edição 181

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FERNANDO BRAGA Leiloeiro Público ANO XV - Nº 182 - SETEMBRO DE 2012 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA Poética das Joias páginas 22 e23 Escola do Rio Hudson página 8 www.areliquia.com.br / jornalareliquia.blogspot.com / facebook.com “A Relíquia” / twitter.com/areliquia INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES ArtRio - Feira Internacional de Arte Contemporânea ArtRio - Feira Internacional de Arte Contemporânea 14 Anos De 12 a 16 de setembro, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, será realizada a segunda edição da ArtRio - Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea, que este ano dobra de tamanho, com a participação de 120 renomadas galerias - nacionais e estrangeiras. Página 15 Salão de Arte 2012 Salão de Arte 2012 Páginas 28, 29 e 30 Grand Canyon Grand Canyon Esculpido pela natureza Esculpido pela natureza A natureza levou dez milhões de anos para esculpir o Grand Canyon, no noroes- te do Arizona, nos EUA. Antes da fotogra- fia, pintores de paisagens da Escola do Rio Hudson muito contribuíram no longo processo de reconhecimento do território norte-americano, incluindo-se o Grand Canyon. Páginas 6, 7 e 8. LEILÕES DE SETEMBRO RIO DE JANEIRO SÃO PAULO • ALPHAVILLE • CAPADÓCIA • ERNANI • LEILÃO DA BARRA • LEVY LEILOEIRO • RESID. COPACABANA • ROBERTO HADADD • VITOR NAVES • ANDRE CENCIN • CASA 8 • DAGMAR SABOYA • GALPÃO DOS LEILÕES Destaques: The Elvis Experience Destaques: The Elvis Experience Página 32

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Edição 181 - Setembro 2012

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Page 1: Edição 181

FERNANDO BRAGA Leiloeiro Público

ANO XV - Nº 182 - SETEMBRO DE 2012 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Poética das Joiaspáginas 22 e23

Escola do Rio Hudsonpágina 8

www.areliquia.com.br / jornalareliquia.blogspot.com / facebook.com “A Relíquia” / twitter.com/areliquia

INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES

ArtRio - Feira Internacional de Arte ContemporâneaArtRio - Feira Internacional de Arte Contemporânea

14An

os

De 12 a 16 de setembro, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, será realizada a segunda edição da ArtRio - Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea, que este ano dobra de tamanho, coma participação de 120 renomadas galerias - nacionais e estrangeiras. Página 15

Salão de Arte 2012Salão de Arte 2012Páginas 28, 29 e 30

Grand CanyonGrand CanyonEsculpido pela naturezaEsculpido pela natureza

A natureza levou dez milhões de anospara esculpir o Grand Canyon, no noroes-te do Arizona, nos EUA. Antes da fotogra-fia, pintores de paisagens da Escola doRio Hudson muito contribuíram no longoprocesso de reconhecimento do territórionorte-americano, incluindo-se o GrandCanyon. Páginas 6, 7 e 8.

LEILÕES DE SETEMBRO

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

• ALPHAVILLE• CAPADÓCIA• ERNANI• LEILÃO DA BARRA• LEVY LEILOEIRO• RESID. COPACABANA• ROBERTO HADADD• VITOR NAVES

• ANDRE CENCIN• CASA 8• DAGMAR SABOYA• GALPÃO DOS LEILÕES

Destaques:The Elvis ExperienceDestaques:The Elvis Experience

Página 32

Page 2: Edição 181

A RELÍQUIA2 - Setembro de 2012 A RELÍQUIA

Tel.: (21) 2235-8015 / 3579-3710 / 9607-2692 / 9605-4724www.portaldotempoantiguidades.com.br / [email protected]

Shopping dos AntiquáriosRua Siqueira Campos, 143 - Slj. 153 - Copacabana - RJ

Nova Loja

Page 3: Edição 181

Setembro de 2012 - 33A RELÍQUIA

Rua São Clemente, 385 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 2539-2637 - [email protected]

Espaço Ernani Arte e Cultura Espaço Ernani Arte e Cultura

Exposição: dias 14, 15, 16 e 17 de setembro de 2012Leilão: a partir do dia 18 de setembro de 2012 às 20 h

no Espaço Ernani Arte e Cultura

www.ernanileiloeiro.com.brPróximos leilões, fique atento ao site

GRANDE LEILÃO DE ARTEEntre no site e cadastre-se para poder participar de nossos eventos

Roberto Magalhães

Roberto Magalhães

Antônio BandeiraAntonio Dias

Portinari

Rogerio Tunes

Carl Brusell

Rubem Gerchman

Rosina Becker do Valle

Antônio Bandeira

Bruno Giorgi

Bruno Giorgi

Roberto Magalhães

Page 4: Edição 181

A RELÍQUIACirculação Nacional

Publicação mensal da Sabor do Saber EditoraFUNDADORES

Litiere C. OliveiraLuiz Carlos Marinho

EDITORLitiere C. Oliveira - Reg.Prof. MTb 15109

e-mail: [email protected]

RIO DE JANEIROPublicidade:

Rua Siquira Campos, 143 - Sl 73 - Copacabana - RJTel.: 21 2265-9945

Redação / Arquivo / DistribuiçãoRua Esteves Júnior 9, casa 01

Laranjeiras - CEP 22231.160 - Rio de JaneiroTel.: 21 2265-0188 / Tel / Fax: 2265-9945

Cel.: 9613-2737 / 8899-0188e-mail: [email protected]

SÃO PAULOTel.: 11 7389-3445

e-mail: [email protected]

PORTO ALEGRERepresentante: Elisa Moog

Tel: 51 2112-8038 / 9955-9962

DIAGRAMAÇÃOFelipe A. Oliveira

CONSELHO EDITORIALItamar Musse, Fernando Braga, Luis Octávio Louro Gomes,

Manuel Machado, Paulo Roberto S. Silva e Francisco P. Cunha,Ricardo Kimaid, Roberto Haddad, Rudinel Vicente do Couto,

Hebert Gomes, Pedro Arruda e Virgínia Arruda

COLABORADORESJoão Ubaldo Ribeiro ( ABL), Ferreira Gullar, Ledo Ivo (ABL),

Paulo Coelho (ABL), Antônio C. Austregésilo de Athayde,Rosângela de Araujo Ainbinder, Ana Beatriz Gomes, Tatiana

Maria Dourado, Rachel Brenner, Luiz Marinho, Paulo Scherer

Tiragem desta edição: 15.000 exemplares

Os conceitos e opiniões emitidas em colunas e matérias assinadas, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.

Variados tipos de porcelana e cristal, joias, prataria, tapetes, objetos Art-Noveau e Art-Déco, entre outros, em exposição nas barracas montadas

There is a wide variety of porcelain, crystal, jewellery, silverware and carpets, amongstother objects of interest. These are displayed and sold at stalls around the market tower.

FEIRAS DE ARTE E ANTIGUIDADESART AND ANTIQUES FAIRS

RIO DE JANEIROSÁBADO - SATURDAY• Shopping Cassino Atlântico -Av. Atlântica, 4240 - Copacabana- Antique fair in air conditionedsurroundings with a tea-shop andlive music• Feira do Troca - Pça XV, emfrente às Barcas (Bric-à-brac ondetambém se pode encontrar anti-guidades). DOMINGO - SUNDAY• Praça Santos Dumont (em fren-te ao Jóquei) - Jardim Botânico• Feira de Antiguidades de Pe-trópolis - Praça Visconde de Mauá

BRASÍLIATodo último final de semana decada mês - Shopping Gilberto Sa-lomão

SÃO PAULOSÁBADO - SATURDAY• Feira de Antiguidades da Pra-ça Benedito Calixto - Pinheiros • Exposição de Antiguidades deSantos - Galeria 5ª Avenida, PçaIndependênciaDOMINGO - SUNDAY• Feira de Antiguidades doMASP - Vão Livre do Museu deArte de São Paulo - Av. Paulista• Feira de Antiguidades do Bi-xiga - Praça Dom Orione - Bixiga• Feira de Antiguidades doMuBE (Museu Brasileiro daEscultura) - Av. Europa, 218 -Jardins• Mercado de Antiguidades deSantos - Piso superior do Merca-do Municipal. Praça IguatemiMartins, s/n°, Vila Nova, San-tos/SP.

BELO HORIZONTE• Feira de Antiguidades Tom JobimSábados, 10 às 17h - Av. Bernar-do Monteiro - Santa Efigênia

PORTO ALEGRE• Feira do Caminho dos Anti-quários - Pça. Daltro Filho - Sá-bados, 10 às 16h• Brique da Redenção - Domin-gos, 9 às 18h - Av. José Bonifá-cio sn. - Bom Fim• Feira do 5ª Avenida -Av.Mostardeiro, 120 - Todos sábadosdas 10h às 18h

SÃO LUÍS• Feira de Antiguidades de SãoLuís - Todo último sábado domes no Tropical Shopping.Av.Colares Moreira, 440 - Renas-cença 2

Exposição: dias 19 e 20 de setembro de 2012(quarta e quinta-feira), das 12h00 às 20h00

Leilão: dia 22 de setembro de 2012(sábado), às 16h30

Local:Rua Uberlândia, 115 - Jd. Bonfiglioli Cep. 05365-040 - São Paulo - SP

Telefones:

(11) 5841.9023 (Net) / 6239.6312 (Oi)8632.3206 (TIM) e 9844.6317 (Vivo)

Site: www.galpaodosleiloes.com.bre-mail: [email protected]

Organização:Jô Bueno / Carol Bueno

Sergio Bueno de Souza (9229-1117) Leiloeiro Oficial: Roberto de Magalhães Gouvea

Captação permanentede segunda a sexta-feira das 11:30 às 18:30

Compramos acervo

COMPROOBRAS DE:

LEOPOLDO GOTUZZOÂNGELO GUIDOLIBINDO FERRÁS

PEDRO WEINGARTNERADO MALAGOLI

AUGUSTO LUIZ DE FREITASFRANCISCO STOCKINGER

DISCAR (51) 3330.47638421.9306

e-mail: [email protected]

