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Informação com qualidade no coração da Zona Leste Ano XXXVI - Nº 1420 - De 5 a 11 de junho de 2015 www.noticiasdeitaquera.com.br - Presidente de honra: Lidia Paniaga Rua Rio Mamanguape, 52 - Cidade Líder - Itaquera - São Paulo - SP - Fone: (11) 2748-7300 Sinônimo de Qualidade e tradiçao no bairro Sinônimo de Qualidade e tradiçao no bairro COMUNICADO Requer-se a munícipes e moradores vizinhos de terreno público da rua Fortuna de Minas/Costei- ra e fundos da rua Iolando Ribeiro Boa- ventura jurisdição sub- prefeitura Itaquera que apresentem ao Ministério Público (Rua Riachuelo, 115 Centro SP) cópias de reclamações feitas so- bre constru ção de obra faraônica particular no terreno público acima fei- tas em 2003 e 2004 que foram sonegadas em 2003 ao anunciante e cópias de reclamações entre 2000 e 2003 de ou- tras obras particulares feitas em tal terreno pú- blico para junção no Inq.Cível 588/2011 da 4PJPP da Capital para esclarecimento devido in- cêndio em 2005 na sub- prefeitura acima. Janelas, Portas, Grades e Portões em Alumínio Brilhantes ou Colorido Box e janelas em Vidro Temperado Portas Sanfonadas e Forors de PVC ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO EM GERAL Email: [email protected] Fones: (0xx11) 2535-0251 / 2524-8097 PERSIANAS ITAPARICA Rua J ua J ua J ua J ua José Oitica Filho osé Oitica Filho osé Oitica Filho osé Oitica Filho osé Oitica Filho, 85 - Itaquer 85 - Itaquer 85 - Itaquer 85 - Itaquer 85 - Itaquera Um grupo de tradição que participa da comunidade TERRENO PARDINHO Km 196 da Rodovia Castelo Branco. Condominio Ninho Verde II. Terreno c/ 450 m² próx. entrada. Totalmente quitado c/ escritura. Total R$ 30 mil + condominio. Tratar com proprietário cel. vivo (11) 99202-5939 Acompanhe o Notícias de Itaquera no Facebook Página 4 Área infantil do Ceret é exemplo de inovação na cidade Poucos parques no Brasil oferecem brinquedos adapta- dos às crianças com deficiência e mobilidade reduzida. A cidade de São Paulo tem um total de 103 parques e áreas verdes, além de 332 centros de esporte e lazer espalha- dos. Agora, o Ceret (Tatuapé) é referência no setor. O pre- feito eo secretário de Esportes foram conferir.

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Edição do jornal Noticias de Itaquera Ano XXXVI nº 1420, De 5 a 11 de junho de 2015.

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Page 1: Edição 1420

Informação com qualidade no coração da Zona Leste

Ano XXXVI - Nº 1420 - De 5 a 11 de junho de 2015www.noticiasdeitaquera.com.br - Presidente de honra: Lidia Paniaga

Rua Rio Mamanguape, 52 - Cidade Líder - Itaquera - São Paulo - SP - Fone: (11) 2748-7300

Sinônimo de Qualidade

e tradiçao no bairroSinônimo de Qualidade

e tradiçao no bairro

COMUNICADO Requer-se a munícipese moradores vizinhos deterreno público da ruaFortuna de Minas/Costei-ra e fundos da ruaIolando Ribeiro Boa-ventura jurisdição sub-prefeitura Itaquera queapresentem ao MinistérioPúblico (Rua Riachuelo,115 Centro SP) cópiasde reclamações feitas so-bre constru ção de obrafaraônica particular noterreno público acima fei-tas em 2003 e 2004 queforam sonegadas em2003 ao anunciante ecópias de reclamaçõesentre 2000 e 2003 de ou-tras obras particularesfeitas em tal terreno pú-blico para junção noInq.Cível 588/2011 da4PJPP da Capital paraesclarecimento devido in-cêndio em 2005 na sub-prefeitura acima.

Janelas, Portas, Grades e Portões

em Alumínio Brilhantes ou Colorido

Box e janelas em Vidro Temperado

Portas Sanfonadas e Forors de PVC

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO EM GERAL

Email: [email protected]

Fones: (0xx11) 2535-0251 / 2524-8097

PERSIANASITAPARICA

RRRRRua Jua Jua Jua Jua José Oitica Filhoosé Oitica Filhoosé Oitica Filhoosé Oitica Filhoosé Oitica Filho,,,,, 85 - Itaquer 85 - Itaquer 85 - Itaquer 85 - Itaquer 85 - Itaqueraaaaa

Um grupo de tradição que

participa da comunidade

TERRENO

PARDINHOKm 196 da Rodovia CasteloBranco. Condominio NinhoVerde II. Terreno c/ 450 m²próx. entrada. Totalmentequitado c/ escritura. TotalR$ 30 mil + condominio.

Tratar com proprietário cel.

vivo (11) 99202-5939

Acompanhe o Notícias de Itaquera no Facebook

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Área infantil do Ceret é exemplode inovação na cidade

Poucos parques no Brasil oferecem brinquedos adapta-dos às crianças com deficiência e mobilidade reduzida. Acidade de São Paulo tem um total de 103 parques e áreasverdes, além de 332 centros de esporte e lazer espalha-dos. Agora, o Ceret (Tatuapé) é referência no setor. O pre-feito eo secretário de Esportes foram conferir.

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O prefeito Fernando Haddad entregou à Câmara Mu-nicipal na tarde da terça-feira, 2, o novo projeto de leide zoneamento de São Paulo.

A Lei de Zoneamento determina quais atividades po-dem ser desenvolvidas em cada terreno da cidade. É umcomplemento ao Plano Diretor Estratégico aprovado noano passado, uma das principais bandeiras políticas dagestão Haddad.

Ao todo, a Prefeitura recebeu 7.629 contribuições.Foram realizadas 41 audiências e oficinas públicas, comparticipação de mais de 8 mil cidadãos. A nova lei vaiorientar o desenvolvimento e o crescimento de São Paulopelos próximos 16 anos.

A motivação de revisão da Lei nº13.885 de 2004 sedá pela recente aprovação do Plano Diretor Estratégicodo Município de São Paulo. Segundo a Prefeitura, a novalei de zoneamento pretende instituir uma nova estraté-gia de ordenamento territorial para enfrentar desafioshistóricos e estruturantes.

Confira as principais mudanças:1 - Uso e ocupação do solo - O território paulistano foidividido em três áreas: territórios de transformação; ter-ritórios de qualificação; e territórios de preservação2 - Santuários' residenciais - Há uma flexibilização dasáreas residenciais, com a criação das chamadas ZonasCorredor (ZCor), que permitem usos diferentes nos 'san-tuários' ZERs, as zonas estritamente residenciais.3 - Lote máximo - A lei inibe a construção de condomí-nios fechados e shoppings, pois institui tamanho máxi-mo para lotes. Se superar o limite, é preciso fazerparcelamento do solo, com abertura de ruas. Ficam proi-bidos lotes com mais de 10 mil m² em zonas residenciais.4 - Desenvolvimento econômico - Foram criadas asZonas de Desenvolvimento Econômico (ZDE), que te-rão lote máximo limitado em 500 metros quadrados.5 - Estímulo ao uso misto - A flexibilização nas regrasdá maior permissão de uso nas zonas, de forma a esti-mular interação social e comércio.6 - Áreas verdes - Áreas verdes públicas poderão serocupadas para a construção de creches, escolas, hospi-tais e postos de saúde. A medida deve beneficiar princi-palmente a gestão Haddad, que prometeu zerar o déficitde vaga de creches, mas esbarra na falta de terrenos.7 - Regras mais simples - O novo zoneamento apresen-tado é mais enxuto - reduz o número de zonas das atuais30 para 16. A ideia é simplificar as regras, acabando,por exemplo, com os estoques e muitas determinaçõesde gabarito e recuos em diversos bairros8 - Estímulo a bikes - Exige a reserva de um númeromínimo de vagas para bicicletas em todos os novos em-preendimentos a serem lançados na capital paulista. Aregra surge acompanhada de outra condição: a constru-ção de vestiários para os ciclistas.9 - Edifícios-garagem - Edifícios-garagem deverão ser

Em documento enviadoà Câmara, Haddad argu-menta que os valores ado-tados como limite máximode área do lote tomaram porbase a quadra como unida-de de referência.

Na prática, a medida im-pede a criação de grandesshoppings ou condomíniosfechados. Terrenos deste ta-manho, agora, terão de serparcelados e divididos emlotes menores, com aberturade ruas de acesso público.

