edicao 01 05 2015

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www.tribunafeirense.com.br R$ 1 ANO XVI - Nº 2.531 FEIRA DE SANTANA, SEXTA-FEIRA 1º DE MAIO DE 2015 ATENDIMENTO (75)3225-7500 6 8 4 Falta d’água virou rotina Pra onde vai a Micareta? Fortalecer os músculos é importante para uma vida saudável, independente de qualquer preocupação estética, ensina o professor Eurico Gaspar. Musculação para uma vida melhor Tem sido frequente o corte no abastecimento de água fornecida pela Embasa, para consertar vazamentos na adutora. Nestes casos, Feira e as cidades vizinhas podem passar dias sem o líquido. Porém mesmo sem aviso de suspensão do fornecimento, é comum que o cliente da Embasa abra a torneira e não tenha água caindo. Blocos diminuíram, camarotes cresceram. O axé deixou de atrair um grande público, porém multidões acompanham novos astros de outros estilos musicais (a foto é da passagem de Wesley Safadão). Gente que faz a festa acontecer, no poder público e na iniciativa privada, discute como manter a Micareta viva e forte. Ana Mary já faz a atividade há 22 anos

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jornal Tribuna Feirense, Feira de Santana, Bahia

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Page 1: Edicao 01 05 2015

www.tribunafeirense.com.br R$ 1ANO XVI - Nº 2.531FEIRA DE SANTANA, SEXTA-FEIRA 1º DE MAIO DE 2015

ATENDIMENTO (75)3225-7500

6

8

4

Falta d’água virou rotina

Pra onde vai a Micareta?

Fortalecer os músculos é importante para uma vida saudável, independente de qualquer preocupação estética, ensina o professor Eurico Gaspar.

Musculação para uma vida melhor

Tem sido frequente o corte no abastecimento de água fornecida pela Embasa, para consertar vazamentos na adutora. Nestes casos, Feira e as cidades vizinhas podem passar dias sem o líquido. Porém mesmo sem aviso de suspensão do fornecimento, é comum que o cliente da Embasa abra a torneira e não tenha água caindo.

Blocos diminuíram, camarotes cresceram. O axé deixou de atrair um grande público, porém multidões acompanham novos astros de outros estilos musicais (a foto é da passagem de Wesley Safadão). Gente que faz a festa acontecer, no poder público e na iniciativa privada, discute como manter a Micareta viva e forte.

Ana Mary já faz a atividade há 22 anos

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2 Feira de Santana, sexta-feira 1º de maio de 2015

“Precisamos formar médicos maximamente eficientes e minimamente invasivos à integridade física, econômica e afetiva do paciente”

Professor César Oliveira

Hospital Universitário da UEFS

@Rivelino Beckenbauer, irmão do jornalista Kennedy Alencar, é o verdadeiro craque da lavagem gráfica de dinheiro petista

@Governo Dilma cogita criar o Estatuto do Despanelamento, proibindo o porte individual de arma

@A política está infestada de ladrões de forma irreversível! É como aftosa: só abatendo (quase) todo o rebanho

@O teto da inflação a gente tolera; o que o Brasil precisa com urgência é limitar o teto de ladrões no governo

@Itália confia no sistema penitenciário brasileiro, mas o Brasil não confia no italiano. Também, quem mandou eles serem atrasados

@Beto Richa, PSDB, Paraná, é apenas um amolfadinha incapaz e persistente

@A manutenção de Dilma na Presidência é a prova definitiva de que a terceirização não gera desemprego

@Professor mascarado, em São Paulo, destruindo patrimônio público, não pode, eticamente, dar aulas a vulneráveis! No máximo, no cárcere

@Não sei o que me causa mais horror: Palocci que invadiu sigilo do caseiro ou Tarso Genro que deportou boxeadores cubanos que pediam asilo

@1,5 anos depois de iniciada a Lava Jato o brilhante juiz Sergio Moro condenou os primeiros réus! Há um milagre operando na Justiça brasileira

Apoio de RuiÉ obrigação, evidente,

mas mesmo assim merece ser registrado o apoio do governo do estado à Micareta e o bom trabalho da Polícia.

Marta e o PT

MicaretaA Micareta tem

mais especialistas que o raso futebol baiano e, após cada festa, começa o segundo prazer desta folia, que é discuti-la. Como todo ano a festa tem pontos positivos e negativos. A discussão, no entanto, não pode ser coibida, pois é de livre direito e se há reclamações é porque de algum modo ela causa incômodo. Evidente, também, que o modelo e espaço que serviu há quinze anos podem não ser mais satisfatórios. Eu mesmo,

um destes especialistas, não vou discutir quebranças e remelexos, pois não disponho de habilidades rebolativas para tal. Mas algumas questões são claras.

A primeira delas é que a Presidente Dutra - que liga rodovias federais - interrompida é um tremendo inconveniente para quem usa as rodovias; segundo que há um número cada vez maior de moradores ao lado do circuito; há um significativo transtorno e nem todo mundo pode sair da cidade. O direito

destas pessoas precisa ser respeitado, pois há idosos, pessoas que precisam trabalhar no dia seguinte e não descansam; terceiro, aquela avenida tornou-se um grande centro comercial e no período anterior e posterior os comerciantes dali são prejudicados, sem nenhum tipo de compensação financeira pela prefeitura ou governo. Nos tempos de crise econômica, então, isto é inaceitável.

Por último: a festa deveria ser diurna no domingo, encerrando-

se no início da noite. Afinal, quem trabalha fora de Feira já foi embora, e para quem fica não é justo submeter o comércio ao feriado até segunda feira meio dia (quando já se libera no carnaval). É injusto impor mais este custo aos comerciantes.

Acho, portanto, que a mudança para o sítio da Presidente Dutra foi correto, mas já deu o que tinha que dar. Onde, então, deve ser realizada a festa? Não sei. Mas é exatamente para isto que a discussão deve existir.

VergonhaÉ inadmissível que ainda se morra de mosquito no Brasil, quando a doença é

controlável. A epidemia de dengue que assombra o país, inclusive São Paulo, o estado mais rico e desenvolvido, e que causas mortes absolutamente sem razão, é um destes atestados evidentes, crus, cruéis, da incompetência gerencial que vivemos. Os recursos alocados no orçamento ano passado sequer foram aplicados. A irresponsabilidade dos nossos governantes, salvo raras exceções, é característica universal do país.