Rua Cel. Bordini, 907 - Moinhos de VentoCEP 90440-001 - Porto Alegre/RS

4 - Setembro de 2012 A RELÍQUIA

LLeeiillããoo ddee SSeetteemmbbrroo ddee 2012PPrreesseenncciiaall ee oonn-lliinnee

Porcelanas, pratarias, imagens, marfins, quadros, lustres,móveis, bronzes, tapetes, relógios, opalinas, faqueiros,

aparelhos de jantar, toalhas de mesa, etc

25EExxppoossiiççããoo:: 15 e 16 de setembro de 2012

(sábado e domingo), das 15h às 22hLLeeiillããoo:: 17 e 18 de setembro de 2012

(segunda e terça-feira) a partir das 20hEEssttaammooss rreecceebbeennddoo ppeeççaass

LLooccaall:: Rua Pinheiro Machado, 25 loja B e C,Laranjeiras. Rio de Janeiro. Cep: 22231-090

Tel: (21) 2553-00791 e 9974-44409www.cristinagoston.com.br

[email protected] aaooss pprroopprriieettáárriiooss uummaa sseemmaannaa aappóóss oo lleeiillããoo

Page 5: Edição 181

Setembro de 2012 - 55A RELÍQUIA

Marco Grili

RRuuaa CCoonnddee ddee LLiinnhhaarreess,, 550033 - CCiiddaaddee JJaarrddiimm - BBeelloo HHoorriizzoonnttee - MMGG - CCeepp:: 3300338800-003300TTeell.. ((3311)) 33227755..44446611 // 33229911..99554455

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AntiguidadesADMIRÁVEL.

Stand de Marco Grili Antiguidade no Salão de Arte 2012 - São Paulo

Page 6: Edição 181

A RELÍQUIA

Anatureza levou dez milhões de anospara esculpir o Grand Canyon, nonoroeste do Arizona, nos EstadosUnidos da América. Na verdade,trata-se de uma imensa gargantacom 450 quilômetros de extensão, si-nuosa e profunda, moldada pelaerosão. No fundo do abismo, queem alguns pontos atinge mais de 1,5

quilômetros de profundidade, está o rio Colorado,que continua a sulcar a terra, deixando à mostranos rochedos as camadas da crosta terrestre. Cer-ca de 2 bilhões de anos da história geológica daTerra foram expostos pelo rio, à medida que es-te e os seus afluentes vão expondo camada apóscamada de sedimentos.Em alguns trechos tran-quilo, em outros formando corredeiras, o rio cor-re entre os paredões que ele mesmo ajudou a cri-ar.

Os europeus descobriram o Grand Canyon em1540 e permaneceram observando-o apenas desuas bordas por quase 300 anos. Mas para os ín-dios, principalmente os Navajo e os Hopi, estaregião era uma velha conhecida, que forneciaabrigo contra os invasores estrangeiros. Descer astrilhas até as margens do rio fazia parte de umaviagem sagrada para os guerreiros.

66 - Setembro de 2012

Visitar o Grand Canyon é fazer uma viagem ao Passado do Planeta

Grand CanyonGrand Canyon Esculpido pela naturezaEsculpido pela natureza

Do alto dos rochedos pode-se ter uma ampla visão da área que, há milhões de anos, era um imenso planalto

Paisagem dominada por penhascos e desfiladeiros

O Grand Canyon serviu de abrigo para os indios.Ainda hoje podem ser econtradas numerosas

construções feitas por eles, como a torre vista na foto

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A RELÍQUIA Setembro de 2012 - 77Fotos: reproduções

As rochas apresentam tonalidades variadas O Canyon foi Cenário de muitos filmes de cowboy

Estas mesmas trilhas seriam retomadas pela ju-ventude nos anos 1970, em busca de aventuras ede maior contato com a natureza.

Os pintores muito contribuíram para o conheci-mento, não só do Grand Canyon, como do territó-rio dos Estados Unidos. Naquele país o emblemamais significativo e reconhecível da pátria era suaprópria paisagem, que se exaltava vigorosamente.Daí a pintura de paisagem. Um grupo de artis-tas criou a escola que depois ficaria conhecida co-mo a Escola do Rio Hudson* (1825 -1880) e querepresentou um ponto alto no longo processo dereconhecimento do território norte-americano ede construção da sua imagem, que havia sido ini-ciado nos tempos coloniais com o trabalho de ex-ploradores, naturalistas e artistas, nativos e es-trangeiros. Muito tempo depois a fotografia leva-ria a beleza selvagem do Grand Canyon para omundo inteiro.

O turismo só descobriria o Canyon na viradado século passado. Uma linha de trem - hojeabandonada - levava os visitantes aos pontosprincipais. Do alto dos penhascos, a paisagemainda é a mesma: os abismos, as camadas super-postas de terra, cujas tonalidades variam do ver-melho ao ocre, e o rio, que parece correr espremi-do entre paredes de rochas.

Pelo rio Colorado é possível descobrir outra vi-são do Canyon. Este é um dos cursos de águamais difíceis do mundo para a navegação. Nos450 quilômetros de extensão dentro da garganta,o viajante encontra corredeiras, cascatas, lagos,fontes e jardins naturais. Nos pontos mais tran-quilos, pode-se descer do barco e tomar banhonas pequenas lagoas que se formam ou, então,explorar as cavernas escavadas no calcário. Umadas mais impressionantes é a Red Wall, que as-sim ficou conhecida por seu tom avermelhado.Segundo os arqueólogos que estudaram e conti-nuam a estudar o Grand Canyon, ela teria servi-do de habitação para os índios, além de abrigocontra os colonizadores, como se conclui a partirdo exame dos numerosos desenhos e inscriçõesencontrados nas rochas.

O Arizona foi colonizado inicialmente pela Es-panha, passando ao controle mexicano em 1821,quando o México tornou-se independente. Em1848, com o fim da Guerra Mexicano-Americana,o Arizona passou a fazer parte dos EstadosUnidos. Em 14 de fevereiro de 1912, o Arizonatornou-se o antepenúltimo território norte-ameri-cano a ser elevado à categoria de estado, e o últi-mo território norte-americano dentro dos EstadosUnidos contíguos (localizado dentro do corpoprincipal de terra na América do Norte) a tornar-se um estado. Somente os territórios do Alasca edo Havaí seriam posteriormente elevados à cate-goria de estado.

O primeiro estrangeiro a visitar o Grand Can-yon foi o espanhol Garcia Lopez de Cardenas em1540. Porém, a primeira expedição científica aodesfiladeiro foi dirigida pelo Major John WesleyPowell no final da década de 1870. Powell referiu-se às rochas sedimentares expostas no desfiladeirocomo "páginas de um belo livro de histórias".

A luta pela preservação da área tem poucomais de cem anos. Em 1882, o senador BenjaminHarrison começou uma campanha para criar o

Parque Nacional do Grand Canyon. A princípionão teve êxito, mas conseguiu transformá-lo emreserva florestal em 1893, quando já era presiden-te dos Estados Unidos. Finalmente, em 1919, oPresidente Wilson o transformou em parque na-cional, incluindo também uma reserva indígena.

Visitar o Grand Canyon é ter uma aula so-bre a formação da própria Terra. Entre os pon-tos principais está a Cachoeira de Lava, assimchamada porque teria sua origem num diquenatural de lava, que o rio Colorado formou hámilhares de anos. Para quem se aventurar apercorrer o rio, este é um dos trechos mais pe-rigosos: o Colorado despenca de uma altura dedoze metros a uma velocidade de quase 60 qui-lômetros por hora.

As variações do clima nas diferentes zonas doGrand Canyon se refletem na fauna e na flora.Ao longo das margens do Colorado crescem plan-tas tropicais, enquanto no alto predomina a co-bertura de pinheiros, vegetação de clima temper-ado. Cenário de filmes de cowboys, o Grand Can-yon é hoje visitado por milhares de turistas domundo inteiro. No entanto, poucos têm coragemde seguir as trilhas abertas pelos indios ou per-correr de bote o rio Colorado. A maior parte pre-fere observar a grandiosidade do Canyon dasbordas de seus despenhadeiros a se aventurar auma viagem ao interior da terra.

Por Brad MarkelLeia “A Escola do Rio Hudson” na página seguinte

O Grand Canyon possui uma paisagem incomum

O Grand Canyon inspirando a arte contemporânea: Asbjorn Lonvig - "grand canyon azul e vermelho", crílico sobre tela. 201 x 139 cm. Acima, pintura de Thomas Moran - Grand Canyon, 1908

Page 8: Edição 181

A RELÍQUIA88 - Setembro de 2012

Escola do Rio HudsonEscola do Rio Hudson

AEscola do Rio Hudson foi um movi-mento artístico norte-americano ati-vo entre aproximadamente 1825 e1880, formado por um grupo de pin-tores paisagistas baseados em NovaIorque, cuja visão estética represen-tou uma síntese entre os princípiosdo Romantismo e do Realismo. Ogrupo não era formalizado, mas se

uniu num espírito de fraternidade; alguns excur-sionavam juntos para o interior, pertenciam aosmesmos clubes e trabalhavam num mesmo pré-dio localizado na área hoje conhecida comoGreenwich Village. O ponto inicial de interessepara suas obras foi a região do rio Hudson e asmontanhas circunjacentes, donde o nome da esco-la, mas em meados do século XIX seus integran-tes ampliaram seus horizontes para retratar o oes-te dos Estados Unidos, o Grand Canyon e, algunsdeles, até mesmo regiões distantes como o Ártico,a Europa, o Oriente e a América do Sul.

