na mensagem entre os seus,E em Jesus seu viver foi leal.

Foi pastor, professor, escritor,Conselheiro de grande proeza;Foi marido provado no amor,E paizão no falar da grandeza.

Foi sincero em falar do Senhor,Aos milhões no Brasil e no mundo;Foi Jesus o seu grande mentor,No seu jeito de ser mui profundo.

Já nos braços de Cristo Jesus,Pois é seu um tão lindo troféu;E na paz, e na fé, e na luz,Amigão Isaltino no céu!

De: Pr. Pedro Madeira e SilvaMembro da IB Peniel em Dom Cavati, MG

Parabéns Diácono!Hoje é o Dia do Di-

ácono Batista, um servo do Senhor, que tem o privi-

légio de ser usado por Deus para abençoar vidas. Aos membros das igrejas batistas, não deixe de parabenizar os diáconos por seu trabalho relevante. E aos diáconos, sirva com prazer, seguindo a vontade de Deus para sua vida e para a vida de outros. Conheça agora o Código de Ética do Diácono:

CÓDIGO DE ÉTICA DO DIÁCONO

COMPROMISSO:

I. DIANTE DE DEUS, DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO. Honrar e adorar juntamente com a minha fa-mília, meus talentos e meus bens, os nomes do Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, como Criador, Salva-dor e Intercessor de minha vida, de tudo que sou e de tudo que tenho.

II. DIANTE DA IGREJA, DA CONVENÇÃO E DA ASSOCIAÇÃO. Servir com integridade e zelo à minha Convenção, consagrando-lhe meus dons e talentos na aju-da à sua obra de erradicação do pecado e santificação do

homem mediante a pregação do evangelho e à ministração do ensino bíblico.

III. DIANTE DO PASTOR E DA LIDERANÇA DA IGRE-JA. Ser fiel ao meu pastor zelando por seu ministério na igreja, ajudando-o à sua li-derança na administração do rebanho de Deus que somos, considerados, com ele, acer-tos e fracassos do passado e planos e programas em mar-cha, de forma que nossa igre-ja seja encontrada “gloriosa, sem mácula, nem ruga... Mas santa e irrepreensível”.

IV. DIANTE DA FAMÍLIA, DO LAR, DO CÔNJUGE E DOS FILHOS. Buscar na construção de minha família a preservação dos valores bíblicos para ela instituídos, dignificando meu cônjuge e filhos, pais e demais paren-tes, por uma vida de amor, solidariedade e comunhão que nos levem todos a cons-truir assim, uma família de Deus na terra.

V. DIANTE DA PÁTRIA, DO TRABALHO, DO PA-TRÃO E DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL. Honrar e respeitar a minha pátria, suas leis e símbolos, a relação es-tabelecida de emprego e o

melhor exercício profissional de minha competência, sendo leal a meu patrão ou empre-gados, aos meus colegas ou subordinados, zelando para que reconheçam o “meu bom procedimento em Cristo”.

VI. DIANTE DOS AMIGOS, DA VIZINHANÇA E DOS COLEGAS. Zelar pelo cultivo da boa amizade, na vizinhan-ça, no trabalho, na escola e no lazer, honrando e dignifican-do os meus amigos e vizinhos com uma vida irrepreensível diante deles, de serviço ao bem estar comum e de frater-na compreensão para cultivo da boa convivência e do me-lhor testemunho cristão.

VII. DIANTE DO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE, DO SERVIÇO E NO AUXÍLIO. Manter um espírito solidário e participativo sempre, de forma que ao primeiro indício de carência e necessidade do meu próximo, seja na igreja, na comunidade, na escola ou no trabalho, eu seja desper-tado para o melhor serviço, auxílio e apoio em amor.

VIII. DIANTE DA NECESSI-DADE DE SANTIDADE E DE CONHECIMENTO BÍBLICO. Cultivar uma vida de santi-dade e pureza em meio ao

mundo, tendo momentos de comunhão a sós com Deus, de buscar pela santidade em meu viver, de crescimento no conhecimento da Bíblia e de sua aplicação aos meus dias, buscando ser uma bênção para os que comigo convi-vem.

IX. DIANTE DE EXIGÊNCIA DE MORDOMIA E DEDICA-ÇÃO AO TRABALHO NA IGREJA. Santificar em meu viver o uso dos bens e recur-sos, materiais e pessoais, re-cebidos pela Graça de Deus, aplicando-os com zelo e dis-cernimento na construção de minha vida familiar e com amor e dedicação à Causa de Deus em minha igreja, minha cidade, meu país.

X. DIANTE DA RESPON-SABILIDADE DIACONAL. Honrar e dignificar o exer-cício de minha função dia-conal, zelando por minha integridade como servo do Senhor, por minha dedicação ao trabalho eclesiástico, por meu espírito de lealdade ao pastor á igreja e sua lideran-ça, por minha fidelidade a Jesus Cristo e seus ensinos.

(Fonte: Site Adiberj – Asso-ciação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Amigão Isaltino no céu

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3o jornal batista – domingo, 10/11/13reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Há um ditado antigo que diz: “O mal deve ser cortado pela raiz”. Vale

dizer: não podemos contem-porizar com o erro. Seja ele humano ou praticado e es-timulado pela sociedade. A tendência humana, com sua natureza pecaminosa, é tentar encontrar saídas sem encarar a realidade dos fatos. Vemos a comprovação desta realida-de no divórcio. O casal em conflitos não busca auxílio para restaurar o casamento. O divórcio é o caminho mais curto, rápido e menos com-plicado para solucionar as desavenças. Pouco importa se as consequências futuras na experiência familiar, com o desequilíbrio dos filhos, os transtornos sociais, sejam irreparáveis. O mesmo ocorre quando salvos não conse-guem viver em harmonia a beleza do amor cristão. A Bí-blia recomenda a reconcilia-ção e o perdão como fórmula infalível para solucionar e es-tancar o mal. Mas sob instiga-ção maligna organiza-se uma nova “igreja”. É mais fácil aos olhos humanos. O caminho mais curto nem sempre é o melhor, mas, é o preferido

pelo homem em seu pecar contra Deus.

Na década de setenta ao participar de um curso de prevenção às drogas, na Fa-culdade de Medicina de Belo Horizonte, o professor di-zia que “se a sociedade não tomar providências sérias, objetivas, logo seria vencida pelo inimigo”. A profecia se cumpriu. Aprendi naquele curso a reconhecer a droga e seus usuários. Alguns aluci-nógenos começavam a entrar no mercado. Mas, o número de vítimas era menor do que as dos usuários da maconha.

A sociedade não se pre-parou para o futuro “mundo das drogas”. O governo não atentou para o perigo que ron-dava os jovens. O Congresso, como sempre inerte, distante e indiferente aos reclamos da sociedade não elaborou leis que coibissem a dissemina-ção das drogas. As famílias evangélicas com suas igrejas cruzaram os braços, convictas que seus filhos jamais seriam vítimas do mal que progredia sorrateiramente. Os pastores jamais pregaram sermões de alerta aos jovens. Cria-se que o “jovem crente estava blin-dado contra o mal”. É a dinâ-

mica satânica que impede as necessárias providências con-tra a derrocada da sociedade, da família e dos valores que devem nortear o ser humano.

O mundo das drogas cres-ceu de modo assustador. Apa-receu a figura do traficante. Novas drogas foram lançadas no mercado maligno do vício, que culminaram com a figura triste do dependente quími-co. Pobres, ricos, filhos de pastores, membros das igrejas passaram a ser vítimas do poder maligno do vício. Os traficantes descobriram que é fácil conseguir riqueza, sem o esforço do trabalho honesto.

As igrejas ao sentirem que as drogas também faziam vítimas em seus arraiais, re-agiram de modo temeroso, instituindo lugares para recu-peração do dependente quí-mico. As Cristolândias foram implantadas com o aplauso de todos. Objetivo: resgatar as vítimas do vício. Louvável a dedicação daqueles que se dispõem a retirar do limbo das drogas o ser humano, criatura descaída. Mas, a consciência diz que estamos tentando cortar o mal pela rama. Quando se corta algu-ma planta pela rama, surgem

novos brotos, sempre mais viçosos. O governo que nada fez para cortar o mal pela raiz criou o cartão para o depen-dente químico. Não há lugar nem pessoas suficientes e especializadas para resgatar as vítimas. Não há dinheiro, embora o haja para os mo-numentais estádios da futura copa. É o lema antiquíssimo: “dá-se ao povo pão e circo,” e os aplausos virão.

Os avisos foram muitos. Mas, ninguém deu crédito às atalaias do bem. A inércia venceu e implantou o seu mundo de horror e miséria. Dói, dói muito ver em cada semáforo meninos, meninas, jovens, homens e mulheres maltrapilhos com as mãos estendidas suplicando uma moeda para comprar “pão”. Tradução: uma pedra de cra-que.

No momento chegam ao país milhares de médicos estrangeiros para atender os miseráveis doentes do in-terior. Sem revalidação de seus diplomas, são recebidos de braços abertos pelo atual governo. Uma pergunta não quer calar: Por que o habi-tante da periferia, das cidade-zinhas do interior, do homem

do campo, não tem direito a ser atendido pelos médicos que trabalham nos hospitais de referência na cidade de São Paulo; que atendem os atuais políticos e governantes desta nação? São diferentes? Em que aspecto? O ser hu-mano não é o mesmo? Não merece a mesma atenção e respeito?

O governo atual que se van-gloria em trabalhar pelo so-cial, dá provas de sua inércia, desrespeito e promoção da desigualdade social entre os brasileiros. Injusto em todos os aspectos há que ser de-nunciado, não aos tribunais humanos, mas ao tribunal divino.

De certa feita Jesus chamou Herodes de raposa (Lc 13.31-32). Creio que se Jesus estives-se presente fisicamente hoje no Brasil, diria o mesmo aos atuais governantes. O púlpito batista carece de mensagei-ros, na atualidade, que sejam como João Batista (Mt 14.1-2); com menos louvorzão e mais pregação que atenda ao desa-fio de confrontar as injustiças sociais que nos afligem. Cor-tar o mal pela raiz continua necessário.www.pastorjuliosanches.org

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4 o jornal batista – domingo, 10/11/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A importância do servo fiel

reflexão

Dois dias antes da Sua última Pás-coa, Jesus contou várias parábolas.

Em uma delas, enfatizou outra vez a necessidade de o líder cristão ter a atitude de servo. “Jesus disse ainda – Sabemos que é o empre-gado fiel e inteligente que o patrão encarrega de tomar conta dos outros emprega-dos, para dar a eles os man-timentos no tempo certo” (Mateus 24.45).

Para Jesus, os discípulos não devem apenas ser ser-vos. Devem ser fiéis e in-teligentes. Nosso “patrão”, que é o Senhor, convoca

para Seu melhor serviço os fiéis e inteligentes. A infi-delidade não tem lugar nas dimensões espirituais do servo cristão.

Para ser fiel, o servo deve comportar-se com inteli-gência. Isto é, com conhe-cimento, com observação, com a melhor reflexão. In-teligência sem fidelidade, porém, só pode produzir problemas e prejuízos aos interesses do Reino. Quan-do suplicamos em oração, o Senhor nos concede inte-ligência e fidelidade. É esta oração que devemos fazer, se quisermos ser servos fiéis e inteligentes.

Tarcísio Farias GuimarãesPastor da PIB em Divinópolis, MG

O cristianismo mo-derno tem sido grandemente in-fluenciado pela

Reforma Protestante do sé-culo XVI. Esse complexo movimento congregou cris-tãos de diferentes origens, identificados por diferentes nomenclaturas, mas ligados por uma fé comum. Num período de exaustação da Idade Média, influenciado pelo Renascimento e marca-do pela crise do Catolicismo medieval, várias vozes em defesa do cristianismo bíbli-co levantaram-se na Igreja Cristã. Logo perceberam que o retorno às Escrituras faria da tentativa de reforma uma ruptura com a Igreja Católica.