Desabamento

Tio LourinhoViver, depois de certo

tempo, é este acumular e sobreviver às perdas. Um dia, perdemos pai e nos descobrimos meio desancorados, apesar de toda experiência que já temos. Outras, antecipadas – colegas, amigos -, pelo trágico,

vão roendo as reservas e alertando que o destino é mesmo o senhor imprevisível e dono da razão.

Agora, a perda súbita do tio e padrinho, morador do ar marinho de Porto Seguro, afeto e alegria – e

sempre por ironia da medicina, cliente- é mais um choque, um arrebatamento, destes que vai luindo as certezas e acumulando memórias nas despedidas. Devo a ele, no mínimo, o primeiro porre. Fico com a

tranquilidade de uma vida vivida que resultou em carinho e paixão de toda a imensa família e seu riso aqui no consultório, há poucos dias. Não é pouco. A benção, com todo agradecimento e falta, uma derradeira vez.

Chega ao fim mais um casamento de Marta Suplicy e como todas as suas separações, esta, também, ruidosa. Ao deixar o PT a senadora e ex-prefeita de São Paulo acusou o partido de trair o povo brasileiro e de aderir ao poder e ao caixa, sem ética e sem limites.

Como não se pode dizer que ela é coxinha, golpista, elite branca e outras asneiras do debate nacional só resta ao partido seguir aquele velho conselho que a experiente sexóloga já deu aos brasileiros: relaxar e gozar.

A tragédia nunca tem um dono só. Ela é um somatório de culpas. Evidente, no entanto, que o governo do estado (Rui Costa) e a prefeitura de Salvador (ACM Neto) foram imprevidentes. Como há anos não acontecia uma tragédia - antigamente habitual - o assunto não merecia a prioridade governamental, apesar de o prefeito ter um programa de contenção

de encostas. Com certeza lento e subdimensionado.

Agora, 15 vidas perdidas, tomam-se as medidas de emergência e todo mundo promete agilizar recursos e intervenções. Esperamos que ao menos o problema passe a ter a atenção que merece e as ações poupem a população de uma nova tragédia. Não ficaram bem na fita.

Vacarezza, Marta e Genoíno, no tempo em que tudo estava bem na cúpula petista

Pra não dizer que não falei das floresReabertura, dia 9/5, do Museu Regional de Arte, do CucaExposição de São Francisco, de Armando Sampaio, no CUCA até 8 de MaioA tirolesa da Skol, na MicaretaA boa Micareta, apesar do pouco tempo no cargo e da crise econômica, do secretário Cordeiro

Engenharia de verãoAliás, alguém poderia me explicar porque um viaduto

recém-inaugurado no Imbuí fica completamente alagado? Ou por que uma pista é feita sem local pra escoamento e drenagem? É contenção de verbas e os engenheiros assinam em baixo destas porcarias ou erro de projeto?

@cesaroliveira10

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Feira de Santana, sexta-feira 1º de maio de 2015 3

Glauco Wanderley [email protected]

ASSIM

FA

LOU

A Defensoria Pública enviou ofício de 28 páginas pedindo à prefeitura muitas informações e documentos sobre o processo de elaboração do projeto BRT. Aqui e ali há coisas que até podem ser consideradas exageradas. Outras, deveriam ter sido enviadas há muito pelo governo, mas não chegaram, em solicitação anterior. Algumas, entretanto, é impossível à prefeitura responder. É nestas que reside o grande embaraço para o Executivo e que só não resultarão em ação judicial se nenhum dos sete defensores que assinaram a peça quiser levar o caso adiante.

A Defensoria quer saber se as leis que o governo alega terem servido como atualização do Plano Diretor tiveram audiências públicas no seu processo de formulação.

Ora, não houve. Os projetos saíram dos gabinetes do Executivo e foram votados pelos vereadores, que costumeiramente não se dão ao trabalho de debater (possivelmente porque não se dão ao trabalho de ler, até porque a maior parte deles, se lessem não compreenderiam, dado o baixíssimo nível de instrução que campeia no Legislativo).

Os Defensores querem saber também se o projeto do BRT está de acordo com o Plano Diretor, o Plano de Mobilidade Urbana e o Plano de Transporte Urbano. Impossível, pois eles mesmos já concluem no documento que o que Feira tem não pode mais ser aceito como Plano Diretor, por descumprir normas estabelecidas pelo Estatuto das Cidades. Feira

Suspense nos Olhos d’ÁguaA Câmara é quem decide se o pedaço de rua nos Olhos

d’Água será cedido à igreja Cristianismo sem Fronteiras, para construção de um megatemplo para 12 mil pessoas, caso revelado na edição passada da Tribuna Feirense. Mas os vereadores não podem ser autores da proposta, que precisa vir do Executivo. O secretário Carlos Brito informa que não há uma decisão sobre o assunto. Espera-se a apresentação dos projetos pelo interessado.

Naron x MicaretaEm entrevista ao Acorda Cidade, o diretor de eventos

Naron Vasconcelos demonstrou preocupação com o futuro da Micareta, defendendo profissionalização e debate através de um fórum, que já advoga desde o primeiro ano de Tarcízio Pimenta. “Isso se faz necessário para que ela não acabe”, chegou a dizer. Em seguida, falando da força dos camarotes, disse que há momentos em que atrações na rua não tem público porque as pessoas preferem estar nos camarotes. Foi quando deu a estapafúrdia ideia da prefeitura reduzir contratações para a rua, já que os camarotes estariam atendendo o público. Justificou a sugestão alegando que seria uma maneira de baixar custo. Ou seja, ao mesmo tempo em que disse estar preocupado em evitar que a Micareta acabe, defendeu uma fórmula para precipitar o fim.

Depois o prefeito José Ronaldo recolocou as coisas numa perspectiva correta, ressaltando que no camarote cabem no máximo mil pessoas.

Naron x FurãoPoucos dias depois de plantar na imprensa sua

aproximação com José Ronaldo e ACM Neto, o prefeito Furão, de São Gonçalo dos Campos, decidiu desmoralizar Naron Vasconcelos, homem de José Ronaldo na Cultura Esporte e Lazer, que é diretor de eventos não importando quem seja o secretário ou o prefeito (ficou no cargo também sob Tarcízio Pimenta).

A acusação de Furão foi de que em conversa telefônica Naron pediu dinheiro para o trio elétrico do prefeito da cidade vizinha sair com o cantor Tuca Fernandes. Naron nega peremptoriamente.

Como disse o líder do governo na Câmara, que se quebre o sigilo telefônico da conversa.

