edição 28 - revista de agronegócios - novembro/2008

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1 Revista Attalea® Agronegócios - Nov 2008 -

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Edição 28 - Revista de Agronegócios - Novembro/2008

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Agronegócios

- Nov 2008 -

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RevistaAttalea®

Agronegócios- Nov 2008 -

GEOPROCESSAMENTO e

GEOREFERENCIAMENTO

de IMÓVEIS URBANOS e RURAIS

AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA

AGROENERGIA e

SUSTENTABILIDADE

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA e

COMERCIALIZAÇÃO

DURAÇÃO: 12 MESES LETIVOS

CORPO DOCENTE ESPECIALIZADO

(IAC, ESALQ/USP, IEA, UNESP, FAFRAM/FE, FFLC/FE)

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F U N D A Ç Ã OEDUCACIONAL

1º LUGAR NO

SUDESTE BRASILEIRO

1º LUGAR NO

SUDESTE BRASILEIRO

2ª MELHOR

PARTICULAR DO BRASIL

2ª MELHOR

PARTICULAR DO BRASIL

Qualidade de Ensino, Pesquisa e ExtensãoQualidade de Ensino, Pesquisa e Extensão

AGRONEGÓCIO e

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL e

RESPONSABILIDADE SOCIAL

CERTIFICAÇÃO e RASTREABILIDADE

DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

ENGENHARIA DE SEGURANÇA

DO TRABALHO

AULAS QUINZENAIS

AGRONOMIA - FAFRAM

RESULTADO ENADE 2007

AGRONOMIA - FAFRAM

RESULTADO ENADE 2007

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Agronegócios

- Nov 2008 -

Venha conhecer a linha detratores cafeeiros compactos

Novas sinaleiras traseiras Eixo dianteiroPlataforma do operador

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Linhas de Crédito de 6 anos, com 1 ano de carênciaGarantia de 8 meses para peças originais montadas na OimasaOrçamento de peças e serviços sem compromissoFrota de veículos para assistência tanto no campo como na concessionária

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37 ANOS EM FRANCAHÁ 6 ANOS SOB NOVA DIREÇÃO

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Agronegócios- Nov 2008 -

Cartas / AssinaturasEditora Attalea Revista de Agronegócios

Rua Profª Amália Pimentel, 2394São José - Franca (SP)

CEP [email protected]

Foto da Capa:- Editora AttaleaNovilhas holandesas do Sr.Renato Antônio Rey Jr. (Carmodo Rio Claro/MG)

EEEEEDDDDDIIIIITTTTTOOOOORRRRRIIIIIAAAAALLLLL

A Revista Attalea Agronegócios,registrada no Registro de Marcas

e Patentes do INPI, é umapublicação mensal da Editora

Attalea Revista de AgronegóciosLtda., com distribuição gratuita aprodutores rurais, empresários e

profissionais do setor deagronegócios, atingindo

85 municípios das regiões daAlta Mogiana, Sul e Sudoeste de

Minas Gerais.

TIRAGEM5 mil exemplares

EDITORA ATTALEA REVISTADE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

R. Profª Amália Pimentel, 2394,São José - Franca (SP)

CEP: [email protected]

DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

[email protected]

DIRETORA COMERCIALe PUBLICIDADE

Adriana Dias - (16) [email protected]

CONTABILIDADEEscritório Contábil Labor

R. Campos Salles, 2385,CentroFranca (SP) - Tel (16) 3722-3400

CTP E IMPRESSÃOCristal Gráfica e Editora

R. Padre Anchieta, 1208, CentroFranca (SP) - Tel. (16) 3711-0200

www.graficacristal.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVELRejane Alves - MtB 42.081 - SP

ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

OAB/SP 140.385

É PROIBIDA A REPRODUÇÃOPARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER

FORMA, INCLUINDO OS MEIOSELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos, as opiniões eos conceitos emitidos em matérias

assinadas são de inteiraresponsabilidade de seus autores, não

traduzindo necessariamente a opinião daREVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Novo Telefone(16) 3403-4992

Plataforma da Estação Ferroviária de Batatais (SP), nos anos 1910. Foto: Álbum daPlataforma da Estação Ferroviária de Batatais (SP), nos anos 1910. Foto: Álbum daPlataforma da Estação Ferroviária de Batatais (SP), nos anos 1910. Foto: Álbum daPlataforma da Estação Ferroviária de Batatais (SP), nos anos 1910. Foto: Álbum daPlataforma da Estação Ferroviária de Batatais (SP), nos anos 1910. Foto: Álbum daMogiana, Museu da Cia. Paulista. Por estes trilhos passaram grande parte daMogiana, Museu da Cia. Paulista. Por estes trilhos passaram grande parte daMogiana, Museu da Cia. Paulista. Por estes trilhos passaram grande parte daMogiana, Museu da Cia. Paulista. Por estes trilhos passaram grande parte daMogiana, Museu da Cia. Paulista. Por estes trilhos passaram grande parte daprodução agrícola paulista do século XX, principalmente café, gado e grãos.produção agrícola paulista do século XX, principalmente café, gado e grãos.produção agrícola paulista do século XX, principalmente café, gado e grãos.produção agrícola paulista do século XX, principalmente café, gado e grãos.produção agrícola paulista do século XX, principalmente café, gado e grãos.

A força do agronegócio brasileiro

A REGIÃO EM FATOS E IMAGENS

O ano agrícola avança eas incertezas econômicascontinuam para empresá-rios e produtores rurais. Maisdo que nunca, a cautelacontinua sendo a medidamais indicada. Há dificulda-des para se obter crédito,dificuldade na compra deinsumos, preços agrícolasem queda. Enfim, um cená-rio bem atípico para o agro-negócio brasileiro.

Mas é justamente nesteperíodo de incertezas queencontramos produtores eempresários apostando nosetor. Produtores investemem tecnologia para manter

ERRAMOSCAPANa edição anterior (nº 27, outubro/2008), publicamos de formaerrada - no selo de capa - o logotipo do Viveiro Pavão, do amigoFernando. Publicamos abaixo o selo correto.

Tel. (16) 3721-6977 / 9227-0332email: [email protected]

V I V E I R O P A V Ã O

o teor de nutrientes no soloe alimentos alternativos emais nutritivos para os ani-mais. Empresários investemno fortalecimento de suasmarcas, através da publici-dade. A vida continua...

Nesta edição, retrata-mos o “Sistema de Produ-ção de Leite a Pasto”, umtrabalho importantíssimo daDrª Josiane Ortolan.

Na atividade cafeeira,retratamos a palestra “O Im-pacto do Aquecimento Glo-bal na Cafeicultura”, organi-zada pelo CNC - ConselhoNacional do Café e quemostra como ficaria o zo-

neamento climático do caféarábica e do café robustapara São Paulo e MinasGerais, caso a temperaturaglobal aumente mais 3ºC.

Apresentamos tambémcomo foi a festa de confra-ternização dos engenheirosagrônomos da região deFranca (SP).

Para finalizar, atendendoa um pedido - por email - doleitor Fabrício Bento, deFranca (SP), iniciamos umasérie de publicação de ma-térias sobre o tema “cana-de-açúcar”.

Obrigado e boa leitura atodos!

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Agronegócios

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A Agroplanta, uma dasmaiores fabricantes de insu-mos no Brasil, inova mais umavez e lança no mercado oFluence 616Fluence 616Fluence 616Fluence 616Fluence 616, um exclusivofertilizante foliar fluido cujacomposição contribui para apreparação da calda de pul-verização.

Uma das principais carac-terísticas do produto é sua ca-pacidade de auxiliar na nu-trição da planta. “O FluenceFluenceFluenceFluenceFluence616616616616616 fornece fósforo e nitro-gênio, nutrientes essenciais emtodos os processos de desen-volvimento da cultura”, ex-plica Fernando Fonseca, engenheiroagrônomo do departamento técnico daAgroplanta.

O fertilizante reúne ainda especifica-ções capazes de maximizar ainda mais aprodutividade. “Ele reduz o pH da caldade pulverização, evita a formação de

Agroplanta inova com lançamento deAgroplanta inova com lançamento deAgroplanta inova com lançamento deAgroplanta inova com lançamento deAgroplanta inova com lançamento defertilizante foliar de nova geraçãofertilizante foliar de nova geraçãofertilizante foliar de nova geraçãofertilizante foliar de nova geraçãofertilizante foliar de nova geração

espuma e diminui a deriva, devido aotipo de gotícula formada”, acrescenta oengenheiro.

O Fluence 616 Fluence 616 Fluence 616 Fluence 616 Fluence 616 é indicado para asculturas da soja, algodão, cana-de-açúcar, milho, feijão, café, citros, entreoutros. “É um produto diferenciado eque será vendido em todo o Brasil”,

afirma José GustavoGonçalves, coordena-dor de marketing daAgroplanta.

Segundo ele, o novoinsumo – ao lado dos re-cém-lançados fertili-zantes NPK de liberaçãogradativa, irá comple-mentar o portfólio daempresa, e marca tam-bém uma nova fase nosnegócios.

“A Agroplanta estácom um novo dire-

cionamento, estamos bus-cando novos parceiros (re-vendas e cooperativas), poisqueremos levar nosso pro-duto para mais perto do nos-so consumidor final”, com-pleta Gonçalves.

Sobre aSobre aSobre aSobre aSobre aAgroplantaAgroplantaAgroplantaAgroplantaAgroplanta

Fundada em 1977, aAgroplanta é atualmenteuma das maiores fabricantesde fertilizantes micronutri-entes e foliares do Brasil, ealém de atender todo o ter-

ritório nacional, exporta para o Para-guai, Bolívia e Venezuela.

Com sede em Batatais (SP), a em-presa possui duas plantas industriaisdedicadas à produção de mais 250variedades de fertilizantes, que incluemdesde os foliares fluidos, foliares fosfitos,

foliares sólidos, or-gano-minerais, saisinorgânicos, NPKrevestidos e até os demicronutrientes.

Unidade de fertilizantes fluidosUnidade de fertilizantes fluidosUnidade de fertilizantes fluidosUnidade de fertilizantes fluidosUnidade de fertilizantes fluidos

Fábrica de fertilizantes granuladosFábrica de fertilizantes granuladosFábrica de fertilizantes granuladosFábrica de fertilizantes granuladosFábrica de fertilizantes granulados

Fluence 616Fluence 616Fluence 616Fluence 616Fluence 616 traz traz traz traz trazcaracterísticas quecaracterísticas quecaracterísticas quecaracterísticas quecaracterísticas quefavorecem afavorecem afavorecem afavorecem afavorecem anutrição da plantanutrição da plantanutrição da plantanutrição da plantanutrição da plantae auxiliam nae auxiliam nae auxiliam nae auxiliam nae auxiliam napreparação dapreparação dapreparação dapreparação dapreparação dacalda decalda decalda decalda decalda dep u l v e r i z a ç ã o .p u l v e r i z a ç ã o .p u l v e r i z a ç ã o .p u l v e r i z a ç ã o .p u l v e r i z a ç ã o .

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Governo do Estado de SPfinancia 6 mil tratores

O governador José Serra criou, atravésde decreto, o Programa Pró-Trator Agri-cultura Moderna, projeto que prevê ofinanciamento de 6 mil tratores, sem juros.Os juros de 6,75% ao ano, do banco NossaCaixa serão subsidiados pelo FEAP - Fundode Expansão do Agronegócio Paulista, daSecretaria de Agricultura do Estado deSP. O beneficiário poderá optar portratores de 50 CV, 70 CV ou 90 CV, masterá que possuir renda agropecuária brutaanual de até R$ 400 mil e será permitidasomente um trator por pessoa.

Estrada do Leite começa a serpavimentada a partir de Altinópolis

Teve início neste mês de novembro asobras de pavimentação da Estrada do Leite,que liga os municípios de Itirapuã (SP),passando próximo de Patrocínio Paulista(SP) até Altinópolis (SP). Serão investidosR$ 19 milhões na pavimentação de 30quilômetros. Há anos, os fazendeiros destaregião reivindicam a pavimentação destaestrada, que foi construída na década de1940 pelos próprios agricultores. A Estradado Leite é uma importante via de acessopara produtores rurais, o que contribuirácom o transporte da produção.

Escritório Contábil

ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS E

CONTABILIDADE EM GERAL

Rua Campos Salles, 2385Centro - Franca (SP)Tel. (16) 3722-3400 - Fax (16) 3722-4027

Rua José de Alencar, 1951Estação - Franca (SP)Tel. (16) 3722-2125 - Fax (16) 3722-4938

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Torneio Leiteiro de São José Bela Vistapremia criadores, esposas e retireiros

Realizado no mês de outubro, o 19º Torneio Leiteiro deSão José da Bela Vista (SP) teve como vencedores os criadoresJosé Laércio Cavalheiro (categoria Vaca) e Antônio FaciroliCaramori (categoria Novilha).

O evento foi organizado pela Associação dos ProdutoresRurais do município, tendo o apoio da Faesp/Senar, através doSindicato Rural de Franca, da Coonai, da Lagoa da Serra, da JAProdutos Veterinários, da CATI, do Conselho de Desenvolvi-mento Rural e de várias empresas do município. Na foto aolado, a Comissão Organizadora: Caio Natali, Francisco Mazeo,Eduardo Caramori, Alicério Berteli, Adalberto Berteli, OripesPrior, Benjamim Cury Neto e Joel Leal Ribeiro.