As primeiras referências ao nome da escolaaparecem somente na década de 1870, emboranão se saiba exatamente quem o cunhou e, nessemomento, quando o prestígio do grupo começavaa declinar, tinha um sentido pejorativo. Seus pin-tores refletem basicamente três impulsos impor-tantes dos Estados Unidos do século XIX: desco-brimento, exploração e conquista, dentro de umaóptica bucólica e pastoril, onde os seres huma-nos e a natureza coexistem pacificamente, e comum tratamento detalhista e por vezes idealizado.De forma geral seus artistas acreditavam que anatureza era a inefável manifestação de Deus, em-bora os pintores variassem na profundidade desuas convicções religiosas. Foram inspirados pelasfilosofias do Sublime e do Transcendentalismo,pela obra de artistas europeus como Salvator Ro-sa, John Constable, William Turner e especialmen-te Claude Lorrain, e compartilhavam a reverên-cia às belezas naturais da América com os escrito-res norte-americanos contemporâneos, como Hen-ry David Thoreau e Ralph Waldo Emerson.

A Escola do Rio Hudson representou um pon-to alto no longo processo de reconhecimento doterritório norte-americano e de construção da suaimagem, que havia iniciado nos tempos coloniaiscom o trabalho de exploradores, naturalistas e ar-tistas, nativos e estrangeiros. Também é conside-rada a mais importante expressão romântica napintura norte-americana, a primeira escola de pin-tura genuinamente nacional e o movimento maisnotável em toda arte do século XIX nos EstadosUnidos.

Assim, na ausência de um Partenon, de umaCatedral de Notre Dame ou de uma Basílica deSão Pedro, carecendo de dinastias régias e tradi-ções ancestrais de longa memória que definemoutras nações, e possuindo apenas uma galeriade heróis recente demais para ter se alçado aopatamar do mito, nos Estados Unidos o emble-

ma mais significativo e reconhecível da pátriaera sua própria paisagem, que se exaltava vig-orosamente. Daí a pintura de paisagem, que atéentão, a despeito do esforço dos artistas colo-niais, havia conseguido um impacto apenas li-mitado sobre o grande público, e ainda não po-dia se comparar com os resultados europeusnem em termos de qualidade técnica nem comoum símbolo realmente poderoso de tradição, ad-quirir uma primazia não encontrada na arte eu-ropeia, onde a pintura histórica era o gêneromais prestigiado, passando a natureza largamen-te virgem do país a ser vista como um espelhoainda mais fiel do mundo imaculado de Rous-seau do que o cenário europeu, e sua represen-tação como um autorretrato da sociedade e umpoder civilizador positivo. Além disso, ao con-trário da pintura histórica, que exige do públicouma base cultural e literária relativamente am-pla e consistente para poder ser plenamenteapreciada, a pintura de paisagem era uma ex-pressão democrática, acessível a todos, e só re-queria a experiência natural que era patrimôniode todo ser humano. Um articulista do The Cra-yon acrescentava:

"Lembremos que o sujeito da pintura, o objetoou objetos materiais a partir dos quais ela é cons-truída, são suas partes essenciais. Se não os ama-mos, não podemos ter sentimentos genuínos pelapintura que os representa. Amamos a Beleza e aNatureza - admiramos os artistas que as repre-sentam em suas obras… Um homem para quem anatureza, em suas formas inanimadas, foi um de-leite em sua juventude, amará uma paisagem eserá mais capaz de sentir os seus méritos do quequalquer artista crescido nas cidades (…) Só serão

capazes de ser justos críticos de arte aqueles queprimeiro aprenderam a amar as coisas de que tra-ta a Arte".

O imenso sucesso que os artistas da Escola doRio Hudson não poderia ter acontecido sem aexistência de um sistema de arte amadurecido. Aabertura do Canal do Erie em 1825 trouxe grandeprosperidade à cidade de Nova Iorque, onde elestinham sua base de operações, e se tornou umrequisito da moda que os grandes investidores ecomerciantes exibissem sua riqueza competindoentre si num mecenato generoso. Não somentemantinham grandes coleções privadas mas tam-bém faziam encomendas especiais para os pinto-res e subvencionavam seu aperfeiçoamento naEuropa. Somente desta forma os principais repre-sentantes da Escola puderam estudar com mes-tres de renome internacional e conquistar umadesenvoltura técnica sem a qual suas ideias nãoteriam como se materializar.

Entre os artistas europeus que se tornaram re-ferências para os artistas da Escola do Rio Hud-son estavam Salvator Rosa, William Turner e JohnConstable, mas Claude Lorrain foi especialmenteimportante, estabelecendo um modelo formal efi-ciente e expressivo para o paisagismo. Um pre-cursor local da escola foi William Guy Wall, umirlandês de carreira consolidada quando inicioua voga pelas paisagens do rio Hudson e arredo-res, e outro foi Washington Allston, que realizarapesquisas formais onde a mancha, a cor e a "at-mosfera" tinham um papel preponderante, comofaziam os românticos franceses na mesma época,e seu estilo foi um passo na direção da obra da-quele que é geralmente considerado o fundadorda Escola do Rio Hudson, Thomas Cole. >>>

Thomas Moran - “Grand Canyon de Yellowstone”

Page 9: Edição 181

Setembro de 2012 - 99A RELÍQUIAThomas Doughty foi o primeiro artista norte-

americano a decidir-se por seguir uma carreiraexclusivamente devotada ao paisagismo. E maisimportante, o primeiro a escolher o cenário lo-cal como tema de preferência, quando até então acópia de modelos europeus convencionais era aregra. Até o aparecimento de Thomas Cole foivisto como o primeiro entre os paisagistas locais,e depois sua obra foi ofuscada pela dele e consi-derada imperfeita. Não obstante, sua produçãoexerceu um impacto significativo em Cole. Quan-do este viu pela primeira vez suas telas elas lheapareceram como uma revelação, tratando do te-ma que ele estava buscando definir para si mes-mo, um tema "que para todo Americano deveriaser do mais profundo interesse… sua própria ter-ra, sua beleza, sua magnificência, sua sublimida-de - tudo é seu. E quão pouco merecedor de seudireito de nascença seria se desviasse seus olhosdela e se lhe fechasse o coração!".

Outros artistas se juntaram à escola, entreeles: Albert Bierstadt, John Gast, Asher Durand,Frederic Church, Thomas Moran.

A pintura norte-americanaApesar de possuir uma história relativamente

curta dentro da arte ocidental, a pintura nos Es-tados Unidos evoluiu tão rápido como a econo-mia e sociedade desse grande país, para se tor-nar nos dias de hoje uma das mais insignes eativas escolas nacionais em todo o mundo. De-pois de um início dependente da informação eu-ropéia, deu no século XX contribuições originais

de importância fundamental para a evolução dapintura contemporânea. Atualmente os EstadosUnidos são uma das referências básicas para aformação de novos pintores, um dos maiorescentros produtores de pintura e uma das maio-res forças na dinamização do mercado de artemundial.

Fonte: AVERY, Kevin J. The Hudson River School. InHeilbrunn Timeline of Art History. New York: The Metropo-

litan Museum of Art, 2000; HOWAT, John K. AmericanParadise, The World of the Hudson River School; NOVAK,

Barbara. American painting of the nineteenth century;BARRINGER, Tim. Unmistakably American? National

myths and the historiography of landscape painting in theUSA; Wikipédia.

Albert Bierstadt, “Entre as montanhas da Sierra Nevada”, ost - 186 x 306 cm

Page 10: Edição 181

1100 - Setembro de 2012 A RELÍQUIA

Velho Que ValeAntiguidades

Cel. 9635-8764Tel. 2549-5208

LLuuiizz ee CCrreeuuzzaa MMaarriinnhhooRua Siqueira Campos, 143

Sobreloja 61 e 62 - CopacabanaTel. 2548-9511

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Tels. 2508-6117 / 8848-5051

RICARDO KIMAID

A recente entrevista com a curadora da próxi-ma edição da ArtRio, publicada no caderno dedomingo de um dos mais importantes jornais dopaís, corrobora meu artigo publicado na penúl-tima edição deste jornal, quando me insurgi pelaforma com que esse evento foi concebido. Darpoderes a pessoas despreparadas justifica a tesede que, também despreparados serão aqueles in-dicados a cumprir tarefas acima do que seu his-tórico justifique. Desprovida de qualquer statusque abone sua soberba, essa moça revela imaturi-dade e irresponsabilidade ao desqualificar gale-rias de arte do Rio, numa afronta contra os seussemelhantes de profissão. Nomeada como os de-mais curadores, à revelia da opinião dos profis-sionais de fato do nosso mercado de arte, nãochega a surpreender as infelizes declarações pro-feridas por essa moça. Se com isso, pretendia an-gariar a antipatia do mercado por aqui, dê-se porsatisfeita; conseguiu! Aliás, diga-se de passagem,conseguiu o feito de irritar até os patrocinado-res do projeto.

Há de se atribuir a irresponsabilidade por par-te da imprensa ao criar "notáveis" num passe demágica; de uma hora para outra convergem osflashes para pessoas desprovidas de brilho pró-

prio, dando sobrevida apenas enquanto as luzesnão se apagam. Penso que a imprensa deveriater profissionais com a devida erudição para osassuntos a que se propõe reportar. Ao dar umespaço de três páginas em uma revista dominicaldo jornal, o editor dessa matéria não se preocu-pou em saber, de fato, qual a representativida-de no mercado de arte de sua entrevistada, mos-trando desconhecimento sobre o assunto aborda-do, não procurando ouvir as pessoas certas. Hámuito não se vê profissionais da imprensa com adevida cultura para falar sobre artes plásticas.Uma vez que são formadores de opinião, deve-riam ter um mínimo de informações sobre o as-sunto em pertinência.

Tenho aqui me manifestado, repetidamente,que o mercado de arte está entregue a grupinhosmanipulados por investidores, cujos tentáculosdominam a mídia paga, sendo que o status cultu-ral no que diz respeito às artes plásticas são irre-levante diante seus interesses. O caso acimaexemplifica o equivoco na seleção dos curadoresdessa feira. Como é que se pode conceber queum evento de tal envergadura para a cidade doRio de Janeiro, esteja sob a responsabilidade dedois curadores de São Paulo, e apenas uma doRio, sem nenhuma representatividade para de-fender os interesses da cidade? O que deveriaestar sendo conduzido para resgatar a vocaçãoque outrora tivemos, de ser o Rio a capital cultu-ral do país, está a serviço de um grupo que sepreocupa apenas locupletar-se com os dividen-dos auferíveis com a realização dessa feira.