“Na Baixa Idade Média a igreja começou a enfren-tar crises que prepararam o caminho para a Reforma. A primeira foi uma crise de autoridade: papas, cardeais e bispos viviam em pecados grosseiros. Por isso, a auto-ridade da igreja, nas pessoas do papa e do clero, foi de-safiada. A segunda foi uma crise de salvação: as pesso-as, na Idade Média, tinham pavor da morte e a doutrina sacramental não proporcio-nava nenhuma segurança

para o cristão. E a terceira era uma crise de espirituali-dade: a divisão medieval en-tre clero e laicato dominava toda a teologia prática nessa época. No entendimento da igreja, a única maneira de vi-ver uma vida consagrada era se tornando um membro do clero” (FERREIRA, Franklin. Gigantes da Fé: espiritualida-de e teologia na igreja cristã. São Paulo. Vida. 2006).

A ruptura com Roma foi iniciada pelos pré-reforma-dores, vidas identificadas com a agenda da Reforma Protestante, que gastaram--se pela pregação bíblica antes mesmo da efetivação da Reforma. Não podemos esquecer de John Wycliffe, Jan Huss, Tomás de Kempis e tantos outros que surgiram antes de Lutero, Calvino e Zuínglio. Assim também não devemos desconside-rar outros nomes valiosos da história evangélica que surgiram após a morte des-tes primeiros reformadores. Na verdade, comemora-se ilustrativamente a Reforma Protestante em 31 de ou-tubro, numa alusão às 95 teses de Martinho Lutero publicadas nesta data em 1517, mas a Reforma não deve ser entendida como um ato isolado em Wittenberg, na Alemanha, e Lutero não deve ser entendido como o criador da Reforma, até

mesmo porque ele recebeu influência decisiva dos pré--reformadores.

O moto “Igreja reformada sempre se reformando”, utili-zado pelo pregador holandês Gisbertus Voetius no século XVI, é um chamado para a Igreja de Cristo permane-cer em reforma. Não uma mudança da fé, mas uma revisão constante da vida da Igreja, comparando-a com as Escrituras. Assim fizeram os batistas, liderados por John Smyth e Thomas Helwys nos primeiros anos do sécu-lo XVI. Mantiveram-se em reforma e por isso mesmo romperam com a Igreja da Inglaterra, uma expressão do cristianismo evangélico que rejeitou a continuidade da reforma na vida da Igreja, sendo ainda hoje liderada pelo poder temporal.

Os batistas aceitaram as grandes verdades da Reforma e insistiram que o retorno às Escrituras deveria ser uma ta-refa contínua para os cristãos. Por isso, levaram às últimas consequências o reconheci-mento da Bíblia como única autoridade espiritual, acima de hierarquias e documentos eclesiásticos. Organizaram--se em torno do sacerdócio universal dos crentes, rejei-tando qualquer clericalismo. Estabeleceram congregações autônomas, governadas pelos crentes regenerados em Cris-

to, completamente separadas do Estado. Rejeitaram qual-quer ideia sacramental, ensi-nando que a salvação é pela graça somente. Decidiram batizar apenas aqueles que dessem sinais de arrepen-dimento e conversão, após pública profissão de fé, o que se tornou uma rejeição ao batismo infantil.

Os batistas precisam vi-ver em reforma. Os cristãos evangélicos genuínos pre-cisam afastar-se de todo e

qualquer modelo de igreja que representa um retorno a Roma. É tempo de voltar a dizer que a salvação é pela graça mediante a fé somente, sem qualquer participação dos bens deste mundo. É tempo de voltar às Escrituras, tornando-a em verdadeira norma do culto cristocêntri-co. É tempo de ganharmos o mundo para Cristo por meio do bom testemunho cristão. É tempo de vivermos para a glória de Deus!

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5o jornal batista – domingo, 10/11/13reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Muitas vezes, a demora de Deus em responder a uma súplica

pode ser um instrumento excedente da sua graça para nos ensinar algo que precisa-mos aprender e para fortale-cer a nossa fé. Quantas vezes já ouvimos esta queixa: “Es-tou orando já faz tanto tempo e Deus não me ouve”. Minha resposta sempre é: Ore um pouco mais. Ore com mais fervor. Não desista de orar por ainda não ter recebido a resposta de Deus.

Nossa irmã Leordina Me-deiros, da Igreja Batista de Martinópolis, São Paulo, su-plicou a Deus pela conver-são do seu esposo, Antônio Medeiros, durante 50 anos. Ele era o que se poderia cha-mar “Amigo do Evangelho”. Fazendeiro em Martinópolis, mandou construir, por sua conta, na sua propriedade, um templo para abrigar uma congregação batista onde mais de 100 pessoas se con-verteram a Cristo, embora ele, o fazendeiro, nunca te-nha feito sua decisão. Era um homem de bom coração, não tinha vícios, gostava de estar entre os crentes, mas nunca nasceu de novo. Sua esposa, Leordina, crente fiel, orava pela salvação do marido sem esmorecer, todos os dias. Muitas pessoas consideravam que Antônio já era um crente em Jesus, mas a esposa, que convivia com ele em perfeita harmonia, sentia que faltava ao marido uma experiência real de salvação. Muitas pes-soas, mesmo crentes, acham que basta a um indivíduo ser honesto e ter bom coração para herdar o Reino de Deus. Dona Leordina conhecia como ninguém a bondade do coração do esposo, mas não se iludia. Como afirmava, sabia que o nome dele ainda não estava escrito no livro da vida. Por isso ela nunca desis-tia de suplicar pela salvação do marido. Foram 50 anos de oração!

Aqui no Rio, seu filho Me-deiro, da Igreja Batista da Liberdade, também orava diariamente pela salvação do pai. Não faz muito tempo, Medeiro suplicou a Deus com muita emoção na alma, dizendo: “Senhor, minha mãe é tua serva, ela tem a salvação; se te aprouver levá-

-la para junto de ti, que tu a leves, mas não permitas que meu pai se vá deste mundo sem aceitar o Senhor Jesus Cristo”. Há cerca de dois me-ses, Antônio foi acometido de grave enfermidade. Enquanto ele estava no hospital, dona Leordina em Martinópolis e seu filho Medeiro, aqui no Rio, redobravam suas súpli-cas pela salvação daquela alma para eles tão preciosa. Houve um momento em que ele teve uma melhora e foi levado para casa. Ali, con-versando com ele, dona Le-ordina, com unção na alma e lucidez nas palavras, mostrou a Antônio que ele precisava abrir o coração para o Sal-vador. No final da conversa, Antônio ficou muito pensa-tivo e disse: “Eu aceito Jesus como meu Salvador; eu creio que ele morreu na cruz pelos meus pecados”. Em seguida, Antônio fez uma breve ora-ção entregando seu coração a Jesus. Poucos dias depois, foi chamado para estar com Cris-to na glória. “Graças a Deus, diz o filho, meu pai ainda teve tempo de se arrepender e crer em Jesus”.

Querido leitor, querida leitora, não se conforme em ver uma pessoa ligada a você por laços de sangue, seu côn-juge, pai, mãe, filho ou filha, deixar de confessar que tem Jesus Cristo como seu Salva-dor. Insista em clamar, clame com lágrimas, clame com fervor, não pare de suplicar a Deus pela conversão dos que lhe são queridos. Por três motivos: Primeiro, porque seu parente pode ser uma boa pessoa, mas se ele não crer em Cristo, seu destino após a morte será a miséria para sempre, sem volta e sem remédio. A segunda razão é que cada dia que seu parente passar sem Jesus, será mais um dia sem a alegria da sal-vação, sem a real presença de Deus na alma. Em terceiro lugar, insista com Deus por-que você não sabe quanto tempo ainda lhe resta para que a pessoa a quem você tanto ama faça a sua decisão de aceitar a Cristo para que seu nome - um novo nome! - seja escrito no livro da vida. Nunca desista de orar pela salvação da pessoa a quem você quer bem porque Deus nunca desiste de amar e de-sejar salvar essa pessoa.

Alcides NetoPastor em Maceió, Alagoas

Em meio a momentos difíceis, de extrema ansiedade e quando a esperança desaparece

temos a sensação de total insegurança. Gostamos de andar em lugares seguros que nos ofereçam tranquilidade, por isso pagamos seguros de automóveis, de saúde, com-pramos viagens com seguro, usamos cinto de segurança e uma infinidade de outras pre-cauções para nos sentirmos em segurança. Na passagem bíblica em que Jesus anda por sobre o mar, descrita em Mateus 14.22-33, os discípu-los se sentiram inseguros em meio a uma tempestade. O barco em que estavam ficou agitado e envolvido nas tur-bulências.

Assim é na nossa vida. Existem momentos em que tudo parece bem, em plena tranquilidade e de repente, a calmaria se transforma em tempestade. O curioso é que os problemas nunca acontecem isoladamente. Várias coisas acontecem ao mesmo tempo. Tão logo nos livramos de um problema, vários outros surgem à nossa frente. Os discípulos vive-ram esta experiência. No entanto devemos lembrar que tais experiências podem ser um estímulo em alguns momentos e a partir daí re-tiramos algumas certezas: A primeira delas é que estamos dentro da vontade de Deus. Ele nos trouxe até aqui. Se os discípulos não tivessem

entrado no barco, não teriam vivido aquela experiência. Certamente eles estavam mais seguros no barco do que em terra firme, porque estavam dentro da vontade de Deus.

Não podemos julgar a nos-sa segurança com base no que vivemos, a partir da ideia que fazemos de segurança. Hoje estamos bem, ama-nhã talvez não. Cometemos equívocos ao pensar que por andar com Deus teremos sempre calmaria. Contudo, não devemos nos influenciar pelo mal desse mundo. A palavra de Deus nos alerta: “No mundo tereis aflições”, mas a certeza que temos é que não estamos sozinhos. Ele nos trouxe até aqui e cuidará de nós. Mesmo em meio à tempestade, quando em obediência a Deus deve-mos lembrar que Ele cuida de nós em cada momento da nossa vida.

Vivemos experiências cru-éis de guerra, somos alvo de inúmeras investidas do maligno contra nossos fi-lhos, nossas famílias e re-lacionamentos. Em meio a tudo isso Jesus intercede por nós. Ele sabe tudo a nosso respeito. Conhece nossas lu-tas, angústias e medos, pois nos conhece desde o ventre materno. Isso é suficiente para nós. Ele olha por cada um de nós e precisamos cada vez mais alimentar esta certeza.

Outra certeza é a de que Jesus vem até nós, pois Ele é o nosso socorro. Sempre nos momentos de maiores

tribulações, quando temos a sensação de estarmos só, precisamos compreender que Jesus vem até nós. Talvez não chegue no momento exato em que desejamos, porque Jesus age no momen-to em que não há condição humana. Ele quer que toda condição humana deixe de existir para começar a agir. É assim que faz em nossas vidas. Quando pensamos que já vivemos tudo de pior, Ele age para a sua glória. Assim como fez na vida de Lázaro, quando tudo parecia perdido, pois já estava morto e sepultado.

Quando passamos por mo-mentos difíceis, o desejo do Senhor é que os problemas, lutas e aflições sejam um ca-minho para se aproximar de nós. O medo sempre nos im-pede de ver o agir de Deus. Ele é uma barreira. O Senhor Jesus em meio à tempestade nos ajuda a crescer. Os mo-mentos de crises são necessá-rios para aprofundar a nossa fé. Vejamos o exemplo de Pe-dro: Ele atendeu ao chamado de Jesus. Eles andaram juntos e chegaram até o barco. O fato dele ter atendido ao cha-mado foi uma demonstração de fé. Por isso, mesmo que não enxerguemos a Jesus, Ele sabe exatamente onde nos encontramos.

