edição 41 ano iv abril 2011 distribuição gratuita · oh! alma perenal do meu primeiro amor...

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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo á agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a musica de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico á prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem so- bre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 41 Ano IV Abril 2011 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Espírito Santo (ES) Página 8 O espírito de solidariedade e os cuida- dos com a preservação do meio ambi- ente, cada vez mais comuns nos últi- mos anos, podem ter uma explicação que vem dos astros. Segundo a astró- loga Sandra Perin, apesar de estarmos ainda 250 anos distantes da chamada Era de Aquário. Leia mais: >>>>>>>>>>>>> Página 05 O Espírito Santo tem como limites o oceano Atlântico a leste, a Ba- hia a norte, Minas Gerais a oeste e noroeste e o estado do Rio de Janeiro a sul. Toda pessoa nascida no estado é conhecida como Capixaba. Leia mais sobre : >>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 8 Uma rádio diferente.Onde a Educa- ção, a Cultura, as tradições popula- res e a Educação são prioridade. Rádio Duas irmãs, uma de 21 e outra de 22 anos, moradoras de Niterói, estão con- taminadas pelo vírus tipo 4 da dengue. Os casos foram confirmados no dia 30 de Março ultimo, pela Secretaria Esta- dual de Saúde, depois de exames reali- zados pela Fundação Oswaldo Cruz. Os primeiros sintomas apareceram no dia 6 de março passado. Leia mais sobre: >>>>> Página 7 A banal televisão aberta brasileira mais uma vez, entra sem pedir licença nem consulta em nossas casas, através da Rede Plim...Plim..., com mais uma das intermináveis edições do BIG BROTHER BRASIL. O horário é recheado de conversas vazias, exibicionismo pueril, embriaguez minuciosamente planejada, insinuações de nudez, nudez censurada e outras baixarias comuns ao programa. Mas leva a alegria e dinheiro aos holandeses da franquia Endemol. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 06 São Leopoldo (RS) tem um dos menores índices de a- nalfabetismo e de mendi- cância do país, talvez por causa de homens como este! Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul. "Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só ser- vem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fazem este país: investir em Educação. É contra a lei ... Pode? Leia mais >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>Página 16

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Page 1: Edição 41 Ano IV Abril 2011 Distribuição Gratuita · Oh! alma perenal Do meu primeiro amor Sublime amor...” Uma alma imortal,assim como o amor descrito por ele. Me indaguei,será

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Cidadania e

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo á agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a musica de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico á prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem so-bre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 41 Ano IV Abril 2011 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Espírito Santo (ES)

Página 8

O espírito de solidariedade e os cuida-dos com a preservação do meio ambi-ente, cada vez mais comuns nos últi-mos anos, podem ter uma explicação que vem dos astros. Segundo a astró-loga Sandra Perin, apesar de estarmos ainda 250 anos distantes da chamada Era de Aquário. Leia mais: >>>>>>>>>>>>> Página 05

O Espírito Santo tem como limites o oceano Atlântico a leste, a Ba-hia a norte, Minas Gerais a oeste e noroeste e o estado do Rio de Janeiro a sul. Toda pessoa nascida no estado é conhecida como Capixaba. Leia mais sobre : >>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 8

Uma rádio diferente.Onde a Educa-ção, a Cultura, as tradições popula-

res e a Educação são prioridade.

Rádio

Duas irmãs, uma de 21 e outra de 22 anos, moradoras de Niterói, estão con-taminadas pelo vírus tipo 4 da dengue. Os casos foram confirmados no dia 30 de Março ultimo, pela Secretaria Esta-dual de Saúde, depois de exames reali-zados pela Fundação Oswaldo Cruz. Os primeiros sintomas apareceram no dia 6 de março passado.

Leia mais sobre: >>>>> Página 7

A banal televisão aberta brasileira mais uma vez, entra sem pedir licença nem consulta em nossas casas, através da Rede Plim...Plim..., com mais uma das intermináveis edições do BIG BROTHER BRASIL. O horário é recheado de conversas vazias, exibicionismo pueril, embriaguez minuciosamente planejada, insinuações de nudez, nudez censurada e outras baixarias comuns ao programa. Mas leva a alegria e dinheiro aos holandeses da franquia Endemol. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 06

São Leopoldo (RS) tem um dos menores índices de a-nalfabetismo e de mendi-cância do país, talvez por causa de homens como este! Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul. "Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só ser-

vem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fazem este país: investir em Educação. É contra a lei ... Pode? Leia mais >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>Página 16

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 02

Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do

Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Diretora Administrativa: Rita de Cássia A. S. Lousada

Diretora Pedagógica dos Projetos: Elizabete Rúbio

Tiragem mensal: Distribuído por: “Formiguinhas do Vale”

Filiados à FENAI - Federação Nacional de Imprensa

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente

mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

A rosa de alguém “Tu és divina e graciosa Estátua majestosa No amor! Por Deus esculturada E formada com ardor..” Com essa linda,poética e apaixonante música de Pixinguinha na voz de Marisa Monte,iniciei uma pequena viagem de uma cidade do interior para capital onde nasci. Mecanicamente sempre a escutei,admirei,mas nunca analisei.Sozinha em meu carro,comecei a esmiuçar palavra por palavra que compõe a letra da tal obra prima. Riquíssima em palavras nada comuns em nosso vocabulário, o que posteriormente me levou a ter que consultar um dicionário,fui traçando um paralelo com a minha vida. A viagem levou uma hora e trinta minutos,considerando que a música tem a duração de dois minutos e quarenta e cinco segundos,eu a escutei em torno de umas 30 vezes. Cada vez que eu a escutava,mais inveja eu tinha da musa que inspirou o autor, que com certeza muito apaixonado, escreveu essa declaração de amor. ‘Se Deus Me fora tão clemente Aqui neste ambiente De luz, formada numa tela Deslumbrante e bela...” Ou essa mulher era muito linda ou de fato o amor é cego. Eu com meus 41 anos de idade e muitos namoros,já recebi criticas, recebi elogios ‘amei e fui amada”, mas nada de longe chegou a essa declaração de Pixinguinha a sua paixão. INVEJA! “Tu és a forma ideal Estátua magistral Oh! alma perenal Do meu primeiro amor Sublime amor...” Uma alma imortal,assim como o amor descrito por ele. Me indaguei,será que existe um amor tão puro e grandioso assim? Divaguei em minha mente,relembrei os amores que passaram feito vendaval,sonhei,pedi a Deus.Queria um amor assim. Já vivi muita coisa,muitas viagens,muitas aventuras,muitas alegrias e muitas dores.Quem sou eu para querer ser comparada a Rosa de Pixinguinha? Estou mais para Baleia de Roberto Carlos. Uma coisa que tenho em mim é intuição,quem quiser acreditar que acredite,mas quem for céti-co,respeito. Mulher é intuitiva e a música me fez um resgate no subconsciente.Sonho com meu príncipe,mesmo já quarentona,esse sonho não foi embora com a juventude. “Perdão! Se ouso confessar-te Eu hei de sempre amar-te Oh! flor! Meu peito não resiste Oh! meu Deus O quanto é triste A incerteza de um amor Que mais me faz penar Em esperar Em conduzir-te Um dia ao pé do altar...” Sei que é real, que alguém me espera,alguém que me ama de fato.Pode na mente de muitos parecer piegas, pueril, mas tenham a certeza; raras são as mulheres que não sonham com um juramento ao pé do altar. Existe sim, um homem de valor como sempre sonhei,não sei se perto,muito menos se distante,mas ele está lá,com toda sua paciência a espera de roubar sua rosa em um jardim e eu sou a sua rosa. “Jurar aos pés do Onipotente Em preces comoventes De dor, e receber a unção Da tua gratidão...” Meu dedo ainda espera uma aliança.Meu corpo não mais formoso quanto a tempos atrás.As inevitáveis rugas no rosto.O coração sim,esse cheio de glória ,vigor e esperança, bate forte,até mais saltitante que a anos atrás. Vou sim com toda minha certeza,toda minha intuição entrar numa igreja e ser aben-çoada por Deus em uma plena e verdadeira união. Meu sonho,a letra da música e minha verdade não terminam por aí.Cheguei literalmente ao meu desti-no. “Depois de remir meus desejos Em nuvens de beijos Hei de envolver-te Até meu padecer De todo fenecer...” Flávia Rodrigues

Rádio web CULTURAonline

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Musica Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e as temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto e livre. Acessível nos links: www.gazetavaleparibana.com www.formiguinhasdovale.org

CULTURAonline

A meus ouvintes da rádio

CULTURAonline

Quero conseguir encontrar Palavras para descrever Este trimestre difícil de entender de tão maravilhoso... De tão fundo que penetrou em mim. Sob este soberbo sol de Outono Ao som dos ventos norte e do cantar dos pássaros Quis que me viesse a inspiração Para descrever o que sinto. Ao descobrir-vos maravilhosos ouvintes Enamorei-me novamente, uma paixão diferente Através desta estrela que é nossa rádio Que me leva a longínquos cometas. A poesia invade minha mente e minha alma Como um vulcão em erupção Num rio de larva escaldante de prazer Que sulca forte meu coração e se faz sentir em minha voz. Fervilham, desejos, emoções e vontades mil Num turbilhão de sentimentos de gratidão Que aquecem a minha alma deixando-a de prontidão Em todo o meu ser transcendente de vontade de ajudar. Este ser abriu as asas e voou Para alem das estrelas, vibrou e vibra a cada programa Com a vossa maravilhosa aceitação, amigos O meu ser se transformou, num pássaro gigante!!! Quero continuar a sentir-vos na alma e a cada programa Respirar o oxigênio que emanam e que me dá forças Beber lentamente as vossas palavras de interação Mantê-los sempre juntos, mesmo que a duras penas Sinto a plenitude do meu ser se desdobrando Comprazido pela vossa presença e grato Agradeço a todos vocês, caros ouvintes Pela vossa deliciosa companhia. Filipe de Sousa

Conheçam nossa programação: www.gazetavaleparaibana.com/programacao.htm

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Utilidade pública Quando cheguei ao Brasil (pela primeira vez) assisti a um debate em que isto foi denunciado. Vale a pena saber e decidir que o melhor é voltarmos a fazer yogurtes em casa, Nem é difícil... e sabemos o que comemos. Luisa Maria

“Aos consumidores de yogurtes, é bom que saibam... Se tiverem dúvidas leiam os rótulos e depois

consultem o Google ou um dicionário médico”

Por essas e por outras, tudo vai se acabar mais cedo do que pensa-mos...

Mas o mais interessante, é que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária) somente agora, depois de publicada essa denúncia pela internet, resolveu proibir a propaganda do Activia.

Por quê não o fez antes, já que conhecia o problema, sendo uma "agência técnica e reguladora"??? Isso deixa claro que podemos muito através da internet, podemos mesmo mudar o rumo desta Nação, basta que queiramos. Uma mensagem de caixa a caixa com certeza tudo po-de: derrubar um político, baixar o preço de produtos, eliminar coisas avessas ao organismo humano, tipo o Activia,. Basta que saibamos nos unir numa corrente forte...

Na prática não precisamos de coisa nenhuma da Danone e de outras do género; Leiam isto:

Afinal, o que é Activia? O que são os bacilos DanRegularis ?

"Bifidobacterium animalis é uma bactéria anaeróbica granpositiva en-contrada nos intestinos de animais de grande porte, inclusive huma-nos."

Qual seria então a fonte para se obter o famoso DanRegularis?

NÃO, você não está enganado. São as FEZES HUMANAS!!, SIM, SIM E SIM!!!

Mas o absurdo não para aí.

Muitas empresas têm tentado registrar subespécies específicas como uma técnica de marketing, renomeando estas subespécies com rótulos pseudo-científicos.

A Danone (Dannon) oficializou como marca registrada a estirpe DN 173.010, e comercializa o organismo nomeando-o de:

Bifidus Digestum (Reino Unido), Bifidus Regularis (EUA e México), Bifi-dubacter ium Lact is ou B.L. Regular is (Canadá) , DanRegularis (Brasil) e Bifidus Artiregularis (Argentina, Austria, Bulgá-ria, Chile, Alemanha, Itália, Irlanda, Roménia, Rússia e Espanha).

Cientificamente, o nome correto desta estirpe é Bifidobacterium anima-lis subsp.animalis, strain DN-173.010.

O motivo pelo qual a bebida láctea Activia ajuda na digestão é o sim-ples fato de que a bactéria adicionada pela Danone pertence a uma ce-pa mais irritante para a mucosa intestinal, que ao entrar em contacto trata de expelir o mais rapidamente possível o material fecal.

Sejamos honestos. É saudável, a longo prazo, acostumar o sistema di-gestivo humano a somente funcionar pela introdução de um material irritante/estimulante? Isso não seria viciar o organismo? Não seria mais coerente consumir mais fibras e menos pão branco, o verdadeiro culpado pelos problemas intestinais?

Alimento probiótico, eles dizem... Até quando vamos ser ingênuos e acreditar cegamente em propagandas e em campanhas de marketing??

A bebida láctea contendo Bifidobacterium animalis vem sen-do comercializada pela Danone pelo mundo afora desde 1990, mas so-mente no Brasil tiveram a cara de pau de colocar o nome da marca Da-none (DanRegularis) no nome científico registrado.

Marília C. Duarte (Nutricionista) São Paulo - SP NOTA: ANVISA proíbe propaganda do iogurte Activia (Folha Online): http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u416847.shtml Da redação (recebido via email pelo portal 3º.Setor)

Lição de vida

Armadilhas Amorosas Por: Cláudia Geovana Rodrigues da Silva

Tiago a amava, porem nunca se de-clarara, pois ele era o seu melhor ami-go. E assim, sendo dela confidente, ouvia as suas estórias de um amor frustrado.

Um dia ela disse que não aguentava mais a dor de não ter o amado a seu lado, que não queria a vida não fazia sentido e que iria jogar-se da ponte. Ele entrou em pânico, tentou dissuadí-la, mas ela mantinha o pensamento.

“Como sou covarde” pensava ele, por que não digo a ela o que sinto. E as-sim passaram-se dias, ele ficou menos atento, acreditou que ela tinha desisti-do.

Certo dia ela não compareceu a um encontro, ele desesperou, correu até a ponte. Ela estava lá, linda como nunca a vira antes, o vento soprava seus lon-gos cabelos negros e a lua desenhava sua silhueta. Aproximou-se: - Bia desce daí, não faça nenhuma besteira! - Tiago, meu bom amigo, a minha in-tenção e pular daqui direto para os braços da morte.

