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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 26 Domingo, 24.06.2012 R$ 3,20 Os resultados do Congresso SIM permanecerão para sempre. O maior congresso sobre vocação já realizado no Brasil, reuniu mais de 1.500 pessoas. A diversidade de mensagens e abordagens só reforçava que os objetivos do SIM estavam sendo alcançados: cada cristão tem uma missão a cumprir neste mundo com o que é, o que tem, o que sabe fazer e onde está (página 11). Missões Nacionais divulga as bases da Megatrans por todo o país. Basta escolher uma das bases e fazer a inscrição. Será uma ação missionária em todos os estados brasileiros, envolvendo 100 mil voluntários, distribuídos em 500 bases operacionais, formando, em média, 6.250 equipes com 16 participantes, com o objetivo de evangelizar mais de 2.500.000 pessoas (páginas 8 e 9). Simplesmente comprometidos com missões A hora é agora! Megatrans Lembranças da grande missionária Margarida Lemos Gonçalves vêm à tona em forma de homenagem. É claro que o espaço é pequeno para fazer a homenagem que lhe é merecida, mas é preciso que seja reapresentado alguns dos seus marcos. Como no caso da matéria de O Jornal Batista de 7 de dezembro de 2008, quando Dona Margarida completou 60 anos de campo missionário. Veja também depoimentos de pessoas que foram impactadas pela missionária (páginas 6 e 7). Missionária Margarida Lemos Gonçalves

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Page 1: Edição 26 Domingo, 24.06.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da … · 2014-05-30 · mensagem original de Jesus. Tudo isso nos leva a refletir na necessidade de retorno ao cristianismo

1o jornal batista – domingo, 24/06/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 26 Domingo, 24.06.2012R$ 3,20

Os resultados do Congresso SIM permanecerão para sempre. O maior congresso sobre vocação já realizado no Brasil, reuniu mais de 1.500 pessoas. A diversidade de mensagens e abordagens só reforçava que os objetivos do SIM estavam sendo alcançados: cada cristão tem uma missão a cumprir neste mundo com o que é, o que tem, o que sabe fazer e onde está (página 11).

Missões Nacionais divulga as bases da Megatrans por todo o país. Basta escolher uma das bases e fazer a inscrição. Será uma ação missionária em todos os estados brasileiros, envolvendo 100 mil voluntários, distribuídos em 500 bases operacionais, formando, em média, 6.250 equipes com 16 participantes, com o objetivo de evangelizar mais de 2.500.000 pessoas (páginas 8 e 9).

Simplesmente comprometidos com missões

A hora é agora! Megatrans

Lembranças da grande missionária Margarida Lemos Gonçalves vêm à tona em forma de homenagem. É claro que o espaço é pequeno para fazer a homenagem que lhe é merecida, mas é preciso que seja reapresentado alguns dos seus marcos. Como no caso da matéria de O Jornal Batista de 7 de dezembro de 2008, quando Dona Margarida completou 60 anos de campo missionário. Veja também depoimentos de pessoas que foram impactadas pela missionária (páginas 6 e 7).

Missionária Margarida Lemos Gonçalves

Page 2: Edição 26 Domingo, 24.06.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da … · 2014-05-30 · mensagem original de Jesus. Tudo isso nos leva a refletir na necessidade de retorno ao cristianismo

2 o jornal batista – domingo, 24/06/12 reflexão

E D I T O R I A L

A voz de missionários como Margarida Lemos per-manecem ecoando, justa-mente pela união de palavras e atitudes íntegras. Margarida ocupou diversos cargos im-portantes, lutou pela edu-cação, construiu pela boa educação e muito ensinou. Seu campo missionário não era apenas o sertão, era onde sua voz pudesse chegar. E realmente chegou a muitos cantos do Brasil. Os batistas de todo o país ficaram saben-do dos feitos da missionária que lutava levando a bandei-ra da educação.

Os frutos de Dona Margari-da e de tantas outras missio-nárias estão por todos os can-

os mesmo ideais da UFM-BB fez muito pelo reino de Deus no sertão brasileiro.

São pessoas como Dona Margarida Lemos que con-trubuiram para o avanço do evangelho e acrescentaram um pedaço muito importan-te na história dos batistas no Brasil. No século em que os evangélicos são satirizados por suas atitudes que vão contra o Evangelho, os ba-tistas seguem com reconhe-cimento por sua conduta de ensino da Palavra de Deus. O trabalho da UFMBB é vis-to com bons olhos, porque segue os mandamentos de Deus e é vivido como espe-lho de Cristo.

Dia 23 de junho, Dia da Educação Cristã Missioná-ria, há muito o

que comemorar. Afinal de contas, não é à toa que a denominação Batista é reconhecida por seu tra-balho de Educação Cristã. Parabéns a União Femini-na Missionária Batista do Brasil, pelo trabalho que tem gerado muitos frutos, que tem alcançado o país todo, tem ensinado, tem influenciado, tem gerado novos irmãos em Cristo. É inevitável, num momento de saudade, lembrar da missionária Margarida Le-mos Gonçalves, que com

tos. Pode se ver alguns destes frutos no CIEM e no SEC, lugares que proporcionam a educação cristã missionária de jovens e mulheres, a fim de que se comprometam com a expansão do reino de Deus. E é também com esta missão que a UFMBB trabalha em prol das crianças, meninas e adolescentes.

O Jornal Batista parabeniza todas as mulheres que fazem parte, e que já fizeram par-te, da grande administração da UFMBB. “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.16).

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Dons Espirituais• Venho parabenizar a ex-

celente matéria do Pr. Isaias Andrade Lins Filho sobre Dons Espirituais, creio que veio acrescentar um enorme conhecimento para todos nós batistas. Pois se trata da palavra de Deus em toda a seu essência, infelizmente muitos líderes omitem muitos fatos notórios e se esquecem que toda a palavra de Deus é inspirada. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para correção e para a ins-trução na justiça” (II Timóteo 3.16). Como vemos toda a palavra de Deus é inspirada, quem deu o dom espiritual foi Deus e isto não é nenhum privilégio de igreja A ou B, nem tampouco monopólio de nenhuma organização eclesiástica.

O homem natural não com-preende as coisas do Espíri-to, pois lhe parece loucura

(I Coríntios 2.10-16). Deus é soberano em toda a sua vontade, se ele nos deu algo tão especial e sobrenatural com certeza nós iríamos em

algum momento da nossa vida usar. E este se dá para a edificação de sua Igreja, se você não concorda com alguns pontos da Palavra de

Deus amém, mas o que não se pode fazer é condenar àqueles que creem. Pois a Palavra de Deus continua sendo a mesma e estamos aqui para fazer a sua vontade, se o amado irmão não com-preende as coisas do Espírito, ore a Deus que Ele lhe dará o conhecimento necessário para sanar suas dúvidas.

Amo minha denominação e não deixei de ser Batista por crer nos Dons Espirituais, pois fazem parte das Escritu-ras Sagradas. Amo também nossos irmãos pentencostais e aqueles que ainda precisam ser alcançados por esta graça salvadora. Vamos condenar sim o pecado em toda a sua forma que infelizmente está destruindo vidas e vamos dei-xar toda meninice (I Coríntios 12.11).

Pr. José Carlos de Jesus SantosIgreja Batista Filadelfia

Embu das Artes - São Paulo

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 24/06/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Nos primórdios da Igreja, esta não possuía riquezas mater ia is . Não

havia templos suntuosos. Usavam-se as sinagogas por “empréstimo”, o que signifi-cava em alguns momentos e lugares a expulsão dos prega-dores. Não havia seminários para preparação dos futuros pastores do rebanho do Se-nhor. Os pastores eram for-mados mediante discipulado contínuo. A biblioteca era simples. Apenas a Torá com mais alguns pergaminhos es-critos pelos profetas ou ama-nuenses. Sem nada possuir a Igreja revelava profunda co-munhão e comprometimento com Jesus Cristo. Nada de ausência de amor entre os seus membros. Quando soli-citados a intervir na vida do pecador carente, os membros da Igreja podiam repetir com autoridade: “Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: não tenho prata nem outro, mas o que tenho isso te dou. Em nome

de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (Atos 3.4b-6). O resultado é conhecido de todos os salvos por Jesus.

