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O Caxias de Fabinho e o Juventude de Rafael Pereira trabalham para superar as instabilidades das últimos anos com a esperança de, no Gauchão 2012, voltar a romper com a hegemonia da dupla Gre-Nal

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A solidariedade está na moda

Uma conversa entre Deus e o Diabo

Tragédia das águas enluta uma avó

Os baguais também têm coração

Os obstáculosda dupla CA-JU no Gauchão 2012

Uma rota de lugares im-perdíveis

Uma operação querenderá R$ 12 milhões nos cofres municipais

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O descaso que favorece uma praga urbana

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15Prefeitura tem intenção de inaugurar Marrecas antes das eleições

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Fotos: 7, 15: Maurício Concatto/O Caxiense | 12: Reprodução/O Caxiense

Um desconhecido de quem Caxias pode se orgulhar12O novo Indiana Jones de Spielberg

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Ninguém usou apitos e cartazes ou precisou sair de casa para protestar con-tra o aumento das tarifas nos pedágios da Serra. Nem por isso é desorganizado ou silencioso o modelo moderno das manifestações populares. No Twitter que ajudou a eleger Obama, a tag #gatovias gritou a indignação dos gaúchos para o mundo e colocou o protesto entre os assuntos mais comentados do país. Atento às mudanças que a rede promove no comportamento social, O CAxieN-Se contextualizou os motivos, ouviu o representante dos pedágios, deu credibi-lidade ao manifesto e abriu espaço para o diálogo. “O aumento é apenas um ajuste na inflação, não queremos fazer lucro”, explicou o presidente da Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias, egon Schunck. No Facebook, Carlos Toigo integrou o coro dos indignados.

A cobertura do tuitaço no site agradou o leitor Rui Romanini que lembrou de outro campo onde O CAxieNSe joga bem. “@ocaxiense sempre fazendo uma boa cobertura dos eventos da Serra. Pri-meiro apoiando a dupla CA-JU e agora acompanhando o tuitaço da #gatovias”. Leitor assíduo, Daniel Dalsoto comen-

tou outra polêmica: a obra da barragem Marrecas, que na última semana venceu na justiça o processo por ONGs ambien-talistas contra o corte de árvores. “Mais uma grande reportagem do @ocaxiense sobre a obra do Marrecas. e como sem-pre ouvindo os 2 lados!”.

Rui e Daniel, que valorizam o bom jornalismo e o futebol, deverão gostar especialmente da edição impressa desta semana e dos próximos meses no site. O Gauchão 2012 agita a nossa torcida pelo CA-JU e a dupla ganha a 5ª capa em nossa trajetória, para as quais já pulamos exaustivamente em camas elásticas e es-calamos pedras íngremes (fotos), coisas de torcedor. A estreia do CA-JU na capa da revista é estrelada pelos jogadores Fabinho, lateral-esquerdo do Caxias, e Rafael Pereira, zagueiro do Juventude. A foto foi feita no Teatro do Ordovás com sabres de luz da Kolector (Shopping Triches. Fone 3021.6481). Agradecemos a todos.

Caxias e Juventude serão a principal pauta da Arena, a nova coluna da revista, assinada pelo jornalista Gabriel izidoro, com anos de experiência em jornalismo nos gramados caxienses. No site, Gabriel vai comentar ao vivo e interagir com os leitores em todos os jogos da dupla no Campeonato Gaúcho.

Além de Gabriel na cobertura esporti-va, a equipe de reportagem ganhou nesta semana o reforço dos jornalistas Fabiana Seferin e Rafael Machado. Bem-vindos ao time!

Marcelo Aramis, editor

DIGA!Protesto sem barreiras | Nossa torcida | Nosso time

Diretor administrativo

Luiz Antônio Boff

Editores-chefes

Felipe Boff Paula Sperb

Editores

Marcelo AramisJaisson Valim

Colunistas

Renato HenrichsRoberto Hunoff

Carol De BarbaFabiana SeferinGabriel izidoroRafael MachadoRobin Siteneski

Gesiele LordesCaroline Dall’AgnolDimas Dal Rosso

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivos de contas

Pita Loss Suani CampagnolloGustavo Fabião

ASSINATURASAtendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

REDES SOCIAISTwitter: @ocaxienseFacebook: O Caxiense Revista

FOTO DE CApAMaurício Concatto/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538www.ocaxiense.com.br

“A declaração mais engraçada do ano... Os palhaços aqui não acharam graça :o[”

2010: Edição 7 e 9, de janeiro; 33, de julho; 39, de agosto

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BASTIDORESa avó que viu o Neto ser levado Pelo mar | baguais também amam |a moda é ajudar aNimais | belezas No eNtorNo da rota

Município despreza a lei. Os vândalos agradecem

Quase 7 meses depois de ser sancionada, uma lei que promete ajudar a combater uma praga urbana em Caxias ainda só está no papel. Graças à fiscalização ineficiente, lojas vendem spray sem pedir RG e o CPF e sem fazer o cadastro exigidos pela norma, facilitando o acesso dos pichadores às tintas.

Um teste da revista O CAxieNSe comprovou o descaso. em 5 lojas visitadas na terça-feira (17), apenas 2 lugares solicitaram documentos – e ainda assim para preencher a nota fiscal. Nenhum dos 5 estabelecimentos fez qualquer tipo de cadastro.

Segundo o vereador Gustavo Toigo, idealizador do projeto de lei, os procedimentos definidos pela lei serviriam para facilitar o controle da prefeitura sobre os materiais vendidos. Também contribuiria para evitar o desrespeito à norma que pune com R$ 907 o comércio do produto para crianças e adolescentes. “É preciso ação dos órgãos municipais responsáveis pela fiscalização – secretarias do Meio Ambiente e do Urbanismo – além da participação da Polícia Civil e da Secretaria Munici-pal de Segurança Pública e Proteção Social”, cobra.

O secretário do Urbanismo, Nelson Sartori, justifica-se. “A lei é muito recente. estamos criando estratégias e articulações para que haja o cumprimento” , afirma.

enquanto as secretarias resolvem como vão assegurar o cumprimento da lei, a comerciante Zenita Wendrus-colo Locatelli, de 68 anos, precisa pintar uma média de 2 vezes por mês as paredes de sua loja para apagar as marcas do vandalismo, numa rotina que se repete há 4 anos. “Sempre as paredes são pichadas. Já temos até balde de tinta guardado”, lamenta.

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O ReSUlTADO DO TeSTe

Loja 1 – A atendente não solicitou nenhuma infor-mação. Ao questioná-la se era necessária identidade, ela respondeu: “Não, não! Não precisa!”. A reporta-gem saiu com o spray verde.

Loja 2 – O objetivo era comprar um spray azul. O vendedor solicitou o número da identidade – mas apenas para acrescentar na nota fiscal.

Loja 3 – A funcionária entregou o material. Sor-rindo, pergunta à repórter o que iria pintar. “Uma parede”, ouve como resposta. ela tira a nota fiscal, mas não solicita nenhum documento. Comenta que a venda é proibida para menores de 18 anos. Antes de entregar a sacola com spray vermelho, fala, em meio a uma gargalhada: “Você não vai sair pichando por aí, né?!?”.

Loja 4 – Quando perguntada sobre a necessidade de algum documento, a vendedora respondeu que a atendente do caixa saberia informar, mas a colega também desconhecia o assunto: “Lei? Que lei?”, per-guntou. A reportagem sai da loja com spray rosa.

Loja 5 – O vendedor solicitou o CPF, mas não a identidade. explicou a nova lei de Caxias, mas ficou confuso sobre a fiscalização. “Só se pegarem em fla-grante para realmente funcionar a lei. Como terão o controle?”. A repórter deixa o local com spray preto.

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...uma avó que perdeu o neto na praia

Juan Marcon da Cruz, o neto | Arquivo Pessoal/O Caxiense

Eloi Teresinha Tavares Marcon, a avó | Maurício Concatto/O Caxiense

4 DIAS NA vIDA DE...

eloi Teresinha Tavares Marcon, de 63 anos, sofre com uma tragédia que abate dezenas de gaúchos em todas as temporadas de férias. No sábado (07), bastou um piscar de olhos para que o neto Juan Marcon da Cruz, de 10 anos, fosse levado pelo mar, na Praia dos Molhes, em Torres. A seguir, ela relata, em primeira pessoa, o último momen-to com o neto e os 3 dias seguintes – os piores que já viveu.

Sábado (07)eu nem gosto muito de mar, mas os meninos queriam ir brincar. Juan esta-va feliz porque o irmão, Luís Fernando, de 8 anos, estava junto desta vez. eles estavam na beira, mas, em segundos, estavam se afogando. Um pescador conseguiu pegar o Luís porque o irmão

o empurrou para cima. O Juan esta-va lá ainda. Luís viu os cabelos dele sob a água. eu não sabia nadar, mas tentei pular no mar. O salva-vidas me convenceu a acompanhar o Luís ao atendimento médico.

Domingo (08)eu tinha que ficar com o Luís no hospital, ele também estava mal. Mas não conseguia parar de andar de um lado para o outro. A culpa era minha, por ter feito a vontade das crianças. eu perguntava a Deus onde eles poderiam estar, mas já comecei a acreditar no pior. encontrei um pai que me contou ter perdido 3 filhos afogados em um único verão e agora estava com outra filha doente. Meu tormento aumentava. eu não poderia reverter a realidade.