Quando tiramos nossos olhos de Jesus deixamos nos influenciar pelo mal. Conta a história que o barco onde estava Pedro chegou ao seu destino porque ele confiou em Jesus. Infelizmente ainda hoje existem muitas pessoas que vivem na ilusão. Pessoas que não tiveram experiências profundas por confiar em Deus. Ainda existem muitos suicidas porque não deposi-tam sua fé em Jesus, pois Ele ainda não é real para muitos.

A Bíblia diz que após a res-surreição Jesus apareceu para seus discípulos, provando que é real. Ele hoje também é real e será eternamente. Ele nos toma em suas mãos e nos segura quando estamos afundando. Ainda que ande-mos pelo vale da sombra da morte, como está escrito no salmo 23. Mas o salmo 37 nos instrui: “entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele tudo fará”. O Se-nhor quer que tão somente entreguemos nossas vidas em suas mãos para que possa começar a agir.

Ordenação ao Ministério Pastoral

PIB EM ENGENHO PEQUENORua Mantiqueira nº 68 - São Gonçalo.

Pr. Presidente - Izaquiel Rosa de Moraes

Comunicamos a Denominação Batista da CBB, que no dia 30 de novembro de 2013, às 18h, serão examinados os seguintes irmãos: Antônio Campos- José Inácio Gonçalves Neto e Jorge Ca-bral dos Santos. Ambos bacharéis em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Gonçalense, turma 2010. Com ordenação prevista para 07 de dezembro de 2013, às 19h30.

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6 o jornal batista – domingo, 10/11/13 reflexão

Carlos Elias de Souza SantosPastor da PIB em Campo Grande, RJ

Disse Jesus: “Eu os estou enviando como ovelhas en-tre lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10.16).

Sempre me pergun-to, como discípulo e seguidor do mestre, como posso desen-

volver ao mesmo tempo, duas virtudes tão diferentes? Só mesmo vivendo debaixo da ação do Espírito Santo de Deus. Doutra forma isso seria humanamente impossível.

É difícil entender esse cha-mado para ser: “prudente como a serpente”. Ser pru-dente “como”, não é um chamado para ser uma ví-bora, é um chamado para ser prudente. Grandezas distintas e bem diferentes no texto. É ser enérgico, sem deixar de ser afetuoso e amo-roso. Não existe amor, sem

Carlos Henrique FalcãoPastor da IB da Liberdade, RJ

Não fiquei surpreso na semana pas-sada com a no-tícia da possível

separação do casal Global, Cauã Reymond e Grazi Mas-safera. Os artistas se casam e se separam toda hora. Fi-quei surpreso com a razão pela qual eles estão com dificuldade em anunciar o fim do relacionamento. O casal mantém um contrato de “casal feliz” até fevereiro com a linha de produtos da Mondelez e Belvita. Fica a expectativa em saber quem vai anunciar oficialmente o fim do casamento e arcar com os prejuízos financei-

que ao mesmo tempo exista a ira. Não existe amor sem ao mesmo tempo existir o mandamento que nos orde-na a amar. O mandamento é uma ordem.

O amor de Deus e a Sua ira frequentemente andam jun to s (Nm 14 .18 ; Rm 11.22; Hb 12.5) e verda-deiramente a ira de Deus é uma expressão do Seu amor (Sl 136.14-21). Repito: uma expressão do seu amor. Se Deus não tivesse ira os Seus atributos seriam falhos. Se não houvesse a ira de Deus, Ele seria indiferente ao peca-do, mostraria uma ausência de morais e aceitaria tolices e corrupção. Por Deus ser puro, necessariamente, Ele precisa odiar o que é impuro (A. W. Pink). Repito: Ele pre-cisa odiar o que é impuro. Esse é o sentido de ser pru-dente como uma serpente. Sentido presente neste texto.

Se um discípulo de Jesus não reunir essas qualidades, sua missão será impossível. É por isso que as serpentes

ros previstos em contrato. Segundo o colunista Leo Dias, do jornal carioca ‘O Dia’, Cauã já está envolvi-do com outra mulher, com quem, especula-se, já está morando, mas oficialmente, o contrato diz que o casal é feliz (www.momentoverda-deiro.com/2013/10).

Uma outra notícia do jornal ‘O Globo’ de 22 de outubro diz que Marcos Valério, acu-sado de operar o Mensalão durante o governo do presi-dente Lula, fez um ‘contrato de gaveta’ com uma jovem de 21 anos, indicando que possui uma união estável, e assim garantir a sua feli-cidade no possível presídio em que será preso, em Sete Lagoa, MG, à 80 Km de Belo Horizonte.

se criam, é de sua “inofensi-vidade” que as serpentes se alimentam. É por causa de sua “inofensividade” que elas crescem e se tornam víboras. A especialidade do filho de Deus é esmagar a cabeça da “víbora”: “...este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar” (Gênesis 3.15).

Pais precisam ser discípulos assim nos seus lares, profes-sores precisam ser discípu-los assim nas suas escolas e pastores precisam ser pas-tores assim em suas igrejas. A coragem e a prudência necessárias para enfrentar os problemas de frente, são virtudes um tanto raras nos dias de hoje. Uma “pérola” de grande valor.

Vamos considerar agora o outro lado: “simples como as pombas”. É a simplicidade que inspira confiança. É a simplicidade que inspira as pessoas. A capacidade de ser “como” a pomba é a faceta mais difícil a ser alcançada no discipulado. Todo discí-pulo autêntico, precisa ser

Essas notícias mostram como o mundo está tratando a bênção divina do casamen-to, embora muitas pessoas considerem tudo isso nor-mal, inclusive alguns cristãos. Com isso quero alistar alguns pensamentos para nossa me-ditação.

Primeiro, a imagem do ca-sal feliz ainda vende. Muitas pessoas alimentam em seus corações a possibilidade de um relacionamento feliz na família que resolve pacifica-mente suas diferenças. Fica bem claro que nenhum con-trato garante tal felicidade. Também está claro que os documentos assinados duran-te o processo do casamento não garantem a felicidade.

Segundo, o documento assinado no processo do

o mais simples possível e também o mais verdadeiro. Na verdade, um discípulo completo e inteiro precisará “acatar” e abraçar esse desa-fio como sua maior e melhor lição.

Que desafio! Terá que ser como Cristo: 100% homem e 100% Deus. Poucos saberão o quanto é difícil conviver com estes dois mundos, gri-tando dentro de nós. Esse foi o desafio do Cristo entre nós. Este é também o seu desafio. A ideia que o mundo nos dá de equilíbrio, é uma ideia equivocada na ótica do mun-do espiritual. Equílibrio não é “dosar” metade disso ou metade daquilo. 50% disso e 50% daquilo. No mundo espiritual um ser assim, será sempre um desequilibrado.

Você não poderá ser so-mente 50% prudente como a serpente. Se decidir ser assim, sempre lhe faltarão a força e a energia necessárias para o cumprimento de sua missão. É viver com somente a metade de sua capacidade

casamento, que resulta em uma certidão, afirma publi-camente que o homem e a mulher que se unem es-tão dispostos a construírem um lar e lutarem por sua felicidade. Testemunhas e padrinhos confirmam publi-camente o desejo do casal colocados em votos onde a palavra mais repetida é “prometo”.

Terceiro, na Bíblia encon-tramos todos os princípios possíveis para manter o re-lacionamento feliz e dura-douro. Lendo e aplicando os princípios bíblicos fica difícil aceitar que um servo do Se-nhor diga: “não dá mais”.

Quarto, além da Bíblia te-mos as orientações dadas di-retamente por Deus que vão desde a escolha até acender

espiritual. É como meio tan-que de combustível, meio copo de água, chegar à me-tade do caminho e não no final. Não dá para ser feliz assim. Você não poderá ser somente: “simples como as pombas”. Considere tudo que já leu acima no parágra-fo anterior e acrescente um pouco mais ao final.

Você não pode ser a “me-tade simples de um discípu-lo”. Além de se perceber um discípulo pela metade, será como ser um discípulo com espaço de 50% vazio para assumir outra ou qualquer identidade. Não é legal isso. Nada, nada espiritual. É as-sim que surgem os hipócritas. Se a hipocrisia encontrar um espaço vazio em você, ela vai se ocupar.

Por que amo você, preciso orar e pedir a Deus que eu seja sempre assim: “como” ovelha entre lobos. Prudente como a serpente e simples como as pombas. Peço a Deus que você também seja assim.

no coração o amor verda-deiro pela pessoa que você deseja compartilhar a vida.

Quinto, Jesus fala do mi-lagre realizado na vida dos seus discípulos que é a ca-pacidade do amor mútuo. O casal que se ama como Jesus ensina não precisa de contra-to para ser feliz.

Muitas outras razões bí-blicas poderiam justificar a felicidade conjugal sem exigências, sem privilégios, sem interesses pessoais, sem direitos, mas que vencem e duram o tempo da existência do casal. É o desejo de amar o seu cônjuge diariamente que transformam lágrimas em felicidade, atritos em ajustes. Ame o seu cônjuge. É tudo o que você precisa para ser feliz.

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7o jornal batista – domingo, 10/11/13missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Atendendo a uma determinação vo-tada durante a 93ª Assembleia da Con-

venção Batista Brasileira, Missões Nacionais contratou uma gerente que será respon-sável pelas Cristolândias e também por todos os demais projetos da área de ação so-cial. Nesta entrevista, Anair Bragança Soares Siqueira conta sua origem, experiên-cias e fala sobre a oportuni-dade de atuar em missões, bem como os desafios dessa nova etapa em sua vida.

Conte-nos um pouco sobre sua experiência em questões sociais.

Nasci em um lar cristão, sempre envolvida em ati-vidades da Igreja Batista. Profissionalmente já atuei como consultora em projetos educacionais, voluntária em projetos sociais, supervisão pedagógica e prestei servi-ços por quase doze anos ao Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), atuando na supervisão de cursos, liderança de equipes, desenvolvimento de projetos diversos, inclusive sociais. Sou ainda Pedagoga com especialização em Gestão Estratégica de Recursos Hu-manos e Desenvolvimento de Projetos na área de infor-mática aplicada à educação.

Como surgiu o convite para vir para a JMN?

Recebi um convite do Pr. Renato Ouverney e Pr. Sa-muel para conhecer e ajudar o Projeto da Cristolândia. Doei vinte dias de férias para Missões, conhecendo as Cris-tolândias do Rio e São Paulo. O convite partiu depois deste trabalho.

Quais as suas expectativas para a Gerência de Ação Social?

Espero em Deus poder contribuir para a melhoria, organização e ampliação de todos os Projetos de Missões Nacionais relacionados à Ação Social.

Você sempre se envolveu com missões?

Tenho o chamado missio-nário desde os 15 anos. Meu campo de atuação maior nos últimos anos foi a evangeliza-ção de alunos no Senac.

O que representa para você estar atuando em uma agên-cia missionária?

Representa a concretização da vontade de Deus em mi-nha vida.

Fale sobre a relevância da ação social na obra missio-nária.

Através da Ação Social temos a oportunidade de, como cristãos, demonstrar o amor de Jesus com práticas específicas que atendem as necessidades básicas das pes-soas. Esta é uma linguagem de amor que abre portas para apresentarmos Jesus e alcan-çar estes corações.

Você também será a respon-sável pelas Cristolândias de todo o Brasil. Como avalia este trabalho?

Este é um trabalho muito abençoador que vem sendo desenvolvido de maneira brilhante pelos nossos mis-

sionários. Ver vidas saindo literalmente do lixo, sendo totalmente restauradas pelo poder transformador de Jesus não tem preço. Este é um pro-jeto que toda denominação deve contribuir e abraçar, pois creio eu, ser um Projeto que alegra profundamente o coração de Deus.

Como avalia a atuação dos batistas brasileiros na área de ação social?