Hoje a Igreja tem todos os bens materiais necessários a profícuo ministério. Estrutu-ra invejável e os melhores aparelhos de comunicação. Possui templos suntuosos, com assentos estofados e confortáveis. Tem à disposi-ção as maravilhas da mídia. Os “melhores” comunicado-res, com sapiência invejável. Mas, falta o mais importante: Falta Jesus. Não há poder para dizer: “Não temos prata nem ouro”, mas temos Jesus Cristo, o Nazareno e o ofere-cemos como único que pode reverter a vida de qualquer pecador arrependido.

Em recente viagem, a Por-tugal, França, Espanha e Marrocos vi, com profunda tristeza, uma Igreja sem Je-sus. Sem a mensagem que transforma. Na porta de cada catedral é possível se deparar com alguém maltrapilho, pobre e sofrido, com copo na mão, a suplicar por uma

moeda para mitigar a fome. No interior vemos colunas e mais colunas cobertas de ouro. No altar reluz o ouro como ostentação. No audi-tório alguns idosos, com ex-pressões tristes, tentam man-ter comunhão com “Deus”. Muita riqueza no interior dos templos e profunda pobreza e miséria no seu exterior. Peregrinos, os mais diversos tentam mediante sacrifícios pessoais, obter a graça di-vina. Igreja rica, mas sem a mensagem que liberta.

Até mesmo os cultos nas Igrejas evangélicas são frios, indiferentes, com adorado-res, cujas expressões revelam ausência de comunhão mais profunda com Deus. Poucos jovens e crianças em diminu-to número. Tudo semelhante a cemitérios frios e sem vida. A razão? Falta Jesus Cristo, O Nazareno.

Numa sociedade brutali-zada pelo pecado, a Igreja perdeu o seu poder de in-fluenciar vidas. Eis uma das razões para as crises que assolam a maioria dos povos.

Falta Deus, falta a Graça do evangelho, falta Jesus. Em algum momento da história perdeu-se Jesus, a razão de ser da Igreja.

É triste ver a Igreja desvin-culada da sua origem. Dis-cutindo “teologias” contem-porâneas, sem compromisso com a mensagem bíblica. Por não condenar o pecado, este passou a ser aceito como padrão de vida moderna. Os tempos mudaram, mas, a ver-dade central do cristianismo, não. Pecador implorando por esmolas testificam que o evangelho pregado na atua-lidade nada tem a ver com a mensagem original de Jesus.

Tudo isso nos leva a refletir na necessidade de retorno ao cristianismo primitivo. Cristianismo que testifica que há inferno para os que não creem em Cristo. Cristianis-mo que qualifica o pecador como pecador. Pecado rece-be o nome de pecado, não importa o seu tamanho e afasta a criatura do Criador. Salvação, só pela graça, me-diante a fé exclusiva em Jesus

Cristo. Não há sem Igrejas, mas pecadores que carecem da ação do Espírito Santo que os conduzem a Jesus Cristo.

A Bíblia é a Palavra de Deus inerrante, que não ca-rece de filosofias humanas para exercer o convencimen-to do ouvinte. A mensagem central da Igreja há que ser Jesus, somente Jesus. Todos os enfeites e roupagens que diminuem o valor da Palavra são questionáveis em sua eficácia.

Carecemos de avivamento que leve o povo de Deus à fonte da água da vida. As cisternas rotas (Jer. 2.11-13) que a Igreja tem cavado ao longo de sua jornada, preci-sam ser relegadas. Em seus lugares há que haver o re-torno à fonte das águas vivas (João 4.13-14). Há que ocor-rer arrependimento sincero, pois sem arrependimento não há perdão. Não precisa-mos de ouro, mas da Graça que flui de Jesus Cristo, o Nazareno.

www.sanches.blog.br

Também disponível emversão acompanhada da

Bíblia Sagrada(Revista e Corrigida)

O Panaroma Bíblico destaca personagens, lugarese o contexto dos livros da Bíblia, estimulandoa criança a estudar a Palavra de Deus.

www.geograficaeditora.com.br

@geograficaed/geograficaeditora

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4 o jornal batista – domingo, 24/06/12

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Consumismo versus

Contentamento

reflexão

Em uma das últimas recomendações aos leitores da carta aos Hebreus, o autor ex-

plicita: “Conservem-se li-vres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vo-cês têm...” (Hebreus 13.5).

O texto de Hebreus su-gere uma relação quase de causa e efeito. Ele co-meça recomendando que nos libertemos do “amor ao dinheiro”. Em seguida, aconselha a valorizar o que quer que possuamos. Por que o consumismo, o dese-jo incontrolado de acumular cada vez mais, geralmente coincide com a postura de supervalorização do dinhei-ro. Em nossa cultura, na qual o dinheiro abundante não fica nas mãos do pos-suidor, mas no banco, o sinal de riqueza deixa de ser a moeda, passando a se concentrar nas coisas com-pradas pelo dinheiro. Neste ponto, o amor ao dinheiro se transforma em amor aos bens de consumo. Vai aí, quem já não se contentava com o dinheiro acumulado, naturalmente não consegui-

rá se contentar com os bens já acumulados.

Paulo nos garante, base-ado na própria experiên-cia, que a única escravidão que nos dignifica é a da submissão ao Cristo. A de-pendência a qualquer ou-tro senhor, seja ele droga, poder, sexo ou dinheiro, sempre humilha e desfigu-ra. Por isso, aqueles que se submetem ao dinheiro e ao consumismo pagam caro pelo seu vício. Ele chega a suplantar o bem estar da pessoa, da sua família, do seu relacionamento com o Senhor. É preciso não se esquecer da triste experi-ência do jovem rico que procurou Jesus: porque ele possuía muito dinheiro e muitos bens, não teve co-ragem de amar o Senhor. E foi embora arrasado. “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.”

Neste mês de Rio+20, quando o mundo discute a sustentabilidade do planeta, eis mais uma meditação bíblica para os cristão que continuam a “ajuntar tesou-ros na terra”.

Nilson DimarzioPastor e colaborador de OJB

Durante a a tua l Campanha dos “100 dias que Im-pactarão o Brasil”,

devemos orar e buscar os afastados. Mesmo não se tendo uma estatística a res-peito, sabe-se que é enor-me o número de pessoas que já pertenceram a uma igreja evangélica e que hoje encontram-se desviadas ou afastadas. Com efeito, estas são as expressões do poeta: “Quantos que corriam bem, já não mais contigo vão! Outros seguem, mas tam-bém frios, sem amor estão” (Cantor Cristão, nº 164, 3a. estrofe). No dia a dia do mi-nistério pastoral, no contato com as pessoas, muitas delas nos dizem que já pertence-ram a alguma igreja, mas, no momento estão no desvio. Os motivos do afastamento são os mais diversos, desde injustiças sofridas, esfria-mento espiritual, pecados cometidos, ou mesmo falta de genuina experiência de conversão. Na verdade, mui-tos dos que se encontram em tal situação, aderiram a uma igreja para agradar a alguém, - namorado(a), pai ou mãe, colega ou amigo -, ou por gostarem do ambiente e estarem convencidos da verdade evangélica; porém, sem uma experiência real de conversão e sem compreen-der e aceitar as implicações

do discipulado cristão. Entre-tanto, outros são convertidos, salvos por Cristo e, enquanto membros de igreja, foram va-lorosos cooperadores, tendo alguns deles se destacado na liderança, na pregação e ensino bíblico, no ministério da música ou noutro setor da atividade eclesiástica. Mas, pelo engano do pecado ou por divergências pesso-ais afastaram-se do convívio com os irmãos. Mas, seja qual for o motivo do afasta-mento, tais pessoas não de-vem permanecer esquecidas, como geralmente acontece.

Jesus, nas famosas parábo-las de Lucas 15 - a da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do filho perdido - mostra que o amor de Deus é um amor que valoriza o perdido e o procura até restaurá-lo. Mas, as nossas igrejas, pa-recem esquecer do ensino e exemplo do divino Mestre. Daí porque, com honrosas excessões, os excluídos ou afastados, mesmo aqueles que ocuparam cargos de li-derança, são esquecidos e nada se faz para, pelo menos tentar a sua recuperação es-piritual numa demonstração de amor cristão, o que é pro-fundamente lamentável. Mas, por amor a esses irmãos e amor à causa do evangelho, é imperioso que procuremos reverter esse quadro.