Prefeitura de Franca e RevistaAttalea Agronegócios começam a

organizar a II EXPOVERDE

Com data marcada para o mês de setembrode 2009, em Franca (SP), a II ExpoverdeII ExpoverdeII ExpoverdeII ExpoverdeII Expoverde- Feira de Flores, Frutas, Hortaliças,- Feira de Flores, Frutas, Hortaliças,- Feira de Flores, Frutas, Hortaliças,- Feira de Flores, Frutas, Hortaliças,- Feira de Flores, Frutas, Hortaliças,Plantas Ornamentais, Orgânicas,Plantas Ornamentais, Orgânicas,Plantas Ornamentais, Orgânicas,Plantas Ornamentais, Orgânicas,Plantas Ornamentais, Orgânicas,Nativas e MedicinaisNativas e MedicinaisNativas e MedicinaisNativas e MedicinaisNativas e Medicinais começou a ser or-ganizada. A comissão organizadora buscaorganizar a programação com antecedên-cia, facilitando o contato com as empresasfortalecendo setores como a floricultura ea participação de instituições de ensinos.Estande da FAFRAM na I ExpoverdeEstande da FAFRAM na I ExpoverdeEstande da FAFRAM na I ExpoverdeEstande da FAFRAM na I ExpoverdeEstande da FAFRAM na I Expoverde Orquídeas na I ExpoverdeOrquídeas na I ExpoverdeOrquídeas na I ExpoverdeOrquídeas na I ExpoverdeOrquídeas na I Expoverde

30 novembro: prazo final para avacinação contra febre-aftosa

A meta é imunizar os mais de 11,5 milhõesde bovídeos do estado. Na primeira etapadeste ano, a cobertura vacinal foi de 99,16%.São Paulo detém status de livre de febreaftosa com vacinação desde 1996. Além devacinar, o pecuarista tem que declarar avacinação. Para isso, até 7 de dezembro,deve procurar os escritórios da Coordena-doria de Defesa Agropecuária da Secretariade Agricultura e fazer a declara-ção. Amulta por não vacinar é de R$ 74,45 porcabeça, e caso não declare, o pecuaristapode pagar R$ 44,67 por animal.

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Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan 11111

Antes da introdução e utilizaçãode uma forrageira, designada a pro-dução animal, é necessário a sua ava-liação e desta forma fornecer subsí-dios para o seu correto manejo. Vá-rios são os métodos utilizados para asua avaliação, como por exemplo, osexperimentos de avaliação agronô-mica, com ou sem a presença de ani-mais. Posteriormente, o uso de expe-rimentos com animais para deter-minar o potencial de produtividadeanimal da planta.

1. - Avaliação Agronômica1. - Avaliação Agronômica1. - Avaliação Agronômica1. - Avaliação Agronômica1. - Avaliação AgronômicaSão experimentos agronômicos de

avaliação de pastagens, orientados e

delineados com o objetivo de estudaros fatores que afetam o desempenho dapastagem (MARASCHIN, 1994 b). Se-gundo o autor, estes experimentos po-dem nos fornecer dados sobre a quan-tidade e composição botânica em rela-ção à condição da pastagem e a maneiracomo o animal trata a pastagem quantoa quantidade e condição botânica daforragem disponível.

As gramíneas forrageiras tropicaisapresentam características agronô-micas e fisiológicas capazes de res-ponder, com aumentos significativosde produtividade, até níveis de 60-80 t MS/ha/ano, enquanto o poten-cial produtivo de gramíneas de climatemperado atinge cerca de 29 t MS/ha/ano (CORSI, 1986).

As porções verdes da planta sãoas mais nutritivas da dieta e são con-sumidas preferencialmente pelosanimais (WILSON e MANNETJE,

1978; MCIVOR, 1984). Desta forma, oconhecimento de como a disponibilida-de de MS proveniente de folhas verdesvaria com o avanço da idade da planta,em diferentes condições de manejo ede ambiente nas diversas épocas do ano,é fator fundamental para o alcance dedesempenho satisfatório dos animais e amáxima produção por unidade de área.Além do aspecto da qualidade da dieta

Sistema de produção de leite a pastoSistema de produção de leite a pastoSistema de produção de leite a pastoSistema de produção de leite a pastoSistema de produção de leite a pasto– Avaliação das pastagens –– Avaliação das pastagens –– Avaliação das pastagens –– Avaliação das pastagens –– Avaliação das pastagens –

1- Médica Veterinária, meste em Qualidadee Produtividade Animal, doutoranda emQualidade e Produtividade Animal pela FZEA- USP - [email protected].

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a folha é o componente primário noprocesso fotossintético, fator determi-nante da capacidade de produção dematéria seca pela planta.

Segundo BARBOSA et al. (1996), oaparecimento, expansão e senescênciade folhas, dentro dos períodos de cres-cimento estabelecidos, varia nas dife-rentes épocas do ano, sendo as maiorestaxas de aparecimento e crescimento defolhas observadas no verão, inferioresno inverno e intermediárias na prima-vera e outono; o número de folhas se-nescentes é importante no inverno eprimavera, não sendo detectada se-nescência no verão e outono.

É sabido que em épocas onde háchuvas em abundância a quantidade defolhas verdes não é limitante, enquantoem períodos de secas prolongadas po-derá não haver folhas verdes presentesna pastagem. Nestas condições, a taxade aparecimento, expansão e senes-cência de folhas serão determinantesimportantes na qualidade das forragense no desempenho animal.

2. - Taxa de Lotação e Oferta de2. - Taxa de Lotação e Oferta de2. - Taxa de Lotação e Oferta de2. - Taxa de Lotação e Oferta de2. - Taxa de Lotação e Oferta deForragemForragemForragemForragemForragem

Deve-se permitir que as vacasleiteiras escolham, quando em pastejo,a dieta que melhor satisfaça ao seuapetite. Desta forma, elas consumirãomais forragem, em quantidade e quali-dade, e conseqüentemente produzirãomais leite (NETO et al., 1985).

Quando o objetivo do sistema deprodução é de explorar o desempenhodos animais, expressa em Kg de leite/vaca/dia ou Kg de leite/lactação, a ênfasedo manejo é no sentido de melhorar aqualidade do alimento oferecido. Se,por outro lado, o objetivo do sistemade produção é o de obter a máximaprodutividade de leite por hectare, aspráticas de manejo são orientadas nosentido de proporcionar maior lotaçãonas pastagens.

O aumento na lotação das pastagensnão significa, necessariamente, aumentona pressão de pastejo e, consequen-temente, prejuízos significativos naperformance do animal. Isoladamente,o aumento na lotação das pastagens é oque contribui mais decisivamente paraos aumentos na produtividade de leitena propriedade (CORSI, 1986). Paraque isso ocorra, é necessário elevar aprodutividade da forrageira à medida

que se aumenta a lotação animal naspastagens, o que é possível através douso de plantas forrageiras de elevadopotencial de produção.

NETO (1994) coloca que taxa delotação (TL), não define muito bem onível de utilização de uma pastagem.Uma TL de 1 UA/ha, por exemplo, nãotem muito significado, quando seconsidera que a disponibilidade de for-ragem das pastagens pode variar desdeníveis muito baixos (menos de 500 kg/ha de MS), até níveis muito altos (3000kg/ha de MS). Atualmente a expressãoTL vem sendo substituída, nas insti-tuições de pesquisa, por pressão depastejo (PP), que é definida como arelação entre a TL, ou melhor, o pesovivo dos animais e a quantidade deforragem disponível.

Quando as diferenças nutricionaissão estabelecidas através de pressões depastejo pode-se aumentar a eficiênciaprodutiva. Por exemplo, alta pressão depastejo com novilhos de corte causabaixa produção por animal, sem atingiralta produção por hectare, podendoresultar em uma catástrofe econômica.Na produção de leite teria que ser usadauma “baixa” PP, como forma de mini-mizar a necessidade de concentrado(MARASCHIN, 1994 a), no entantopodendo resultar em baixa produçãopor unidade de área.

O consumo de pasto é determinadopela oferta ou disponibilidade de pastoque varia inversamente com a taxa delotação da pastagem. Enquanto o ren-dimento forrageiro da pastagem fixa suacapacidade de suporte para determina-da categoria animal, a taxa de lotaçãodefine a disponibilidade de pasto, isto é,

a pressão de pastejo a que a pastagem ésubmetida, segundo uma relação inver-sa. A pressão de pastejo é uma arma domanejo de pastagens de capital impor-tância, pois determina a produçãoanimal e a condição da pastagem.Enquanto a pressão ótima de pastejorepresenta o uso de taxa de lotaçãocompatível com a capacidade de su-porte, o subpastejo caracteriza umasituação em que a taxa de lotação é baixarelativamente à capacidade de supor-te da pastagem. Neste último caso, a altaoferta de pasto possibilita à vaca pastejarseletivamente de modo que a dietamostra valor nutritivo acima daqueledo pasto disponível, RODRIGUES et al.(1994).

Em sub-pastejo, a produção de leitepor vaca reflete a qualidade do pasto,caso o pastejo seja exercido por vacasde alta aptidão leiteira; entretanto, aprodução por hectare é comprometidaem decorrência da sub-utilização daárea (GOMIDE, 1994).

Pesquisas recentes, porém, temindicado que são necessários maistrabalhos para o melhor entendimentoentre as relações oferta de forragem(OF) e comportamento ingestivo dosanimais aliados a sua seletividade noconsumo.

“Mesmo pastagens cultivadas apre-sentam heterogeneidade na distribuiçãohorizontal e vertical da biomassa. A im-portância da estrutura da pastagem nadeterminação da resposta funcional emherbívoros traz a necessidade de par-tirmos para uma profunda descrição doperfil da pastagem. A simples caracte-rização da pastagem através da for-ragem disponível não é suficiente para

Vacas leiteiras em piquetes rotacionados, na propriedade do Sr. Honofre Bazon,Vacas leiteiras em piquetes rotacionados, na propriedade do Sr. Honofre Bazon,Vacas leiteiras em piquetes rotacionados, na propriedade do Sr. Honofre Bazon,Vacas leiteiras em piquetes rotacionados, na propriedade do Sr. Honofre Bazon,Vacas leiteiras em piquetes rotacionados, na propriedade do Sr. Honofre Bazon,em Itirapuã (SP), que participa do Projeto CATI-Leite, da regional Franca.em Itirapuã (SP), que participa do Projeto CATI-Leite, da regional Franca.em Itirapuã (SP), que participa do Projeto CATI-Leite, da regional Franca.em Itirapuã (SP), que participa do Projeto CATI-Leite, da regional Franca.em Itirapuã (SP), que participa do Projeto CATI-Leite, da regional Franca.

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Agronegócios

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se avançar no conhecimento da in-terface planta-animal. Uma disponibi-lidade de 2000 kg de MS/ha pode acon-tecer com as mais variadas apresen-tações no espaço, fruto de diversascombinações possíveis de altura edensidade” (CARVALHO, 1998).

Tais características estruturais dapastagem podem ser determinadas pelasua genética e ser delimitadas pela plas-ticidade da planta forrageira no am-biente ao qual ele vive (CHAPMAN eLEMAIRE, 1994). Contudo, estas carac-terísticas não dependem exclusivamenteda espécie forrageira utilizada e suasinterações ambientais, mas também domanejo empregado, principalmente apressão de pastejo ou oferta de forragem(OF) e posteriormente o nível de fertili-zação. O emprego de fertilizantes,quando necessário, apresenta profundasmudanças nas características da pasta-gem, sendo o nitrogênio (N) o nutrienteque proporciona efeitos consistentes.

O fornecimento de N, através deadubações, às pastagens tropicais possi-bilita um aumento no número, peso etamanho de seus perfilhos associados auma maior taxa de expansão foliar(CORSI, 1984; BARBOSA, 1998).

Níveis crescentes de N permitemsustentar um maior número de folhasvivas/perfilho. O aumento da acumula-ção líquida de MS de lâminas foliaresem decorrência da aplicação de N, éatribuível a um efeito conjunto sobre ataxa de expansão foliar, peso específicode folhas e densidade de perfilhos(SETELICH et al., 1998).

Quando a forragem é de boa qua-lidade e a temperatura ambiente é agra-dável, o pastejo ocorre normalmentedurante o dia. Porém, em condições

adversas (pastagens de má qualidade etemperaturas acima de limites tolerá-veis), principalmente para animais deelevado grau de sangue europeu, os bo-vinos estendem o pastejo até após o pôrdo sol, recomeçando-o antes doamanhecer (NETO et al., 1985).

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Segundo CORSI (1990) o consumoé o fator mais importante na deter-minação da qualidade da forragem. Nateoria da distensão, o mecanismo quecontrola o consumo voluntário é a dis-tensão ruminal ou o enchimento do tratogastrintestinal, o ritmo de degradaçãono rúmen e o seu ritmo de passagem.

Informações citadas por este autormostram que um aumento de 10% dadigestibilidade elevou o ganho de pesoem 100%, como conseqüência damelhoria de consumo provocada peloritmo de passagem mais rápido pelorúmen.

