edição 001 - 06/02/2015

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Ano I - Edição 001 - Campinas e Região Metropolitana, Sexta-feira, 06 de fevereiro de 2015 - Distribuição Gratuita Escorpiões do Cemitério da Saudade invadem imóveis e colocam pessoas em risco Cid Ferreira reeleito para Comissão do Idoso na Câmara Municipal Vereador Cid Ferreira (SDD) Rafa Zimbaldi ressalta importância da educação em tempo integral na cidade Vereador André é o novo líder de governo na Câmara de Campinas Evento vai debater impactos das mudanças sociais e no mercado de trabalho sobre o gênero Entidade organiza encontro de mulheres TCE proíbe prefeitura de repassar verba para Hospital Ouro Verde Anvisa proíbe venda de amoxicilina e rifamicina da EMS Verba Federal para escolas públicas está atrasada desde 2014 Vereador André V. Zuben (PPS) Vereador Rafa Zimbaldi (PP)

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Jornal editado na cidade de Campinas/SP.

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Page 1: Edição 001 - 06/02/2015

Ano I - Edição 001 - Campinas e Região Metropolitana, Sexta-feira, 06 de fevereiro de 2015 - Distribuição Gratuita

Escorpiões do Cemitério da Saudade invadem imóveis e colocam pessoas em risco

Cid Ferreira reeleito para Comissão do Idoso na Câmara Municipal

Vereador Cid Ferreira (SDD)

Rafa Zimbaldi ressalta importância da educação em tempo integral na cidade

Vereador André é o novo líder de governo na Câmara de Campinas

Evento vai debater impactos das mudanças sociais e no mercado de trabalho sobre o gênero

Entidade organiza encontro de mulheres

TCE proíbe prefeitura de repassar

verba para Hospital Ouro VerdeAnvisa proíbe venda de

amoxicilina e rifamicina da EMS

Verba Federal para escolas

públicas está atrasada desde 2014 Vereador André V. Zuben (PPS) Vereador Rafa Zimbaldi (PP)

Page 2: Edição 001 - 06/02/2015

EXPEDIENTEJornal da Cidade Campinas é uma publicação sobresponsabilidade da Gazeta do ValeRegistrado no CRCPJCLCNPJ: 04.319.396/0001-95Editor e Jornalista responsávelLuciano Meira - MTB/SP 34.952Av. Guarani, 341 - Campinas/SP - CEP 13100-211Telefones: (19) 3395 7531 | (19) 9 8275 4840Email: [email protected]

Página 2 Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015JORNAL DA CIDADE

A edição, por parte do Governo Federal, das Medidas Provi-sórias 664 e 665, alterando regras para acesso a benefícios previ-denciários como, por exemplo, abono salarial, seguro desemprego, pensão por morte e auxílio doença, encontra justa resistência por parte dos movimentos sociais, em especial do movimento sindical.

Na última terça-feira (3) aconteceu uma reunião entre as centrais sindicais e o governo. Quatro ministros compareceram à reunião com os sindicalistas: Miguel Rossetto, da Secretária-geral da Presi-dência da República; Carlos Gabas da Previdência Social; Nelson Barbosa, do Planejamento e Manoel Dias do Trabalho e Emprego. Embora a abertura das negociações tenha sido um gesto positivo do governo a reunião pouco trouxe de novidade. As centrais, com toda a razão, não aceitam retrocessos em direitos já conquistados. O governo, embora ainda não dê sinais de que recuará das MPs, acena com a continuação do diálogo e prometeu envolver o Congresso Nacional na discussão.

O Congresso, se por um lado é um terreno pouco favorável aos trabalhadores, por sua composição atual majoritariamente conser-vadora, por outro lado sempre é suscetível à pressão popular, o que representa uma das chaves para que o debate avance em um sentido favorável.

Em um mundo que ainda sente fortemente a crise do capitalis-mo, onde até a China faz ajustes e diminui a sua taxa de crescimen-to, a Europa convive com tensões sociais e altos índices de desem-prego, o Brasil não deixa de ser atingido e também é obrigado a fazer ajustes frente a esta complexa realidade.

Estes ajustes, no entanto, não podem ter como foco retirar direi-tos dos trabalhadores. Como temos defendido, a taxação das gran-des fortunas, a reforma tributária, a diminuição das taxas de juros, são algumas das medidas que podem e devem ser implementadas.

O desafio, para a esquerda, está em combinar a defesa firme das conquistas sociais e a luta por mais avanços com o apoio político ao governo democrático e popular da presidenta Dilma.

A direita está em plena ofensiva, cuja característica principal é seu caráter golpista. Fala-se abertamente em afastar a presidenta da República, recém-reeleita, em privatizar a Petrobras e, conseguin-do estes intentos, está aberta a porta para imensos retrocessos, pois a luta política conduzida pelo sistema de oposição é para colocar de novo no centro do poder as mesmas forças que defendem, por exemplo, o fim da CLT como forma de reduzir o que eles chamam de “custo Brasil”.

Portanto, o movimento social precisa se unir e ter foco: a defesa do país e a defesa da Petrobras.

A equação é complexa mas realizável: não deixar de lutar, mas ao mesmo tempo fazer desta luta uma ferramenta para fortalecer a democracia, o campo popular e o governo Dilma, não permitindo que justas reivindicações sejam instrumentalizadas pela direita neo-liberal e antipopular que, com o apoio da mídia hegemônica, optou pelo caminho da sabotagem política e do golpismo.

Movimentos sociais: lutar sem perder o focoEditorial

O Brasil, hoje, está mais preparado para enfren-tar os novos desafios em relação ao desenvolvi-mento rural sustentável e à redução das desigual-dades no meio rural. É preciso, no entanto, dialogar mais intensamente com os movimentos sociais para que, no marco institucional brasileiro, estes sejam parceiros ativos nessa construção nacional.

Em relação à segurança e soberania alimentar, podemos potencializar as bases sociais e econô-micas que construímos recentemente e fazer uma revolução sem armas no campo, com investimentos em educação, pesquisa, assistência técnica e capa-citação. Nos últimos 12 anos, ocorreram inovações e avanços nas políticas sociais, com redução da po-breza e das desigualdades. O Brasil, agora, para um novo ciclo de desenvolvimento, precisa também de uma nova geração de políticas de inclusão social e produtiva. Na área rural, a inclusão produtiva se dá mediante acesso a terra e condições de produção.