Ele notou que seu olhos estavam i-nundados e sua garganta em soluços ininterruptos.

- Hoje tudo passou do limite, me humi-lhei, me expus e ele me disse pra manter distância. Minha vida perdeu o

sentido, não tenho razão para conti-nuar viva sem ele.

Foi então que Tiago teve uma grande idéia. Subiu na ponte, colocou-se ao lado de Beatriz, olhou-a nos olhos e disse: - Se é assim, dê-me sua mão e vamos pular juntos. Percebi que você já está decidida, que não te convencerei a desistir. Se ceifará a sua própria vida, tirará de mim a razão de viver, pois você é e sempre será o amor de mi-nha vida.

Ele olhou-a nos olhos, sorriu, soltou suas mãos, afastou-se e pulou. Ela ficou estática, nunca tinha percebido os sentimentos de Tiago, por que nun-ca havia aberto seu coração.

A vida deles passou-lhe como em um filme, pôde perceber que ele sempre tinha tentado mostrar os seus senti-mentos e ela estava fechada, hipnoti-zada por outro. “Não perdi só um ami-go, perdi um grande amor”. O que Be-atriz não sabia é que Tiago, em sua infância, brincava com seus amigos de pular da ponte, e conhecia os lugares seguros para fazê-lo.

Nunca teve a intenção real de morrer, mas apenas de salvar a amada, que não sabendo nadar, certamente mor-reria. O dia amanheceu, a polícia, os familiares, a cidade toda estava á bei-ra do rio. Tamanha foi a surpresa de todos ao verem Tiago ali, em pé e sor-ridente. Bia correu a seu encontro e deu-lhe um prolongado abraço.

- Pensei que tinha te perdido, sofri mais por sua “morte” do que pelo des-prezo que sofri. Nunca mais quero te perder.

Ele segurou as suas mãos e disse: - Eu também não quero te perder e se for preciso morro de novo pra impedir que isto aconteça. Falou em sorrisos.

PS: Este é o meu primeiro conto. Ele só existe por causa da oficina, estou muito feliz por ter participado e espero compartilhar com vocês muitos outros! Formatação: Filipe de Sousa

EDUCAR - Uma janela para o mundo

Todos sabemos que programas so-bre educação onde se abordem ver-dades e se discuta o assunto de for-ma imparcial, suprapartidariamente e com ética são raros na mídia con-vencional. São raros porque infelizmente não dão IBOPE e a mídia convencional

busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patrocina-dores e valorizará seus espaços pu-blicitários.

EDUCAR Uma janela para o mundo

Nosso programa no ar todos os Sábados, das

18;00 ás 20;00 horas e, o ouvinte poderá interagir

com suas sugestões, criticas ou

questionamentos.

RADIOCULTURAonline

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Acesse e prestigie a Educação www.gazetavaleparaibana.com

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

Nossos alunos COMO SER MELHOR PROFESSOR

DICAS PARA VC. PROFESSOR, que antes disso tem que ser um verdadeiro cidadão. Após conviver com milhares de pessoas por quase três décadas em sala de aula, um amigo, professor me confidenciou sentir o desejo de colocar no papel prin-cípios que tem utilizado para com as pes-soas especiais que conheceu em cada curso que ministrou. E assim, me enviou o seguinte texto: Durante 30 anos de docência, ca-da estudante me inspirou a ser uma me-lhor pessoa e um melhor professor. Te-nho aprendido muito com eles. A minha grande gratificação não é o aspecto mo-netário que a função de professor tem-me concedido, mas a satisfação de ver aonde os estudantes que passaram em nossas mãos e pelas mãos de outros colegas , puderam chegar. Esta é a mi-nha sincera e grande satisfação, ver o sucesso destes ex-estudantes. Para que outros estudantes possam al-cançar o mesmo ou outro mais amplo sucesso, compartilho alguns princípios que tenho vivenciado em sala de aula com outros profissionais que estão em processo de formação. Esteja convicto de sua vocação Você pode ser um excelente profissional naquilo que faz e no conteúdo que domi-na, mas isto não é tudo para ser profes-sor. Ser professor é saber ensinar. Saber ensinar é fazer as pessoas aprenderem. Isto somente se consegue tendo convic-ção de sua vocação como educador e tendo o alvo correto diante de si. Tenha um norte magnético estabeleci-

do em sua vida Saiba de onde você está vindo, para on-de vai e como vai. Seja uma pessoa ori-entada. Somente uma pessoa orientada pode orientar a outras pessoas. Tenha posições claras e definidas. Passe segu-rança para as pessoas. Na maioria dos casos as pessoas são inseguras e des-norteadas por vários fatores. Contribua positivamente. Clareie o rumo de vida das pessoas. Passe o seu melhor para os seus estu-dantes As pessoas vivem de restos. Geralmente, elas não têm acesso ao "melhor bocado". Então nunca ponha uma mesa da qual você não quer participar do conteúdo da mesma. Coloque o melhor de você, o melhor conteúdo, a melhor didática, a melhor ajuda, o melhor aprendizado. Ao terminar a aula, vá para casa tranqüilo e cheio da certeza de que deu o seu me-lhor. Aquelas pessoas precisam sair com o senso de que foram alimentadas com a "melhor porção". Seja um deles Seja um deles. Não se coloque acima deles. Não se coloque abaixo de-les. Coloque-se a serviço deles. Ande com eles, coma com eles, viva com eles. Conheça-os! Entre no mundo deles! A partir da realidade deles, conduza-os a um mundo melhor! Para tanto, precisará amá-los! Sem amor nada seremos! Sem amor não chegaremos a lugar algum! Sem amor não impactaremos a vida de ninguém! Sem amor não somos úteis a ninguém! Seja um deles para conduzi-los a serem melhor do que já são! Eleja cada estudante para ser único e especial Não massifique aos estudantes numa classe. Cada pessoa é única. Ca-

da pessoa tem um valor único. Cada pessoa é diferente da outra. Portanto, saiba explorar a riqueza de cada um com o propósito de adquirir ferramentas para burilar cada pedra preciosa. Se preciso for transforme pedras brutas em pedras preciosas. Cative aos seus estudantes Cativar é estabelecer uma aliança de vida. É estabelecer caminhos de empati-a. Caminhos de vida em comum. É esta-belecer pontes que permitam a acessibili-dade um do outro. É saber que através daquela acessibilidade eu posso ir a um lugar seguro em confiança mútua. É sa-ber que aquela relação há de fazer-me bem e que vou poder proporcionar um bem estar ao outro. Professores que marcam são pessoas que cativam as demais. São pessoas que se sentem bem por estarem na presença de quem as cativou. Seja sincero com os seus estudantes Use sempre de transparência com cada estudante. O que você sabe, sabe. O que não sabe, não sabe. Mas, não enrole. Não subtraia as pessoas com o que é vil e danoso. Fale a verdade, viva a verdade e transmita a verdade. Assim fazendo, você influenciará aos seus estudantes a viverem na verdade, com a verdade e pela verdade. Seja um guia Vá e chegue primeiro. Não para ser o maior ou o melhor. Mas, pelo fato de que ninguém pode levar outras pessoas a chegarem a algum lugar, sem que antes elas mesmas tenham chegado. Quer conduzir a alguém a chegar a algum lu-gar? Então, vá à frente e chegue ao lugar pretendido. Analise a sua viagem. Esta-beleça o que não deveria ter feito e o que poderia ter feito. Elabore uma rota segura

e compartilhe para que outros possam ir além de você! Seja um exemplo A vida é um maestro por excelência sem palavra alguma. Não precisa o professor preocupar-se com a eloqüência para ser ouvido por seus estudantes. A força do exemplo é o maior impacto do ensino autêntico para qualquer pessoa. O pro-fessor deixa marcas tão profundas com o seu exemplo de vida que os alunos, às vezes, nem lembram tanto dos conteú-dos compartilhados em classe, po-rém nunca esquecem as lições de vida ensinadas pelo professor. Invista em seus estudantes para toda a vida Olhe para cada estudante como se eles fossem conviver com você por toda a vida. Não olhe para eles como pessoas anônimas e com rápida passagem por sua vida. Olhe para eles como pessoas que assimilarão os seus ensinamentos para o resto da vida. Então aproveite cada segundo, cada minuto, cada hora, cada dia e cada oportunidade para inves-tir neles. Invista neles pelo valor que eles têm como seres humanos e não pelo va-lor que você recebe para dar aulas a e-les. Conclusão Não registro aqui uma receita única para que cada pessoa seja um melhor profes-sor, mas compartilho aquilo que tenho vivido e constatado que tem dado certo. Compartilho estes princípios, não porque eu penso ter a fórmula certa em relação ao fato de "ser professor". Há outros co-legas, outros princípios...Entretanto, aqui deixo a minha contribuição , na certeza plena de que outros possam ir além! Da redação

Desafios brasileiros - Campanha TROQUE UM (1) PARLAMENTAR

POR 344

PROFESSORES

Sou professor de Física, de ensino médio de uma escola pública em uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salá-rio bruto mensal: R$650,00. Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um curso superior como eu e recebem minguados R$440,00. Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda existem bons profes-sores lecionando, atualmen-

te a regra é essa: O profes-sor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que a-prende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova o aluno mal prepara-do. Incrível, mas é a pura verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do esto-mago do meu idealismo foi duro! Descobri que um parlamen-tar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por a-no... São os parlamentares mais caros do mundo. O mi-nuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545. Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 mi-lhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850 mil e

na vizinha Argentina R$1,3 milhões.

Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior ! Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você di-vulgasse minha campanha, na qual o lema será:

“TROQUE UM PARLAMEN-TAR POR 344 PROFESSO-

RES'. Repassar esta informação é uma obrigação, é sinal de patriotismo, pois a vergonha que atualmente impera em nossa política está desmoti-vando o nosso povo e arrui-nando o nosso querido Bra-sil. É o mínimo que nós, patrio-tas, podemos fazer. PASSE ADIANTE Divulgue Filipe de Sousa

Comunicação Comunicar-se é sempre um

desafio!

Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar os resul-tados que buscamos e atingir o público alvo es-colhido de uma forma objetiva e, que ao mes-mo tempo, se apresente

perante o ouvinte ou o leitor como hones-ta e verdadeira, a informação ou a opini-ão.

Por quê?

Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade;

Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;

Porque a serenidade que nunca se des-mancha não é serenidade: é indiferença;

Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade."

Porque a verdade tem que ser norma. Filipe de Sousa

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 05

Alcione e nós... 2012 Muito se fala de 2012, mas pouco

efetivamente se conhece. Segue um texto rápido e esclarece-dor, para desmistificar um pouco a

profecia e trazer uma linguagem simples, ofertando animo extra pa-ra nossas ações como sincroniza-

dores biosféricos.

Alcione e nós

O sistema solar gira em torno de Al-cione, estrela central da Constelação de Plêiades. Esta foi a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Solá e Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos.

Alcione e outros Sois Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela da constelação ? localizada a aproxi-madamente 28 graus de Touro ? e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione, movimento terrestre também conhecido como Precessão dos Equinócios. A divisão desta órbita por doze resulta em 2.160, tempo de duração de cada e-ra? astrológica? (Era de Peixes, A-quário, etc.).

Descobriu-se também que Alcione tem à sua volta um gigantesco anel, ou disco de radiação, em posição transversal ao plano das órbitas de seus sistemas (incluindo o nosso), que foi chamado de Cinturão de Fó-tons.

Calendariomaia

Um fóton consiste na decomposição ou divisão do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromag-nética, algo que ainda se desconhece na Terra.

Detectado pela primeira vez em 1961, através de satélites, a descoberta do cinturão de fótons marca o início de uma expansão de consciência além da terceira dimensão.

A ida do homem à Lua nos anos 60 simbolizou esta expansão, já que an-

tes das viagens interplanetárias era impossível perceber o cinturão.

A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos no anel de fótons, ficando mais próximo de Alcio-ne.

Sistema solar alcione

A última vez que a Terra passou por ele foi durante a ?Era de Leão?, há cerca de doze mil anos. Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficare-mos outros dois mil anos dentro deste disco de radiação. Todas as moléculas e átomos de nos-so planeta passam por uma transfor-mação sob a influência dos fótons, precisando se readaptar a novos pa-râmetros. A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem tem-peratura, que não produz sombra ou escuridão. Talvez por isso os hinduís-tas chamem de ?Era da Luz? os tem-pos que estão por vir.

Era da Luz

Desde 1972, o Sistema Solar vem en-trando no cinturão de fótons e em 1998 a sua metade já estava dentro dele. A Terra começou a penetrá-lo em 1987 e está gradativamente avan-çando, até 2.012, quando vai estar totalmente imersa em sua luz. De a-cordo com as cosmologias maia e as-teca, 2.012 é o final de um ciclo de 104 mil anos, composto de quatro grandes ciclos maias e de quatro grandes eras astecas. Humbatz Men, autor de origem maia, fala em ?Los Calendários? sobre a vindoura ?Idade Luz?. Bárbara Marciniak, autora de ?Mensageiros do Amanhecer?, da Ground e ?Earth?, da The Bear and Company e a astróloga Bárbara Hand Clow, que escreveu ?A Agenda Pleia-diana?, da editora Madras, receberam várias canalizações de seres pleiadia-nos.

Angeles de la luz viva de dios vivo

Essas revelações falam sobre as transformações que estão ocorrendo em nosso planeta e nas preparações tanto física quanto psíquicas que pre-cisamos nos submeter para realizar-mos uma mudança dimensional.

Segundo as canalizações, as respos-tas sobre a vida e a morte não estão mais sendo encontradas na terceira dimensão.

Um novo campo de percepção está disponível para aqueles que aprende-rem a ver as coisas de uma outra for-ma.

Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a entrar no Cinturão de Fótons, estamos nos sintonizando com a quarta dimensão e nos prepa-rando para receber a radiação de Al-cione, estrela de quinta dimensão.

Zona arquetípica de sentimentos e sonhos, onde é possível o contato com planos mais elevados, a quarta dimensão é emocional e não física.

As idéias nela geradas influenciam e detonam os acontecimentos na tercei-

ra dimensão, plano da materialização.

goldengrid

Segundo as canalizações, a esfera quadri-dimensional é regida pelas e-nergias planetárias de nosso sistema solar, daí um trânsito de Marte, por exemplo, causar sentimentos de po-der e ira.

Para realizar esta expansão de cons-ciência é preciso fazer uma limpeza, tanto no corpo físico como no emocio-nal, e transmutar os elementais da segunda dimensão a nós agregados, chamados de miasmas.

