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Porto Alegre, janeiro de 2012 - 2 a quinzena Ano XVII - Edição N o 602 - R$ 2,00 IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO N o 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS www.jornalsolidario.com.br Os telefOnes dO JOrnal Solidário: (51) 3211.2314 e (51) 3093.3029. e-mail: sOlidariO@pOrtOweb. cOm.br expediente externO dO Solidário nO mês de JaneirO de 2012: das 8h30min às 12h30min Leitor assinante Ao receber o doc, renove a assinatura: é presente para sua família. No Banrisul, a renovação pode ser feita mesmo após o vencimento. E se não receber o jornal, reclame, trata-se de serviço terceirizado. Fones: (51) 3211.2314 e (51) 30.93.3029. "Se sua visão for para um ano, plante trigo. Se sua visão for para dez anos, plante árvores. Se sua visão for para uma vida inteira, plante amores." (Provérbio judaico) Falta de conhecimento mínimo sobre a mecânica celeste e um certo calendário Maia, condimentados com a prática de jornalismo sensacionalista, que quer ver o circo pegar fogo com objetivos comerciais, voltam a assustar incautos. O fim do mundo em 2012 habita o imaginário popular. E talvez leve algumas pessoas ao desespero ou até ao suicídio. A ciência já provou que tudo isso é ficção: não existe o tal planeta Niburu ou similar, não existe alinha- mento solar com galáxia. Ou melhor: esse alinhamento se dá há bilhões de anos, em todos os dias 21 de junho e 21 de dezembro. Isso as páginas da internet não revelam. E, antes e acima de tudo, “nem os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas somente o Pai sabe o dia e a hora” (Mateus 24,36). Mais reflexões nas páginas 2, 4 e centrais Judia convertida ao catolicismo e fundadora da Congregação da Ca- ridade Social, presente na Áustria, Alemanha, Itália, Hungria e Brasil, Hildegard Burjan (foto) será beati- ficada em 29 de janeiro corrente em Viena. Página 9 Hildegard Burjan, uma santa para nosso tempo Mais automóveis, menos educação As montadores brasileiras ainda comemoram a venda de 3,426 mi- lhões de automóveis e comerciais le- ves só em 2011. Na proporção inversa do abarrotamento de vias urbanas e estradas, parece haver encolhimento da consciência e educação dos que estão ao volante. Até quando? Papa nomeou Dom Remídio Bohn bispo de Cachoeira do Sul A nomeação ocorreu em 28 de dezembro último e Dom Remídio substituirá a Dom Irineu Wilges. Página 11 Imagens: Divulgação / Montagem: Solidário

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Jornal Solidario

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Porto Alegre, janeiro de 2012 - 2a quinzena Ano XVII - Edição No 602 - R$ 2,00

IMPRESSO ESPECIALCONTRATO No 9912233178

ECT/DR/RSFUNDAÇÃO PRODEODE COMUNICAÇÃO

CORREIOS

www.jornalsolidario.com.br

Os telefOnes dO JOrnal Solidário:

(51) 3211.2314 e (51) 3093.3029.

e-mail:sOlidariO@pOrtOweb.

cOm.br

expediente externO dO Solidário nO mês de JaneirO de 2012:

das 8h30min às 12h30min

Leitor assinanteAo receber o doc, renove a assinatura: é presente para sua

família. No Banrisul, a renovação pode ser feita mesmo após o vencimento. E se não receber o jornal, reclame, trata-se de serviço terceirizado. Fones: (51) 3211.2314 e (51) 30.93.3029.