Nesse sentido, é preciso ampliar e aprimorar o programa de reforma agrária, de modo a dar cen-tralidade ao programa na estratégia de desenvolvi-mento sustentável do país, com garantia do cum-primento integral da função social da propriedade, desapropriação para fins de reforma agrária das grandes propriedades rurais não produtivas, ado-ção de políticas complementares de acesso a terra e controle deste acesso por estrangeiros.

Ao mesmo tempo, aperfeiçoar as políticas de fortalecimento da agricultura familiar e da agroin-dústria familiar e instituição de vigoroso programa de produção agroecológica. Promover uma políti-ca de incentivo ao cooperativismo na agricultura familiar como estratégia de desenvolvimento sus-tentável, redução da pobreza e geração de renda. É preciso ampliar as políticas de promoção da igual-dade racial com o fortalecimento das ações afirma-tivas e garantindo a transversalidade dos programas e ações voltados aos quilombos, comunidades de terreiro, indígenas e demais povos tradicionais.

Implantar e estruturar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e articular as suas ações com os órgãos dos estados, municípios e do Distrito Federal, como também com a Embrapa e outras instituições de pesquisa e cooperação técnica, nacional e internacional, de-senvolvendo os assentamentos e a agricultura fa-miliar. Da mesma forma, fortalecer o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra como órgãos estratégicos para o Desenvolvimento Rural Susten-tável.

É necessário aprofundar as mudanças e garantir centralidade à reforma agrária e à agricultura fami-liar no processo de desenvolvimento democrático e sustentável como estratégia de geração de empre-gos, combate à pobreza rural e às desigualdades sociais, econômicas e regionais, proteção ao meio ambiente e produção de alimentos saudáveis para a segurança e a soberania alimentar e nutricional da população brasileira.

Na agricultura, ainda que o agronegócio con-tinue hegemônico, houve avanços na política de financiamento da agricultura familiar com a am-pliação do Pronaf. É preciso, no entanto, avaliar e aperfeiçoar a atual política para o setor, de modo

Reforma e desenvolvimentoa garantir melhores condições de sua sustentabili-dade. Reforma agrária pressupõe desconcentrar a propriedade da terra, alterando a estrutura fundiária e tornando produtivas as terras ociosas, subutiliza-das e de baixa produtividade, sendo que os imóveis rurais que não cumprem a sua função social devem ser destinados ao programa de reforma agrária. A função social somente é atendida quando a terra produz, utiliza racionalmente os recursos naturais, respeita a legislação que regula as relações de tra-balho e assegura o bem-estar daqueles que nela tra-balham.

É preciso atualizar os índices de produtividade, fixados pelo Incra com base em dados da década de 1970, e eliminar os juros compensatórios nos processos judiciais de desapropriação por interes-se social para fins de reforma agrária, de modo a potencializar o instrumento da desapropriação, sem prejuízo de outros instrumentos complementares como a regularização fundiária e o crédito fundiá-rio. Os proprietários rurais que praticam o trabalho escravo e degradante e aqueles que cometem crimes ambientais devem ser submetidos à legislação pe-nal e impedidos de acessar recursos públicos, sendo que, no caso do trabalho escravo, as propriedades rurais devem ser expropriadas e destinadas à refor-ma agrária, como dispõe a Constituição Brasileira.

Segundo dados oficiais, há quase um milhão de famílias assentadas, distribuídas por mais de nove mil assentamentos agrários instalados em mais de dois mil municípios brasileiros. A área ocupada pe-los assentamentos é de cerca de 88 milhões de hec-tares, mais de 10% do território nacional. Ainda as-sim, o Censo Agropecuário do IBGE e o Cadastro Rural do Incra reafirmam o quadro de concentração fundiária no Brasil.

Estudos recentes sugerem que um dos desafios da década será reverter o alto custo de financia-mento do agronegócio, hoje maior que o valor da própria safra. Isso traz à luz o debate sobre novos paradigmas para a agricultura, em especial em rela-ção aos modelos da agricultura camponesa e agri-cultura empresarial.

Para viabilizar a ampliação da reforma agrária, o desenvolvimento produtivo dos assentamentos, o fortalecimento da agricultura familiar e o desen-volvimento rural sustentável, é preciso mobilizar as energias da sociedade e do Estado.

As organizações sindicais e os movimentos sociais foram e seguem sendo importantes agen-tes da democracia brasileira. Nos próximos anos, será preciso retomar o crescimento econômico com sustentabilidade e realizar as reformas estruturais. Mais que não retroceder, é preciso avançar na po-lítica de desenvolver o país com distribuição de renda e equidade social. Ou, nas palavras do papa Francisco, “nenhum camponês sem terra, nenhuma família sem casa e nenhum trabalhador sem direi-tos”.

Osvaldo Russo, ex-presidente do Incra, é con-selheiro da Associação Brasileira de Reforma

Agrária (Abra).www.correiodacidadania.com.br

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Página 3Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015 JORNAL DA CIDADE

O Vereador Cid Ferreira (SDD) foi eleito novamente para presidir a Comissão Per-manente dos Idosos, Aposen-tados e Pensionistas da Câ-mara Municipal de Campinas, no biênio 2015-2016. Conhe-cido e respeitado pela defe-sa dessa categoria desde seu primeiro mandato, em 1992, Cid também preside desde 1995 a Associação dos Apo-sentados e Pensionistas, uma das mais fortes entidades que

Cid Ferreira reeleito para Comissão do Idoso na Câmara Municipal

Da redaçã[email protected]

Vereador Cid Ferreira (SDD)

Assessoria do vereador

congrega esse público no país.No primeiro biênio do atu-

al mandato, sob a presidên-cia de Cid, a Comissão atuou junto à oferta de remédios gratuitos para idosos nas Far-mácias Populares da cidade, regularizando o fornecimento, trouxe academias de ginás-tica para idosos em diversas praças da cidade, promoveu eventos que trouxeram im-portantes informações a esse público, além de entregar--se à solução de vários ou-tros problemas relacionados à categoria, em muitos casos contando com a parceria do Conselho Municipal do Idoso.

Para a atual gestão, o verea-dor pretende, entre muitos ou-tros pontos, cobrar do prefeito Jonas Donizette sua promes-sa, para este ano, de reduzir de 65 para 60 anos a condição de gratuidade no transporte cole-tivo de Campinas, conforme prevê a lei municipal 12.225, de 4 de Março de 2005, au-toria do próprio Cid Ferreira, que considera como idosa a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, conforme instituído no arti-go 1º do Estatuto do Idoso.