Outro fato que não condiz com a organizaçãode um evento de tal monta, é permitir que oscuradores se incluam entre os expositores: é an-

tiético! Até onde vai o grau de isenção desses cu-radores, que classificaram suas próprias galeriascomo aptas entre as demais, em detrimento detantas outras que foram desqualificadas pelosmesmos?

LutoDedico um espaço para expressar meu senti-

mento em relação à trágica perda da obra maiorda pintura brasileira, O Samba, de Di Cavalcanti.Solidarizo-me, não só com o seu proprietário,mas principalmente com todos os amantes daverdadeira arte, que via essa obra como o íconeda pintura brasileira. Nenhuma obra de arte bra-sileira foi tão genuína, tão emocionalmente bela,tão significativa e tão representativa. Nada, ne-nhuma obra de arte brasileira é comparável ao"Samba" de Di Cavalcanti! Ao pintá-lo, Di estavaem transe com os grandes gênios e mestres dapintura.

O Samba foi a síntese de sua obra; tudo degrandioso construído ao longo de sua brilhantevida de artista plástico estava contido nesse tra-balho. Imagem que nunca se apagará, não só namemória daqueles que tiveram o privilégio dodeguste pessoal, ao vivo, mas também das infini-tas ilustrações perpetuadas em catálogos e livrosespalhados aqui e mundo afora. Imortaliza-se aobra, que imortalizou o seu autor.

O mercado de arte está de luto por essa perdairreparável.

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Os conceitos e opiniões emitidos por colunistas ecolaboradores, são de responsabilidade única e exclusiva

de seus autores, e não refletem, necessariamente, aopinião do jornal.

Palpite infeliz

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Quem é você, que não sabe o que diz; meu Deus do céu, que palpite infeliz...(Estrofe do samba do imortal Noel Rosa)

Page 11: Edição 181

A RELÍQUIA Setembro de 2012 - 1111

Paulo Roberto de Souza e Silva e Francisco Eduardo de Oliveira Pereira da Cunha

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Page 12: Edição 181

A RELÍQUIA1122 - Setembro de 2012

Quadros furtadosLista de obras:

Alfredo Volpi - Elementos deFachada e Bandeirinhas

1960 - 134 x 84 cmTempera sobre tela

Alfredo Volpi - Bandeirinhas estruturadas com mastros 33,5 x 68 cm - Década de 60 - Tempera sobre tela

Assinado no verso - Projeto Nº2236

Alfredo Volpi - O Manequim - natureza morta - Déc. 50Tempera sobre papel colado sobre papelão

23,3 x 31,8 cm - Assinado no canto inferior direito

Alfredo Volpi - Sacada brancaelementos de fachada - Dec.50

Tempera sobre tela - 73 x 54 cm

Alfredo Volpi - Fachada em azul evermelho - (Fachadas) - 59,5 x38,3 cm - Tempera sobre telaAssinado no verso - Início da

Década de 60 - Projeto Nº2297

Alfredo Volpi - Bandeirinha - Finalda década 1950 - Tempera sobretela - 92 x 65 cm - assinado no

verso - Projeto Nº 1002

Ivan Serpa - Sem Título - 98 x 130 cmc.1957 - Óleo sobre tela

Alfredo Volpi - Pintura nº 2 - (Concretos) Tempera sobre tela - 72,8 x 116 cmAssinado no verso - Projeto nº 2276

Alfredo Volpi - Sereia - 28 x 53 cm - versoTempera sobre cartão colado em madeira

Informações sobre as obras: ligar para(11) 9293-3138 e (21) 8899-0188

Gratifica-se informações concretas.

Page 13: Edição 181

Setembro de 2012 - 1133A RELÍQUIA

Page 14: Edição 181

A RELÍQUIA1144 - Setembro de 2012

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ArtRio - Feira Internacional de Arte ContemporâneaArtRio - Feira Internacional de Arte ContemporâneaA ArtRio - Feira Internacional de Arte Moderna e

Contemporânea chega a sua segunda edição, dobrade tamanho, e transforma o Rio de Janeiro em "ca-pital mundial da arte" em setembro de 2012. Oevento é o ápice das ações do movimento ArtRio,marca viva que ao longo do ano reforçou a arte nocotidiano da cidade - em diferentes formatos e pos-sibilidades como intervenções urbanas, criações deroteiros artísticos nos espaços públicos da cidade,cursos e oficinas e a atualização do portal onlinewww.artrio.art.br. O mote do movimento é O Rio éarte. O tempo todo. Em toda parte.

Realizada pelos sócios Brenda Valansi, Elisange-la Valadares, Alexandre Accioly e Luiz Calainho, aArtRio 2012 acontece entre os dias 12 e 16 de se-tembro (dia 12 abertura para convidados) e vai ocu-par os galpões 2, 3, 4 e 5, além do Anexo 4, do PíerMauá. A expectativa é receber 60 mil visitantes eter a movimentação de R$ 150 milhões.

O evento marca a primeira ação no Brasil da re-nomada galeria Gagosian, considerada hoje a maiordo mundo, que além de seu stand terá uma exposi-ção especial de esculturas gigantes no Armazém 5.A galeria Kaikai Kiki, fundada pelo artista TakashiMurakami, também faz sua estreia na ArtRio, as-sim como a David Zwirner e White Cube.

"A ArtRio, em seu segundo ano, já é reconhecida

pelo mercado como um dos mais importantes equalificados eventos do segmento. O público quefor a ArtRio vai ter a chance de ver obras de gran-des nomes como Adriana Varejão, Beatriz Milha-zes, Volpi, Miró, Pablo Picasso, Portinari, Barrão,Ernesto Neto, Andy Warhol e Roy Lichstenstein,entre outros", indica Brenda Valansi.

"Queremos consolidar a posição do Rio de Janei-ro entre as cidades mais criativas do mundo. A rea-lização da ArtRio e seu reconhecimento internacionalconfirmam esse posicionamento. A cidade respiraarte em todos os seus momentos - não apenas nasedificações e obras, mas no modo de vida e na pais-agem. Extrapolamos também o modelo de eventoúnico - temos uma marca viva, presente em feiras,em meios de imprensa, em cursos enfim - um inin-terrupto trocar de conhecimento", diz Luiz Calainho.

ArtRio - A FeiraSe na primeira edição, em 2011, a ArtRio contou

com 83 galerias, recebeu público de 46 mil pessoase movimentou cerca de R$ 120 milhões, para 2012os números são maiores e mais arrojados. São espe-radas 120 galerias para um público estimado de 60mil visitantes. Confirmando sua vocação de merca-do, a ArtRio 2012 deve movimentar na economiaR$ 150 milhões.

"Nos últimos 12 meses, visitamos as principaisfeiras e galerias internacionais, assim como tivemosreuniões com artistas e colecionadores de diferentespaíses com o foco em apresentar o sucesso da pri-meira edição da ArtRio e o calendário de 2012. NoBrasil, antes mesmo de começar nosso planejamen-to, fomos contatadas por representantes das gale-rias que estiveram presentes na feira - e tambémpor muitos que não estiveram - querendo já con-firmar seus espaços para este ano", esclarece BrendaValansi.

Na área do Anexo 4, será criado um espaço deconvivência com bares e restaurantes. Também se-rão realizados pocket shows e performances.

Segunda edição da ArtRio dobra de tamanho e traz para o Rio de Janeiro o melhor do cenário da arte mundial

ARTRIO 2012

Data: 12 de setembro (quarta-feira) - restrito a convidados.13 a 16 de setembro (quinta a domingo) - aberto ao público.Local: Píer Mauá (Armazéns 2, 3, 4, 5 e Anexo 4) - Av RodriguesAlves 10 - RJHorário de visitação: do meio-dia às 20hHorário Anexo 4: do meio-dia à meia noiteIngressos: R$ 30 e R$ 15 meia (entrada) - Venda antecipadano site www.ingresso.comFormas de pagamento: dinheiro, cartões de crédito e débitoEstacionamento: Valet R$ 30

SERVIÇO

Page 16: Edição 181

1166 - Setembro de 2012 A RELÍQUIA

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Painel de azulejo representando vasode flores. Altura. 1.50 x 1.20

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Page 17: Edição 181

Setembro de 2012 - 1177A RELÍQUIA

LEILÃO DA BARRA

Antiga imagem emmarfim europeu.

Alt. 12,5 cm

NOSSA SENHORADO LEITE, imagem

de marfim sobrebase de madeira.Gôaséc. XVIII. Alt. 18 cm

Gallé - Vaso emcameo glass, na

cor azul decoradocom folhas. Françacirca de 1900. Alt.

38 cm

RAPOPORT, Alexandre (1929)"Uma sonata para violino e

clarinete" Acrílica s/ tela 110 x 90cm. ass. inf. esquerdo e verso 2011.Reproduzido no livro do artista "O

Som do desenho", na pág. 84

PORTINARI, Cândido (SP1903 -1962) "Feitor"

desenho a grafite s/ papel -19 x 14,5 cm. Registrado nocatalogo raisonné do artista

na página 249 do vol. III771 22756 (FCO 4583)

DI CAVALCANTI,Emiliano (RJ 1897 -

1976) Mulata - Bico depena 36 x 26 cm. ass.

inf. direito 1962.Apresenta dedicatória

Centro de mesa em prata alemãcontrastada e numerada. Circa de1920 decorado com aguia no topo

de um rochedo. Medindo 44 x 42 cm

BURLE MARX, Roberto (SP 1909 -RJ 1994) Composição - Guache e

nanquim s/ cartão 50 x 70 cm. ass.inf. direito 1987

Mesa de encostar emjacarandá D.José.Entalhes rasos na

saia, nas joelheiras esobre os pés.