Acompanhando o tema, os pró-ximos artigos ajudarão a embasar oprodutor quanto ao manejo e o po-tencial das pastagens para produção deleite a pasto.

Dúvidas e sugestões devem serencaminhadas para o e-mail [email protected].

Até a próxima.

MARASCHIN, G. E. Avaliação de forra-geiras e.rendimento de pastagens com oanimal em pastejo. In: SIMPÓSIO INTERNA-CIONAL DE FORRAGICULTURA. Reuniãoda Sociedade Brasileira de Zootecnia, 31.Maringá-Pr. 1994. AnaisAnaisAnaisAnaisAnais... Maringá:Pr.EDUEM, 1994 b, p. 65-98

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Agronegócios

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LLLLLEEEEEIIIIITTTTTEEEEEGuilherme Nunes de Souza Guilherme Nunes de Souza Guilherme Nunes de Souza Guilherme Nunes de Souza Guilherme Nunes de Souza 11111

CristianoFaria/Leandro RubialeCristianoFaria/Leandro RubialeCristianoFaria/Leandro RubialeCristianoFaria/Leandro RubialeCristianoFaria/Leandro Rubiale22222

Luciano C. Dutra de Moraes Luciano C. Dutra de Moraes Luciano C. Dutra de Moraes Luciano C. Dutra de Moraes Luciano C. Dutra de Moraes 33333

São mais de 100 agentes descritosna literatura como causadores de mas-tite. Porém, as bactérias Streptococcusagalactiae e Staphylococcus aureus sãoos principais agentes causadores demastite subclínica em grande parte dosrebanhos leiteiros. Estes agentes são res-ponsáveis por altas contagens de célulassomáticas (CCS), causando prejuízoseconômicos para o produtor principal-mente na redução na produção de leite.

Estudos realizados na EmbrapaGado de Leite mostraram que aproxi-madamente 50% dos rebanhos apre-sentam animais infectados por S. agalac-tiae. A infecção por este agente poderesultar em infecção clínica aguda atésubclínica crônica. S. agalactiae produzaltas CCS em animais individuais, o queinfluencia significativamente na CCS dorebanho.

Estudos realizados no Canadá eEstados Unidos mostraram que um gru-po de rebanhos com contagens maioresque 700.000 células/ml, a média geo-métrica da CCS de vacas infectadas porS. agalactiae era 2.238.700 células/ml.Em rebanhos cujas contagens erammaiores que 800.000 células/ml, 80%das vacas com CCS maior que 500.000células/ml estavam infectadas com S.agalactiae.

Estudo realizado no Brasil, em re-banhos localizados na região Sudeste,mostrou a variação da CCS de animaisde acordo com os patógenos da mastite,sendo observado o maior aumento naCCS em animais infectados por S.agalactiae (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1).

O impacto de animais infectados porS. agalactiae na CCS do rebanho vai de-pender fundamentalmente da preva-lência de vacas em lactação infectadasno rebanho (número de vacas infectadasem lactação sobre o número total devacas em lactação). Esta relação podeser observada na Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2.

Os rebanhos livres de S. agalactiae,mas com diferentes prevalências de S.aureus apresentaram contagens que va-riaram de 86.000 a 869.000 células/ml.Já os rebanhos infectados por S. agalac-

Streptococcus agalactiaeStreptococcus agalactiaeStreptococcus agalactiaeStreptococcus agalactiaeStreptococcus agalactiae: efeito sobre a contagem de: efeito sobre a contagem de: efeito sobre a contagem de: efeito sobre a contagem de: efeito sobre a contagem decélulas somáticas e eficiência da blitz terapiacélulas somáticas e eficiência da blitz terapiacélulas somáticas e eficiência da blitz terapiacélulas somáticas e eficiência da blitz terapiacélulas somáticas e eficiência da blitz terapia

11111 Pesquisador Embrapa Gado de Leite Pesquisador Embrapa Gado de Leite Pesquisador Embrapa Gado de Leite Pesquisador Embrapa Gado de Leite Pesquisador Embrapa Gado de Leite;;;;;2 2 2 2 2 Analista da Embrapa Gado de LeiteAnalista da Embrapa Gado de LeiteAnalista da Embrapa Gado de LeiteAnalista da Embrapa Gado de LeiteAnalista da Embrapa Gado de Leite33333 Assistente Embrapa Gado de Leite Assistente Embrapa Gado de Leite Assistente Embrapa Gado de Leite Assistente Embrapa Gado de Leite Assistente Embrapa Gado de Leite

tiae, independente da prevalência deanimais infectados, apresentaram con-tagens superiores a 1.000.000 células/ml. Levando-se em consideração os limi-tes estabelecidos para CCS na Instru-Instru-Instru-Instru-Instru-ção Normativa 51ção Normativa 51ção Normativa 51ção Normativa 51ção Normativa 51 para Região Sudes-te de 750.000 células/ml e de 400.000células/ml a partir de julho de 2011, apresença de S. agalactiae em rebanhosleiteiros pode ser considerada fatorcrítico para o atendimento à legislação.

O S. agalactiae pode ser erradicadoda maioria dos rebanhos porque loca-lizar-se somente na glândula mamária,com sobrevivência restrita fora do úbe-re, e é altamente sensível à penicilina.

Em alguns países foram imple-mentados programas regionais ounacionais com o objetivo de erradicar oS. agalactiae dos rebanhos bovinosleiteiros. Caso este agente seja isoladode um rebanho, é recomendado a cha-mada blitz terapia, ou seja, todos os ani-mais infectados são tratados simultanea-mente com o objetivo de eliminar oagente do rebanho.

Estudo realizado pela EmbrapaGado de Leite em dois rebanhos loca-lizados em Minas Gerais avaliou a efici-ência da blitz terapia parcial na erradica-ção de S. agalactiae e controle de S. au-reus. Todos os animais identificados co-

N ºN ºN ºN ºN º

Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Variação CCS (x1.000/ml) conforme patógeno envolvido na infecção intramamária.

Patógeno IdentificadoPatógeno IdentificadoPatógeno IdentificadoPatógeno IdentificadoPatógeno Identificadono Isolamentono Isolamentono Isolamentono Isolamentono Isolamento

1.137790551351466826

Fonte: Embrapa Gado de Leite - Projeto APPCC

MédiaMédiaMédiaMédiaMédiaAri tmét .Ari tmét .Ari tmét .Ari tmét .Ari tmét .

Não houve isolamento de patógenoStaphylococcus aureusStreptococcus agalactiaeStreptococcus sp. que não S. agalactiaeStaphylococcus sp. coagulase negativoCorynebacterium sp.

MédiaMédiaMédiaMédiaMédiaGeométr .Geométr .Geométr .Geométr .Geométr . MedianaMedianaMedianaMedianaMediana

264966

1.520894422410

2237166244912594

24509923641205166

RebanhoRebanhoRebanhoRebanhoRebanho

Tabela 2. Tabela 2. Tabela 2. Tabela 2. Tabela 2. - Variação da contagem de células somáticas do leite de rebanhos de acordo coma prevalência de vacas em lactação do rebanho com isolamento de Staphylococcus aureus eStreptococcus agalactiae.

Vacas emVacas emVacas emVacas emVacas emLactaçãoLactaçãoLactaçãoLactaçãoLactação

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Embrapa Gado de Leite - Projeto APPCC

123456789

PrevalênciaPrevalênciaPrevalênciaPrevalênciaPrevalênciaS.aureus(%)S.aureus(%)S.aureus(%)S.aureus(%)S.aureus(%)

PrevalênciaPrevalênciaPrevalênciaPrevalênciaPrevalênciaS.agalactiae(%)S.agalactiae(%)S.agalactiae(%)S.agalactiae(%)S.agalactiae(%)

CCS rebanhoCCS rebanhoCCS rebanhoCCS rebanhoCCS rebanho(células/ml)(células/ml)(células/ml)(células/ml)(células/ml)

485036335935506286

0 (0,0)0 (0,0)1 (3,0)3 (9,0)

6 (10,0)7 (20,0)

23 (46,0)36 (58,0)59 (69,0)

0 (0,0)0 (0,0)0 (0,0)0 (0,0)0 (0,0)3 (9,0)

19 (38,0)30 (48,0)36 (42,0)

86.000149.000285.000464.000869.000

1.071.0001.310.0001.592.0003.112.000

mo positivos foram submetidos a trata-mento intramamário com antibióticos(cloridrato de pirlimicina ou amplicilinaassociado à cloxacilina). Houve 100%de cura bacteriológica para S. agalactiae,indicando sucesso na erradicação destepatógeno do rebanho. A cura bacterio-lógica para S. aureus foi de 33% para otratamento com cloridrato de pirlimi-cina e 45% para o tratamento comampicilina associado à cloxacilina.

Para poder realizar adequadamen-te a blitz terapia e avaliar a eficiência daeliminação do S. agalactiae do rebanho,é necessário a realização de exames mi-crobiológicos consecutivos em amostrasde leite para identificar os animais infec-tados e aqueles que eliminaram a infec-ção após a aplicação de antibiótico.

O monitoramento também podeser realizado por meio da CCS de ani-mais e do rebanho. Desta forma, obser-va-se que rebanhos infectados por S.agalactiae dificilmente atenderão oslimites estabelecidos na InstruçãoInstruçãoInstruçãoInstruçãoInstruçãoNormativa 51Normativa 51Normativa 51Normativa 51Normativa 51 para CCS. Porém a eli-minação deste patógeno é possível,desde que haja identificação correta dosanimais por meio de exames microbio-lógicos e utilização de bases farmacoló-gicas específicas para a eliminação dopatógeno.

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A comissão organizadora 2008: Carlos Arantes (Rev. Attalea Agronegócios),A comissão organizadora 2008: Carlos Arantes (Rev. Attalea Agronegócios),A comissão organizadora 2008: Carlos Arantes (Rev. Attalea Agronegócios),A comissão organizadora 2008: Carlos Arantes (Rev. Attalea Agronegócios),A comissão organizadora 2008: Carlos Arantes (Rev. Attalea Agronegócios),Djalma Blésio (Cati), Marcelo Avelar (Coonai), Welson Roberto (DEPRN),Djalma Blésio (Cati), Marcelo Avelar (Coonai), Welson Roberto (DEPRN),Djalma Blésio (Cati), Marcelo Avelar (Coonai), Welson Roberto (DEPRN),Djalma Blésio (Cati), Marcelo Avelar (Coonai), Welson Roberto (DEPRN),Djalma Blésio (Cati), Marcelo Avelar (Coonai), Welson Roberto (DEPRN),Caio Sandoval (Colégio Agrícola), Fabiano Mercateli (Dedeagro), Alex KobalCaio Sandoval (Colégio Agrícola), Fabiano Mercateli (Dedeagro), Alex KobalCaio Sandoval (Colégio Agrícola), Fabiano Mercateli (Dedeagro), Alex KobalCaio Sandoval (Colégio Agrícola), Fabiano Mercateli (Dedeagro), Alex KobalCaio Sandoval (Colégio Agrícola), Fabiano Mercateli (Dedeagro), Alex Kobal(AERF), Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec), Fernanda Malvicino e(AERF), Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec), Fernanda Malvicino e(AERF), Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec), Fernanda Malvicino e(AERF), Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec), Fernanda Malvicino e(AERF), Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec), Fernanda Malvicino ePláucius Figueiredo Seixas (Cocapec).Pláucius Figueiredo Seixas (Cocapec).Pláucius Figueiredo Seixas (Cocapec).Pláucius Figueiredo Seixas (Cocapec).Pláucius Figueiredo Seixas (Cocapec).

Noite de festa marca confraternização dos agrônomosNoite de festa marca confraternização dos agrônomosNoite de festa marca confraternização dos agrônomosNoite de festa marca confraternização dos agrônomosNoite de festa marca confraternização dos agrônomosFoi um sucesso! Regado a muita

alegria, cerveja, refrigerante e um exce-lente jantar, a Festa de Confraternizaçãodo Engenheiro Agrônomo de 2008 foirealizada no dia 17 de outubro, no Res-taurante do Castelinho, em Franca (SP).

O homenageado da noite foi o EngºAgrº Benício Elias de Sousa. A comissãoorganizadora promoveu ainda uma ho-menagem póstuma ao Engº Agrº CelsoFurtane, falecido no início deste ano, eque trabalhava na Cocapec.

O evento reuniu mais de 300 pessoas,entre profissionais, familiares e convi-dados. Foi brindado com muitos reen-contros, mas também algumas ausências.“Estamos iniciando a organização doevento de 2009 e gostaríamos muito quetodos os profissionais engenheiros agrô-nomos ‘reservem’ data para este evento.Trabalhamos muito e nos reunimos pou-co. Praticamente é o único momentode nos reencontrarmos todos juntos”,explica Welson Roberto.

“Em nome da Comissão Organiza-dora 2008, agradeço a todas as empresaspatrocinadoras que contribuíram paraa realização deste evento e também àAERF, pelo apoio na cessão do espaçopara reuniões e pelo telefone para con-vidar os agrônomo”, diz Carlos Arantes.

A comissão 2009 começará a sereunir ainda este mês de novembro.