A Prefeitura diz que a

Conheça as principais mudanças em SP com a nova lei

erguidos ao redor de estações de trem e metrô localiza-das nos extremos das linhas e na integração com termi-nais de ônibus. Haddad quer evitar a circulação de auto-móveis particulares no centro expandido.10 - Menos automóveis - Desencoraja o uso do auto-móvel particular por meio da redução na exigência devagas em empreendimentos, com fim da exigência parauso residencial11 - Recuos - Estão dispensados os recuos laterais e defundo quando a altura da edificação for menor ou iguala 10 metros. A obrigatoriedade aplica-se somente àsedificações novas e reformas que envolverem amplia-ção de mais de 50% da área construída total.12 - Cota ambiental - A cota ambiental associa uma pers-pectiva de qualificação ambiental à produção imobiliá-ria. A medida determina que lotes com área superior a500 m² atinjam uma pontuação mínima para poderemobter o licenciamento.13 - Zeis - O regramento de ZEIS estabelecido no PlanoDiretor permanece exatamente como foi previsto. Quan-to ao rebatimento territorial, foram feitos ajustes de pe-rímetros, exclusões pontuais, com compensações e in-serções de novas ZEIS.14 - Novas zonas na periferia - Foram criados dois novostipos de zonas na capital, ambas nas regiões periféricas dacidade. As zonas mistas de interesse social e as zonas decentralidade vão permitir que comércios e serviços ocu-pem áreas hoje voltadas para população de baixa renda.

Escolha do candidato àPrefeitura gera racha nopartido. Convenção Muni-cipal acontece neste do-mingo

Faltando um ano e quatromeses para as eleições mu-nicipais de 2016, o PSDB jávive um racha interno emfunção da escolha do seucandidato à Prefeitura deSão Paulo. Candidato à pre-sidência do partido na capi-tal, o vereador Mario CovasNeto viu nas duas últimas se-manas surgir um movimentode oposição ao seu nome. Di-rigentes tucanos articularamduas candidaturas de oposi-ção por acreditar que o no-

Haddad inibe grandes condomínios fechados e shoppingslimitação do perímetro doslotes vai evitar a formaçãode grandes quadras que ge-ram descontinuidade do sis-tema viário e que resultamem longas distâncias a se-rem percorridas, o que é in-compatível com a escala dopedestre e com os preceitosda mobilidade urbana.

O impacto deverá sersentido em regiões que de-vem passar por processo dereocupação, como as áreasao redor da Marginal doTietê e nas laterais da via

férrea da Companhia Pau-lista de Trens Metropolita-nos (CPTM) em bairroscomo Mooca, na zona les-te, e Ipiranga, na zona sul,que devem receber umaoperação urbana.

Outras zonas terão limi-te de até 15 mil m². Em al-gumas zonas, o limite nãose aplica, como a Zona Es-pecial de Proteção Ambi-ental (Zepam).

As Zonas de Desenvol-vimento Econômico (ZDE),também criadas por Haddad

nesta nova lei, terão limitemáximo ainda menor: 500metros quadrados.

Além da ZDE, a novaproposta da Prefeitura criaa Zona Predominantemen-te Industrial - 2 (ZPI-2),áreas destinadas a usos in-dustriais compatíveis comdiretrizes previstas no Pla-no Diretor para territóriosda Macrozona de Proteçãoe Recuperação Ambiental.

Segundo a Prefeitura,as medidas buscam o for-talecimento do setor pro-dutivo na periferia.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Eleição de 2016 racha o PSDB paulistanome do vereador está direta-mente ligado a pretensão dotambém vereador AndreaMatarazzo de disputar a pre-feitura.

"A candidatura do Zu-zinha (Covas Neto) se redu-ziu a candidatura de um pré-candidato a prefeito", disseo ex-deputado Milton Flá-vio, presidente do PSDBmunicipal. Além de CovasNeto, também estão na dis-puta o deputado estadualRamalho da Construção eFabio Lepique, do diretórioda Mooca.

Andrea Matarazzo mi-nimizou a divergência. "Nãohá relação nenhuma entre adisputa pela presidência dodiretório municipal e a mi-nha pré-candidatura a prefei-to", afirmou. O vereador dis-se que decidiu apoiar MarioCovas Neto por entender queele é um nome conciliador."Ele é tio do Bruno Covas(deputado federal) e amigo

do José Aníbal (suplente dosenador José Serra)", disse.Há dois anos, Covas e Aní-bal se uniram e derrotarama candidatura de Matarazzoa presidente municipal doPSDB.

O governador GeraldoAlckmin votou na manhã dodomingo, 31, na ConvençãoMunicipal do PSDB, queaconteceu na Câmara Muni-cipal de São Paulo. Ele nãodeclarou apoio a nenhum dospretendentes e disse que ain-da é muito cedo para se de-bater o nome do candidatotucano na Capital.

Alckmin votou acompa-nhado do vereador Mataraz-zo, mas evitou declarar a-poio à pretensão do tucanode disputar a Prefeitura noano que vem. "Andrea é umgrande nome, mas essa de-cisão será tomada mais prafrente. Em 2007, eu passeialguns meses estudando nosEstados Unidos e em janeiro

diziam que a Hillary (Clinton)já era candidata. Ninguémfalava do (Barack) Obama".Ainda segundo o governador"o PSDB tem uma tradição defazer primárias".

Para Andrea Matarazzo, oideal é que o partido definao seu candidato até o fim de2015. "Penso que é melhorantecipar o nome em funçãoda antecipação do FernandoHaddad (que deve disputara reeleição pelo PT) e daMarta (Suplicy)", disse. Asenadora, que deixou recen-temente o PT, deve se filiaraté junho ao PSB e ser acandidata do partido a pre-feitura no ano que vem.

Pedro Venceslau

Este jornal é uma publicação da empresaNotícias de Itaquera Ltda.

Redação: Rua Rio Mamanguape, 52, Cidade Líder -Itaquera - São Paulo - SP - CEP: 08285-120 -

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Jornalista Responsável: Sueli Benazi (MTB 24.268)Colaboração: Joel Novaes/ Vitor Locks

Depto. Jurídico: Advocacia Malheiros & PaniagaOAB/SP 77.136 - Fone: 2743 9834

Tiragem: 20 mil exemplaresDistribuição: gratuita/ Periodicidade: Semanal

Impressão: Gráfica Pana - Fone: 3209-3538OBS.: AS MATÉRIAS ASSINADAS NÃO

COMPROMETEM A NEUTRALIDADE DO JORNAL.

ExpedientE

Página 2 Notícias de Itaquera - Zona Leste De 5 a 11 de junho de 2015

A cada novo dia a cor-rupção ganha formas, con-teúdo e se coloca à frente detudo e de todos como ogrande carro-chefe do mun-do. Agora está acabando, in-clusive, com a paixão, o so-nho de incontável númerode amantes do futebol. Étanta sordidez que nos sen-timos imbecis com o sim-ples ato de vestir a camisado clube e torcer numa par-tida. São grandes as evidên-cias que comprovam que amodalidade esportiva maispopular do mundo é terre-no fértil da corrupção e ilí-citos que ameaçam suacredibilidade. O escândalorevelado na quarta-feira, 27de maio, pela Justiça dosEstados Unidos agitou omundo do futebol. A prisãodo ex-presidente da CBFJosé Maria Marin e de ou-tros seis dirigentes de enti-dades, todos enquadradosem operação conjunta doFBI e da polícia suíça emevento da Fifa na cidade deZurique, é um alentador gol-pe contra o submundo deum esporte em que os co-mandantes - descontadas asraras e honrosas exceções -têm verdadeira devoção pelanebulosidade. Representa,porém, apenas o pontapé ini-cial na desafiadora tarefa dese desvendar o iceberg porinteiro, abrindo a oportuni-dade para se traçar o maiscompleto mapa da corrup-ção no futebol mundial.

Os primeiros resultadospráticos dessa cruzada já co-meçaram a aparecer e, poracaso, envolvendo um cida-dão de São José do Rio Pretoque está no centro do escân-dalo: o empresário J. Ha-willa, dono da TV Tem e daTraffic Marketing Esporti-vo, que segundo a Justiçanorte-americana fez acordopara ressarcir R$ 476 mi-lhões resultantes de um pa-cote de crimes que inclui ex-

Corrupção Futebol Clubetorsão, fraudeeletrônica, lava-gem de dinheiroe pagamento depropinas milio-nárias a dirigen-tes em troca devantagens con-tratuais.

Dez

Zero

Para os integrantes do Cordão Folclórico de ItaqueraSucatas Ambulantes pelo excelente trabalho que estão re-alizando nas oficinas do Ponto de Cultura Nsc Humaitá.Felizmente os ativistas culturais da região saíram do os-tracismo e começam a mostrar os talentos que a periferiatem. Parabéns!