Há tempos, a IB do Méier empreendeu uma campanha em favor dos irmãos afasta-dos, com o slogan “Onde

está teu irmão?”, com exce-lentes resultados. Que tal, se todas as igrejas fizessem o mesmo? Mas, para que tal aconteça é necessário o interesse e iniciativa da liderança, na pessoa do pas-tor, seguido dos diáconos, professores da EBD, presi-dentes de organizações e membros do departamento de evangelismo. E uma boa ocasião para despertamento e iniciativas nessa direção é chegada com a campanha de oração e evangelismo que ora se realiza.

Eis algumas sugestões: 1) Que seja fixado um período para essa campanha e que a mesma passe a constar do calendário anual da igreja;

2) Que seja feita uma rela-ção dos membros afastados;

3) Que este assunto seja motivo de orações constantes por parte da membresia;

4) Que estratégias sejam estabelecidas para contato com os afastados, seja por correspondência, por tefefo-ne, visitação ou via internet;

5) Que seja realizado men-salmente o “Culto dos irmãos afastados”, sendo-lhes en-viado convite com a devida antecedência.

Certamente as igrejas que assim procederem serão mui-to abençoadas em termos de crescimento tanto numéri-co quanto espiritual. Então, amados, mãos à obra! E que Deus use a cada um como instrumento em suas pode-rosas mãos. Amém!

ConvocaçãoNa condição de presidente da Sociedade Batista Patrimonial (SBP), em consonância

ao Artigo 11º do estatuto social convoco aos sócios (civilmente capazes membros de uma Igreja Batista cooperante com a CBF - art. 4º) para Assembleia Geral Ordinária dia 25 de julho de 2012 às 9h, em primeira convocação e 30 minutos após em se-gunda e última convocação, na SIB em Campos dos Goytacazes - RJ, para deliberar sobre: 1) Eleição ou ratificação da diretoria atual; 2) documentação e ações judiciais e 3) assuntos gerais.

Campos dos Goytacazes, RJ, junho de 2012.

Pr. Júlio Cláudio Corrêa (OPBB 5218)

Presidente da SPB

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5o jornal batista – domingo, 24/06/12reflexão

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF

Impossível não repercutir a notícia. Xuxa revelou no Fantástico, no domingo 20 de maio, que sofreu

abuso sexual até os 13 anos de idade, por várias pessoas, em diferentes situações. Foi? Não foi? Golpe de marketing? Por que só agora? Essas e tantas outras perguntas pi-pocaram em seguida, lógico por ser ela uma celebridade midiática, que reflete o an-seio de uma grande parcela de brasileiras em termos de beleza, prestígio, dinheiro e poder.

Xuxa é um espelho para ge-rações. Quando estava grávi-da, exibiu sua barriga, exposta em rede nacional, e logo se via pelas ruas mulheres exi-bindo sua gravidez, raramen-te com barrigas tão bonitas

Vitor Hugo Mendes de SáPastor da PIB do Pará

A Conferência das Na-ções Unidas sobre o desenvolvimento sustentável aconte-

ce na cidade do Rio de Janei-ro, com o objetivo de asse-gurar um comprometimento político renovado com o desenvolvimento sustentá-vel, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na imple-mentação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos desafios emergentes.

Mas qual é a razão do nome Rio+20? Em 1992, a comunidade internacional esteve reunida no Rio de Janeiro numa importante conferência sobre o meio ambiente e na ocasião optou pelo respeito à biodiver-sidade e pela retirada de populações da linha de po-

quanto a dela. Sua “produção independente” e dedicação à filha foram também copiadas por celebridades e anôni-mas que discursavam sobre a supremacia dos filhos em detrimento do relacionamen-to conjugal e até fora dele. Enfim, nuances de compor-tamento que refletem esta geração, mas também que direcionam, muitas vezes, o comportamento de parcela da sociedade.

Então essa mulher célebre vem a público falar sobre seu trauma. Pondera que talvez seja por causa do abuso so-frido que não consegue viver relacionamentos duradouros. A pergunta que logo surge é: como foi este abuso? Como uma mulher, especialmente uma criança, pode diagnos-ticar um abuso? Uma criança brinca com alguém de con-fiança e de repente sente-se desconfortável pelo tipo de

breza. Um discurso esperan-çoso, que, na prática, pouco ecoou. Vinte anos depois, a ONU promove novamente uma grande conferência no Rio, para discutir os mes-mos temas e agora com um caráter mais emergencial. O Rio torna-se, mais uma vez, a capital mundial do meio ambiente, abordando temas como a economia verde no contexto do desenvolvimen-to sustentável e a erradica-ção da pobreza.

Numa visão espiritual e como verdadeiros mordo-mos do Senhor, não podemos deixar de considerar e nos interessar por um assunto tão relevante como este. Ainda que muitos possam pensar que esta temática nada tem a ver com a igreja. Quando estudamos a Bíblia Sagrada logo somos desafiados pelo Espírito Santo de Deus a tam-bém nos posicionarmos neste tempo em busca de soluções para a realidade do planeta.

toque. É abuso? Não é? Foi sem querer? Não foi? Muitas vezes não há dúvida: foi abu-so mesmo. E aí as perguntas passam a ser: Tive culpa? Não tive? Foi algo que fiz? É por causa do meu jeito? Por que me sinto tão envergonhada? Perguntas como as que Xuxa se fez e que se fazem todas as mulheres que vivem situações semelhantes.

Para a mulher adulta, tam-bém é complicado diagnos-ticar o abuso. Você vai fazer um exame clínico e a roupa que te oferecem, ou não, não corresponde com a necessida-de daquele exame, ou ainda você acha que dura mais do que deveria. Um médico vai examinar uma mulher ou fa-zer um procedimento clínico e demora ou a deixa em po-sição desconfortável, ou sem roupas, sem que ela veja nisso uma necessidade. É abuso? Não é? Foi necessário? Não

Quando pensamos em de-senvolvimento sustentável, falamos sobre o estilo de vida que é necessário ser adotado em nossos dias. Tem sido aler-tado que “se todos mantiverem seu estilo de vida insusten-tável, precisaremos de cinco planetas para suprir nossas demandas. Temos de consi-derar os limites dos recursos naturais. Não para viver de forma mais pobre, e sim de um modo mais inteligente”.

Olhando para o nosso Bra-sil, constatamos uma necessi-dade urgente e uma tomada de posição em relação a gran-des temas, tais como: desen-volvimento econômico, social e ambiental, economia verde, crescimento urbano, combate à pobreza, à desigualdade, à emissão de gases-estufa, ao desmatamento na Amazônia, etc. É necessário projetar que planeta desejamos deixar para os nossos filhos e netos, pelo menos para os próximos 30 a 50 anos.

foi? Foi alguma coisa que ela fez? Ou disse? E quando há o abuso mesmo, invasivo, como no caso das mulheres aten-didas pelo ex-médico Roger Abdelmassih, um dos mais renomados especialistas em reprodução assistida do Brasil, que dopava e abusava das mulheres? Vergonha, incre-dulidade, pesadelo são alguns dos sentimentos expressados pelas mulheres.

O abuso sexual de crianças e das mulheres de maneira geral é um flagelo social no Brasil e no mundo. Acontece na intimidade das famílias, nos transportes públicos, em ambientes de trabalho e até em igrejas. Fatores culturais, especialmente, são respon-sáveis pela visão da criança, filha mulher, como proprieda-de, ou ainda das meninas da família, ou das mulheres de modo geral como objetos que podem ser usados e abusados

A Bíblia declara que “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele ha-bitam. Fundou-a ele sobre os mares e sobre as correntes a estabeleceu” (Salmo 24.1,2). É necessário neste tempo cultivar um diálogo entre a Teologia e a Ecologia, com o propósito de se favorecer um entendimento dos cristãos, com o objetivo de que estes possuam uma visão cientí-fica sobre a preservação do ambiente e assim, influenciar também os ambientalistas e ecólogos a adquirirem uma compreensão teológica so-bre este tema, visando trazer benefícios para a sociedade. “Com isto estamos dizendo que a Teologia deve interes-sar-se pelo debate ecológico e enfrentá-lo como um diá-logo, necessário e urgente, entre as ciências da fé e as da natureza. Então pode-ria ser de outra forma, visto que, nesse debate, o que se

sem nenhum tipo de respeito.Como a igreja, e especial-

mente mulheres em ministé-rio, pastoras, podem ajudar essas mulheres que sofreram abuso? Primeiro, motivar es-sas mulheres por meio de mensagens, estudos e um ambiente de aceitação a bus-carem ajuda. Segundo, criar ferramentas para aconselha-mento pastoral, oração, cura, libertação e terapia, no obje-tivo de propiciar uma ajuda interdisciplinar. Mulheres na igreja têm que ter um diferen-cial no cuidado e encontrar em Jesus, e sob a sua bênção, toda a cura necessária para a sua alma. Em um ambiente cristão muitas vezes tão seve-ro com tudo que diz respei-to à feminilidade, é preciso “feminilizar” nossa pastoral e trazer a misericórdia, o am-paro e a compreensão com que Deus sempre tratou as mulheres em sua Palavra.

questiona é a realidade do mundo e o futuro do homem, coisas que dizem respeito ao racionínio teológico da mesma que dizem respeito à biologia, à sociologia, à eco-nomia ou à ecologia”(Pena, Juan L. R. de la. Teologia da criação. São Paulo: Loyola, 1989, p.155).