CPI ou audiência pública?Exagerado como sempre, o neo oposicionista Edvaldo

Lima acusou a prefeitura de gastar R$ 5 milhões com a festa, ao mesmo tempo que “falta remédio em posto de saúde”. Considerando que falta transparência nos gastos, propôs uma CPI para esclarecer tudo, o que o líder do governo, José Carneiro, descartou, porque de acordo com ele os gastos todos são informados.

Mais comedido, outro dos três oposicionistas, Alberto Nery (PT), prefere uma inofensiva audiência pública, para discutir tudo sobre a festa: local, data e outros detalhes. Diversos outros vereadores apresentaram a mesma ideia.

Dentro de uma semana ninguém lembrará mais do assunto, que voltará à tona daqui a um ano.

Um ofício irrespondível

igualmente não tem o Plano de Mobilidade Urbana. No dia 16 o prefeito anunciou licitação para contratar empresa que o elabore.

Não há na documentação entregue anteriormente à Defensoria, nada sobre Licença Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental e Impacto de Vizinhança. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Roberto Tourinho, entretanto, pelo menos este licenciamento foi feito.

DISCUSSÃO INSUFICIENTE

Em dezembro, pressionado pelo Ministério Público, o governo municipal decidiu fazer audiências públicas. Ocorreram com intervalo de um dia entre uma e outra. Tal fato não passou despercebido à Defensoria, que criticou também detalhadamente no ofício o processo como elas se deram.

Os jovens defensores condenaram o curto prazo entre a convocação e a realização, o fato de ocorrerem em dias úteis

e o horário de expediente no qual foram realizadas. E também o período escolhido, a uma semana do Natal, quando muitos se ausentam da cidade.

Foi observado ainda que as audiências ocorreram em dezembro para um projeto executivo elaborado em março, que em nada foi modificado após as discussões.

O grupo deteve-se também sobre os 30 dias de consulta aberta na internet para conhecimento e apresentação de propostas do projeto do BRT. Para eles, o prazo foi curto e a divulgação inadequada. Ressaltaram um documento de veiculação de mídia em rádio, no qual consta, com data de 16 de julho, pedido da prefeitura para anunciar a consulta, dos dias 17 a 21 de julho. Foram cinco dias de divulgação, encerrados a seis dias do prazo final para contribuições.

A divulgação, segundo a concepção da Defensoria, deveria ter sido feita em TV, rádio, jornais, outdoor e até cartazes pela rua. “Constata-se que não foram adequadamente

disponibilizados os instrumentos para participação popular”, diz a certa altura o ofício.

O discurso dos defensores, em entrevista coletiva concedida antes da Micareta, foi de que como aguardavam respostas do governo, não podiam dizer ainda se entrariam com ação judicial para conseguir o que recomendam no próprio documento. Eles pedem nada menos que a suspensão da licitação e que primeiro se faça um Plano Diretor - cujo processo consumiria no mínimo alguns meses e ainda está na estaca zero - para depois se discutir BRT.

O governo, por sua vez, publicou no dia 13 de abril a decisão sobre a licitação para escolha de empresa para executar o BRT. Os recursos administrativos apresentados pela Terrabrás foram rejeitados e a Via Engenharia foi escolhida como vencedora.

O anúncio do início da obra não ocorreu. Veio a Micareta e o assunto ficou adormecido. Para o governo, o tempo de começar já passou há muito.

Em coletiva os defensores (da esquerda para a direita) Bárbara, Eduardo, Marcelo, Maurício e Fábio explicaram a iniciativa que adotaram

BELDES RAMOS, vereador (PT)“É sabível que ainda temos algumas dificuldades na Educação” demonstrando que as dificuldades são bem maiores do que ele admite

MARTA SUPLICY, senadora (PT)“Tenho me furtado a discursar e emitir minhas opiniões por me negar a defender um partido que não mais me representa, assim como a milhões de brasileiros que nele um dia acreditaram” na carta aberta em que pede desfiliação do partido

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4 Feira de Santana, sexta-feira 1º de maio de 2015

De acordo com normas estabelecidas em 2011 pela Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico do Estado da Bahia ( CORESAB), a interrupção do abastecimento só é admitida em casos de reparo na rede, em situações de emergência que envolvam risco para pessoas ou bens ou se o usuário fizer algum tipo de manipulação indevida dos registros (ou se não pagar a conta, é claro).

Portanto, a falta d’água

A cidade vem sofrendo constantes episódios de interrupção de abastecimento de água causada pela quebra de adutoras. Onde elas ocorrem?

A adutora principal do sistema de Feira, que atende além da nossa cidade, também Conceição da Feira, São Gonçalo dos Campos, Santanópolis, Santa Bárbara e Tanquinho, teve um rompimento no início de abril e outro ocorrido no dia 16 de abril. O local exato do último rompimento foi próximo da cidade de São Gonçalo, perto do parque aquático. A equipe foi mobilizada desde a madrugada do ocorrido e conseguimos substituir o trecho danificado retomando o abastecimento em seguida. Quando restabelecemos o retorno do abastecimento, alguns pontos da cidade demoraram mais de receber a água, que são a parte norte da cidade além da zona rural e também os municípios de Santa Bárbara, Santanópolis e Tanquinho que são mais distantes da estação de tratamento.

Por que há tantos problemas com a tubulação que vem rompendo constantemente?

Os rompimentos ocorrem por uma corrosão natural. Temos duas adutoras, uma com maior diâmetro (90 centímetros) e outra

Falta de água virou rotina em Feira e região

As obras para o Centro de Reservação Norte começaram no início de 2013 e estão atrasadas

Nesta semana, consumidores de Feira de Santana, Conceição da Feira, São Gonçalo, Santa Bárbara, Tanquinho e Santanópolis, sofreram com o corte no abastecimento de água da Embasa, devido ao rompimento de uma adutora de empresa. Cada vez que isso ocorre, por mais rápido que seja o reparo, as localidades mais distantes ficam até 72 horas (três dias) sem água.

Pior é que as interrupções têm sido constantes. Em 16 de março, a rede foi desligada para manutenção programada, avisada com antecedência. Porém quatro dias depois rompeu-se a adutora. Agora em abril, a situação se repete.

Falta d’água é uma constante em Feira de Santana, tanto em casos de consertos na rede quanto quando não há notícia de qualquer incidente. Na região norte da cidade e na zona rural sempre foi assim. Ultimamente outras regiões vivenciam um corte velado que é rotina mas não é informado nem pela imprensa e muito menos pela Embasa. A

água não chega às casas por um ou dois dias, o que causa o esvaziamento do reservatório. Ou chega diariamente em algum momento, geralmente a madrugada, mas não dura o dia todo e nem sempre é suficiente para encher totalmente o tanque, até porque falta pressão.