Med. 1.10 x 50 x 80 cm

REYNALDO FONSECA (1925)Figura feminina - Pastel s/ papel 70

x 50 cm. ass. inf. direito 1991

MÁRIO ZANINI (1907 - 1971) - LavadeirasÓleo s/ tela 33 x 41 cm. ass. inf. esquerdo

Oratório dito Lapinhacompleto com santosesculpidos em pedra

sabão ricamentepolicromados, medindo

75 x 35 cm. Minas Séc XVIII

IVAN MARQUETTI(1941 - 2004) A

despedida Óleo s/ tela110 x 73 cm. ass. inf.direito e verso 1991

RAIMUNDO DE OLIVEIRA (1930-1966)Anjo - Nanquim e aquarela s/ papel

73 x 53 cm. ass. inf. direito 1956

EXPOSIÇÃO:1, 2, e 3 de setembro de 2012, Sábado,

Domingo, Segunda-feiradas 10:00 às 21:00h

LEILÃO:4 e 5 de setembro de 2012

Terça e quarta-feira às 20:30h

LOCAL:Av. General Guedes da Fontoura, 611Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ

Tel.: (21) 7238-6343 / 3251-5751Manobrista no local

CONTATOS E LANCESPOR TELEFONE:

(21) 3251-5751 / 7238-6343 / 9982-6691Tel-Fax: (21) 2495-1157www.leilaodabarra.com.br

leilã[email protected]

SERGIO TELLES (1936) "Circo" Óleo s/ tela80 x 100 cm. ass. inf. direito São Paulo 2002.Reproduzido nas págs. 24 e 25 catálogo da

Exposição realizada pela TNT emagosto/setembro de 2011

Page 18: Edição 181

1188 - Setembro de 2012 A REL

ROBERTO HADDADESPECIALIZADO EM ARTE DESDE 1967

Exposição: 21, 22, 23 e 24 de Setembro de 2012Sábado e Domingo, de 15:00 às 22:00 h. Sexta e segunda-feira, das 10:00 às 22:00 h.

Leilão: a partir de 25 de setembro às 20:00 h.

Local: Copacabana - Rua Pompeu Loureiro 27-A - Tels.: (21) 2548-3993 / 2548-7141 / Fax: 2256-8656Segurança e estacionamento com manobrista no local

4º Grande Leilão da Temporada de 20124º Grande Leilão da Temporada de 2012

Aproximadamente 1800 lotes de coleções particularesao correr do martelo pela melhor oferta

MABE, Manabu (1924 1997) - "Abstrato", o.s.t 51 x 51 cm. Assinado e datado 1985 cid e no

verso assinado, datado, numerado ZZB-12 e cometiqueta da Galeria Contorno

Jean Victor BERTIN (1767-1842) “Marinha ecastelo”, o.s.t. – 47 x 88 cm. Assinado cie

Par de espelhos do sec. XIX, estilo Luiz XVem rica douração com entalhes de acantos e

volutas. Med: 155 x 84 cm

Par de Blackamoordo sec. XIX - Colunasaltas venezianasrepresentando duasfiguras masculinasestilizando negrosescravos. Alt. 98cm

Escrarr

Paf

Sérgio Rodrigues. “Mesa Alex” -1960. Mesa redonda de madeirade lei maciça com base central

e pés em cruzeta. Diam. 141cm. Alt. 75 cm

Sérgio Rodrigues. Poltrona Mole.banqueta de jacarandá com travesuportam os almofadões do asseencosto e dos braços. Med.100 x

TOMIE Ohtake (1913) "Sem título", o.s.t.150 x 115 cm. Assinado cie e verso e datado

1996 cie. Registrado no InstitutoTomie Ohtake sob o nº P96-34

Bianco, Enrico (1928) “Trigal”, o.s.chapa de madeira industrializada45 x 60 cm. Assinado e datado 2000 cid

Cômoda francesa estilo Luiz XV do sec. XIX,decoração Chinoiserie com figuras e paisagemoriental. Guarnições em bronze cinzelado e douradocom flores e acantos. Med: 89 x 130 x 60 cm

Page 19: Edição 181

LÍQUIA Setembro de 2012 - 1199

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rivaninha estilo Luiz XVI. Apresenta as lateraisredondadas, uma com 4 gavetas e outra com

uma porta. Med: 77 x 128 x 43 cm

ar de aparadores estio Luiz XIV do sec. XIX, ricamente entalhado comflores e acantos em madeira patina a ouro. Pés de cabra. Tampo em

mármore. Assinado A. G. Trabucco. Med: 85 x 130 x 42 cm

VAN DIJK, Wim (1915 – 1990) “Frederiksholm kanalCopenhagen ”, o.s.t. – 79 x 130 cm. Assinado cie e verso

TERUZ, Orlando (1902 – 1984) “Favela”,o.s.t. – 56 x 47 cm. Assinado cid

RAPOPORT, Alexandre (1929) -"O mágico verde", o.s.t.40 x 28 cm. Assinado cid e verso com etiqueta da

Galeria Contorno, assinado e datado

SCLIAR, Carlos (1920 2001) - "Bule ecastiçal", vinil e colagem encerado

sobre tela 37 x 26 cm. Ass e dat 1985

Manoel Santiago (1897 1987) - "Paisagem comfiguras", o.s.t. 47 x 61 cm. Assinado cid e verso

com etiqueta da Galeria Contorno e assinado

Bianco, Enrico (1928) “Nu feminino”,o.s.chapa de madeira industrializada 59 x 34 cm. Assinado e datado 1983

cid e versoPar de colunas salomônicas. Adornadacom cachos de uvas e folhas de

parreiras. Alt. 177 cm

Terno francês do sec. XIX de Sévres.Composto por relógio de mesa guarnecidopor bronze dourado e par de candelabrospara 5 velas com cabeças de carneiros e

rostos mitológicos. Alt. 55 cm

Belíssima vitrine do Séc. XIX estiloLuiz XV. Toda em marqueterie e

decorada com cenas de galanteio.Pilastras laterais com figuras

femininas também em bronze. Medida202 x 85 x 47 cm

Cômoda lateral do sec. XVIII,holandesa em riquíssima

decoração em marqueterie floral.Puxadores de bronze.Med: 78 x 69 x 42 cm

Esulturachinesa demarfim do séc. XIX,

representando"divindade e

menino".Alt. 48 cm

Esulturajaponesa demarfim "sêlo

vermelho" doséc. XIX,

representando"divindade e

menino".Alt. 45 cm

Par demesas tip topestilo inglês.

Tampooitavado comgradil. Alt. 78x 78 x 78 cm

Poltrona comessas queento, dox 100 x 75 cm

Page 20: Edição 181

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LEILÃODias 2 e 3 de outubro de 2012 - terça e quarta-feira às 20 horas

Endereço: Avenida Atlântica, 2672, apto. 402 - CopacabanaO imóvel também vai a leilão

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medindo 28 x 24 cm

Milton daCosta -figura femininao.s.t.assinadamedindo 16 x 22 cm

Tenreiro - escultura em ferropatinado, assinada - 1988medindo 46 cm

Tenreiro - Paisagem - o.s.e assinada - medindo 23 x 23 cm

Bruno Giorgi - esculturaem mármore assinadamedindo 28 cm

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Milton da Costa; Alfredo Volpi, AldemirMartins, Fernando P, Oswaldo

Teixeira, Alberto Valença, AntonioParreiras, G. Dal'ara. Bruno Giorgi,

Tenreiro, móveis contemporâneos e deépoca, marfins, pratarias, e peças de

decoração.

Page 21: Edição 181

Setembro de 2012 - 2211A RELÍQUIA

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Page 22: Edição 181

2222 - Setembro de 2012

Abrilhante trajetória profissional da de-signer de joias Ruth Grieco é homena-geada em livro escrito na Europa pelojornalista parisiense Didier Brodbeck.O livro "Ruth Grieco - Poetizando aJoalheria" é ricamente ilustrado comfotos, desenhos e prêmios conquista-dos dentro e fora do Brasil. Na publi-cação, a coleção de arte, a casa e o es-

tilo de vida de Ruth aparecem como fonte de inspi-ração para suas coleções, além de pequenas crônicasque narram momentos de criação, sempre enalte-cendo as gemas brasileiras, pelas quais Ruth nutregrande paixão.

Entre os depoimentos sobre a arte de Ruth Grie-co, destacamos o de Lélia Pereira da Silva Nunes,que fala sobre a Rosa dos Ventos, uma criação dadesigner para a capa do livro LUXO 2010 Year Book- "The Best of the Best":

"A peça belíssima em diamantes e Turmalina Pa-raíba apresenta a figura da Rosa dos Ventos.Deslumbrante. Sua delicada e elegante ourivesariaemociona pelo poder de criação. Penso na criaturaque a concebeu. Aplaudo. Na magnitude da Rosados Ventos em joia parida, a elegância absoluta nasformas, na raridade do azul turmalina, na lumino-

sidade dos diamantes que com leveza expressama essência do belo. Silencio... Reverencio uma mu-lher com Arte: a catarinense Ruth Grieco. Nascidaem Florianópolis, Ilha de Santa Catarina. Um dia,Ruth deixou a Ilha foi em busca do seu "Norte".Como todo ilhéu carregou a Ilha dentro de si, oimaginário,o mar, a maresia, as gaivotas os peixes,

o marisco, a estrela do mar, a laelia purpurata, aponte Hercílio Luz-fetiche e portal para o mundo.Encontrou-o na Arte da joalheria. Ali, deixou fluirlivremente o poder da criação. Transformou as pe-dras brasileiras em joias que encantam por seu de-signer elegante, por sua riqueza de detalhes e, so-bretudo, por ser um registro precioso da culturabrasileira.Verdadeira expressão do nosso patrimô-nio cultural salvaguardado na Arte de joalheriaque, Ruth Grieco, com magia, talento e competên-cia inegável vem apresentando ao longo de sua tra-jetória profissional e artística desde 1976. Como ca-tarinense e estudiosa da cultura popular brasilei-ra, reverencio com respeito infinito a Arte maiorde Ruth Grieco e a sua capacidade de transformarem joias as belezas do nosso da nossa terra. Peçasque falam da arte plumária indígena; dos costu-mes, da flora e da fauna, que revelam os tesourosdo mar nos corais, cochas e mariscos; a sinfoniacromática dos pássaros, o folclore nas mais signifi-cativas manifestações da cultura popularbrasileira.Uma poesia visual, um legado incomen-surável no seu valioso registro.Uma arte de joalhe-ria reverenciada internacionalmente, premiadíssi-ma e admirada por onde quer que apresente o seufabuloso trabalho de designer. >>>

A RELÍQUIA

"Ruth Grieco não é simplesmente umadesigner de joias, mas uma poetisa da

joalheria. Suas peças são mais quesimples traços, são formas harmônicasque se entrelaçam transformando-se em

poemas para os olhos." Ricardo Lerner

A Poética das JoiasA Poética das Joias

Ruth Grieco: Cada peça que crio traz consigouma parte dos meus sentimentos

Colar com ametistas, peridotos e brilhantes - criação Ruth Grieco

Page 23: Edição 181

Setembro de 2012 - 2233A RELÍQUIA

Motivo de muito orgulho para a sua cidadenatal: Florianópolis. Por seu destaque na área dejoalheria e em reconhecimento ao seu talento in-conteste, em oito de março de 2003, foi home-nagiada pela Prefeitura de Florianópolis com oprêmio "Mulheres com Arte". Uma singela e jus-ta homenagem a quem tanto orgulho causa aoscatarinenses. Ouso afirmar que Ruth Grieco éuma mulher com Arte que significa que digni-fica e identifica a terra brasileira. Pois, sua Arteé só Brasil".