"Se sua visão for para um ano, plante trigo. Se sua visão for para dez anos, plante árvores. Se sua visão for para uma vida inteira, plante amores." (Provérbio judaico)

Falta de conhecimento mínimo sobre a mecânica celeste e um certo calendário Maia, condimentados com a prática de jornalismo sensacionalista, que quer ver o circo pegar fogo com objetivos comerciais, voltam a assustar incautos. O fim do mundo em 2012 habita o imaginário popular. E talvez leve algumas pessoas ao desespero ou até ao suicídio. A ciência já provou que tudo isso é ficção: não existe o tal planeta Niburu ou similar, não existe alinha-mento solar com galáxia. Ou melhor: esse alinhamento se dá há bilhões de anos, em todos os dias 21 de junho e 21 de dezembro. Isso as páginas da internet não revelam. E, antes e acima de tudo, “nem os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas somente o Pai sabe o dia e a hora” (Mateus 24,36). Mais reflexões nas páginas 2, 4 e centrais

Judia convertida ao catolicismo e fundadora da Congregação da Ca-ridade Social, presente na Áustria, Alemanha, Itália, Hungria e Brasil, Hildegard Burjan (foto) será beati-ficada em 29 de janeiro corrente em Viena.

Página 9

Hildegard Burjan, uma santa para nosso tempo

Mais automóveis, menos educaçãoAs montadores brasileiras ainda

comemoram a venda de 3,426 mi-lhões de automóveis e comerciais le-ves só em 2011. Na proporção inversa do abarrotamento de vias urbanas e estradas, parece haver encolhimento da consciência e educação dos que estão ao volante. Até quando?

Papa nomeou Dom Remídio Bohn bispo

de Cachoeira do SulA nomeação ocorreu em 28 de dezembro

último e Dom Remídio substituirá a Dom Irineu Wilges.

Página 11

Imagens: Divulgação / Montagem: Solidário

Janeiro de 2012 - 2a quinzenaA RTIGOS 2

Fundação Pro Deo de Comunicação

Conselho DeliberativoPresidente: Agenor Casaril

Vice-presidente: Jorge La RosaSecretário: Marcos Antônio Miola

CNPJ: 74871807/0001-36

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo

Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e

Ir. Erinida GhellerSecretário: Elói Luiz ClaroTesoureiro: Décio Abruzzi

Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

RedaçãoJorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS

Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RSRevisão

Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários)

Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes

Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282

Porto Alegre/RSFone: (51) 3093.3029 – E-mail:

[email protected]

Conceitos emitidos por nossos colabora-dores são de sua inteira responsabilidade,

não expressando necessariamente a opinião deste jornal.

Conselho Editorial Presidente: Carlos AdamattiMembros: Paulo Vellinho,

Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS

Editora Adjunta Martha d’Azevedo

EditorialVoz do Pastor

Dom Dadeus GringsArcebispo Metropolitano de P. Alegre

Ao longo dos tempos a huma-nidade ocidental construiu uma sólida união entre fé e

política. Expressava-se pelo regime de Cristandade. Tinha, na Idade Média, como estrutura, a Igreja, representando a maternidade e o Império, como função paterna. A Universidade de Paris, com seus luminares teológicos, servia de ins-piração para ambos. Em outras pa-lavras, estavam à frente dos destinos da humanidade, respectivamente, o Papa, o Imperador e os Teólogos.

No século XVIII rompeu-se esta estrutura. Sua marca foi a Revolução Francesa de l789. Assim como Copér-nico é considerado corifeu da Revolu-ção cosmológica, Robespierre o é da Revolução política. Não só decidiu abolir oficialmente, através de uma Assembleia constituinte francesa, o Cristianismo, como também eliminar, pela guilhotina, as vidas humanas, consideradas estorvo para os novos ideais. O próprio Roberpierre, porém, ao culminar a matança da população inerme, acabou sua vida na mesma guilhotina. Guindara-se a uma altura que lhe foi fatal. Deu mais importân-cia às ideias que à vida. E pagou caro por isso.

A ruptura entre política e religião, que, entre os cristãos, se configurou como separação entre Igreja e Estado, no mundo islâmico entre governo esta-tal e orientação dos aiatolás, forjou os Estados laicos. Começou-se a falar em laicidade do Estado. A religião ficaria confinada ao âmbito das consciências ou às sacristias.