O homenageado Benício Elias SousaO homenageado Benício Elias SousaO homenageado Benício Elias SousaO homenageado Benício Elias SousaO homenageado Benício Elias Sousa

Roberto Maegawa (Cocapec)Roberto Maegawa (Cocapec)Roberto Maegawa (Cocapec)Roberto Maegawa (Cocapec)Roberto Maegawa (Cocapec) Ricardo Nogueira (Solução Terra)Ricardo Nogueira (Solução Terra)Ricardo Nogueira (Solução Terra)Ricardo Nogueira (Solução Terra)Ricardo Nogueira (Solução Terra)Ricardo Ravagnani (Cocapec) e aRicardo Ravagnani (Cocapec) e aRicardo Ravagnani (Cocapec) e aRicardo Ravagnani (Cocapec) e aRicardo Ravagnani (Cocapec) e azootecnista Claudine Campanholzootecnista Claudine Campanholzootecnista Claudine Campanholzootecnista Claudine Campanholzootecnista Claudine Campanhol

TÉCNICA EM SUPLEMENTAÇÃO

COOPERATIVA NACIONALAGRO INDUSTRIAL F E R T I L I Z A N T E S

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CENAFER - CENTRAL DE ARMAÇÃO DE FERRO

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GGECAL

CALCÁRIO

Associação dos Engenheiros, Arquitetose Agrônomos da Região de Franca

Dr. Albino João Rocchetti e esposa.Dr. Albino João Rocchetti e esposa.Dr. Albino João Rocchetti e esposa.Dr. Albino João Rocchetti e esposa.Dr. Albino João Rocchetti e esposa.

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Djalma Blésio (Cati), Benício SousaDjalma Blésio (Cati), Benício SousaDjalma Blésio (Cati), Benício SousaDjalma Blésio (Cati), Benício SousaDjalma Blésio (Cati), Benício Sousae Joel Leal Ribeiro (Cati).e Joel Leal Ribeiro (Cati).e Joel Leal Ribeiro (Cati).e Joel Leal Ribeiro (Cati).e Joel Leal Ribeiro (Cati).

Allan de Menezes e a esposaAllan de Menezes e a esposaAllan de Menezes e a esposaAllan de Menezes e a esposaAllan de Menezes e a esposaSheila Lima (Bolsa Agronegócios)Sheila Lima (Bolsa Agronegócios)Sheila Lima (Bolsa Agronegócios)Sheila Lima (Bolsa Agronegócios)Sheila Lima (Bolsa Agronegócios)

AndréAndréAndréAndréAndréSiqueira (CasaSiqueira (CasaSiqueira (CasaSiqueira (CasaSiqueira (Casado Café),do Café),do Café),do Café),do Café),Elaine e SamiElaine e SamiElaine e SamiElaine e SamiElaine e SamiJurdi (SamiJurdi (SamiJurdi (SamiJurdi (SamiJurdi (SamiMáquinas) e oMáquinas) e oMáquinas) e oMáquinas) e oMáquinas) e oagrônomoagrônomoagrônomoagrônomoagrônomoMaury FaleirosMaury FaleirosMaury FaleirosMaury FaleirosMaury Faleirose esposa.e esposa.e esposa.e esposa.e esposa.

Carlos Y. Sato (Cocapec) e JoséCarlos Y. Sato (Cocapec) e JoséCarlos Y. Sato (Cocapec) e JoséCarlos Y. Sato (Cocapec) e JoséCarlos Y. Sato (Cocapec) e JoséAmâncio de Castro (Credicocapec)Amâncio de Castro (Credicocapec)Amâncio de Castro (Credicocapec)Amâncio de Castro (Credicocapec)Amâncio de Castro (Credicocapec)

Marcelo Barbosa Avelar (Coonai) eMarcelo Barbosa Avelar (Coonai) eMarcelo Barbosa Avelar (Coonai) eMarcelo Barbosa Avelar (Coonai) eMarcelo Barbosa Avelar (Coonai) eesposa.esposa.esposa.esposa.esposa.

Paulo Figueiredo (Casa das Semen-Paulo Figueiredo (Casa das Semen-Paulo Figueiredo (Casa das Semen-Paulo Figueiredo (Casa das Semen-Paulo Figueiredo (Casa das Semen-tes) e esposa.tes) e esposa.tes) e esposa.tes) e esposa.tes) e esposa.

Márcio Lima Freitas (Bayer) eMárcio Lima Freitas (Bayer) eMárcio Lima Freitas (Bayer) eMárcio Lima Freitas (Bayer) eMárcio Lima Freitas (Bayer) eFernando Alves Ribeiro (Kissol)Fernando Alves Ribeiro (Kissol)Fernando Alves Ribeiro (Kissol)Fernando Alves Ribeiro (Kissol)Fernando Alves Ribeiro (Kissol)

Eduardo Lopes de Freitas (Coonai)Eduardo Lopes de Freitas (Coonai)Eduardo Lopes de Freitas (Coonai)Eduardo Lopes de Freitas (Coonai)Eduardo Lopes de Freitas (Coonai)e Lauriston B. Fernandes (Premix)e Lauriston B. Fernandes (Premix)e Lauriston B. Fernandes (Premix)e Lauriston B. Fernandes (Premix)e Lauriston B. Fernandes (Premix)

João Benetti (Embrafós), ThiagoJoão Benetti (Embrafós), ThiagoJoão Benetti (Embrafós), ThiagoJoão Benetti (Embrafós), ThiagoJoão Benetti (Embrafós), ThiagoNascimento e Fernando Paiva.Nascimento e Fernando Paiva.Nascimento e Fernando Paiva.Nascimento e Fernando Paiva.Nascimento e Fernando Paiva.

Alex Rodrigues Kobal (AERF eAlex Rodrigues Kobal (AERF eAlex Rodrigues Kobal (AERF eAlex Rodrigues Kobal (AERF eAlex Rodrigues Kobal (AERF eBiolimp) e família.Biolimp) e família.Biolimp) e família.Biolimp) e família.Biolimp) e família.

Máquinas Agrícolas LTDA.

AgroP. .SENAR

SÃO PAULO

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Pedro César Avelar (Cati-Franca) ePedro César Avelar (Cati-Franca) ePedro César Avelar (Cati-Franca) ePedro César Avelar (Cati-Franca) ePedro César Avelar (Cati-Franca) eSérgio Diehl (Cati-Pedregulho)Sérgio Diehl (Cati-Pedregulho)Sérgio Diehl (Cati-Pedregulho)Sérgio Diehl (Cati-Pedregulho)Sérgio Diehl (Cati-Pedregulho)

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CREA-SPConselho Regional de Engenharia, Arquitetura

e Agronomia de São PauloSINDICATO RURAL DE FRANCASINDICATO RURAL DE FRANCA

Carlos Girardi Marques (Cati)Carlos Girardi Marques (Cati)Carlos Girardi Marques (Cati)Carlos Girardi Marques (Cati)Carlos Girardi Marques (Cati)e esposa.e esposa.e esposa.e esposa.e esposa.

Gisele Avelar, Ednéia Vieira Brentini,Gisele Avelar, Ednéia Vieira Brentini,Gisele Avelar, Ednéia Vieira Brentini,Gisele Avelar, Ednéia Vieira Brentini,Gisele Avelar, Ednéia Vieira Brentini,Antônio Almeida e Belquice Rodrigues.Antônio Almeida e Belquice Rodrigues.Antônio Almeida e Belquice Rodrigues.Antônio Almeida e Belquice Rodrigues.Antônio Almeida e Belquice Rodrigues.

Caio Sandoval, Djalma Blésio, PlauciusCaio Sandoval, Djalma Blésio, PlauciusCaio Sandoval, Djalma Blésio, PlauciusCaio Sandoval, Djalma Blésio, PlauciusCaio Sandoval, Djalma Blésio, PlauciusFigueiredo Seixas e Paulo Figueiredo.Figueiredo Seixas e Paulo Figueiredo.Figueiredo Seixas e Paulo Figueiredo.Figueiredo Seixas e Paulo Figueiredo.Figueiredo Seixas e Paulo Figueiredo.

Clésio Brentini Branquinho eClésio Brentini Branquinho eClésio Brentini Branquinho eClésio Brentini Branquinho eClésio Brentini Branquinho eesposaesposaesposaesposaesposa

Getúlio e Clara Minamihara, MaurícioGetúlio e Clara Minamihara, MaurícioGetúlio e Clara Minamihara, MaurícioGetúlio e Clara Minamihara, MaurícioGetúlio e Clara Minamihara, MaurícioMakoto Kondo e esposa.Makoto Kondo e esposa.Makoto Kondo e esposa.Makoto Kondo e esposa.Makoto Kondo e esposa.

Fernando Sordi Taveira (Assoc. Prod.Fernando Sordi Taveira (Assoc. Prod.Fernando Sordi Taveira (Assoc. Prod.Fernando Sordi Taveira (Assoc. Prod.Fernando Sordi Taveira (Assoc. Prod.Orgânicos Franca) e Carla Arantes.Orgânicos Franca) e Carla Arantes.Orgânicos Franca) e Carla Arantes.Orgânicos Franca) e Carla Arantes.Orgânicos Franca) e Carla Arantes.

Fabiano Mercatelli (Dedeagro) e esposa.Fabiano Mercatelli (Dedeagro) e esposa.Fabiano Mercatelli (Dedeagro) e esposa.Fabiano Mercatelli (Dedeagro) e esposa.Fabiano Mercatelli (Dedeagro) e esposa.

Rodrigo Chiarelli (GrupoRodrigo Chiarelli (GrupoRodrigo Chiarelli (GrupoRodrigo Chiarelli (GrupoRodrigo Chiarelli (GrupoBiosoja) e esposa.Biosoja) e esposa.Biosoja) e esposa.Biosoja) e esposa.Biosoja) e esposa.

Fernando Antônio Fernandes (Coonai)Fernando Antônio Fernandes (Coonai)Fernando Antônio Fernandes (Coonai)Fernando Antônio Fernandes (Coonai)Fernando Antônio Fernandes (Coonai)e Jacinto Chiareli Jr. (Pref. Franca)e Jacinto Chiareli Jr. (Pref. Franca)e Jacinto Chiareli Jr. (Pref. Franca)e Jacinto Chiareli Jr. (Pref. Franca)e Jacinto Chiareli Jr. (Pref. Franca)

Geraldo do Nascimento Júnior e esposaGeraldo do Nascimento Júnior e esposaGeraldo do Nascimento Júnior e esposaGeraldo do Nascimento Júnior e esposaGeraldo do Nascimento Júnior e esposa Daniel Ferreira de Figueiredo (BancoDaniel Ferreira de Figueiredo (BancoDaniel Ferreira de Figueiredo (BancoDaniel Ferreira de Figueiredo (BancoDaniel Ferreira de Figueiredo (BancoSantander) e esposa.Santander) e esposa.Santander) e esposa.Santander) e esposa.Santander) e esposa.

Rubens Manreza (Cocapec) eRubens Manreza (Cocapec) eRubens Manreza (Cocapec) eRubens Manreza (Cocapec) eRubens Manreza (Cocapec) eesposa.esposa.esposa.esposa.esposa.

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CCCCCAAAAAFFFFFÉÉÉÉÉ

O município de CamposGerais (MG) e áreas limítrofescomo Três Pontas (MG), BoaEsperança (MG), Campo doMeio (MG) e Alfenas (MG)foram atingidos por fortes ventose chuvas de granizo nos dias 15,16 e 26 de setembro.

Várias lavouras de café emestádio de pré-florada sofreramlesões nos ramos e grande des-folha, o que trará prejuízos consi-deráveis para a próxima safra(2009). Outras culturas, como batata,tomate, feijão e hortaliças tambémforam atingidas.

O município de Campos Gerais pos-sui, segundo dados da Emater-MG, 17mil hectares plantados em café. Aestimativa é de que 7 mil hectares foramatingidos pelo granizo. Deste total,1.600 hectares pertencem a cooperadosda Cooxupé.

Alguns produtores podem ter aprodução totalmente comprometida.Em função disso, a equipe de desen-volvimento técnico da Cooxupé alerta

Lavouras mineiras sentem efeitos de chuva de granizoLavouras mineiras sentem efeitos de chuva de granizoLavouras mineiras sentem efeitos de chuva de granizoLavouras mineiras sentem efeitos de chuva de granizoLavouras mineiras sentem efeitos de chuva de granizo

que, para recompor as lavouras, serãonecessárias podas, como decote comdesponte e até mesmo recepa. Os agrô-nomos da cooperativa recomendamtratamentos fitossanitários e destacam:medidas precipitadas e incorretas, alémde não resolverem o problema, podemaumentar os prejuízos do produtor.

O cooperado deve definir a melhorestratégia para minimizar os danoscausados em suas lavouras orientando-se com o departamento técnico daCooxupé. “Esta é nossa função: atuarjunto ao cooperado, com assistência

técnica de qualidade, para que elese sinta seguro quanto à melhormedida a tomar para evitar que osprejuízos aumentem”, destacou opresidente da Cooxupé, CarlosAlberto Paulino da Costa.