Para o programa Mais Médicos do Governo Federal. Ase medir por Itaquera, bairro cravado na maior metrópoleda América Latina, a ação está mais para marketing políti-co do que para trabalho em prol da saúde do povo pobredos rincões do País. Uma farsa! Faltam médicos até emcomplexos hospitalares como o Santa Marcelina. Em feri-ados prolongados a situação é simplesmente drástica.

Obviamente, tanto o em-presário rio-pretense, queatualmente mora em Miami,EUA, quanto os demais en-volvidos nas denúncias, tême continuarão a ter a opor-tunidade de explicar seusnegócios no âmbito da pró-pria Justiça. Enquanto isso,será interessante ouvir oque têm a dizer outros figu-rões do futebol mundial, es-pecialmente o comandanteda Fifa, o suíço Joseph Blat-ter, e o antigo poderosochefão da CBF, Ricardo Tei-xeira. Afinal, as investiga-ções estão rastreando asduas últimas décadas, emperíodos correspondentesaos seus respectivos manda-tos. A cultura da nebulosi-dade e a certeza da impuni-dade não chegam a ser umagrande novidade no lamaçalfutebolístico. Não são rarosos casos em que cartolas, detodas as estirpes, que se es-condem atrás de desculpasmarotas quando são ques-tionados, por exemplo, so-bre valores de uma ou ou-tra negociação de jogador.Clubes tradicionais se en-volvem em rombos milio-nários, de repente fecham asportas e daí a pouco rea-brem com outra documen-tação e novo nome.

São fraudes para todos osgostos e de todos os tipos,dos peixes pequenos aos tu-barões. É a cultura do este-lionato como filosofia devida. Que as punições à má-fia internacional do futebolpossam pelo menos servirde inspiração nacional. Aoperação na Suíça sinalizaque, felizmente, essa reali-dade começa a experimen-tar uma interessante mudan-ça de cenário, não só no fu-tebol, mas também nos múl-tiplos setores da atividadehumana.

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Alexandre Ázara, economista-chefe da gestora Modal,fez alguns exercícios para tentar limpar o efeito na evolu-ção do desemprego da forte queda da taxa de participação(população economicamente ativa, PEA, sobre populaçãoem idade ativa, PIA), a partir de um pico recente em no-vembro de 2012, de 57,8%. O mergulho da taxa de parti-cipação foi de fato intenso: dois anos após o ponto menci-onado, em dezembro de 2014, ela registrou um mínimo de55,6%. Oscilações mensais da taxa de participação sãonormais, mas a intensidade do movimento recente superoude longe as variações ocorridas desde pelo menos 2004(quando se inicia a análise de Ázara).

Depois de testar qual teria sido a evolução da taxa dedesemprego da Pesquisa Mensal de Emprego (PME, queabrange as seis principais regiões metropolitanas) em di-ferentes cenários alternativos de trajetória da taxa de par-ticipação, que arbitrou como pertinentes para se pensarcontrafactualmente – não houve intenção de fazer um exer-cício cientificamente rigoroso –, Ázara concluiu que omercado de trabalho não foi tão bom quanto se pensavanos últimos anos, e agora pode piorar rapidamente, à me-dida que a taxa de participação se aproxime de um padrãomais próximo do seu histórico.

O economista trabalhou com a taxa de desempregodessazonalizada que, segundo seus cálculos, alcançou 5,7%em março (o dado oficial sem dessazonalização, divulga-do em 28/4/15 (terça-feira) pelo IBGE, é de 6,2%).

Supondo uma taxa de participação constante em 56,8%,o que é um pouco abaixo da média histórica de 57% (Ázarapreferiu ser conservador e reduzir um pouco a média histó-rica), o desemprego dessazonalizado da PME teria atingidoum mínimo de 3,9% em novembro de 2012, e, a partir daí,teria subido de forma constante até 7,4% em março de 2015.

Já com a hipótese de uma taxa de participação constan-te de 56,8% até o fim de 2012, e uma queda permanentepara 56,4% daí em diante (para incluir uma hipotética quedaestrutural e duradoura que tenha ocorrido neste ponto), amínima do desemprego ocorre em janeiro de 2013, com3,4%, com a taxa crescendo a partir deste ponto até chegara 6,8% em março de 2015.

O economista também calculou a trajetória do desem-prego com a média móvel de 18 meses da taxa de partici-pação. Neste caso, a menor taxa de desocupação recenteocorre em maio de 2012, de 4,5% – daí em diante, depoisde uma oscilação inicial, o desemprego cresce até 6,2%em março de 2015. Já se utilizando as taxas de participa-ção efetivamente ocorridas, a mínima do desemprego sal-ta à frente algo como um ano e meio a dois em relação àsoutras medidas, e ocorre em abril de 2014, com 4,6%. Apartir daí, cresce até o nível atual (março) de 5,7%.

Ázara deixa claro que nenhuma das trajetórias alterna-tivas da taxa de participação que ele testou corresponde àevolução “correta”, que limparia perfeitamente oscilaçõestransitórias. Ele também não acha que o desemprego muitomais elevado em março de 2015 assinalado por algumasdessas medidas corresponda a um retrato preciso do atualestado do mercado de trabalho.

Na verdade, foi um exercício um tanto arbitrário mas,ainda assim, como observa o economista, “essas três me-didas dialogam melhor com o que de fato ocorreu na eco-nomia em termos de atividade do que a trajetória do de-semprego com a taxa de participação real”. Isto é, com odesemprego crescendo a partir de 2013, as medidas alter-nativas refletem melhor a desaceleração de fato ocorridana economia – depois do pico de 2010, o PIB cresceupouco (com oscilações) nos três primeiros anos do gover-no Dilma, e em 2014 a economia parou. Agora, em 2015, ocrescimento será negativo, agravando o desemprego.

“O que está acontecendo agora é um ajuste, e acho que ataxa de desemprego (dessazonalizada) vai subir rapidamentepara 7% nos próximos 12 a 18 meses”, prevê o economista.

José Márcio Camargo, economista-chefe da gestoraOpus, e especialista em mercado de trabalho, projeta umataxa de desemprego (sem dessazonalização) subindo para7,4% em setembro deste ano.

Também trazendo o foco para a taxa de participação,ele nota que ela está estável neste primeiro trimestre(55,8%, segundo os dados de Ázara), o que significa que aalta do desemprego tem a ver com a queda da taxa de ocu-pação. “As pessoas estão procurando emprego e não sain-do do mercado de trabalho, e assim se tornam desempre-gadas”, diz Camargo.

As hipóteses sobre a queda nos anos recentes da taxade participação (que é PEA dividida pelas pessoas emidade de trabalhar) incluem temas como o efeito do FIES,programa de financiamento a estudos universitários e a ele-vação da renda das famílias desde o início da década pas-sada, o que teoricamente cria menos pressão para que maismembros da família trabalhem. Fatos recentes como umFIES mais restrito e a queda da renda, portanto, podemprecipitar uma volta da taxa de participação a níveis maispróximos da média histórica. Por enquanto, porém, comoobservado acima, houve apenas a estabilização de poucomeses num nível ainda baixo.

Camargo nota que a expressiva queda da renda real dotrabalho na PME, concentrada em fevereiro e março, estáem boa parte ligada à aceleração inflacionária. Mas a quedatambém do salário nominal indica que o desaquecimentodo mercado de trabalho já está afetando a renda. Um fatoradicional que pode influenciar a queda da renda, segundoCamargo, seria que o escândalo da Petrobrás e suas rami-ficações na cadeia de produção da petroleira podem estarlevando desproporcionalmente à demissão de pessoas comqualificação acima da média, o que reduziria a renda mé-dia do trabalho. Ele ressalva, entretanto, que não há dadospara corroborar essa hipótese.

A taxa de participaçãoe o desemprego

Ferando Dantas

Fernando Dantas é jornalista da Broadcast

O SONHO AMERICANO TEM SOMENTEQUATRO FERIADOS POR ANO

O ritmo norte-americano de trabalho não é fácil. Eu,particularmente, não levava muito a sério esse empenhoque eles têm para construir as coisas. Talvez pelo fato denunca ter tido contato no âmbito profissional. Mas se for-mos olhar exemplos notórios que são comuns como Apple,FedEx, Amazon entre outros cases de sucesso, fica fácildimensionar a seriedade do trabalho.

Faz duas semanas que estou com nosso parceiro de ne-gócios dos Estados Unidos em meu cangote, literalmente.“Que horas você vai chegar amanhã?” Essa pergunta per-sistiu por todos os dias em sua visita. Precavido, chego noescritório 15 minutos antes do combinado. E ele já está lá.Planejar, planejar, planejar. Caramba! Aqui no velho oesteas coisas foram acontecendo de uma tal forma que essasduas semanas de planejamento made in USA valeram pe-los últimos três anos.