Num primeiro momento, a Revo-lução Francesa não se contentou em confinar a religião à sacristia. Tentou aboli-la por completo, extirpando-a do convívio humano. A Constituinte da Revolução francesa decretou nada menos do que a própria extinção do Cristianismo. Mas, como não fora ela que o fundara, seu decreto não só caiu no vazio, como serviu de chacota para a posteridade, à semelhança da

A Revolução PolíticAdecisão de Juliano Apóstata, que man-dou cunhar, no século IV, uma moeda imperial em homenagem ao “nome cristão destruído”. Quando mortal-mente ferido na infeliz guerra contra os partas, teve que exclamar: “venceste, ó Nazareno!”

Mas a Revolução política que, na França, quis “altar e trono destruídos”, chegou à sua síntese numa nova visão, agora irreversível, de separação entre Religião e Política. Garante assim a liberdade religiosa dos cidadãos. A laicidade do Estado não significa elimi-nação ou menosprezo de um pelo ou-tro. É, pelo contrário, garantia de uma Igreja livre num Estado livre. Cada cidadão tem direito a professar não só individualmente mas também em comunidade sua religião; e cada nação, pela liberdade religiosa de seus súditos, garante-lhe sua livre expressão.

Neste sentido, a Revolução política, ao separar Igreja e Estado, representa um considerável avanço para ambos. Não basta, porém, garantir a separação, com o reconhecimento da existência e autonomia de ambos. É preciso chegar a um acordo nas questões que lhes di-zem respeito. Os cidadãos do Estado são também fieis da Igreja e vice-versa. No Brasil, dizemos que somos fieis católicos e entusiastas patriotas, pro-curando cada um aprimorar-se tanto na vida cristã como no compromisso patriótico, ou seja, viver como bom católico e bom brasileiro, ao mesmo tempo membro da Igreja e cidadão do Estado.

É certo que o Estado é e deve continuar oficialmente laico. Não professa explicitamente nenhuma fé religiosa. Nem ateia, ou seja, não se pode posicionar contra a religião. A sociedade, que se organiza no Estado, é profundamente religiosa. Os cidadãos têm fé. Devem não só ser respeitados como também verem reconhecidos seus direitos de associação religiosa e, mais especificamente, sua atuação pública como Igreja.

"Quanto àquele dia e hora, porém, ninguém tem conhecimento, nem os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas somente o Pai

(Mateus 24,36). Para quem se diz cristão e crê na Palavra de Jesus, esta é a única “profecia” válida sobre o fim dos tempos ou fim do mundo; tudo o mais são hipóte-ses, adivinhações, charlatanice de espertos, afirmações “engana bobos”. Apenas uma coisa é certa, confirmada pela ciência e pela palavra de Jesus: nossa Terra, assim como se formou, “nasceu” ou foi criada há milhões de anos, um dia vai acabar, vai morrer, vai desaparecer. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Mateus 24,35; Marcos 13,31).

Discursos apocalípticos, que anunciavam o fim imi-nente do nosso planeta, sempre houve, levando milhares de pessoas ao desespero e até mesmo ao suicídio. O teó-logo Antonio Mesquita Galvão nos ajuda na compreen-são mais “palatável” do que aguarda a humanidade. Diz ele que... A grande questão sobre o fim do mundo gira sob dois eixos. Haverá uma catástrofe, como preconiza a apocalíptica judaica ou uma profunda transformação, como afirma a hermenêutica bíblica de “novos céus e nova terra”? O fim do mundo não é de destruição da vida e do cosmos, como preconizou Nostradamus para 1999 (que acabou não ocorrendo, claro!), mas uma restauração do que está em desacordo com o projeto de Deus. Por ser obra de Deus, o mundo, para glorificá-lo, precisa ser transformado. Quando ocorrer o fim de nosso mundo, de nossa história pessoal, Deus nos dará viver a vida plena (páginas centrais).

O que repugna e revolta é como os meios de co-municação em geral incentivam a idéia da “catástrofe final” com fins muito conhecidos: o lucro. Literalmente, querem ver o “circo pegar fogo” para vender o produto “fim do mundo” para seus ingênuos consumidores, inocentes úteis que dão um belo retorno econômico. O bem não vende, o gesto solidário não vende, a justiça não vende, as relações honestas não vendem, a vida não vende; para as mídias, o que vende é o mal, a violência, as traições, as catástrofes, a morte!