O vereador André von Zu-ben (PPS) foi anunciado pelo Executivo como novo líder de governo na Câmara Mu-nicipal. O cargo até o ano passado era ocupado pelo ve-reador Rafa Zimbaldi (PP), que o deixou após ser eleito presidente da Câmara Muni-cipal para o biênio 2015/2016 – mesmo período em que von Zuben ficará na liderança.

O líder de governo é o principal elo de ligação entre o Legislativo e o Executivo. “Primeiramente agradeço a confiança do prefeito em me colocar em um cargo de grande importância para o desenvolvi-mento dos projetos da cidade. Vou trabalhar pela boa con-dução das propostas que agre-guem e ajudem a fazer com que Campinas continue crescendo”, declarou von Zuben, tido entre os colegas como uma pessoa com perfil sério e conciliador.

Em seu primeiro mandato, o novo líder disse que a sua

Vereador André é o novo líder de governo na Câmara de CampinasDa redaçã[email protected]

prioridade é dar encaminha-mento aos projetos importantes para a administração pública e trabalhar em prol da cidade.

Aos 52 anos, André von Zuben reúne uma história mar-cada por lideranças em mui-tos cargos em que ocupou.

Formado em Gestão de Recursos Humanos, André seguiu carreira como bancá-rio e ainda jovem assumiu a presidência do Sindicato dos Bancários de Campinas e Re-gião, área em que atua até hoje.

Entre outras atividades, se destacou como secretário de Habitação e presidente da Cohab-Campinas, entre 2009 a 2011. Também atuou em Organizações Não-Governa-mentais, na área de assistên-cia social e foi presidente do Conselho de Entidades da Feac (Federação das Entidades As-sistenciais de Campinas). No Legislativo, tem reforçado sua trajetória de lutas sociais.

Na Câmara, preside a Co-missão de Ciência e Tecno-logia e tem se empenhado em desenvolver o setor de forma

integrada com todo o segmen-to. O parlamentar integra ou-tras importantes comissões permanentes na Câmara: a de Segurança Pública e a de Pro-teção e Defesa dos Direitos dos Animais. Também atua como suplente da Comissão de Meio Ambiente e da Comissão das Pessoas com Deficiência Fí-sica ou Mobilidade Reduzida.

André von Zuben é o pre-sidente do PPS de Campinas e diretor do Sindicato dos Ban-cários de Campinas e região.

Vereador André von Zuben (PPS)

O presidente da Câmara Municipal, Rafa Zimbaldi (PP), esteve nesta sexta-feira (06/02), em cerimônia de en-trega de obras da Escola Mu-nicipal Raul Pila, no Jardim Flamboyant.

Além da própria Raul Pila, estarão funcionando neste re-gime a partir de agora os co-légios Doutor João Alves dos Santos, na Vila Boa Vista, e Padre Avelino Canazza, na Vila Formosa. Estas unidades se somam a outras duas que desde o ano passado já ofere-cem esta modalidade de en-sino – Padre Francisco Silva,

Rafa Zimbaldi ressalta importância da educação em tempo integral na cidade

no Castelo Branco, e Zeferino Vaz, na Vila União. Ao todo, as cinco escolas beneficiam cerca de 3 mil alunos e a meta do Executivo é entregar mais cinco escolas até o final de 2016.

A iniciativa recebeu apoio do vereador. “A educação inte-gral é um ganho muito grande para as crianças e a comuni-dade em que as escolas se in-serem, e o papel da Câmara é legislar e intervir junto aos go-vernos Estadual e Federal na busca de recursos para que o município possa implantar essa modalidade de ensino em todas

as escolas da cidade”, declarou o presidente da Câmara, verea-dor Rafa Zimbaldi (PP).

Vereador Rafa Zimbaldi (PP)

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Página 4 Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015JORNAL DA CIDADE

A superpopulação de es-corpiões, que prolifera em meio ao entulho, sujeira e tú-mulos do Cemitério da Sau-dade, agora invade imóveis vizinhos e coloca em risco dezenas de moradores e tra-balhadores. Chamado por alguns destes vizinhos, o ve-reador Carlão do PT esteve no local nesta semana e pôde constatar a gravidade do pro-blema. Segundo ele, a proli-feração de escorpiões atinge aproximadamente 45 imóveis da Rua da Abolição que fa-zem fundos com o Cemitério.

“Encontramos dezenas de escorpiões que as pessoas guardaram em vidros. Estão todos muito assustados, pois no início deste ano uma mo-radora foi picada. Ao obser-var o fundo do cemitério, fica claro que o abandono e a falta de manutenção neste local pú-blico contribuem muito com a proliferação destes animais”, conta Carlão. O vereador co-bra da administração muni-cipal ações imediatas para o controle, que afastem os es-corpiões dos imóveis vizinhos e evitem que mais pessoas se-jam picadas, já que em alguns casos isso pode levar à morte.

Na segunda (2/2), Carlão protocolou ofícios pedindo providências urgentes à Vi-gilância Sanitária, ao Centro de Controle de Zoonoses e também à Secretaria Munici-pal de Serviços Públicos, para que realize uma limpeza no cemitério e uma operação cata treco na vizinhança. “O maior perigo é o grande número de crianças que moram nestes

Escorpiões do Cemitério da Saudade invadem imóveis vizinhos e colocam pessoas em riscoDa redaçã[email protected]

imóveis, já que elas têm sido maioria entre as vítimas fa-tais mais na região de Cam-pinas”, ressalta o vereador.

De fato, entre as notícias mais recentes de morte por picada de escorpião estão um menino de 5 anos, de Ameri-cana, e uma menina de 9 anos

de Mogi Mirim. Isso acontece porque o veneno se espalha mais rapidamente em corpos menores (com menos massa muscular), segundo explica-ção do biólogo da Vigilância em Saúde Norte (Visa Nor-te), da Secretaria de Saúde de Campinas, Ovando Provatti.