Projetos importantes e re-levantes vêm sendo desen-volvidos, mas acredito que podemos avançar mais para a Glória de Deus.

Ainda há muito a fazer. De que forma poderíamos avançar mais nas questões sociais?

A participação das Igrejas locais é fundamental para avançarmos nesta área. Existe um desejo muito grande de ampliação e desenvolvimen-

to dos projetos de ação so-cial, porém faltam “braços”, ou seja, pessoas com o cora-ção disposto a doar seu tem-po para ajudar o próximo.

E as estratégias para o envol-vimento de mais igrejas, já foram traçadas?

As estratégias ainda estão sendo traçadas, pois assumi-mos no dia 15 de outubro. Porém temos grandes sonhos e acredito que eles são o pri-meiro passo para a concreti-zação destes projetos.

Na sua opinião, qual será o maior desafio nesta função?

Existem diversos desafios, entre eles: a mobilização das Igrejas, o levantamento de recursos (PAM) para manu-tenção e melhoria de projetos como o da Cristolândia, Casas Lares e o despertamento de vocacionados dispostos a do-arem seu tempo e habilidades para atuarem nestes projetos.

Redação de Missões Nacionais

Diversas igrejas têm enviado mensagens e fotos que mostram envolvimento com

a causa missionária. Elas não apenas contribuem, mas tam-bém despertam cada vez mais membros para a necessidade de orar e participar de atividades de mobilização.

Recentemente, recebemos o tes-temunho do Pr. André Ferraz, da PIB em Atafona (RJ). Neste ano, a Igreja ultrapassou o alvo em 60% após encorajamento do pastor. “Vi a Igreja se movendo para isso, fazendo cachorro quente, pastel e bolo para arrecadar mais e foi um movimento fantástico. A Igreja está extasiada pelo empenho e atuação de Deus. Como pastor, vi Deus me abençoando e sustentan-do as palavras de fé dadas à igreja”, afirmou. Ainda durante a campanha, a igreja recebeu missionárias e alunas da Comunidade Terapêutica Élcia Barreto Soares que com seus testemunhos e palavras de edificação impactaram e incentivaram os membros.

Também a Igreja Batista Jardim Aeroporto, em Macaé (RJ), enviou relato e fotos sobre sua participação na campanha deste ano. Com foco nos indígenas do Brasil, as coordenadoras do ministério infantil, Leila Neves e Zorayda Soares, despertaram as crianças em programações com

comidas típicas, gincanas, entre outras atividades. “Conheceram um pouco mais sobre a cultura indígena e oramos juntos em favor das crianças indígenas”, relatou irmã Zorayda. O alvo do ministério infantil também foi ultrapassado com um valor que impressionou a todos.

Agradecido pelo apoio não ape-nas destas, mas de todas as igre-jas que contribuíram em prol de missões no Brasil, o Pr. Fernando Brandão, diretor executivo de Mis-sões Nacionais, afirmou que se de-pender dos irmãos que se envolvem e se comprometem, certamente a obra continuará avançando. Ele também citou o texto de I Coríntios 15.58: “Portanto meus irmãos, se-jam firmes e constantes na obra do Senhor, pois o trabalho dos irmãos não é vão no Senhor”.

Fotos e informações de outras igrejas envolvidas com a campa-

nha de Missões Nacionais podem ser vistas em nossa página do Facebook: www.facebook.com/missoesnacionais. Para enviar fotos e relatos de eventos missionários, escreva para [email protected] .

Entrevista - Ação Social

Anair na sede de Missões Nacionais Reunião com outras integrantes da gerência de ação social

Igrejas relatam resultados da participação na campanha de missões

Crianças aprenderam mais sobre a cultura indígena

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8 o jornal batista – domingo, 10/11/13 notícias do brasil batista

Ebenezer Tomaz Medrado Munguba, pastor (*)Francisco Bonato Pereira, pastor (**)

A Igreja Evangélica Ba-tista de João Pessoa (PB), dirigida pelo Pr. Tomaz José de

Aguiar Munguba, celebrou o 90º aniversário de organi-zação em cultos de adora-ção e louvor e pregação do Evangelho, nos dias 21 a 25 de setembro de 2013, tendo como orador o Pr. Wander Gomes (PIB Recreio dos Ban-deirantes, RJ), no templo--sede, na Rua Osvaldo Pes-soa, nº 416, Jaguaribe, João Pessoa (PB). Agradecendo as bênçãos recebidas do Senhor celebraram cultos em ação de graças, recebendo as igrejas filhas e co-irmãs do Estado e membros das doze congre-gações. A IEB de João Pessoa se compõe hoje 3.200 mem-bros, distribuídos entre a sede e as congregações, apesar de ceder 900 membros para organizar onze igrejas nos últimos quinze anos. A IEB João Pessoa (PB) é filiada à Convenção Batista Paraibana (CBPB) e à Convenção Batista Brasileira (CBB).

A mensagem pastoral:O Rev. Tomaz José de

Aguiar Munguba, pastor ti-tular que dirige o rebanho da Evangélica há trinta anos, trouxe aos celebrantes a mensagem: “Evangélica, 90 com cara de 20. Há pessoas que envelhecem, mas física e mentalmente mantem o vigor da juventude. A IEB é assim, completa 90 anos mantendo o vigor de uma igreja jovem e dinâmica. Nesses 90 anos a IEB passou por muitas transformações ao entender que o mundo passa por transformações e ela não pode se engessar às mesmas estratégias que deram certo há 50 anos atrás. A Igreja de Cristo precisa ser dinâmica no seu crescimento. Todos os anos muitos novos membros são agregados a ela. Quando a Igreja não evangeliza ela morre. Não a igreja no sen-tido bíblico, isto é, o povo

de Deus salvo e remido pelo sangue de Cristo, mas a igreja local, onde seus membros se acomodam, formam uma espécie de clube fechado, mas não evangelizam e nem mesmo trazem seus filhos. A membresia envelhece e morre. Adotamos novas es-tratégias que foram usadas por outras igrejas com pleno êxito, adaptando-as à nossa realidade local. No ano 2000 quebramos o paradigma de ter uma Escola Dominical se-guindo um currículo tradicio-nal e nacional. Declaramos aquele o ano zero da nossa EBD e iniciamos um novo currículo e em 2014 estare-mos implantando um novo currículo para os próximos anos”.

“Entendemos que o melhor modo de trabalhar a Igreja e desenvolver seus membros é procurar cumprir a missão que Deus nos deu através de ministérios, onde os mem-bros descobrem e põe em prática os seus dons espiri-tuais. Adequamos, assim, duas estratégias novas como Rede Ministerial e Igreja com Propósitos. O crescimento da Igreja nos levou a realizar dois cultos vespertinos, e vendo a dificuldade de uma melhor comunhão entres os irmãos, adotamos as células formadas por pequenos gru-pos que partilham suas ale-grias e dificuldades. Em todo esse tempo nunca perdemos a visão da nossa responsa-bilidade missionária. Orga-nizamos 11 igrejas e, desde que assumimos o pastorado (1982) foram consagrados 33 pastores, a maioria servindo nas igrejas-filhas, congrega-ções ou em outros campos”.

“Um dos grandes desafios que temos é a construção do novo templo, com um belo projeto que visa acomodar toda a Igreja num só culto, permitindo um melhor rela-cionamento entre os irmãos”.

“Somos gratos a Deus pe-las vidas dos pastores que aqui passaram, estando vivos apenas dois – o Pr. Ezequias Fragoso Vieira, que esteve à frente da Igreja por 10 anos e, aposentado vive em Brasilia,

e o Pr. Natanael Menezes Cruz, que serviu por 9 anos e hoje pastoreia a PIB Jaboatão (PE). Deus tem sido de uma fidelidade ímpar para conos-co em todos os momentos e a nós resta sermos gratos e fiéis também a Ele. ‘Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres’ (Salmo 126.3)”, finalizou o Pr. Tomaz Munguba.

A visão pastoral de Tomaz Munguba ainda o levou a despertar e treinar uma lide-rança vigorosa e visionária, implantando um processo dinâmico de trabalho disci-pulado que levou os mem-bros da Igreja a desenvolver a adoração, a comunhão, o serviço de evangelismo e a maturidade espiritual, cum-prindo a missão de Deus atra-vés de ministérios, projeto de células, projetos especiais (Encontro de Casais com Cris-to, Encontro de Jovens com Cristo e Cursilhos, entre ou-tros) e eventos evangelísticos, uma Escola Bíblica dinâmica e um ministério de música inspirador, resultando num crescimento constante da Igreja em suas várias áreas de trabalho e numericamente, tornando-a hoje a segunda maior igreja do Estado e uma das cinco maiores do Nor-deste do Brasil, para a glória de Deus.

A IEB celebrou o culto co-memorativo de gratidão, em 24 de setembro de 2013, di-rigido pelo Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, auxiliado pelos pastores da sede - Pr. Ebenezer Tomaz Medrado Munguba, Pr. Felipe Sotero de Albuquerque, Pr. Hayde-ne Casse da Silva, Pr. Josué Peixoto Flores Neto, Pr. Flá-vio Bento de Lima, na presen-ça dos pastores e líderes das congregações: Fábio Gerard e Luciana (CEB em Alagoa Grande e Canafistula), Car-los Caitano e Celia (CEB em Arara e CEB em Remigio), To-maz Munguba Filho e Adria-na (CEB em Campina Grande e Nova Floresta), Jean Carlos e Regina (CEB em Casse-renge), Josá de Arimatéia e Severina (CEB em Cutegi), Natalício Emmanuel e Indhi-

ra (CEB no Ernesto Geisel), Francisco de Assis e Laudi-céia (CEB em Paripe), Ismael Machado e Andrea (CEB em Pedro Gondim), José Claudio e Alessandra (CEB em Pilões), Haydene Casse e Leila (CEB em Santa Rita), Betrand Nel-son e Aldeci (CEB no Vara-douro). Estiveram presentes a Pra. Liana Nepomuceno (1ª Secretária) e o Pr. Linal-do Guerra (2º Secretário), representando a Convenção Batista Paraibana (CBPB) em face da ausência do Presi-dente Pr. Estevam Fernandes de Oliveira, representando a primeira a PIB João Pessoa (Igreja-mãe) e o segundo a IB Pilar e os pastores Augus-to Rodrigues, Djair Rufino, Djalma Sergio, Glaucio Ro-drigues, José Rocha, Marcelo Munguba, Risomar Pereira, entre outros. Presentes auto-ridades do Estado, com des-taque para a Vereadora Eliza Virgínia Fernandes (Câmara Municipal de João Pessoa). O Pr. Francisco Bonato Pe-reira representou os batistas de Pernambuco, trazendo mensagem do Pr. Ney Ladeia (Presidente da Convenção Batista de Pernambuco): “À Igreja Evangelica Batista em João Pessoa. ‘Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abun-dantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso traba-lho não é vão no Senhor (I Co 15.58)’. A Convenção Batista de Pernambuco se congratula com os membros da Igreja por ocasião da ce-lebração dos seus 90 anos. Louvamos a Deus pela vida e pelo ministério desta Igreja e de toda a sua liderança. Aproveitamos também para saudá-los em nome da Igreja Batista da Capunga, sua co--irmã, 90 anos celebrados no último mês de abril, unida a esta querida Igreja por signifi-cativos laços históricos. Que o Senhor continue a dirigir e a abençoar o pastor Tomaz José de Aguiar Munguba e toda a sua equipe na condu-ção desta preciosa agência do Reino de Deus. Pr. Ney Silva Ladeia. Presidente da Convenção Batista de Per-

nambuco. Pastor da Igreja Batista da Capunga.”