Segunda (09)Voltei para Caxias. A mãe de Juan já es-tava na praia. Quando cheguei em casa reparei em algo estranho. No quadro negro que Juan brincava de dar aula, estava escrito um recado: “Vovozinha, vou sozinho”. eu não tinha visto aquilo antes da viagem.

Terça (10)O corpinho dele foi encontrado em Arroio do Sal. O enterro precisou ser de caixão fechado. ele era escoteiro e fazia CTG. Não era de aprontar, só es-tudava. era um menino bom. Salvou o irmão. Não vou mais para a praia. Oito anos indo lá, e eu não sabia que aquele ponto era perigoso, não sabia! eu nem gostava de água, só queria caminhar nas quadras. Só caminhar...

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível 6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: vinte(20) dias. Natureza: Rescisão de Contrato Pro-ces-so: 010/1.11.0009357-5 (CNJ:.0018398-23.2011.8.21.0010). Autor Maria Nair Conci e outros. Réu: Madeireira BR 116 - Materiais para Construção Ltda. Objeto: CITAÇÃO de Madeireira BR 116 - Ma-teriais para Construção Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os atos articulados pelo autor na inicial.

Caxias do Sul, 09 de dezembro de 2011. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Luciana Fedrizzi Rizzon.

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3027-5538

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Foi a paixão pelos animais que levou uma jovem caxien-se a criar uma grife e, com o dinheiro das vendas, bancar a estadia em casas de passagem, alimentação e outros gastos de cachorros e gatos abandonados até que eles encontrem um lar. Há 1 ano e meio, Fernanda Ca-tusso, de 26 anos, criou o proje-to Felicia Pet Lover.

Fernanda sempre teve ani-mais, mas a vontade de ajudar começou há 6 anos, quando adotou o cachorro Gordo pela Sociedade Amigos dos Ani-mais (Soama). Foi o momento em que ela percebeu as difíceis condições dos bichos de rua. Para ajudar, inicialmente, ela se tornou voluntária da Soama, mas não se sentiu tão útil lá.

Como Fernanda é estudan-te de Moda e estilo na UCS, o

corte e costura são suas habili-dades – daí o interesse em fa-bricar acessórios e outros itens para homens e mulheres com o objetivo de vendê-los. A inicia-tiva ajuda os gatos e cachorros que são apadrinhados por ela.

A universitária ainda faz o trabalho de procurar novos lares para seus afilhados. Até hoje, o programa já doou 27 animais, entre cães e felinos. Sua formatura da graduação está prevista para a metade do ano, e Fernanda já conside-ra a possibilidade de tornar a Felicia como projeto perma-nente de vida. Hoje a garota é madrinha de 6 animaizinhos, 3 gatos e 3 cachorros. ela con-tinua a procura de um lar para esses bichos. interessados po-dem obter informações no site feliciapetlover.com.br.

A estilista que transformou o amor por animais em moda

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“O bagual tem mais sensibilidade que qualquer um da cidade”, observa o filósofo dos Pampas

Mano Lima | Divulgação/O Caxiense

Uma das principais atrações do 24° Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul, que termina neste domingo, é o cantor tradicionalista Mano Lima (leia mais detalhes no Plateia). embora seja admirado por uma legião de fãs, ele não deixou se levar pela fama: tem uma vida simples no campo – mas sempre com a bombacha. em entrevista para a revista O CAxieNSe, o artista filosofa sobre gaudério, a vida campeira e a música.

Como surgiu o apelido de filósofo dos Pampas? Olha, eu não me considero nenhum filósofo. Quem me deu esse título foi uma gurizada que vai nos meus shows. Um dia a imprensa perguntou o que esse pessoal achava de mim e eles falaram que eu era um filósofo, mas eu estou bem longe disso. Acho que foi carinhoso da parte deles.

Qual o ensinamento que o filósofo do pampas passa para os seus “alu-nos”?

Mesmo não sendo um filósofo, eu tenho vários ensinamentos para passar, sim. O maior deles é mostrar que o mundo é o melhor professor. O outro é que o amor é fundamental. e mais, o que falta nas pessoas é prestar atenção,

nos fará crescer. O significado da vida está no campo, nas pessoas, na nature-za. Para ver essas palavras, você precisa ficar atento a tudo. Na cidade, é difícil ter atenção. Há muito caos, e é mais fácil seguir vivendo isso.

O que senhor conhece na prática da lida de campo que evidencia na música?

eu moro no campo e vivo dele, só saio dele quando viajo para algum show. eu sempre digo que não sou um cantor campeiro, mas um campeiro cantor, um músico de alma. O campo é quem realmente mantém o gaudério, não conseguiria viver fora daqui.

Em algum momento do seu dia a dia, o sr. deixa de usar a pilcha?

Nunca. Na minha vida coloquei uma calça apenas uma vez e não gostei. eu não tenho o costume de usar roupas normais. Sou um cara do interior, fui criado no campo. Gaúcho é um estado de espírito e eu me sinto bem com a pilcha. Quando era novo, fui um dos primeiros a se aventurar pilchado no centro de Porto Alegre. era uma época em que você era criticado por se vestir assim na cidade.

O senhor diz ser um bagual. Mas,

para ser um bom músico, não é preci-so ser sensível?

A bagualagem do homem do campo é só a rusticidade, mas ele é tem uma sensibilidade maior que qualquer um da cidade. A sensibilidade pode estar escondida, mas está lá. O homem do campo não é violento, só é rústico.

Em alguns casos, a música gaúcha tem caminhado para o lado do pop e outros gêneros com as novas bandas. O sr. já pensou em trocar de estilo e fazer Tchê Music em troca de mais sucesso?

Não. eu não tenho como trocar de estilo, mas também não sou contra. O que não pode acontecer é o músico perder o seu horizonte. O que eu quero dizer é podemos ter qualquer estilo, mas não se deve esquecer as nossas origens.

As mulheres não se irritam com músicas como Muiézinha Incomoda-tiva?

essa, especialmente, não tem malda-de. Algumas músicas que eu fiz podem ser consideradas machistas e, se fosse hoje, talvez eu nem as faria. Mas essa não. É sem segundas intenções. Há várias mulheres que me pedem para tocá-la nos shows.

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lugares imperdíveis no entorno da Rota

Mais do que ligar a Serra ao Litoral, a Rota do Sol virou um caminho com atrações singulares. Veja 5 lugares imperdíveis no entorno da estrada – que não apenas rendem boas fotografias, mas momentos inesquecíveis. Com as sugestões da fotógrafa Miriam Cardoso de Souza, talvez seja con-veniente se perder no roteiro entre Caxias e a praia.

Cazuza FerreiraDistrito de São Francisco de Paula, o local chama a atenção pela hospitalidade

de sua gente, arquitetura diferencia-da e beleza das paisagens. “Quando estou lá, parece que estou em outro mundo. Fui visitar o lugar num sábado pela manhã para uma breve passagem, e só saí à noite”, conta.

Parque das Cascatasinfraestrutura e atendi-mento diferenciado, além de paisagens encantadoras

e que rendem belas fotos, são os destaques do local. Localizado no distrito de Lajeado Grande, tam-bém em São Francisco de Paula, o parque já foi palco de ensaios fotográficos dela, e oferece opções de lazer como camping, espaço para churrasco, piscinas cobertas e externas. No verão, também oferece passeios a cavalo.

CânionsPara quem está indo ao Litoral, um desvio de rota oferece uma oportunidade

de passeio diferenciado. entrando à direita próximo a Tainhas, é possí-

vel chegar aos cânions em Cambará do Sul. Os mais famosos são os do itaimbezinho e Fortaleza, mas ela também destaca o Malacara, que fica na mesma região. e #ficaadica da fotógrafa: para fotografá-los, o melhor horário é entre o meio-dia e o começo da tarde.

Distritos de Caxias do SulFazenda Souza,Vila Seca, Criúva também encantam Miriam. esses lugares se

tornam aconchegantes e atraentes por aspectos como os produtos fa-bricados pelas pequenas agroindús-trias, as casas antigas e a recepção atenciosa dos moradores.

TainhasDistrito de São Francisco de Paula, está situado em uma região que marca o começa

da descida da serra, revelando o que, para Miriam, é o maior destaque da localidade: as paisagens naturais. Para ela, Tainhas é um dos lugares em que, a cada vez que passa pela Rota do Sol, é impos-sível não parar para fotografar. O resultado costuma ser um só: boas imagens.

TOP5 CAMpUS Para quem deseja começar os es-

tudos de um idioma, a Universida-de de Caxias do Sul (UCS) oferece o Programa de Línguas estran-geiras (PLe). No dia 23 de janeiro começam as inscrições para novos alunos, que devem comparecer pessoalmente à secretaria do PLe até o dia 2 de março. O prazo é o mesmo para quem já está matricu-lado no programa. Nesse caso, a re-matrícula deve ser feita pelo site da universidade (www.ucs.br).

Os cursos oferecidos pelo PLe são direcionados à comunidade em geral. O PLe tem cursos de inglês, alemão, chinês, espanhol, francês, italiano, japonês e russo. Mais in-formações podem ser obtidas pelo telefone 3218-2435.