O que entristece e igualmente revolta é quando se veem grupos, igrejas e movimentos religiosos que fazem do mal, do pecado, da ira de Deus, da destruição final o conteúdo de seus discursos, de suas pregações. Muitas vezes, com a Bíblia na mão, transformam a Palavra de Vida do Senhor Jesus, em ameaças de morte, visando, também, o retorno econômico, através de “doações dizi-mistas” ou outras formas de coação de seus seguidores, numa chantagem religiosa da pior espécie.

Importa viver o dia de hoje de mente e coração abertos para acolher o Senhor Jesus que vem a nós em cada irmão, em cada irmã de caminhada. ([email protected])

Lucrando com a "catástrofe finaL"

Janeiro de 2012 - 2a quinzena FAMÍLIA &SOCIEDADE 3

Civilizados ou brutos?No contato com famílias, ouço um rosário

de fatos que me deixam reflexiva: mãe batendo no rosto da filha adolescente; ódio de quem tem credo político diferente; marido mandando mulher embora, já que a casa lhe pertence; tapas, gritos e anorexia, por motivo de ciúme; confidências atira-das na cara do outro, por vingança; brigas porque ela dá maior importância às opiniões de seu pai; amante, ou suposta amante, invadindo família de rival, por e-mail e outras tantas violências.

E vêm-me à mente as teorias do velho Freud: o processo civilizatório consiste em controlar os impulsos básicos – agressividade e sexualidade – e buscar expressá-los de modo socialmente aceitável.

Pergunto-me, então: Estamos mais próximos do lado civilizado ou do bruto? Apesar do veloz avanço da tecnologia, no que tange à capacidade de conviver com os outros, parece que giramos tempo demais em torno do extremo da brutalidade. Recaímos em violência física, ética e psicológica.

Amar, odiar ... ser “pavio curto” é algo que se aprende

Sabemos que são as experiências que a crian-ça tem com os adultos que vão determinar, em grande parte, o tipo de relacionamento que ela vai estabelecer com as outras pessoas. O ponto de partida do desenvolvimento de comportamentos adequados ou inadequados, diante dos outros, é a interação que se estabelece entre a criança e sua mãe/pai, ou a pessoa adulta que toma conta dela.

Amar, ser raivoso, grosso, invejoso, educado e gentil é algo que se aprende. É provável que esteja nos faltando, e muito, a determinação, o esforço e o “exercício diário” para um inteligente controle de nossas emoções, permitindo-nos expressá-las somente em função da felicidade.

O descontrole de emoções e sentimentos inviabiliza o convívio em sociedade. E o descon-trole constante é responsável por doenças físicas e psicológicas.

Segundo investigadores, apenas 15% da feli-cidade provém dos bens e de fatores financeiros e 85% resulta de elementos como o controle sobre a vida e as boas relações pessoais.

O controle das emoções é condição para uma vida

prazerosa e felizDeonira L. Viganó La Rosa

Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia

As emoções não são determinadas pelas circunstâncias, mas pelo que está acontecendo no íntimo da pessoa frente àquelas circunstâncias. Uma lista quase infinita de emoções, como alegria, tristeza, raiva, inveja, medo, paixão..., são

fundamentais para a vida, porém, a falta de controle das mesmas é tão grave quanto a sua inexistência.

Emoções devem ser reprimidas?

Não falamos que você deve bloquear suas emoções e sentimentos. Na dose certa, eles são fundamentais à saúde da personalidade. Falamos de “descontrole”. O termômetro de que uma emoção, por exemplo a raiva, passou da medida é quando você tem explosões inadequadas por um motivo que mereceria um simples aborrecimento. No trabalho, esqueceram-se de enviar uma corres-pondência, pronto, você reivindica a cabeça do negligente. Se o marido deixa a porta do armário aberta, você sai à caça para xingá-lo. Por que isto faz tanto mal a você? Você já se indagou?