A celebração conjunta da ceia do Senhor:

O pastor Tomaz Mungaba, acompanhado dos pastores da sede, dirigiu a celebração conjunta da Ceia do Senhor, para mais de 1.200 membros da Igreja na sede e congrega-ções presentes, em momento de comunhão ímpar, reunidos num único espaço, na cele-bração do memorial do sacri-fício de Cristo pelo homem. Os momentos do culto foram inspirados por belas músicas executadas pela Athos Band e grupos Karisma e Vida, di-rigidos por Racilba Barros e as músicas entoadas pelo Coro de 90 Anos regido pelo ministro Ebenezer Lourenço, preparadas para o culto.

O histórico:A Igreja Evangélica Batista

em João Pessoa (PB) foi or-ganizada a 24 de setembro de 1923, com o nome de Pri-meira Igreja Batista Brasileira da Paraíba do Norte, por meio de concílio composto dos pastores José Alves Feitosa e Adrião Bernardes, com 52 membros, sendo 37 com car-tas demissórias da PIB Paraíba do Norte e mais 15 membros de outras igrejas batistas, que declararam, de forma pública, desejar integrar a Igreja. A origem da Igreja foi uma con-gregação da PIB Paraiba do Norte, existente no bairro de Jaguaribe, que desejou pedir se constituir em Igreja, tanto por comodidade física como para expandir a proclamação do Evangelho. Dirigia a Igreja o pastor José Alves Feitosa, consagrado a 23 de janeiro de 1923, o qual, de início, se opôs à organização da Igreja, julgando que a saída do grupo enfraqueceria a Igreja. Visitou o grupo reunido na residência do irmão Manoel Pires, em Jaguaribe, onde havia cultos e Escola Dominical. A PIB Pa-raíba do Norte (PB) concedeu as cartas aos membros que de-sejavam integrar a nova Igreja, inclusive o Pr. José Feitosa.

Esses membros da Igreja, na maioria, eram partidários

Igreja Evangélica Batista de João Pessoa comemora 90 anos servindo ao Senhor

Pr. José Alves Feitosa (1923-1924), fundador

da IEB João Pessoa

Pr. Charles William Dickson (1951-1956)

Pr. Tomaz Munguba (1982-2013)

Pr. Natanael Menezes Cruz (1973-1982)

Pr. Elias Pereira Ramalho (1941-1950)

Pr. Charles Franklin Stapp (1940)

Pr. Pedro Falcão (1928-1931)

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9o jornal batista – domingo, 10/11/13notícias do brasil batista

Coral da IEB - 90 Anos - regido pelo Mt. Ebenezer Lourenço

Pr. Wander Gomes (pregador), ladeado pelo Pr. Tomaz Munguba e pelo Pr. Linaldo Guerra

Pr. Tomaz Munguba, iniciando a celebração da Ceia do Senhor

Culto de Gratidão: Pr. Tomaz Munguba e a esposa Sonia Alves, Pr. Linaldo Guerra, Pr. Wander Gomes, Pr. Josué Peixoto e a esposa Marliete Peixoto, Ebenezer Munguba e a esposa Angelica Munguba

do Movimento Radical, que eclodiu (1923) dividindo a de-nominação na Paraiba, Bahia e Pernambuco, em dois gru-pos antagônicos. (FEITOSA, Jose Alves. HISTORIA DOS BATISTAS DO BRASIL- ME-MORIAS, p. 74). Todavia, o que seria prejudicial ao Reino de Deus, se tornou em bên-ção, porque os dois grupos se dedicaram com afinco à propagação do Evangelho nas cidades e cresceram de forma significativa, em particular neste Estado e, decorridos alguns anos, a harmonia e a fraternidade foi restabeleci-da para a glória de Deus e progresso do Reino de Deus (PEREIRA DA SILVA, Francis-co Bonato. IBCOR 100 ANOS DE HISTORIA, p. 53-55).

Os nomes:A PIB Brasileira da Paraiba

do Norte (1923-1927) mu-dou o nome para: Segunda Igreja Batista da Paraíba do Norte (1927-1930); Segunda Igreja Batista de João Pessoa (1930-1958); e Igreja Evan-gélica Batista em João Pessoa (1958-2013). O Pr. José Alves Feitosa era, além de apaixo-nado por missões, dedica-do professor, e no período (1923-1924), organizou a Escola Batista da Paraíba, na Rua da Areia, para educar filhos dos crentes e muitos convertidos analfabetos. (FEI-TOSA, José Alves. HISTORIA DOS BATISTAS DO BRASIL- MEMORIAS, p. 75). Essa foi uma marca de Feitosa – ‘uma igreja e uma escola’ na Para-íba, Rio Branco (Arcoverde), Rio Largo e Garanhuns.

Encerrado o Movimento Radical (1939), a SIB João Pessoa recebeu como pastor, o missionário Charles Stapp (1940) e logo depois, Elias Pereira Ramalho, que fixou residência em João Pessoa e assumiu o pastorado da Igreja e a função de missionário, com a tarefa de pastorear a Igreja e assistir às igrejas sem obreiro.

Elias Ramalho relata: “Des-de outubro de 1940 vamos experimentando sensível progresso. Naquela ocasião éramos 120 e hoje 170, um aumento de 50 membros, des-tes 30 entraram por batismo. A EBD está em franco progres-so e quase todos os professo-res possuem o diploma nor-mal. Estamos numa intensa campanha de evangelização, pregando em vários pontos

da cidade. Espiritualidade sempre crescente, harmonia e paz entre os membros. A Igreja contribui para todos os fins denominacionais. Em novembro realizei uma série de conferências evangelísticas havendo várias decisões. Em maio tivemos um Instituto Bíblico e no fim do Institu-to conferências pelo Pr. Co-riolano Costa Duclerc, cujo resultado foi a conversão de muitas pessoas e a decisão de vários membros se reconcilia-rem com a Igreja, no total de 76 pessoas. O Pr. Coriolano e o orfeão (coral) da Igreja, à frente o maestro (Tenente) Severino Gomes, em muito contribuíram para o sucesso da série de conferências. Elias Pereira Ramalho”. (O Jornal Batista, de 31.07.1941). O Pr. Elias Ramalho dirigiu a IEB João Pessoa por 10 anos (ou-tubro/1940 a setembro/1950), levando-a se desenvolver, tornando-se uma das três maiores igrejas do Estado, ao lado da PIB João Pessoa e da PIB Campina Grande.

A visão dos fundadores, desde os primeiros pastores, permaneceu no DNA da Igre-ja. Assumindo o pastorado (1982), o Pr. Tomaz Munguba reacendeu na Igreja a consci-ência da sua missão missio-nária. Implantou o Conselho Missionário para coordenar esse esforço, onde as Pasto-rais Ministeriais orientam as atividades evangelísticas e missionárias da Igreja, com o GAM – Grupo de Ação Mis-sionária -, atividade realizada pela Igreja três vezes no ano, quando membros da Igreja, profissionais de várias áreas, realizam um trabalho social em comunidades carentes em cidades do interior, levan-do o Evangelho. O Projeto Missionário (julho), quando membros da Igreja dedicam o período à evangelização em cidade ou bairro da ca-pital. Fruto dessa visão a IEB de João Pessoa implantou as Igrejas Filhas: PIB Bayeux, João Pessoa (1983); PIB Ran-gel, João Pessoa (1983); PIEB Jardim Veneza, João Pessoa (1991); IB Bessamar João Pessoa (1993); IEB Bancá-rios, João Pessoa (1997); IEB Funcionários II, João Pessoa (1998); IEB Valentina Figuei-redo, João Pessoa (2004); IEB Mangabeira, João Pessoa (2004); IEB Areia (2010); IEB Intermares, João Pessoa (2011); IEB Cajá (2013), to-

das com templos próprios. E, recentemente, abriu um núcleo em Campina Grande, adotando o modelo da sede.

As congregações:A IEB João Pessoa, nessa

mesma visão mantém hoje 12 congregações: CEB (congre-gação evangélica batista) em Alagoa Grande e Canafistula, Pr. Fabio Gerard e Luciana; CEB em Arara e CEB em Re-migio, Pr. Carlos Caitano e Celia; CEB em Campina Gran-de e Nova Floresta, Pr. Tomaz Munguba Filho e Adriana; CEB em Casserenge, Pr. Jean Carlos e Regina; CEB em Cutegi, Pr. Jose de Arimateia e Severina; Natalicio Emma-nuel e Indhira (CEB no Ernesto Geisel), Francisco de Assis e Laudiceia (CEB em Paripe), Ismael Machado e Andrea (CEB em Pedro Gondim), Jose Claudio e Alessandra (CEB em Pilões), Haydene Casse e Leila (CEB em Santa Rita), Betrand Nelson e Aldeci (CEB no Varadouro). A IEB João Pessoa ainda apóia o trabalho missionário do casal Drault e Valquíria e da jovem Cláudia Morgana, no Rio de Janeiro e os missionários transculturais Josineide Bezerra (Bolívia), Elizângela Aquino (Repúbli-ca Dominicana), Pr Mauro e Leonice Laranjeiras (Canadá) e o casal Márcia e Maisél. A igreja conta com 14 semina-ristas, membros da Igreja, se preparando para a obra minis-terial, todos supervisionados e orientados pelo pastor titular e pastores da sede.

Os pastores:A IEB João Pessoa, ao lon-

go dos seus 90 anos foi di-rigida pelos pastores: José Alves Feitosa (1923-1924); João Daniel do Nascimento (1925-1927); Nicomedes Goes (06.1927-05.1928); Hostilio Carvalho (1928); Pedro Falcão (08.1928-

08.1931); José Domingues (11.1932-01.1939); Char-les Franklin Stapp (03.1940-08.1940); Elias Pereira Ra-malho (10.1940-09.1950); Pr. Charles William Dickson (1951 e 1956); Silas Alves de Melo (1951); Severino Moreira (12.1951-1956); Je-remias Dantas e Silva (1956 - 1962); Ezequias Fragoso Vieira (1963); Natanael Me-nezes Cruz (1973-1982); Tomaz José Aguiar Mun-guba (11.1982-2013). Os templos: A IEB João Pessoa teve seus templos nos ende-reços: Rua São Miguel, 238 (1923-1929); Rua Capitão José Pessoa (1929-1969); e, Rua Osvaldo Pessoa, 416, Jaguaribe, João Pessoa (PB).

O pastor titular e os ministros:

O Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, nasceu no Recife (PE) a 4 de agosto de 1943, o décimo segundo filho do casal Amazonila Aguiar (SEC, 1919) e José Munguba So-brinho (STBNB, 1918). O pai era natural de Alagoas, e mãe do Amazonas. O pastor José Munguba foi aluno do STBNB, pastor na PIB Ma-naus (AM, 1919-1929), na IB Zumbi (1929-1930) e na IB Capunga (1930-1967), professor do STBNB. Tomaz nasceu e cresceu vendo o exemplo dos pais no lar, na igreja e no serviço do Senhor. Aluno do Colégio Americano Batista (Recife), ingressou no STBNB – recebendo o Grau de Bacharel em Teologia (1966) e na UNICAP, rece-bendo o Grau de Licenciado em Filosofia (1972). Era alu-no do STBNB (1966) quando começou a servir como auxi-liar do Pr. Firmino Silva, na PIB João Pessoa. A igreja, a 5 de novembro 1966, o con-sagrou ao Ministério Pastoral e o empossou Pastor Titular. Casou (janeiro/1967) com

Lebian Medrado, filha do Pr. Natanael Medrado, com quem teve quatro filhos: Ebe-nézer Tomaz (pastor), Luiz Sérgio, Izabel Mirtez e To-maz José de Aguiar Munguba Filho (pastor). Exonerou-se da PIB João Pessoa (novembro de 1979), indo pastorear a IB Ilheus (1979-1982). Assu-miu o pastorado da IEB João Pessoa (1982). Viúvo (1990), dois anos depois casou com Sônia Alves (1991), viúva como ele, com os filhos - Lu-cila e Thiago -, membros da Igreja e servindo ao Senhor.