A visão de que a Terra é do Senhor e que Ele esta-beleceu regras que devem ser observadas para o bem do próprio homem, visando o bem-estar do mesmo e a glória do Deus criador, nos conduz a um processo de construção de uma sociedade que respeita os limites da sus-tentabilidade. Neste processo a igreja ocupará também o seu papel como agência de transformação neste mundo, como sal da terra e luz do mundo, pois como declara as escrituras em Romanos 8.19: “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus”.

Conferência RIO+20

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6 o jornal batista – domingo, 24/06/12 notícias do brasil batista

Pastor Ebenézer Soares Ferreira

Há 60 anos passa-dos, a jovem pro-fessora Margarida Lemos Gonçalves,

oriunda de Vitória (ES), partia para o campo missionário, convicta de uma vocação divina, para ali escrever, nas páginas de sua bela vida, uma história gloriosa que, de algum modo, compara-se a uma epopéia missionária.

Seus pais, o pr. Almir dos Santos Gonçalves (que, em 1946 já era o redator de O Jornal Batista) e sua querida esposa, Heracledina Lemos Gonçalves, mais conhecida como irmã Filhinha, sentiam--se alegres em ver que sua amada Guida (como era mais conhecida) dispusera-se a deixar o conforto da cidade do Rio de janeiro, onde mo-ravam, para ir para o inóspito sertão brasileiro (naquela época pertencente ao Estado de Goiás), lugar carente de quase tudo.

A jovem, com seus 20 anos de idade, ainda nos albores da juventude, irradiando vi-gor físico, tranquilidade e muito ideal religioso e patri-ótico, levava n’alma um gran-de sonho: ver o hinterland (era assim que os sociólogos de então classificavam aquela região) evangelizado e trans-formado para Cristo.

A jovem levou muito tem-po para chegar a Tocantínia. As viagens eram difíceis para o sertão. Gastavam-se vários dias em viagem em lombo de burro, em embarcações fluviais e mesmo a pé.

A missionária encantou-se logo com a colega Beatriz Silva, de quem se afeiçoou imediatamente. Mais tarde, Margarida escreveu sobre a colega de campo o livro Beatriz, a que faz feliz.

Margarida gastou 40 anos dirigindo e lecionando no Colégio Batista de Tocantí-

Departamento de Comunicação da CBB

Comunicar o faleci-mento da missioná-ria Margarida Lemos Gonçalves é uma

mistura de sentimentos. Pri-meiro vem a tristeza pela sau-dade de uma grande mulher, mas ao pensar nesta grande mulher vem as recordações

nia. Sua contribuição não se limitou ao colégio referido, pois foi convocada para di-rigir, num período crítico, o Colégio Batista de Santarém, no Pará, que hoje recebe o nome de Colégio Batista Sós-tenes de Barros. Além disso, esteve, por algum tempo, le-cionando no Instituto Batista de Carolina, Maranhão.

Além de bacharel em Edu-cação Religiosa, pelo IBER, ela é detentora do título de Bachelor of Religious Edu-cation, pelo Southwestern Baptist Theological Semina-ry, Fort Worth, Texas, EUA. É também licenciada em Pe-dagogia, pela Universidade do Pará.

Por seu talento e cultura, Margarida foi guindada a várias posições de relevo no recém-criado Estado do To-cantins. Fez parte do primei-ro Conselho de Educação do Estado e também do Conse-lho Municipal de Educação,

do quanto a Dona Margarida significa para os batistas bra-sileiros. A Convenção Batista Brasileira se alegra por ter em sua história uma mulher de tal magnitude como Margarida Lemos. Levantou a bandeira da educação para evangelizar e assim difundiu a Palavra de Deus e ocupou diversos cargos importantes: presidiu o Conselho Estadual de Edu-

do qual foi vice-presidente. Foi uma das fundadoras da Academia Tocantinense de Letras, onde é muito respei-tada.

Muitos dos políticos, milita-res, educadores, comercian-tes etc do Tocantins perlus-traram os bancos do Colégio Batista de Tocantínia, quan-do Margarida era professora e diretora. Daí o respeito que lhe devotam. Um pastor em Palmas nos declarou: “A missionária Margarida tem livre trânsito nas repartições governamentais e tem acesso fácil, a qualquer hora, com o governador”.

Todos se devem lembrar de que, quando a tocha olím-pica passou pela capital do Tocantins, Margarida foi dis-tinguida pelas autoridades para conduzir, pelas ruas, a tocha que percorria o Brasil todo, preparando o povo para a realização dos jogos Pan-Americanos, de 13 a 29

cação e a Academia Tocan-tinense de Letras. Também ocupou o cargo de Diretora de Ensino do Município de Palmas e Assessora da Secre-taria Municipal de Educação de Palmas. Em 1998 recebeu o título de Cidadã Palmense, outorgada pela Câmara Mu-nicipal de Palmas. No ano seguinte, a Assembleia Legis-lativa do Estado do Tocantins

de julho passado, no Rio de Janeiro (A TV Globo noticiou esse evento para todo o Bra-sil, no dia 19 de junho).

Margarida recebeu o título de Cidadão Tocantinense, da Assembleia do Estado do Tocantins, e é verbete no Dicionário biobibliográfico de Goiás, de Mário Martins. Ela é, no momento, a terceira secretária da Convenção Ba-tista Brasileira.

A palavra “margarida” pro-vém do grego margarites, que significa “pérola”.

Quem sabe se levantará al-guém que, repetindo o épico Camões – “se a tanto ajudar o engenho e arte” (Lus. 1.2) –, se abalançará a escrever a biografia Margarida, a precio-sa pérola a serviço do Senhor.

A vida da missionária Mar-garida Lemos Gonçalves é uma inspiração, a come-çar pelo significado do seu nome. Creio que o pr. Fer-nando Brandão levará a efei-

a homenageou com o Título de Cidadã Tocantinense. Foi vice-presidente do Conselho Municipal de Educação de Palmas e atuou na direção do Colégio Batista de Pal-mas. Em 2010 recebeu uma homenagem em Tocantínia, quando a prefeitura daquela cidade inaugura a Biblioteca Municipal que leva o seu nome.

to, através da Junta de Mis-sões Nacionais, esse ideal.

O Conselho da CBB, em sua última reunião, realiza-da na sua sede, no dia 12 de novembro, prestou co-movida homenagem à mis-sionária Margarida Lemos Gonçalves, tendo falado, também, no momento, seu irmão, o dr. Almir dos San-tos Gonçalves Júnior, que é um dos mais destacados líderes de nossa denomina-ção. O dr. Almir ressaltou fatos que eram para nós desconhecidos, além das palavras encomiásticas do presidente da CBB, pr. Oli-veira de Araújo.

Rendendo glórias ao Se-nhor por vida tão dedicada a ele, e tão inspiradora, pela fi-delidade, pelo labor intenso, pelo amor aos perdidos, dei-xo meu apelo aos jovens para que se entreguem, também, de corpo e alma ao serviço do Mestre Jesus.

É claro que o espaço é pequeno para fazer a ho-menagem que lhe é me-recida, mas é preciso que seja reapresentado alguns dos seus marcos. Como no caso da matéria de O Jornal Batista de 7 de de-zembro de 2008, quando Dona Margarida comple-tou 60 anos de campo mis-sionário.