Vereador Carlão do PT conversando com moradores

Na manhã desta terça feira (03), o Sinpospetro de Campi-nas sediou a 2° reunião sobre o “1° Encontro das Trabalha-doras Frentistas”, que está sendo programado para acon-tecer nos 07 e 08 de março de 2015, em Campinas, em local ainda a ser definido. O evento é uma iniciativa de Telma Car-dia, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Gasolina de Guarulhos-SP (Sinpospetro-GRU). O “1º Encontro das Trabalhadores Frentistas” tem como objetivo debater a realidade contempo-rânea da mulher, frente às mu-danças na dinâmica familiar e no mercado de trabalho. Fará parte do time de palestrante a médica psicanalista Dra. Sue-li Cabral Rathsan, presidente do Grupo Paica (Programa de Atenção Integral à Crian-ça e Adolescente) entidade de Campinas voltada ao atendi-mento a portadores de autis-mo e às suas famílias, ofere-

Evento vai debater impactos das mudanças sociais e no mercado de trabalho sobre o gênero

Entidade organiza encontro de mulheres

Da redaçã[email protected]

Telma Cardia ( Sinpospetro Guarulhos) Sueli Rathsam (Paica)e Francisco Soares de Sousa ( Sinpospetro Campinas e Federação

Nacional dos Frentistas)

cendo assistência nas áreas de psiquiatria, fonoaudiologia, pedagogia, psicologia, odon-tologia, entre outras. Telma Cardia definiu também que o evento abordará a questão da exposição das trabalhadoras grávidas ao benzeno, subs-tancia química cancerígena, presente nos combustíveis. Segundo Telma, do alto fa-tor de riscos à saúde da mãe e do bebê, cuja periculosida-de é reconhecida por órgãos oficiais do governo, sinaliza urgência na busca por me-didas de proteção às traba-lhadoras da categoria. Para Telma, a solução passa pela aprovação de Projeto de Lei voltado ao assunto. O evento servirá como marco inicial a uma agenda de eventos do tipo para acontecer durante todo o ano, sempre em datas relativas à causa feminina. A presidente sindical afirmou também que a continuidade do projeto será de grande im-portância na luta pela amplia-ção dos direitos das mulhe-res, mudança de paradigmas e valorização da categoria.

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Página 5Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015 JORNAL DA CIDADE

Desde o início dos anos 90, quando a Educação Fun-damental foi municipalizada e foi criado o FUNDEF - Fundo de Desenvolvimento da Edu-cação, os municípios passa-ram a receber verbas do MEC - Ministério da Educação e Cultura, de acordo com o nú-mero de alunos matriculados.

Hoje, o FUNDEF foi substituído pelo FUNDEB - Fundo de Desenvolvimen-to da Educação Básica, que ampliou os repasses às Pre-feituras com a inclusão de alunos do Ensino Infantil.

Sempre alvo de denúncias e escândalos de mau uso, ou de uso indevido das verbas destinadas à Educação, como a aquisição de veículos supos-tamente para uso da Educação e distribuídos para diversas secretarias municipais, ou a aquisição de equipamentos de utilidade questionável, como máquinas e materiais impres-sos que, supostamente, iriam despertar nos alunos a consci-ência da importância da reci-clagem de materiais, ou ainda como nos recentes casos da compra de frios e de frango superfaturado que, após serem denunciados pela imprensa, foram suspensos, em Cam-pinas, o governo inovou na forma de fraudar o FUNDEB.

Enquanto as praticas mais comuns, como as descritas no parágrafo anterior, podem ser detectadas com mais faci-lidade, foi criada uma forma de manter e, eventualmente, aumentar o valor das verbas recebidas, o que permite um maior número de negócios e ganhos. Para haver o aumento da verba repassada é necessá-

Governo Jonas mantém fraudeem matrículas para garantir verbas do MECLuciano [email protected]

rio que haja o aumento do nú-mero de alunos matriculados, sem que os números do Censo Escolar apresentem discrepân-cias em relação ao Censo do IBGE no número de crianças nascidas na cidade e crianças matriculadas na rede munici-pal. A solução encontrada foi fraudar as matrículas na EJA - Educação de Jovens e Adultos, garantindo a manutenção e em alguns casos, eventualmente, até mesmo o aumento das ver-bas que são recebidas do MEC.

O esquema é relativamente simples, e foi mantido pelo pre-feito Jonas Donizette (PSB).

Um aluno com mais de 18 anos que em algum momen-to de sua vida matriculou-se na EJA em escola municipal, tem sua matrícula refeita ano após ano, frequentando ou não a escola e, em alguns casos, nem mais residindo na cidade.

A fraude foi revelada após a descoberta de uma denúncia protocolada ao NAED No-roeste constante em uma do-cumentação descartada pela unidade escolar que, supõe-se, tenha sido retirada dos arqui-vos da escola por alguém que não tinha interesse que a mes-ma fosse apurada. Sendo en-contrada por alguém que leu e compreendeu o que aqueles papéis revelavam, e enviou à redação do Jornal da Cidade.

Nos papéis encontrados, pode-se confirmar que alguns alunos do EJA eram matricu-lados semestre após semestre, mesmo sendo reprovados ou constando como não frequen-tes. Ou seja, um mesmo aluno era reprovado sistematicamen-te por faltas ou por abandono, mas tinha sua matrícula refeita.

No caso dos alunos com idade inferior a 18 anos, mes-mo nestas condições, a rema-trícula é obrigatória, porém no caso dos alunos com ida-

de superior a 18 anos não é.Entre os casos denuncia-

dos, os dos alunos Ademário e Eudo, cuja possibilidade de homônimo é pequena mos-tram como a fraude era feita de forma continuada. Am-bos têm mais de 18 anos fo-ram matriculados em 2011, 2012 e 2013 e em todos os semestres foram reprova-dos por faltas ou abandono.

Diretora que denunciou o caso foi transferida e vice diretor envolvido nas fraudes assumiu direção da escola

A denúncia foi feita pela diretora que assumiu a es-cola em dezembro de 2013 que, conforme a documenta-ção, foi hostilizada, logo no início de 2014, pelos rema-nescentes da gestão anterior, especialmente o vice diretor Virgílio Anderson Morais da Silva e pela Representante Regional Lillian Aparecida Correia de Melo, do NAED Noroeste – Núcleo de Ação Educacional Descentralizado, responsável pela escola onde foram detectadas as fraudes.

Na documentação envia-da para o jornal, em uma ata de reunião entre a equipe do NAED e a equipe gesto-ra da escola, Virgílio critica a diretora por ela não cum-prir com os “combinados” e, por esta razão, preferia ser transferido para outra escola.