Com edição em inglês e português, o livro"Ruth Grieco - Poetizando a Joalheria" inclui umbreve relato da história da joalheria brasileira des-de 1700, dando destaque às joias de crioulas mos-tradas nas gravuras de época de Debret. O texto éde autoria da própria Ruth, abaixo reproduzido.

A obra mostra a casa e a família da designer,e faz referência também à Coleção de Arte Grie-co, que reúne objetos de arte sacra, pintura, es-cultura, peças em prata, adornos para a casa ejoalheria. E traça um panorama da produção ar-tística de Ruth Grieco, que inclui colares, brin-

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recebeu o 1º lugar na etapabrasileira do concurso Tahiti Pearl

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Rosa dos Ventos: diamantes e Turmalina Paraíba

cos, pulseiras, anéis, pingentes e broches.

O livro e o autorAutor de dezenas de livros sobre relógios, dia-

mantes e pérolas, Didier Brodbeck é editor daDreams, a primeira revista francesa dedicada àjoalheria. O livro "Ruth Grieco - Poetizando a Joa-lheria" foi lançado em Paris na HIP GallerieD'Art, e outra sessão de autógrafos aconteceu pa-ra a imprensa internacional, durante a maior fei-ra de joalheria do mundo, a Baselworld, na Suíça.No Brasil, o lançamento aconteceu em Maio, emSanta Catarina, no Museu Histórico de Santa Ca-tarina (Palácio Cruz e Souza) e em 26 de Junhoem São Paulo, em noite de autógrafos no Museuda Casa Brasileira, com a presença do autorparisiense. Durante o Salão de Arte 2012, ocorridoem agosto na Hebraica, em São Paulo, teve umaconcorrida noite de autógrafos, onde a edição li-mitada foi praticamente esgotada. Espera-se umasegunda edição de tão primorosa obra.

A História da joalheria brasileira na página seguinte

Brincos - ametistas,peridotos,turmalinas ebrilhantes

Ordem da Cruzde Cristo -Granadas eMinas Novas,Portugal, séc.XVIII - ColeçãoRuth e PaschoalGrieco Peça sacra brasileira em prata - Coleção Ruth e

Paschoal Grieco

Anel com água marinhae diamantes

Page 24: Edição 181

2244 - Setembro de 2012 A RELÍQUIA

História da joalheria brasileiraHistória da joalheria brasileiraContinuação da página anterior

'Ouro, pedras preciosas e diamantes sempre fasci-naram a humanidade, em forma de arte, reserva devalor, e em algumas culturas, proximidade do divino.Joias são tidas como a primeira manifestação artísticado homem. Desde a pré-história até hoje, são símbo-los de riqueza, majestade, poder e grande magia. Ahistória das joias é tão antiga quanto à vaidade doshomens. No Brasil, país descoberto pelos portuguesesem 1500, o ouro era abundante e logo começou a serextraído da terra. Igrejas logo começaram a ser cons-truídas, e adquiriam o resplendor do sol quando en-riquecidas e recobertas pelo ouro, quase como umagradecimento ao divino. Porém, grande parte destenobre metal era enviada para Portugal em forma deimpostos. Mais precisamente, um quinto do todo. Até1720, 25 toneladas anuais eram enviadas para Portu-gal. A partir de 1727, foram descobertas no Brasil mi-nas de diamantes, nos estados da Bahia, Minas Geraise Mato Grosso, e até 1870 o Brasil foi o maior produ-tor de diamantes do mundo e presenteou Portugalaté está data com mais de três milhões de quilates.

Inúmeras outras gemas surgiram das entranhasbrasileiras, possibilitando assim o fausto das joias emuma época de exuberância. Com a vinda de DomJoão VI e a corte portuguesa, instalada no Rio de Ja-neiro em 1808, intensificou-se a produção das joiaspara atender a burguesia e até mesmo as classes me-nos favorecidas, incluindo os escravos. Ourives luso-brasileiros trabalhavam no Brasil. Foram criadas aschamadas joias de crioulas, especialmente na Bahia,para mulheres negras e crioulas nascidas no Brasil,sendo estas uma expressão ímpar de um estilobrasileiro. A estética da riqueza e do exagero exte-riorizava o luxo e sinalizavam poder e distinção. Es-cravas e amas de leite de lares abastados circulavamostentando enormes peças de ouro, exibindo assim opoder de seus senhores.

O Brasil nunca produziu prata. Ela chegava doMéxico e do Peru, e aqui era trocada por outros pro-dutos, e até mesmo por escravos africanos. As pencasde balangandãs eram adornos eram adornos usadosna cintura e fizeram parte da indumentária baianado século XVIII até meados do século XX. Carrega-

vam consigo um sincretismo religioso e eram com-postos por vários grandes elementos manufaturadosem prata, que adquiriam uma conotação mística atra-vés de amuletos de boa sorte. Todos estes adornosde prata e ouro representavam também reserva decapital a ser transformada em dinheiro em caso denecessidade financeira." (Ruth Grieco)

Ruth Grieco - Poetizando a Joalheria

Autor: Didier Brodbeck - Editora: Dazzling Books - 256 Páginas,papel couche - Capa dura de tecidoCompra no Brasil: Livraria Cultura - WWW.livrariacultura,com.br

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Os balangandãsda Bahia

Bentinhos & amuletos. A sofisticação místico-social do branco e o terror animista dos povosprimitivos do Brasil amalgamados numa ouri-vesaria de raiz popular. O homem na sua que-da (leia-se: diáspora tribal) e perdida unidadeteísta e cultural refugiou-se na saudade daque-les tempos de glória. Bentinhos & amuletos se-riam, afinal de contas, a projeção e a memoria-lística coletiva de uma idade de ouro em quetudo era uma só Verdade de consumo coleti-vo, representada cabalisticamente pelo olho doconhecimento humano no meio do triânguloegípcio; ou pela cruz do Kristó significando oequilíbrio In e do Yang - o positivo e o negati-vo, forças mestras da vida. E o escapulário so-bre o peito dos líderes religiosos e das multi-dões de fieis, vibradores a irradiar força ani-mista/psíquico positiva, ou a proteger e amor-tecer, pela neutralidade mineral e a nobrezaquímica de seus componentes, o yang negativoe o maléfico das forças cósmicas e humanasdesencadeadas e decaídas.

Os balangandãs da Bahia seriam, assim, umarepresentação simbólica dessa velhíssima tradi-ção do conhecimento humano e divino acumula-do e esquecido: o temor de Deus onipresente pe-lo conhecimento de suas forças fecundantes deluz & sombra, noite & dia, sol & lua, terra &água, ar & fogo, homem & mulher. Braços pro-piciatórios e mortais, todos eles a embalar umser de eleição terrestre: aquele feito à semelhan-ça e imagem de Deus. Mãos diferenciadas e unasdo mesmo corpo cósmico. E místico. Tudo reve-lado (e encoberto) pelas três palavras profanasque se escondem a grande unidade simbólica tri-partida: Uma Coisa Só.

Introduzida pelos negros islamizados do Dao-mei e vizinhanças, a ourivesaria baiana vem re-petindo o comício castralvino da dor dos negrossublimada pela beleza. Fruto menos dramáticoda tragédia da escravidão em sua floração plásti-co-simbólica, repete o sofrimento documentadodo Navio Negreiro: nos pequenos arranjos co-nhecidos como pencas de balangandãs, certaspeças são conhecidas como nave, galera, chave,correntão, grilhão - toda a gíria de dor tartamu-deada pela escravaria em viagem para o Brasil esublimada, em forma de esconjuro criativo, pelosdelicados artífices da ourivesaria baiana, escra-vos e forros em sua quase totalidade.

Por Homero Homem

Jean Baptiste Grenier. Mulata, ost 67 x 56 cmséc. XIX. Coleção particular

Jean Baptiste Debret. Transporte de uma criança branca para serbatizada na igreja. Litografia - Coleção Particular

Crioula usando Penca Baiana.Crioula - Baianas do século XVIII

Page 25: Edição 181

A RELÍQUIA Setembro de 2012 - 2255

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O Desenhista e pintor Galileu Resende faleceudia 19 de agosto passado em Teresópolis, sua ci-dade de adoção e de trabalho, vitimado porcâncer. Nascido em 1939 no Rio de Janeiro, cur-sou a antiga Escola de Belas Artes, aperfeiçoando-se em Roma. Fez dezenas de individuais e coleti-vas em importantes galerias do Rio e no exterior.Executou um belíssimo painel para a Justiça Fe-deral , em Brasília.