Missionária Margarida Lemos Gonçalves

Margarida Lemos Gonçalves completou 60 anos no campo missionário

Pastores Sócrates Oliveira de Souza e Fernando Brandão no momento da homenagem a Margarida Lemos Gonçalves, há 60 anos no campo missionário

Matéria DE OJB 7 DEz 08:

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7o jornal batista – domingo, 24/06/12notícias do brasil batista

De: Caleb CarvalhoMulher de garra que entendeu o verdadeiro sentido de

missões. Entendeu que compartilhar com sucesso é com-partilhar Jesus no poder do Espírito Santo deixando os re-sultados com Deus.

De: Vitória RodriguesAlém de especial a Margarida Lemos sempre estava pronta

a dizer: eis-me aqui Senhor para tua obra! Que o Senhor Jesus esteja confortando a sua família.

De: Sem. Welton Moreira e Carla Fernanda da PIB em São Fidélis/RJ

É muito bom saber que existem irmãos e irmãs como a Miss. Margarida Lemos, que lutou bravamente pelo evangelho no sertão brasileiro, e que levou a luz de Cristo para milhares de pessoas, tirando elas do mar do pecado! Louvamos-te ò Deus pela vida abençoadora desta amada irmã!

De: Rosita Figueira Xavier SolerrA chama do amor por missões nunca se apagou na vida

dessa missionária tão querida. Nem durante sua doença e por todo seu ministério. Amo missões, não poderia não amar os missionários. Minha homenagem e gratidão por tudo o que ela representou e representa para nós, batistas brasileiros.

De: Eva Pereira GomesSó de ler seus artigos descobri que existia uma cidade

chamada Tocantínia. “Não te mandei eu esforça-te e tem bom ânimo”. Foi o que ela fez a vida toda.

De: Etiene SilvaServa do Senhor que entendeu que o “IDE” de Jesus é para

todos. Dedicou sua vida a missões, fez diferente. Soube valorizar o presente - VIDA - que Deus lhe deu. Exemplo para todos nós. Com ela aprendemos que somos chamados para sermos cristão em tempo integral. Que Deus continue abençoando, consolando e confortando os familiares.

Pessoas que foram impactadas pela missionária Margarida Lemos deixam palavras de homenagem

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8 o jornal batista – domingo, 24/06/12 missões nacionais

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9o jornal batista – domingo, 24/06/12missões nacionais

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10 o jornal batista – domingo, 24/06/12 notícias do brasil batista

Prezados irmãos,

Uma das tarefas da Con-venção Batista Brasileira é a produção de conteúdo com o objetivo de promover o crescimento cristão de todos os crentes em todas as igrejas que compõem a Convenção.

Esta produção de con-teúdo vem ao longo dos anos sendo preparada e distribuída pelas diversas organizações executivas da Convenção. A cada dia, estamos buscando aprimo-rar a forma de disponibili-zar estes conteúdos. Hoje,

com os meios eletrônicos disponíveis, estamos am-pliando cada vez mais a distribuição destes conte-údos bíblico-doutrinários.

O Departamento de Edu-cação Religiosa da Con-venção é o responsável final por este programa de produção e distribuição, ainda que se faça por meio das demais organizações. A este Departamento com-pete organizar, orientar, coordenar e divulgar todo o trabalho que é feito visando à formação do cristão.

Recentemente, por meio do Departamento de Educa-

ção Religiosa foi elaborado o novo Plano Diretor de Educação Religiosa Batista no Brasil. Este plano tem como objetivo o atendi-mento às igrejas batistas do Brasil, no que se refere à área educacional.

O Departamento de Edu-cação da Convenção conti-nuará atuando de forma tal que todas as igrejas pos-sam, de forma adequada, atuar na formação dos cren-tes e no conhecimento da Bíblia, da doutrina, da ética e de missões.

Em continuidade a esta tare fa , o Depar tamento

de Educação Re l i g io sa da Convenção assumiu integralmente toda a lite-ratura que veio ao longo dos anos sendo produzida pela Junta de Educação Religiosa e Publicações – Juerp e, a partir de ago-ra, passa ser denomina-da pe lo se lo “L i t e ra tu -ra Batista” e continuará preparando, edi tando e produzindo toda nossa literatura.

Como este é um novo tempo para o Departamen-to de Educação Religiosa, contamos com a coope-ração de todos os batistas

para a divulgação e aqui-sição da nossa literatura, indicação de escritores e oração.

Estamos buscando auto-res para a produção deste conteúdo principalmente para a literatura periódi-ca, se você deseja ou co-nhece alguém que possa colaborar na produção de conteúdo entre em contato conosco através de: [email protected]

Sócrates Oliveira de SouzaDiretor Executivo da

Convenção Batista Brasileira

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11o jornal batista – domingo, 24/06/12missões mundiais

Redação de Missões Mundiais

Os resultados do SiM, todos So-mos Vocaciona-dos, permanece-

rão para sempre. O maior congresso sobre vocação já realizado no Brasil, promo-vido pelas Juntas de Missões Mundiais e Nacionais, que reuniu mais de 1.500 pes-soas na Estância Árvore da Vida, em Sumaré/SP, entre 7 e 10 de junho, deixou a cer-teza que não podemos ficar estáticos diante das muitas necessidades do Brasil e do mundo e que precisamos empregar nossos dons e ta-lentos para a expansão do Reino de Deus até os confins da terra.

Durante todo o evento, os congressistas foram ins-tigados pelos expositores a refletirem sobre o que estão fazendo com suas vidas. Não dava para escapar da confrontação com a Palavra de Deus e com os exemplos de vida deixados pelos pre-letores. A diversidade de mensagens e abordagens só reforçava que os objetivos do SIM estavam sendo alcan-çados: cada cristão tem uma missão a cumprir neste mun-do com o que é, o que tem, o que sabe fazer e onde está. Quem não acompanhou di-reto do local, foi abençoado através da transmissão ao vivo pela internet. O pico de audiência chegou a 8 mil acessos.

Após ouvirem o louvor e a palavra de Fernandinho (veja box), as experiências de mis-sionários e as mensagens de líderes como Ed René Ki-vitz, Michel Piragine, Pastor Pedrão, Fernando Brandão,

Jarbas Ferreira, João Mar-cos Barreto Soares, Analzira Nascimento, Adílson Santos, entre outros, os jovens entre-gavam suas vidas diante do altar, convictos de que não querem estar no mundo a passeio, mas querem cum-prir sua missão participando do que Deus está fazendo no mundo.

“Se você cair de joelhos, aí sim, você experimentará a promessa de que Deus usa as coisas fracas para en-vergonhar as fortes. E Deus o fará forte,” comentou o

pastor Ed René em uma de suas mensagens.

Sempre após a mensagem da manhã, os congressistas se reuniam em pequenos grupos, os chamados PGs, para discutir os roteiros pro-postos sobre o que acabaram de ouvir. Após o almoço, eles tinham um tempo para conhecer um pouco mais dos trabalhos missionários dos batistas brasileiros rea-lizados no Brasil e no mun-do, apresentado nas tendas Provar, Sentir Artes, Sentir Especiais, Extra, Escutar,

Os jovens cur-tiram as pales-tras e também o louvor e os mo-

mentos de descontração. Fernandinho e sua banda impactaram vidas com seu som e letras que levantam verdadeiros adoradores. A galera celebrou com todo fôlego e energia. “Não es-tamos dançando e pulando para qualquer um, estamos na presença do Deus vivo”, disse Fernandinho.

Ele comentou sua partici-pação no evento:

“Quando eu conversei com os pastores João Mar-cos e Adílson Santos, de Missões Mundiais, a res-peito do SIM, logo meu coração ficou cheio de ex-pectativas e agora confesso que todas elas foram supe-radas. Eu e minha banda vi-mos pessoas quebrantadas, tocadas por Deus, sendo

chamadas. Eu me sinto pri-vilegiado por Deus por ter me separado para participar deste momento. Em nome de Jesus, nós vamos levan-tar um grande exército de vocacionados. Agradeço pelo tempo que passei com todos. A organização do

evento está de parabéns. Eu e minha família aguarda-mos o sonho de Deus para o futuro e oramos para que os organizadores tenham ânimo e forças para os pró-ximos congressos. O mais importante aconteceu: a glória foi para Deus”.