Em abril, moradores do Alto do Rosário, nos conjuntos Aeroporto I e II no bairro Santo Antonio dos Prazeres e no bairro SIM, tiveram que suportar dias sem água. No Santo Antonio dos Prazeres, no alto do Rosario e nos conjuntos Aeroporto I e II , o líquido faltou numa sexta-feira e o abastecimento só foi restabelecido na segunda, gerando inclusive protestos com interdição da avenida Sérgio Carneiro, que conduz ao aeroporto.

“Toda a água que temos em reservatórios de 500 litros ou mil litros se acabou com tanto calor e também pelo fato de estarmos mais em casa por causa do fim de semana e do feriado”, afirmou o morador Djalma Costa. Ele alega que teve gente comprando água para tomar banho e outros

ficaram até sem ter o que beber. “Liguei para eles três vezes e não dão o motivo para a falta de água. Deste jeito, vamos ter que comprar água em um carro pipa e levar a nota pra eles pagarem”, reclamou. A Embasa neste caso relatou que houve um vazamento consertado e outro descoberto posteriormente, causando problemas para o abastecimento do Santo Antônio, SIM e Conceição II.

Mas a dona de casa Suzane Souza, 49 anos, aponta a falta de água como um problema constante, mesmo morando no bairro Pilão, perto do Centro, longe da região Norte, que a Embasa admite ser mais problemática (veja entrevista nesta página).

“Aqui em casa não sentimos tanto a falta d’água por causa do reservatório, mas não cai água durante o dia, e quando cai, não é forte o suficiente para subir para o tanque”, declarou. Ela conta que muitas vezes a água só cai durante a madrugada. “O resto do dia eu e meus vizinhos utilizamos a água que já está no tanque”, explicou.

Procon recomenda ações coletivas não justificada dá margem à contestação judicial do serviço prestado. O Procon, órgão municipal de defesa do consumidor, lembra que o abastecimento de água é essencial e quando o consumidor não está sendo atendido a contento pode abrir uma ação civil pública, juntando-se a outras pessoas prejudicadas. Isto pode ser feito junto ao Procon ou ao Ministério Público.

A reunião de informações de vários usuários vai ajudar a caracterizar o problema,

para que sejam exigidas soluções, como por exemplo a ampliação da vazão.

Os consumidores podem reunir provas e os órgãos mencionados vão adotar providências junto ao Judiciário, para que este obrigue a Embasa a agir.

Para provar a irregularidade do serviço pode-se por exemplo fazer reclamações na Embasa toda vez que faltar água, registrar o protocolo de atendimento e fotografar (ou filmar) a leitura do medidor.

Embasa aposta em obras em andamento

A recomendação da gerência da Embasa é que o consumidor tenha sua própria reserva

A Tribuna Feirense conversou com o gerente regional da Embasa, Raimundo Neto, que justificou com a expansão rápida e desordenada da cidade as dificuldades que a empresa têm para garantir um fornecimento contínuo a toda a área sob sua responsabilidade (só em Feira de Santana são 190 mil ligações). A empresa tem algumas obras em andamento, que devem dar maior segurança ao sistema, na visão de Raimundo.

menor. O rompimento acontece por causa de alguns pontos de corrosão natural, já que a adutora já tem mais de 30 anos e podem acontecer estes quebramentos, que não eram muito frequentes, mas como a adutora já tem uma vida útil prolongada, começam a acontecer com maior frequência. A Embasa está investindo cerca de 1 milhão de reais neste ano para dar um reforço em alguns pontos da adutora que tenham um desgaste maior já identificado. Vamos fazer este reforço no intuito de minimizar a incidência destes quebramentos e melhorar o abastecimento na cidade.

Quando fazemos o contrato com a Embasa, é previsto que se receba água diariamente. Mas as pessoas nem todos os dias recebem água. Chegam a passar três a quatro dias sem cair água.

A cidade tem crescido muito nos últimos anos e este crescimento tem sido desordenado. Temos setores da cidade que crescem mais que outros. Este crescimento infelizmente não segue um planejamento. Mas a Embasa não pode se furtar da obrigação de

fazer a extensão de rede para condomínios, para novos empreendimentos, para programas como o Minha Casa Minha Vida que é de forte interesse social. Os setores Norte e Leste da cidade são os setores que mais puxam este avanço, então na verdade houve um incremento muito grande de novos domicílios em Feira de Santana. Temos um ponto principal de chegada em Feira que fica no bairro do Tomba, um ponto bem conhecido da cidade. De lá distribuímos para algumas linhas tronco principais. Os locais onde temos mais reclamações de falta de água são em áreas mais distantes deste ponto e fora do Anel de Contorno. Quando há interrupção de fornecimento de água, a retomada é gradativa, a água demora um tempo para que se encha todas as redes e ganhe pressão para chegar em pontos mais distantes. Então quem primeiro recebe o retorno do abastecimento é a região sul da cidade. Nas demais, no setor norte, como Cidade Nova, Parque Ipê, Asa Branca, Campo Limpo, leva mais tempo para que a água chegue. Também na zona rural, como São José e nos municípios mais distantes, como Santanópolis, Santa Bárbara e Tanquinho que estão muito distantes das linhas tronco de distribuição. Após quebramentos, principalmente, reduzimos

JULIANA VITAL

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Feira de Santana, sexta-feira 1º de maio de 2015 5

Falta de água virou rotina em Feira e regiãoEmbasa aposta em obras em andamento

A recomendação da gerência da Embasa é que o consumidor tenha sua própria reserva

muitas vezes a oferta de água, para diminuir a pressão e evitar novos quebramentos.

Então não é todo dia que temos água na porta de casa?

Em 100% da cidade não. Temos dificuldade de abastecimento. Isso é diferente de dizer que temos uma condição de racionamento. O racionamento ocorre quando temos problemas no manancial e isso não é o caso. O que ocorre são pontos na cidade onde a água não consegue chegar com a pressão desejada durante as 24h por dia. Isto é fato. A Embasa está fazendo obras e preparando projetos para acompanhar o crescimento de Feira de Santana, que é uma cidade que tem um setor industrial muito forte e com a indústria vem o desenvolvimento da cidade, das pessoas. E houve também um programa de forte interesse social que foi o Minha Casa Minha Vida. As políticas públicas como um todo no Brasil não vêm casadas com preparação. Se assim acontecesse, toda a cidade teria primeiro sua rede de água, rede de esgoto, toda a drenagem e depois chegariam as pessoas. Mas isso não é um problema exclusivo de Feira, é um problema de toda

grande cidade e ainda mais numa cidade do porte de Feira que cresce acima da média nacional. A Embasa como empresa de prestação de serviço de saneamento tem que chegar onde as pessoas estão precisando, e muitas vezes as nossas intervenções não acompanham a mesma velocidade de solicitações.