O poeta Manuel Bandeira assim falou dele:"vistos de perto, revelam os desenhos de Galaileu

como que uma arte dentro de outra: a certa dis-tância parecem composições abstratas, névoas denanquim ou de sépia; só de perto é que constata-mos a sua técnica, desenhos a bico de pena, cola-gens de jornal, aguadas, buscando o espaço embranco funcionar como elemento."

Galileu exerceu o magistério na Escola deArte de Instituto Santa Filomena e no ColégioMetropolitano e tem extenso verbete no Dicioná-rio Brasileiro de Artistas Plásticos - Tomo 2 -MEC.

Morre Galileu Resende

Page 27: Edição 181

A RELÍQUIA Setembro de 2012 - 2277

ComproPinturas de artistas paranaenses

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leva em conta os aspectos do habitat natural até oscostumes no século XIX.

O grande destaque da mostra é a exibição do pa-pel de parede Vistas do Brasil (1829-1830). As ima-gens que deram origem a essa composição foramas ilustrações do livro Voyage pittoresque dans leBrésil (Viagem pitoresca através do Brasil) de Jo-hann Moritz Rugendas. O jovem artista bávaro, queviveu por cerca de quatro anos no Brasil, fora con-tratado para acompanhar, como desenhista, a expe-dição científica comandada pelo barão de Langs-dorff (1774-1852). O livro, publicado em fascículosentre 1827 e 1835, tornou-se um dos mais popularesálbuns de viagem ao Brasil, rivalizando com a Vo-yage pittoresque et historique au Brésil (Viagem pi-

toresca e histórica ao Brasil) de Jean-Baptiste De-bret. Para sua produção, foram empregados diver-sos gravadores, cuja responsabilidade era comporas litografias a partir dos desenhos de Rugendasrealizados no Brasil. Esse material, litografias e al-guns desenhos, por sua vez, foi colocado à disposi-ção de Jean-Julien Deltil, artista contratado pela Ma-nufatura Zuber (localizada em Rixheim, na França,fabricante de papéis de parede decorativos. A ma-nufatura ainda existe e ainda produz esse papel deparede utilizando as matrizes originais do séculoXIX) para elaborar a composição final do papel deparede panorâmico Vistas do Brasil.

A exposição fica em cartaz de até o dia 27 de ja-neiro de 2012.

Todd Bracher - A essência das coisasAo reforçar sua vocação em apresentar diferentes

caminhos do design contemporâneo, o Museu daCasa Brasileira, instituição da Secretaria de Estadoda Cultura, expõe até o dia 21 de outubro, a produ-ção do designer americano Todd Bracher.

Todd Bracher - A essência das coisas conta com pa-trocínio da home store Etna, e serão apresentadaspeças entre mobiliário, utensílios de cozinha e lu-minárias, além de painéis fotográficos e vídeos comimagens referentes ao processo criativo e a reflexõesde origem formal de seus projetos. Tanto a curado-ria como a montagem foram idealizadas pelo ale-mão Albrecht Bangert, reconhecido internacional-mente por diversas exposições na área do design.O projeto expositivo de Bangert contará com gran-des reproduções fotográficas em papeis de paredeque remetem à atmosfera do estúdio de Todd Bra-cher em Nova Iorque. A exposição, idealizada peloMuseu em parceria com o BOOMSPDESIGN, seráapresentada pela primeira vez na América Latina.

Releases e sugestões para esta coluna:[email protected]

Larissa Simões

Exposição concebida especialmente para o MASPtraz raros exemplares da arte cerâmica em mostraorganizada pela curadoria do Museu Nacional daCoreia. Obras-primas produzidas ao longo de séculosestarão ao lado de outras, contemporâneas, que rein-terpretam os princípios tradicionais dessa arte. Nestes600 anos de história, técnicas de elevado nível refle-tem o desenvolvimento de conceitos e ideologias quemoveram os artistas coreanos ao longo do tempo.

Uma dos mais marcantes manifestações artísticasorientais, a arte cerâmica chega ao MASP - Museude Arte de São Paulo Assis Chateaubriand no próxi-mo dia 17, sexta-feira, com mais de 70 obras-pri-mas da coleção do Museu Nacional da Coreia, todasinéditas no Brasil. O espectro diverso - 600 anos decerâmica coreana explora a tradição ousada e sur-preendentemente moderna da cerâmica que flores-ceu na Coreia. Com curadoria de Heagyeong Lee,do Museu Nacional da Coreia a exposição integraas comemorações dos 50 anos da imigração coreanaao Brasil e fica em cartaz até 25 de novembro nomuseu paulista.

Destaque em museus como o Metropolitan deNova York e Museu de História Natural de Was-hington, a cerâmica coreana ocupa lugar de desta-que no gênero e pela primeira vez será mostradano Brasil. Na visão de Teixeira Coelho, curador doMASP, "será uma ocasião singular para apreciar amanifestação da beleza em seu estado mais puro,apesar da funcionalidade que as peças mostradaspossam ter".

Em texto de apresentação da mostra, ele escre-ve: "A criação de recipientes em cerâmica é um dosmais antigos modos de unir a funcionalidade dosobjetos aos mais elevados princípios estéticos efilosóficos. É nela que se distingue com clareza aética da estética, ou a vinculação da busca da formaadequada e, se possível, perfeita, aos princípios quedevem reger a vida e o comportamento humanos".

O espectro diverso - 600 anos de cerâmica coreana éuma iniciativa conjunta do MASP, Fundação Coreiae Museu Nacional da Coreia e tem patrocínio daKorean Airlines.

Vistas do BrasilA Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição

da Secretaria da Cultura, apresenta a exposição, Vis-tas do Brasil com 11 obras que fazem parte dos acer-vos da Pinacoteca e do Instituto Moreira Salles. Pa-ra a exposição foram selecionados trabalhos de doisartistas que contribuíram significativamente para oregistro da paisagem brasileira: Johann Moritz Ru-gendas (1802-1858) e Jean - Julien Deltil (1792-1853).Realizadas entre 1827 e 1835, as obras apresentam avisão do europeu sobre o Brasil; uma narrativa que

São Paulo: Arte & EstiloO espectro diverso - 600 anos de

cerâmica coreana

A mostra traz 70 obras-primas do século 14 até osdias de hoje, vindas do Museu Nacional da Coreia

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A RELÍQUIA2288 - Setembro de 2012

Omais tradicional e charmoso Salãode Arte do Brasil, que aconteceu de20 a 26 de agosto no clube A He-braica, em São Paulo, apresentou ummix de arte composto por obras mo-dernas e contemporâneas, gravuras,peças e livros raros, galerias, joalhe-rias, antiquários, fotografias e deco-radores. A diretora e organizadora

do evento, Vera Chaccur Chadad, ampliou o es-paço expositivo para receber novos expositoresde arte contemporânea.

O Salão de Arte mostrou, mais uma vez, a for-ça e o crescimento do mercado de arte no Brasil emanteve a tradição de atuar em projetos de res-ponsabilidade social. Nesta edição, o evento tam-bém teve a sua renda integral da bilheteria e docoquetel da noite de abertura revertidos à ACTC- Associação de Assistência à Criança e ao Ado-lescente Cardíacos e aos Transplantados doCoração. A entidade presta atendimento multi-disciplinar à criança cardíaca e aos transplanta-dos do coração, encaminhados pelo Instituto doCoração, Incor (HC-FMUSP), bem como a seusfamiliares.

Neste ano, participam do Salão de Arte 65 ex-positores, sendo dois estrangeiros e o restante dediversos estados do país. Em uma área de 3.500m², a programação, além abertura beneficente, te-ve coquetéis em vários estandes, como o anima-díssimo coquetel da excelente revista Versatille enoites de autógrafos, como a do livro Poetizan-do a Joalheria, de Ruth Grieco.

Sobre o 19º Salão de arte, escreveu Pedro Cor-rêa do Lago, na apresentação do catálogo:

"A oportunidade de visitar, num mesmo lugar,uma seleção de suas melhores peças realizadapor muitos dos maiores profissionais do Brasil,é imperdível para o colecionador, ou mesmo pa-ra o simples apreciador das artes decorativas eda pintura.

A consistente preocupação com a qualidade eautenticidade das peças por parte da organiza-ção, assim como a escolha sempre criteriosa dosexpositores, garantem para o Salão de Arte umprestígio renovado a cada ano.

Num momento em que a Arte Contemporâ-nea domina a maior parte das manifestações eimpõe-se para muitos como opção quase exclusi-va, o Salão de Arte propõe a alternativa de obrasde grande qualidade produzidas no passado, quemuitas vezes originaram a busca dos artistas at-uais".

A Relíquia, apoiador do Salão de Arte, maisuma vez realizou uma farta distribuição de jor-nais, durante todo o evento, do primeiro ao últi-mo dia. Entre inúmeros visitantes e expositoresilustres, destacamos alguns, dentre outros nãomenos importantes.