Granizo causaGranizo causaGranizo causaGranizo causaGranizo causadanos à floradadanos à floradadanos à floradadanos à floradadanos à florada

A situação na região de CamposGerais é mais grave em proprieda-des que já sofreram com a seca

prolongada em 2007 e que estavam comas lavouras preparadas para gerar boaprodução em 2009. Uma avaliação maisefetiva dos danos deve ocorrer nospróximos meses. No entanto, um fato éapontado como certo por nossa equipe:as lavouras que estavam prontas para aabertura da florada sofreram danosirrecuperáveis.

Diante desse quadro, os produtoresque amargaram prejuízos estãorefazendo sua programação de insumospara a safra 2008/2009. (Fonte: FolhaFonte: FolhaFonte: FolhaFonte: FolhaFonte: FolhaRural - Outubro/2008Rural - Outubro/2008Rural - Outubro/2008Rural - Outubro/2008Rural - Outubro/2008)

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A meta da ABIC - AssociaçãoBrasileira da Indústria do Café dechegar ao final de 2008 com umconsumo interno de 18,1 milhões desacas, representando um crescimen-to de 5,8% em relação a 2007 (17,1milhões de sacas), vai ser atingida.

Pesquisa realizada no períodocompreendido entre maio de 2007e abril/2008, considerado comointermediário e indicativo de even-tuais tendências para o ano, registrouo consumo de 17,45 milhões desacas, isto representando um acrés-cimo de 3,43% em relação ao perío-do anterior correspondente (maio/06 a abr/07), que havia sido de 16,87milhões de sacas.

“Isto significa que o País ampliouseu consumo interno de café em 570mil sacas nos 12 meses conside-rados”, diz Natal Martins, pro-fissional da área de Pesquisa e Infor-mações da ABIC.

Já o consumo per capita foi de5,64 kg de café em grão cru ou 4,51kg de café torrado, quase 74 litrospara cada brasileiro por ano, regis-trando uma evolução de 2,1% emrelação ao período intermediárioanterior, o que confirma a consta-tação da pesquisa InterScience, deque as pessoas estão consumindomais xícaras de café por dia.

Esta pesquisa mostra que 9 emcada 10 brasileiros acima de 15 anosconsome café diariamente, o quefaz do café a segunda bebida commaior penetração na população,atrás apenas da água e à frente dosrefri-gerantes e do leite.

Este resultado iguala o consumopor habitante/ano do Brasil (5,64kg/hab/ano) ao da Itália (5,63 kg/hab/ano), supera o da França (5,07kg/hab/ano) ficando pouco abaixodo consumo da Alemanha (5,86 kg/hab.ano).

Os campeões de consumo, entretanto, aindasão os paises nórdicos, com a Finlândia alcan-çando 12 kg por habitante/ano. “Por outro lado,considerando o café já torrado e moído, oconsumo per capita de 4,51 kg/hab/anoaproxima-se do consumo histórico de 1965,que foi de 4,72 kg/hab/ano”, comemora opresidente da ABIC, Almir José Silva Filho.

A importância disto está no fato de que aABIC, ao lançar o Programa do Selo de Pureza,em 1989, anunciou que pretendia reverter aqueda no consumo de café que havia à épocapor meio da oferta de melhor qualidade aoconsumidor, com o objetivo de retomar ogrande consumo interno registrado pelo extintoIBC em 1965.

“Parece que a hora está chegando! Os con-sumidores brasileiros já reconhecem a melhorada qualidade do café que lhes tem sido oferecidoe comemoram tomando mais xícaras a cadadia!”, analisa o presidente.

A ABIC continuará perseguindo a meta deatingir 21 milhões de sacas no ano 2010. Nospróximos anos, a entidade pretende incremen-tar e consolidar o mercado de cafés Superiores,Gourmet e Especiais. Para tanto, em 2007 am-pliou o leque de seus programas de qualidade ecertificação, que já contam com o Selo de Pu-reza ao lado do PQC Programa de Qualidadedo Café e tem agora o PCS Programa CafésSustentáveis do Brasil, que assegura produçãosustentável da fazenda até a xícara.

ABIC aponta aumento do consumo de café em 2008ABIC aponta aumento do consumo de café em 2008ABIC aponta aumento do consumo de café em 2008ABIC aponta aumento do consumo de café em 2008ABIC aponta aumento do consumo de café em 2008

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BASF e Campagro realizam palestra em Ibiraci (MG)BASF e Campagro realizam palestra em Ibiraci (MG)BASF e Campagro realizam palestra em Ibiraci (MG)BASF e Campagro realizam palestra em Ibiraci (MG)BASF e Campagro realizam palestra em Ibiraci (MG)No mês de outubro, a Campagro

realizou mais uma palestra para cafeicul-tores, abordando o tema “Controle daPhoma e da Ascochyta”. Desta vez fo-ram contemplados os cafeicultores deIbiraci (MG), que puderam conhecer etirar suas dúvidas a respeito do controledestas doenças, considerada muitoimportante pelo pesquisador PedroPaulino de Mendonça, responsável pelodepartamento de Desenvolvimento deMercado da BASF. “Procuramos alertar

e orientar os cafeicul-tores de todo o país paraa importância do con-trole da Phoma e da As-cochyta, doenças consi-deradas de pouca im-portância até anos atrás,mas que vem mostrandoreduzindo drasticamen-te as produções de la-vouras de café, princi-palmente quando em

condições climáticasfavoráveis”, explicaMendonça.

De acordo com opesquisador, o ataquedo fungo é favorecidoquando as condiçõesclimáticas coincidemtemperaturas amenas(18 a 19 º C) e umida-de relativa elevada.

Esta condição ocorre principalmentecom a entrada de frentes-frias, comchuvas finas e continuadas. Áreas sujei-tas à incidência de ventos, com históricoda doença e lavouras irrigadas são asmais favoráveis à doença.

Mendonça apresentou resultados depesquisa com a utilização do fungicidasistêmico CantusCantusCantusCantusCantus®, com alta eficáciano controle da Phoma e da Ascochyta,com maior período de controle.

Estiveram presentes na palestracerca de 40 cafeicultores, que puderamconhecer ainda a linha de fertilizantesfoliares da Compo do Brasil.

A equipe CampagroA equipe CampagroA equipe CampagroA equipe CampagroA equipe Campagrode Ibiraci:- Lucas,de Ibiraci:- Lucas,de Ibiraci:- Lucas,de Ibiraci:- Lucas,de Ibiraci:- Lucas,Vinícius, Alencar,Vinícius, Alencar,Vinícius, Alencar,Vinícius, Alencar,Vinícius, Alencar,Jonatas e Guilherme.Jonatas e Guilherme.Jonatas e Guilherme.Jonatas e Guilherme.Jonatas e Guilherme.

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No dia 14 de outubro, o CNC -Conselho Nacional do Café realizou apalestra “O impacto do aquecimentoglobal na cafeicultura”, ministrada pelochefe geral da Embrapa InformáticaAgropecuária, Eduardo Delgado Assad,e pelo Prof. Dr. Hilton Silveira Pinto,coordenador de Projetos de Meteo-rologia da Unicamp, no auditório daMinasul - Cooperativa dos Cafeicul-tores da Zona de Varginha.

Durante o evento, que contou coma presença de produtores e liderançasdas entidades da cadeia produtiva docafé, foram expostas projeções de cená-rios climáticos à cafeicultura brasileirade arábica e robusta até o ano de 2070e quais podem ser os prováveis impactosocasionados na atividade. “As análisesforam realizadas nos principais Estadosprodutores, como Minas Gerais, EspíritoSanto, São Paulo e Paraná, e nos permi-tem saber quais ações de mitigação eadaptação tomar para que a cafeiculturanão sofra com o aquecimento global”,explicou Assad.

O coordenador de Projetos de Me-teorologia da Unicamp mencionou queforam mostrados os cenários prováveisà cafeicultura com o impacto do aque-cimento na atividade. (Gráficos emGráficos emGráficos emGráficos emGráficos emAnexoAnexoAnexoAnexoAnexo). “Demonstramos até o pior ce-nário possível com o exato intuito deevitá-lo, através da prática dos trabalhose pesquisas que desenvolvemos. Existea possibilidade de redução do aqueci-mento e de adaptação da cafeicultura aele”, disse o professor Hilton.

A percepção do público presente àpalestra foi das melhores possíveis, umavez que, segundo a maioria dos parti-

Aquecimento Global foi tema de palestra em VarginhaAquecimento Global foi tema de palestra em VarginhaAquecimento Global foi tema de palestra em VarginhaAquecimento Global foi tema de palestra em VarginhaAquecimento Global foi tema de palestra em Varginha

cipantes, foram esclarecidos diversospontos duvidosos que existiam a respei-to do tema. “Ficamos sabendo da imi-nência do aquecimento global, mas,mais do que isso, soubemos que há comopreveni-lo e/ou adaptar a cafeiculturaa essa realidade de um mundo maisquente”, comentou Marcelo Martins,presidente da Minasul.

É válido destacar a presença do ge-rente geral da Embrapa Café, AymbiréFrancisco Almeida da Fonseca, que co-laborou com o CNC na organização doevento e participou respondendo a dú-vidas do público presente. “Durante apalestra, os participantes puderam com-preender que as mudanças climáticas,continuando nos níveis de crescimentodos últimos anos, terão uma interferên-cia importante na cafeicultura. Contu-do, a palestra também mostrou, clara-mente, que existem alternativas para

Paulo André Kawasaki (CNC), Eduardo Delgado Assad, (Embrapa InformáticaPaulo André Kawasaki (CNC), Eduardo Delgado Assad, (Embrapa InformáticaPaulo André Kawasaki (CNC), Eduardo Delgado Assad, (Embrapa InformáticaPaulo André Kawasaki (CNC), Eduardo Delgado Assad, (Embrapa InformáticaPaulo André Kawasaki (CNC), Eduardo Delgado Assad, (Embrapa InformáticaAgropecuária), Prof. Hilton Silveira Pinto (Coordenador de Projetos deAgropecuária), Prof. Hilton Silveira Pinto (Coordenador de Projetos deAgropecuária), Prof. Hilton Silveira Pinto (Coordenador de Projetos deAgropecuária), Prof. Hilton Silveira Pinto (Coordenador de Projetos deAgropecuária), Prof. Hilton Silveira Pinto (Coordenador de Projetos deMeteorologia da Unicamp), Marcelo Martins (presidente da Minasul) e AymbiréMeteorologia da Unicamp), Marcelo Martins (presidente da Minasul) e AymbiréMeteorologia da Unicamp), Marcelo Martins (presidente da Minasul) e AymbiréMeteorologia da Unicamp), Marcelo Martins (presidente da Minasul) e AymbiréMeteorologia da Unicamp), Marcelo Martins (presidente da Minasul) e AymbiréFonseca (chefe da Embrapa Café).Fonseca (chefe da Embrapa Café).Fonseca (chefe da Embrapa Café).Fonseca (chefe da Embrapa Café).Fonseca (chefe da Embrapa Café).

minimizar os efeitos dessas alterações,especialmente no que diz respeito àelevação da temperatura”, anotou.

Um ponto em comum levantadopelos pesquisadores foi a necessidade demais investimentos em pesquisa cientí-fica, nas diversas áreas do conhecimen-to, focando o esforço na busca de culti-vares adaptadas, estudos de cultivosconsorciados ou associados com espéciesarbóreas, assim como dos aspectos rela-cionados ao manejo do solo e da planta,como poda, adensamento, cultivomínimo, irrigação, etc.

Assad, Prof. Hilton e Aymbiré tam-bém concordaram que, como essas alte-rações serão mais sentidas em médioprazo, é adequado que, no presente mo-mento, sejam planejados e iniciados tra-balhos de pesquisa, os quais, demandamtempo para oferecer resultados concre-tos e seguros à atividade cafeeira.

SITUAÇÃOATUAL

ANO 2020 ANO 2050 ANO 2070

Irrigação Necessária

Baixo Risco Climático

Irrigação Recomendada

Risco de Geadas

Risco de Temp. Elevadas

Alto Risco Climático

Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 - Zoneamento Climático para Café Arábica, de acordo com as previsões de aumento da temperatura global.

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Figura 2 Figura 2 Figura 2 Figura 2 Figura 2 - Zoneamento Climático para Café Robusta, de acordo com as previsões de aumento da temperatura global. CCCCCAAAAAFFFFFÉÉÉÉÉ

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A Câmara Setorial do Caféde São Paulo, promotora do7º Concurso Estadual de7º Concurso Estadual de7º Concurso Estadual de7º Concurso Estadual de7º Concurso Estadual deQualidade do Café de SãoQualidade do Café de SãoQualidade do Café de SãoQualidade do Café de SãoQualidade do Café de SãoPauloPauloPauloPauloPaulo, anunciou no mês deoutubro os dez melhores cafésda safra 2008 em São Paulo.

Concorreram 67 amostrasna categoria “Cafés Naturais”e 43 na categoria “Cereja Des-cascado”. Todas as amostrasque participaram do Con-curso Estadual foram campeãsdas competições regionais,promovidas por associações ecooperativas de produtores.