O que é preciso fazer para que se consiga abastecer a cidade com frequência?

Precisamos fazer obras estruturantes para melhorar a capacidade de reservação. Como do centro de reservação de água do setor Norte. A previsão de término da obra seria no primeiro semestre de 2015, mas foi dado um aditivo porque houve um atraso no fornecimento dos reservatórios que não são fabricados no Brasil. Eles chegaram, mas ainda serão montados e a previsão atual é que a obra seja concluída no final de 2015. Um investimento de 48 milhões de reais beneficiando 60 mil ligações, que cobrem cerca de 250 mil habitantes.

Há também um projeto do centro de reservação da zona Leste que ficará às margens da BR 324, próximo da Avenida Nóide Cerqueira. Em um futuro próximo também teremos o centro de reservação Sul. Então teremos grandes centro de reservação em pontos estratégicos da cidade para que este abastecimento seja regular e contínuo. Temos também um trabalho iniciado no ano passado que é de combate às perdas. Combatemos com redução de vazamentos, com controle de pressão em redes e o combate às irregularidades. Firmamos um convênio de cooperação com o

Ministério da Cidades para preparar nossa equipe técnica para que a gente tenha o controle mais eficaz da perda de água em Feira. Iniciamos neste mês, um contrato de combate a irregularidade, com valor de 2 milhões e meio de reais onde teremos algumas equipes formadas para combate a ligações clandestinas. Equipes irão identificar ligações clandestinas de água, que é previsto em lei como crime. Principalmente nestas regiões onde a dificuldade de abastecimento é grande, encontramos uma quantidade considerável de ligações clandestinas, a exemplo do distrito de Maria Quitéria. E a reincidência é grande.

Qual a orientação da Embasa caso alguém tenha prejuízo por falta de água, a exemplo de donos de bares, restaurantes, salões de beleza, que perdem clientes caso não tenham água?

A orientação que a Embasa dá é o uso do reservatório domiciliar. Observamos que algumas empresas não têm uma reservação compatível com a demanda. E a população deve ter um reservatório que dê pelo menos para 24 horas. A conta ideal para uma residência com quatro pessoas (média por domicílio na cidade) é 480 litros de água por dia (120 litros por pessoa). Então um reservatório de 500 litros vai durar 24 horas. Se o consumo for maior, é preciso haver um reservatório compatível. É prudente que haja um reservatório para casos de emergência. Recomendamos um reservatório de pelo menos mil litros. Existem 190 mil ligações de água no sistema de abastecimento de Feira de Santana. Temos 65% de cobertura em esgotamento sanitário na sede. E a cobertura de água é bem próxima de 100%.

A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito apreendeu 51 veículos, entre carros e motos, por transporte irregular de passageiros durante o período da Micareta 2015, iniciada na quinta-feira, 23 e encerrada no domingo, 26. Os veículos foram removidos ao pátio da SMTT.

O secretário Ebenezer Tuy explica que as ações de fiscalização foram intensificadas nos pontos provisórios de táxi montados especialmente para a festa momesca. “Os locais foram definidos previamente em reunião com representantes da categoria”, ressalta.

Os flagrantes de transporte irregular aconteceram nos seguintes locais: ponto provisório na rua Barão

Mais de 13 mil novas motos tomaram conta das ruas do estado da Bahia nos primeiros dois meses de 2015, segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de motocicletas, ciclomotores, motonetas, bicicletas e similares) atualizados neste mês. Ao todo são mais 13.624 veículos duas rodas, o terceiro maior crescimento da região Nordeste, ficando apenas atrás do Maranhão

A hipertensão é uma das doenças que mais matam no mundo. Em Feira de Santana, a doença cardiovascular, que também pode ser resultado da hipertensão, é a primeira causa de morte. Somente em 2013, segundo dados do Ministério da Saúde, 400 pessoas morreram na cidade em decorrência de problemas cardiovasculares. Para discutir esse tema, a Sociedade Brasileira de Cardiologia - Regional Feira de Santana promoverá no dia 09 de maio, o II Simpósio Nacional de Hipertensão.

O evento, que é

Clandestinos foram combatidos no circuito da Micareta

de Cotegipe, em frente à sede do Bolsa Família; ponto provisório na Barão do Rio Branco, em frente ao edifício Augusto Freitas; ponto provisório no Colégio Georgina Erisman; avenida Maria Quitéria, próximo da avenida Getúlio Vargas; e no ponto provisório na avenida Maria Quitéria, em frente ao BNB Clube.

Apesar da fiscalização, taxistas reclamaram intensamente em emissoras de rádio que os clandestinos tomaram os clientes que esperavam obter com a festa. Reclamaram ainda da ausência de demarcação de áreas exclusivas para os táxis.

“Em todos os pontos provisórios foram colocadas placas sinalizando devidamente

o local”, contesta Tuy, que disse ter dado uma atenção pessoal à categoria. “Fomos pessoalmente aos pontos de táxis e informamos aos profissionais os números de contato para acionar as equipes de plantão, caso necessário. Também mantivemos contato com algumas centrais de serviços de táxi solicitando que passassem as informações para os demais taxistas”, detalhou.

Tuy avalia positivamente os resultados. “Muitos taxistas nos agradeceram no circuito da festa pelo trabalho realizado, especialmente na sexta-feira, quando fizemos uma operação juntamente com a Polícia Militar, que resultou na apreensão de vários veículos”.

Bahia vende mais de 6 mil motos por mês(13.757) e Ceará (13.641).

Segundo Ricardos Theiss, coordenador de vendas da Laquila, maior distribuidora de peças e acessórios do país, o mercado baiano de motos ainda possui margem de expansão de mais 25% até 2020. O cálculo é baseado na previsão de venda de itens de segurança para motociclistas, como capacetes que são obrigatórios por lei.

“Hoje, a Bahia é responsável por cerca de 10% do total de nossas vendas de equipamentos de segurança para motociclistas, com potencial de aumento significativo. Com o aumento da frota, aumenta também a tomada de consciência do condutor com relação à proteção, e isso deixa-nos otimistas e nos faz investir cada vez mais no mercado baiano”, explica.