Responsáveis pelas doenças em nos-so organismo, os miasmas são com-postos de massas etéricas que carre-gam memórias genéticas ou de vidas passadas, memórias de doenças que ficaram encruadas e impregnadas de-vido a antibióticos, poluição, química ou radioatividade.

Universo1

Segundo as canalizações, esses mi-asmas estão sendo intensamente ati-vados pelo Cinturão de Fótons.

Os pensamentos negativos e os esta-dos de turbulência, como o da raiva, também geram miasmas, que provo-cam bloqueios energéticos em nosso organismo.

Trabalhar o corpo emocional através de diversos métodos terapêuticos ? psicológicos, astrológicos ou corpo-rais ? ajuda a liberar as energias blo-queadas.

A massagem, acupuntura, homeopati-a, florais, meditação, yoga, o tai-chi, algumas danças, etc, são também técnicas de grande efetividade, pois mexem com o corpo sutil e abrem os canais de comunicação com outros planos universais.

Buda dourado1

As conexões interdimensionais são feitas através de ressonância e para sobrevivermos na radiação fotônica temos que nos afinar a um novo cam-po vibratório.

Ter uma alimentação natural isenta de elementos químicos, viver junto à na-tureza, longe da poluição e da radiati-vidade, liberar as emoções bloquea-das e reprimidas, contribuem para a transição.

Casa Verde Sonhos

Ter boas intenções é essencial, assim como estar em estado de alerta para perceber as sincronicidades e captar os sinais vindos de outras esferas. Segundo a Agenda Pleiadiana, de Bárbara Hand Clow, o Cinturão de Fótons emana do Centro Galáctico. Alcione, o Sol Central das Plêiades, localiza-se eternamente dentro do Cinturão de Fótons, ativando sua luz espiralada por todo o Universo. cinturo2 - Mas afinal e nós nisso tu-do?

Nós somos os mais beneficiados com tudo isso. Todos nós, os seres encarnados na Terra estamos passando por um pro-cesso de iniciação coletiva e escolhe-

mos estar aqui nessa difícil época de transição de nosso planeta, que atin-girá todo o Universo.

Todos Juntos!

Os fótons funcionam como purificado-res da raça humana e através de suas partículas de luz, às quais estamos expostos nos raios solares, dentro em breve estaremos imersos nesta ?Era de Luz?, depois de 11 mil anos dentro da Noite Galáctica ou Idade das Tre-vas, como os hindus se referiam a Kali Yuga. Como um sistema de reciclagem do Universo, o Cinturão de Fótons inicia a Era da Luz. Existem diversas for-mas da humanidade intensificar sua evolução, desenvolvendo um trabalho de limpeza dos corpos emocionais, com o uso de terapias alternativas, como florais, Yoga, Sahaja Maithuna, musicoterapia, cromoterapia entre muitos outros.

Celebrando 2006

São terapias e práticas que trabalham com a cura dos corpos sutis, além de curar outras já instaladas, evitando que muitas doenças sejam desenvol-vidas antes mesmo de alcançar o cor-po físico,

O SISTEMA ENERGETICO

ESPIRITUAL DO CORPO HUMANO Cada partícula vai se alojando em to-dos os cantinhos de nosso planeta trazendo a consciência (Luz), a Ver-dade, a Integridade e o Amor Mútuo. Cada um de nós tem um trabalho indi-vidual para desenvolver aliado ao tra-balho de conscientização da humani-dade. Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encar-nados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instala-da. E todos nós redescobriremos a nossa multidimensionalidade e ativaremos nossas capacidades adormecidas dentro da Noite Galáctica. A inteligência da Terra será catalisada para toda a Via Láctea. Tchau CALENDÁRIO MAIA Todos estes acontecimentos foram registrados no Grande Calendário Maia, que tem 26 mil anos de duração e termina no solstício de inverno, no dia 21 de dezembro de 2012 dC, que marca a entrada definitiva da Terra dentro do Cinturão de Fótons por 2000 anos ininterruptos. Consciência é Luz. Luz é Informação. Informação é Amor. Amor é Criatividade. Enviado por: Drª. Marion Oliveira (Curitiba-PR) Autor: Não informado Formatação: Filipe de Sousa Da redação

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 06

CANAL ABERTO BIG BROTHER BRASIL

A banal televisão aberta brasileira mais uma vez, entra sem pedir licen-ça nem consulta em nossas casas, através da Rede Globo, com mais uma das intermináveis edições do BIG BROTHER BRASIL.

O horário é recheado de conversas vazias, exibicionismo pueril, embria-guez minuciosamente planejada, insi-nuações de nudez, nudez censurada e outras baixarias comuns ao progra-ma, leva a alegria aos holandeses da franquia Endemol. O circo mais uma vez foi armado e o lucro fabuloso vai cair nos cofres das organizações Globo. Patrocinadores irão doar carros em troca do anúncio, produtos de “beleza” também estão veiculados, provas absurdas de resis-tência para se conseguir um automó-vel, viagens espetaculares e uma sensação de abestalhamento do Pe-dro Bial quando a coisa toda é ao vi-vo e fora do controle da edição do programa(esse sim, o verdadeiro Big Boss). O resultado final todos já sabem de antemão: milhares de telefonemas e votos pela internet e um ganhador de um montante de dinheiro, e só! Aliás, não, claro que teremos as participan-tes mais “gostosas” na Playboy, ser-vindo como carne descartável para a revista masculina do ancião feliz(o dono da Playboy!). Estamos numa sociedade doente, preconceituosa, machista, homofóbi-ca, racista, e o Big Brother nos faz cair de vez neste precipício. Recentemente, em novembro do ano passado, um trote peculiar ocorreu na UNESP, conceituada universidade de São Paulo, no evento que repercutiu n a c i o n a l m e n t e c o m o “ O rodeio das gordas”, onde os universi-tários veteranos passavam este trote humilhante, subindo nas meninas mais obesas como se as mesmas fossem “vacas de rodeio”, ganhando pontos quem conseguisse ficar mais tempo em cima de sua vítima. Isso também é Big Brother, isso também é esculhambar de vez com a humanidade. Esse aparato da imbecilização tem caracterizado este século XXI, e o que é pior, com uma roupagem de eventos culturais,onde tudo é válido, às vezes, até matar. O Big Brother ainda não é anacrônico porque o que mantêm este tipo de programa também é anacrônico: a ignorância da sociedade brasileira, a ignorância moral da sociedade brasi-leira. A família no Brasil virou um item ple-namente descartado, e sua responsa-bilidade tem sido negligenciada a ca-da dia. Onde estão estes pais que não transmitem os valores éticos e morais a seus filhos e dependentes? A cada edição do Big Brother o Natu-rismo vai perdendo a sua batalha de-sigual contra estas aberrações da sociedade doente brasileira.

O canal aberto da TV hoje se resume a isso: LIXO TOTAL, onde não se sabe mais o que inventar para cha-mar a audiência, que apelação vamos aprontar hoje, deve pensar o Boni-nho, o Big Boss. Pedro Bial, que co-meçou como um bom poeta hoje é um defensor da ditadura(leia o livro que ele escreveu sobre o Roberto Marinho, está lá o elogio ao período militar!). Sim, as mulheres semi-nuas estão proliferando, as insinuações sexuais estão disponíveis para as crianças e adolescentes, e no horário nobre a TV brasileira. Não faltam baixarias, que aliás tem sido uma marca da “cultura popular” brasileira, não preci-samos nem lembrar das músicas de duplo sentido, elas já contaminaram nossos ouvidos, pois seja onde esti-vermos, lá está aquela canção nos perseguindo “a alma”. Ocorre uma anestesia da ética no Brasil, no campo político o aumento de juízes e políticos beira ao surrea-lismo, de tão desproporcional que é. É muita esculhambação!

AUTOR

Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA,

residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial E sentir tanta alegria É sinal de que você

O mau-gosto aprecia Dá valor ao que é banal

É preguiçoso mental E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo Um programa tão ‘fuleiro’

Produzido pela Globo Visando Ibope e dinheiro

Que além de alienar Vai por certo atrofiar

A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro Que está em formação

E precisa evoluir Através da Educação

Mas se torna um refém Iletrado, ‘zé-ninguém’ Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão Lá está toda a família Longe da realidade

Onde a bobagem fervilha Não sabendo essa gente

Desprovida e inocente Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial Chega de esculhambação

Respeite o trabalhador Dessa sofrida Nação

Deixe de chamar de heróis Essas girls e esses boys Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,

Querido Pedro Bial,

São verdadeiros heróis E merecem nosso aval Pois tiveram que lutar

Pra manter e te educar Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal Com seu discurso vazio.

Pessoas inteligentes Se enchem de calafrio

Porque quando você fala A sua palavra é bala A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil Carente de educação

Precisa de gente grande Para dar boa lição

Mas você na rede Globo Faz esse papel de bobo

Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial Nosso povo brasileiro

Que acorda de madrugada E trabalha o dia inteiro

Dar muito duro, anda rouco Paga impostos, ganha pouco: Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade Neste momento atual

Se preocupa com a crise Econômica e social

Você precisa entender Que queremos aprender Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo

Vem nos mostrar sem engano Que tudo que ali ocorre

Parece um zoológico humano Onde impera a esperteza

A malandragem, a baixeza: Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência

Não são mais valorizadas. Os “heróis” protagonizam Um mundo de palhaçadas Sem critério e sem ética

Em que vaidade e estética São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética Nem projeto educativo. Um mar de vulgaridade Já tornou-se imperativo. O que se vê realmente

É um programa deprimente Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo

“professor”, Pedro Bial O que vocês tão querendo

É injetar o banal Deseducando o Brasil Nesse Big Brother vil De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço

Mal exemplo à juventude Que precisa de esperança

Educação e atitude Porém a mediocridade

Unida à banalidade Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento

De pessoas confinadas Num espaço luxuoso

Curtindo todas baladas:

Corpos “belos” na piscina A gastar adrenalina:

Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo É de nos “emburrecer”

Deixando o povo demente Refém do seu poder:

Pois saiba que a exceção (Amantes da educação)

Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial Um mercador da ilusão Junto a poderosa Globo

Que conduz nossa Nação Eu lhe peço esse favor:

Reflita no seu labor E escute seu coração.

E vocês caros irmãos

Que estão nessa cegueira Não façam mais ligações Apoiando essa besteira.

Não dêem sua grana à Globo Isso é papel de bobo:

Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim Desse Big Brother vil

Que em nada contribui Para o povo varonil

Ninguém vai sentir saudade: Quem lucra é a sociedade Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor

Que nós somos os culpados Porque sai do nosso bolso Esses milhões desejados Que são ligações diárias Bastante desnecessárias Pra esses desocupados.

A loja do BBB

Vendendo só porcaria Enganando muita gente

Que logo se contagia Com tanta futilidade

Um mar de vulgaridade Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade

E apelo sexual. Não somos só futebol,

baixaria e carnaval. Queremos Educação E também evolução No mundo espiritual.

Cadê a cidadania

Dos nossos educadores Dos alunos, dos políticos Poetas, trabalhadores?

Seremos sempre enganados e vamos ficar calados

diante de enganadores?

Barreto termina assim Alertando ao Bial:

Reveja logo esse equívoco Reaja à força do mal…

Eleve o seu coração Tomando uma decisão

Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, Março de 2011.

Editoração: Filipe de Sousa

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 07

Nossa saúde Dengue tipo 4 chega ao

Rio e traz risco de contaminação à

população no Sudeste

Duas irmãs, uma de 21 e outra de 22 anos, moradoras de Niterói, es-tão contaminadas pelo vírus tipo 4 da dengue. Os casos foram confir-mados no dia 30 de Março ultimo, pela Secretaria Estadual de Saúde, depois de exames realizados pela Fundação Oswaldo Cruz. Os pri-meiros sintomas apareceram no dia 6 de março passado.

O diagnóstico de pacientes com o tipo 4 do vírus é um marco preocupante do avanço das variações da dengue. A chegada à região Sudeste é um si-nal de que o vírus está “viajando”. Es-se vírus começou a circular em Rorai-ma, depois foi para o Amazonas e Pará. Piauí e Bahia registraram casos na terça-feira.

A proliferação do vírus tipo 4 traz o risco de novos surtos e até de epide-mia, pois não há no estado esse tipo de imunização. O Rio já teve epidemi-as com os tipos 1, 2 e 3. Mesmo quem já sofreu com a doença anteri-ormente pode contrair novamente a dengue, pois não está imunizado.

As irmãs não saíram do Rio de Janei-ro nos últimos meses. Por isso, a se-cretaria pôde constatar que elas fo-ram infectadas dentro de casa ou em algum local próximo, no município de Niterói. A secretaria informou por mei-o de nota que foram tomadas as me-didas regulares de bloqueio e de in-vestigação epidemiológica e diz que “não há motivo para pânico”.

A nota tenta minimizar o problema e afirma que “não existe nenhuma evi-dência de que o sorotipo 4 seja mais letal ou que apresente maior gravida-de dos casos em relação aos demais subtipos”. Os sintomas são os mes-mos causados pelos sorotipos 1, 2 e 3- febre, sonolência, dor no corpo e pressão baixa. O tratamento médico é igual para os quatro tipos da doença.

Um grupo de 150 militares do Corpo de Bombeiros trabalha em Niterói pa-ra auxiliar os agentes municipais de endemias na busca por focos do mos-quito Aedes aegypti. A secretaria in-formou que será mantido o controle do vetor com fumacê, em bairros do município.

Tipos de dengue – Além do tipo 4, o Rio enfrenta problemas com o tipo 1. De janeiro até o dia 19 de março, o estado notificou 26.258 casos suspei-tos de dengue. Os municípios com as maiores taxas de incidência de casos são: Bom Jesus de Itabapoana (3.111,6 casos/100 mil habitantes), Santo Antonio de Pádua (1.419,8 cas-os/100 mil habitantes), Cantagalo (1.351,8 casos/100 mil habitantes), Mangaratiba (688,5 casos/100 mil ha-bitantes), Guapimirim (670,1 caso-s/100 mil habitantes), Seropédica (656,2 casos/100 mil habitantes), Ma-gé (608,4 casos/100 mil habitantes) e Cabo Frio (493 casos/100 mil habitan-tes).

A doença já matou 18 pessoas no es-tado este ano. Foram seis mortes na capital, três em São Gonçalo, duas em Nova Iguaçu, duas São João de Meriti e uma em Duque de Caxias, Magé, Cabo Frio, Maricá e São José do Vale do Rio Preto.

