edema pulmonar
TRANSCRIPT
Edema Pulmonar Agudo
Aluno: Caio Ursine TimoDisciplina: Fisiologia IIProfessor: Andrés Marlon R. Paiva3º Período Medicina
Fisiologia Respiratória - Hematose
• É o processo de troca gasosa entre o sangue e o ar existente nos pulmões visando manter o equilíbrio.
• Ocorre por processo simples de difusão por meio de uma delgada membrana respiratória, a membrana capilar alvéolo-pulmonar.
Fisiologia Respiratória – Edema Pulmonar Agudo
• No EPA ocorre a transdução de liquido do capilar para o interstício, aumentando a distância entre alvéolo e o capilar, diminuindo a difusão.
EPA
• Considerado uma grave situação clinica, de muito sofrimento, sensação eminente de morte, que exige atendimento médico urgente.
• Há conseqüências fisiopatológicas, que decorrem do aumento de fluido nos espaços intersticiais e alveolares dos pulmões.
Caso Clínico
Homem de 88 anos de idade com edema agudo dos pulmões, choque cardiogêncio e novo sopro holossistólico de aparecimento recente
• Paciente, sexo masculino, procura atendimento médico por dispnéia intensa.
• Há relatos de visitas anteriores.
Fernando Eduardo Cordeiro Barreto; Jussara Bianchi Castelli
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Caso Clínico
• Dez anos antes sofrerá sincope pós-miccional noturna com traumatismo craniano e ferimentos diversos.
• Encaminhada ao centro médico, nessa ocasião já apresentava dispnéia de leve intensidade sem relação ao esforço físico. Não queixava de palpitações ou história de cardiopatia.
• Foi diagnosticado com sopro cardíaco durante toda a sístole de freqüência intensa, sendo encaminhado ao Instituto do Coração
Caso Cliníco
• No InCor, em Dezembro de 1989, foi realizado o exame físico que constatou:– Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)– Pulso Regular com freqüência de 76 bpm– Exame dos pulmões normal– Não havia edema em membros superiores
Caso Clínico - ECG
ECG – Sobrecarga de Ventrículo Esquerdo
• Indicadores:
– Alteração na repolarização ventricular em D1, V5 e V6
– Infra ou supra de ST e T negativa
Caso Clínico
• No eco cardiograma mediu a espessura dos septos e paredes do coração, fração de ejeção, e diâmetro da aorta e átrio esquerdo.
• Foi diagnosticado um prolapso da valva mitral
Caso Clínico
• No teste ergométrico, em Fevereiro de 1990, a FC passou de 94 bpm para 148 bpm no pico do esforço; Pressão arterial evoluiu de 142/102 para 206/104 mmHg.
• Após essa bateria de exames foi reafirmado o diagnosticado que o paciente tinha o prolapso da valva mitral e hipertensão arterial sistêmica.
• Houve acompanhamento irregular até 1992, sem muita adesão do paciente a medicação anti-hipertensiva.
Caso Clínico
• Em Junho de 1999, sete anos após a ultima consulta, o paciente procura atendimento médico por piora intensa na dispnéia e alteração na cor da urina.
• Exames laboratoriais indicaram niveis séricos de ureia 184 mg/dL e creatinina 2,1 mg/dL
• Detectado uma hipertrofia de rim esquerdo e na bexiga observou uma lesão vegetante, espessamento da parede vesical, e ainda no seu assoalho foi observado um coagulo sanguíneo.
Caso Clinico
• Houve melhora na dispnéia e o paciente teve alta com prescrição de:
– 75mg de Captopril
– 40mg de Furosemida
– 25mg de Clortalidona
– 1g de Ciprofloxacino
Caso Clínico
• Dez dias após a alta o paciente retorna ao atendimento médico com relato de piora intensa na dispnéia mesmo em repouso
• O exame físico revelou cianose labial e de extremidades, 50 incursões respiratórias por minuto, FC regular, PA inaudível palpada em 50mmHg. A ausculta pulmonar revelou estertoses crepitantes nos 2/3 inferiores de ambos os hemitorax. Exame do coração revelou batimentos irregulares e sopro sistólico mitral.