Quatro práticas que auxiliam no controle das emoções:Não existem fórmulas mágicas nem técnicas

simples que possibilitem ao homem o do-mínio de suas emoções. Existem métodos que auxiliam. Como os que vêm a seguir.

O mais poderoso método para se obter um comando sobre as emoções é a Medi-tação. Ela levará o EGO a encontrar sua morada calma e a tomar posse serenamen-te do cérebro e dos nervos repousados.

Outro método é o de refletir antes

de falar. O homem que aprendeu a controlar seu discurso conquistou todas as coisas, dizem anti-gos orientais. Ter medo do silêncio é indício de fraqueza da mente.

Um terceiro método é o de refrear a ação im-pulsiva. A pressa no agir é característica da mente moderna. Quando consideramos calmamente a vida, reconhecemos que não existe necessidade de pressa, sempre existe tempo suficiente. Se fizermos um treinamento para pensarmos antes de agir, não haverá ato às cegas ou irrefletido.

Por último, podemos modificar o comporta-mento através do processo terapêutico. A Psico-terapia leva a conscientizar as situações em que as emoções surgem e ajuda a criar novos com-portamentos que impeçam de sentir determinada emoção em situações futuras idênticas. Note que falamos em mudança de comportamento e não de reações fisiológicas que são impossíveis de con-trolar. ([email protected])

apaixonarse.com(Imagem modificada eletronicamente)

Janeiro de 2012 - 2a quinzenaO PINIÃO 4

refLexão necessáriaVictor José Faccioni

Jornalista, contabilista, economista e advogado

O Natal e o Ano Novo constituem importantes momentos, dos que se renovam em nossa existên-

cia, e que devem servir não apenas para confraternização com a família e amigos, nas Festas Natalinas e de fi-nal e início de um novo calendário. O reacender de novas esperanças, não esquecendo das necessárias reflexões sobre erros e acertos do ano que finda, e de revisão de posições e disposi-ção para os desafios do ano a iniciar.

Creio mais fácil tal reflexão para os que têm espiritualidade e fé na crença de um Deus verda-deiro e justo, Pai primeiro de toda a humanidade; infalível na sua justiça e amigo de todos, e que, de cada um só exige a recíproca da amizade pa-ternal, com que ele trata a cada um dos que com ele sabem tratar.

O dr. Henry Cloud, autor de mais de vinte livros, que já venderam mais de quatro milhões de exemplares, em sua publicação, intitulada “O Segredo de Deus”, diz querer revelar os tesou-ros guardados para cada um de nós. Para você! Obra publicada pela Editora Planeta. Busca nas Sagradas Escrituras a luz para desvendar os ca-minhos para uma existência melhor. Mostra que “os bons relacionamentos dependem de se ter as habilidades para criá-los”, e que os nossos pensa-mentos afetam nossa maneira de sentir. Procura nos mostrar que “uma vida boa não depende de boas circunstâncias”, e que “a confiança é a chave que abre a porta para as bênçãos”. Por isso mesmo, “a confiança mal aplicada abre a porta para a infelicidade”. Ele nos mostra o quanto nossos pensamentos criam nossa vida. Ou seja, “seus pensamentos criam sua vida, boa ou ruim”.

Importante, a orientação que procura nos incutir, na ideia de que Deus não é apenas um Pai, mas mais que isso, um verdadeiro e leal amigo, que de cada um de nós só exige a recí-proca amizade. Ou seja, que também sejamos seu amigo. E como bom amigo, conversemos com Ele a toda hora possível, e quantas vezes se puder.

Sendo assim, ninguém que se disponha a ter bom amigo, e melhor amigo, poderá se queixar de não tê-lo, a não ser por culpa própria, de não se dispor de dizer a ele de que quer sua amizade.