Congresso reúne em Feira, médicos do Brasil e Portugalaberto a profissionais e estudantes da área de saúde em geral, será realizado no auditório do Hotel IBIS. Temas como “Prevenção”, “Estratégias para aumentar a adesão ao tratamento”, “O consumo de sal”, serão discutidos com palestrantes de diversos estados. Nesta edição, o simpósio também contará com a presença do cardiologista Fernando Pinto, ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão. “Excelentes profissionais do nossos país participarão do Simpósio e é muito bom compartilhar nossa

experiência com médicos de outros países, para que haja uma troca de conhecimento e do que vem dando certo em ambos países. No final das contas, a Comunidade é quem ganha com essa troca”, declarou Edval Gomes, presidente da regional.

As inscrições podem ser feitas através do e-mail [email protected] ao custo de R$ 30,00 (estudante) e R$ 60,00 (profissional). As vagas são limitadas e maiores informações podem ser encontradas no site da instituição (www.sbcfeiradesantana.com.br).

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6 Feira de Santana, sexta-feira 1º de maio de 2015

Rua Quintino Bocaiuva - 701 - Ponto Central - CEP 44075-002 - Feira de Santana - PABX (75)3225.7500/3021.6789

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Fundado em 10.04.1999www.tribunafeirense.com.br / [email protected]: Valdomiro Silva - Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte Ramos

Editor - Glauco Wanderley Diretor - César OliveiraEditoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos

LANA MATTOS

É comum ver academias de musculação lotadas de gente desejosa de ficar “sarada”: mulheres com “coxão” e bumbum empinado e homens com bíceps e peitoral invejáveis. Mas o que muitos ainda não sabem é o quão benéfica a musculação pode ser para a saúde. Ciente disso, o professor de educação física Eurico Gaspar vem aplicando o conceito de musculação especial, com vistas à melhoria da saúde, para além da mera estética, baseado em diversos estudos já publicados.

Kleber Ramos, que é médico e aluno de Gaspar, afirma que “cientificamente, já está comprovado que uma reeducação alimentar associada à prática de atividade física regular proporcionam melhor qualidade de vida e longevidade. Previne, reabilita e cura lesões”. Além de reabilitar “pós lesões traumáticas, cirurgias, atrofias, problemas posturais, osteoporose, alguns problemas cardiológicos e circulatórios, diabetes, dentre outros, é comprovada a eficácia da musculação no controle de peso”, garante Gaspar, que tem 32 anos de experiência. A maior procura, no entanto é por problemas nos joelhos.

Ramos foi recomendado pelo ortopedista Luiz Carlos Menezes, conhecido como Dr. Lapão, em Salvador, a procurar o serviço, “pois é a referência para reabilitação das lesões de joelho aqui em Feira

Malhar por simples vaidade? Não, pela saúde!

de Santana”, define. “Com 164 kg sobre os joelhos, nenhum tratamento alcançaria o resultado desejado. A limitação que a dor produzia, não conseguia nem andar normal. Para trabalhar, havia necessidade de usar analgésicos opióides e infiltrações”.

Com sessões que levam de uma a duas horas, três vezes por semana, o trabalho também atende pessoas que têm restrições à uma musculação comum. As limitações são avaliadas para saber o que pode ser trabalhado sem prejuízos. “Por exemplo, temos tido excelentes resultados com portadores de hérnia de disco, e na maioria das vezes os médicos recomendam atividades no meio líquido, devido ao menor risco de implicações. Mas podemos trabalhar melhor, mais especificamente caso a caso na musculação que numa natação ou hidroginástica por exemplo, pois o trabalho é individualizado e na maioria das vezes há necessidade de compensações em desequilíbrios músculo-articulares, ou seja, um músculo menos desenvolvido que outro causa desequilíbrio postural e não há trabalho separado para este músculo na natação e hidroginástica”, explica Gaspar.

A Fisioterapia reabilita o cliente às suas atividades normais do dia a dia “e nós qualificamos seu desempenho no âmbito da recuperação de movimentos mais eficientes, com mais força por

exemplo, principalmente se tratando de clientes praticantes de esportes ou atividades físicas”, destaca o professor.

“Um treinamento específico para recuperação da minha lesão tem sido algo fantástico. Sem dor, ou quase nenhuma, voltei a ter uma dinâmica melhor na vida laborativa e habitual”, festeja Ramos. Mas para ele que, com apenas sete meses de academia voltou a jogar basquete, esporte que havia abandonado há 15 anos, “eliminar 16 kg e diminuir 10 cm na circunferência abdominal não são comparáveis aos momentos de lazer e descontração, e principalmente a ter conhecido pessoas que nos apoiam nos momentos de dificuldade”. Junto a elas está sua esposa Eugênia Marques, também médica, que o acompanha na “malhação” e também já obteve excelentes resultados em relação à diminuição de peso e medidas.

A enfermeira Ana Mary Freitas começou por indicação do ortopedista Carlos Holtz devido à lesão no menisco, condromalácia patelar (desgaste na articulação do joelho), tendinite no tornozelo e rompimento parcial do tendão no ombro. “As dores articulares diminuíram em 90%”, afirma. E de quebra, “a ansiedade também. Enfim, diminui o stress e aumenta a qualidade de vida”.

Antes de começar a suar a camisa, deve-se levar os exames médicos para avaliação. “Quando se trata de problemas ortopédicos, como coluna

e joelhos, é importante também a apresentação de ressonância magnética, ultrassom, tomografia ou radiografia, já avaliadas pelos médicos, além da liberação médica ou fisioterápica”, acrescenta o educador. Utilização de medicamentos, cigarro, bebida; medidas; qualidade do sono e alimentação, dentre outros, são observados, “para que possamos prescrever a sessão de exercícios mais adequada”, garante Gaspar, que acrescenta: “Observamos que o conhecimento de psicologia deve ser levado em consideração, haja visto que o nível de estresse e problemas pessoais podem comprometer o funcionamento do Sistema Imunológico, e o desempenho corporal, o que implica em comprometimento nos resultados esperados”, por isso “podemos acelerar o avanço nos exercícios em uns mais que em outros”.

Alimentação e suplementação devem

ser indicadas por um nutricionista. Suplementos contribuem muito nos resultados e “quando

há necessidade de alguns nutrientes, como a proteína por exemplo, não há como ser suprida na alimentação comum”, destaca Gaspar.