Paracetamol e a dengue: quando

o remédio se transforma em risco.

O uso do paracetamol é recomenda-do pelo Ministério de Saúde no trata-mento dos casos de dengue. Mas se-rá que o que parece consenso está, de fato, certo?

Segundo Renan Marino, professor assistente do Departamento de Pedi-atria da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-FAMERP e professor do Instituto Homeopático François Lamasson, de Ribeirão Pre-to, a resposta é não. Em entrevista ao Ecomedicina ele explica os riscos do uso do paracetamol em pacientes com dengue e indica qual deve ser, na opinião dele, o tratamento da doença. Confira!

Ecomedicina: O uso do paracetamol é recomendado pelo Ministério de Sa-úde no tratamento da dengue. Por que esta recomendação?

Renan Marino: O paracetamol foi a única droga recomendada pelo Minis-tério da Saúde para tratamento dos sintomas da dengue até 2001, quan-do, em razão do aumento de graves lesões hepáticas em casos de dengue

tratados com paracetamol, decidiu-se por acrescentar também a dipirona como opção. Sempre causou muita estranheza a indicação hegemônica por tantos anos do paracetamol na dengue, uma vez que se trata de con-duta absolutamente aleatória, sem nenhuma base científica, até mesmo pelo fato de não existir sequer um úni-co estudo no mundo mostrando a via-bilidade e segurança desta orienta-ção.

Ecomedicina: Em sua opinião, o me-dicamento é, de fato, indicado no tra-tamento da doença? Por quê?

Renan Marino: O paracetamol não pode ser dado a pacientes com den-gue por uma razão muito simples: contraria a lógica mais elementar do raciocínio terapêutico administrar uma droga dotada da mais elevada hepa-totoxicidade, responsável "número um" e, portanto, maior causa de trans-plantes de fígado nos USA e na Grã-Bretanha há vários anos, em uma pa-tologia que tem como agente etiológico um flavivírus, cujo hepato-tropismo causa importante inflamação hepática em 100% dos casos, como verificamos na ação de todos os qua-tro sorotipos virais da dengue. Aliás, outros flavivírus também são conheci-dos por atacar o fígado, como é o ca-so do vírus da hepatite C e da febre amarela. Isto nos leva a esclarecer que a dengue é essencialmente uma hepatite viral, o que explica perfeita-mente sua sintomatologia, bem como o curso habitual da doença e princi-palmente suas complicações.

Ecomedicina: Que efeitos o parace-tamol pode causar em um organismo saudável e em uma pessoa com den-gue? Quais os riscos?

Renan Marino: A diferença do efeito do paracetamol em um indivíduo "normal" ou em um paciente com den-gue se deve ao seguinte fato: em pa-cientes sem lesão hepática a hepato-xicidade do paracetamol é dose-dependente, isto é, acima de 4g diárias, quando é excedida a capaci-dade de metabolização da droga via sulfatação, glicuronização e sistema do citocromo p-450; já no quadro de dengue a hepatoxicidade não é dose-dependente, uma vez que a depleção da glutationa,como é próprio e carac-terístico dos quadros virais, faz com que esta substância produzida em condições normais pelo fígado para tamponar os metabólitos reativos do paracetamol, uma vez inibida e au-sente, deixe livre o para-amino benzoquinona-imina, resultante desta cadeia de reações, para fazer uma forte e irreversível ligação covalente

com as paredes do hepatócito resul-tando em extensas áreas de necrose hepática.

Ecomedicina: Estudos indicam que o paracetamol, em grandes quantida-des, pode afetar o fígado. Médicos dizem, também, que entre as possí-veis complicações da dengue estão alterações hepáticas. Diante disso, a indicação do medicamento não é, por-tanto, incoerente?

Renan Marino: Do exposto resulta que, na verdade, os quadros atribuí-dos à "dengue hemorrágica" corres-pondem à iatrogenia desencadeada pelo uso do paracetamol nestas con-dições descritas, podendo ser perfei-tamente controlados e evitados.

Ecomedicina: O emprego deste fár-maco tem relação com a elevação da mortalidade em consequência da do-ença? Por quê?

Renan Marino: Não procede, diante das observações clínicas que temos acompanhado ao longo dos últimos dez anos, a famigerada teoria se-quencial de Halstead, segundo a qual os casos graves e hemorrágicos ocor-reriam em indivíduos com histórico anterior de dengue por um dos quatro sorotipos que, ao contrair a doença novamente, teriam risco elevado para complicações em decorrência da libe-ração de aminas vasoativas pelos monócitos previamente infectados por outro sorotipo, cujas reações em cas-cata levariam a graves alterações cir-culatórias e da coagulação. O que faz a diferença na dengue é tão-somente tomar ou não tomar paracetamol. Na-da mais. Como orientação geral: ingerir grandes quantidades de líqui-dos para garantir a hidratação, repou-so, alimentação leve e apenas dipiro-na para ajudar no controle da febre e dores.

Ecomedicina: Qual, em sua opinião, deveria ser a conduta adotada com pacientes com dengue? Como pode ser controlada a febre e amenizada as dores decorrentes da infecção?

Renan Marino: No seguimento da doença recomendamos hemograma completo, para monitorar os níveis de neutrófilos e contagem de plaquetas, bem como de ALT (TGP) e AST (TGO). O paciente somente se resta-belece para voltar às suas atividades normais quando as transa-minases caem abaixo de 100 UI, o que na minha opinião deve ser o crité-rio de alta para o doente.

Site: Ecomedicina

Editoração: Filipe de Sousa

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 8

RESUMO

O Espírito Santo tem como limites o

oceano Atlântico a leste, a Bahia a norte, Minas Gerais a oeste e noro-este e o estado do Rio de Janeiro a sul. Toda pessoa nascida no estado é conhecida como Capixaba.

Em 1535, quando os colonizadores portugueses chegaram na Capitania do Espírito Santo e desembarcaram na região da Prainha, iniciou-se o primeiro núcleo populacional, deno-minado Vila do Espírito Santo. Devi-do aos ataques indígenas, o líder Vasco Fernandes Coutinho resolveu fundar outra vila, desta vez em uma das ilhas, que foi chamada de Vila Nova do Espírito Santo (Vitória), en-quanto a antiga passou a ser chama-da de Vila Velha. Houve um tempo, conhecido por poucos, em que o Es-pírito Santo foi anexado à Bahia, ten-do portanto Salvador como capital.

Atualmente, a capital Vitória é um importante porto de exportação de minério de ferro. Na agricultura, des-taque para o café, arroz, cacau, cana-de-açúcar, feijão, frutas e milho. Na pecuária, gado de corte e leiteiro. Na indústria, produtos alimentícios, ma-deira, celulose, têxteis, móveis e si-

derurgia. O estado também possui festas fa-mosas, como o Vital (carnaval fora de época, em novembro), a Festa da Polenta em Venda Nova do Imigrante

e o Festival de Arte e Música de Ale-gre. Espírito Santo é uma das 27 unida-des federativas do Brasil. Está locali-zado na região Sudeste e tem como limites o oceano Atlântico a leste, a Bahia a norte, Minas Gerais a oeste e noroeste e o estado do Rio de Ja-neiro a sul, ocupando uma área de 46.077,519 km².

Sua capital é o município de Vitória. Outros importantes municípios são Aracruz, Cariacica, Cachoeiro de Ita-pemirim, Colatina, Guarapari, Linha-res, São Mateus, Serra, Viana e Vila Velha. O gentílico do estado é capi-xaba ou espírito-santense.

Em 1535, quando os colonizadores portugueses chegaram na Capitania do Espírito Santo e desembarcaram na região da Prainha, iniciou-se o primeiro núcleo populacional, deno-minado Vila do Espírito Santo. Devi-do aos ataques indígenas, o líder Vasco Fernandes Coutinho resolveu fundar outra vila, desta vez em uma das ilhas, que foi chamada de Vila Nova do Espírito Santo (Vitória), en-quanto a antiga passou a ser chama-da de Vila Velha. Houve um tempo, conhecido por poucos, em que o Es-pírito Santo foi anexado à Bahia, ten-do portanto Salvador como capital.

Atualmente, a capital Vitória é um importante porto de exportação de minério de ferro. Na agricultura, des-taque para o café, arroz, cacau, cana-de-açúcar, feijão, frutas e milho. Na pecuária, gado de corte e leiteiro. Na indústria, produtos alimentícios, ma-deira, celulose, têxteis, móveis e si-derurgia.

O estado também possui festas fa-mosas, como a Festa da Polenta em Venda Nova do Imigrante e o Festi-val de Arte e Música de Alegre. O Vital (carnaval fora de época, em no-vembro) foi extinto.

O nome do estado é uma denomina-ção dada pelo donatário Vasco Fer-nandes Coutinho que ali desembar-

cou em 1535, num domingo dedica-do ao Espírito Santo. Como curiosi-dade dessa etimologia, merece des-taque o Convento de Nossa Senhora da Penha, símbolo da religiosidade capixaba que abriga em seu acervo a tela mais antiga da América Latina, a imagem de Nossa Senhora das Ale-grias.

Etimologia Data de junho de 1534 a concessão das cinquenta léguas de costa entre os rios Mucuri e Itapemirim, feita por Dom João III ao veterano das Índias, Vasco Fernandes Coutinho, que, ao desembarcar em terras da capitania, a 23 de maio de 1535, domingo do Espírito Santo, dá início a fundação de uma vila, por ele denominada Vila do Espírito Santo (hoje cidade de Vi-la Velha), em lembrança do dia. O nome, ainda em 1535, passa da vila à capitania, designando posterior-mente a província (1822) e o estado (1889).

Capixaba (ou espírito-santense) é o gentílico referente ao estado do Espí-rito Santo. O termo deriva das roças de milho localizadas na ilha de Vitó-ria, que pertenciam aos índios que originalmente habitavam a região quando da chegada dos portugue-ses. Tudo leva a crer que a referida assertiva intelectual ajuda a evitar a confusão do nome da unidade fede-rativa brasileira com o nome da ter-ceira pessoa da Santíssima Trinda-de. História A História do Espírito Santo é um domínio de estudos de história do Brasil, focado na evolução do ter-ritório e da sociedade capixaba que, canonicamente, se estende desde a tomada de posse da Ca-pitania do Espírito Santo pelo do-natário Vasco Fernandes Couti-nho, em 1535, até os dias atuais. No entanto, este artigo também contém informações sobre os pri-meiros habitantes do Espírito Santo, ou seja, o período em que não houve registros escritos sobre as atividades aqui desenvolvidas pelos povos indígenas.

A história capixaba começou em 23 de maio de 1535, quando os colonizadores portugueses, chefi-ados pelo donatário Vasco Fer-nandes Coutinho, desembarca-ram na Capitania do Espírito San-to. Nesse mesmo ano, foi fundada a povoação de Vila Velha, primeiro núcleo populacional da capitania. Na tarefa de catequese dos índios da região, destacou-se a figura de

José de Anchieta, que lá morreu em 1597. Houve um grande período neste meio tempo ao qual muitos desco-nhecem, em que o Espírito Santo foi anexado à Bahia, tendo por-tanto a capital sediada em Salva-dor.

A proibição da mineração nas Mi-nas Gerais e a presença de tribos hostis no interior contribuíram pa-ra que o Espírito Santo se manti-vesse por muito tempo como uma capitania essencialmente litorâ-nea. Apenas na segunda metade do século XIX, essa situação mo-dificou-se graças à expansão da lavoura cafeeira. O café, pene-trando no extremo sul do estado, proveniente do Rio de Janeiro, garantiu o povoamento do interior. O plantio do café foi ainda a prin-cipal atividade dos imigrantes eu-ropeus, especialmente alemães e italianos, que introduziram o regi-me da pequena propriedade na região serrana. A ocupação do extremo norte ocorreu no início do século XX, graças às primeiras plantações de cacau, estabeleci-das por fazendeiros baianos. Mas foi apenas em 1963 que o Espírito Santo adquiriu sua atual configu-ração geográfica, com a solução da antiga disputa entre o estado e Minas Gerais, relativa à posse da região da Serra dos Aimorés. Pelo acordo, a região foi dividida entre os dois estados.

Atualmente, o Espírito Santo con-ta com trunfos valiosos na arran-cada para o desenvolvimento eco-nômico: uma privilegiada localiza-ção geográfica, riquíssimas reser-vas de minerais radioativos no li-toral, um dos maiores portos de minério do mundo e a segunda maior produção de petróleo do Brasil.

Século XX Ainda no final do século XIX, coin-cidindo com a fixação da constitui-ção estadual (1891 e 1892), o go-vernador eleito recorreu a refor-mas e incentivos econômicos que deram novo impulso ao estado. A fim de assegurar uma receita mais sólida, levantou emprésti-mos externos, que favoreceram a lavoura cafeeira e permitiram maio-res investimentos agrícolas. O Espíri-to Santo obteve assim uma arrecada-ção cinco vezes mais alta que a da antiga província.

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Espírito Santo (ES)

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 9

Efetuou-se o saneamento de Vitória e em 1895 foi inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Sul do Es-pírito Santo, entre Porto de Argolas e Jabaeté.

A ocupação do norte do Espírito San-to só começou nas primeiras décadas do século XX, e ganhou novo impulso depois da construção da ponte de Co-latina sobre o rio Doce, inaugurada em 1928. A economia capixaba con-tou com a migração de contingentes do sul e do centro do país para aque-la área, e assim firmou-se o cultivo do café, que respondeu por 95% da re-ceita em 1903.

Durante a primeira guerra mundial, o porto de Vitória figurava como o segundo grande exportador nacio-nal.

Com a Revolução de 1930 assumiu a direção do estado, na qualidade de interventor, João Punaro Bley, manti-do pelo Estado Novo até 1943, e sob cuja administração se iniciaram obras para ampliar o porto de Vitória e para construção de cais de minério, este arrendado em 1942 pela Companhia Vale do Rio Doce.

No governo de Jones dos Santos Ne-ves, em 1945, foi criada a Universida-de Federal do Espírito Santo (UFES), primeira iniciativa referente ao ensino superior no estado.

Para ampliar a exportação de minério de ferro oriundo de Minas Gerais, a Companhia Vale do Rio Doce cons-truiu o porto de Tubarão, em Vitória, com capacidade para estocar um mi-lhão de toneladas de minério, receber navios de até cem mil toneladas e carregá-los a um ritmo de seis mil to-neladas por hora.