O melhor café da safra foiproduzido na Fazenda Re-creio, de Homero Teixeira deMacedo Junior, de São Sebastião daGrama (SP). Ele participou na categoria“Cereja Descascado” no 7º ConcursoEstadual de Qualidade do Café, queanunciou seus resultados no Museu doCafé, em Santos (SP). Foram pagos R$1.280 pela saca do produto vencedor.Em segundo ficou Fernando Loureiro,de Torrinha (SP), concorrente da cate-goria “Café Natural”. A saca foicomprada por R$ 870.

O cafeicultor Aníbal Antônio Bran-quinho, da Fazenda Nossa Senhora daAbadia, de Pedregulho (SP), havia seclassificado em 5º lugar no 6º Concur-6º Concur-6º Concur-6º Concur-6º Concur-so de Qualidade de Café da Altaso de Qualidade de Café da Altaso de Qualidade de Café da Altaso de Qualidade de Café da Altaso de Qualidade de Café da AltaMogianaMogianaMogianaMogianaMogiana, realizado pela AMSC emagosto último, em Franca (SP).

Chamou a atenção do público pre-sente as diferenças entre os doisprimeiros colocados: a propriedade deMacedo Junior tem tradição de mais decem anos em café, enquanto Loureiro

Cafeicultor de Pedregulho fica entre os melhores de SPCafeicultor de Pedregulho fica entre os melhores de SPCafeicultor de Pedregulho fica entre os melhores de SPCafeicultor de Pedregulho fica entre os melhores de SPCafeicultor de Pedregulho fica entre os melhores de SP

O cafeicultor Aníbal Antônio BranquinhoO cafeicultor Aníbal Antônio BranquinhoO cafeicultor Aníbal Antônio BranquinhoO cafeicultor Aníbal Antônio BranquinhoO cafeicultor Aníbal Antônio Branquinhorecebe premiação no 6º Concurso da AMSCrecebe premiação no 6º Concurso da AMSCrecebe premiação no 6º Concurso da AMSCrecebe premiação no 6º Concurso da AMSCrecebe premiação no 6º Concurso da AMSC

CEREJA DESCASCADO:-CEREJA DESCASCADO:-CEREJA DESCASCADO:-CEREJA DESCASCADO:-CEREJA DESCASCADO:-1º lugar1º lugar1º lugar1º lugar1º lugar: Homero Teixeira de MacedoJunior, de São Sebastião da Grama.preço de venda da sacapreço de venda da sacapreço de venda da sacapreço de venda da sacapreço de venda da saca: R$ 1.280 2º lugar2º lugar2º lugar2º lugar2º lugar: Lindolpho de Carvalho Dias,de São Sebastião da Grama. Preço dePreço dePreço dePreço dePreço devenda da sacavenda da sacavenda da sacavenda da sacavenda da saca: R$ 804 3º lugar:3º lugar:3º lugar:3º lugar:3º lugar: Regina Rusca Queiroz, deBragança Paulista (SP). Preço dePreço dePreço dePreço dePreço devenda da sacavenda da sacavenda da sacavenda da sacavenda da saca: R$ 501 4º lugar4º lugar4º lugar4º lugar4º lugar: José Felet Sobrinho, deTaquarituba (SP). Preço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda dasacasacasacasacasaca: R$ 450 5º lugar5º lugar5º lugar5º lugar5º lugar: Celso dos Santos & Outros,de Caconde (SP). Preço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda dasacasacasacasacasaca: R$ 417 CAFÉ NATURAL:-CAFÉ NATURAL:-CAFÉ NATURAL:-CAFÉ NATURAL:-CAFÉ NATURAL:-1º lugar1º lugar1º lugar1º lugar1º lugar: Fernando Loureiro, deTorrinha (SP). Preço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda dasacasacasacasacasaca: R$ 870 2º lugar2º lugar2º lugar2º lugar2º lugar: Anésio Contine, de EspíritoSanto do Pinhal (SP). Preço de vendaPreço de vendaPreço de vendaPreço de vendaPreço de vendada sacada sacada sacada sacada saca: R$ 501 3º lugar3º lugar3º lugar3º lugar3º lugar: Adriano Leite Vallim, de SãoJoão da Boa Vista (SP). Preço de vendaPreço de vendaPreço de vendaPreço de vendaPreço de vendada sacada sacada sacada sacada saca: R$ 460 4º lugar4º lugar4º lugar4º lugar4º lugar: Anibal Antonio Branquinho,de Pedregulho (SP). Preço de vendaPreço de vendaPreço de vendaPreço de vendaPreço de vendada sacada sacada sacada sacada saca: R$ 418 5º lugar5º lugar5º lugar5º lugar5º lugar: Sebastião Alves Filho, deCaconde (SP).Preço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda daPreço de venda dasacasacasacasacasaca: R$ 415

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se destaca por produzir apenas empouco mais de três hectares.

“Isso mostra a preocupação com aqualidade do café em São Paulo, inde-pendentemente se o produtor é depequeno porte ou tradicional no ramo.Além disso, a cada ano o concurso temmais produtores participando - forammais de mil agora, o que só ajuda a apri-morar ainda mais a busca e o com-promisso com a qualidade”, comentouo secretário de Agricultura e Abaste-cimento do Estado, João Sampaio.

O resultado do 7º ConcursoEstadual foi divulgado em 14 de outu-bro pela empresa Apply Auditores, deSantos, que acompanha o certame pro-movido pela Câmara Setorial do Café,uma das 28 que funcionam no âmbitoda Coordenadoria de Desenvolvimentodos Agronegócios da Secretaria (Co-deagro) e que é presidida por NathanHerszkowicz.

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Pesquisa desenvolvida por pelaUniversidade Federal de Viçosa (UFV)e pela Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) concluiu que o supri-mento de Zinco (Zn) afeta positiva-mente a qualidade dos grãos de café,caracterizada por tamanho dos grãos,porcentagem de grãos brocados, teorde Zn nos grãos, condutividade elétrica,lixiviação de potássio e concentração deácidos clorogênicos. Os resultados desteestudo foram apresentados no XIISimposio Iberico de Nutrición Mineralde Las Plantas, de 22 a 24 de outubro,em Granada - Espanha. Hermínia EmíliaPrieto Martinez, pesquisadora da UFV,representará a equipe (Yonara Neves/UFV, Adriana Farah e Daniel Perrone/UFRJ) na apresentação dos resultados.UFV e UFRJ são instituições parceirasdo Consórcio Brasileiro de Pesquisa eDesenvolvimento do Café (CBP&D/Café), administrado pela Embrapa Café.

O efeito do Zinco sobre a produtivi-dade das lavouras é conhecido, mas sãopoucos os trabalhos que relacionamnutrição mineral e qualidade dos grãosde café, especialmente em relação a estemicronutriente. Destaque também paraa interação de pesquisadores especialis-tas nas áreas de nutrição mineral e quí-mica do café e da parceria entre ins-tituições de ensino de referência. O tra-balho complementa outros estudos quetêm enfocado a composição química degrãos de café, relacionando o teor dediversos compostos à classificaçãocomercial dos grãos crus e à qualidadeda bebida, tradicionalmente avaliadapela “prova de xícara”.

As plantas suplementadas com Znapresentaram maior porcentagem degrãos exportáveis graúdos, retidos naspeneiras 17 e 18. Merece destaque a

Pesquisa sobre efeito do Zinco na qualidade do caféPesquisa sobre efeito do Zinco na qualidade do caféPesquisa sobre efeito do Zinco na qualidade do caféPesquisa sobre efeito do Zinco na qualidade do caféPesquisa sobre efeito do Zinco na qualidade do caféporcentagem de grãos atacados porbroca, que, embora pequena, foi signi-ficativamente menor nos frutos dasparcelas que receberam Zn (0,65%) emrelação àqueles cultivados sem forneci-mento desse mineral (1,85 %). Segundodados da pesquisa, o fornecimento deZn promoveu a elevação do teor de áci-dos clorogênicos do grão, sendo umaprovável razão para a não preferênciado inseto por grãos com maiores teoresde compostos fenólicos.

A avaliação sensorial (prova dexícara) transformada em nota resultouem diferença não significativa entre ostratamentos, muito embora a notamédia da bebida preparada com frutosde plantas que não receberam Zn tenhasido 60 e a dos frutos de plantas suple-mentadas com Zn tenha sido 72,5. Asuplementação das plantas com Znlevou a um aumento significativo daconcentração do elemento nos grãos,de 5,1 para 7,1 mg/kg. Em termos abso-lutos a diferença é pequena, porém,segundo os pesquisadores , pode ter sidosuficiente para promover alteraçõesmetabólicas relevantes.

Manutenção da qualidade –Manutenção da qualidade –Manutenção da qualidade –Manutenção da qualidade –Manutenção da qualidade –Conforme estudos anteriores, váriascondições, incluindo a injúria mecânicados grãos, afetam a estrutura das mem-branas celulares nos grãos de café, po-dendo modificar a composição químicado grão cru, que ao ser torrado irá pro-duzir compostos que alterarão o aromae o sabor da bebida. O Zn contribui paraa manutenção da integridade damembrana.

Quanto à acidez, vale ressaltar quena prova de xícara, algumas das amos-tras de frutos das plantas suplementadascom Zn receberam as denominações dedura cítrica e dura frutada, com maior

nota final. É o que alguns provadoresdenominam acidez positiva, caracte-rizada por uma acidez cítrica, típica decafés de bebida fina.

Os dados da pesquisa chamam aatenção para a maior concentração deácidos clorogênicos nos grãos das plan-tas suplementadas com Zn, com umaindicação de que o micronutriente este-ja de alguma forma implicado em suasíntese, muito embora na literatura cien-tífica só haja referências à participaçãode Cobre, Ferro, Boro e Manganês nasíntese de fenóis. Vale considerar que adegradação térmica dos ácidos cloro-gênicos durante a torrefação do caféresulta na pigmentação, formação doaroma e, amargor da bebida. Emborahaja um consenso na literatura sobre aassociação de baixa qualidade de caféàs concentrações totais de ácidos cloro-gênicos, neste estudo esta associação nãofoi observada. O teor de ácidos cloro-gênicos totais nos frutos das plantas su-plementadas com Zn foi significativa-mente superior ao observado nos grãosdaquelas não suplementadas.

De acordo com Adriana Farah,professora e pesquisadora do Institutode Química da UFRJ, os ácidos clo-rogênicos apresentam capacidade anti-oxidante e parecem também exerceratividades hipoglicemiante, antiviral,hepatoprotetora e imunoprotetora nosseres humanos. Nesse sentido, pode-seafirmar que além do papel desem-penhado pelos ácidos clorogênicos nodesenvolvimento do flavor do café noprocesso de torra, e independentementede seu efeito na qualidade sensorial dabebida, uma maior concentração dessescompostos é interessante do ponto devista nutracêutico. (Cibele Aguiar -Cibele Aguiar -Cibele Aguiar -Cibele Aguiar -Cibele Aguiar -Embrapa CaféEmbrapa CaféEmbrapa CaféEmbrapa CaféEmbrapa Café)

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Jacuí e Araponga vencem o 5º ConcursoJacuí e Araponga vencem o 5º ConcursoJacuí e Araponga vencem o 5º ConcursoJacuí e Araponga vencem o 5º ConcursoJacuí e Araponga vencem o 5º Concursode Qualidade de Café de Minas Geraisde Qualidade de Café de Minas Geraisde Qualidade de Café de Minas Geraisde Qualidade de Café de Minas Geraisde Qualidade de Café de Minas Gerais

A Secretaria de Agricul-tura do Estado de Minas Geraise a Emater-MG em parceriacom a UFLA - UniversidadeFederal de Viçosa (MG) divul-garam no final de outubro osfinalistas do 5º Concurso de5º Concurso de5º Concurso de5º Concurso de5º Concurso deQualidade dos Cafés deQualidade dos Cafés deQualidade dos Cafés deQualidade dos Cafés deQualidade dos Cafés deMinas Gerais.Minas Gerais.Minas Gerais.Minas Gerais.Minas Gerais.

Na categoria “Café Natu-ral”, o melhor café é do muni-cípio de Jacuí (MG), do pro-dutor Francisco Luiz da Costa,que teve seu lote de 20 sacasarrematado no leilão pelovalor de R$ 1.030,00 a sacapelo Consórcio Mineiro.

O município de Patrocínio (MG), nocerrado mineiro, conquistou o segundolugar, com a cafeicultora AméliaFerraciole Delarisse.

Já o município de São Sebastião doParaíso (MG) conquistou o terceiro e oquinto lugar, respectivamente com

Marcio Octavio do Couto Rosa eSebastião de Carvalho Montans.

Na categoria “Cereja Descascado”,Carlos Sérgio Sanglard, de Araponga(MG) levou o primeiro prêmio e vendeuno leilão seu café por R$ 1.200 a saca. Olote foi comprado pelo Café Toko, da

Zona da Mata. Os municípiosde Dom Viçoso (MG), Bote-lhos (MG), Pedralva (MG) eSão Francisco de Paula (MG)- todos do Sul de Minas - com-pletaram a lista dos cincomelhores do estado.

O concurso recebeu esteano inscrições de 1.500 pro-dutores das quatro regiõesprodutoras de café do Estado:Matas de Minas, Sul de Minas,Chapadas de Minas e Cerrado.