Salão de Arte 2012 em revistaSalão de Arte 2012 em revista

Luiz Carlos Began

Vera Chaccur Chadad, diretora, organizadora ecuradora do Salão de Arte

Max Perlingeiro

Luís Alegria

Jones Bergamim (Peninha) da Bolsa de Arte

Antonio d'Bitencourt Dias e Fernando Braga A leiloeira Angela Maltarollo e Mauricinho Pontual

Page 29: Edição 181

Setembro de 2012 - 2299A RELÍQUIA

Roberto Castelli, Dagmar Saboya, Luiz Sérgio eFernando Saboya

Antônio Kfuri (Country House) com Sonia Abdo eNilva Baracat

Fernando Motta, Adilson Reis e Tony Chouvkizpa

Paulo Roberto e Francisco Eduardo, de OnzeDinheiro Escritório de Arte

Valeria S. Bortoletto, Jose Roberto BortolettoJunior e Fernando de Azevedo

Ulisses Barbosa da Silva e Malu Piazza da Casa8 Leilões

Manuel Guimarães, D Rosa, Nadja Gomes e oantiquário pernambucano José dos Santos

Hebert Gomes e Robson Santiago Paulo Setúbal e Luiz Machado de Mello

Cícero Amaral e Patricia Vogel do Amaral Cristiane Musse (BA) Marcio Carvalho (Sandra& Márcio - MG)

Page 30: Edição 181

A RELÍQUIA3300 - Setembro de 2012

Caloula Filho e Marta Dione Nathan e Mozart Forster (Forster Antiguidades) Walter Giserman

Marta Veloso da Casa das Artes Julio Arrruda e Eva Marra Juliana (Galeria André), F.Silva, Cláudio deCastro, Horácio Ernani d Fabiana Keller

Silvia de Souza Aranha (Resplendor) Pedro Tinoco Marco Grili e Suraia

Litiere C. Oliveira, editor de A Relíquia, Ruth Grieco autografando seu livro"Poetizando a joalheria" e o antiquário mineiro Marco Grili

A Galeria uruguaia Sur também participou do Salão de Arte 2012, ao ladodo stand de Fenando Braga

Page 31: Edição 181

Setembro de 2012 - 3311A RELÍQUIA

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Page 32: Edição 181

3322 - Setembro de 2012 A RELÍQUIA

Por Litiere C. OliveiraDD ee ss tt aa qq uu ee ss

MAR só em novembro

Festival Cultural Benedicto Lacerda

Parte do projeto do Porto Maravilha, na ZonaPortuária do Rio de Janeiro, o MAR - Museude Arte do Rio, que seria inaugurado em se-tembro, na semana em que acontece a ArtRioFeira de Arte Contemporânea, sofreu um atrasonas obras e somente abrirá suas portas em no-vembro. O curador-chefe do museu, Paulo Her-kenhoff, confirma as quatro exposições temporá-rias que estão sendo montadas para a inaugura-ção, incluindo "A Arte brasileira e internacio-nal" com a coleção do marchand Jean Boghicique recentemente teve importantes obras des-truídas por um incêndio em sua cobertura emCopacabana.

De 29 de agosto a 16 de setembro, as cida-des Macaé, Campos dos Goytacazes, Rio dasOstras e Quissamã, no Estado do Rio de Janeiro,receberão o Festival Cultural Benedicto Lacer-da 2012. Anualmente, o ilustre músico macaen-se é homenageado e, em 2012, a programaçãoapresentará shows, exposição biográfica, ofici-nas de música (workshop) e palestra. A entradaé franca em todas as atividades.

Museu da CasaBrasileira

A exposição "Patrimônio Paulista: Litoral eVale do Paraíba", criada com base em textos eimagens do livro homônimo, de Margarida Cin-tra Gordinho e Iatã Cannabrava, apresenta benstombados no litoral e Vale do Paraíba pelo Con-selho de Defesa do Patrimônio Histórico, Ar-queológico, Artístico e Turístico (CONDE-PHAAT). Com abertura marcada para o dia 17,a mostra vai até 21 de outubro de 2012.

Sob o título A iminência das poéticas, e sem omesmo apelo das edições realizadas no século XX,a 30ª Bienal de São Paulo acontece entre 07 de se-tembro e 09 de dezembro de 2012, no PavilhãoCiccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. A mostratem como centro curatorial os temas da multiplici-dade, transicionalidade, recorrência e permanentemutabilidade das poéticas artísticas. Por poéticasentende-se o repertório instrumental que permiteque um indivíduo, uma coletividade, um campodisciplinar ou uma tradição estabeleça, de forma

intuitiva, intencional ou inconsciente, as estratégi-as ou plataformas discursivas que tornam possí-veis atos expressivos de caráter artístico. Mais doque uma Bienal de obras individuais e de artistassingulares, a 30ª Bienal pretende ser um eventocapaz de produzir constelações de obras e artistasque conversam entre si: uma base para que essasrelações sejam dispositivos eficazes de renovação ede produção de sentido e significação. A mostrarecebe 110 artistas neste ano, sendo 21 deles brasi-leiros.

Não se pode negar que Juliana Cintra, gale-rista alçada a integrante do comitê de seleçãoda ArtRio, teve muita coragem ao afirmar queas galerias cariocas não têm nível para entrarna feira. Essa declaração gerou revolta e muitacrítica por parte das galerias de arte do Rio deJaneiro que foram barradas no baile.

No entanto, analisando a lista dos participan-tes da ArtRio, verifica-se que o Rio comparececom 27 galerias, o mesmo número de galeriasde São Paulo presente no evento.

Isso significaria que as outras que levarambola preta, tanto do Rio, como de São Paulo emesmo de outros estados, não teriam nível pa-

ra entrar na ArtRio? Foi o que ficou patente.Excluem-se, claro, as galerias que não tenta-ram participar da feira e que, por isso mesmo,não poderiam levar bola nenhuma, nem bran-ca, nem preta.

As casas de leilão Christie's e Sotheby's, queestavam negociando participação na Art Rio,foram barradas por unanimidade pelo comitêde seleção. Segundo Juliana Cintra declarou naentrevista a um grande jornal, as casas de lei-lão "têm um papel dúbio no mercado de arte" erepresentam o "lado especulativo da coisa, fa-zendo os preços das obras dispararem".

Christie's e Sotheby's + Galerias barradas na ArtRio

Elvis vive

30ª Bienal de São PauloA Iminência das Poéticas

O casal Paschoal e Ruth Grieco(autografado seu livro no Salão de Arte naHebraica) com Parlo Roberto e Francisco

Eduardo, de Onze Dinheiro

Noite de autógrafos

Inaugurada no dia 5, noShopping Eldorado, em SãoPaulo, a exposição The ElvisExperience, que reúne maisde 500 objetos e fotos que es-tavam na residência de ElvisPresley em Menphis, no Ten-nessee - EUA. A mostra fazparte das homenagens pelos35 anos da morte do artista.

Macacão de águia, usado noprimeiro show (Aloha from Hawaii)

transmitido ao vivo no mundo

Page 33: Edição 181

A RELÍQUIA Setembro de 2012 - 3333

Informe da ABA - Associação Brasileira de AntiquáriosInforme da ABA - Associação Brasileira de Antiquários

Cansado de mesmice, se vocêquer voltar ao passado por algumashoras, deixe a praia de lado para fa-zer algo diferente: visite e se divirtapara valer na Feira de Antiguidadesda Gávea, que acontece todos os do-mingos na Praça Santos Dumnt.

A Feira existe desde 1997 e reúnecolecionadores e curiosos que apre-ciam o valor e a beleza de peçasantigas. Ela é coordenada pela As-sociação Brasileira de Antiquários(ABA), que tem por finalidade in-centivar o comércio de objetos anti-gos e apoiar colecionadores, estudio-

sos e pesquisadores de arte.Além das peças antigas e jóias e bi-

juterias raras, alguns stands trabalhamcom produção de cinema, TV e teatro.As roupas ganham um trato especial:são lavadas, recuperadas e colocadasà venda em um estado bem criterioso.Quem gosta de brechós e velharias,também vai se dar bem, pois muitosdos expositores dali são fornecedoresdos melhores brechós da cidade.

MUSICA DE QUALIDADEDe acordo com a programação cul-

tural da feira, o visitante pode ser

surpreendido, a cada domingo, comexposições curiosas ou temáticas, ouainda assistir shows de bons artistas,como aconteceu no último dia 19 deagosto, com a apresentação do exce-lente músico, cantor e compositor,PEDRO MIRANDA, um dos primei-ros jovens da Zona Sul a brilhar nosamba da Lapa, e um dos responsá-veis pela sua renovação de uns anospara cá. Pedro se apresentou com umregional, dentro da programação mu-sical do Projeto Rio Gastronomia,promovido pelas Organizações Globo.

Um bom programa para reunir

a família é realmente combinar umavisita à Feira de Antiguidades daPraça Santos Dumont, na Gávea, de9 |às 18 h, num passeio que revelatesouros escondidos que formam umverdadeiro museu ao ar livre, semaquele clima de "é proibido tocar".

Os coleciuonadores e curiososque apreciam a beleza de peças anti-gas estão convidados a embarcarnesta viagem cultural e certamenteficarão se programando para vol-tarm domingos seguintes.

Luiz Carlos Lourenço

Além das peças antigas, também há stands para produção de cinema, TV e teatro

Feira de Antiguidades da Gávea, aboa atração dos domingos cariocas

Page 34: Edição 181

3344 - Setembro de 2012 A RELÍQUIA

46º Grande Leilão Setembro de 2012

Exposição:15 e 17 de setembro de 2012

Sábado e Segunda-feira das 10 às 19 h

Leilão:Dias 18, 19 e 20 de setembro de 2012

Terça, Quarta e Quinta-feira a partir das 17 h

Quadros, Porcelanas, Cristais, Móveis e curiosidades em geral.MAIS DE 300 LOTES EM LANCE LIVRE

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CAPTAÇÃO PERMANENTE DE PEÇAS PARA LEILÃO

Francisco SilveiraOrestes BencardinoRealização:

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Setembro de 2012 - 3355A RELÍQUIA

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Osmar Beneson, ost 1,50 x 1,45 m

Par deCadeiras

Gelli

Carrinho de Chá Carlo Hauner

MesaCimo

Leilão de Arte17 de SETEMBRO de 2012

Segunda-feira às 21h

ExposiçãoDias 14, 15 e 16 de setembro de 2012 das 11h às 20h

Rua José Maria Lisboa, 1089 - Jardim Paulista - CEP: 01423-003 - São Paulo - SPFone: +55 11 3083-2694 / 3081-0076 / 9162-7740

E-mail: [email protected]

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Leiloeiro Oficial:André Cencin

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EXPOSIÇÃO9 e 10 de setembro

de 2012Domingo e Segunda-feira

Das 16 às 22h

LEILÃO11, 12 e 13 de setembro,

Terça, quarta e quinta-feiraA partir das 20h

Pratas - Tapetes - MÛveis - Marfins - CristaisColecionismo - Curiosidade - Etc.

(21) 2556-3748(21) 7189-1001(21) 9404-6341

Frans Hals - "Retrato"osm. dat. de 1626

med. 27x21cm

Gomil em pratacamusso alt. 24cm

Baccarat - par decompoteiras compresentoir med.15x16cm

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