O pastor Tomaz Mungu-ba conta com cinco minis-tros auxiliares - Pr. Ebenezer Tomaz Medrado Munguba (ação social e integração), Pr. Felipe Sotero de Albuquer-que (jovens, adolescentes e crianças), Pr. Haydene Casse da Silva (ensino e treinamen-to de líderes), Pr. Josué Peixo-to Flores Neto (evangelismo e missões), Pr. Flávio Bento de Lima (comunicação e recep-ção) -, e do Corpo Diaconal, com os quais sempre teve um bom relacionamento.

Uma das coisas que cos-tuma destacar é a solidarie-dade da Igreja com ele nos momentos difíceis passados – na ocasião do falecimento de sua primeira esposa, e o quando necessitou fazer uma delicada cirurgia para extirpar um câncer nas cordas vocais e posteriormente um câncer de próstata, dos quais está curado. A Igreja esteve pre-sente em todos os sentidos. O sucesso e vitória alcançadas no seu ministério e na sua vida atribui exclusivamente à imensa Graça de Deus, dizen-do, como o Apóstolo Paulo: “Pela graça de Deus sou o que sou”.

(*) Ministro de Ação Social da IEB João Pessoa

(**) Membro do Conselho Editorial d’O Jornal Batista

Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba (Titular) e Pastores Ebenézer Munguba, Josué Peixoto Neto, Felipe Sotero de Albuquerque, Haydene Casse e Flavio Bento de Lima

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10 o jornal batista – domingo, 10/11/13 notícias do brasil batista

Adauto SantosUMM Vila CelesteItaquaquecetuba, SP

Em 28 de setembro a UMM (União Mis-sionária Masculina) de Vila Celeste, em

Itaquaquecetuba, SP, come-morou o seu 2º aniversário. Foi uma noite de louvor e adoração ao nosso Deus com as participações do Quarteto Tertúlia, UMM da Igreja Ba-tista Itaquá e UMM de Vila Celeste.

Marcos MonteColaborador de OJB

Com o tema “Em-baixadores do Rei fortalecendo e im-pactando a nova

geração”, foi realizado nos dias 13, 14 e 15 de setembro, o 53º acampamento anual da organização no estado de Alagoas. O Acampamento Batista Pastor Boyd O’Neal, na aprazível cidade de Pa-ripueira, Região Metropoli-tana de Maceió, recebeu os jovens participantes e seus líderes.

Quinze igrejas batistas, da capital e interior do Estado, foram representadas pelos 180 inscritos que, numa programação atraente e di-nâmica, envolveu líderes e liderados, levando-os a ter um maior envolvimento com a Causa do Mestre Je-sus. Além da taxa de inscri-ção, também foi solicitado um kilo de alimento não perecível, por participante, destinado ao Desafio Jovem de Alagoas, centro de re-cuperação de dependentes químicos.

Ao despertar, 6h da ma-nhã, os líderes dos grupos conduziam os garotos ao campo de futebol do Acam-pamento para o tradicional “desenferrujar”, quando eram realizados exercícios físicos e, logo após, era servido o café da manhã. Aliás, as refeições cuida-dosamente preparadas pela equipe de Cláudia Lopes e Maria Tenório Ramos, tive-ram 100% de aprovação. O seminarista Wellington Balbino Costa, como orador oficial, trouxe aos partici-pantes inspiradoras men-sagens, conclamando os

Foram reunidos cerca de 85 irmãos que apoia-ram o trabalho. Com uma re f l exão sobre o tema: “Escolhas que contrariam a vontade de Deus” (I Sm 16.7b ) , e sp lanada com muita propriedade pelo pastor Marcos Araújo, pro-fessor da FABTEO (Facul-dade Batista de Teologia). Estamos ainda nos primei-ros passos desta caminha-da, porém com a mente vol tada para alçar voos ainda maiores.

presentes a ter uma vida de maior consagração a Deus. O Ministério de Louvor da Igreja Batista Lírios do Vale, do Complexo Residencial Benedito Bentes (Maceió), foi o responsável pelo lou-vor. A parte recreativa, con-duzida pelos monitores, compreendia futebol, vôlei, ping-pong e natação. Não faltou também o tradicional banho no belíssimo mar de Paripueira. A premiação aos que se destacaram nas dife-rentes modalidades deu-se com a entrega das medalhas no encerramento do encon-tro, domingo pela manhã.

O encontro marcou decisi-vamente a vida dos garotos, como a de Eduardo Ymamu-ra Soares, 9 anos, da Igreja Batista Betel, em Maceió: “Este acampamento foi muito bom, pois aprendi mais da Palavra de Deus. Também fiz amizades e desfrutei de todo espaço disponível neste paraíso que Deus nos deu.

Confraternizei-me e diverti--me com os novos amigos que aqui encontrei”. A ale-gria e a satisfação dos garotos eram estampadas de forma clara em seus rostos.

“Durante seis anos, Deus tem me dado o privilégio de trabalhar como coordenador estadual dos Embaixadores do Rei em nosso Estado. A organização tem se preo-cupado muito em inserir os garotos da faixa etária de 9 a 16 anos num ambiente onde tenham o desenvolvimento físico, moral e espiritual, a que mais carece de aten-ção, visto que as mazelas do mundo, como drogas e outros vícios estão levando os não-assistidos a uma vida deplorável, preocupante. Sem dúvida alguma, este acampamento coroa com êxi-to os 65 anos da organização no Brasil”, declarou Orlando Galdino Lopes Filho, mem-bro da Igreja Batista de Be-bedouro, na capital alagoana.

Que os nossos pastores e líderes batistas, que têm em suas igrejas a organização em pleno funcionamento, procurem apoiar e incentivar ainda mais essa abençoada organização. Àqueles que

insistem em dizer que trata--se de coisa ultrapassada, que não funciona mais, por viver-mos uma realidade diferente, procurem se informar dos bons resultados. Os frutos estão sendo colhidos.

UMM de Vila Celeste celebra aniversário

Embaixadores do Rei de Alagoas realizam o seu 53o acampamento anual

Embaixadores do Rei de Alagoas

Embaixador do Rei Eduardo Ymamura

Orlando Galdino, coordenador estadual dos ER’s

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11o jornal batista – domingo, 10/11/13missões mundiais

Pr. Luiz Cláudio MartelettoMissionário da JMM em Treviso, Itália

No dia 19 de outu-bro, aconteceu na cidade de Mânto-va, norte da Itália,

uma programação especial para celebrar os 15 anos do trabalho missionário dos ba-tistas brasileiros no país, re-alizado através da Junta de Missões Mundiais. O culto de gratidão aconteceu em um teatro na localidade de Goito, e reuniu mais de 300 pessoas de todas as igrejas onde os missionários estão ou ajudaram a organizar.

Além dos oito casais de missionários que atuam nesse campo, também estiveram presentes o diretor executivo da JMM, Pr. João Marcos B. Soares; o presidente da Con-venção Batista Brasileira, Pr. Luiz Roberto Silvado (Igreja Batista do Bacacheri, Curiti-ba/PR); e o Pr. Carmine Bian-chi, representando a União Cristã Evangélica Batista da Itália (UCEBI).

O Pr. João Marcos destacou o avanço do trabalho missio-nário em solo italiano, que nesses 15 anos organizou oito igrejas e está em proces-so de organizar outras quatro. E disse ainda: “Devemos orar para que o avivamento alcan-ce outros países da Europa”.

De passagem pela Itália, o Pr. Silvado foi o pregador na ocasião. Ele transcorreu sua mensagem no tema “Quando uma igreja é viva”, baseado no texto de Atos 13.1-12, destacando que a igreja deve estar atenta à voz do Espírito Santo, que é quem conduz a obra missionária.

Resumo dos 15 anosO trabalho missionário dos

batistas brasileiros na Itália, através da Junta de Missões Mundiais da Convenção Ba-tista Brasileira, começou em 1998. Uma história que ago-ra completa 15 anos.

Os pioneiros foram os mis-sionários Fabiano e Anne Ni-codemo e Manoel e Raquel Florêncio, que chegaram em agosto daquele ano. A família Nicodemo se estabeleceu em Nápoles e a família Florên-cio, em Ferrara.

Em Nápoles, o casal Fa-biano e Anne Nicodemo logo começou a plantação da Igreja Batista em Arzano, em colaboração com a Igreja Batista de Casoria. Ali os missionários permanecem por cinco anos, deixando a igreja, em 2003, com 175 pessoas e liderança italiana.

Em Ferrara, os missionários Manoel e Raquel Florêncio serviram na Igreja Batista de

Ferrara, na época liderada pelo pastor Carmine Bian-chi, onde começam a dirigir algumas células de estudos bíblicos. Nessa igreja, Ma-noel Florêncio pregou o seu primeiro sermão em italiano. A família Florêncio permane-ceu em Ferrara até 1999.

O objetivo desses missioná-rios é fundar novas igrejas na Itália. Com essa visão, ainda em 1998 eles começaram a se reunir com um grupo formado por quatro brasi-leiros e quatro italianos em Mântova. Esse grupo é fruto do trabalho que começou em 1992, com o casal de brasileiros Milton e Teresa Bambini, de São Paulo. Em junho de 1999, o grupo, já bem maior, começou a fazer cultos num espaço cedido pela prefeitura. Pela manhã, culto na língua italiana e, à tarde, em português. Nesse período, o trabalho em Mân-tova contava, também, com as colaborações do missio-nário Caio Bottega e do então seminarista Fábio Pegas, que dedicava suas férias no Brasil para fazer Missões na Itália.

Ao mesmo tempo, os mis-sionários Manoel e Raquel Florêncio já trabalhavam em outra cidade: Treviso. A par-tir de outubro de 1998, um grupo de 11 brasileiros e três italianos, que já se reuniam havia mais de três anos, os convidou para estar com eles e realizar um culto, uma vez por mês, em português. O

grupo se solidificou e, em 17 de março de 2001, nasceu a Igreja Batista Agape de Tre-viso, com 19 membros. Em janeiro de 2002 assumiram a liderança da igreja, já com 34 membros, os missionários Caio e Astride Bottega.

Enquanto isso, o trabalho em Mântova se solidificava. Assim, no dia 9 de junho de 2002, nasceu a Igreja Cristã Evangélica Batista de Mân-tova, com 19 membros. Na cerimônia, o missionário Manoel Florêncio passou a Igreja para o agora pastor Fábio Pegas, que teve o pri-vilégio em constar na lista dos membros fundadores da Igreja.

Em junho de 2003, mais uma vez a família Florêncio entrou em cena para iniciar uma nova igreja, agora na cidade de Milão. Em novem-bro daquele ano, nasceu o primeiro grupo de célula, com nove irmãos. No dia 4 de março de 2006, foi orga-nizada a Igreja Bíblica Batista de Milão, com seis membros. Em dezembro de 2007, as-sumiram a Igreja, agora com 34 membros, os missionários Fernando e Ione Pasi.

No mesmo ano, 2003, os missionários Fabiano e Anne Nicodemo deixaram Nápoles e foram para Cesena. Em 21 de setembro realizaram ali o primeiro culto, com um pequeno grupo de irmãos, e assim nasceu a Igreja Batista em Cesena.

Também em 2003, a Igreja Cristã Evangélica Batista de Mântova começou um novo trabalho na cidade de Brés-cia, iniciado na casa dos ir-mãos Antonio e Aurea. Após três anos, no dia 15 de junho de 2006, foi fundada a Igreja Cristã Evangélica Batista de Bréscia, com 29 membros. Em 1 de dezembro de 2007, a Igreja passou a ter a lide-rança dos missionários Luiz Carlos e Sandra Moreira, que estavam na Itália desde 2006.