Na quinta-feira desta semana, teremos um feriado naci-

onal e teoricamente não trabalharemos. Mas só teorica-mente, afinal, agora temos metas na Terra do Tio Sam tam-bém. Lembrei do sonho americano que muita gente postano Facebook e tanto cobiça. Porém, é aquela coisa: o so-nho americano trabalha de segunda à sábado e há quatroferiados no ano. Um deles você trabalha até meio-dia. Estápreparado para isso? Feriadinho é bom, né?

Quarta já dá aquela empurrada com a barriga, afinaltem gostinho de sexta! Pois é. Choque de cultura que valemuito a pena você experimentar. Aliás, todo empreende-dor deveria ter uma experiência dessa para poder compar-tilhar com sua equipe. É extremamente enriquecedor.Thiago, nosso hóspede da Terra do Tio Sam, tem sua voltamarcada para próximo sábado e, em breve, estará de voltapara fazermos mais uma rodada de imersão e aprendizado.E, para mim, a maior lição é: under promise, over deliver.Prometa menos e entregue mais. Run, Forrest, run!Léo Spigariol é fundador da marca de pimentas De Cabrón

Pela quarta semana con-secutiva os analistas eleva-ram a previsão para o IPCAdeste ano. Pior do que isso,pela primeira vez, o grupoque mais acerta o resulta-do da inflação, o chamadoTop 5, projeta agora que oíndice ficará acima de 9%,bem acima do teto da metaestabelecida pelo BancoCentral, de 6,5%. A expec-tativa da pesquisa geral éque o índice oficial de in-flação encerre 2015 em8,29%, contra 8,26% dasemana anterior. Há ummês, essa projeção estavaem 8,13%.

No Top 5 de médio pra-zo (grupo de economistasque mais acertou projeções)o movimento foi de alta, eforte. A mediana das estima-tivas para o IPCA deste anopassou de 8,73%, patamarem que estava há quatro se-manas, para 9,02% esta se-mana. Na semana passada,o Banco Central afirmou,em ata da reunião do Comi-tê de Política Monetária(Copom), que só vê a con-vergência da inflação para ameta ao final de 2016.

ANÁLISE Retração começaa frear alta de preçosPara o fim de 2016, a

mediana das projeções parao IPCA caiu de 5,60%, mes-mo número de quatro sema-nas atrás, para 5,51%. Já noTop 5 de médio prazo, aprojeção para a inflação aofinal do ano que vem caiude 6,40%, mesmo nível deum mês antes, para 6,00%.

As expectativas para ainflação suavizada 12 me-ses à frente foram reduzi-das de 5,96% para 5,94%.Há quatro semanas estavaem 5,99%. Para maio, amediana das previsões se-

Parte do mercado já vê inflação acima de 9%

guiu em 0,50%. A Focus trouxe hoje também a medianadas projeções para o IPCA de junho, que deve ficar em0,30%, segundo o mercado - mesma taxa da pesquisa an-terior e de quatro semanas atrás.

PIB - O desânimo do mercado financeiro com a ativi-dade econômica também está cada vez mais evidente. Aexpectativa mediana para o Produto Interno Bruto (PIB)de 2015 é de uma queda de 1,20% ante 1,18% da sema-na anterior. Há quatro semanas, a projeção era de recuode 1,01% no PIB deste ano. Para 2016, a mediana dasprojeções se manteve em crescimento de 1% pela quartasemana seguida.

Os resultados do PIB sofreram influência das expec-tativas sobre a produção industrial, cuja mediana das es-timativas para este ano segue em baixa de 2,50% - a mes-ma de quatro semanas atrás. Para 2016, as apostas deexpansão para a indústria seguem em 1,50% há cincosemanas consecutivas.

Os analistas esperam que a relação entre a dívida lí-quida do setor público e o PIB encerre 2015 em 37,95%,após oito semanas seguidas de mediana em 38,00%. Para2016, as expectativas passaram de 38,70% para 38,50%- um mês antes, estava em 38,90%.

SELIC - Mesmo depois da divulgação de uma ata doComitê de Política Monetária (Copom) mais "agressiva"do que o esperado, o mercado financeiro manteve a pre-visão para a Selic no fim deste ano em 13,50%.

A ação mais recente do Copom foi a de aumentar ataxa básica de juros de 12,75% ao ano para 13,25% aoano e, depois da divulgação do documento sobre a reu-nião, o mercado entendeu que o BC continuará com suapolítica de elevação de juros. Isso, no entanto, não foiexplicitado no boletim.

Há um mês, a estimativa observada no boletim era deque a Selic encerrasse 2015 em 13,25% ao ano. A taxamédia esperada para este ano continuou em 13,22%. Qua-

tro semanas antes, essataxa média estava em13,17% ao ano. Já para oseconomistas que maisacertam as projeções parao rumo da taxa básica dejuros, o Top 5 no médioprazo, a Selic encerraráeste ano em 13,75% aoano, ante expectativa ante-rior de 13,50%.

No caso do fim de2016, a mediana das pro-jeções, que era mantida há18 semanas seguidas em11,50% ao ano, passouagora para 11,63%, o queindica uma clara divisãodo mercado sobre o rumodos juros no encerramen-to do ano que vem. Ape-sar disso, a previsão paraa Selic média do ano quevem continuou em 12%pela quarta semana segui-da. No caso dos Top 5,para 2016, a expectativado grupo é de que a taxafique em 12% ao ano,mesma previsão verificadahá sete semanas.

CÂMBIO - O merca-do financeiro também nãofez alterações para o cená-rio de dólar este ano. Deacordo com o documento,a mediana das estimativaspara o câmbio no encerra-mento de 2015 seguiu emR$ 3,20. Quatro edições an-teriores da Focus, a media-na estava em R$ 3,25. Ataxa média prevista para esteano, no entanto, caiu de R$3,08 para R$ 3,07 - um mêsatrás estava em R$ 3,13.

Já para 2016, a cotaçãofinal seguiu em R$ 3,30pela quinta semana segui-da. A taxa média para oano que vem recuou deR$ 3,23 para R$ 3,21,mesmo patamar visto ummês antes.

População carcerária cresce 74% no Brasil entre 2005 e 2012A população carcerária

no Brasil aumentou 74%entre 2005 e 2012 e pas-sou de 296.919 para515.482, aponta Mapa doEncarceramento: Os Jovensdo Brasil, um estudo pre-parado por JacquelineSinhoretto divulgado nestaquarta-feira, 3. O cresci-mento é resultado princi-palmente da prisão de jo-vens, negros e mulheresque cometeram, em suagrande maioria, crimes pa-trimoniais de pequeno va-lor econômico.

Feito em parceria da Se-cretaria Nacional de Juven-tude, Secretaria de Políti-cas de Promoção da Igual-dade Racial e Programa dasNações Unidas para o De-senvolvimento no Brasil, otrabalho revela que apenas12% das prisões foramprovocadas por crimes con-tra a vida. Somados, crimescontra patrimônio e de dro-gas respondem a cerca de70% das causas das prisões.

culina seja maioria, houveum crescimento expressivoda população carcerária fe-minina. Entre 2005 e 2012,o número de mulheres pre-sas aumentou 146%, en-quanto o de homens, 70%.

O aumento da populaçãocarcerária ocorreu em todasas regiões do País, com mai-or destaque para o Nordes-te. Pernambuco, Minas, Es-pírito Santos e São Paulo,Estados que desenvolveramprogramas específicos de

"A análise conjunta dastaxas de encarceramento edas taxas de homicídio porEstado indica que prendermais não necessariamentereduz os crimes contra avida, porque as políticas depoliciamento enfocam oscrimes patrimoniais e dedrogas", informa o relatório,preparado por Jacqueline.

No período, foram pre-sos 1,5 vezes mais negrosdo que brancos. Embora onúmero da população mas-

combate ao crime, regis-traram um aumento depresos acima da média.

A maior parte dos pre-sos, no entanto, é forma-da por acusados por crimesde roubo e drogas. Para au-tora do estudo, o fenôme-no aumenta ainda mais avulnerabilidade dos jo-vens, negros e mulheres."Eles recebem a puniçãoem presídios superlotados,com a presença de organi-zações criminosas."

Outro dado apontadopela pesquisa é o alto por-centual da população pre-sa que ainda não foijulgada: 38% do total.Ainda de acordo com tra-balho, 18,7% dos presospoderiam estar cumprindopenas alternativas. Na ava-liação da autora do estu-do, esse indicador pode es-tar relacionado ao alto nú-mero de presos que aindaaguardam julgamento, àsdeficiências ao acesso aodireito de defesa e do Mi-nistério Público.