+ VESTIBULARESAnhangueraOs interessados a um dos 15 cursos da ins-tituição podem fazer as inscrições para o vestibular, que ocorre em 29 de janeiro. As provas também podem ser agendadas pelo telefone 3223.3910. As inscrições custam R$ 25.

Faculdade dos ImigrantesCom os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, a instituição tem 6 opções. As inscrições para uma delas podem ser feitas por R$ 30 no site www.americalatina.edu.br até o dia 7 – o prazo vai até o dia seguinte para o cadastro presencial. As provas ocor-rem no dia 8.

MurialdoAté o dia 29, os estudantes podem fazer as inscrições, por R$ 20, para a 2ª edição do vestibular 2012. São 3 opções de curso superior: Tecnologia em Sistemas para a internet, Administração e Tecnologia em Agronegócios. As provas estão programa-das para o dia 30 de janeiro. Os interessados podem obter informações pelo site www.faculdademurialdo.com.br.

ANHANGUERA: SINIMBU, 2.590, 3223-3910 | ANGLO AMERICANO: FEIJÓ JÚ-NIOR, 1049, 3536-4404 | FACULDADE AMÉRICA LATINA: MARECHAL FLORIANO, 889, 3022-8600 | UCS: FRANCISCO GETÚ-LIO VARGAS, 1.130, 3218-2800

Ple abre inscrições para novos alunos

Cânion Itaimbezinho | Miriam Cardoso, Div./O Caxiense

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Sessão solene da Câmara dos Deputados em home-nagem à Festa da Uva está marcada para 7 de feve-reiro, uma terça-feira, às 10:00.

A boa intenção do depu-tado Assis Melo (PC do B), incorporada também pelo petista Pepe Vargas, poderá ser prejudicada pela data e horário marcados pelo pre-sidente Marco Maia.

Conselho Municipal de Saúde detectou falhas no funcionamento e infraes-trutura da Unidade Básica de Ana Rech. Denuncia-das logo à imprensa, essas falhas nunca chegaram ao conhecimento oficial do secretário interino Antônio Feldmann. Mesmo assim, Feldmann providenciou o conserto delas.

Por sinal, as obras recla-madas agora para a UBS de Ana Rech foram prete-ridas no Orçamento Co-munitário. Sob orientação de lideranças do bairro, os participantes das reuniões do OC preferiram priorizar o asfaltamento de uma rua.

Com expediente redobra-do em função das consequ-ências da chuva do fim de semana, o novo secretário Édio elói Frizzo recupe-rou na Secretaria de Obras uma prática que remete aos tempos do governo Victo-rio Trez: o chamado “ferro velho”.

Funcionário acostumado, digamos, a um ritmo mais lento foi colocado à dispo-sição do setor de pessoal da prefeitura.

Bota ambíguo nisso

Calendário eleitoral

Por isso mesmo

Cadeiras vazias

Prioridade

Ferro-velho

Chantagem pedagiada

reNato HeNricHs

pLENARIO

A prefeitura não vai esperar o enchimento da represa para inau-gurar o Sistema Marrecas (na foto, Sartori e as soberanas visitam as obras). Segundo o chefe de Gabi-nete, edson Nespolo, a cerimônia

inaugural ocorrerá no máximo até junho – mesmo se o nível de água estiver pela metade e se ajustes em obras paralelas precisarem ser fei-tos. A lei eleitoral impede eventos dessa natureza a partir de julho.

Apesar das muitas sugestões nes-te sentido, representantes do Samae e da prefeitura garantem que não pretendem acionar judicialmente o instituto Orbis pelos transtornos provocados à construção do Siste-ma Marrecas. Muita gente entende que os integrantes da ONG deve-

riam cobrir, de alguma forma, o prejuízo acarretado pelo atraso de quase um ano no andamento dos trabalhos.

A decisão do Tribunal Regional Federal garante a conclusão das obras e estanca a necessidade de recursos financeiros adicionais.

O coordenador executivo da As-sessoria Superior do governador, João Victor Domingues, admite que pode parecer ambígua disposi-ção do estado em negociar com as concessionárias de rodovias – mes-

mo depois de elas terem apelado à Justiça para obter reajuste.

O governo garante que pretende mudar o modelo de concessão, mas já fala em alternativas “no caso de renovação dos atuais contratos”.

O governo do estado diz que o diálogo mantido com as concessio-nárias de rodovias evita um clima de confronto e, a partir dele, o im-pedimento de realização de futuras licitações e ainda a cobrança do sempre alegado desequilíbrio eco-

nômico-financeiro da atividade.A deputada Marisa Formolo

(PT) confia que Tarso Genro hon-rará o compromisso de buscar um novo modelo de concessão. Para ela, as concessionárias estão chan-tageando o governo.

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Cadeiras vazias

Prioridade

Ferro-velho

roberto HuNoff

As estudantes Cristiane Kich, do curso de Adminis-tração, e Gabriela Breda, de engenharia de Produção, venceram o Prêmio Vocação para o Sucesso. Realizado pelo Departamento de Jovens empresários da CiC, em con-junto com a UCS, o programa incentiva a continuidade dos estudos.

As 2 alunas receberão uma bolsa de estudos de 50% do valor de qualquer curso de pós-graduação lato sensu da UCS. Cristiane propôs uma pet shop com adaptações para atender animais com deficiên-cia física e Gabriela fez uma análise técnica e econômico-financeira para implantação de processo de corte de chapas em aço galvanizado. Ao todo foram avaliados 14 trabalhos.

em seu primeiro discurso como presidente efetivo da CiC de Ca-xias do Sul, Carlos Heinen enfati-zou que a classe empresarial não é contra o pagamento de bons salá-rios aos trabalhadores, tampouco defende a retirada de conquistas históricas.

A queixa, segundo ele, é contra a alta carga de impostos trabalhis-tas, que dificulta a geração de mais

empregos. Heinen advertiu que as empresas não têm mais condições de continuar assumindo tarefas que são do estado, como segu-rança, educação e saúde. Voltou a cobrar medidas da União para re-verter o processo de desindustria-lização, alertando que o alto grau de incertezas presente no empre-sário pode resultar em suspensão de investimentos.

Com matriz em Farroupilha, a FDD (Fábrica do Design) está ampliando sua atuação por meio de seus escritórios em Caxias, Porto Alegre e São Paulo. Seu negócio é a cons-trução de plataformas digitais para o relacionamento entre cliente e consumidor. Foca, es-pecialmente, na identificação de novos comportamentos. Um de seus recentes produtos, o Face To Face, desenvolvido em Caxias do Sul, passou a ser usado pela Unilever.

O presidente do Movimento Brasil Competitivo, Erik Cama-rano (foto), definiu como falácia o entendimento de lideranças po-líticas de que o país está imune à crise mundial. em encontro com empresários na CiC de Caxias, alertou que o alto volume de re-servas internacionais não é moti-vo para fazer crer que o Brasil pos-sa se sentir seguro. “esses recursos podem sair do país a qualquer

momento.” Também mostrou pre-ocupação com a pressão inflacio-nária e com o déficit financeiro da Previdência. Lembrou que o Brasil tem baixo nível de poupança in-terna, de apenas 17%, contra 52% da China. Segundo ele, o governo precisa poupar mais para eliminar o déficit e, assim, reduzir as ta-xas de juros, hoje ainda elevadas, 10,5%, para atrair capital externo para financiar o rombo existente.

A Tecnitubo montou na Fe-nim, que ocorrerá em Grama-do de 24 a 27 de janeiro, um estande em que o lojista pode-rá visualizar todos os espaços de uma loja. Nas suas linhas de produtos de PDV, a empre-sa apresenta as principais ten-dências e novidades em leiau-te. Gramado recém encerrou o Natal Luz e já engrena uma feira de negócios. exemplo a seguir!

A prefeitura de Caxias do Sul adicionará em torno de R$ 12 mi-lhões anuais ao seu orçamento ao impedir uma manobra tributária adotada por operadoras de car-tões de crédito.

Até agora, essas empresas paga-vam à prefeitura de suas matrizes o iSSQN devido sobre receita ob-

tida em operações realizadas por aqui. A cobrança será possível pela adesão ao Programa de in-tegração Tributária, desenvolvido pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul. Nada mais justo do que pagar os impostos na cidade que gera o negócio.

em favor de bons salários

Relacionamento digital

Imune à crise? Não.

Mais receita Incentivo

Moda

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Em uma fase de retorno às origens na sua obra, Lielzo Azambuja mostra em Caxias o resultado de uma carreira de sucesso no Rio de Janeiro. Aos 73 anos, o vacariense reencontra velhos conhecidos e se apresenta como estranho na cidade que considera o berço da sua formação artística

por Gesiele Lourdes

A Galeria Municipal reabriu com uma exposição de luxo. Clássicos da Pintura vi-sitam o Rio de Janeiro é a consolidação da carreira de um homem que demorou mais de meio século para ser reconhecido – e se re-conhecer – como artista. É o presente de um gaúcho modesto, que diz dever sua base ar-tística a Caxias do Sul, uma cidade que hoje mal o conhece.