Falar e Mover. Na Tenda da COMvocação, eles rece-biam consultoria sobre como glorificar a Deus com o que sabem fazer.

“Se não fizermos coisas diferentes, vamos enterrar os talentos que Deus nos deu. Precisamos arriscar”, disse o diretor executivo de Missões Mundiais, pastor João Mar-cos Barreto Soares.

Quem foi ao SiM curtiuAlegria não faltou no SIM.

Além da felicidade por con-sagrar suas vidas para servir

a Deus, os jovens também tiveram momentos de muitas gargalhadas com a turma da Trupe na TV, que veio de Curitiba especialmente para o SIM.

Na Tenda da Madrugada, a agitação continuava, apesar de toda a programação que rolava ao longo do dia. A galera da CBRio e da Igreja Batista de Água Branca co-mandou as madrugadas do SIM com muito louvor, brin-cadeiras e comunhão. Tudo recheado com pipoca, algo-dão doce e maçã do amor.

Ao final do SIM, muitos jovens queriam saber quando será a segunda edição. O pas-tor João Marcos respondeu que, por enquanto, Deus apenas deu direção para este SIM. Ele prefere que todos orem para que o Senhor mos-tre qual será o próximo passo. Uma coisa já é certa: cuidar de todos que, neste encontro, decidiram viver para a glória de Deus. Estas pessoas serão contatadas e orientadas pe-las agências missionárias da CBB para empregarem seus dons e talentos aonde Deus as colocar.

Os congressistas foram incentivados a compartilha-rem tudo o que receberam nesses dias com outros jo-vens. Foram lembrados que Deus não brinca com a vida de ninguém e que, se Ele colocou aquelas pessoas no SIM, é porque irá usá-las de alguma forma, mas no tempo Dele. Pode ser hoje ou daqui a 10 anos ou mais.

“Meu sonho é que você nunca mais volte ao SIM, a não ser que seja para teste-munhar do exercício da sua vocação ou trazer outros vocacionados”, conclui o pastor João Marcos.

Simplesmente comprometidos com missões

Um adorador comprometido com missões

Fernandinho sentiu-se honrado em participar do SIM

Diretor executivo da JMM, Pr. João Marcos falou que o vocacionado precisa se arriscar, fazer a diferença

Trupe na TV agita a galera do SIM

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12 o jornal batista – domingo, 24/06/12 notícias do brasil batista

Francisco Bonato PereiraPastor e Coordenador do Arquivo Historico da CBPE

A Igreja Batista Me-morial do Recife (PE), dirigida pelo pastor Francisco

Carlos de Morais, celebrou o 25º aniversário de orga-nização (Jubileu de Prata), com celebração de cultos de proclamação do evangelho e em ação de graças ao Se-nhor, nos dias 2 e 3 de feve-reiro de 2012. O orador dos cultos foi o pastor Manoel de Araújo Frota (IB Alto Jose do Pinho, Recife, PE). Presentes os pastores Mariano Francis-co (IB Pina), Marcos Saraiva (IB Alto Jose Pinho), Dilton Abreu e Jose Irimando Ro-drigues e Francisco Pereira (IB Cordeiro, representando a CBPE). Os momentos de cântico e louvor tiveram par-ticipação dos Grupos “Ado-nai”, “Jesus Vive”, “Agata” e “Côro Memorial”. Aos cultos seguiram-se momentos de confraternização da Igreja e visitantes.

HiStÓriCOA Igreja Batista Memorial

do Recife foi organizada a 27 de janeiro de 1987, em Concílio promovido pela IB Alto Jose do Pinho, compos-to dos pastores Manoel de Araujo Frota (IB Alto Jose Pinho), Maurílio Hermínio Mesquita (PIB Paudalho), Li-vingstone de Oliveira Cunha (Secretário Geral CBPE), Ma-noel Marinho da Silva (IB Nova do Cordeiro), Robert Hampton (PIB Petrolina), Manasses Paim (SIB Carpi-na), Oziel Brandão (IB Cor-tês) e Jose Rocha, com 37 membros, transferidos da IB Alto Jose do Pinho, adotando o nome de IGREJA BATISTA MEMORIAL DO RECIFE. A Igreja elegeu a primei-ra diretoria composta de: Presidente, Pr. Livingstone de Oliveira Cunha; Vice--presidente, Joab Seabra; 1ª Secretaria, Maria Lucia Moura da Silva. (Atas da IBM Recife e Jornal O Batista Pernambucano, Junho de 1987, p. 2). A IB Memorial do Recife, durante este quar-to de século, foi pastoreada por Livingstone de Oliveira Cunha (1987-1989), Manoel de Araújo Frota (1989-1992) e Francisco Carlos de Morais (1992-2012).

O FUNDaDOrA Igreja Batista Memorial

do Recife nasceu da visão do pastor Livingstone de Oli-veira Cunha, quando ainda

pastoreava a IB de Afogados (Recife), que plantou uma Congregação na Vila Taman-daré. Assumindo o pastorado da IB Alto Jose do Pinho, Li-vingstone Cunha manteve-se à frente da Missão e, mesmo depois de assumir a Secre-taria Geral da Convenção Batista de Pernambuco.

Livingstone de Oliveira Cunha nasceu no Recife (PE), em 27 de janeiro de 1937, e se converteu dis-cípulo de Cristo na ado-lescência, na IB do Feitosa (Recife), onde foi batizado pelo pastor Antonio Ferreira Sales, em março de 1950. Casado com Alcineia de Oliveira Cunha, o casal teve quatro filhos, o primogênito pastor Alcingstone de Oli-veira Cunha, hoje professor da Universidade de Cam-pebsville (USA). Recebeu sua formação teológica no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB, 1973), sendo consagrado ao ministério a pedido da Igreja Batista da Encruzilhada (hoje IBM de Belém), em 21 de fe-vereiro de 1973, onde serviu como pastor titular até 26 de março de 1978, quando se exonerou, para assumir a Secretaria Geral da CBPE.

O pastor Livingstone Cunha pastoreou, em Pernambu-co, a IB Encruzilhada (hoje Memorial de Belém, Recife, 1973-1978), a IB Afogados, no Recife (1977-1982), PIB Vitória Santo Antão (1985-1987), a IB Alto Jose do Pi-nho (1987-1989), a IB Memo-rial do Recife (1987-1989), entre outras. Exerceu a Se-cretaria Executiva da Conven-ção Batista de Pernambuco (1981-1993) com dinamismo e dedicação. Contribuiu para a plantação e organização de algumas dezenas de igrejas no Estado, especialmente na

ocasião da comemoração do Centenário Batista (1982). Exonerado da Secretaria Exe-cutiva da CBPE, em julho de 1993, em pleno recesso das atividades denominacionais, a Junta de Educação, dirigida pelo pastor Francisco Pereira, representando os Batistas do Estado, celebrou culto de gratidão e de despedida do casal Alcinéia e Livingstone Cunha, presentes familiares, membros de igrejas, pastores Batistas e amigos da família.

Livingstone Cunha assu-miu, em julho de 1993, o pastorado da IB Constatinó-

polis (Manaus/AM) e, dois anos depois a Secretaria Ge-ral do Campo Batista Ama-zonense (1995-2006). Nesse período sua esposa Alcineia foi chamada à presença do Senhor. O servo de Deus Livigstone de Oliveira serviu na Secretaria Geral da Con-venção Batista do Amazonas até ser forçado a afastar-se por doença (2006). Casou, em segundas núpcias com Ana Cristina Ferreira Cunha, com quem teve uma filha. Livingstone Cunha foi cha-mado à Casa Paterna em Manaus (AM), a 10 de maio de 2006.

O OBrEirO atUaLO pastor Francisco Carlos

de Morais, bacharel em Te-ologia pelo Seminário Teo-lógico Batista do Norte do Brasil (STBNB, 1973) serve como pastor da IBM Memo-rial do Recife desde 1992, conduzindo esse rebanho do Senhor. Casado com a Educadora Religiosa, Euna de Oliveira Morais (STBNB, 1973), descendente dos pio-neiros batistas de Viração de Bonito.

Ao Senhor toda honra, gló-ria e louvor pela existência e pelo serviço da IBM do Recife. Amém!