Tenho muitos amigos descrentes, ateus, sem a espiritualidade dos que creem, e não vejo ne-les maior ou igual exteriorização de felicidade quanto aos que creem e procuram praticar sua Fé. Agora aposentado, diante da compulsória dos 70 anos, que nos manda para casa do Serviço Pú-blico, passo a ter algum tempo mais para pensar, meditar e refletir sobre as circunstancias da vida. Mas, como meu primeiro curso, foi de Contabi-lidade, cedo aprendi a fazer os balanços, desde o mensal, do semestral e em especial o anual. Como tivemos recentemente a mudança de ano, é hora de preparar o balanço, mas também de se esboçar um planejamento para o estilo de vida que se quer e se pode levar para o ano. Afinal, se o Natal é a lembrança de Jesus Cristo que veio para nos salvar, que nos abençoe para termos um Bom Ano para todos! Feliz Ano Novo!

Carmelita Marroni AbruzziProfessora Universitária e Jornalista

Desde que me conheço por gente, fala-se em fim do mundo. Sempre surgiram profetas e videntes de

todos os gêneros que anunciam datas e, até, horas, para o "infausto" acontecimen-to! Bem, jamais acreditei ou me preocupei com tais boatos. De que adianta a gente se preocupar? Se o fim do mundo vier, se uma galáxia bater na terra, se a terra ex-plodir, o que cada um de nós pode fazer?

Assim, é melhor seguirmos com nossas atividades normais. Isto me lembra a passagem da vida de um santo a quem perguntaram algo como o que ele faria se soubesse que iria morrer amanhã, e ele respondeu que continuaria a cultivar suas plantas, o que fazia no momento. Na realidade, é bom que o homem moderno tenha algumas preocupações com o futuro do mundo. João Paulo II, na sua primeira encíclica, dizia: “O homem moderno tem medo. E de que ele tem medo?”

E respondia: “Tem medo das coisas que ele mesmo criou.”

E acrescentava que tais coisas poderiam ocasionar uma inimaginável destruição.

Então, é melhor pensarmos em tudo isto, para que o fim do mundo não ocorra pelas criações do homem.

Estamos exaurindo os recursos da terra, poluímos o ar, com emissões de gás carbônico e as águas com produtos químicos e pesticidas. Comemos comida envenenada.

Ao lado disso, criam-se armas de destruição cada vez mais potentes; a energia atômica, idealizada para

o homem e o fim do mundoservir a humanidade, tem causado incríveis desastres e mortes e é matéria prima para armas de destruição de massa. Não será preciso, pois, enumerar tudo o que está acontecendo e que, com certeza, pode acelerar o fim do mundo ou, pelo menos, do planeta terra.

Além disso, o homem está invertendo sua escala de valores: quando se gasta uma fortuna em comidas e roupas especiais para cachorro, quando se gasta milhões em luxuosas festas e transporte de convidados em jatos e helicópteros e se deixa seres humanos morrerem em longas filas de hospitais, esperando meses ou anos por uma cirurgia que poderia salvá-los, quando velhos morrem à míngua em asilos sujos ou crianças crescem sub-nutridas, será que precisaríamos pensar em outras causas para o fim do mundo?

Talvez fosse melhor nos concentrarmos em me-lhorar as condições de vida, hoje, no que está ao nosso alcance, ocupando melhor nosso tempo, ao invés de pensarmos no que a mídia joga em cima de nós. Não faltam os falsos profetas e outros arautos que desejam ter os seus famosos “15 minutos de fama”. Que eles os tenham, tudo bem. Mas nós, seres inteligentes, não vamos “embarcar nessa canoa”.

São João, no seu Evangelho, nos fala do fim dos tempos, mas não creio que haja previsão para isso.

Esses alvoroços e profecias são comuns em cer-tos fins de ano, quando a combinação de números se presta para isso. É preciso distrair a atenção do povo de outras questões mais importantes! Mas nós, cristãos conscientes, sabemos que tudo isso é fanta-sia. Tratemos, pois, de fazer nossa parte num mundo que clama por amor e solidariedade. Deixemos os acontecimentos nas mãos de Deus, porque certamente será Ele quem marcará a data para o tão propalado acontecimento que, talvez, ainda esteja muito distante. ([email protected])

Marta Fernandes de Sousa Costa Escritora

A amiga perguntou, entre surpresa e escandalizada: “Mas a Casa de Santo Antônio do Menor não é uma

ONG, é?” Colocou ênfase no “é?”, como quem deseja, mais que tudo, receber um “não” em resposta. Entendi a sua perple-xidade: as ONGs são tão mal faladas, por tudo que algumas aprontam, que é natural o receio de ser confundida com aquelas.