Ao fundar a Academia da Praça, em 1987, Gaspar, após pesquisas, se identificou com o trabalho desenvolvido pelo professor Anselmo Barcelona, além de cursos com do Dr. Lapão – o mesmo que posteriormente indicou o serviço a Ramos -, que falava muito da carência desse tipo de atendimento. “Resolvi estudar mais e atender na academia também os clientes de reabilitação”, explica.

A “da Praça” foi extinta em 2013. Daí, com sua filha Itana Oliveira, também professora de Educação Física, especialista em Atividade Física na Saúde e na Doença, criaram a Eurico Gaspar – Musculação Especial, “onde atendemos como Personal, ou grupos e podemos oferecer um atendimento mais qualificado”, explica. O trabalho conta ainda com a fisioterapeuta Wania

Uma musculação diferenteCosta, que faz o serviço de Reeducação Postural Global (RPG) e avaliações quando necessário.

O modelo de musculação comandada por Gaspar tem adeptos de oito anos à terceira idade. “A idade não é um fator restritivo”, defende ele, “o problema é qual dos trabalhos da musculação e em que equipamentos podemos exercitar o cliente”.

Gaspar é especialista em Esporte Escolar e em Metodologia do Ensino da Educação Física e Esportes. Coordena a Educação Física do Colégio Anísio Teixeira e é professor do Colégio Estadual Ernesto Carneiro Ribeiro. É diretor técnico e professor na Eurico Gaspar Musculação Especial, na Rua Tucano, 106. Ponto Central. Maiores informações através dos números (75) 3223-4158 e (75)9187-7038.

Eugênia e Kleber: Parceiros na vida, profissão e malhação A musculação especial é para todas as idades

Da esquerda para a direita: Mariana Freitas, Gaspar e Itana: professores formados ensinam para a saúde

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Feira de Santana, sexta-feira 1º de maio de 2015 7

PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANASECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS

NATURAISDEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO

PORTARIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTALLICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA

PORTARIA Nº 031, DE 16 DE ABRIL DE 2015.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais, no exercício da competência que lhe foi delegada pela Lei Municipal Nº 041/09 (Código de Meio Ambiente), de acordo com o Parecer Técnico Nº 060/15 e tendo em vista o que consta do Processo Nº 51590/14 - DIV. LIC – LAS.

RESOLVE:

Art. 1º. Conceder LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA (LAS), válida pelo prazo de 03 (três) anos, a Empresa SP - 01 – CONSTRUÇÃO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA - SPE, inscrita no CNPJ sob Nº 12.588.991/0001-54, com sede na Rua do Equador, 129, Kalilândia, Feira de Santana/BA, CEP 44.001-300, para a construção do Loteamento Popular Fazenda Poça d´Água, na localidade de Canavieiras, em um terreno de 291.621,03m² situado na Estrada do Besouro, SN, Asa Branca, Feira de Santana/BA, mediante o cumprimento da legislação em vigor e dos condicionantes que se encontram no referido processo.

Art. 2º. Esta Licença refere-se à análise de viabilidade ambiental de competência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMMAM, cabendo ao interessado obter a Anuência e/ou Autorização das outras instâncias no Âmbito Federal, Estadual ou Municipal, quando couber, para que o mesmo alcance seus efeitos legais.

Art. 3º. Estabelecer que esta Licença, bem como cópias dos documentos relativos ao cumprimento dos condicionantes acima citados, seja mantidas disponíveis à fiscalização da SEMMAM e aos demais órgãos do Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais – SEARA.

Art. 4º. Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Feira de Santana, 16 de abril de 2015.

Roberto Luis da Silva TourinhoSecretário Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais

Banco Conta Histórico Data Valor

Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 20/04 37.974,46

Banco do Brasil S/A 74033-0 PMFS INCRA INCRA 20/04 439,54

Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 20/04 870.534,16

Banco do Brasil S/A 71722-3 PMFS FPM FPM 20/04 888.609,48

Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 22/04 161.720,85

Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 22/04 11.548,35

Banco do Brasil S/A 70474-1 PMFS FE FE 23/04 62.980,35

Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 23/04 707.020,97

Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 23/04 1.636,04

Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 24/04 50.817,79

Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 24/04 5.321,52

Gabinete do Prefeito, 29 de abril de 2015.

JOSE RONALDO DE CARVALHOPREFEITO

PORTARIA Nº 237/2015

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, considerando o que consta do processo administrativo nº 14027/2015, RESOLVE concede à servidora INÊS JOSÉ SANTOS SIMÕES, Professora, matrícula nº 16006054-0, classe I, referência “F”, nível 07, lotada na Fundação Municipal de Tecnologia da Informação, Telecomunicações e Cultura Egberto Tavares Costa, 06 (seis) meses de licença-prêmio, relativa ao período aquisitivo de 1º de julho de 2000 a 30 de junho de 2005 e de 1º de julho de 2005 a 30 de junho de 2010, retroagindo seus efeitos a 23 de abril de 2015.

Gabinete do Prefeito Municipal, 29 de abril de 2015.

JOSÉ RONALDO DE CARVALHOPREFEITO MUNICIPAL

JOÃO MARINHO GOMES JÚNIORSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA

EDITAL DE NOTIFICAÇÃO Nº 14/2015

O Prefeito Municipal de Feira de Santana, no uso de suas atribuições em conformidade com o art. 2º da Lei nº 9.452/97, vem notificar a Câmara de Vereadores, os Partidos Políticos, os Sindicatos de Trabalhadores, as Entidades Empresariais e a quem interessar possa, com sede neste Município, que recebemos em, 20/04, 21/04, 22/04, 23/04, 24/04, os seguintes Recursos Federais:

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8 Feira de Santana, sexta-feira 1º de maio de 2015

JULIANA VITAL

Com 78 anos de existência, a Micareta de Feira de Santana enfrentou inúmeras mudanças, tanto de local como principalmente em seu formato. Das marchinhas carnavalescas e manifestações populares a grandes bailes em clubes, hoje a Micareta enfrenta uma realidade mais comercial e uma grande polêmica em sua aparente retração.

Para os foliões, o gosto pela festa sempre será um motivo para apoiá-la, mas o esvaziamento da cidade durante o período e a diminuição do público denotam um certo desinteresse do cidadão feirense pelo atual modelo. Até quem faz a festa critica, por vê-la desorganizada e sem planejamento.

O diretor de eventos da Secretaria de Cultura Esporte e Lazer, Naron Vasconcelos, admite que a Micareta precisa ser vista

Se alguém duvidava se o axé ainda tinha a preferência do público, a dúvida acabou a partir do momento em que Wesley Safadão, cearense representante do forró eletrônico foi para a avenida, arrastando uma multidão compacta, formada pelo folião pipoca. Faltou espaço para quem quis acompanhar o trio de perto. Safadão tocou contratado pela prefeitura, para o folião pipoca.