IB Memorial do Recife celebra Jubileu de Prata

Pr. Livingstone de Oliveira Cunha

Pastores Francisco Carlos, Manoel Araujo Frota, Francisco Pereira, Dilton Abreu e Manoel Saraiva

IB Memorial Recife celebra Culto de Aniversario

Templo da IBM do Recife

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13o jornal batista – domingo, 24/06/12notícias do brasil batista

Lidiane FerreiraJornal O Batista BaianoConvenção Batista Baiana

Mais de 200 muni-cípios do estado da Bahia enfren-tam longos dias

de seca, a maior dos últimos 42 anos. Diante desse triste quadro, a Convenção Batista Baiana (CBBA) mobilizou vo-luntários, igrejas e associações visando amenizar a situação daqueles que sofrem com o período de estiagem.

O Projeto S.O.S. Sertão nas-ceu da ideia do pastor Dil-mã Cerqueira, presidente da CBBA; Martins Santa Rita, diretor do programa televisivo O Grande Encontro, da CBBA; do pastor Cícero Batista, de Feira de Santana; além da Co-ordenadoria de Integração Comunitária, através de sua gerente Maria de Souza Assis.

A primeira etapa do projeto foi realizada no município de Ichu, a 178 km de Salvador. No dia 22 de maio, a equi-pe do programa O Grande Encontro saiu de Salvador e dirigiu-se primeiro ao Semi-

nário Teológico Batista do Nordeste (STBNE), em Feira de Santana, uma das princi-pais bases de arrecadação de donativos. Em seguida, foi a Ichu, levando doações de alimentos não perecíveis, roupas e água em um cami-nhão pipa para a população, sendo recepcionada pelo pas-tor Vanderlei Alves e irmãos da Igreja Batista local.

A ação fez a diferença na vida de muita gente, como dona Maria Antonieta, que ficou grata com a iniciativa. “Eu quero agradecer a vocês, é uma bênção dada por Deus, quem não acreditava pode acreditar: Jesus existe, Ele cura,

salva, liberta e abençoa todo mundo”, diz ela. “Uma coisa é certa: precisamos orar e agir. A nossa ação é fornecer água para quem tem sede através de doação de água, também suprindo outras necessida-des”, convoca o pastor Dilmã Cerqueira.

Desde a edição do dia 12 de maio, o programa O Grande Encontro tem dado destaque ao problema da seca na Bahia, mostrando o drama das famílias, homenagem às mães sertanejas (por ocasião do Dia das Mães) e da entrega de donativos.

As bases do Projeto S.O.S Sertão são em Salvador, na Convenção Batista Baiana e em Feira de Santana, no Seminário Teológico Batista do Nordeste. Além disso, há as sub-bases em Riachão de Jacuípe, Tanquinho, Serrinha, Santa Bárbara, Irará, Ichu, Pé de Serra, Conceição do Coité, Bravo e Bonfim de Feira. Do-ações em dinheiro podem ser feitas através de depósito em conta da Convenção Batista Baiana - Bradesco Agência 3072-4, Conta 62894-8 (depó-sito identificado). É necessário

enviar comprovante de depósi-to via fax para (71) 3011 6169.

Outras informações:Convenção Batista BaianaRua Felix Mendes, nº 12, Garcia. CEP: 40100-020Tel: (71) 3014-8800 |

0800-2846219 (interior)E-mail:[email protected]

Programa O Grande EncontroExibido aos sábados,

às 9 horas, na Band BahiaTel: (71) 3011-8665 (Martins Santa Rita)

Convenção Batista Baiana leva água e esperança aos sertanejos

Fotos Valdir Carneiro

Carro pipa leva água à família da comunidade de Ichu

Comunidade alegra-se com a entrega de alimentos, água e roupas

Entrega de alimentos à comunidade de Ichu

Entrega dos mantimentos da Igreja Batista de Ichu.

Triagem e divisão das cestas básicas na Igreja Batista de Ichu

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14 o jornal batista – domingo, 24/06/12 ponto de vista

“Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e hu-milde de coração, vocês en-contrarão descanso para as suas almas” (Mateus 11.29).

uan ta s pesso -as feridas neste mundo! Feridas por palavras e

golpes agressivos. Pessoas feridas por incompreensões ao longo da vida. Quantas pessoas ressentidas em mui-tos lares e em muitas comu-nidades. Mas há esperan-ça para os feridos. Para os

Recentemente escrevi uma trilogia de arti-gos demonstrando que demos um jei-

to de fazer um upgrade de Deus, da igreja e do cristão, todos para a versão 2.0. Hoje vou procurar demonstrar que Satanás continua o mesmo, original em sua versão de lançamento, não se preo-cupou em atualizar as suas estratégias, nem seu modo de abordar o ser humano.

Na narrativa do Éden a ser-pente procurou a mulher e iniciou a conversa com um questionamento, uma dúvi-da. Deu tempo para Eva res-ponder e, então, demonstrou que a sua resposta não estava correta, dando a entender que a fonte da informação

aflitos de alma. Ela está em Jesus, Aquele que fez o mais excelente e o mais profundo convite a partir do Seu amor: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei” (Mat. 11.28). A Pessoa de Cristo é o remédio, a esperança para os feridos. Ele salva e cura; alimenta e encoraja; fortifica e desafia; protege e provê. Jesus veio para todos os que estão sofrendo. Veio para os maltrapilhos, para os rejeitados, alijados. Para os que têm profundos traumas. O Senhor é o médico dos

(Deus) havia mentido. Deus disse que eles morreriam ao comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal; Satanás contrapôs afirmando que eles não mor-reriam. Em outras palavras, a serpente quis dizer “A ver-dade não é bem assim... Eva, há um outro lado da história que você não considerou...”.

Muitas vezes ouvimos pes-soas falarem que Satanás, como pai da mentira, pois ele sempre mente. Vemos que há um outro fato a ser considera-do, pois nessa primeira inves-tida (a da versão 1.0) contra o ser humano, Satanás se valeu da estratégia de misturar a mentira com a verdade com o objetivo de seduzir Eva. Satanás afirmou que Deus

médicos, especialista nas mais diversas enfermidades do homem.

C. H. Spurgeon escreveu: “Em contemplar a Cristo, há bálsamo para toda mágoa; ao meditar no Pai, há con-solo para toda tristeza; na presença do Espírito Santo, há balsamo para toda ferida. Você deseja esquecer suas tristezas? Deseja confiar todos os seus cuidados? Então mergulhe no mar pro-fundo de Deus: perca-se na imensidão de Deus; e você emergirá completamente descansado, renovado e

sabia que no dia em que ela e Adão comessem do fruto proibido seriam abertos os seus olhos e eles seriam co-nhecedores do bem e do mal. Verdade essa confirmada em Gênesis 3.22 na própria fala de Deus ao expulsar Adão e Eva do jardim do Éden.

Assim, Satanás, o tentador, o acusador, tem como obje-tivo essencial desviar a Cria-ção de sua finalidade – existir para a glória do Criador. Ele constantemente tenta o ser humano com alternativas aparentemente vantajosas, misturando a verdade e o erro, procurando demonstrar que temos a liberdade de escolha e deixamos de con-siderar um ou mais lados da situação. Procura nos levar a

revigorado. Eu não conhe-ço nada que assim possa confortar a alma; acalmar as altas ondas da tristeza e da mágoa; ordenar a paz aos ventos de tribulação a não ser meditação devocional sobre Deus”. Pensar e me-ditar no amor de Deus em Cristo Jesus é um bálsamo incomparável para a cura das feridas.

Meditemos nos evange-lhos e aprendamos com o Senhor Jesus a fazer toda a vontade de Deus Pai. A des-cansarmos no Seu amor e a sermos fortalecidos na Sua

justificar uma ou outra ação. Assim, quando ouvimos Sata-nás sem referenciais seguros, acabamos considerando as vantagens daquelas alter-nativas propostas por ele e seguimos em frente.

Jesus, ao ser tentado por Sa-tanás, demonstrou-nos como reagir utilizando as Escrituras como referenciais seguros e indicativos da verdade. A cada investida de Satanás contra Je-sus para desviá-lo de seu cami-nho, de seu objetivo redentor, o Mestre respondia com os referenciais seguros da Bíblia.