Mais adiante, na mesma ata, a Representante Regional, que faz o papel da Secretária de Educação na região, disse que a diretora deveria rever sua po-sição e que se caso mais algum membro da equipe solicitasse a saída da escola, ela - a dire-tora - é que seria transferida.

Na documentação não fica demonstrado o que seriam os tais “combinados”, exceto um,

o que coloca a determinação que as matrículas na EJA, antes de serem aceitas pela escola, deveriam ser avalia-das pelo vice diretor Virgílio.

A reunião descrita na ata ocorreu em abril de 2014, quando ainda não ha-via por parte da diretora o conhecimento da fraude.

Em outubro, ao fazer uma avaliação da demanda de va-gas na EJA, a diretora perce-beu a fraude nas matrículas nos anos anteriores e proto-colou junto ao NAED Noro-este a denúncia, solicitando ao Supervisor Airton Manoel dos Santos, seu superior hie-rárquico, instruções sobre o procedimento a ser adotado.

Até o fechamento desta edição, não havia informa-ções oficiais, se foi tomada alguma providência sobre a fraude, o que gera muitas dú-vidas sobre as intenções do su-pervisor em cumprir a lei, ou mesmo se ele também não é um dos envolvidos na fraude.

No início deste ano, sem que houvesse sido informa-da de alguma atitude tomada sobre sua denúncia, antes do início das aulas, a diretora de-nunciante foi transferida para outra escola, em outra região da cidade, coordenada por outro NAED; mas a sede de vingança dos fraudadores era tamanha que cometeram um erro primário, e transferiram a diretora para uma escola onde já havia uma outra diretora.

Ao mesmo tempo, o vice diretor, que a acusava de não seguir os “combinados”, assu-miu a direção da escola, o que gerou uma série de protestos de pais de alunos e um abaixo assinado da comunidade com mais de 300 assinaturas en-tregue à Secretária Municipal de Educação Solange Kohn.

Houve uma manifestação

na escola e uma comissão de mães de alunos dirigiu-se ao NAED onde, de forma dissi-mulada e mentirosa o super-visor Airton, conforme filma-gem feita por uma das mães, diz que havia sido a diretora que pediu a transferência. A mesma mentira dita pelo vice diretor Virgílio, o dos “com-binados”, que também foi fil-mado ao responder para um grupo de mães por que ele assumiu a direção da escola.

A diretora denunciante optou por manter-se afastada da situação, e solicitou licen-ça por 10 dias enquanto uma solução fosse encontrada.

Apesar de estar de licen-ça, a denunciante foi chamada nesta sexta-feira (06/02) em uma reunião no NAED No-roeste onde seria comunicada da sua volta à escola, o que de fato ocorreu, mas não sem mais uma tentativa de mudar os acontecimentos, para dar al-guma veracidade as alegações do vice diretor e do supervisor, foi entregue para a diretora o rascunho do texto de um pedi-do de retorno, mas não como o que ela já havia feito em ata registrada no NAED, onde ela pede que seja cumprida a vontade do vice diretor que disse que não ficaria em uma administração onde não eram cumpridos os “combinados”.

Nossa reportagem entrou em contato com o MEC em São Paulo, onde fomos in-formados que esta atitude, se comprovada, caracteriza desvio de verbas federais, e que uma auditoria deve-rá ser feita pelo Ministério.

As atitudes e ações dos en-volvidos demonstram que o governo do prefeito Jonas Do-nizette (PSB), além de ter co-nhecimento da fraude, preferiu punir a denunciante e premiar o “homem dos combinados”.

Page 6: Edição 001 - 06/02/2015

Página 6 Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015JORNAL DA CIDADE

Adultos com mais de 50 anos. Essa é uma das condi-ções para participar do pro-grama UniversIDADE da Unicamp, criado oficialmen-te em 2014. Outra condição é que a frequência nas ativi-dades, sobretudo oficinas e palestras, seja maior do que 75% das aulas oferecidas. As inscrições para os interessa-dos começam no dia 19 deste mês (quando será fechado o cronograma de atividades) e vão até o dia 24 de fevereiro. Serão realizadas através do site do programa e quem, não tiver acesso à internet, deve-rá se apresentar pessoalmente na Agência para a Formação Profissional da Universida-de (AFPU), no prédio 6 da Reitoria, das 9 às 12h30. Os candidatos deverão vir mu-nidos de uma foto 3x4 com fundo branco, CPF, RG e comprovante de residência.

Programa UniversIDADE abre inscrições no dia 19.Prazo vence dia 24Da redaçã[email protected]

Alice Helena e Isabel coordenam o programa

O calendário do progra-ma está repleto de novidades. Nesta sexta-feira (6) encer-raram as inscrições daqueles que pretendem oferecer ofici-nas para a primeira turma, que acontece de 9 de março a 3 de julho próximos, das 8h30 às 17 horas. São convidados para exercer essa atividade ex-pro-fessores e ex-funcionários da Unicamp. A ideia é ministra-rem palestras e oficinas de ar-tesanato, cinema, contação de histórias, alongamentos, vôlei adaptado, hidroginástica, dan-ça, aconselhamentos, orienta-ções nutricionais, prevenção às doenças, atividades para o consumo consciente de água, inclusão digital, direitos hu-manos, cidadania, entre outras.

De acordo com Alice He-lena De Danielli, coordena-dora-executiva do UniversI-DADE, a recepção aos alunos aprovados para participarem do primeiro módulo ocorrerá no dia 9 de março, às 8h30, no Espaço Cultural Casa do Lago na Unicamp. Após a solenida-de de abertura, haverá o circui-

to UniversIDADE, em parce-ria com o Centro de Saúde da Comunidade (Cecom). Neste caso, haverá uma avaliação física dos aprovados. A fina-lidade será elaborar um pron-tuário para acompanhamento dos seus processos durante a permanência no programa. Nesse dia, à tarde, será feito o acolhimento a esses alunos e aos calouros ingressantes na graduação pelo grupo Trote da Cidadania da instituição.

ParceriasNo momento, o programa

UniversIDADE busca formar parcerias com as unidades, para envolvimento de todos. “Felizmente todas elas têm sido muito receptivas a essa proposta. Além do mais, o pro-grama está prospectando em-presas parceiras que apóiem projetos sociais e que queiram colaborar conosco”, comenta Alice Helena. “No futuro, essa ação poderá ser levada tam-bém a outros campi”, planeja.