Lielzo Azambuja, de 73 anos, diz que foi o Rio de Janeiro que lhe deu os pincéis, quan-do Caxias já havia lhe fornecido toda a baga-gem que sustentou sua carreira. No entanto, é mais realista admitir que o artista construiu sozinho o seu sucesso, tarefa mais fácil para quem desenvolveu o talento antes de sair do berço. A devoção religiosa de uma babá foi determinante para que Lielzo despertasse o dom. De acordo com sua memória, a história aconteceu quando ele tinha 3 anos. Curioso e apaixonado por cavalos, foi atraído pelo pe-queno broche de São Jorge que a mulher usa-va. O apego ao amuleto impediu que a babá atendesse ao pedido choroso do menino. e ele teve que fazer o seu próprio cavalo, um desenho perfeito que ele guarda até hoje. “eu tinha convicção que sabia desenhar e de que poderia fazer aquilo”, conta o artista.

Lielzo nasceu em Vacaria e, depois de pas-

Maurício Concatto/O Caxiense

De volta à cidade maravilhosa

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Caricaturas de caxienses nos anos 50 |Júlio Soares, Div./O Caxiense

O primeiro desenho do artista |Arquivo Pessoal/O Caxiense

sar por Flores da Cunha e Lagoa Ver-melha, mudanças impostas pela carrei-ra militar do pai, veio morar em Caxias, aos 6 anos. Morou em São Pelegrino, onde passou a infância e adolescência entre os 4 irmãos do primeiro casamen-to do pai e uma irmã do primeiro casa-mento da mãe. Lielzo tornou-se então o aluno aplicado do Carmo e do Cris-tóvão de Mendonza, um garoto magro e tímido: um nerd dos anos 40, se não fosse o sucesso com as meninas. “ele era muito namorador”, contou Wally Rivoi-re Navajas, a primeira namoradinha, presença especial na vernissage. eles se conheceram em um baile de Carnaval infantil no Clube Juvenil. Depois, cole-gas de ginásio, “ficaram” – uma relação que na época se chamava amizade colo-rida. “ele dizia que não podia ter com-promisso sério porque tinha que ir para o Rio”, lembra a garota de 72 anos.

“ele era um desenhista fantástico”, contou Décio Osmar Bombassaro, de 73 anos – que já foi jornalista nas principais rádios de Caxias e professor de Filosofia na UCS – sobre o motivo que levou o amigo para o Rio. Aos 13 anos, com outros amigos, os dois lança-ram um jornalzinho, escrito à mão, que circulava entre as ruas Andrade Neves e Vereador Mário Pezzi com os desta-ques da semana e fofocas da vizinhança. Foi neste simples periódico que Lielzo teve a chance de circular pela sociedade caxiense, através de histórias ilustradas que contavam as aventuras do Tarzan. Mais tarde, os companheiros das ses-sões no Cine Guarany se reuniam no Bar Cairo, reduto de intelectuais da época. entre um café e outro, Lielzo chamava a atenção enquanto desenha-va com as duas mãos ao mesmo tempo. Com uma folha e uma cena para cada mão, retratava quem estava à direita e à esquerda da mesa.

Foi a habilidade do ambidestro que encantou o poeta Thiago de Mello e José Asmar, repórter do jornal O Globo, em um festival de poesia em 1958. Para eles, o talento credenciava Lielzo a um futuro promissor no Rio de Janeiro. Um amigo de Thiago, do qual o artista não recorda, escreveu uma carta de reco-mendação para que o jovem entregasse a Assis Chateaubriand, dono dos Diá-rios Associados e responsável pela che-gada da televisão no Brasil, com a TV Tupi. Não era tão fácil se encontrar com Chatô, co-fundador do Museu de Arte de São Paulo e provavelmente o

Aos 13 anos, ao lado de amigos, o artista lançou um jornalzinho escrito à

mão, com fofocas da vizinhança e his-tórias ilustradas de Tarzan

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maior mecenas que o Brasil já teve, entre outros títulos superlativos. Na pri-meira viagem ao Rio, Lielzo conseguiu mostrar seu trabalho em uma escola de arte. O diretor da escola propôs que ele treinasse o desenho ambidestro duran-te 4 horas por alguns dias. Prometeu fama na televisão. e Lielzo sustentou um “não” improvável para um iniciante. “eu não queria ser artista de circo. eu não voltei mais lá”.

em um voo Rio/São Paulo, Lielzo usou a habilidade da rapidez no dese-nho para aproveitar o melhor acaso da sua carreira. Fez uma caricatura, a me-lhor carta de recomendação, e pediu que a aeromoça a entregasse ao próprio Chateaubriand. Minutos depois, o mag-nata estava sentado ao seu lado, prome-tendo patrocínio para que o jovem fosse estudar Arte na europa.

“Eu tinha um desafio: como conhecia

todos eles, desenhava de cabeça”, contou Lielzo sobre as caricaturas de ícones da alta sociedade caxiense, encomendadas pela alfaiataria Palito, onde as obras eram expostas. Aos 21 anos, com o di-nheiro dos pais e do próprio trabalho, o artista viajou definitivamente para o Rio. Chatô morreu antes de cumprir a

promessa. A possibilidade de estudar no exterior estava descartada. Até que se estabilizar financeiramente, Lielzo morou com Júlio Gazzola, o mesmo amigo que lhe ajudou na primeira via-gem, e na casa de um irmão que servia na Aeronáutica.

enquanto a arte fechava portas, a pu-blicidade arrebatou o desenhista. Na agência MPM, ele construiu uma bri-lhante carreira como publicitário. entre seus maiores clientes, estava a Souza Cruz, para a qual Lielzo fez campanhas para cigarros como Hollywood e Free. em 1985, assumiu com o publicitário Marcelo Diniz e o tenista e empresário Luis Felipe Tavares, a sociedade no pro-jeto Halley, uma marca de produtos de entretenimento, famosa internacional-mente pelos quadrinhos da A Era dos Halley. O simpático robô Halleyfante, do programa Balão Mágico, é uma das criações do gaúcho. Quando pesquisa-dores norte-americanos anunciaram que o cometa Halley não passaria pela Terra – meses depois, ele até apareceu, mas pouca gente viu –, o projeto, que já havia iniciado a criação de um longa com elenco dos estados Unidos, perdeu a força no exterior e acabou. Com um grupo de amigos, o artista abriu a 8 Pu-

blicidade. Lielzo era ótimo na criação, mas sozinho não conseguiu manter o ritmo, já que os outros sócios eram em-presários, e não publicitários. O proje-to durou 2 anos. em 1996, Lielzo abriu sozinho a Zamba Comunicação, que existe até hoje e lhe dá suporte para tra-balhar esporadicamente para agências maiores.

Casado desde 1965 e pai de 4 filhos, Lielzo construiu uma sólida carreira pu-blicitária que lhe custou lacunas na arte. “Todo artista que se preze tem prestí-gio mas não tem dinheiro”. em Caxias, Lielzo deixou apenas 3 quadros de 1960, encomendados pela Centro de indús-tria Fabril, atual Câmara de indústria, Comércio e Serviços (CiC). As telas que representam o desenvolvimento da in-dústria local ficaram expostas na recep-ção da CiC até outubro de 2011 e devem voltar em breve, depois de uma reforma no prédio. No Rio, Lielzo também não tem tantas obras. “Depois de tanto tem-po na publicidade, eu comecei a ficar em dúvida se ainda era artista plástico”, diz o veterano, como se precisasse fazer as pazes com a arte. O sucesso da ex-posição em Caxias confirma: sempre é tempo de (re)descobertas.

Painel pintado para a CIC |Reprodução/O Caxiense

Obra de Clássicos da Pintura Visitam o Rio de Janeiro |Reprodução/O Caxiense

1520.JAN.2012

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Pré-temporada do Juventude |Juventude, Div./O Caxiense

“Logo que começou o ano, eu não imaginava que sairia, por ter terminado 2010 com mais uma queda. Mas tinha esperanças. Treinei forte. Tentei apro-veitar todas as oportunidades que me deram no Gauchão, pois eu sabia que o Brasileiro não tinha tanta visibilidade e teria que mostrar o dobro para agradar”.

Pronto. Se algum dos garotos que a direção do Juventude pretende (ou “precisa”, pode-se assim dizer) conver-ter em moeda quiser saber de que forma contribuir com 2 departamentos simul-taneamente – o de futebol e o financeiro – pode recortar o parágrafo anterior e usar como bula. O autor do depoimento

espremeu tudo o que pôde do estadual do ano passado, ciente do que o aguar-daria na Série D. e atualmente concede entrevista direto de Florença, na itália.

Gustavo, ou Campanharo, como vem escrito acima do número 10 da camisa do time sub-20 da Fiorentina, saiu do Gauchão 2011 de maca, após uma en-trada um pouco brusca do volante Fer-nando, do Grêmio. Dias depois, estava na mesa de cirurgia. Contudo, antes de meter o joelho na faca, segundo o jargão clínico da bola, o volante que está viran-do meia e completa 20 anos em março já havia se tornado um dos destaques do time. Como ele mesmo veio a descobrir

mais tarde, não passou despercebido.“Depois que cheguei na Fiorentina, o

diretor me falou que me acompanhava, sim, desde o tempo em que vim pela primeira vez à italia, fazer teste no Par-ma. e quando chegaram nele para per-guntar se interessava a minha vinda, ele logo autorizou”, relata o guri, que esteve em Fazenda Souza para passar o Natal com a família.

Amigos dos tempos de categorias de base e de concentração no Alfredo Ja-coni são, ao natural, os próximos da fila. O zagueiro Bressan já frequentou con-vocações para Seleção Brasileira abaixo dos 19 anos. O volante Fabrício recente-

A JUveNTUDe AlvIveRDeO Juventude, após um giro de 360 graus pelo circuito 2011, voltou aos destroços do fim do ano anterior. Só que com algo de diferente.