As obras foram iniciadas em 1966 e terminadas em tempo recorde. Situa-do dez quilômetros ao norte da capi-tal, é um dos maiores portos de miné-rio do mundo. Com a transferência para Tubarão da maior parte da exportação de minério de ferro, o porto de Vitória ficou libe-rado para outras aplicações.

Com a instalação de Tubarão a região foi dotada de uma infraestrutura que propiciou o surgimento de um novo complexo industrial, do qual faz parte uma usina de pelotização de minério de ferro, com capacidade de produ-ção de dois milhões de toneladas a-nuais. Em 29 de novembro de 1983, dez anos depois de iniciadas as o-bras, foi inaugurada a Usina Siderúr-gica de Tubarão, que representou um investimento total de três bilhões de dólares.

A fase foi marcada por um intenso esforço de industrialização promovido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico do Espír ito Santo (Codesp), mais tarde transformada no Banco de Desenvolvimento do Espíri-to Santo (Bandes). Instalaram-se fá-bricas de café solúvel, massas ali-mentícias, chocolates, azulejos e con-servas de frutas, e aprovaram-se pro-jetos para a implantação de fábricas de laticínios, calçados, material elétri-co, óleos comestíveis e sucos cítricos.

Geografia

A Geografia do Espírito Santo ocupa uma área de 46.184,1 km² no litoral do Brasil, localiza-se a oeste do Meri-diano de Greenwich e a sul da Linha do Equador e com fuso horário de menos três horas em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da região Sudeste, fazendo divi-sa com os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. É banhado pelo oceano Atlântico.

Cerca de 40% do território do estado encontra-se em uma faixa de planí-cie,porém a variação das altitudes é bem grande.

O relevo apresenta-se dividido em duas regiões distintas: A Baixada Es-píritossantense e a Serra do Castelo, na qual fica o Pico da Bandeira com 2.892 m, na serra de Caparaó. Seu clima predominante é o tropical de Altitude do tipo Cwb.

O bioma (domínio morfoclimático) do estado são os chamados "Mares de Morros" caracterizados pela vegeta-ção tropical, em climas mais amenos, formados por serras fortemente erodi-das.

Cerca de 40% do território é compos-to por uma extensa planície litorânea (Planícies e Tabuleiros Costeiros), predominando no interior as serras (Serras e Planaltos de Leste-Sudeste). A serra do Castelo, junta-mente com a serra do Caparaó (Minas Gerais), forma o pico da Ban-deira, o terceiro ponto mais elevado do país (2.890 m de altitude).

Os principais rios capixabas são o Rio Doce, o São Mateus, o Itaúnas, o Ita-pemirim e o Jucu. Os cinco integram as Bacias Costeiras do Sudeste.

O clima é tropical litorâneo úmido, in-fluenciado pela massa de ar tropical atlântica. As chuvas concentram-se no verão. A temperatura média varia entre 22ºC e 24ºC, e a pluviosidade, entre 1.000 mm e 1.500 mm anuais.

A Mata Atlântica recobria originalmen-te a maior parte do Espírito Santo. Relevo Pico da Bandeira, ponto Culminante do estado, com 2.891,8 m de altitude e o 3° maior pico do Brasil.

O relevo do estado é constituído de duas unidades: a Baixada Espíritos-santense e a Serra do castelo (serra capixaba).

O Relevo do estado, é formado por rochas cristalinas, sobretudo gnaisses e granitos, à nordeste do Rio Doce o relevo é de origem sedimentar. Porém a noroeste do Rio Doce, o relevo tam-bém é formado por gnaisses e grani-tos.

De largura variável, a Baixada Espíri-tossantense acompanha toda a costa capixaba, da fronteira com a Bahia até o limite com o Rio de Janeiro. Es-treita ao sul, alarga-se consideravel-mente a partir de Aracruz, no sentido norte. Ocupa cerca de 40% do territó-rio estadual.

A segunda unidade do relevo são os planaltos, que ocupam 60% do territó-

rio do estado. Tem uma altitude média de 758 m. As zonas montanhosas são em geral, cortada por numerosos cursos d'água, que nascem na região devido os altos índices de precipitação pluviométrico (chuvas), esses rios, cavam profun-dos vales, criando um relevo único.

O Espírito Santo é coroado por maci-ços montanhosos, e entre os quais se destacam, os picos da Serra do Ca-paraó, nela estão localizados o pico da Bandeira (2.892m), ponto culmi-nante do estado e da Região Sudeste e o terceiro mais alto de todo o país localizado na divisa com Minas Ge-rais, e o Pico do Calçado (2.849 m), o maior exclusivamente em território capixaba.

Em Castelo está o Pico do Forno Grande, um imponente afloramento rochoso com 2.070m, ponto mais alto da Serra do castelo, existem vários afloramentos menores, mais não me-nos importantes, como a Pedra das Flores e a Pedra Azul, com respecti-vamente 1909 e 1822 m, em seu to-po, há um micro-clima super-úmido, por passar a maior parte do tempo encoberta pelas nuvens, lá existem cerca de 50 espécies de orquídeas e bromélias. A região possui muitos la-gos e cursos d'água e a região ainda tem uma forte neblina, que atinge a região principalmente no Outono e na Primavera. Pedra Azul. Ao norte do Rio Doce, as altitudes diminuem sensivelmente, porém apre-sentam-se algumas elevações rocho-sas, os pontões, impropriamente cha-mados de serras, entre as quais a do Serra do Pancas e a do Serra do Cu-nha, porém mesmo lá, existem alguns pontos acima dos 1500 m em Mante-nópolis, e municípios acima dos 600 metros, como é o caso de Marilândia, Pinheiros e Ecoporanga, e vários mu-nicípios com pontos acima dos 1000m, como Linhares e Colatina.

Na região da Serra do Caparaó, está localizado o maior desnível do Brasil, com variação de 2892 m em sua cota máxima, para 997 m na sua menor altitude.

As áreas de planalto do Espírito San-to, são denominadas de Serra Capi-xaba porém as serras que existem no estado são:

* Serra Litorânea do sul do Espí-rito Santo, não confundir com a Serra do Mar, que se inicia em Santa Cata-rina e Termina no estado do Rio de Janeiro, localizada apenas em Mimo-so do Sul, extremo sul do estado, com ponto mais elevado à 1908 m. * Serra do Caparaó, localizada no sudoeste do estado, apresenta um relevo bastante acidentado, com mui-tos picos e ondulações, apresenta as maiores altitudes do estado e até do Brasil, lá se localiza o Pico da Bandei-ra (2891,8m), ponto culminante do estado, abrange 7 municípios. * Serra do Aimorés, Localizada no Noroeste do estado, apresenta as menores cotas de altitude, não pas-sando dos 1.500m, abrange toda a

Microrregião da Barra de São Francis-co e o município de Ponto Belo. * Serra do Castelo, é a de maior extensão territorial do estado, ocu-pando praticamente toda a região central do Espírito Santo, abrange mais de 20 municípios, tem altitude regular, o ponto mais alto possuí 2.070 m de altitude. A Serra do Cas-telo termina nas proximidades do Rio Doce, porém alguns prolongamentos são notados em Pancas, Marilândia, Colatina, Linhares e Pinheiros. Clima O clima predominante do estado é o tropical de Altitude, presente em 60% do estado, com bruscas alterações climáticas, de verões quentes e inver-nos amenos. Porém, o clima tropical é presente em 40% do estado. Segun-do a classificação do clima de Köppen. O clima tropical apresenta duas variações, Am e Aw.

Por clima, as terras capixabas podem ser divididas em Terras quentes, e Terras Frias. Nas terras quentes, que se estendem em uma estreita faixa litorânea e se alargam consideravel-mente a partir de Linhares, sendo lu-gares muito planos, de clima tropical seco, com precipitação anual inferior a 1.100mm e de temperaturas médias anuais superiores à 22°C,

As Terras Quentes ocupam 24% do território do estado. Nas Terras Frias, áreas muito montanhosas com altitu-de superior à 600m o clima predomi-nante é o Tropical de Altitude, com precipitação pluviométrica anual de mais de 1.900mm e temperaturas mé-dias anuais inferiores à 18°C, as Ter-ras Frias ocupam 37% do território do estado. Há também uma considerável área de transição, ocupa cerca de 39% do território do estado, de relevo um pouco menos montanhoso, com altitude entre 200 e 600m e precipita-ção média anual perto dos 1.500mm.

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A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, so-mente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de au-las, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, além da transmis-são de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cida-dão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nes-sa multiplicação, no que tange a Cul-tura e Sustentabilidade, todos deve-mos nos unir, na busca de uma soci-edade mais justa, solidária e conhe-cedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e ima-gens serão creditadas a seus edito-res, desde que adjudiquem seus no-mes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 10

Na Baixada Espíritossantense predo-mina o clima tropical seco do tipo Am, típico do litoral norte do estado, com chuvas de verão e invernos secos.

A temperatura média anual é superior a 22°C. Caracteriza-se por tempera-turas elevadas durante todo o ano. O índice pluviométrico anual chega a 1.250mm na encosta da Serra e na Região Metropolitana de Vitória, com uma estação seca pouco pronuncia-da, a região tem um dos verões mais quentes do Brasil, com médias de 28°C, porém a região tem um inverno muito mais frio que as baixadas litorâ-neas dos estados vizinhos, de Rio de Janeiro, Bahia e até de São Paulo.

O clima tropical chuvoso do tipo Aw ocorre no resto da Baixada Espíritos-santense, com cerca de 1.000 mm anuais de chuva e estação seca bem definida.

A Baixada possui, durante o mês de março, um dos verões mais quentes de todo o Brasil, com temperaturas médias mensais que variam de 27°C até 30°C, sendo frequentes marca-ções próximas dos 40°C em municí-pios do interior do estado, como Ca-choeiro do Itapemirim e Colatina, no-ta-se temperaturas bem mais eleva-das no sul do estado.

Porém, mesmo nesses municípios, no inverno, as temperaturas podem chegar a até 10°C, mesmo em altitu-de 0, graças às massas de ar polar, que atingem o estado somente no inverno. Durante o inverno, são fre-quentes a ocorrência de massas de ar polar úmido no estado, isso faz as temperaturas caírem a até 0°C na Serra do Castelo e até 10°C na Bai-xada, porém quanto mais próximo do mar, maior é a temperatura, e menor sua influencia. Massas de ar polar muito fortes, causam as mínimas ex-tremas do estado.

Na Serra do Castelo (serra capixaba), o clima é tropical de altitude, típico da região serrana do sul do estado. As temperaturas caem progressivamente à medida que aumentam as altitudes, caracterizando-se por temperaturas mais baixas no inverno, porém nota-se bruscas variações climáticas e 4 estações bem definidas, além de um índice pluviométrico imensamente maior, com cerca de 2.300 mm de precipitação anual, e temperaturas médias anuais que variam de 20°C a 12°C, dependendo da altitude.

Entre o Outono e a Primavera, uma forte neblina, atinge principalmente o leste da Serra do Castelo, isso pode gerar acidentes de transito, porém faz que mesmo os dias mais secos do inverno, registrem certa precipitação e uma fina garoa. Geada no Pico da Bandeira. A medida que se avança para o Oes-te, o clima é mais seco, porém, com grande amplitude térmica, o que faz com que mesmo em dias onde as temperaturas mínimas cheguem pró-ximas a 0°C, sejam registradas máxi-mas de 20°C. Nos Picos da Serra do Caparaó, são

registradas as menores temperaturas do estado, e algumas das menores temperaturas da Região Sudeste. Graças a grande altitude da região, são comuns marcações na casa de -4°C negativos, e geadas ocorrem dia-riamente no Inverno. A temperatura na região pode variar de 25°C até -10°C negativos. Aos pés do Pico do Cristal existe um lago, onde se regis-tra pelo menos um dia por ano com cobertura de gelo no local.

Os maiores índices pluviométricos do estado são os de Alfredo Chaves (Apelidada de "Alfredo Choves") com 3.100mm, seguido por Vargem Alta com 2.800mm anuais, caracterizados pela fina garoa que cai sem parar.

A cada ano, nota-se que o estado vem ficando cada dia mais seco, o litoral, possui os menores índices de precipitação do estado, caracterizado por muitos dias de sol e por poucos de chuvas, porém, quando chove, são chuvas torrenciais de cerca de 80 a 150mm em um único dia. Vegetação Inicialmente, a vegetação do estado era Vegetação Litorânea (Restinga e Manguezais) no litoral, com árvores que não ultrapassam os 5m; Floresta Tropical de médio porte na Baixada Espíritossantense,

Nas áreas de planalto, existem vários tipos de vegetação, conforme a regi-ão e a altitude, os principais são: Ma-ta Atlântica, Floresta Tropical ombró-fila antimontana, Mata de Araucária, misturada a vegetação nativa em pontos mais elevados, manchas de campos por toda a serra e também a presença dos Campos de Altitude, nos picos da Serra do Caparaó e da Serra do Castelo.

Atualmente a vegetação predomi-nante do estado é artificial, são as "plantações" de pinheiros de euca-lipto, de origem australiana, planta-dos principalmente pela sua utilidade para fabricação de móveis e de celu-lose, usada para fazer papel, para se fazer celulose, sobretudo na região da Serra do Castelo, se utilizam Pi-nheiros de origem Canadense, que são melhores que os eucaliptos, por-que não corroem o solo, porém eles só se adaptam a regiões mais frias, como a Serra do Castelo.

No passado, a floresta tropical (ampla mata repleta de árvores de grandes folhas) cobria todo o território capixa-ba. Hoje, a ação do homem substituiu-a quase completamente por campos de cultivos, pastagens artificiais. Aí, a busca de solos virgens por parte dos agricultores e a extração de lenha e de madeira de lei determinaram a proliferação dessas formações vege-tais.

No norte, onde ainda se desenvolve o processo de ocupação, podem ser encontradas algumas reservas flores-tais. Na serra do Caparaó, onde ou-trora revestido pela Mata Atlântica que está totalmente devastada pela ação do extrativismo vegetal, observa-se a presença de uma vegetação campestre, pouco desenvolvida, típi-

ca das zonas de altitude mais eleva-da (acima dos 1.000m), no interior do estado, no norte do estado, e cada vez mais ao sul a floresta tropical foi tomada pelos Pinheiros de Eucalipto, através da empresa Aracruz Celulo-se. Típica vegetação das terras bai-xas do estado. Atualmente a vegetação do estado é muito variável, a vegetação predomi-nante no centro-norte do estado são os artificiais pinheiros de eucalipto, nas regiões mais altas, a floresta tro-pical ainda se encontra preservada, na região da Serra do Castelo e da Serra do Caparaó, há bastante varia-ção entre a Mata Atlântica ainda pre-servada, os Eucaliptos e os Pinhei-ros, já na região litorânea, a pouca vegetação que resta, é parte dos Manguezais e da Restinga. Correntes marítimas O estado sofre influência tanto da Fria Corrente das Malvinas quanto da quente Corrente do Brasil. A Corrente do Brasil, que é quente, exerce influ-ência sobre toda o litoral norte de vi-tória (a partir da capital Vitória), po-rém mesmo assim não consegue dei-xar o clima desses locais mais úmido.