Minas Gerais ocupa o 1ºlugar no ranking dos maioresprodutores de café do país,segundo o IBGE.

Dados da Emater-MG mostram queo Estado tem uma produção de cercade 22.105.814 sacas de 60 quilos de cafébeneficiados em uma área de 1.033.260hectares. O município de Patrocínio -no cerrado mineiro - é o maior produtorde café do estado.

A Fundação Ernesto Illy divulgouno início do mês os 50 finalistas doConcurso de Qualidade do Café para‘Espresso’. A Comissão Julgadora,formada por consultores científicos dolaboratório brasileiro da empresa eespecialistas vindos da Itáliaespecialmente para esta seleção, teveum árduo trabalho para escolha dosmelhores cafés entre as 530 amostrasinscritas, representando 107.019 sacasde excelente qualidade.

Das amostras finalistas, 49 sãoprovenientes do estado de Minas Geraise apenas uma vem de São Sebastião daGrama (SP), São Paulo. As regiões doCerrado e Norte de Minas concorremcom duas amostras cada e, Matas deMinas, com dez. O Sul de Minas éresponsável por 70% das selecionadaspara a nova etapa do concurso, com 35amostras concorrentes. Ressaltamos agrande quantidade de cafeicultores demunípios tradicionais, como os oito

Monte Santo de Minas, Monte Belo e MuzambinhoMonte Santo de Minas, Monte Belo e MuzambinhoMonte Santo de Minas, Monte Belo e MuzambinhoMonte Santo de Minas, Monte Belo e MuzambinhoMonte Santo de Minas, Monte Belo e Muzambinhoentre os 50 finalistas do 18º Prêmio Illy de Qualidadeentre os 50 finalistas do 18º Prêmio Illy de Qualidadeentre os 50 finalistas do 18º Prêmio Illy de Qualidadeentre os 50 finalistas do 18º Prêmio Illy de Qualidadeentre os 50 finalistas do 18º Prêmio Illy de Qualidade

O cafeicultor Francisco Luiz da Costa, de Jacuí (MG)O cafeicultor Francisco Luiz da Costa, de Jacuí (MG)O cafeicultor Francisco Luiz da Costa, de Jacuí (MG)O cafeicultor Francisco Luiz da Costa, de Jacuí (MG)O cafeicultor Francisco Luiz da Costa, de Jacuí (MG)recebe premiação, ao lado de Antônio Nazareno (Reitorrecebe premiação, ao lado de Antônio Nazareno (Reitorrecebe premiação, ao lado de Antônio Nazareno (Reitorrecebe premiação, ao lado de Antônio Nazareno (Reitorrecebe premiação, ao lado de Antônio Nazareno (Reitorda UFLA) e Gilman Vianna (da UFLA) e Gilman Vianna (da UFLA) e Gilman Vianna (da UFLA) e Gilman Vianna (da UFLA) e Gilman Vianna (Secretário de AgriculturaSecretário de AgriculturaSecretário de AgriculturaSecretário de AgriculturaSecretário de AgriculturaPecuária e Abastecimento de Minas Gerais).Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).

cafeicultores de Carmo de Minas (MG),os oito de Araponga (MG) e os seis deCabo Verde (MG).

Dentre os finalistas mineiros,destaque para os cafeicultores CarlosHenrique Ribeiro do Valle, domunicípio de Monte Santo de Minas(MG); Marco Antonio Tejada dePodesta, de Monte Belo (MG); e os trêsclassificados de Muzambinho (MG):Ailton dos Santos, Armando SantosJúnior e a família de Tuffi Mussi.

O diretor da empresa responsávelpela compra e exportação dos cafés Illy,Porto de Santos (PDS), NelsonCarvalhaes, pontuou que o Prêmio estáao alcance de todos os produtores decafé arábica de alta qualidade espalhadospelo Brasil. “Recebemos cafés de seisestados: Goiás; Minas Gerais, das regiõesdo Cerrado, Sul, Norte e Matas deMinas; Bahia, do Cerrado baiano,Chapada Diamantina e Vitória daConquista; São Paulo, da Alta Paulista,

Araraquarense e Sorocabana; EspíritoSanto; e Rio de Janeiro”, explica.

Segundo o presidente da ComissãoJulgadora e diretor da Assicafé,laboratório da illycaffè no Brasil, dr.Aldir Alves Teixeira, a alta qualidade dasamostras torna mais acirrada a disputapelos primeiros lugares.

A divulgação dos 10 primeiroscolocados será somente no dia da festade premiação, que acontecerá no dia 6de março de 2009, na cidade de SãoPaulo. Eles receberão respectivamenteUS$ 30.000, US$ 20.000, US$ 10.000,US$ 5.000, US$ 3.000 e do sexto aodécimo lugares US$ 1.000. Os demaisganhadores, ou seja, do 11º ao 50ºreceberão US$ 700. Os classificadorescom maior número de amostrasaprovadas serão premiados com US$2.000 para o vencedor, US$ 1.500 parao vice-campeão e US$ 1.000 para oterceiro colocado, totalizando mais deUS$ 100 mil em prêmios.

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O cafeicultor Guilhermino Antoniode Souza (Sítio Faquinha, CristaisPaulista/SP) foi o grande vencedor do5º Concurso de Qualidade de5º Concurso de Qualidade de5º Concurso de Qualidade de5º Concurso de Qualidade de5º Concurso de Qualidade deCafé CocapecCafé CocapecCafé CocapecCafé CocapecCafé Cocapec, realizado no final domês de outubro, cuja premiação aconte-ceu no dia 22, no Salão da Agabê, emFranca (SP).

Guilhermino ficou em primeirolugar na categoria “Café Natural” elevou, como prêmio, o pulverizador

Cristais Paulista e Serra Negra vencem oCristais Paulista e Serra Negra vencem oCristais Paulista e Serra Negra vencem oCristais Paulista e Serra Negra vencem oCristais Paulista e Serra Negra vencem o5º Concurso de Qualidade de Café Cocapec5º Concurso de Qualidade de Café Cocapec5º Concurso de Qualidade de Café Cocapec5º Concurso de Qualidade de Café Cocapec5º Concurso de Qualidade de Café Cocapec

Os premiados da concurso. CAFÉS NATURAIS:- GuilherminoOs premiados da concurso. CAFÉS NATURAIS:- GuilherminoOs premiados da concurso. CAFÉS NATURAIS:- GuilherminoOs premiados da concurso. CAFÉS NATURAIS:- GuilherminoOs premiados da concurso. CAFÉS NATURAIS:- GuilherminoAntonio de Souza (1º lugar); Bernardino Pucci (2º); MarcosAntonio de Souza (1º lugar); Bernardino Pucci (2º); MarcosAntonio de Souza (1º lugar); Bernardino Pucci (2º); MarcosAntonio de Souza (1º lugar); Bernardino Pucci (2º); MarcosAntonio de Souza (1º lugar); Bernardino Pucci (2º); MarcosAndrade Barbosa (3º); Walter Ferreira (4º); e José IsmarAndrade Barbosa (3º); Walter Ferreira (4º); e José IsmarAndrade Barbosa (3º); Walter Ferreira (4º); e José IsmarAndrade Barbosa (3º); Walter Ferreira (4º); e José IsmarAndrade Barbosa (3º); Walter Ferreira (4º); e José IsmarMendes (5º).Mendes (5º).Mendes (5º).Mendes (5º).Mendes (5º).

CEREJA DESCASCADO:- Eurípedes Alves Pereira (3º lugar);CEREJA DESCASCADO:- Eurípedes Alves Pereira (3º lugar);CEREJA DESCASCADO:- Eurípedes Alves Pereira (3º lugar);CEREJA DESCASCADO:- Eurípedes Alves Pereira (3º lugar);CEREJA DESCASCADO:- Eurípedes Alves Pereira (3º lugar);Dirnei de Barros Pereira (5º); o agrônomo da AgropastorilDirnei de Barros Pereira (5º); o agrônomo da AgropastorilDirnei de Barros Pereira (5º); o agrônomo da AgropastorilDirnei de Barros Pereira (5º); o agrônomo da AgropastorilDirnei de Barros Pereira (5º); o agrônomo da AgropastorilQuintas da Serra (1º); Joaquim Antonio Rodrigues (2º); eQuintas da Serra (1º); Joaquim Antonio Rodrigues (2º); eQuintas da Serra (1º); Joaquim Antonio Rodrigues (2º); eQuintas da Serra (1º); Joaquim Antonio Rodrigues (2º); eQuintas da Serra (1º); Joaquim Antonio Rodrigues (2º); ePaulo Eduardo Ribeiro Maciel (4º)Paulo Eduardo Ribeiro Maciel (4º)Paulo Eduardo Ribeiro Maciel (4º)Paulo Eduardo Ribeiro Maciel (4º)Paulo Eduardo Ribeiro Maciel (4º)

Jacto PH400. Bernardino Pucci (SãoJosé da Bela Vista/SP) ficou com a motoHonda Titan KS; Marcos Andrade(Ibiraci/MG) com a carreta Facchini;Walter Ferreira (Franca/SP) com aroçadeira Tatu RC2; e José Ismar(Jeriquara/SP) com o tratamento de 5hectares com o produtos da Syngenta.

Na categoria “Cereja Descascado”, aempresa Agropastorial Quintas da Serra,de Serra Negra (SP), abocanhou o pri-

meiro lugar. Joaquim Antonio Rodri-gues (Sítio Catiguá, Capetinga/MG) ficouem segundo e Eurípedes Alves Pereira(Fazenda Santa Terezinha, Cássia/MG),em terceiro lugar.

Ao todo, foram avaliadas 210 amos-tras, tendo como jurados Jorge JoséMenezes Assis (Monte Alegre Coffee),José Antônio dos Santos (Beigel Coffee),Luciano Agostini (Coopinhal) e AndréPeres (Syngenta).

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O eucalipto é uma alternativa ambi-ental satisfatória para o setor florestal? Oprojeto “Quantificação dos balanços“Quantificação dos balanços“Quantificação dos balanços“Quantificação dos balanços“Quantificação dos balançosde carbono, água e nutrientes, nade carbono, água e nutrientes, nade carbono, água e nutrientes, nade carbono, água e nutrientes, nade carbono, água e nutrientes, naescala do ecossistema, para umaescala do ecossistema, para umaescala do ecossistema, para umaescala do ecossistema, para umaescala do ecossistema, para umarotação do eucalipto usando torrerotação do eucalipto usando torrerotação do eucalipto usando torrerotação do eucalipto usando torrerotação do eucalipto usando torrede fluxo”de fluxo”de fluxo”de fluxo”de fluxo” pretende encontrar uma res-posta precisa para a questão. A coorde-nação da pesquisa é do professor José LuizStape, do departamento de CiênciasFlorestais (LCF), em parceria com pesqui-sadores do Centro Internacional de Pes-quisa Agronômica (Cirad), da França, edo Instituto de Astronomia, Geofísica eCiências Atmosféricas (IAG), da USP.

Para permitir a análise das relaçõesdo eucalipto com o ecossistema, foi insta-lada uma torre de fluxo em área florestadapertencente a uma das onze empresas do

Pesquisa da ESALQ monitora carbono, águaPesquisa da ESALQ monitora carbono, águaPesquisa da ESALQ monitora carbono, águaPesquisa da ESALQ monitora carbono, águaPesquisa da ESALQ monitora carbono, águae nutrientes em floresta de eucaliptoe nutrientes em floresta de eucaliptoe nutrientes em floresta de eucaliptoe nutrientes em floresta de eucaliptoe nutrientes em floresta de eucalipto

setor florestal que financiam o projetopor meio do IPEF - Instituto de Pesqui-sas e Estudos Florestais.

A torre começou a operar em feve-reiro deste ano e acompanhará o ciclocompleto do eucalipto, que dura aproxi-madamente sete anos.

O projeto está orçado em cerca deR$ 2 milhões e a proposta é alcançarresultados científicos que auxiliem nomanejo econômico e ecológico da cultu-ra do eucalipto como fonte primáriapara o setor.

A torre está localizada próxima àEstação Experimental do LCF, em Ita-tinga (SP), e monitora cerca de 100hectares, onde estão plantados 150 milexemplares de eucalipto, todos mapea-dos pelos pesquisadores.

Para Yann Nouvellon, pesqui-sador do Cirad, “estudar o impacto doeucalipto e entender melhor o ciclodo carbono nesse tipo de floresta inte-ressa ao mundo todo sob o ponto devista das condições ideais que definemo melhor modelo de crescimentoflorestal”.

A área de análise tem origemseminal e seu corte ocorrerá em mar-ço de 2009. A partir daí, será efetuadoum plantio clonal, o que permitirámelhorar a qualidade genética eavaliar a adaptação da nova florestaàs diferentes condições de chuva,temperatura e sua combinação comsolos arenoso e argiloso.

Além do clone principal, umacoleção de 11 materiais genéticos deeucalipto será também instalada paraavaliar as possíveis diferençasecofisiológicas no gênero Eucalyptus.Após o corte, a torre será baixada para10m, sendo elevada conforme ocrescimento da floresta.