Um aroma de sensatez e promessa no ar. Uma base de time em campo, em de um amontoado de jogadores, e uma boa safra de garotos para negociar com o Exterior – a principal aposta na captação de recursos

para quem não goza mais do mecenato e da exposição de outrora

1720.JAN.2012

Gustavo, na Fiorentina |Fiorentina, Div./O Caxiense

mente encaminhou a cidadania comu-nitária, que abre as portas do mercado europeu. O meia Ramiro, fora o gol da virada espetacular naquela mesma par-tida frente ao Grêmio, no Gauchão de 2011, começa a disputa deste ano pres-tigiado como a primeira, mais versátil e elogiada em público das opções do téc-nico Picoli.

Já o lateral-esquerdo Alex Telles só não deixou o clube ainda, porque tam-bém foi visitado pela bruxa do joelho, ano passado. Uma vez liberado do esta-leiro, sua saída será questão de tempo e de proposta.

“O Telles vinha numa sequência mui-to boa e infelizmente acabou se machu-cando, mas acredito que em breve será uma negociação. Mas acredito que tan-to Ramiro e Fabricio, além do Bressan, se continuarem jogando, poderão ser os próximos. São parceiros meus que levo sempre comigo, e ter feito parte daquele grupo, para mim, é uma honra e nun-ca vou esquecer”, revela Gustavo, com a espontaneidade que não soa imodesta de quem amadurece em progressão ge-ométrica.

Além de expô-los ao máximo no Gauchão, em que o Juventude terá to-dos os jogos televisionados, a maioria pelo sistema pay-per-view, a direção tem planos agressivos para a turma formada em casa. Bressan, Fabrício e Ramiro foram “emprestados” do grupo

profissional à representação alviverde que disputará a Viareggio Cup Sub-20 na – onde mais? – itália, em fevereiro. Quem sabe não venham a reencontrar o antigo parceiro agora como rival e (por que não?) referência?

“Acredito que eu jogue o torneio e gostaria de enfrentar meu ex-clube. Seria mais uma experiência na mi-nha vida”, projeta o garoto, que venceu um concurso de dança gauchesca na infância.

Os dirigentes papos sequer imaginam o quanto este troféu de limpa-banco já se pagou, no agrado aos compradores do jogador. em meados de dezembro, antes da pausa para as festas de fim de ano, a garotada da base da Fiorentina foi convocada pelos dirigentes para um regalo aos patrocinadores: um jantar de gala no qual deveriam oferecer uma performance de valsa. Antes acanhado com a ideia, Gustavo saiu aplaudido e dando entrevista.

“Acho que é o mínimo que posso re-tribuir ao Juventude, por nunca me fal-tar nada. Todo mundo sabe a importân-cia de um Gauchão. Para quem é novo, é uma vitrine. Uma futura negociação significa um salto na carreira e conse-quentemente você estará ajudando o clube com recursos financeiros”, conclui alguém que fez de um estadual seu ca-rimbo no passaporte.

O clube agradece.

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O Caxias, depois de se submeter a mais uma sessão de Extreme Makeover, depositou todas suas fichas na contratação de um time inteiro e meio para 2012. O projeto nascido em 2010 foi descartado na temporada seguinte,

com péssimas consequências. Só que a frustração em campo não foi a pior, mais profunda e cruel cicatriz deixada por 2011. E superá-la para recomeçar

talvez seja um desafio que o clube ainda não tenha conhecido.

“Para mim ficou... terrível. Não con-sigo ir ao clube sabendo que o Pé não estará lá. ele é insubstituível. É muito difícil ir lá e não encontrá-lo. Para os jogadores é mais fácil. A maioria nem o conhecia direito. Para mim... Me li-garam na praia, minha mulher aten-deu... Não caía a ficha. eu gritava que era mentira, chamava os caras de loucos por me dizerem uma coisa daquelas. Não fui no velório, não fui no enterro. Me neguei a vê-lo num caixão. Me ne-guei e não me arrependo. Fico ruim até de falar isso contigo”.

O desabafo é de Carlos Bergamaschi. Chefe do departamento médico do Ca-xias. especialista em ortopedia e trau-

matologia. Profissional com centenas de horas cumpridas nos plantões do Hos-pital Pompéia, destino majoritário das vítimas de acidentes em toda a região.

Pé, o amigo de mais de 20 anos e su-pervisor grená nem chegou até ali. Nes-te domingo, quando o time pisar no gramado do Centenário para a primeira partida do Gauchão e de toda tempora-da, completam-se exatos 30 dias desde que um acidente matou Vanderlei Ber-saghi nas proximidades de Veranópolis, no regresso de um amistoso.

“Olha... Todo mundo me liga pedin-do alguma coisa. O (industriário) David Randon me liga pedindo coisa. O Bo-ffinho (José Antonio Boff, ex-dirigente

juventudista) me liga pedindo coisa. O Osvaldo (Voges, presidente do Caxias) me liga pedindo coisa. O Pé era o úni-co cara para quem eu ligava pedindo. e sempre me atendia.”, diz Bergamaschi.

A dor revelada pelo médico grená talvez seja a tradução mais rascante – a quem observa de fora do clube e não pertence à família – da ausência que di-rigentes, comissão técnica, jogadores e principalmente colegas funcionários te-rão de enfrentar todos os dias, na volta às competições.

“O recomeço pode se dar de duas maneiras. O luto poderá ser um agen-te motivador ou estressante dentro do grupo. Se for estressante, compromete-

A SUPeRAçãO GReNá

Pré-temporada do Caxias |Rodrigo Fatturi, Div./O Caxiense

1920.JAN.2012

rá as metas. Se, por outro lado, for resol-vido de modo positivo, pode se tornar um agente motivador”, explica o psicó-logo evandro Remonti.

Até pouco tempo integrante do qua-dro do Corinthians, o profissional ago-ra presta consultoria individualizada a atletas em sua clínica, em São Caetano do Sul (SP). “O processo varia de pes-soa para pessoa, mas os primeiros 30 dias após o trauma são marcantes. A sequência do trabalho ajuda a abrandar, mas o vazio é inevitável. ”, acrescenta.

Remonti credencia-se a abordar o caso por 3 razões. Uma: conduziu a re-cuperação da equipe feminina do Vô-lei Futuro depois que a capotagem do ônibus da delegação resultou em séria fratura de coluna numa das principais jogadoras do grupo, anos atrás.

Duas: era o psicólogo do São Cae-tano em 2004, quando a morte do za-gueiro Serginho em pleno gramado do Morumbi, por problemas cardíacos, foi transmitida ao vivo para o país inteiro, pela televisão (“a cobertura da mídia só tornou tudo mais tenso, tivemos de manter o grupo em reclusão”, conta).

Três: conhecia e era amigo de Pé des-de que foram campeões gaúchos em 2000. Na Série C de 2011, quando o Ca-xias foi ao ABC Paulista encarar o San-to André, Remonti visitou a delegação. “Sei o tamanho da perda. Mas Pé será uma figura marcante para a recupera-

ção do clube no aspecto positivo”.O psicólogo detalha: “Mesmo nos

momentos mais difíceis daquele títu-lo, ele nunca se deixou abater. O Pé era muito sensível, mas reagia rápido. Usa-va os atalhos para compreender os bas-tidores do futebol. Daquele jeito cheio de palavrões dele, agregava e animava todo mundo. Por exemplo, quando tí-nhamos de levantar cedo, já acordava todo mundo mandando tomar no...”

Bergamaschi também alude ao traba-lho e, com a objetividade dos médicos, logo volta a atenção para quem vive. “Feliz ou infelizmente, a vida segue. A rotina te envolve e tu não ficas pensan-do tanto. Mas a nossa grande preocupa-ção é com o Teixeirinha (Matheus, filho de Pé, para cuja formatura no Ensino Médio o supervisor se dirigia no dia do acidente). Queremos ser meio responsá-veis por ele, ficar à disposição desse me-nino, que tem uma educação fantástica, para tudo o que ele precisar. À disposi-ção para sempre”.

Antes de conversar com os familiares do amigo, porém, o médico necessita lidar com um ferimento exposto. e a dificuldade em fazê-lo dá uma ideia de tudo que o Caxias precisará superar a partir do primeiro toque na bola pelo Gauchão.“Quero falar com a Sílvia (mu-lher de Pé) e com o Teixeirinha. Queria ir a casa deles. Mas nessas horas o emo-cional te f... Ainda não consigo”.

Vanderlei Bersaghi |Rodrigo Fatturi, Div./O Caxiense

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2120.JAN.2012

pLATEIA????????????????????????

em busca de um segredo que ajude a encontrar um tesouro, o aventureiro de-para com um desafio imenso. Uma es-trutura gigantesca está sob seu encalço, obrigando-o a uma corrida de deixar qualquer um sem fôlego.