Lígia Formenti

De 5 a 11 de junho de 2015 Notícias de Itaquera - Zona Leste Página 3

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Com dois anos e meio de manda-to, o prefeito Fernando Haddad (PT)já se viu impedido de seguir comuma série de projetos que planejoupara a cidade, seja por imposições daJustiça, do Legislativo ou mesmo dapopulação. O Tribunal de Contas doMunicípio (TCM) tem sido um dosprincipais entraves a seus projetos:já barrou mais de 15 licitações de suagestão. O prefeito trocou a secreta-ria responsável por executar obras decorredores de ônibus, o que deveráalterar o conselheiro do TCM que ana-lisa esses projetos. Confira aqui cin-co vezes em que o prefeito teve demudar de planos ou adiar iniciativas

Os planos de Haddad que não deram certoBruno Ribeiro

nas executar as obras. Mas prometeu, na campanha, cons-truir mais 150 quilômetros dessas vias especializadas. Fezos editais e os lançou no fim de 2013, ao custo de R$ 4,2bilhões. Em janeiro de 2014, o conselheiro Edison Simões,do Tribunal de Contas do Município (TCM), argumen-tou que o prefeito não tinha nem projeto pronto nem di-nheiro em caixa para fazer tais obras, e barrou a licitação.Haddad, que contava com dinheiro vindos de acordos como governo federal tanto para o projeto quanto para asobras, passou o ano prestando esclarecimentos ao órgão.Até que suspendeu a licitação. Novos editais para os cor-redores estão na praça neste momento.

INSPEÇÃO VEICULARA Controlar, empresa do Grupo CCR, contratada na

gestão Gilberto Kassab (PSD) para inspecionar até veí-culos zero quilômetro, foi retirada do serviço públicopela Prefeitura após decisão judicial. O entendimentofoi que a contratação da empresa teve irregularidades.Sem nenhum tipo de controle ambiental sobre a maiorfrota de veículos da América Latina, Fernando Haddadlançou um edital que previa a operação de várias em-presas de inspeção, com a cidade dividida em lotes. Erauma concorrência estimada em R$ 642,7 milhões, porcinco anos. Em maio de 2014, entretanto, o TCM vol-tou a apontar irregularidades na proposta do prefeito.Desta vez, o relator do projeto foi o conselheiro JoãoAntônio, ex-secretário de Relações Governamentais dopróprio Haddad. Ele relatou falta de justificativa para opreço de referência da inspeção, ausência de estudo deimpacto orçamentário, falta de planilha de custos einfringência de dispositivos legais.

CICLOVIASEstava no plano de metas do prefeito: construir 400

km de ciclovias na cidade. Após Haddad ser eleito, asecretaria de Transportes saiu pintando faixas de verme-lho pela cidade, desengavetando projetos parados desdea década de 1980. Associações de bairro e comerciantespassaram a se queixar sobre não terem sido ouvidos so-bre as mudanças, que prosseguiram. Até chegarem naAvenida Paulista. Lá, em março de 2015, a obra fez apromotora do MPE Camila Mansour Magalhães daSilveira entrar com uma ação pedido a suspensão dasciclovias. Ela alegou que não havia estudos técnicos paraembasar a obra e chegou a obter uma vitória, em caráterliminar. A decisão proibiu a prefeitura de sinalizar no-vas faixas para ciclistas, ficando liberado apenas paraterminar as obras da Paulista. A Prefeitura recorreu aopresidente do Tribunal de Justiça, José Renato Nalini, quederrubou a liminar e garantiu a continuidade do projeto.

para cumprir seu plano de metas:

AUMENTO DA TARIFAEm janeiro de 2013, o prefeito iria reajustar a tarifa

de ônibus, como é feito no começo de todo ano. Haddadadiou o aumento a pedido da presidente Dilma Rousseff,preocupada, na época, com o aumento da inflação. Emjunho, ele teve sinal verde para o reajuste, de R$ 3 paraR$ 3,20. A reação começou com o Movimento PasseLivre (MPL), que começou a fazer passeatas contra oaumento. A violenta repressão policial aos atos trouxeapoio popular às manifestações. Com centenas de mi-lhares de pessoas nas ruas, e a porta de seu gabinete emchamas, Haddad teve de recuar e baixar a tarifa. Só con-seguiu aumentá-la em 2015, para R$ 3,50.

AUMENTO DO IPTUPor lei, o prefeito deve reajustar a Planta Genérica

de Valores (PGV) da cidade a cada ano. É esse índiceque orienta o aumento do Imposto Predial e TerritorialUrbano (IPTU). A correção proposta por Haddad emoutubro de 2013 previa reajuste de até 35% no impostode um ano para o outro. O presidente da Fiesp, PauloSkaf (PMDB), em pré-campanha ao Governo do Esta-do, entrou na Justiça para barrar o aumento, argumen-tando que o índice era muito alto. O Ministério PúblicoEstadual (MPE) também questionou. Venceram, obten-do uma decisão liminar que proibiu correção tão alta.Haddad recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)e perdeu. Também foi derrotado pelo Supremo TribunalFederal (STF). Só no julgamento do mérito do caso, emnovembro de 2014, quando saiu uma decisão final so-bre o tema, o Tribunal de Justiça de São Paulo autori-zou o reajuste. CONSTRUÇÃO DE CORREDORES DE ÔNIBUS

Haddad entrou na Prefeitura com três corredores deônibus licitados pela gestão anterior, cabendo a ele ape-

O prefeito de São Paulo,Fernando Haddad, visitounesta quarta-feira, 3, o Cen-tro Esportivo, Recreativo eEducativo do Trabalhador(Ceret), no bairro do Tatuapé.O objetivo foi vistoriar o lo-cal, que passa por uma am-pla revitalização, sob o co-mando do administrador Mo-hamed Mourad, desde a en-trada, passando pelas grades,as quadras esportivas e asáreas de caminhada.

Haddad, na ocasião, co-nheceu de perto a nova áreainfantil do Ceret, reinaugu-rada oficialmente no sábado,30, depois de 53 dias deobras, com uma grande no-vidade: a presença de brin-quedos adaptados para aten-der crianças com deficiên-cia, todos doados pela Fun-dação Sérgio Contente.“Quem sabe o prefeito nãose sensibilize com o nossoplayground inclusivo e levea ideia para outros parquesda cidade. Ganham as crian-ças paulistanas e São Paulopode tornar-se a primeiracapital do país com todos osparques prontos para atenderas crianças com deficiên-cia”, diz Sérgio Contente,

Prefeito visita Ceret para conhecer melhorias

idealizador e mantenedor dafundação, que também pre-para melhorias nas canchasde bocha do Ceret, com áreade descanso e leitura, alémda grande novidade, um sa-lão de jogos, para partidasde dominó e carteado destina-do à turma da terceira idade.

O projeto do novo espa-ço infantil foi executado emtrês frentes: além da inclu-são de brinquedos para cri-anças com deficiência, hou-ve reforma da área já exis-tente e a implantação de no-vos equipamentos com o in-

tuito de aumentar a quanti-dade de atividades para ospequenos. “Com todas asmudanças oferecemos melhorias ao local e acessibilida-de para toda a população”,argumenta o administradordo Ceret. O parque atrai cer-ca de 15 mil pessoas nos fi-nais de semana.

A revitalização na áreainfantil conta com total co-laboração e a parceria daFundação Sérgio Contente,que além da doação, fez arestauração de todos os brin-quedos. A Prefeitura de São

Paulo, por meio da Secreta-ria Municipal de Esportes eTurismo, que tem à frenteCelso Jatene, é responsávelpela instalação e a manuten-ção do local. “Essa parce-ria tem como objetivo pro-porcionar a essas criançasmelhor infraestrutura pararecebê-las. Um playgroundmais moderno, inclusivo eacessível, garantindo assimdivertimento para todos”, dizSérgio Contente.

Poucos parques oferecembrinquedos adaptados - Acidade de São Paulo tem um

total de 103 parques e áreasverdes, além de 332 centrosde esporte e lazer espalha-dos pela cidade, segundo le-vantamento do São PauloConvention & Visitors Bu-reau. Apesar do número ex-pressivo, poucos são oslocais com acessibilidade ouque ofereçam às criançascom deficiência e mobilida-de reduzida brinquedos adap-tados para a sua diversão.

De acordo com a ÁreaTécnica da Saúde da Pessoacom Deficiência da Secreta-ria Municipal da Saúde deSão Paulo, com base nos nú-meros do Censo 2010 do IB-GE, fazendo o cruzamento dedados de algumas tabelas,estima-se que, do total de 2,8

milhões de pessoas que de-claram ter algum tipo de de-ficiência, existam cerca de193 mil crianças de 0 a 6anos com deficiência somen-te na capital paulista.