Segundo o professor Stape, “aprodutividade das plantações florestaisresulta da interação entre genótipo,manejo e fatores ambientais, referen-tes à disponibilidade e uso dos recursosnaturais como luz, água e nutrientes.O objetivo final do projeto é formularrecomendações técnicas, usandomodelos ecofisiológicos que otimizema produção e garantam a sustenta-bilidade dos plantios comerciais”.

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Nativa da parte noroeste daAustrália, de Papua Nova-Guinée do oeste da Indonésia, a Acaciamangium é uma espécie potencialpara cultivo nas zonas baixaseúmidas, apresentando usosvariados entre eles a construçãocivil e movelaria.

As razõespara promover seuuso são o crescimento rápido e aadaptação a sítios de característi-casfísicas e químicas de solo rela-tivamente difíceis e com poucasopções de produçãoflorestal.

Tem sido introduzida em paísescomo Sri Lanka, China Popular,Tailândia, Malásia, Nepal, Filipinas,entre outros. Na América Central foiintroduzida em nível experimentalem 1979 e em nível de produção sóa partir de 1984, na Costa Rica,Panamá e Honduras.

Cresce em regiões com até 800m, com temperaturas desde 12°C até34°C e precipitações que variam de1.000 a 3000 mm / ano. Desenvolve-se em solos erosionados, com fortedeclividade, solos ácidos com pH até4 e com altos conteúdos de alumínio.Suporta períodos secos prolongadosde até 7 meses.

A Acacia mangium é uma es-pécie heliófita, capaz de produzirmadeira de excelente qualidade,crescer 5 m/ano ou 321,93 m3/haem 5 anos, sem falar nos produtosapícolas e tanino de boa aceitaçãono Brasil e no exterior.

Na Índia, a espécie vem sendoempregada em substituição à Teca(Tectona grandis), com vantagem emaior lucratividade, rendendo atéUS$91.856,75 por hectare, descon-siderando o aproveitamento da ma-deira de desbaste, do tanino, do melextraído das folhas e flores, da pró-polis, da cera, da geléia real e da for-ragem das folhas que contém 41%de proteína.

Sua madeira é largamente utili-zada nas indústrias de base florestalpara a fabricação de papel e celulose;móveis de excelente qualidade, por-tas, carvão, MDF, madeira-cimento,aglomerados, laminados, tábua defibra de madeira e cimento

Reflorestamento com Reflorestamento com Reflorestamento com Reflorestamento com Reflorestamento com Acacia mangiumAcacia mangiumAcacia mangiumAcacia mangiumAcacia mangium tem tem tem tem temrendimento final de até US$ 91 mil por hectarerendimento final de até US$ 91 mil por hectarerendimento final de até US$ 91 mil por hectarerendimento final de até US$ 91 mil por hectarerendimento final de até US$ 91 mil por hectare

(WWCB), OSB e moradias, a exemplo doque vêm sendo feito nas Filipinas.

As novas leis ambientais proíbem aextração de madeiras das florestas naturais,conseqüentemente, madeiras de reflores-tamento valorizaram muito nos mercadosnacional e internacional, assegurandoexcelentes rendimentos financeiros aosinvestidores. Além do retorno econômicogarantido, o reflorestamento de Acaciamangium permite a recuperação dos solosdegradados e impróprios para a agricultura.

Com a instituição das novas políticas dedespoluição da atmosfera (retirada de CO2atmosférico), as empresas poluidoras dospaíses desenvolvidos pagarão aos refloresta-dores pela remoção do CO2 lançado naatmosfera. Preços estes que têm osciladoentre US$20 e US$100,00 por tonelada decarbono retirado. Deste modo, a fixaçãode CO2 pela Acacia mangium pode pro-porcionar ganhos adicionais de até US$

558.00/ha/ano, mediante a venda debônus. Esta nova oportunidade deinvestimento levou a estudar aespécie e desenvolver variedadesadaptadas aos mais diferentes climasbrasileiros.

No norte do Brasil, empresáriosSuíços e Canadenses estão concluin-do o plantio de 30.000 hectares deAcacia Mangium, para o abasteci-mento de uma fábrica de papel ecelulose, onde estão investindo 300milhões de dólares.

A partir de um plantio de Acaciamangium com seis anos de idade, o em-presário poderá formar um grande pa-trimônio, com retorno garantido, pornão importar madeiras de outras regiõese pela venda líquida e certa da madeiraexcedente.

De fácil cultivo e manutenção, a flo-resta poderá ser formada e manejadapara produção de madeiras para os maisvariados fins, sendo que aquelas madei-ras de menores diâmetros terão apli-cação imediata nas padarias, pizzarias eolarias, antecipando receitas financeiras.

As árvores adultas atingem alturasde 25 a 35 m e 1,10 m de diâmetro esua elevada capacidade de fertilizaçãoe estabilização de solos, têm permitidosua utilização vantajosa no consórciocom café, no sombreamento de caca-ueiros, na recuperação de solos bemcomo na contensão de encostas e ro-dovias. (Fonte: www.castro.toFonte: www.castro.toFonte: www.castro.toFonte: www.castro.toFonte: www.castro.to)

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Cercado de canaviais, o agrônomoTadeu Andrade, de 55 anos, lidera hojeum grupo de oito pesquisadores de eliteem Piracicaba, no interior de São Paulo,epicentro da maior indústria de álcooldo mundo.

Durante mais de duas décadas, oscientistas que ali trabalham permanece-ram obscuros, dedicando-se a estudar acana-de-açúcar. Não havia charme ne-nhum nesse trabalho e os recursos eramescassos. Ainda assim, Piracicaba setransformou no centro mundial da pes-quisa canavieira. Foi o que ocorreu atéque o petróleo atingisse cotações perigo-samente altas e o etanol despontassecomo uma alternativa energética séria.

Hoje, ele e os pesquisadores do CTC- Centro de Tecnologia Canavieira con-duzem parte de pesquisas que mo-vimentam bilhões de dólares e milharesde cientistas em alguns dos principaiscentros de inovação do mundo. Comodiretor de pesquisa e desenvolvimentodo CTC, Andrade é o responsável porganhar a corrida que levará ao etanolde celulose.

Piracicaba passou a concorrer como Vale do Silício, na Califórnia, pelapaternidade desse novo etanol. Umcombustível que, pelo menos em teoria,poderá ser extraído da celulose de qual-quer resíduo vegetal, desde pedaços demadeira até grama, passando pelo

Pesquisadores do CTC em busca do etanol do futuroPesquisadores do CTC em busca do etanol do futuroPesquisadores do CTC em busca do etanol do futuroPesquisadores do CTC em busca do etanol do futuroPesquisadores do CTC em busca do etanol do futurobagaço da cana-de-açúcar. “Em 20anos, a nova tecnologia pode dobrar aprodução brasileira de etanol sem au-mentar um único hectare de área plan-tada”, diz Andrade. “O mundo inteiroestá atrás dessa descoberta. E não há ummomento em que a gente deixe de sentira pressão para conseguir resultadosrapidamente.”

Boa parte da importância que a canaganhou na economia brasileira, e daatração que hoje exerce sobre investi-dores estrangeiros, se deve às realizaçõesdo CTC, criado em 1969 como umlaboratório da Copersucar e bancadodesde 2004 por 175 empresas do setor.“Não dá para imaginar a competiti-vidade do álcool brasileiro sem a tecno-logia desenvolvida lá”, diz Antônio dePádua Rodrigues, diretor técnico daUnica, entidade que reúne os principaisprodutores de açúcar e álcool do país,boa parte deles também mantenedorado CTC.

Nas últimas quatro décadas, o CTCse consolidou como um centro de exce-lência do agronegócio brasileiro - espé-cie de Embrapa da iniciativa privada.

Dos campos experimentais e doslaboratórios de Piracicaba saíram asbases para tornar o etanol de cana obiocombustível mais competitivo domundo.

No início dos anos 80, o CTC criou a

primeira variedade comercial brasileirade cana cultivada em larga escala paraabastecer o Proálcool. Das 100 varie-dades mais cultivadas no país, 60 foramdesenvolvidas em Piracicaba ou emoutras das 12 unidades do CTC espalha-das pelo país. Seus técnicos tambémforam responsáveis por melhorias noprocesso de fermentação que aumenta-ram o rendimento da produção de ál-cool e por técnicas de co-geração quetornaram as usinas brasileiras auto-sustentáveis em energia elétrica.

Nos últimos anos, projetaram má-quinas como a plantadeira de cana, quefacilitou a mecanização e a expansão dacultura para fora da Região Centro-Suldo país - no estado de São Paulo, 40%das lavouras já são mecanizadas, eespera-se que o pesado trabalho manualseja totalmente eliminado até 2014.

Hoje o centro conta com 350 fun-cionários dedicados à pesquisa, 51 delescom títulos de mestre ou doutor. Elestrabalham em áreas que vão da criaçãode variedades de cana - inclusive trans-gênicas, que estão à espera de aprovaçãodo governo - ao desenvolvimento deequipamentos para as usinas.

Um núcleo com oito pesquisadorestrabalha para produzir em laboratórioquantidades de álcool de celulose queenchem apenas um frasco de perfume.Até o final do ano, a escala deve aumen-tar para alguns litros. A expectativa épôr em operação uma usina piloto deetanol de celulose em 2010.

2º CONGRESSOTECNOLÓGICOde ENGENHARIA,ARQUITETURA eAGRONOMIA

18, 19 e 20 de NOVEMBROLOCAL: Morada do Verde II Spazio

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Análise da Economia Regional

Trajetória de Sucesso, Motivação e Empreendedorismo

Aquecimento Global

(Antônio Vicente Golfeto)

(Átila e Rosi)

(Luiz Carlos Kal Machado)

Associação dos Engenheiros e ArquitetosRegião de Franca

ACIF, CREA-SP, CBH-SMG, FAEASP,MÚTUA, SABESP, SEBRAE-SP,

PREFEITURA de FRANCA e UNIFRAN

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Agronegócios

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CONTABILIDADE RURALFAESP orienta produtores ruraisFAESP orienta produtores ruraisFAESP orienta produtores ruraisFAESP orienta produtores ruraisFAESP orienta produtores ruraissobre nota fiscal de produtor esobre nota fiscal de produtor esobre nota fiscal de produtor esobre nota fiscal de produtor esobre nota fiscal de produtor e

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A Secretaria da Fazenda de SãoPaulo, em atendimento a reiteradassolicitações da Federação daAgricultura e Pecuária do Estado deSão Paulo – FAESP, por meio doComunicado CAT-45, publicou osesclarecimentos necessários sobre asimplicações que o número de inscriçãono CNPJ trouxe para o produtor ruralpessoa física, após a implantação doCadastro Nacional Sincronizado decontribuintes no Estado.

Conforme orientação da FAESP,a obtenção do número de inscriçãono CNPJ “não descaracteriza a“não descaracteriza a“não descaracteriza a“não descaracteriza a“não descaracteriza acondição de “pessoa física” docondição de “pessoa física” docondição de “pessoa física” docondição de “pessoa física” docondição de “pessoa física” doprodutor rural ou da sociedadeprodutor rural ou da sociedadeprodutor rural ou da sociedadeprodutor rural ou da sociedadeprodutor rural ou da sociedadeem comum de produtor rural,em comum de produtor rural,em comum de produtor rural,em comum de produtor rural,em comum de produtor rural,não inscrita no registro públiconão inscrita no registro públiconão inscrita no registro públiconão inscrita no registro públiconão inscrita no registro públicode empresas mercantis (Juntade empresas mercantis (Juntade empresas mercantis (Juntade empresas mercantis (Juntade empresas mercantis (JuntaComercial), exceto se exercer aComercial), exceto se exercer aComercial), exceto se exercer aComercial), exceto se exercer aComercial), exceto se exercer afaculdade prevista no art. 971 dofaculdade prevista no art. 971 dofaculdade prevista no art. 971 dofaculdade prevista no art. 971 dofaculdade prevista no art. 971 doCódigo Civil”Código Civil”Código Civil”Código Civil”Código Civil”.

Em síntese, o que está sendoesclarecido é que embora o produtorrural pessoa física passe a dispor de umnúmero de CNPJ, que serve paraidentificá-lo nos órgãos tributários

federal e estadual, ele não tem aobrigação de constituir empresapessoa jurídica para exercer aatividade rural, bem como de ter queassumir as obrigações fiscais etributárias atribuídas a esse tipo deempresa (Pessoa Jurídica).

A impressão do número deinscrição do CNPJ na Nota Fiscal deProdutor é obrigatória, conformealínea “h” do inciso I, do artigo 140do RICMS/SP alterada pelo Decretonº 53.259/08.

Facultativamente, o produtorrural pode também informar, na NotaFiscal, o seu número de inscrição noCPF ou outro número ou código deseu interesse (§ 12 do art. 140 doRCIMS/SP).

A obrigatoriedade de emissão eenvio de Nota Fiscal na Entrada deMercadorias (contra-nota) peloadquirente de produtos agrope-cuários, quando do recebimento debens ou mercadorias remetidas peloprodutor rural, se mantém em vigor,ou seja, continua como umaobrigação do adquirenteobrigação do adquirenteobrigação do adquirenteobrigação do adquirenteobrigação do adquirente.

Page 28: Edição 28 - Revista de Agronegócios - Novembro/2008

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Agronegócios- Nov 2008 -