O parágrafo acima serve para descre-ver a fuga de indiana Jones em uma ca-verna, numa das imagens mais marcan-tes (e eternas) de Os Caçadores da Arca Perdida. Mas não é deste filme que tra-tamos nesta resenha. As duas frases ini-ciais narram uma das sequências mais deliciosas de As Aventuras de Tintim, fruto de um trabalho de um ano e meio do diretor Steven Spielberg (o mesmo de indiana Jones) e equipe.

eternizado por Hergé, o jovem repór-ter está em uma tal de Bagghar, no Mar-rocos. Depois de comprar uma minia-tura de navio que esconde uma espécie de mapa do tesouro, ele se torna vítima de sequestradores, que o levam para

alto-mar. Ali, conhece um improvável ajudante – o capitão bebum Haddock – na luta para impedir que o malfeitor Sakharine tome a riqueza desaparecida há séculos no fundo do mar. em meio a sua missão, Tintim chega ao país africa-no e, durante uma perseguição, precisa fugir até de uma construção que se des-truiu e desliza morro abaixo.

As referências com o personagem da franquia de Spielberg dos anos 80 es-tão longe de ser involuntárias. O pró-prio cineasta admitiu que o filme nada mais era do que um indiana Jones para crianças. Tintim tem a inteligência, o desprendimento, a coragem e a sorte do personagem cinematográfico símbolo de 3 décadas atrás (como o tempo pas-sa!).

Mas seria uma injustiça classificar a animação como infantil – o filme tem ingredientes para agradar o público de todas as idades. Apesar de parte da crí-

tica torcer o nariz, Spielberg ainda se mostra insuperável em lidar com a fan-tasia. Como poucos, sabe fazer entrete-nimento sem menosprezar a inteligên-cia do espectador, talento cada vez mais raro em Hollywood. Faz longas com histórias sedutoras e empolgantes, com cenas meticulosamente construídas e com um cuidadoso apuro técnico.

As Aventuras de Tintim é diversão de qualidade – que, depois de um Globo de Ouro, credencia-se para indicações ao Oscar.

CINÉPOLIS 12:40-15:00-17:20-19:40-22:10 (3D) 12:10–14:30 –16:50–19:10 (3D) 21:30

GNC 3D 14:15 – 16:40 19:20 –21:50

10 1:48

★ ★ ★ ★ ★

Um novo (e animado) Indiana Jones

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CINE

Alessandra NEGRINI. Fernando ALvES PINTO. Caco CIOCLER. De Afonso POyART2 COelhOS

O publicitário Afonso Poyart estreia na sétima arte com pretensão de inovar no cinema na-cional. Um homem que arma um plano para confrontar 2 tipos de bandidos: criminosos e polí-ticos corruptos. O filme é cheio de explosões, tiroteios e efeitos visuais (ação). O justiceiro tem a história misteriosa (suspense) marcada por um grave acidente (drama), que revela as reais intenções do plano. O diretor classifica o filme como romance, mas prefere defini-lo como “in-classificável”. Comédia? estreia.

CINÉPOLIS 13:00-15:20-17:40-20:00-22:20 1:44

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

AS AveNTURAS De AGAMeNON– O RePóRTeR

Cheio de altos e baixos: atuação dos Cassetas e Marcelo Adnet, narração de Fernanda Montenegro e direção de Victor Lopes, participação de Caetano Veloso, Ruy Castro, Jô Soares e Pedro Bial... Bem mais baixos do que altos. Quem gostava de Casseta & Planeta não vai se surpreender. Quem não gos-tava, não vai se decepcionar: certamente ficará em casa ou escolherá outras aventuras. Sugestão: as de Tintim.

GNC 13:20-16:50 14 1:14

À BeIRA DO ABISMOUm ex-policial procurado pela Justiça está no pa-

rapeito do 20° andar de um prédio em Nova York. enquanto a polícia se mobiliza lá embaixo, uma psicóloga policial é designada pelo próprio suicida para impedir a tragédia. Você já descobriu que o suicídio é uma armação, certo? A psicóloga demo-rou mais tempo.

GNC 20:00 12 1:42

SheRlOCk hOlMeS – O JOGO DAS SOMBRAS

Com a escolha do maior inimigo de Holmes, o Professor Moriarty, o longa procura investir na ação e corrigir as falhas do primeiro filme da franquia. e comete novos erros: ganha ritmo, perde conteúdo. A franquia já engata a pré produção do 3° filme e a crítica se divide: metade manda seguir com veloci-dade e a outra pede freio. 2ª semana.

CINÉPOLIS 13:40-16:20-19:00-21:40GNC 13:40-16:20-19:00-21:30

14 2:09

A hORA DA eSCURIDãOUm grupo de jovens empresários se diverte em

férias em Moscou quando é ameaçado por uma in-vasão alienígena. Agora precisam salvar a pele e o mundo. O inimigo é invisível, as boas atuações são invisíveis, a criatividade é invisível. No 3D há um grande apelo visual, algo desnecessários na trama invisível. É a treva! 2ª semana.

CINÉPOLIS (3D) 21:50GNC 14:00 12 1:31

2320.JAN.2012

lATe BlOOMeRS – O AMOR NãO TeM FIMAos 30 anos de casamento, os filhos já estão encaminhados, a carreira profissional se

encaminha para o fim e a esperada calmaria acena com um sorriso sem graça. O sonhado tempo para aproveitar a vida se transforma no drama de um casal, obrigado a se adequar à velhice. A 3ª – e última – idade não é o fim. Há algo de adolescente nessa fase de transição. 2ª semana.

★ ★ ★ ★ ★ORDOvÁS SEX. 19:30. SÁB.-DOM. 20:30 12 1:34

eSSeS AMOReSDurante a Segunda Guerra Mundial, uma

mulher está sendo julgada pelo envolvimento na morte do pai. O seu romance com um na-zista é apontado como cúmplice do assassinato. Durante a libertação da França, em 1944, ela é salva por dois soldados americanos. e se apai-xona por ambos. O longa francês percorre a trajetória da mulher que se apaixona facilmente e se perde nas escolhas. O diretor faz uma ho-menagem à História do cinema e aos grandes personagens da sua própria obra. estreia.

ORDOvÁS QUI. 19:30 12 1:02

MISSãO IMPOSSível – PROTOCOlO FANTASMA

O agente ethan sempre alcança o impossí-vel. Desta vez, ele tem um interesse a mais na missão: precisa achar o culpado para se livrar da culpa. É possível fazer do 4° filme o melhor da franquia? O agente prova que sim.

★ ★ ★ ★ ★GNC 18:30-21:20 14 2:12

UM DIANa formatura da faculdade, o primeiro de

uma série de clichês, eles se tornam amigos em uma noite de quase sexo. e voltam a se ver, nos 20 anos seguintes, sempre no dia 15 de ju-lho. A cada encontro vivem o desencontro de uma amizade quase romance. As referências à cultura pop dos anos 90, vendidas como atra-tivo, são forçadas como um merchandising exagerado. David Nicholls, autor do best-sel-ler que deu origem ao filme, decepciona como roteirista. Lone Scherfing decepciona na dire-ção. A história é boa, quase recomendável. 2ª semana.

★ ★ ★ ★ ★CINÉPOLIS 22:00 12 1:51

O GATO De BOTAS“Pode conhecer mi nombre, mas não co-

nhece la lenda”, provoca o gato que está há 9 semanas em cartaz em uma aventura busca da Gansa dos Ovos de Ouro. Mas agora o felino perdeu a sala 3D e tem só uma sessão diária. Bem menos pretensiosas, outras criaturas me-nos charmosas detêm o título de la lenda – la la la la – no cinema caxiense.

GNC 15:00 1:30

CAvAlO De GUeRRAUm fazendeiro à beira da falência faz um mau negócio: compra um cavalo puro-sangue

para puxar arado. Depois de o filho ter treinado e transformado o animal no seu melhor amigo, o homem precisa vendê-lo para o exército inglês, durante a 1ª Guerra Mundial. O longa mantém a leveza poética do livro infantojuvenil no qual é baseado e a história da amizade ganha força dramática no cinema. Nos olhos do cavalo, Spielberg reflete a estupi-dez humana que promove a guerra. Épico e contemporâneo. 3ª semana.

GNC 21:20 12 2:26

OS IMORTAISO guerreiros da Grécia Antiga deviam se preocupar muito mais em mostrar os múscu-

los do que proteger as partes do corpo onde uma flecha pode matar. Neste desastrado lon-ga mitológico, eles usam pesadas armaduras que reproduzem o desenhos dos músculos do peito e do abdome no impenetrável metal. Convocado por Zeus, Teseu, o herói da trama, prefere salvar o mundo da maldade do rei Hyperion seminu.

GNC 15:50-18:00-22:00 16 1:50

AlvIN e OS eSqUIlOS 3O trio de esquilos e as esquiletes se aventuram em uma ilha aparentemente deserta. O 3°

filme da franquia investe na didática – com lições de convivência em grupo – e se reapro-xima do seu público-alvo. No entanto, não perde as referências ao cinema, às celebridades e à cultura pop que tornam o longa menos exaustivo para gente grande. Mas o filme é produzido para as crianças. Vergonha alheia dos adultos desacompanhados dos pequenos no cinema. 5° semana.

CINÉPOLIS 13:50-15:50-17:50-19:50GNC 13:30-15:30-17:30-19:30 1:27

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As atrações artísticas do fim de se-mana do 24º Rodeio de Caxias do Sul vão deixar os gaúchos mais faceiros que guri de bombacha nova.