Mesmo terminando em meados do estado de São Paulo, a corrente fria das Malvinas atinge o estado por meio de uma faixa de ressurgência (reaparecimento), que vai de Presi-dente Kennedy até próximo de Vitó-ria, o que deixa todo o estado, com clima muito mais seco, (atingindo cer-ca de 700mm de precipitação em E-coporanga) e com invernos muito mais frios. No verão, a Corrente do Brasil ganha força e a ressurgência da Corrente das Malvinas desapare-ce, deixando o estado com verões muito quentes, o que gera bruscas alterações climáticas. Rio Santa Maria. O principal rio do Espírito Santo é o Doce, com 977 km de comprimento. Nasce em Minas Gerais e deságua no oceano Atlântico, no litoral do mu-nicípio de Linhares, depois de atra-vessar o estado de oeste para leste. Outros rios importantes são o Itaba-poana, que separa o Espírito Santo do Rio de Janeiro, o Itapemirim, o Itaúnas, o Jucu, o Santa Maria da Vitória, que desemboca na baía de Vitória, e o São Mateus, no norte do estado.

O município do estado com mais la-goas é Linhares, com 69 lagoas e lagos em sua extensão, não há uma lista ou contagem das lagoas do esta-do, pois existem muitas artificiais e muitos alagadiços e lagos temporá-rios. Existe apenas uma estimativa de que existam aproximadamente 400 lagoas, lagos, e alagadiços em todo o estado.

As principais lagoas do Espírito Santo são a Juparanã (a maior do estado), Juparanã-Mirim, Suçuraca, Monsa-rás, do Cupido, do Durão e da Águia (todas no Município de Linhares), o

município de Linhares possui a maior área do estado, e é um dos mais ex-tensos do Brasil.

O litoral capixaba é rochoso ao sul, com falésias de arenito, e também na parte central, com grandes morros e afloramentos graníticos a beira mar, o litoral sul-central é muito recortado com muitas enseadas e baias prote-gidas por rochas e afloramentos ro-chosos a beira mar, é arenoso ao norte, com praias cobertas por uma vegetação rasteira e extensas dunas, principalmente em Itaúnas e Concei-ção da Barra. A 1.140 quilômetros da costa, em pleno Oceano Atlântico, encontram-se a Ilha da Trindade (12,5 km²) e as Ilha de Martim Vaz, situadas a 30 quilômetros de Trinda-de. Essas ilhas estão sob a adminis-tração do Espírito Santo.

O estado possui um litoral mais recor-tado no centro-sul, e mais mar aberto no norte, o que faz a maior parte das ilhas se concentrarem na parte cen-tral do estado, porém o estado possui várias ilhas. Ao todo, são 73 ilhas localizadas na costa do estado, sendo 50 localiza-das na capital Vitória.

Fontes: Wikipédia e Biblioteca Edição: Filipe de Sousa

O Programa

Cidade Educadora

foi criado com o

objetivo de despertar nas

pessoas a e nas

autoridades

a consciência de uma

cidadania

Ampla e ativa.

Conheça mais:

www.formiguinhasdovale.org cidadeseducadoras.pdf

Espírito Santo (ES) continuação

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 11

Atenção à saúde da mulher

O câncer

de mama é uma pa-t o l o g i a m a l i g n a que atinge uma em

cada nove mulheres durante a vida e, cerca de um terço dessas,sucumbe à doença. Em todo país 51 mulheres entre cem mil apresentam a doença, destas 95% tem cura se diagnostica-dos precocemente.

O câncer mamário é uma doença complexa, pois varia de formas de evolução que vão desde a mais lenta, às formas rapidamente progressi-vas,dependendo do tempo de dupli-cação celular,por isso é importante um diagnóstico precoce na tentativa de se evitar uma disseminação das células malignas melhorando assim suas chances atenuativas ou de cura.

A incidência de câncer de mama é muito baixa até aos 28 anos de ida-de, aumentando gradualmente e che-gando a um pico de idade de quaren-ta e cinco anos, aumentando dramati-camente depois dos 50 anos.São di-agnosticados 50% dos cânceres de mama em mulheres com mais de 65

anos indicando-se com isso, a neces-sidade continua de uma revisão anu-al ao longo da vida da mulher.

O câncer de mama é frequentemen-te encontrado nos seguintes grupos: mulheres com idade avançada, nulí-paras (que nunca engravidaram). Mu-lheres com menopausa tardia; mulhe-res com história prévia de câncer de mamário , ovariano ou endometrial; mulheres com doença fibrocistica; mulheres com histórico de câncer mamário na família; mulheres que tem o seu primeiro filho depois dos 30 anos de idade e mulheres que uti-lizam contraceptivos com alto teor de progesterona.

O estadiamento é a avaliação da ex-tensão anatômica da doença e dos órgão acometidos.O estádio da doen-ça na ocasião do diagnóstico pode refletir a taxa de crescimento e exten-são da neoplasia,como também o tipo de tumor e a relação tumor-hospedeiro.

A classificação atualmente utilizada é a classificação TNM, onde o “T” é a disseminação do tumor primário, “N” a presença ou ausência de me-tástase para os linfinodos regionais e “M” a presença ou ausência de me-tástase à distância. Duas classifica-ções são descritas para cada local

anatômico e estas têm como objetivo auxiliar o planejamento terapêuti-co.oferecer subsídios para o prog-nóstico,permitir avaliação dos resulta-dos do tratamento,proporcionar inter-câmbio de informações entre diferen-tes centros,e fornecer elementos pa-ra a continuidade das pesquisas clini-cas ligadas ao câncer mamário.Esta doença é considerada heterogênea,o que significa que é uma doença dife-rente em mulheres diferentes,uma doença diferente em faixas etárias diferentes e que tem populações de risco diferentes para o mesmo tu-mor,apesar disto,é frequentemente descoberta precocemente graças ao auto-exame da mama e a realização periódica de mamografia.

O auto-exame das mamas deve ser praticado mensalmente a partir de dezoito anos de idade no sétimo dia após o início da última menstruação e, se não tiver mais menstruação de-ve ser feito na mesma data todos os meses.

Primeiramente deve ser feita a obser-vação das mamas diante do espelho, elevando e abaixando os bra-ços,observando se há alguma anor-malidade na pele,alterações do forma

to,assimetrias,abaulamentos,retrações ou sangue nos mamilos. Após a

observação, deve-se continuar o auto exame fazendo a palpação em vários direções do quadrante súpero lateral ou súpero externo,do quadrante sú-pero medial ou súpero interno,do quadrante ínfero medial ou ínfero in-terno e do quadrante ínfero lateral ou ínfero externo;deve-se também fazer a expressão do mamilo e palpação da axila.

O incentivo às mulheres a realização do auto exame das mamas mensal-mente e , às consultas médicas peri-ódicas que não são substituídas pelo tal auto exame deve envolver campa-nhas pelos inúmeros meios de comu-nicação,rádio,TV,internet,assim como também a realização de campanhas nas UBS;com intuito de alertar as mulheres,principalmente a partir doas 40 anos de idade para que possam estar sempre atentas com sua pró-pria saúde podendo evitar a instala-ção de um dano maior que é o cân-cer de mama;haja vista que quando instalado e dependendo do estadia-mento; as cirurgias são extremamen-te invasivas, mutilando a mulher que em sua grande maioria passa por sérios problemas psicológicos.

Por: Flávia Rodrigues

Fontes e referências: Em arquivo

Saúde da mulher

Liane Rochek, que usa o pseudônimo de “Anna Mel” é

poetisa, professora aposentada do Magistério Público; é

colaboradora do projeto Formiguinhas do Vale e reside no

Vale do Paraíba, Estado de São Paulo - Brasil.

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 12

Educação no Brasil EDUCAÇAO NO BRASIL

AINDA É PIADA

Todo mundo fala que educação é o maior problema brasileiro

Ninguém, no governo ou fora dele, a-presenta um projeto educacional com-patível com as necessidades nacio-nais. Ninguém percebe que não haverá o futuro tão prometido de uma nação realmente desenvolvida sem um nível de educação compatível com o de qualquer nação que já atingiu o pleno desenvolvimento.

Repito isso pela décima vez quando leio que a China tem dez mil pianistas de primeira grandeza, entre mais de cem mil estudantes que se preparam em conservatórios, só na cadeira de piano.

Repito isso quando tenho noticia de que as melhores qualificações para ingresso nas universidades norte ame-ricanas, que são muito exigentes, são de estudantes chineses.

Repito isso quando leio que entre as dezoito maiores fortunas de empresá-rias mulheres se encontram nove em-presárias chinesas, e isso, num país muito recentemente ingressado na economia capitalista.

Sabemos que no Japão, na China, na Coréia do Sul e em Cingapura, quando se fala em educação se fala em priori-dade absoluta, orçamentos superiores

ao de qualquer outro setor da adminis-tração pública, professores escolhidos e preparados a dedo. Metas decenais cumpridas com absoluto rigor.

Aqui, o que se pretende atingir em 2021, segundo meta anunciada por órgão federal, é o nível de qualidade das escolas públicas, atingido pelas escolas privadas em 2005.

Esses níveis das escolas privadas já eram considerados medíocres, nesse ano,

Ao pararmos para avaliar o sistema educacional brasileiro, temos uma sú-bita surpresa. Surpresa porque a reali-dade não é tão boa. O senso de res-ponsabilidade anda mascarado, vai vivendo numa nevoa desorientada pa-ra atingir valores corretos. Outro dia presenciei uma conversa entre duas educadoras primárias que me fez tremer. Eis um trecho de sua conversa: “Tenho alguns alunos de terceira série que não sabem identifi-car todo o alfabeto. Portanto, não sa-bem ler ainda.” Enquanto a outra res-pondeu: “Isso pode ser verificado em quase todas as escolas depois deste plano de não reprovar alunos.” Conti-nuaram a conversar sobre o assunto por mais algum tempo até que se de-sinteressaram. A minha preocupação naquele mo-mento não foi somente no efeito cau-sado, mas no fator causador deste ma-

rasmo educacional. Será que mostrar um relatório ao mundo de que no Bra-sil não tem muitos analfabetos cobre o estrago que se permeia à educação infantil? Isto invariavelmente nos remete rapi-damente aos nossos governantes e outras pessoas envolvidas no proces-so educacional do país. Entretanto, esquecemos que neste processo cada um de nos temos responsabilidades. A “vigília moral” esta adormecida. O dever de ser consciente no processo de educar muitas vezes não ultrapassa a porta de nossa casa. Estamos em tempos que a busca pelo “poder” alu-dido por Adler esta entranhado em nós e por isso não percebemos um sentido maior para nossas aspirações. Então, não se pode culpar somente a sala de aulas e seus professores mui-tas vezes maus preparados para lecio-nar, mas voltar à célula “matre”, onde os primórdios da educação se mani-festam. Este é o ponto em que se acu-mulam a falta de responsabilidade e o ciclo se torna vicioso. Pais que não tiveram uma formação boa e tendem a confinar seus filhos a uma má educa-ção, exceto casos separados e únicos. Quando homens responsáveis se le-vantarem, homens que deixar o orgu-lho e infantilismo para trás, homens que pensam no bem estar social como um todo, a educação tenderá a mudar.

A educação permite que o senso de responsabilidade seja explicitado. O senso de responsabilidade é base in-dispensável para uma verdadeira vida moral. Este princípio trás a maturida-de. A maturidade nos arremete a olhar pa-ra um ser superior. Este ser superior nos impele a ser nosso próprio juiz em detrimentos aos nossos próximos. Quando este respei-to se revela em nos, passamos a agir de tal forma que a própria sociedade percebe, ou seja, não me basta ser ou ter alguma coisa, se eu não posso u-sufruir e compartilhar com meu seme-lhante! Não basta eu morar numa bela casa, se tem vândalos por todos os lados que não aprenderam o habito positivo para alcançar um sentido mai-or da vida! A educação anda em “maus lençóis”. Consequentemente, o país também. Estamos abaixo do “zero” da escala educacional. Não basta parecer, não basta só querer. Nos temos que agir em detrimentos a uma mudança. Mesmo que ela seja local, comece pe-quena.

Não podemos pensar que é uma res-ponsabilidade somente do estado, mas sim uma responsabilidade coleti-va. Tornar hábito o combate aos frívo-los, proclamar a justiça e os valores.

Formatação:Filipe de Sousa Da redação

Rir para não chorar...

SABE A RAZÃO DOS NOMES DOS ANJOS?

Gabriel, Rafael, Miguel

e outros anjos... Todos terminam com 'el'. Com base nos escritos de

estudiosos sérios, teólogos e rabinos, alguns desses nomes

foram decifrados:

NOVOS ANJOS: Aluguel - anjo mau. Não deixa a pessoa conseguir sua casa própria; Embratel - anjo protetor do monopólio das comunicações; Chanel - anjo protetor dos costureiros, esti-listas e outros boiólas ; Papai Noel - anjo protetor do comércio. Só aparece no fim do ano para acabar com seu 13º; Tonel - anjo protetor dos alcoólatras anôni-mos e bêbados em geral; Pastel - anjo protetor das colônias japone-sas e chinesas; Gel - anjo que protege as pessoas com cabe-los rebeldes; Manoel - anjo protetor das piadas precon-ceituosas; Papel - anjo protetor daqueles com intesti-nos soltos; Anatel - anjo que, como qualquer outro órgão do governo, não serve para coisa nenhuma.

PODE ESCOLHER O SEU ANJO PROTETOR Só para descontrair. Ta?

JUNTOS

Gazeta Valeparaibana &

CULTURAonline A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OS-CIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica maté-rias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradi-ções, história, meio ambiente e sustentabili-dade, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias seleciona-das de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplica-dor do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sus-tentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidá-ria e conhecedora de suas responsabilida-des sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens se-rão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publi-cadas. Caso não queira fazer parte da cor-rente, favor entrar em contato.