O outro fenômeno de popularidade também não era do axé. O pagodeiro Igor Kannário veio pelo bloco e foi para a rua

Realizadores avaliam e discutem rumos da Micaretade modo profissional e que um Fórum para discutir melhor o evento poderá ajudar muito. Em entrevista ao programa de rádio Acorda Cidade, ele afirma que com o crescente investimento de camarotes em estrutura, atrações e serviços, o folião tem sido atraído a sair das ruas e tem cada vez mais aderido às festas fechadas. Outro fator apontado por ele é a crise da Axé Music, que influenciou na presença baixa do folião durante a passagem de atrações consideradas grandes, como Bell Marques, Daniela Mercury e Claudia Leite.

Outro fator que chamou a atenção foi a diminuição de blocos, que sempre foram uma grande atração na festa. Para o empresário Marcelo GG, sócio da Central Mix, neste ano, os blocos que ficaram tiveram uma venda acima do ano passado, porque a concorrência diminuiu.

Mas no geral, ele viu uma perda de foliões. “Tanto por conta dessa diminuição de blocos como pelo crescimento dos camarotes”.

Ainda assim, ele afirma que a festa continua grande, mas precisa ser revista, assim como o Axé Music. “A festa este ano mais uma vez se mostrou grande, apesar de todos os problemas, como cancelamento de outras micaretas até por conta dessa crise econômica batendo à porta. Hoje os eventos de rua estão passando por uma mudança, ou uma readequação, mas acho que a participação popular faz a diferença do nosso evento. Temos que tentar melhorar a estrutura para os foliões (banheiros, praças de alimentação, estacionamento). O modelo é esse mesmo: trio na rua, fanfarras, blocos afros, escolas de samba. Como dono de bloco, acho que estamos passando por

um momento de rever alguns projetos, pois dependemos que a axé music se revitalize para que possamos novamente crescer dentro do evento”, analisa.

Para o sócio do Dicamarote, Henrique Silva, é preciso que a festa seja planejada e divulgada com mais tempo. “ É necessário no mínimo seis meses pra que a gente possa divulgar a festa. A micareta precisa ser trabalhada com antecedência pra que a gente consiga fazer mídia dentro e fora da Bahia para atrair turismo, trazer mais folião para a cidade”, comenta.

Rafael Bullos, sócio do Bloco Da Praça, um dos mais antigos da cidade, queixou-se em entrevista ao programa Acorda Cidade que muitas cidades ao redor de Feira, como Santo Antonio de Jesus, Alagoinhas e até lugares mais próximos como Santanópolis, não sabiam

da data da Micareta de Feira de Santana.

Como sugestão para a festa, ele propõe que os barracões fiquem “no meio do circuito para distribuir o folião na avenida, pois concentram demais no início”. Ele critica o fato dos shows dos camarotes muitas vezes acontecerem quando passam grandes atrações na avenida, criando uma concorrência.

CAMAROTE É POUCOEm entrevista ao

repórter Paulo José, o prefeito José Ronaldo, quando questionado sobre o sucesso dos camarotes, afirma que não há concorrência com os trios na rua. “O número de pessoas que entra num camarote desses é no máximo mil pessoas, não mais que isso de jeito nenhum. São 3 camarotes, então são 3 mil pessoas. Comparado a uma multidão que só em Wesley Safadão arrastou

mais de 100 mil pessoas na rua. Cada pessoa tem seu estilo, quem vai para um camarote desses não quer ir pra rua, gosta de ficar num lugar mais tranquilo e acho que isso contribui com a festa e inclusive pagam pelo uso do solo da cidade. A contribuição dos camarotes permitiu a contratação de Daniela Mercury para a avenida por exemplo”, detalha.

Sobre investimento em propaganda da festa, ele acredita que a divulgação foi adequada, e que tradicionalmente quem vem para a Micareta de Feira são pessoas que têm parentes na cidade.

O prefeito entende que muita gente veio de fora para a festa. “A presença do povo é tão grande que se você for olhar na redondeza onde os carros estacionaram, você vai ver muita gente dos municípios da região. Acredito que foi uma Micareta bem sucedida e a cada ano vai melhorando”, prevê.

Safadão e Kannário colocaram multidões na rua

tão tarde que o dia já amanhecia ao final de sua apresentação. Mas seus seguidores não couberam dentro das cordas do Bloco do Patrão. Há poucos meses tratado como ídolo da marginalidade e puxador de ladrões, hoje o “Príncipe do Gueto” tem espaço garantido nos maiores veículos de comunicação.

Dono de uma música contestadora, que cobra direitos dos favelados, critica a

ação da polícia e até o capitalismo, Kannário discursa de cima do trio, dizendo que não vai mudar, como repetiu na Micareta. “Não vão calar o Kannário. Não vou me vender. Favelado não tem preço, favelado tem valor”, avisou. Querendo passar imagem oposta do que sempre se disse dele, o artista abriu sua apresentação convocando a multidão a fazer a oração do Pai Nosso.

Mais da metade das atrações mais conhecidas foi trazida pela prefeitura. Entre elas Bell, Leo Santana, Daniela Mercury, Cláudia Leite e Parangolé. Os blocos trouxeram entre outros, Ivete Sangalo, Tayrone Cigano, Babado Novo, Harmonia do Samba, Timbalada, Robyssão e Seu Maxixe.

Os artistas de Feira se apresentaram nos trios e também ocorreram algumas dobradinhas com as estrelas da música baiana.

As opções se completaram com o circuito Quilombola,

palco armado próximo ao circuito Maneca Ferreira, onde reina o reggae. Lá se apresentaram além das estrelas locais, como Dionorina, o expoente maior do ritmo na Bahia, Edson Gomes.

A queixa ficou por conta da Kalilândia, onde deixou de ocorrer o carnaval em ritmo de antigamente, no que se chamava Espaço Charles Albert. Comerciantes e moradores reclamaram. Mas o

secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Rafael Cordeiro, justificou que o estilo estava contemplado no Esquenta Micareta, que ocorreu no domingo anterior na rua São Domingos, bairro Santa Mônica. Ele argumentou também que se tratava de uma necessária economia preconizada pela prefeitura na festa deste ano, em função da crise econômica que afeta o país.

Kannário fez juras de amor ao

gueto e prometeu não abandoná-lo

O cearense tenta enxergar

do trio até onde ia o

público