Nomes como Luiz Marenco, Os Ti-ranos e Mano Lima sobem ao palco nos Pavilhões da Festa da Uva para animar a gauderiada. Será também a vez de talentos tradicionalistas mos-trarem a que vieram na 5ª edição do Festival César Passarinho. Para confe-rir os ídolos musicais, os espectadores pagam 4 pila.

5º Festival César Passarinho. Sex 20:00

Compositores, poetas e cantores mostram o seu talento por versos e prosas sobre a cultura rio-grandense.

Leonel Gomes. Sex. 22:30 O legítimo sotaque da fronteira é a

marca registrada do autor dos sucessos Romance Musiqueiro, Namoro de Corvo, Ladrão de vaca e outras. Com mais de 7 discos gravados, o cantor e compositor faz o público dançar por onde passa.

Alma Campeira. Sex 23:30A banda caxiense promete colocar

a plateia para pular na divulgação do seu 2º álbum, Alma Campeira. ini-cialmente batizada como Tchê Barbo-sa, nome que permaneceu até 2008, a banda faz a gauchada dançar há 8 anos.

Luiz Marenco. SAB 22:30A cultura, os hábitos e o tradiciona-

lismo gaúcho são exaltados na voz de um dos cantores mais conhecidos do estado.

Os Tiranos. SAB 23:30Num Baile Gaúcho, Namoro de Gato

e Chuva com Vento devem estar no re-pertório do grupo que se destaca por sua autenticidade. É um das atrações imperdíveis do Rodeio Crioulo.

Mano Lima. DOM 20:00Apelidado de filósofo dos Pampas,

o cantor e instrumentista defende as tradições gaúchas e promete conquis-tar os apreciadores do tradicionalismo com suas canções.

+ SHOWS

A elite do tradicionalismo sobe ao palco dos Pavilhões

MUSICASexTA-FeIRA

Jaimar e Alexandre 22:00. R$ 6 e 8. Paiol.

estação Fandangueira 22:00. Livre. Bom Jesus - Arroio do Sal

Rafa Gubert e Tita Sachet 22:30. R$ 12 e 18. Mississippi

Banda Z 23:30. R$ 10 e 20. Portal Bowling

Rock Rocket 00:30. R$ 15 e 20. Vagão Classic

SáBADO

Grupo Paiol 22:00. R$ 6 e 8. Paiol

escolha da Rainha do Carnaval 22:00. emancipação – Arroio do Sal

eletric Blues explosion 22:30. R$ 12 e 18. Mississippi

Jonas e Rodrigo 23:00. R$ 20 e 40. Place des Sens

As lindas convidam 23:00. R$ 25 e 40. Havana

Banda Infrene 23:30. R$ 10 e 20. Portal Bowling

legião Urbana Cover 00:30. R$ 12 e 15. Vagão Classic

DOMINGO

Tira Onda 19:00. Livre. Place des Sens

DeclaraSamba 22:00. R$ 10 e 20. Portal Bowling

Luiz Marenco | Divulgação/O Caxiense

2520.JAN.2012

PALCO Jorge chega paradivertir suas férias

Do Youtube para o palco

Mário quintana entra em cena no litoral

O SABOR DO veRãOBanana com Canela combina

com... as brincadeiras do palhaço Rabito. e para virar de vez uma salada de fruta, nada melhor que a participação do público. Com a participação do palhaço, o grupo Teatro Vagamundo de Santa Ma-ria, se apresenta neste fim de se-mana nas areias do litoral de Tor-res. O grupo, que completa 4 anos, já se apresentou na Colômbia e Uruguai sempre com o mesmo ob-jetivo: levar a gargalhada para os palcos e ruas das cidades.

SEX. 19:00. Gratuito. Casa Band Sesc, Torres. 0:55

POeSIA NAS AReIAS De TORReSA música popular brasileira que

se une às poesias e ao som instru-mental. Assim que é formado o projeto Mesa de Bar, que teve seu início em 2006 dentro de uma rá-dio de Torres, a Cultural FM. O objetivo era levar a arte e a poesia para o público. Para isso, um músi-co, um empresário, um radialista e um percussionista se uniram para transmitir a arte da poesia e da boa música de trabalhos próprios e de autores consagrados. No repertó-rio, estão as poesias de Vinícius de Moraes, o samba contagiante de Adoniran Barbosa, e as canções de Osvaldo Montenegro, Cazuza, Ca-etano Veloso e tantos outros.

O famoso Jorge da Borracha-ria e o Gaudério Fagundes não podiam deixar de fazer graça em 2012. Desde 2008, Primeiro as Damas faz sucesso no estado. Para a primeira apresentação do ano em Caxias, Jorge, Seu Cucar e os outros 4 personagens sobem ao palco do Teatro São Carlos, no Festival de Férias. Quem perder a apresentação na quarta, tem bis na quinta.

QUA.QUI. 21:00. R$ 30. Teatro São Carlos.

“A galinha pintadinha, e o galo Carijó, a galinha usa saia e o galo paletó”, a mú-sica infantil que atingiu 49 milhões de visualizações no youtube sai da telinha do computador e vai para o palco do Teatro São Carlos em 3 sessões neste domingo. Um espetáculo adaptado para os movimentos cênicos, As Aventuras da Galinha pintadinha faz a última apresentação no Rio Grande do Sul em Caxias e segue turnê em Santa Catarina.

DOM. 11:00-15:00 e 17:00. R$25 e no local R$50. Teatro São Carlos. 1:10

“Todos esses que aí estão / Atravancando meu caminho, / eles passarão... / eu passarinho!”. A prosa jamais esquecida do poeta gaúcho Mário Quintana contagia a atriz Deborah Finocchiaro, que sobe duas vezes ao palco do Torres em Cena, sexta e sábado, para cantar e interpretar os poemas clássicos do escritor. Sobre Anjos & Grilos é um espetáculo que une a fala, o gesto, a poesia, as artes plásticas e a música. Revela o poeta que questiona os valores da sociedade, da vida e da morte.

SEX. SÁB. 21:00. R$ 20 e no local R$ 30.Casa de Cultura Torres. 1:00

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QUA. 19:30. Gratuito. Praça Xv deNovembro, Torres. 1:00

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A arte de sentar Coletiva. SÁB e DOM (21 e 22). 18:00-23:00. Praça xV Novembro. Torres

Clássicos da pintura visitam o Rio de Janeiro 5 ★ Lielzo Azambuja. SeG-Sex. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal.

vII Feira do Artesão de Torres Coletivo. Praça Pinheiro Machado, Praia Grande/ Torres. 15:00- 23:00

Imagens Ordinárias – Uma noite no Museu Liliane Giordano e Myra Gonçalves. TeR-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Natureza Fábio Balen. SeG-DOM. 10:00-22:00. San Pelegrino

Primavera verão 2011 Coletiva. SeG – Sex 9:00-19:00. SÁB. 9:00-15:00. Arte Quadros

Pinto e não Bordo Coletiva. SeG-Sex. 10:00-19:30. DOM. 16:00-19:00. Catna Café

ARTE

Rosas vermelhas, brancas e amarelas. essas são as flores que a artista plástica iva Santina Spenelli adora pintar. Desde 2000, iva se inspira nas mais variadas plantas espalhadas do seu jardim e nas imagens expostas nas revistas. Nas telas, reproduz sua ado-ração, com seus leves traços em giz pastel. em sua 3ª exposição, Harmonia das Flores, iva reúne 5 telas com belos lírios, copos de leite, e o colorido das orquídeas.

Harmonia das Flores

Iva Spenelli. SEG-SEX. 8:30-18:30. SÁB. 8:30-12:30. Farmácia do IPAM

Cor de rosa

CAMARIM

A primeira exposição de 2012 na Galeria Municipal – Clássicos da pintura visitam o Rio de Janei-ro – tem tanta qualidade que pa-rece desafiar as que virão no resto do ano. Não será fácil superá-la. A criatividade dos títulos das telas re-vela a habilidade de publicitário. A fidelidade das reproduções de obras famosas mostram a excelência do desenho – ambidestro, livre e sem uso de projeção – de um exímio fal-sificador de arte, se Lielzo Azambu-ja tivesse optado pelo mau uso do seu talento. Mas não é só a brinca-deira e o perfeccionismo ou o vazio da programação de férias na cidade que colocam a exposição no topo da agenda cultural. As surpresas es-tão no detalhe, nas relações – nada aleatórias – de cada ícone artístico com as paisagens, na poesia do que há de “errado” em cada releitura. imperdível.

estão movimentadas as reuniões de consultoria sobre o edital do Fi-nanciarte na Secretaria da Cultura – sempre às segundas, às 14:00, ou em outros dias, mediante agendamen-to. “esses encontros são importan-tes porque as questões são esclare-cidas em grupo”, explica Ana Maria Feuerharmel, diretora de incentivo à Cultura. O setor de protocolo não tem a mesma procura. Até a quarta (18), a menos de um mês do fim das inscrições, nenhum projeto havia sido inscrito. Nenhuma surpresa. No 15 de fevereiro, ela sabe que verá a secretaria lotada. Às 16:00, o fim do prazo, terá alguém desesperado por um minutinho extra.

Depois de ir à Venezuela, Felício e Nícia vão levar sua história de amor e desencontros ao Chile. Os caxienses Aline Zili e Jonas Piccoli, da Ueba Produtos Notáveis, apre-sentam Felinícias – Histórias de Amores e Clowns no 26° entepo-la – Festival internacional de Teatro Comunitário. No ano passado, eles apresentaram o teatro de rua A Me-gera Domada no mesmo festival.