Além da doação de brin-quedos e a restauração daárea infantil, a Fundação Sér-gio Contente também ofere-ceu ao Ceret em 2012 um to-tal de 19 bebedouros, feitosem granito e com filtro quemelhora a qualidade da água,além de realizar o projetoCaminhada pelos Parques.Em cinco edições, o projetojá reuniu mais de 15 mil pes-soas. A próxima está marcadapara 28 de junho e já contacom 8 mil inscritos.

A fundação oferece cursosgratuitos de informática edança de salão para pessoascom mais de 60 anos, para osquais é fornecido o materialdidático e lanche. Os cursossão ministrados na sede daentidade, no Tatuapé, e emoutra unidade localizada naMooca. Além disso, mantémo Projeto Pizza Solidária, quebeneficia moradores em situ-ação de rua, orfanatos e asi-los, entre outras iniciativas.

A Prefeitura enviou ao Legislativo Municipal na se-gunda-feira, 1º, Projeto de Lei que visa abrir o Progra-ma de Regularização de Débitos (PRD) para as empre-sas que estão cadastradas no regime especial de recolhi-mento de ISS das Sociedades Uniprofissionais (SUPs),mas não se enquadram mais nesse regime. O Programaoferecerá condições vantajosas para a quitação do saldodevedor de ISS dessas empresas. Em caso de débitos, asempresas poderão aderir espontaneamente ao Programade Regularização de Débitos (PRD), com possibilidadede abatimento de até R$ 750 mil no estoque da dívida edescontos de 100% em multas e juros no caso de paga-mentos à vista, e 80% de desconto em multas e juros nocaso de pagamentos parcelados em até 120 vezes.

Em reunião com o prefeito Fernando Haddad na sex-ta-feira, 29, representantes das associações e sindicatosdos setores beneficiados demonstraram apoio ao proje-to. “Desde o começo recebemos muito bem a propostada Prefeitura, agora vamos à Câmara defender o proje-to,” ressaltou José Armênio de Brito Cruz, presidenteda sucursal paulistana do Instituto de Arquitetos do Bra-sil (IAB-SP). Além do IAB estiveram no encontro enti-dades como a Associação Paulista de Medicina (APM),a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura(ASBEA), o Sindicato da Arquitetura e da Engenharia(SINAENCO), o Sindicato dos Médicos de São Paulo(SIMESP), o Conselho Regional de Medicina do Esta-do de São Paulo (CREMESP), e a Sociedade Brasileirade Nefrologia (SBN). O Programa de Regularização deDébitos proposto pela Prefeitura visa atender a uma de-manda histórica das Sociedades Uniprofissionais, já queabre uma oportunidade para regularização do setor ofe-recendo solução facilitada com condições vantajosas aesses contribuintes.

Segundo o prefeito, “a proposta é fruto de entendi-mento do Executivo com essas sociedades”. De acordocom ele, o projeto organizará o setor. “Quanto mais cedoas empresas conseguirem se regularizar, melhor é para acidade como um todo,” concluiu.

Caso o Projeto de Lei seja aprovado pela Câmara,para aderir ao Programa as empresas deverão realizaruma declaração eletrônica. A partir de 2015, as SUP’sentregarão anualmente a Declaração Eletrônica das So-ciedades Uniprofissionais (D-SUP), em que responde-rão a um questionário com informações relativas às con-dições para enquadramento como SUP, tal como a qua-lificação dos profissionais, os serviços prestados, entreoutros. Com base nas informações fornecidas, o siste-ma confirmará o enquadramento da empresa no regimeespecial de contribuição das SUPs ou no regime normalde tributação, atualizando a sua receita de serviços einformando, se houver, o saldo devedor de ISS. Hojesão cerca de 25 mil contribuintes registrados como SUPsno Município de São Paulo.

Todo o processo de auto declaração será realizado deforma eletrônica, via Internet, sem necessidade de com-parecimento aos postos de atendimento da SecretariaMunicipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico.A modernização representa mais um passo na Prefeiturapara garantir mais transparência e segurança no atendi-mento ao contribuinte.

Prefeitura propõe oportunidadepara Sociedades Uniprofissionais(SUPs) regularizarem situação

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A propaganda é um meio pelo qual seoferece ou se vende algo: produtos, ser-viços, ideias, entre outros. Ela foi - e é -talvez a melhor das armas empregadaspelos grandes nomes da história para che-gar ao poder. Primeiramente, porque dis-põe do dinheiro do grande capital, o quelhe permite fazer uso dos melhores mei-os e equipamentos de comunicação. Alémdisso, os grandes publicitários sabem uti-lizar habilmente os meios para transfor-mar a defesa que faz do grande capital emum ato inofensivo, conquistando assimamplas camadas da população.

A habilidade propagandística vem desua própria concepção de povo, de mas-sa, ou seja, do alcance que principalmen-te a TV tem junto à maioria da popula-ção. Para os “fascistas”, as massas são in-capazes de compreender as ideias abstra-tas, só conhecem os sentimentos simplese extremados e não conseguem ter opini-ões próprias. As opiniões, infelizmente,são impostas e os sentimentos do povomanipulados por meio de imagens e ideiassimples, que lhes despertem uma espéciede fanatismo e um histerismo compulsi-vo de consumo. Por exemplo, Hitler afir-mava que a maior mentira, dita em frasescurtas e repetida sempre, transformava-sena maior verdade. Será que isso não acon-tece nos dias atuais também?

Assim, a propaganda procura desper-tar os mais baixos instintos e conduzircomportamentos e aquisições nem sem-pre necessárias. Não que sejam todas ru-ins e destruidoras, mas é preciso, sim, eurgente, despertar na grande a massa o sen-so crítico sobre o que é realmente bom eútil do que nos mostram o tempo todo.

Se formos analisar as atuais propagan-

A propaganda

Regiane Raquel de Oliveira é coordenadorapedagógica do Instituto do Texto

(www.institutodotexto.com.br) Revisão de textose consultoria literária

Regiane Raquel

das, veremos pessoas sempre em busca dafelicidade e cabe à nós refletir sobre atéque ponto a nossa felicidade está nessas“coisas”, sejam elas materiais ou não. Aapelação é muito grande e, fundamental-mente, irreal. A maioria da população nãoconsegue ter e ser tudo o que dita a mídiao tempo todo e esse “desconforto” geradoenças tão comuns hoje em dia, como adepressão, a ansiedade e os diversos tiposde pânicos.

Cabe, então, tomarmos consciência doque estamos “comprando” como verdadeabsoluta e trabalharmos nossos impulsos– e de nossos filhos – diante da sedeincontrolável de sermos e termos aquiloo que dita a mídia. Nada melhor do quelevarmos esse assunto para dentro de nos-sas casas para serem debatidos. É preciso,em todos os sentidos, que a propagandaseja analisada como instrumento de po-der e não como “mostradora” da plena fe-licidade.

O governador Geraldo Alckmin no-meou 679 novos servidores públicos es-taduais para a área da Saúde. São 14 mé-dicos, 373 técnicos de enfermagem, 36enfermeiros, 220 oficiais de saúde, seteagentes de saúde, três assistentes sociais,cinco técnicos radiologistas, um biologis-ta, sete farmacêuticos, sete fisioterapeu-tas, um fonoaudiólogo, dois nutricio-nistas, um terapeuta ocupacional, um psi-cólogo e um auxiliar de enfermagem, queirão atuar nos serviços da Secretaria deEstado da Saúde.

Os nomeados irão complementar oquadro de funcionários da Secretaria. Asnomeações levaram em conta a necessi-dade de reforçar o atendimento à popula-ção usuária do SUS (Sistema Único deSaúde) em todo o Estado.

Os servidores vão trabalhar nos hos-pitais Cândido Fontoura, Vila NovaCachoeirinha, Regional Sul, Vila Pen-teado, Geral de Taipas, Geral de São Ma-theus, Maternidade Interlagos, DantePazzanese, Conjunto Hospitalar doMandaqui e Instituto de InfectologiaEmilio Ribas, na Capital Paulista. NaGrande São Paulo, o Complexo Hospi-talar Padre Bento e o Hospital Regio-nal de Osasco também ganharam novosservidores.