[email protected]

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 13

Nome popular: Jararacuçu Classe: Reptilia Ordem: Squamata Família: Viperidae Subfamília: Crotalinae Nome científico: Bothrops jararacussu Nome inglês: Jararacussu Distribuição: América do Sul Habitat: Mata Atlântica Hábito: Noturno Particularidades: É uma das maiores cobras do gênero Bothrops. As fêmeas são maiores que os machos. Também são diferentes na colora-ção, ele cinza, e ela amarelada. São muito temidas pela quantidade de veneno que podem injetar. Localizar uma Jararacuçu no meio da floresta não é fácil. Como passa o dia enrodilhada se aquecendo, se mistura mui-to bem com o ambiente e mesmo para olhos treinados, quase que sem-pre, passa despercebida. É muito brava e perigosa. Hábitos alimentares: Quando adulta alimenta-se de pequenos roedores, e quando jovem alimenta-se de pequenos lagartos e anfíbios. Reprodução: Vivípara, nascendo entre 16 e 20 filhotes no início da esta-ção chuvosa. Como socorrer? • Orientar repouso absoluto, com a parte afetada em posição mais bai-xa que o corpo, para que o veneno não se espalhe. • Lavar o local com água e sabão. • Afrouxar as roupas e remover anéis e adereços que possam interrom-per a circulação. • Caso a cobra tenha sido morta, levá-la ao centro médico, facilitando assim o atendimento. • Jamais aplicar torniquetes, gelo e incisões sobre a ferida ou até mes-mo técnicas para sugar o veneno. • Tranqüilizar a vítima. transportá-la para o centro médico mais próximo com extrema urgência, pois somente o tratamento com soroterapia pode aumentar a possibilida-de de sobrevivência da vítima.

Cuidado!!! • Os torniquetes ou garrotes impedem a circulação e facilitam a necro-se ou gangrena do local picado! • Os cortes, incisões ou perfurações com canivetes e objetos facilitam as he-morragias e a infecção! Simpatias, como colocar folhas nas feridas, pó de café, fezes ou terra, produ-zem infecção

Saúde da Família

Será que é para rir?... A supervisora sabendo da situa-ção em que se encontrava uma escola na zona rural, resolveu ir para inspecionar a qualidade de aprendizagem dos alunos. Che-gando na sala, pediu permissão à professora e fez algumas pergun-tas aos alunos: Você, qual o seu nome? - Nerso! - Nelson, por favor diga-me um verbo?

- Azur! -Não é azur é azul! e azul não é verbo é adjetivo! No entan-to não acreditando passou a per-

gunta para o próximo: Você, me fale um verbo? - Bicicreta! - Não isto não é verbo, e também não é bicicreta, sim bicicleta! é Substantivo! - Você aí no fundo! Um verbo por favor! - ospedar! - Muito bem! Qual o seu nome? - João! - Até que enfim João você sabe! Pelo menos um! - Faça-me um frase com este ver-bo: Hospedar! - Sim fessora! "OS PEDAR DA BICICRETA SÃO AZUR!"

Da redação

Atualmente, chegar à terceira ida-de está longe de ser sinônimo de não ter expectativas e não proje-tar novos planos e ideais de vida. Com essa concepção e diante a tantas ocupações que a vida mo-derna exige, os cuidados com a beleza e a boa aparência não di-minuem nesta faixa etária; na re-alidade, se intensificam. A mulher na terceira idade, por exemplo, está mais consciente de sua importância social e usufrui dessa autonomia para preservar uma boa imagem. De fato, o importante é saber compreender a passagem do tempo e reconhecer que já não é possível res-gatar a aparência dos 20 anos de idade. Sem radicalismos, hoje, há técni-cas importantes para melhorar o visual, possibilitando um ar mais jovial, po-rém sem “apagar” a história da própria vida. Os maiores desconfortos estéticos nesta faixa etária estão relacionados ao rosto – rugas e flacidez – ao envelhecimento das mãos e ao contorno corpo-ral. Como medidas preventivas para esses “vilões” mencionados, cuidar da limpeza e hidratação da pele, evitar perda ou ganho excessivo de peso, não se expor demasiadamente ao sol – fazendo do filtro solar sempre o seu me-lhor amigo – e não fumar são medidas fundamentais. Quando não é mais possível apenas prevenir, a cirurgia plástica apresenta algumas possibilidades de rejuvenescimento. A ritidoplastia, por exemplo, é indicada para resgatar o formato da face quando mais jovem, melhorando o aspecto da flacidez, rugas e sulcos proeminentes. Esse procedimento cirúr-gico retarda visualmente o processo de envelhecimento da face, contudo não interrompe o processo evolutivo do organismo. Exatamente por esse fator é que, em alguns casos, há necessidade de outros procedimentos a-pós determinado tempo. Associada à ritidoplastia, a operação das pálpebras também é indicada. A blefaroplastia, como é chamada, é direcionada a corrigir os excessos de pe-le, as bolsas (gordura que deixa os olhos inchados) e a flacidez muscular do território palpebral. A falta do contorno na silhueta, a diminuição na região glútea e o aumento dos culotes também são problemas que afetam a maior parte da população feminina acima dos 60 anos. Diante disso, a lipoaspiração é uma opção con-siderável para atenuar ou resolver o acúmulo de gordura, remodelando o corpo e obtendo uma silhueta mais harmônica. Já para o rejuvenescimento das mãos, existem tratamentos estéticos que podem proporcionar resultados satisfatórios, tais como luz intensa pulsada, laser fracionado, peelings químicos e, até mesmo, preenchimentos. O trata-mento mais adequado e a combinação de determinadas técnicas devem ser avaliadas pelo especialista. Os riscos de uma intervenção cirúrgica após os 70 anos de idade já não são grandes como em gerações passadas. Hoje, com a ajuda da medicina anti-envelhecimento e a modernidade dos exames laboratoriais, muitas substân-cias que diminuem ou desaparecem do organismo com o passar do tempo podem ser repostas. Os níveis hormonais estabilizados são outros pontos importantes na luta pa-ra retardar o envelhecimento. Diante de todas essas possibilidades, os paci-entes da terceira idade podem submeter-se a cirurgias com muito mais se-gurança do que há algumas décadas. Mesmo assim, antes da realização de qualquer procedimento, o paciente deve ser cuidadosamente examinado e informado sobre os riscos. Em pacientes que apresentam doenças metabólicas ou cardíacas, procedi-mentos menos agressivos são indicados. Além disso, é necessário consultar os médicos que já acompanham a saúde de determinado paciente, a fim de discutir com os mesmos os procedimentos cirúrgicos a ser realizados. A for-mação dessa “junta médica” precisa ser caracterizada como um grande be-nefício, onde todos possuem um único objetivo: o melhor para o paciente. Importante também lembrar que a orientação médica é fundamental e tem como meta esclarecer ao paciente sobre as possibilidades da medicina e sobre as limitações físicas que cada um possui. Em conjunto com os tratamentos de beleza, os pacientes na terceira idade buscam estar em sintonia com a saúde, cultivando hábitos mais saudáveis, como uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos. Saúde e beleza sempre estão interligadas, mas este laço se torna mais forte na terceira idade, quando o bem-estar com a própria aparência pode ser um impulso para cuidar melhor da saúde e ter mais energia para viver.

Da redação

Saúde e beleza do idoso

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EDUCAR * Uma Janela para o mundo - SaciArte - Arte&Sobra - Reciclagem - Teatro - Viveiro Escola Planta Brasil

O Projeto Social “Formiguinhas do Vale” mantém na rádio web através de seu veículo de comunicação CULTURAonline, dois programas de divulgação de seus projetos, a saber:

EDUCAR - Uma janela para o mundo: Neste programa são abordadas as questões sociais mais importantes, tais como Edu-cação, Sustentabilidade Social, Meio Ambiente, Culturas e as tradições populares como fator de preservação de costumes e história.

No ar todos os Sábados das 18;00 ás 20;00 horas > acesse: www.gazetavaleparaibana.com

RAÍZES & MATRIZES: Este programa é dedicado á Comunidade Lusófona Internacional e nele abordamos a Cultura, Turis-mo e História de cada país, além de servir como um prestador de serviços e de apoio a todo o cidadão das Comunidades Lu-sófonas em dificuldades, quer seja de Documentação ou outra dificuldade pontual.

Vai ao ar todas as Sextas-Feiras das 18;00 ás 20;00 horas. Acesse: www.gazetavaleparaibana.com

Lei 9790/99 "Se uma sociedade livre não po-de ajudar os muitos que são po-bres, acabará não podendo sal-var os poucos que são ricos". - John Kennedy, ex-presidente dos Es-tados Unidos. Uma nova ordem social está surgindo no mundo. A falência do Estado, com a idéia errônea de que o poder públi-co poderia sozinho regular e provê os serviços para a população, está dan-do lugar a um outro setor, numa gi-gantesca reforma nas relações entre o Estado, as empresas e a sociedade civil. Esta nova ordem tem as seguintes características : predomínio da ação comunitária sobre a ação estatal; substituição do predomínio do Estado pela hegemonia do interesse social e o surgimento de novas instituições sociais. Ao invés do Estado máximo, que tudo pode, aparece a força da comunidade que, de forma atuante e firme, incita e mobiliza a sociedade. Nesta nova situação, surgem as enti-dades de direitos civis, organizações não governamentais, agências de desenvolvimento, órgãos autônomos da administração pública descentrali-zada, fundações, instituições sociais das empresas, públicas ou privadas e as entidades filantrópicas, compondo um conjunto de agentes denominado de Terceiro Setor. Esta definição surgiu na primeira me-tade do século passado, nos Estados Unidos. Este é uma mistura de dois setores clássicos : o primeiro setor, representado pelo Estado, e o segun-do setor, representado pelas empre-sas privadas. Em discurso na abertu-ra da 50a Conferência Anual do De-partamento de Informação Pública, da Organização das Nações Unidas - ONU, doutora Ruth Cardoso apontou a principal razão para o rápido cresci-mento do terceiro setor. Para ela, resulta do fato de que o Go-verno, como ente público, não de-monstrou ter condições de promover isoladamente o desenvolvimento da sociedade, decorrendo o fantástico crescimento de organizações não go-vernamentais, sem fins lucrativos. Estima-se que existam hoje no Brasil 250 mil organizações do terceiro se-tor. Este setor já representa 2 % do Produto Interno Bruto - PIB nacional, gerando receita de R$ 20 bilhões e 1,5 milhões de oportunidades de tra-balho. O Estado brasileiro, como ente públi-co estabelecendo uma relação formal de atividades governamentais com as

organizações não-governamentais apareceu somente no ano de 1938, quando o Governo Federal criou o Conselho Nacional do Serviço Social - CNSS. Em 1988, com a promulgação da atu-al constituição, em seu artigo 203, a assistência social recebeu atenção especial, tornando-se política pública, que deve ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de sua contribuição à seguridade social. É regida com orçamento próprio, ten-do as diretrizes de descentralização e ativa participação dos Estados, muni-cípios e sociedade. Com este suporte constitucional nas-ceu em 07 de dezembro de 1993 a Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, que instituiu o Conselho Na-cional de Assistência Social - CNAS, de deliberação colegiada composta de representantes do governo, em todos os níveis, e representantes da sociedade civil. A este Conselho, vin-culado ao Ministério da Previdência, estão registradas 15 mil entidades. Entre as iniciativas voltadas para este objetivo, destaca-se a proposição e aprovação da Lei número 9.790, de 23 de março de 1999. Procurando contribuir para que se conheça os fundamentos que provocaram a exis-tência desta importante Lei, que qua-lifica as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público/OSCIP, transcreve-se, a seguir, um importan-te documento intitulado "O que está por trás da Nova Lei do Terceiro Se-tor", de autoria do doutor Augusto de Franco, que é Conselheiro e Membro Executivo da Comunidade Solidária.. "A Lei 9.790/99 - mais conhecida co-mo a "nova lei do Terceiro Setor"- re-presenta apenas um passo, um pri-meiro e pequeno passo, na direção da reforma do marco legal que regula as relações entre Estado e Sociedade Civil no Brasil. O sentido estratégico maior dessa reforma é o empoderamento das po-pulações, para aumentar a sua possi-bilidade e a sua capacidade de influir nas decisões públicas e de aduzir e alavancar novos recursos ao proces-so de desenvolvimento do país. A Lei 9.790/99 visa, no geral, estimu-lar o crescimento do Terceiro Setor. Estimular o crescimento do Terceiro Setor significa fortalecer a Sociedade Civil. Fortalecer a Sociedade Civil sig-nifica investir no chamado Capital So-cial. Para tanto, faz-se necessário constru-ir um novo arcabouço legal, que (a) reconheça o caráter público de um

conjunto, imenso e ainda informal, de organizações da Sociedade Civil; e, ao mesmo tempo (b) facilite a colabo-ração entre essas organizações e o Estado. Trata-se de construir um novo marco institucional que possibilite a progres-siva mudança no desenho das políti-cas públicas governamentais, de sor-te a transformá-las em políticas públi-cas de parceria entre Estado e Socie-dade Civil em todos os níveis, com a incorporação das organizações de cidadãos na sua elaboração, na sua execução, no seu monitoramento, na sua avaliação e na sua fiscalização. Evidentemente ainda estamos longe de alcançar tal objetivo. Por enquan-to, temos, apenas, algumas experiên-cias inovadoras nesse sentido e uma lei que ainda "não pegou", como se costuma dizer no Brasil. Mas não é difícil entender as razões pelas quais ainda estamos engatinhando nesse terreno. A primeira razão diz respeito à cultura estatista que predomina no chamado aparelho de Estado.

A Lei 9.790 reconhece como tendo caráter público organizações não es-tatais. Isso é um escândalo para boa parte dos dirigentes e funcionários governamentais, que ainda pensam que o Estado não só detém por direi-to, como deve continuar mantendo de fato em suas mãos, eternamente, o monopólio do público. Nos extremos desse campo de concepção, uma parte, felizmente pequena, dos diri-gentes governamentais atuais, enca-ra tudo isso como uma forma de bur-lar o fisco. Para tais dirigentes, essa conversa de Terceiro Setor, de Socie-dade Civil, não passa de maquiagem para empresas que não querem pa-gar impostos. Na contramão das mudanças que ocorrem no plano mundial neste início de século e de milênio - dentre as quais, talvez, a mais significativa, seja a emersão de uma esfera pública não-estatal - esses dirigentes partem da premissa de que todo mundo é culpa-do até prova em contrário. Sendo assim, esmeram-se em dificul-tar ao máximo a vida das organiza-ções da Sociedade Civil, quer criando obstáculos burocráticos de toda or-dem ao seu reconhecimento institu-cional, quer negando-lhes o acesso a recursos públicos - dificultando a ce-lebração e a execução de convênios e abolindo ou reduzindo incentivos, dos quais, é bom dizer, sempre foram e continuam sendo beneficiárias as empresas mais do que as entidades sem fins lucrativos.