Janeiro está salvo

Última hora

Produto internacional

marcelo aramis

2720.JAN.2012

Produto internacional

CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 15 (NOITE), R$ 23 (3D). TER. R$ 8, R$ 12 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 17 (MATINE E NOITE), R$ 23 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARENA. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11.366. SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13. AUGUSTO PESTANA. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3221-4513 | COND BAR. ÂNGELO MURATORE, 54. DE LAZZER. 3229-5377 | ESTÁDIO ALFREDO JACONI. HÉRCULES GALLÓ, 1.547, CENTRO | HAVANA. RUA DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTA-ÇÃO. 3215-6619. | LA BARRA. CEL. FLORES, 810, SÃO PELEGRINO | MISSISSIP-PI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | MOVE. RUA GASTON LUÍS BENETTI, 849. PARQUE SANVITTO. CIDADE NOVA. 8407-4942. | NOX VERSUS. DARCy ZAPAROLLI, 111. VILLAGGIO. 3027-1351 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. SÃO LEOPOLDO. 3213-1774 | PEPSI CLUB. VEREADOR MáRIO PEZZI, 1.450. LOURDES. 3419-0900 | PAVILHÕES DA FESTA DA UVA. LUDOVICO CAVINATO, 1431, SANTA CATARINA, (54) 3021.2137 | PLACE DES SENS. RUA 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620. | PORTAL BOwLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | PRAçA XV DE NOVEMBRO. S/Nº, CENTRO, TORRES | THE KING PUB. TRONCA, 2802. RIO BRANCO. 3021.7973 | VAGãO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1.343. CENTRO. 3223-0616 | XERIFE. HILáRIO PASQUALI, 34. UNIVERSITáRIO. 3025-4971 | ZARABATANA. LUIZ ANTU-NES, 312. PANAZZOLO. 3228-9046

TEATRO:CASA BAND SESC. AV. BEIRA MAR, S/ Nº, EM FRENTE A PRAÇA PINHEIRO MA-CHADO, TORRES, (51) 3626.9416 | PRAçA XV DE NOVEMBRO. S/Nº, CENTRO, TORRES | TEATRO SãO CARLOS. FEIJÓ JÚNIOR, 778, 2º ANDAR, SÃO PELEGRI-NO, (54) 3221.6387 | CASA DE CULTURA DE TORRES. AV. JOSÉ A. PICORAL, 171, CENTRO, TORRES, (51) 3664.1411 – RAMAL 706.

GALERIAS:ARTE QUADROS. FEIJÓ JÚNIOR, 975, SALA 1.007, SÃO PELEGRINO | CATNA CAFÉ. JÚLIO DE CASTILHOS, 2546. CENTRO. 3221-5059 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221.2423 | SAN PELEGRINO. RIO BRANCO, 425. SÃO PELEGRINO. 3022-6700 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MON-TAURy, 1333, CENTRO, (54) 3221.3697 | PRAçA XV DE NOVEMBRO. S/N°, CENTRO, TORRES |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Aventura Comédia Drama Documentário infantil Romance Suspense Terror Ficção Científica Guerra Musical

MúsicaBlues Coral eletrônica Funk MPB Pagode Pop Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

DançaContemporânea Flamenco Jazz Dança do Ventre Clássico

ArtesDiversas escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite

ENdERECOS

* A colunista Carol De Barba (1ª Fila) está em férias.

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ARQUIBANCADAEm disputa, quEm tEm mais força E disciplina | o mElhor amigo do pEdEstrE | gols nas arEias | o 2º EsportE dE romário

SeM MOleZA NO lITORAl

+ ESPORTE

O final de semana de Arroio do Sal não será moleza. Atletas terão de mostrar força e disciplina se quiserem vencer o Campeonato Regional de Jiu-Jitsu, que ocorrerá no domingo, às 09:00, na Socieda-de dos Amigos de Arroio do Sal (SAAS). equipes de Caxias do Sul confirmaram a sua presença entre os mais de 200 inscritos.

O campeonato da arte desenvol-vida pelos japoneses para enfrentar

os temidos samurais promoverá lutas nas categorias masculino e fe-minino do infantil, infanto-juvenil, juvenil e adulto. Os competidores podem participar representando uma equipe ou individualmente.

As inscrições podem ser feitas até sábado, o valor é de R$ 50.

DOM. 09:00. SAAS (Arroio do Sal)

CAMINhADA: Cãominhada (Caminhada com cachorros)SÁB. 08:00. Casa da estação Ve-rão Sesc (Praia dos Molhes)

FUTeBOl De AReIA: Beach Soccer livre e MasterDOM. 15:00. Arena de esportes (Arroio do Sal)

FUTevÔleI: Circuito SeSCQUi. 09:00. Arena Futevôlei (Arroio do Sal)

SãO DOMINGOS TORRES GOLF CLUB: ESTRA-DA SALINAS, N° 1000, TORRES | PRAIA MOLHES: TORRES | ARENA DE ESPORTES: ARROIO DO SAL | ARENA FUTEVÔLEI: ARROIO DO SAL | SAAS: RUA URUGUAIANA, 99 ARROIO DO SAL

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2920.JAN.2012

A última conversa que tive com o Pé ocorreu em 13 de dezembro. Washington já ha-via encerrado sua despedida há quase uma hora e o boni-tão aqui – termo que no di-cionário Bersaghiano era algo próximo de “mula” – ainda se amarrava para terminar e enviar o texto e assim liberar a sala da comissão técnica. Para variar, diante de um pe-dido no dia anterior, ele nem hesitara em concordar com o empréstimo de uma mesa e uma tomada no santuário do professorado.

“Vou apagar a luz e te tran-car aí, corno!”, ele adver-

tiu, com o habitual carinho, acompanhado, como sempre, pelo filho Teixeirinha, que só ria, discretamente.

“Pronto. Acabei. Quer um beijinho de agradecimento, também?”, cutuquei.

“Vai tomar no...”, ele arre-matou, rindo mais.

Nove dias depois, a despe-dida daquela noite se torna-ria a definitiva. Não será fácil voltar ao Centenário. Prefiro nem imaginar a batalha dos companheiros que ficaram. Mas, vida e orgulho, gente brava. Tenho certeza de que darão resposta à altura da au-sência do Corno.

Orgulho farrapo

gabrielizidoro

ARENA

Picoli chama coisa boa

Pé queria R$ 1 para salvar dupla

A saideira

A penúltima conversa mais longa que tive com o Pé foi a última séria – num total de 3 deste tipo, ao longo de uns 7 anos de convivência quase que ininterrupta.

Foi na Sala de imprensa do Centenário. O chanceler sen-tado, com os cotovelos espar-ramados na bancada e o bigo-dão de Leôncio se movendo para explicar a tese, enquanto o treino corria lá fora. Nem faz tanto tempo assim, mas agora parece que foi em outro século. Tampouco era a pri-meira vez que ele vinha com a proposta. “Por que não fazem uma lei para destinar R$ 1 das contas de água da cidade para a gente e os papos? Me diz se

tem alguma coisa que divul-ga mais essa cidade do que o Caxias e o Juventude. Sem ga-nhar nada em troca.”

O plano era mais que um devaneio. Pé sugeria que as economias mais modestas fossem evidentemente pou-padas deste R$ 1. Se apenas 200 mil dos hidrômetros ca-xienses pingassem a contri-buição, Caxias e Juventude teriam um refresco de R$ 100 mil mensais em caixa, cada um. Pergunte aos respectivos presidentes dos clubes o signi-ficado disso na atual conjun-tura.

Só uma ideia. Difícil pensar em algo de maior valor que um homem pudesse deixar.

Na terça-feira (17), por meio de nota oficial em seu site, a Federa-ção Gaúcha de Futebol (FGF) celebrou a assi-natura de novo contra-to de patrocínio com o Banrisul (o banco de todos os gaúchos) para os clubes de sua circuns-crição. Principais repre-sentantes do interior do estado nas divisões do Campeonato Brasilei-ro, integrantes da elite do futebol regional sem jamais haverem conhe-cido Segundona, donos de estruturas sólidas e – na comparação com a vizinhança – exem-plarmente organizadas, instituições emprega-doras e promotoras do esporte em tempo inte-gral, Caxias e Juventude receberão do banco a exorbitância de aproxi-madamente R$ 200 mil cada. Para refestelaram-se com isso até o fim do ano. Não é mensal.

Confere, produção?

Um dos dogmas que percorre o folclore do futebol é o de que fazer a coisa certa, jogar limpo, agir com sinceridade, atrai o sucesso. O inver-so vale para quem fizer o contrário. estamos onde estamos.

Quem conhece Picoli e o modo como conduz o trabalho no Alfredo Jaconi tem uma certe-za para esta largada de 2012: o Juventude está fazendo sua parte para chamar coisa boa.

Futebol não oferece garantias. Mas costuma ajudar quem se ajuda.

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A disparidade entre as regalias (justas) a 2 grandes clubes de Porto Alegre e a negligência (injusta) com todos os outros times que também fazem futebol profissional o ano inteiro no Rio Grande do Sul.

A pré-temporada do esportivo, em Bento Gonçalves? Não? Nem eu.

O equilíbrio no apoio do banco de todos os gaúchos a... Bem... Todos os gaúchos.

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