• Foi feito o diagnostico para Edema Pulmonar Agudo
Sintomatologia do EPA• Respiração curta com severa dificuldade respiratória
• Respiração estertorosa; pode-se escutar o borbulhar do ar no pulmão
• Cianose labial de extremidades
• Paciente não suporta ficar deitado, precisa sentar
• Batimento das asas do nariz
• Expectoração sanguinolenta e espumosa
• Radiografia de tórax pode mostrar o acúmulo de líquidos no pulmão
Radiografia Pulmonar
Caso Clínico - ECG
Caso Clínico - ECG
Caso Clínico
• Julho de 1999 em mais uma rotina de exames, foi detectado níveis séricos de uréia em 199mg/dL e creatinina 2,7mg/dL.
• Apesar do uso de drogas vasoativas, dobutamina e dopamina, o paciente continuou em choque e faleceu na madrugada do dia 10/07/99 com bradicardia seguida de assistolia.
Discussão
• Paciente de 88 anos internado com manifestações clinicas de Edema Pulmonar Agudo. Esse EPA pode ser resultado de:
– Infarto Agudo do Miocárdio ( IAM)– Hipervolemia secundário à insuficiência renal– Insuficiência Valvar Mitral Aguda– Tromboembolismo Pulmonar (TEP)
Discussão – IAM
• A favor do aparecimento do Infarto Agudo do Miocárdio temos:
– A idade do paciente, sendo que idosos podem apresentar isquemia silenciosa com manifestação de EPA
– Histórico de hipertensão arterial sistêmica
– Dados do ECG que indicavam supra desnivelamento de ST
Discussão – Insuficiência Renal
• A insuficiência renal crônica levou a hipervolemia, tendo assim influencia direta no EPA e no aumento da PA, levando ao quadro de hipertensão apresentado pelo paciente.
• A insuficiência renal pode ser comprovada através dos exames laboratoriais, ao analisar os níveis de uréia e creatinina.
Discussão – Insuficiência Valvar e TEP
• A favor de insuficiência valvar mitral aguda, temos o eco cardiograma pregresso com prolapso de valva mitral.
• Tromboembolismo pulmonar (TEP) também entra nas possibilidades diagnósticas, já que o paciente em questão era idoso e apresentava lesão vegetante com coagulo no assoalho da bexiga. O tromboembolismo pode induzir o aumento da permeabilidade vascular, causando o edema.
Tratamento
• Ação dos medicamentos utilizados:
– Furosemida e Clortalidona Diuréticos
– Captopril Inibidor da ECA
– Ciprofloxacino Antibiótico bactericida quinolônico
– Dobutamina e Dopamina Drogas Vasoativas
Radiografia Pulmonar
Exames Complementares• Raio X, nos casos de EPA deve aparecer partes “esbranquiçadas”, indicando
o acumulo de liquido.
• Gasometria, deve haver alteração de PH e gases sanguíneos, sendo diretamente proporcional a gravidade do quadro clínico.
• Eletrocardiograma, pode apresentar:– Taquicardia sinusal– Alteração na repolarização ventricular– Sobrecarga Atrial e Ventricular Esquerda
• Ecocardiograma, identificar deficiênia valvar.
• Medir níveis de Uréia, Creatinina e Proteínas totais.
Outras Vias de Tratamento
• Oxigenação imediata por máscara de Venturi; Em casos de maior gravidade é recomendável a intubação oro traqueal, visando combater a hipoxemia.
• Uso de Morfina, reduz resistência periférica e retorno venoso, sendo o sangue redistribuído dos pulmões para todo o corpo, diminuindo o pressão nos capilares e extravasamento de liquido
• Hemodiálise de Urgência, se o tratamento com diurético para o insuficiência renal não for eficaz.
Etiologias do EPA• Cardiogênico ou Hemodinâmico
– Cardiomiopatia– Deficiência Valvar– ICC
• Alteração na permeabilidade alveolo-capilar– Pneumonia– Inalação de substâncias tóxicas– Reação de hipersensibilidade
• Desequilibrio nas forças de Starling
• Etiologia Desconhecida– EPA em grandes altitudes– EPA Neurogênico
• Insuficiência Linfática
REFERÊNCIAS
• DOUGLAS, C. R. Tratado De Fisiologia Aplicada As Ciencias Da Saude. 5 Ed. Sp. Robe Ed Belman Ed. Imp. Exp. 2002.
• GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara Koogan, 2002
• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005001700013&lang=pt
• http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=18312&LangType=1046
• http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_eap.htm• http://www.fmrp.usp.br/revista/
2003/36n2e4/6_edema_pulmonar_agudo.pdf