O objetivo do UniversI-DADE é fazer um trabalho

de prevenção em saúde e qualidade de vida, uma vez que o país está envelhecendo mais, segundo dados da Or-ganização Mundial da Saúde (OMS). “Também esse é um retorno que a Unicamp dá à sociedade. O nosso papel é contribuir com ela fornecen-do meios de interação e in-serção na Academia”, afirma a coordenadora-executiva.

Entre as conquistas mais recentes do programa, está a criação do site com todas as informações sobre o seu andamento. Outra é que está sendo estudada a construção de um centro de vivência. A Unicamp já disponibilizou a planta e o projeto. Falta o apoio para que a trabalho

seja viabilizado. Também o programa acaba de receber uma doação de 20 bicicletas, provenientes do programa Mobic, e a tenda 2, para al-gumas atividades do grupo.

Segundo Isabel Cristina Araújo Floriano, coordenado-ra-associada do UniversIDA-DE, algumas instituições de ensino superior possuem um programa que também con-templa os idosos. “Mas o nosso diferencial está na gratuidade da iniciativa e no oferecimen-to dos próprios profissionais para tocarem essa ação insti-tucional”, conta Isabel. “Essa será a nossa importante con-tribuição para Campinas e re-gião”, acrescenta Alice Hele-na, idealizadora do programa.

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Página 7Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015 JORNAL DA CIDADE

A ameaça de falta de água em algumas cidades do Esta-do de São Paulo está fazendo com que muitas pessoas op-tem pelo armazenamento do produto em casa. No entan-to, a prática requer diversos cuidados para evitar a pro-liferação de Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue e da febre Chikun-gunya; e de outras doenças.

De acordo com o médico infectologista Rodrigo An-gerami, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devi-sa) da Secretaria de Saúde de Campinas, na eventualidade de haver o armazenamento de água, os recipientes utili-zados para estocagem devem ser adequados (tambores e caixas d’água, por exem-

Saúde alerta para cuidados com o armazenamento de águaDa redaçã[email protected]

plo) e mantidos fechados.“As temperaturas eleva-

das e o estabelecimento de potenciais criadouros podem propiciar uma maior capaci-dade de reprodução do mos-quito e, dessa forma, podem aumentar o risco de trans-missão das doenças”, expli-ca. A mesma recomendação é válida para caixas d’água, que devem ser teladas.

Para evitar as duas doen-ças, é preciso não permitir a proliferação do Aedes aegyp-ti. Para isso, alguns cuidados são essenciais: evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos devem ter a água trocada a cada dois dias. As caixas d’água e ou-tros recipientes usados para armazenar água devem ser vedados. Vasos sanitários que não estão sendo usa-dos devem ficar fechados.

A coordenadora da Vigi-lância Ambiental, Ivanilda

Mendes, lembra que, além da dengue, é preferível que a água para consumo huma-no (beber, cozinhar, tomar banho) seja da torneira. “A água que chega da Sanasa tem garantia de potabilida-de (própria para consumo). Use a água armazenada, pre-

ferencialmente, para outras finalidades, como para lavar roupas ou descarga”, explica.

Para que a água armaze-nada para consumo humano esteja em boas condições, é necessário observar alguns cuidados. “A água para consu-mo humano deve ser armaze-

nada em ambiente higieniza-do, fechado e à sombra. Nessas condições, ela deve ser consu-mida em até 48 horas”, explica.

A coordenadora ainda lem-bra que água obtida em minas não deve ser usada para con-sumo humano, pois nenhuma mina do município é potável.

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Página 8 Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015JORNAL DA CIDADE

O governo federal come-çou 2015 atacando nossos benefícios previdenciários em nome de um ajuste de contas que penaliza quem sustenta a economia do país. Poderia ter escolhido taxar as grandes fortunas, mas prefe-riu colocar em nossas costas

O ano começa com luta

medidas de austeridade, forçando uma crise irresponsável.Sindicatos, centrais sindicais e movimentos por

moradia, reforma agrária, qualidade nos transpor-tes e serviços públicos estão em posição de luta uni-ficada, para que o governo brasileiro seja pautado pe-los interesses do povo e não do capital especulativo.

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora, da qual o Unificados faz parte, integra a Frente pelas Reformas Popu-lares, formada por 26 entidades. O enfrentamento das pautas da direita na sociedade, no Congresso, no Judiciário e nos Go-vernos, a luta contra os ataques aos direitos trabalhistas, previ-denciários e investimentos sociais e também contra a repres-são às lutas sociais e o genocídio da juventude negra e pobre e periférica formam os eixos de luta neste próximo período.

No estado de São Paulo, a situação é ainda mais gra-ve. Enfrentamos um colapso no abastecimento de água causada pelo desgoverno do PSDB em 20 anos de ges-tão priorizando os lucros da Sabesp em prejuízo de nos-sos recursos naturais. A população paga contas eleva-das, é penalizada pelo racionamento enquanto a Sabesp nega-se a informar qual é o consumo que as empresas fazem da água. Tem se tornado cada dia mais eviden-te que é urgente mudar o modelo de desenvolvimento.

É neste contexto que a campanha salarial do setor farma-cêutico, que tem data base em 1º de abril, começa a ser pre-parada. O momento político e econômico pelo qual estamos passando exige mobilização da categoria para que nenhum direito seja retirado. Isso porque a crise anunciada pela mí-dia tradicional e as restrições aos benefícios previdenciários se traduzem em oportunidade para os patrões explorarem e lucrarem. A economia do país está sendo conduzida por uma lógica perversa. Com a alta rotatividade já existente, traba-lhadores serão jogados ao mercado de trabalho sem a pos-sibilidade de contar com o seguro-desemprego, só conce-dido a quem tiver permanecido um ano e meio empregado.

Sem apoio para recolocação, o trabalhador aca-ba se sujeitando a oportunidade precárias, baixos sa-lários, sem perspectiva de ascensão profissional. Não aceitaremos a retirada de direitos. Vamos à luta, enfren-tar governos e patrões que querem passar a conta da ir-responsabilidade a nós, trabalhadoras e trabalhadores.

Fale [email protected]

O TCE (Tribunal de Con-tas do Estado de São Paulo) divulgou ontem parecer que proíbe a prefeitura de Campi-nas de fazer repasse de paga-mento à SPDM (Associação Paulista para Desenvolvimen-to da Medicina), que admi-nistra o hospital Ouro Verde.