Naquele mesmo ano, a Igreja de Mântova iniciou mais um trabalho, desta vez na cidade de Milão na casa dos irmãos Oziel e Angela. Em 8 de maio de 2010, foi organizada a Igreja Crista Evangélica Batista de Milão, com 14 membros. No dia 30 de agosto de 2013, o Pr. Fábio passou o ministério ao Pr. Edilberto Busto. Na oca-sião, a Igreja contava com 25 membros.

Em 2008, nasceu a Igreja Cristã Evangélica Batista de Florença, na casa do Pr. Da-vson e da irmã Marineide. Após dois anos de acompa-nhamento espiritual e dou-trinário da parte da Igreja Cristã Evangélica Batista de Mântova, a igreja de Florença foi organizada. Ela está em constante expansão, e tem atualmente 40 membros.

Outro local em Milão com a presença de missio-nários da JMM é Casorate

Primo, com Manoel e Ra-quel Florêncio, na igreja local desde 2005. A Igreja conta hoje com mais de 120 membros, sendo a maioria de italianos.

Seguindo com sua expan-são pela Itália, em 2013 a equipe JMM no país cresceu com a chegada dos missio-nários Luiz Cláudio e Denise Marteletto, que estão em Treviso; e Edilberto Junior e sua esposa, Pricila, que em agosto de 2013, assumiram a liderança da Igreja Cristã Evangélica Batista de Milão. Além deles, desde 2012 a JMM tem em seu quadro os primeiros obreiros da terra na Itália: o pastor Alessandro Sanfelici e o seminarista Pa-olo Zuccher, que atuam em Mântova.

Tributamos ao Senhor toda a honra e toda a glória pelas oito igrejas fundadas e pelas outras quatro em processo de serem organizadas. So-mos gratos às igrejas e aos batistas do Brasil que têm tido a visão de investir na evangelização da Itália. Tam-bém agradecemos o apoio irrestrito da UCEBI, por toda sua atenção e colaboração nesta parceria.

Reconhecemos a graça e a direção de Deus nestes 15 anos de história dos batistas brasileiros na Itália. E por tudo louvamos a Deus por nos permitir fazer parte desta história que está sendo escri-ta em terras italianas.

15 anos da JMM na Itália

Culto de gratidão pelos 15 anos da JMM na Itália

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12 o jornal batista – domingo, 10/11/13 notícias do brasil batista

José Octávio dos SantosPresidente dos Diáconos Batistas do Brasil

As igrejas batistas brasi leiras cele-bram hoje, segun-do domingo de no-

vembro, o Dia do Diácono, quando prestam homena-gens aos servos de Deus, separados e ordenados pelas igrejas, para um serviço es-pecial.

No texto de I Timóteo 3, aparecem, cuidadosamente esboçadas por Paulo, as qua-lificações dos que deveriam servir à Igreja como diá-conos: “Semelhantemente, quanto a diáconos, é neces-sário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não incli-nados a muito vinho, não co-

Cleverson Pereira do VallePastor Presidente da PIBAN

A Primeira Igreja Batis-ta em Artur Noguei-ra foi organizada no dia 24 de outubro

de 1998. Há 15 anos a Igreja tem feito à diferença na cida-de de Artur Nogueira. Vidas têm sido transformadas pelo poder do evangelho de Cristo. No dia 13 de outubro aconte-ceu uma confraternização em uma chácara da cidade, o pas-tor Cleverson Pereira do Valle falou sobre a importância da Igreja ensinadora e realizou cinco batismos.

Os cinco irmãos perten-cem à mesma família. Fo-ram batizados os irmãos Claudio da Fé Medeiros, sua esposa Cleudineia Me-deiros, Fábio Salata da Sil-va e esposa Sueli Silva e a irmã Cristiane Rodrigues. Após os batismos os irmãos

biçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primei-ramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensí-veis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diáco-no seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminên-cia e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus” (I Timóteo 3.8-13).

Também no início de sua carta aos Filipenses, lemos isso: “Paulo e Timóteo, ser-

saborearam um delicioso churrasco, foi uma festa que se estendeu até o culto vespertino no templo. Os irmãos receberam o certifi-cado de batismo das mãos de seus discipuladores.

O pastor desafiou a Igreja no dia 6 de outubro a levar

vos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bis-pos e diáconos”. No capítulo 6 do livro de Atos temos a instituição dos diáconos, onde são ressaltadas as qua-lificações dos que haveriam de ser escolhidos. Temos, então, forte base bíblica para afirmar que, começando na Igreja em Jerusalém, o ofício do diaconato desenvolvera com a aprovação e a bênção do Espírito Santo.

Reconhecendo ser este um ofício divino e na qua-l idade de presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil desde janeiro deste ano, tenho incentivado os aproxima-damente 40 mil diáconos da nossa Pátria a estabele-cerem como meta a busca da Santificação, através de uma comunhão permanen-te com o Senhor, resultan-do, assim, numa vida de boa reputação e cheia do Espírito Santo; da Participa-ção de todos no exercício do trabalho diaconal nas igrejas, nas associações regionais, estaduais e na ADBB, pois, sem essa par-ticipação o trabalho não avança; e a Oração, como mola mestra desse tripé. Em todos os meus conta-tos tenho pedido que cada diácono batista brasileiro

a Cristo e batizar 15 novos membros até o dia 31 de dezembro deste ano em comemoração aos 15 anos da Igreja, foram cinco ba-tizados no dia 13 e agora só faltam 10. Já temos um casal interessado em descer às aguas e quatro adoles-

seja um cumpridor e um multiplicador deste nosso desejo.

Ao longo deste ano nor-teamos as nossas ações ba-seados no tema “Diáconos desafiados a ser padrão na valorização da nova gera-ção”, ressaltando o nosso papel neste processo tão importante e urgente, de olharmos e cuidarmos desta nova geração objetivando valorizá-la e prepará-la para ações que a dignifique e nos traga alegrias, em, olhando para trás, vermos que cum-primos o que Deus nos deu como missão.

Queridos diáconos e dia-conisas, diante de Deus so-mos responsáveis em trans-mitir à nova geração valores que perdurem e produzam nela mudanças capazes de torná-la relevante não ape-nas no Reino de Deus, mas também como cidadãos do mundo. Para tanto, é neces-sário que cuidemos de nós mesmos, buscando uma vida de santificação exemplar diante de Deus e dos ho-mens, a fim de que sejamos bons testemunhos para a nova geração, deixando-lhe um legado de confiança, obediência constante e fide-lidade a Deus.

Com muita alegria e grati-dão a Deus tenho acompa-nhado o desenvolvimento

centes, para honra e glória de Deus.

As festividades de aniver-sário continuaram, dia 19 com uma mini vigília de ora-ção e dias 26 e 27 de outu-bro com cultos de gratidão a Deus pelos 15 anos. O nosso desejo é continuar

e crescimento dos trabalhos nos Estados do Rio de Janei-ro, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Ma-ranhão. Tive o privilégio de ser o Orador Oficial nos Con-gressos Estaduais em MG e PE e participado de outros, vendo de perto, o entusiasmo com que aqueles servos de-sempenham as suas ativida-des, sendo fiéis cooperadores de suas igrejas e pastores.

Se Deus quiser, estare-mos reunidos no dia 22 de janeiro de 2014, na cidade de João Pessoa, por ocasião da Assembleia da ADBB, dentro da programação da Assembleia Anual da CBB. Naquela ocasião estaremos contemplando o trabalho realizado nas diversas Asso-ciações espalhadas em nos-so país e apresentaremos o planejamento para as nossas atividades em 2014, quando pretendemos realizar cinco grandes Congressos Regio-nais, no Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, buscando, assim, dinamizar o trabalho das Associações.

Estejam orando pela dire-ção da ADBB e pelo alcance dos nossos objetivos para o próximo ano, para o que estamos contando com o envolvimento e participação efetiva de todos os diáconos batistas brasileiros.

discipulando vidas e levando outros à Cristo. Crescer nas três direções: para cima (em relação a Deus), para dentro (em relação à comunhão in-terna) e para fora (alcance de perdidos).

A Deus toda a honra e toda à glória.

Brasil batista comemora o Dia do Diácono

Batistas em Artur Nogueira em festa

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13o jornal batista – domingo, 10/11/13notícias do brasil batista

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14 o jornal batista – domingo, 10/11/13 ponto de vista

José de Arimateia Bezerra de AlmeidaPastor da IB do Centenário, em Figueirópolis, TO

Pioneirismo

Ler e ouvir sobre pessoas que edificam nossas vidas faz bem, mas a experiência de convi-

ver com pessoas capazes de nos inspirar, é gratificante! Na história da evangelização do Brasil batista, Deus levantou e continua levantando homens e mulheres que formam uma imensa galeria desses “heróis da fé”, que presenteiam a nova geração de crentes com histó-rias fantásticas, que revelam a saga de uma geração, cujo legado nos incentiva a prosse-guir em nossa jornada de fé.

Neste universo de heróis anônimos para o mundo, mas visíveis para Deus, sem de-mérito para qualquer deles, desejo mencionar um, que foi o pioneiro na evangelização do antigo norte goiano, hoje sul do Tocantins. Trata-se do irmão Manoel Messias da Sil-va, que ao lado de sua esposa, irmã Maria Campos da Silva, e toda a sua família, escreveram uma bela página na história dos batistas, como pioneiros na evangelização do sul do Tocantins.

Deus me concedeu o privi-légio de, atualmente, pastorear este abençoado casal e, para fazer as anotações do presente depoimento, marcamos um almoço na fazenda do irmão Messias e, enquanto era pre-parada uma galinha caipira, cujo aroma vindo despertava o nosso apetite, ouvimos por toda uma manhã os “causos” da fé do irmão Messias, que abrange perigos com onças, com índios, cobras peçonhen-tas, perseguições e grandes e magníficos livramentos da parte de Deus.

Eis a história:O nascimento do irmão

Messias, se deu no dia 04 de

novembro do ano de 1920, numa localidade do interior do Maranhão, conhecida como Fortaleza dos Nogueiras, onde ele viveu até os 17 anos, quan-do, juntamente com o seu pai, sr. Raimundo Joaquim, rumou para o norte Goiano em busca de novos horizontes.

Até essa idade não teve ne-nhum contato com crente, pois lá “pras bandas” de onde nasceu, falar de crente era como falar de “bicho”! Havia muita perseguição e o padre ensinava que todos os crentes eram hereges.

O primeiro contato com o evangelho ocorreu no ano de 1938 na cidade de Brejinho de Nazaré já no norte goiano, quando encontrou um missio-nário chamado João de Deus, vindo das bandas de Corrente do Piauí, que lhe presenteou com um livro do evangelho de Lucas.

Ao ler o livro, o ainda jovem Messias ficou fascinado com o relato bíblico, mas como não teve mais contato com outros crentes, guardou a fé, para si.

A semente do Evangelho prospera:

Passaram-se oito anos e, em 1946, já morando na região de Figueirópolis, seu pai via-jou à Porto Nacional (cerca de 230km), para vender mer-cadorias e lá ouviu um prega-dor, por nome Apolônio, que além de buscar pedras precio-sas, nos garimpos da região, anunciava o evangelho.

Quando terminou a prega-ção, ele se aproximou do pre-gador e fez algumas perguntas sobre a “religião dos crentes”. Após ouvir as respostas, disse: “eu tenho um filho que gosta disso”. O jovem missioná-rio perguntou: “onde você mora?” Ele disse: “no municí-pio de Peixe (hoje Figueirópo-lis)”. “Você se importa que eu vá lá?” “Pode ir comigo, sim!”

Assim o missionário veio montado em lombo de cavalo, viagem para mais de semanas. O pai do irmão Messias hos-

pedou o missionário que ficou por seis meses e todas as noites celebrava culto nas casas da região. Ao final dos seis meses, o missionário disse ao irmão Messias: “É hora de ir embora, porque os diamantes que Deus me prometeu, eu já encontrei”.