Além disso, os novos profissionais irãoatuar em outras unidades como Centro deReferência e Treinamento DRS-AIDS,Centro de Referência da Saúde da Mulher,Centro de Atenção Integrada em SaúdeMental da Água Funda, Centro Pioneiroem Atenção Psicossocial CPAC, Centrode Atenção Integrada em Saúde MentalPhillippe Pinel - CAISM Phillippe Pinel,Centro Especializado em ReabilitaçãoMogi das Cruzes, unidades de gestãoassistencial I/IV/III, Departamento degerenciamento ambulatorial da capital

Portaria do Ministérioda Justiça concedeu aos ín-dios do grupo Guarani adeclaração de posse perma-nente de área de 532 hecta-res localizada na região doPico do Jaraguá, Zona Nor-te da Capital

O Ministério da Justiçapublicou na segunda-feira,1º, no Diário Oficial daUnião, a Portaria nº 581, de29 de maio de 2015. Pormeio dela, ficam definidosos limites da chamada Ter-ra Indígena Jaraguá, quepassa a ser de posse perma-nente dos índios do grupo

Governador nomeia mais 679servidores para a Saúde

DGAC, CSI de Pinheiros e núcleo de ges-tão assistencial Várzea do Carmo.

Os novos nomeados também vão atu-ar nos Departamentos Regionais de Saú-de de Bauru e Araçatuba e nos hospitaisRegional de Assis, Estadual de Presiden-te Prudente, Santa Tereza em RibeirãoPreto, Américo Brasiliense e Centro deAtenção Integral a Saúde "Clemente Fer-reira", em Lins e Centro de Atenção Inte-gral à Saúde de Santa Rita (CAIS/SR) nointerior paulista.

"Essas novas contratações reforçam ocompromisso do governo paulista com aampliação da assistência à populaçãousuária do SUS e deve refletir diretamen-te na qualidade e quantidade de atendi-mentos realizados nas unidades de saúdedo Estado", diz o secretário de Estado daSaúde, David Uip.

Os novos servidores foram aprovadosem concursos públicos promovidos pelaSecretaria.

São Paulo ganha nova reserva indígena

Infestações de gafanhotos chamam aatenção e assustam moradores em cida-des do interior de São Paulo. Em pelomenos cinco municípios - São José doRio Preto, São José dos Campos, Taubaté,Sorocaba e Votorantim - foram observa-das grandes concentrações desse inseto.Como as aparições ocorrem em áreas ur-banas, não há registro de prejuízos em la-vouras.

No final da tarde de sábado, 30, umainvasão de gafanhotos paralisou o aten-dimento em uma unidade da rede muni-cipal de saúde de São José do Rio Preto,região Norte do Estado. Durante quasetrês horas, a unidade permaneceu fecha-da para a dedetização do local. Pacientesforam transferidos para outros postos eforam usados sacos de lixo para removeros gafanhotos mortos. A unidade, uma dasprincipais da zona norte da cidade, preci-sou passar por limpeza e desinfecção pararetomar os atendimentos.

Em São José dos Campos, no Vale doParaíba, os gafanhotos assustaram osfrequentadores de um shopping center.Grande quantidade de insetos se fixou naparede externa do estabelecimento, masalguns espécimes foram encontrados noscorredores internos. Os gafanhotos se ins-talaram em árvores e palmeiras de umapraça próxima do shopping. Os bichosapareceram também em várias ruas no

Guarani. A reserva está lo-calizada nos municípios deSão Paulo e Osasco e in-clui parte do Parque Esta-dual do Jaraguá, na ZonaNorte da Capital.

A decisão recém-publi-cada assegura aos 583 gua-ranis que hoje habitam a re-gião, uma área de mataatlântica com superfícieaproximada de 532 hectarese perímetro aproximado de20 quilômetros. É ali quese encontra um dos símbo-los mais conhecidos da ci-dade: o Pico do Jaraguá.

Por isso, a Portaria au-

toriza a Fundação Nacionaldo Índio (FUNAI) a elabo-rar e implantar, junto coma Companhia Ambiental doEstado de São Paulo (CE-TESB), um plano conjun-to de administração da áreaem que a Terra IndígenaJaraguá se sobrepõe ao Par-que Estadual do Jaraguá,assegurando a participaçãoda comunidade Guarani.Caberá também à FUNAI ademarcação administrativada reserva, para que ela sejaposteriormente homologa-da pela presidente DilmaRousseff.

Gafanhotos invadem cidades do interiorbairro Nossa Senhora das Graças, emTaubaté, na mesma região.

Uma quantidade incomum de insetos,entre eles o gafanhoto-verde, conhecidocomo esperança, apareceu em vários pon-tos de Sorocaba, principalmente na regiãodo Alto da Boa Vista, na Zona Leste. Osgafanhotos assustaram animais duranteum desfile de cavaleiros, no último do-mingo. Os insetos se agrupavam em pos-tes de iluminação da Avenida Três de Mar-ço, próximo do Parque Chico Mendes. EmVotorantim, cidade vizinha, os bichos in-vadiram uma igreja e foram encontradosem várias lojas do centro comercial.

De acordo com o biólogo Welber Sen-teio Smith, da Secretaria de Meio Ambi-ente de Sorocaba, a proliferação maior éconsequência da estiagem. "O gafanhotose reproduz no período seco e o machovive pouco, morrendo após acasalar." Se-gundo ele, a abundância do inseto indicaum desequilíbrio ambiental, já que seuprincipal predador são as aves. "Precisa-mos de mais aves para ter um equilíbrio."

O gafanhoto não ataca pessoas, nemtransmite doenças e, nas áreas urbanas,não representa risco. No meio rural, emgrande quantidade, pode destruir planta-ções. No final de maio, foram atacadaslavouras no distrito de Candeias, em Cla-ro dos Poções, Norte de Minas Gerais.

Você está precisando de dinheiro e foiatraído por uma oferta de empréstimo ten-tadora? Fique atento para não cair em gol-pes de empréstimo fácil oferecidos por te-lefone, e-mail e panfletos distribuídos na rua,e até mesmo em comerciais de TV e rádio.

Para aplicar o golpe, quadrilhas utili-zam documentos falsos para veicular pro-pagandas oferecendo dinheiro fácil, usan-do indevidamente o nome de instituiçõesde crédito com renome no mercado.

Quem liga para o telefone anunciado éorientado a fazer um depósito, correspon-dente a 3,5% a 8% do valor a ser empres-tado, em conta particular, sob a alegaçãode assegurar a liberação do dinheiro. Po-rém o crédito nunca é concedido. E osestelionatários não são localizados.

Não se deve contratar empréstimos portelefone, e nem aceitar fazer depósitos emcontas de particulares.

Evite as formas mais fáceis de crédito,pois quanto mais fácil o acesso ao em-préstimo, maiores são os riscos de fraudee mais altos são os juros.1 – Desconfie daquelas empresas que ofe-recem muitas facilidades.2 – Veja se as taxas de juros cobradas e o

Custo Efetivo Total (CET) não irão ele-var demais o valor a ser pago.3 – Não empreste seu nome para terceiros.4 – Nunca faça empréstimo apenas pormeio de contato telefônico ou site.5 – Não aceite pagar o empréstimo comdepósitos em contas bancárias de pes-soas físicas.6 – Verifique no órgão de defesa do consu-midor se há reclamações contra a empresa.7 – Certifique-se de que as parcelas nãoirão comprometer o orçamento, dificul-tando o pagamento de outras despesas.8 – Guarde todo o material publicitário.Ele integra o contrato e suas informaçõesdevem ser cumpridas.9 – Informe-se no Banco Central, fone145, ou pelo site www.bcb.gov.br, se aempresa tem autorização para realizar taisempréstimos.

10 – Em último caso contrate um em-préstimo pessoal. Ou, então, peça ajuda aum familiar, combinando, por exemplo,de pagar juros como os da poupança noempréstimo. Assim o acordo não preju-dica quem empresta e não se torna impa-gável para quem pede emprestado.

TIM passa a oferecer WhatsAppilimitado a todos os planos

10 dicas para não cair em golpes de empréstimo fácil

A partir da semana que vem, todos osplanos pré-pagos e pós-pagos da opera-dora que incluam dados terão WhatsAppilimitado, ou seja, o uso do aplicativo detroca de mensagens não será descontadoda franquia de dados contratada pelo cli-ente.

Desde o fim do ano passado, a ofertade WhatsApp ilimitado estava restrita adois planos específicos, o Controle Wha-tsApp (que incluía dados e SMS) e oLiberty Express (pós-pago que incluíadados, voz e SMS).

Segundo Solé, o acordo com oWhatsApp não é financeiro, mas o execu-tivo recusou-se a dar detalhes da parce-ria. “O uso de WhatsApp é fenômeno noBrasil. Esperamos fidelizar nossa base declientes (…) e trazer clientes conectadosda concorrência”, declarou. A TIM nãoinformou quantos clientes de sua base uti-lizam WhatsApp.