Antigamente era conhecido o ditado que o povo de Deus era o povo da Bíblia. Hoje o povo de Deus é conhecido como o povo do barulho, da prosperidade, do ativismo,

graça. Jesus disse para Paulo quando este sofria: “A mi-nha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Cor. 12.9,10). Como este texto nos motiva na caminhada cristã! Como é maravilhoso sabermos que o Senhor está conosco nos momentos mais difíceis da nossa vida! Como Ele trata conosco em profundo amor. Prossigamos na Sua depen-dência! Vale a pena! Ele é o remédio eficaz para o nosso coração. Vivamos pela fé na Sua suficiência e confiemos na Sua fidelidade.

do adoracionismo, da busca por experiências cada vez mais intensas. Tudo isso sem muito conhecimento bíbli-co, de modo que passamos a ser referenciais para nós mesmos, tendo perdido o referencial bíblico.

Assim, Satanás não preci-sou fazer um upgrade para suas estratégias, continua-mos caindo do mesmo jeito em suas seduções. Para que perder tempo em atualizar a sua versão?

O desafio é ter a Palavra de Deus em nossa mente e co-ração, como o salmista bem nos ensinou quando afirmou que tinha escondido a Pala-vra de Deus em seu coração para não pecar contra ele (Salmo 119.11).

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Q

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15o jornal batista – domingo, 24/06/12ponto de vista

Isaias Andrade Lins filhoPastor da IB dos Mares – Salvador – BA

“Entretanto, procurai, com zelo ,os melhores dons...” (I Cor. 12.31).

Depois de escrever seis artigos sobre a Série –“Os Dons do Espírito Santo”,

achei que deveria salientar algumas coisas sobre este texto em apreciação. Tendo em vista que doravante es-taremos permeando alguns estudos mais aprofundados a respeito da matéria. Vez que, há um receio, ou até mesmo um desejo ávido de muitos de que não se toque nestes assuntos, porque muitos o acham desconfortante no seio do povo batista. E, bem ao contrário, como a própria Bíblia admoesta, eu acho que este assunto não só deve ser atual e constante, mas o conhecimento do mesmo trará para o povo de Deus chamado batista uma nova dimensão de entendimento, de conhecimento e sobretu-do de edificação.

A ordem é: “procurai”, no original grego “ZÉLOUTE”,

palavra esta que está inclu-sive no imperativo presente e, significa exatamente isto: “Continuai a procurar arden-temente e cuidadosamente, não só para conseguir...”. Como explica o amado pas-tor e exegeta Russel Shedd, e diz ainda: “para usar e re-ceber os benefícios...” dos dons que estão aí e sempre estiveram à nossa disposição.

Eu não tenho nenhum receio de afirmar aos amados leitores, que os Dons do Espírito Santo devem ser despertados e pro-curados constantemente pelo povo de Deus. E, no nosso caso, pelos crentes batistas para que aconteça o que o próprio Paulo ensina em Efé-sios 4.12: “Tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério e para a edificação do corpo de Cristo”, da Igreja do Senhor Jesus, que é um corpo uno. E é parte integrante do Espírito Santo, o que não divide, não separa, mas por sua vez, une, estreita os laços de fraternida-de entre os irmãos que são os membros do corpo.

É importante destacar que não estamos com este artigo, fazendo uma pausa no estu-do e na série sobre “os dons

espirituais”. Estamos sim, refletindo sobre o valor dos dons espirituais e queremos estimular a todos a que se despertem e se encham de coragem para, com zelo e muita atenção, colocar em prática exatamente o que a Palavra de Deus estimula a fazer, que é procurar com zelo os melhores dons (I Cor. 12.31).

A Igreja do Senhor tem nos últimos anos, experienciado um sem número de distor-ções, de deturpações, em que muitos se dizendo cristãos e usando a linguagem em voga “evangélicos”, se reúnem sob o pretexto de estarem exaltando e glorificando o Nome do Autor da nossa Fé. E cometem uma multidão de atos e ações, muitas inconse-quentes e outras carregadas de emoções sensacionalistas. Tais atitudes têm resultado em evidências que denigrem o Nome do Senhor da Obra, e têm se constituído motivos de escândalos, manchando o evangelho, a sua doutrina, seu ensino, visando uma obra diabólica: desmoralizar os tementes servos do Senhor.

Senhores, não adianta que-rer negar o valor e o efeito da

atuação dos Dons Espirituais no seio do povo de Deus. Não adianta tampouco, o querer evitar de falar sobre este assunto, que pode ser entendido, experienciado e compreendido por alguns. Mas tenazmente combatido por outros pelo fato de que alguns não entendem, e por isso rejeitam até o fato de se trazer este assunto à baila, julgando ser assunto de dis-córdia. Irmãos e irmãs, este assunto não é denominacio-nal, este assunto é da Palavra do Senhor, é assunto que está na Bíblia Sagrada e, por isso, eu lhes digo como Paulo disse e admoestou, “procu-rai, com zelo os melhores dons...” lembrando ainda o ensinamento do exegeta Shedd: “Continuai a procurar ardentemente e cuidadosa-mente, não só para conse-guir, mas, para usar e receber os benefícios”.

Amados, os dons espirituais (“PNEUMATIKON” no grego) são mesmo poderes espiri-tuais, especiais, outorgados, conferidos pelo Espírito Santo para a edificação da Igreja. Muitos têm escrito dizendo que os “dons” são pendores e talentos naturais, tais como tocar piano, teclado, guitarra, violão, outros instrumentos musicais e até cantar, ou ter consigo vocação para exercer outras atividades na Igreja. Todavia, quero dizer--lhes que talentos não são dons espirituais, os “Dons Espirituais” são capacitações especiais, que o Espírito San-to confere aos seus servos para que possam contribuir no desenvolvimento e cresci-mento equilibrado do Corpo de Cristo.

O Dons não são habili-dades adquiridas, nem são talentos. Muito embora te-mos de ser honestos e bem explícitos, que os talentos e as habilidades se constituem grandes bênçãos na vida, no desenvolvimento e no trabalho do povo de Deus. E sobretudo que as habilidades e os talentos do povo têm servido também para fazer crescer o Reino de Deus.

Volto a insistir no foco de nosso estudo hoje, que é a admoestação para que eu, você, e todos os crentes em Cristo Jesus, procuremos com zelo e com insistência “ZÉLOUTE”. Não para nos transformar em supercrentes

ou pessoas superespirituais. Porque quando o servo de Deus é dotado de dons es-pirituais, não é para se achar melhor do que os demais crentes, nem para levar al-guém a pensar que “se não rezar pela sua cartilha” não é crente, não é espiritual, é um “incrédulo, ou precisa se converter”. Estando as-sim excomungado do nosso coração, do nosso relaciona-mento, de nossa comunhão. Pensar assim é ser antagônico ao ensino simples e sério do evangelho de Jesus.

A exercitação dos Dons Espirituais na vida da Igreja e de cada irmão, é sim para abençoar e para unir a Igreja, conforme ensina a Palavra em Efésios 4.12 e 13. Ainda mais porque esta exercitação dos dons na vida da Igreja, re-sultam em amadurecimento para a vida dos crentes, cul-minando em uma atividade abençoada e harmônica nos termos de Efésios 4.16.

“ZÉLOUTE” (procurai cui-dadosa e ardentemente...) para o atendimento deste im-perativo, temos de nos render incondicionalmente no Altar do Senhor. Objetivando que cada um de nós seja usado para a Glória e a Exaltação de Jesus. E para que uns aos outros, sem qualquer temor, nos edifiquemos como Igreja. Não podemos afastar do foco, que estamos numa verdadeira guerra espiritual e que esta-mos a combater o Diabo. Não esquecendo que nós jamais devemos estar combatendo uns com os outros.

Vamos sim tomar posse da vitória como povo batista, um povo que está voltando as suas vistas para a oração. Estamos terminando um mo-mento de desafio em nossas igrejas e em nossa pátria, são milhares de batistas que estão se colocando diariamente no altar desejando “SER LUZ”. E assim, iremos marchar in-cólumes para a vitória, por Jesus que é a fonte do nosso poder. Peçamos os dons, bus-quemos insistentemente, o Espírito Santo quer encher a tua vida de graça e de poder. Sejamos imbatíveis na comu-nhão, na fé e no poder do Espírito, porque foi sabendo e conhecendo de todos es-ses resultados positivos, que Paulo sempre anelou que procurássemos conhecer a respeito dos dons espirituais.

Teologia PráTica

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