Os primeiros crentes da região:

Na época ficaram cerca de quarenta pessoas converti-das na região, as quais foram entregues aos cuidados do ir-mão Messias, que tinha como literatura apenas o Jornal Ba-tista, que vinha através de um conhecido de Brejinho de Nazaré, pois não tinha correio na região. O missionário pediu o pastor Francisco Colares que viesse batizar os novos crentes, que se reuniam alternadamen-te nas fazendas da região, para a celebração de cultos.

Posteriormente receberam a visita das missionárias Beatriz Silva e Margarida Gonçalves que viajaram para mais de trezentos quilômetros, mon-tadas em lombos de burros, conduzindo uma espécie de jangada confeccionada de talos de buriti, sobre as costas de outro burro, para poderem passar pelos rios da região. A visita das missionárias animou os crentes a prosseguirem com o trabalho.

Uma nova família:Por essa época o irmão Mes-

sias casou com a irmã Maria Campos, e continuou traba-

lhando na roça e também li-derando a obra de Deus, que lhe fora confiada pelo missio-nário Apolônio, pelo fato de demonstrar zelo, inteligência e possuir o terceiro ano pri-mário, além de genuinamente convertido. Deus abençoou a união do casal dando-lhes cin-co filhos, dois homens e três mulheres, Almerinda, Helcias, Geová, Alderina e Eunice, for-mando uma família exemplar e muito querida na região.

A ação de Deus:Sobre os grandes livramen-

tos mencionados pelo irmão Messias, ele menciona enfren-tamento com índios, onças e outros animais, mas destaca particularmente o que Deus operou na vida de seu filho Jeová que, aos 3 anos de idade desapareceu na mata, tendo ficado perdido das 9 às 15 horas, numa região infestada de cobras peçonhentas, onças, feras, além dos índios que eram hostis à presença de outras pes-soas. Apesar de todo o perigo, o menino foi encontrado sem nenhum arranhão no corpo, depois de um grande tempo-ral, com muita chuva e queda de raios. Ao fazer este relato o irmão Messias se emociona profundamente, em gratidão a Deus, ao relembrar o momento do encontro com o filho, em meio à chuva torrencial.

Nasce uma igreja:No ano de 1980, quando

a cidade de Figueirópolis foi

fundada, apoiado pela Pri-meira Igreja Batista de Guru-pi, o irmão Messias procurou logo adquirir uma área com dois lotes, para construção do templo da igreja, na nova cidade, sendo que metade do valor do terreno foi pago pela PIB de Gurupi, da qual foi membro fundador, e a outra metade ele pagou do próprio bolso.

Posteriormente o trabalho foi transferido para a Igreja Batista Peniel, também de Gurupi, e com o apoio da missionária Luzia Rocha, de missões nacionais, foi orga-nizada em 26 de setembro de 1982 a Igreja Batista do Centenário, onde passaram a congregar os crentes batistas, e, que ao longo destes 31 anos tem sido uma referência na região.

Dos frutos produzidos pelo trabalho do irmão Messias, antes da organização da igreja, constam os pastores Deuziano Joaquim da Silva, seu irmão, hoje aposentado e residindo em Brasília; e Paulino Ferreira Campos, seu cunhado, tam-bém aposentado, residente em Barra do Piraí, RJ e, após a organização, o pastor Paulo dos Santos Araújo, atualmente residente no Tocantins.

O irmão Messias tornou-se um grande pregador e exce-lente professor da Escola Bíblia Dominical, ao ponto do pastor Paulino, que além de cunhado é seu amigo, dizer que “o Mes-sias é o melhor pregador que ele já ouviu até hoje”.

O testemunho continua:Em 4 de novembro de

2013, o irmão Messias ani-versariou, completando 93 anos de vida. Com uma vi-talidade admirável, o casal continua contribuindo na causa de Jesus Cristo, sendo fiel dizimista, generoso e liberal em ofertar, sempre presente nas atividades da igreja e grande incentivador dos novos crentes. Desta ma-neira, reflete as evidências de vidas que escolheram viver para a glória de Deus.

Irmão Manoel Messias, escolheu viver para a glória de Deus

Pastores José de Arimateia e José Carlos dos Reis, em oração de gratidão pela vida do casal, no culto de comemoração pelos 31 anos de organização da Igreja Batista do Centenário

Templo da Igreja Batista do Centenário, em Figueirópolis, organizada com o apoio da Igreja Batista Peniel de Gurupi através da missionária Luiza Rocha e do irmão Manoel Messias

Família reunida, da esquerda para a direita, Eunice, Alderina, Almerinda, Ir Maria Campos, Ir. Messias, Helcias e Geová, em 2000

Casal Manoel Messias e irmã Maria Campos, em 1962

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15o jornal batista – domingo, 10/11/13ponto de vista

Estamos no mês de educação teológica e cabe agora uma re-flexão sobre um dos

mais importantes temas neste campo. Em geral ouvimos que nossos seminários e fa-culdades de teologia devem formar obreiros.

O que é um obreiro? É um trabalhador, é quem executa a mão de obra em cumpri-mento de alguma tarefa. Mas um pastor, por exemplo, se-ria apenas um obreiro, um executor de obras? Não seria um pastor muito mais do que alguém que executa?

Efésios 4.11,12 nos ensina que Deus colocou na igre-ja apóstolos (missionários de hoje, podemos discutir isso depois), profetas (os que anunciam a verdade de Deus, seriam os pregadores), evan-gelistas (os que anunciam a salvação de Deus) e os pas-tores-mestres (no texto grego estes dois substantivos estão juntos) para aperfeiçoar (no original, tornar algo naquilo que deve ser) os santos, que,

Servidor alegre. Con-tente com o seu tra-balho. Ele o faz por causa de Cristo, o

Servo maior. O seu cora-ção se rejubila em servir. As suas entranhas fervilham de gratidão por trabalhar modestamente. Um homem simples no sentimento, nas palavras e nas ações. Não busca holofotes. Não almeja o pódio, mas o chão ou o húmus. Não está interessado em elogios, mas em engran-decer o Senhor com o que faz. O seu trabalho é exce-lente. Seus relacionamentos saudáveis. O seu coração é

depois de aperfeiçoados, cumprem seu ministério para que se concretize a edifica-ção do corpo de Cristo – a Igreja.

Então, estes líderes (após-tolos, profetas, evangelis-tas, pastores-mestres) teriam como foco fazer simples-mente a obra ou aperfeiço-ar/capacitar os santos para que estejam habilitados para cumprir o serviço (diakonia). Em outras palavras, os líderes têm a função de liderar, os santos de “diakonizar”!

Formar obreiros é formar alguém para a execução, necessariamente não neces-sita ter visão estratégica de futuro, nem ter as ferramentas para avaliar cenários e ten-dências do mundo e como isso afeta a igreja, a vida dos crentes. Quem “diakoniza” necessita ter a segurança de sobreviver neste mundo ca-ótico e sem Deus, necessita ter a segurança de que sua ação presente tem resultados estratégicos para o futuro e este é o papel do líder.

prazeroso em repartir o pão, o espaço e o cuidado. É pro-ativo. Um homem exemplar, admirado pelos mais novos e mais velhos. Sensível às necessidades dos outros. Nu-tre a hospitalidade em seu coração. Um homem pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar (Tg 1.19). Sábio em suas decisões. Que tem prazer em adorar a Deus em espírito e em verdade (João 4.24).

Ele é manso e humilde de coração (Mt 11.29). Aprecia viver aos pés do Mestre para aprender a ser um cristão melhor, mais útil. A sua fa-

Formar líderes é promover a sua capacitação para que conheçam a Bíblia, a Teo-logia como fundamentos. É fornecer ferramentas neces-sárias para avaliar os cenários em formação e os seus riscos para a vida no Evangelho. É ensinar o líder a dar ao povo de Deus segurança bíblica e teológica para viver sob a óp-tica do Evangelho diante do caos do mundo. É capacitar para cuidar de vidas de modo a dar-lhes saúde espiritual.

Por muito tempo nossos se-minários foram mobilizados a formar obreiros em vez de formar líderes. Será que não seria este um dos motivos da fraqueza que sentimos em muitos pastorados ou absen-teísmo em nossa influência diante da sociedade e seus dilemas? Fraqueza espiritual de muitas igrejas que acaba-ram se tornando em orfanatos espirituais?

Formar líderes, portanto, exige muito mais do trabalho de um seminário ou faculdade teológica. Exige que sua ação

mília é ajustada. Ele é um referencial ético. Respon-sável em tudo o que faz. Tem o dom da misericór-dia. Detentor de um espírito cooperativo e interativo. Respeitado em todos os se-guimentos da Igreja. Um facilitador. Amigo sincero do pastor da Igreja e ora por toda a liderança. O seu pra-zer maior é glorificar a Deus em tudo o que faz. A Bíblia é o seu vade-mecum., manual de vida. Não é um diácono que cria problema, mas é um diácono-solução. Um homem de oração, que tem deleite em entrar no santo

educacional ultrapasse a for-mação cognitivo-acadêmica em transmitir conhecimentos (SABER) ou mesmo a formação prático-ministerial (FAZER), deve incluir a construção do conhecimento (REFLETIR), a formação afetivo-mental equilibrada para dar conta dos desafios da vida e ministério (SENTIR), além da formação nos relacionamentos, convi-vência, gestão de conflitos humanos (CONVIVER) e, mais ainda, na formação do caráter exemplar a ser seguido de pureza de vida (SER). Por isso mesmo, uma escola teológica não pode ter uma GRADE curricular, mas uma MATRIZ curricular. A grade está ligada à uma prisão, uma matriz à construção de vidas.

Portanto, um seminário é mais do que escola de profe-tas, é escola de evangelistas, de apóstolos, de pastores--mestres, de conselheiros, de assistentes sócio-espirituais. Vejam como empobrecemos e limitamos nossos seminá-rios no decorrer da história.

dos santos em Cristo Jesus. Aprecia muito testemunhar de Cristo, sendo exuberante. O evangelismo é o seu estilo de vida. Sincero, procurando sempre ter um olhar intros-pectivo. Um homem cheio do temor do Senhor. Eis o di-ácono bíblico chamado para ser oficial da Igreja. Que não pleiteia cargos, mas cargas.

Ele deve ter a fé de Abraão; a simplicidade de Isaque; a persistência de Jacó; a capa-cidade administrativa de José; a liderança de Moisés; a lide-rança na família à semelhan-ça de Josué; a confiança de Davi; a amizade de Jônatas;

E aqui ainda entra um con-ceito educacional também muito importante. Falamos em treinar, treinamento. Hoje, em educação, treinar é do-mesticar, é adestrar. Preferi-mos o verbo capacitar, for-mar, que nos leva mais além, pois formar líderes é formar homens e mulheres transfor-mados e transformadores.

Mais ainda, quando estiver-mos promovendo um curso de atualização podemos cha-mar isso de recapacitação, mas nunca de reciclagem, que é um termo próprio para o reaproveitamento de lixo. Pessoas são pessoas, lixo é lixo. Vamos aprender então a compreender corretamente estas variáveis educacionais.

E, querido(a) leitor, ainda nem falamos sobre a função estratégica da formação teoló-gica para garantir a qualidade no futuro de nossas igrejas e denominação. Tudo isso requer uma completa revisão em nosso modo de pensar educação teológica e ministe-rial. Você aceita esse desafio?

a sinceridade de Jeremias; o amor de João; a coragem de Estevão; o espírito evangelís-tico de Paulo. Deve ser um imitador de Deus como filho amado, andando em amor como Cristo nos amou e a si mesmo se entregou por nós (Ef 5.1,2). Que privilégio ser um diácono, um servidor de Jesus, um homem amoroso, deleitoso e espirituoso. Ín-tegro a toda a prova. Que ama a Igreja do Senhor Jesus, sua família e o seu país. Um diácono que dê prazer ao coração do Pai, que o criou e o redimiu em Cristo Jesus, Seu Filho.

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