A concorrente Claro anunciou inicia-tiva que vai no sentido contrário, encer-rando a parceria que tinha até então comas redes sociais Twitter e Facebook, masampliando a franquia de dados dos clien-tes sem pagamento adicional.

As parcerias entre operadoras e redessociais é criticada por alguns especialis-tas por ferir a chamada neutralidade darede, princípio do Marco Civil da Internet,espécie de constituição da Web em fasede regulamentação no país.

O princípio prevê que as operadorasofereçam acesso igualitário aos sites, semprivilégios a determinados aplicativos.

Para Solé, esse tipo de parceria nãoviola a neutralidade. “Sem dúvida aInternet tem que ser completa, tanto éassim que nós não oferecemos o benefí-cio do WhatsApp a não ser que o clientejá esteja comprando o pacote de dados”,declarou.

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Poupatempo é eleito o melhorserviço público de São Paulo

Colocação da pedrafundamental marcou oinício das obras; conclu-são é prevista para 2017

O governador GeraldoAlckmin participou da co-locação da pedra funda-mental das obras do SãoPaulo Expo. A ação simbó-lica marca o início da se-gunda parte do complexo,previsto para ser o maiorCentro de Exposições doBrasil. A primeira fase cor-responde ao maior estacio-namento coberto do país,com capacidade para 4.500carros e que deve ser entre-gue até o fim do ano.

A modernização e am-pliação do São Paulo Expo,antigo Centro de Conven-ções Imigrantes, busca su-prir uma demanda do Esta-do que se tornou o princi-pal ponto de turismo em-presarial do país. "Temmuita demanda que às ve-zes o estado não consegueatender. O empreendimen-to mais do que duplica o

Diretores do InstitutoVolpi seguem segunda-fei-ra, 8, para Brasília para vera obra da coleção do Ban-co Central.

Um assessor da Presi-dência da República entrouem contato com o Institu-to Volpi de Arte Modernapara solicitar a catalogaçãode uma tela pintada porVolpi, após a leitura da re-portagem publicada peloCaderno 2 na segunda-feirasobre o lançamento do catá-logo do pintor, em julho.

A têmpera pertence àfase concreta do artista,dos anos 1950, período emque produziu poucas obrascom as características dalinguagem dos concretistasbrasileiros. O quadro seencontra na antessala daPresidência, no terceiroandar do Palácio do Planal-to, e pertence ao acervo doBanco Central, que temnada menos que 17 telas dopintor em sua coleção.Duas outras pinturas deAlfredo Volpi pertencentesao banco, além daquela quese encontra no Palácio doPlanalto, ficam em exposi-ção permanente no Palácio

São Paulo Expo será o maiorCentro de Exposições do Brasil

centro de eventos e feiras", disse o governador.O planejamento para o São Paulo Expo prevê inves-

timentos de R$ 300 milhões, a serem executados até ofinal de 2017, quando o complexo para eventos estaráconcluído. O complexo terá 100 mil m², convertendo-se no maior centro de exposições do Brasil em área co-berta. A modernização do espaço é realizada pela GLEvents Brasil, braço brasileiro do grupo francês GLEvents.

CONCESSÃOO grupo GL events assumiu a concessão do centro

de convenções em 2013, por período de 30 anos. Emseguida, iniciou a modernização do espaço com refor-ma do pavilhão existente de 40 mil m² e construção de50 mil m² de área de exposição e 10 mil m² de centro deconvenções, além da construção de um edifício gara-gem com 4,5 mil vagas (o maior estacionamento cober-to do Brasil).

Alfredo Volpi pintou Dom Boscoe Instituto pede catalogação

de Alvorada.Na próxima semana, o

presidente do Instituto Volpi,Marco Antônio Mastro-buono, e dois membros dadiretoria, Pedro Mastro-buono e Breno Krasilchik,viajam para Brasília para fo-tografar o raro quadro deVolpi e colher informaçõessobre seu histórico.

Em Brasília, Volpi podeainda ser visto no afrescoDom Bosco, que ele pintounos anos 1960 para o Ita-maraty, única obra tomba-da do artista, que sofreu sé-rios danos durante a recu-peração do palácio por cau-sa da ação de manifestantesnos protestos registrados em

2013. Trata-se da maiorobra pública de Volpi, quetem afrescos em outras ci-dades, entre eles os da cape-la do Cristo Operário no Ipi-ranga, em São Paulo.

Em Brasília, algumascoleções particulares fica-ram conhecidas por abrigarobras raras de Volpi, entreelas a do falecido embaixa-dor Wladimir Murtinho, aquem se deve a construçãodo Itamaraty, projeto deNiemeyer que ele transfor-mou na mais suntuosaconstrução da capital gra-ças ao espírito empreende-dor do diplomata, que mor-reu em 2002.Fonte: O Estado de S.Paulo

O Poupatempo foi elei-to o melhor serviço públi-co pelos paulistanos, empesquisa divulgada peloinstituto Datafolha no do-mingo, 31 de maio. A pes-quisa elegeu as marcas eserviços mais citados nacidade de São Paulo, espe-cialmente nas classes A eB, com maior poder aqui-sitivo e base da classe mé-dia tradicional paulistana,a mais exigente na hora decomprar produtos e servi-ços, segundo o Datafolha.

O Poupatempo foi cita-do como melhor serviçopúblico por 20% dos en-trevistados. As 1.027 en-trevistas foram aplicadaspessoalmente, entre os dias18 e 20 de março, por pro-fissionais treinados do ins-tituto, a partir de critériosrigorosos e transparentes,em uma pesquisa conside-rada referência confiável einédita para ajudar os pau-listanos em suas escolhas.Entre o público com rendade mais de 20 salários mí-nimos, a avaliação positivado Poupatempo é ainda mai-or, chegando a 28%.

A margem de erro dapesquisa é de 3 pontos per-centuais para mais ou paramenos, e o nível de confi-ança é de 95%, o que sig-nifica que, se fossem rea-lizados 100 levantamentoscom a mesma metodo-logia, em 95 deles os re-sultados estariam dentro damargem de erro prevista.

Para o secretário JúlioSemeghini, titular da sub-secretaria de Tecnologia eServiços ao Cidadão, a es-colha do Poupatempo co-mo melhor serviço públi-co de São Paulo reflete osucesso de um modelo ide-alizado pelo Governodo Estado para atender o ci-dadão em um único local,em todas as suas necessi-dades no relacionamentocom o Poder Público. "Éum modelo de serviço cri-

ado para facilitar a vida daspessoas, com atendimentooferecido por uma equipetreinada que coloca o cida-dão sempre em primeiro lu-gar", afirma Semeghini.

Idealizado em 1996, nagestão do ex-governadorMário Covas, o programaPoupatempo começou afuncionar em 1997, no pos-to da Sé. Em todos os 66postos em funcionamentoaté hoje, a filosofia é sem-pre a de oferecer em ummesmo local mais de 300tipos de atendimento de ser-viços de cidadania.

"O propósito do Poupa-tempo é atender o cidadãocom respeito e dignidade",afirma a superintendente deoperações do programa, Tâ-nia Andrade. Segundo ela, achave da eficiência do Pou-patempo é a filosofia deatendimento humanizado."Para nós, o cidadão é sa-grado e toda pessoa que en-tra em um dos nossos pos-tos deve ser informado eorientado", diz Tânia.

O Poupatempo treina osfuncionários e utiliza tecno-logia para desburocratizar oacesso das pessoas aos ser-viços públicos. Até o fimdo ano, totens de autoa-tendimento começarão a serinstalados para facilitar ain-

da mais o acesso dos cida-dãos a serviços como a so-licitação de segunda via deRG e outros oferecidos nospostos do Poupatempo.

Desde a inauguração doprimeiro posto Poupatem-po, o Sé, em outubro de1997, até o fechamento deabril de 2015, o ProgramaPoupatempo já prestoumais de 441,1 milhões deatendimentos à população.Deste total, 400,2 milhõesforam realizados nos pos-tos e 40,9 milhões presta-dos pelo Disque Poupa-tempo. Em 2015, o progra-ma vem realizando umamédia diária de 165 milatendimentos.

Os serviços mais procu-rados nos postos Poupa-tempo são: Carteira deIdentidade (RG), com 41,3milhões de documentos;Licenciamento de Veícu-los, com 21,1 milhões desolicitações; Carteira Naci-onal de Habilitação (CNH),com 20,1 milhões deCNHs; Atestado de Antece-dentes Criminais (AAC),com 14,3 milhões de emis-sões; e Carteira de Traba-lho e Previdência Social(CTPS), com 10,7 milhõesde unidades. A unidadeItaquera fica ao lado da es-tação local do Metrô.

Página 6 Notícias de Itaquera - Zona Leste De 5 a 11 de junho de 2015