A maior parte, porém, dos que resis-tem às mudanças neste campo, não

o faz por estar impregnada desse ar-dor fiscal retrógrado, e sim, sincera-mente, por ideologia mesmo, por vi-são ultrapassada da realidade, por não conseguir perceber que o dese-nho da sociedade contemporânea mudou, que não existem mais, ape-nas, Estado e Mercado no universo. Compartilham esses, lamentavelmen-te, daquela visão de Margaret That-cher, que não acreditava que pudes-se existir qualquer coisa como socie-dade. É curioso como o estatismo desse novo pensamento de direita aproxima seus representantes da ve-lha esquerda.

Com efeito, nos países do chamado socialismo real, também não se acre-ditava em Sociedade Civil, e tanto é assim que hoje se identifica, como uma das razões da derrocada dos seus modelos políticos e econômicos, o imenso déficit de Capital Social que apresentavam. Por outro lado, exis-tem resistências à mudança do pa-drão de relação Estado-Sociedade, de parte da própria Sociedade Civil. Lutando para sobreviver de qualquer modo, algumas organizações da So-ciedade Civil, que já são reconheci-das pelo velho marco legal, temem, não sem certa razão, perder os pou-cos benefícios a que fazem jus. Seu raciocínio é pragmático e sua visão instrumental.

Olham com desconfiança para qual-quer mudança que não redunde, ime-diata e concretamente, em aumento de vantagens para suas entidades. Querem aumentar suas facilidades de acesso aos recursos públicos, o que é correto, mas querem-no pela ma-neira mais fácil, aquela à que estão acostumadas, seguindo ainda a velha tradição estatista das transferências indiretas, das renúncias fiscais, das imunidades e das isenções tributárias - não importa se esse modelo já se revele insustentável.

Para concluir quero dizer que, pesso-almente, não tenho a menor dúvida de que a Lei 9.790 vai "pegar"e que o novo sistema classificatório vai, pro-gressivamente, se consolidar no Bra-sil. É questão de tempo. Os ventos sopram a favor. Existem razões obje-tivas, muito fortes, que impulsionam a mudança do marco legal do Terceiro Setor na direção delineada pela nova lei.

No plano global, a emersão da socie-dade-rede, a expansão de uma nova esfera pública não-estatal, a mudan-ça do padrão de relação Estado-Sociedade, a crise do Estado-Nação e a falência do estatismo como ideo-logia capaz de servir de referencial para a ação dos atores políticos no século XXI.

Da redação

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Abril 2011 Gazeta Valeparaibana Página 15

Nossas crianças - drogas

Os adolescentes de hoje estão mais sujeitos ao contato com

as drogas.

Ambiente, companhias erradas, tudo favorece o contato e as primeiras ex-periências com as drogas. A isso, acrescente-se a frequente ausência dos pais, que cria condições favorá-veis para que os filhos adolescentes se sintam livres para aventuras deste tipo, sem pensar muito nas conse-qüências.

Nesta fase da vida, eles afirmam sua personalidade: novas descobertas, novo corpo, explosões de emoção e temperamento contribuem para o sur-gimento de novos e difíceis proble-mas.

Da própria sociedade, em rápida mu-dança, chega uma série de cobran-ças e de apelos de consumo: como se mover, vestir e até mesmo como não ser tão “careta”. E o coitado do adolescente, ainda inexperiente, só pode ficar na maior das confusões!

ELES PRECISAM DE AJUDA O que queremos é que os adolescen-tes conheçam os riscos que os espe-ram, entre eles a horrível possibilida-de de experimentarem a droga e de entrarem na turma dos dependentes. Os adolescentes precisam de alguém que os ame de verdade, independen-

temente de suas indecisões e estra-nhezas.

Graças a Deus, nesta fase da vida eles podem descobrir a fé como algo que os impressiona, a força mental de todas as horas, que não deixará que ninguém se perca, desperdiçan-do a vida e, até, induzindo outros a isso.

QUE DROGA ESSA DROGA! Mas, o que leva um adolescente a usar drogas? As causas são muitas: a solidão, a falta de formação, as más companhi-as, as decepções, os desentendi-mentos com os pais e outros descon-fortos de uma sociedade injusta e excludente. Nesta situação, as dro-gas podem se apresentar ao adoles-cente como a solução dos problemas que o aflige. É uma triste ilusão!

A doença, de fato, isola das pessoas, a não ser que precise delas para con-seguir a droga. Transforma os usuá-rios em pessoas hostis, egocêntricas e egoístas. Para não adoecer ou en-louquecer, chegam a sentir orgulho pelo seu comportamento às vezes ilegal e, quase sempre, extravagante e esquisito.

Para conseguir as drogas, eles men-tem, roubam. O fracasso e o medo invadem sua vida e o espírito fica em pedaços.

Uma saída fácil. Eis o que eles que-rem e, não encontrando-a, algumas vezes pensam no suicídio. E, se não houver uma reviravolta radical, uma opção forte do interessado..., o uso de drogas acaba sempre subjugando o usuário.

DEPOIMENTO Antes de se suicidar, Percy Partrick, dependente de drogas, endereçou

uma carta emocionante alertando os jovens. Se alguém lhe oferecer algum tóxico, demonstre ser mais homem do que eu fui. Não se deixe tentar, por ne-nhuma razão, e saiba responder com um “não”. Talvez você encontre “amigos” que lhe ofereçam gratuitamente um pou-co da coisa (droga) para depois, su-cessivamente, fazer você pagar por ela. No princípio o preço é reduzido, mas quando perceberem que você se tornou viciado (dependente), aumen-tarão os preços. Não esqueça que a mesma pessoa que lhe vendeu a ma-conha, terá, em reserva para você, também a heroína. E tudo isso, por quê? Não certa-mente pela sua felicidade, mas para obter dinheiro. A droga pode oferecer momentos de felicidade, mas a cada um des-tes momentos corresponde um século de desespero que jamais poderá ser apagado. A droga des-truiu todos os meus sonhos de a-mor, as minhas ambições e a mi-nha vida no seio da família.

O QUE FAZER? A dependência pode ser detida. Não há nada de vergonhoso em ser um dependente, desde que este tome consciência de sua situação, deixe de justificar seu comportamento, se preocupe com o seu bem-estar e co-mece a agir positivamente.

A recuperação é uma tarefa difícil e o tratamento médico é apenas uma parte desta recuperação. A participa-ção dos pais e a união da família são os maiores fatores de combate ao tóxico, assim como a degradação da família é uma das causas do aumen-to do número de usuários.

A terapia ocupacional. Deve-se descobrir o que o dependen-te de drogas gosta de fazer (habilidades manuais, fotografia, dan-ça, esportes...). Com estas ocupações surgirão em sua vida outros interesses e outras formas de realização que o ajudarão a recuperar a auto-estima perdida. Desenvolver as forças interiores. São as qualidades positivas que to-dos nós possuímos, e que, no caso dos dependentes, ajudam na recupe-ração. Esse trabalho deve ser feito com o acompanhamento de psicólogos e educadores. A violência não recupera ninguém. Devemos evitar de rotular os depen-dentes de drogas com frases como: Uma vez viciado, sempre viciado. Contudo, a experiência mostra que quanto maior for o tempo do vício, mais difícil é a recuperação.

EDUCANDO PARA PREVENIR A educação, bem planejada e as-sumida pela família e pelos órgãos competentes, é a melhor forma de combater o tóxico. Bem educada, a pessoa se sente bem, em harmonia com o próprio cor-po, com a mente e com o espírito, passando a viver bem com os outros e com o mundo em geral. Sendo que a vida é o maior dom de Deus, estragar ou até acabar com ela é a maior “bobeira” que uma pessoa pode fazer.

Devemos amar e cuidar da vida contra todo tipo de

drogas. Da redação

Formatação: Filipe de Sousa

O ser criança e o ser Adolescente ... Escrito e publicado sem alterações ou edição por uma criança de 11 anos

Ser criança é ser livre para brincar e se divertir, ter sempre um sorriso no rosto e estar sempre atento no dia de amanhã, pois o nosso planeta para estar bonito e conservado para nele se viver depende do cuidado de to-dos, inclusive das crianças. Ser criança é estar sempre com von-tade de se divertir e brincar bastante, mas criança também tem responsabi-lidades como ajudar com as tarefas de casa e estudar, pois então, ser criança não é só diversão.

Eu como criança gosto de brincar de várias coisas tipo amarelinha, bone-ca, de desenhar e esconde-esconde. Você viu quantas coisas uma só cri-ança pode fazer, então, e isso só po-demos agradecer a um só, Deus! E o que é ser Adolescente? Ser adolescente significa: ser extra-vagante, espontâneo, explosivo... É querer resolver os problemas do mundo, ser revolucionário, mostrar sua força e criatividade de modo in-

cansável, viver a vida ao máximo e mostrar ao mundo porque que veio. Mas como lidar com essa força, com essa garra e vontade de viver inten-samente no mundo de hoje? Esta pergunta é feita diariamente por cada adolescente que deseja viver uma vida para honrar o Senhor, mas não sabe como, ou não consegue tirar seus olhos das “belezas fugazes deste mundo”. “Belezas” que não são ruins no primeiro momento, mas que escravizam, viciam e trazem conse-qüências, que muitas vezes demo-ram a aparecer e chegam de forma brutal e fatal, por não saber lidar com essa vontade, com a garra e a explo-são de seus sentimentos. Lidar com essa “força adolescente” não é difícil, é necessário, portanto que, todo este potencial se torne ca-pacidade de revolucionar para um

único e principal propósito: servir ao Senhor. Não deixando de ser você, adolescente, tendo vontades, dese-jos, planos e sonhos; mas fazer a diferença com todo este potencial e capacidade que só você ADOLES-CENTE tem. Ser extravagante em adoração, es-pontâneo para um verdadeiro relacio-namento com o Senhor, explosivo para encarar o mundo e suas tenta-ções, querer transformar o mundo levando a palavra de Deus como tes-temunho de vida. Revolucionário pa-ra levar o Evangelho, mostrar sua força, criatividade e dizer que o Evan-gelho é muito mais do que vir à igreja e ficar sentado no banco; ser incan-sável em cumprir a vontade de Deus e mostrar ao mundo que você é mais do que vencedor.

Filipe de Sousa

Page 16: Edição 41 Ano IV Abril 2011 Distribuição Gratuita · Oh! alma perenal Do meu primeiro amor Sublime amor...” Uma alma imortal,assim como o amor descrito por ele. Me indaguei,será

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável

.O Brasil humilha quem dá bons exemplos !!!

ESTE É O BRASIL NA

CONTRAMÃO DO DESENVOLVIMENTO. NÃO DÁ E NÃO PERMITE QUE ALGUEM DÊ

EDUCAÇÃO. PRA QUE, SE JÁ TEM O BOLSA MISÉRIA?

Ficaria muito feliz em saber que não é verdade e que foi um engano. É lamentável , mas infelizmente é verdade... São Leopoldo tem um dos menores índices de analfabetismo e de mendi-cância do país, talvez por causa de homens como este! Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul.

Eis o seu desabafo, publicado na revista EXAME: "Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fa-zem este país: investir em Educação é contra a lei . Vocês não acreditam? Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para ex-tração de petróleo, um ramo que exi-ge tecnologia de ponta e muita pes-quisa. Disputamos cada pedacinho do mer-cado com países fortes, como os Es-tados Unidos e o Canadá. Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando co-migo. Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a e-

ducação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um var-redor ou um técnico. Este ano, um fiscal do INSS visitou a nossa empresa e entendeu que Edu-cação é Salário Indireto. Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino fre-qüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS. Tenho que pagar 26 mil reais à Previ-dência por promover a educação dos meus funcionários? Eu honestamente acho que não. Por isso recorri à Justiça. Não é pelo valor em si , é porque a-cho essa tributação um atentado. Estou revoltado. Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1000 vezes. O Estado brasileiro está completa-mente falido. Mais da metade das crianças que ini-ciam a 1ª série não conclui o ciclo bá-sico. A Constituição diz que educação é direito do cidadão e um dever do Es-tado. E quem é o Estado? Somos todos nós. Se a União não tem recursos e eu te-nho, acho que devo pagar a escola dos meus funcionários. Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado. Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz. Se essa moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefí-cios vão recuar... Não temos mais tempo a perder. As leis retrógradas, ultrapassadas e

em total descompasso com a realida-d e d e v e m s e r r e v o g a d a s . A legislação e a mentalidade dos nos-sos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos. Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz. E vão cobrar de quem desvia dinhei-ro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem regis-tro algum. Eu Sou filho de família pobre, de pe-quenos agricultores, e não tive muito estudo. Somente consegui completar o 1º grau aos 22 anos e, com dinheiro ga-nho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na ser-ra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica. Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o cur-so de Engenharia Mecânica por falta de tempo. Eu precisava fazer minha empresa crescer. Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar. Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comi-go. A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcioná-rios já estão chegando à Universida-de. O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais. Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe. Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça. Todos sabem que estudar é uma op-ção daqueles que têm vontade de crescer...

E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa

oportunidade. O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na nossa Empresa Geremia. No mínimo, ele trabalhará mais feliz. Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz. Adiei sua realização várias vezes por-que, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu di-nheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados. Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu pode-ria ter comprado Duas Mercedes. Teria mandado dinheiro para fora do País e não estaria me incomodando com essas le is absurdas . Mas infelizmente não consigo fazer isso. Eu sou um teimoso. No momento em que o modelo de Es-tado que faz tudo está sendo questio-nado, cabe uma outra pergunta. Quem vai fazer no seu lugar? Até agora, tem sido a iniciativa priva-da. Não conheço, felizmente, muitas em-presas que tenham recebido o mesmo tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado. As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais. Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários. Não é o meu objetivo. Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventu-ais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso: as pessoas. Eu sou mesmo teimoso!... Não tem jeito..

Silvino Geremia

NOTA: Silvio Geremia é o empresário mais lembrado de São Leopoldo (RS).

Responsabilidade Social - Educar também pode ser via jornal.

Edição nº. 41 Ano IV - 2011