A determinação foi toma-da pelo conselheiro Antônio Roque Citadini, relator do processo que julgou as contas do convênio referentes aos anos de 2010 e 2011, ainda na gestão do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT).

Entre as falhas apontadas durante os dois anos há di-vergências em informações prestadas pela prefeitura e associação do montante re-passado, e atuação de fun-cionários da administração

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda e o uso dos antibióticos amoxicilina e rifamicina fabricados pela empresa EMS S/A. As deter-minações foram causadas por descumprimento de requi-sitos das normas sanitárias.

Foram proibidas a distri-buição, comercialização e uso de todos os lotes da amoxici-lina + clavulanato de Potássio 50 Mg/ML + 12,5 Mg/ML Pó Para Suspensão Oral, fabri-cados a partir de fevereiro de

TCE proíbe prefeitura de repassar verba

para Hospital Ouro VerdeDa redaçã[email protected]

Da redaçã[email protected]

municipal da unidade médi-ca sem controle da SPDM.

O conselheiro relatou também o não cumprimen-to de um plano de trabalho, metas estabelecidas no con-vênio e ressaltou que a ação popular de 2008, proibia a renovação de contrato entre o município e a associação.

O contrato de R$ 243,4 milhões entre prefeitura e SPDM foi renovado em ou-tubro de 2013 e termina em setembro deste ano. O repasse mensal é de cerca de R$ 10 milhões. A Secretaria Muni-cipal de Saúde informou que não irá se manifestar até que receba a notificação do TCE.

Hospital Ouro Verde no Campo Grande, Campinas

Anvisa proíbe venda de amoxicilina e rifamicina da marca EMS

2013. Além disso, a empresa terá que interromper a fabri-cação do remédio usado no tratamento contra infecções diversas e recolher os esto-ques existentes no mercado.

A decisão foi tomada após a constatação de que o medica-mento estava sendo fabricado com excipiente — substância presente nos medicamentos para dar características como volume, forma e consistência ao produto — diferente do que foi aprovado pela agên-cia reguladora. Além disso, os testes mostraram o uso de um insumo farmacêutico que estava sendo sintetizado de forma diferente do que cons-

ta no registro do remédio.Segundo a Anvisa, essas

mudanças, que não foram autorizadas, podem alterar o resultado final do produ-to. As medidas foram toma-das depois de uma inspeção realizada pela Anvisa e pe-las vigilâncias sanitárias do Estado de São Paulo e do município de Hortolândia.

Já a rifamicina 10 mg/ml teve a fabricação suspensa depois que o laboratório au-mentou o tamanho do lote em 10 vezes sem aprovação da Anvisa. O antibiótico é utili-zado em diversos casos, como em curativos e no tratamento de ferimentos e queimaduras.

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Página 9Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015 JORNAL DA CIDADE

A Sanasa iniciará em mar-ço a construção de cinco re-servatórios de água em Cam-pinas, aumentando assim a capacidade de reservação de água tratada no município. A ordem de serviço para o início das obras foi assinada na tarde desta sexta-feira, 6 de feverei-ro. Essas obras integram um conjunto de 23 reservatórios previstos para serem insta-lados até 2016 e fazem parte do pacote de medidas de en-frentamento da crise hídrica.

Os cinco primeiros serão construídos nos seguintes lo-cais: San Conrado, com ca-pacidade para 900 mil litros; Nova Europa (2 milhões de litros), João Erbolato (2.500 milhões de litros), São Vicen-

Campinas construirá cinco novos reservatórios de água tratadaDa redaçã[email protected]

te (3.500 milhões de litros) e DIC (2.600 milhões de litros), que já teve as obras iniciadas. Todos eles serão revestidos em aço vitrificado, que permite uma construção mais rápida.

Com recursos no valor de R$ 12.278.250,00 provenien-tes do PAC/FGTS, as obras serão executadas pelas empre-sas Melhor Forma e Consórcio Fluid-Ediza, que ficarão res-ponsáveis pelo fornecimento de materiais, equipamentos e mão-de-obra. O prazo de execução será de um ano.

Além destes, a Sanasa construirá outros 18, insta-lados nas seguintes regiões: Oziel (2 milhões de litros), PUC (3 milhões de litros), Ta-quaral (3 milhões de litros), Jambeiro (1 milhão de litros ), Jardim Conceição (2 milhões de litros), Amaraes (3 milhões de litros), Sousas (3 milhões de litros), Paranapanema (2 milhões de litros ), Santa Te-

rezinha (2 milhões de litros), Profilurb (2 milhões de litros), Real Parque (900 mil litros), Gargantilha (200 mil litros), Monte Belo (200 mil litros), Ponte Preta (6 milhões de li-tros), Morada das Nascentes (130 mil litros), Tanque de Contato ETAs 1 e 2 (6 milhões

de litros), Carlos Lourenço (3 milhões de litros) e Campo Grande (12 milhões de litros).

A execução dessas obras possibilitará uma autonomia de 12 horas de abastecimen-to. Hoje existem em Cam-pinas 67 reservatórios com capacidade total de 123.644

metros cúbicos. A meta é aumentar essa quantidade para 190 milhões de litros.

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Página 10 Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015JORNAL DA CIDADE

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Página 11Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015 JORNAL DA CIDADE

Teatro para crianças: Quarta- feira às 9h30 - investimento R$ 130Teatro jovens e adultos: Terça-feira às 20h e Sábado às 15h - Investimento: 1 vez por semana R$100 / 2 vezes por semana R$ 165Dança Improvisação adultos: Segunda-feira às 16h e Quarta-feira às 17h - Investimento: 1 vez por semana R$ 140 / 2 vezes por semana R$ 240Dança Contemporânea adulto: Segunda-feira às 18h - Investimento: R$ 140Dança para jovens (09 a 14 anos): Quarta-feira às 18h30 - Investimento: R$ 120Dança para criança (04 a 08 anos): Terça-feira às 9h30 e 16h – Investimento: R$130Som e movimento para crianças pequeninas (03 a 04 anos): Quarta-feira às 16h - Investimen-to: R$ 120Percussão para jovens e adultos (a partir de 15 anos): Segunda-feira às 18h30 - Investimento: R$ 130Curso de artes integradas para crianças (05 a 11 anos): Terça-feira (duas turmas) com au-las de percussão, dança e teatro com intervalo para lanche. Turma período da manhã (8h30 às 11h30) e turma período da tarde (14h às 17h). Investimento: R$ 320 valor mensal total / Cursos separados R$ 120

Cia. Tugudum abre inscrições para

cursos de dança

O Tugudum está com ma-trículas abertas para os cursos regulares de dança contempo-rânea, teatro, percussão e artes integradas. A escola funciona do bairro Jardim Santa Gene-bra e conta com profissionais

com larga experiência, inte-grantes da Cia. Tugudum, que atua há 16 anos, produzindo espetáculos e ministrando cursos. Os interessados po-dem agendar uma aula experi-mental para conhecer os con-

teúdos e dinâmica das aulas durante este mês de fevereiro. Mais informações e agenda-mento da aula experimen-tal, ligar para: 19 21214655 ou enviar e-mail para:[email protected]

A segunda parcela de re-cursos do Programa Dinheiro Direto da Escola (PDDE), do qual faz parte também o Pro-grama Mais Educação, com o qual são realizadas oficinas nas escolas, relativa a 2014, ainda não foi repassada às escolas públicas de educa-ção básica. Embora o Fundo Nacional de Desenvolvimen-to da Educação (FNDE) te-nha informado à Confedera-ção Nacional de Municípios (CNM), por ligação telefônica em dezembro, que a parcela seria paga na segunda quin-zena de janeiro, ainda não há previsão para esse pagamento.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, lembra que o atraso da transferência dos recursos do PDDE ocorre pela primeira vez desde a criação desse Programa, em 1995. “Até 2013, os recur-sos do PDDE foram pagos às escolas numa única parce-la, entre os meses de maio e junho de cada ano. Em 2014, o valor dos recursos devidos pelo programa foi dividido

Verba Federal para escolas públicas está atrasada desde 2014Não há previsão para o pagamento da 2.ª parcela do PDDE

em duas parcelas. Até agora, o governo federal transferiu apenas a primeira”, esclarece.

Para a CNM, esse atra-so demonstra o descaso do governo federal com a edu-cação básica pública, pois sistematicamente transfere re-cursos com atraso e não cum-pre previsões de pagamen-to anunciadas pelo FNDE.

Prejuízo à qualidade educacional

Ziulkoski reafirma a con-trariedade da entidade com esses constantes atrasos no repasse dos recursos da Edu-cação, que causam prejuízo à qualidade da oferta edu-cacional em todo o País. A entidade busca novamente explicações, por meio de ofí-cio encaminhado ao FNDE.

A Confederação renova a expectativa de que essa au-tarquia, responsável pelos re-passes dos recursos federais para o setor, proceda ime-diatamente o pagamento da segunda parcela em atraso.

Suzana Barretto

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Página 12 Edição 001 - 06 de fevereiro de 2015JORNAL DA CIDADE

A convertedora de emba-lagens Teruel vai aumentar a produção em Jaguariúna e inaugura sua nova planta em 2015. No momento em que o setor de embalagens apre-senta números negativos, a Teruel (Papeis Amália Ltda) vai aumentar a produção na fábrica de Jaguariúna e lançar novos produtos. Neste ano, a convertedora brasileira, que completa 45 anos, pretende produzir 17% a mais do que

Teruel ignora crise e aumenta produção de embalagensConvertedora espera atingir 17% de crescimento do volume entre março e o final de maioDa redaçã[email protected]

em 2014, quando o volu-me foi 7,64% maior que em 2013. A fabricante começa a comercializar nos dois pró-ximos meses uma moderna linha Ecológica de embala-gens e medias de comunica-ção de sua marca Greenpack.

Nesta terça-feira (3) a em-presa divulgou que comple-tou a transferência do centro administrativo e das impres-soras que ficavam em Campi-nas para um novo prédio em Jaguariúna, com um investi-mento de R$ 30 milhões na nova estrutura. Ainda neste

ano, a convertedora vai lançar novos produtos de sua exclu-siva linha Microdots, embala-gens de abertura controlada, na unidade de Jaguariúna. Também lança a linha de pro-dutos com impressão digital para ponto de vendas, que será implantada no primeiro se-mestre de 2015, na sua fábri-ca de Ouro Fino – MG, onde também foram realizados in-vestimentos de infraestrutura.

Dobrar capacidadeCom as duas fábricas em

operação, a Teruel vai dobrar a capacidade produtiva. O di-retor de desenvolvimento das fábricas de Jaguariúna e Ouro Fino, Nelson Teruel, afirmou: “Acreditamos no potencial de crescimento da marca e também em novos produtos para manter o aumento das vendas no País. A nossa pro-dução é voltada para atender o mercado interno e também para a exportação”, comen-tou. Nelson Teruel disse que, “a nova fábrica de Jaguariú-na, que entrou em operação completa no final de 2014, tem hoje capacidade instalada para crescer 60% de seu volu-me, mas as duas fábricas são flexíveis e com espaço para dobrar a produção de 2014”.

Nova Fábrica de Jaguariúna:O diretor-executivo ressal-

tou que ter a mais moderna e ecológica fábrica de embala-gens do país é uma das estraté-gias para garantir crescimento de vendas. “O aumento da ca-pacidade com a nova fábrica de Jaguariúna, com sua maior eficiência produtiva, também

são fatores para fortalecer a nossa competitividade”.

Questões estruturaisNelson Teruel revelou que

questões estruturais, como a falta de água e energia elétri-ca, preocupam o setor indus-trial. Ele ressaltou que a nova fábrica de Jaguariúna dá mais tranquilidade para a fabrican-te sobre o abastecimento des-tes insumos. “Quanto a água, não tivemos problemas. Te-mos poços artesianos e tam-bém fornecedores de água para uso industrial. Ainda as-sim, reforçamos os programas para o uso racional da água. Durante 2014 não tivemos

interrupções de produção por falta de energia, pois o com-petente grupo de geradores de energia da unidade garantem o funcionamento de todas as máquinas da fábrica”, e acen-tuou: “A fábrica é 100% au-tossuficiente nestes insumos.”

O diretor disse que a mar-ca vai ampliar a quantidade de regiões atendidas por re-presentantes e vendedores. “Hoje atendemos a maioria dos estados brasileiros, os países da América Latina, Caribe e América do Norte e vamos fechar este ano com mais homens de vendas em todas as regiões”, finalizou.

O diretor de desenvolvimento das fábricas deJaguariúna e Ouro Fino, Nelson Teruel