Mas ONG é sigla de “Organização Não governa-mental”, nome atribuído a toda associação não perten-cente ao governo, formada por um grupo de pessoas, com um propósito em comum e sem fins lucrativos. Não há desdouro nenhum em ser ONG, portanto. Ao contrário, pertencer a uma ONG, contribuir para o seu desenvolvimento, em qualquer forma, é próprio de pessoas que se interessam pelas outras, compreendem as dificuldades alheias e lutam para minorá-las.

Há ONGs que se dedicam ao trabalho com a ve-lhice, outras se voltam à infância marginalizada ou aos jovens reféns das drogas; algumas se preocupam com crianças e jovens com necessidades especiais; outras ensinam os passos para abandonar o vício da bebida. ONGs mobilizam a sociedade em campanhas para distribuir entre os menos favorecidos o alimento que sobra em muitas mesas, a roupa esquecida no armário, o brinquedo (em bom estado) que deixou de agradar. Muitas cuidam da saúde e da proteção à natureza; dedicam-se a pesquisas na área da Medicina.

ONGs fazem o trabalho que pertenceria ao Esta-do e que o Poder Público, seja Federal, Estadual ou Municipal, sozinho, não consegue realizar. ONGs são importantes, portanto, e seu desempenho imprescindí-

PARA você sAbeRvel. Por isso, em algumas situações de risco, o Estado pede o auxílio de determinadas ONGs para prestar, de forma mais ampla, determinado atendimento. Em outras ocasiões, são as ONGs que solicitam a parceria do Estado, através de verbas que possibilitem melhorias no atendimento ao público visado.

Em quaisquer dessas circunstâncias, projetos são apresentados, contratos assinados, prestações de contas entregues mensalmente, além de o trabalho ser visto-riado, proporcionando ao Estado a certeza de que a verba está sendo usada de forma correta e para os fins que foi prevista.

Acontece que, enquanto as pessoas honestas cum-prem à risca o combinado, fazendo até mais do que foi acertado, outras são especialistas em “meter a mão” no que lhes foi concedido para gerenciar. E são essas ONGs de má fé que atrapalham a vida das idôneas, pro-vocando perguntas como a da amiga, desejosa de que a Casa de Santo Antônio do Menor não fosse uma ONG. Só que ela é, com muito orgulho, ciente de que é uma honra ser antiga creche, alçada à condição de escola de educação infantil, por convênio firmado com o Governo Federal, reconhecido seu trabalho com crianças que não teriam acesso aos bancos escolares, sem a existência de entidades sem fins lucrativos como essa.

A revista VEJA, na edição de 9 de novembro de 2011, mostrou que as ONGs “do mal”, como aquelas que minaram os Ministérios do Esporte e do Turismo, embora em flagrante minoria, fizeram às outras enorme desserviço, por mancharem seu nome, perante a mídia. Qualificou como enorme injustiça o atendimento que todas passaram a receber, inclusive por parte do Poder Público.Mas as organizações não governamentais idô-neas, aquelas com endereços conhecidos, portas abertas para serem visitadas, anos de atendimento comprova-do e qualificado, não receiam ser reconhecidas como ONGs, pela certeza de que a comunidade reconhece e aprecia o seu trabalho. ([email protected])

Janeiro de 2012 - 2a quinzena EDUCAÇÃO &PSICOLOGIA 5

A fragmentação da famíliaOutro elemento a ser considerado é a frag-

mentação da família. Nos Estados Unidos, onde existem estatísticas, nos anos de 1950 80% das crianças viviam em lares compostos por famílias nucleares completas, ou seja, pai, mãe e filhos con-vivendo no mesmo teto; no final dos anos 80 essa porcentagem caiu para 12%. Essa decomposição familiar implica perda de autoridade da família, que com outros fenômenos gera uma verdadeira "crise da infância", e que envolve de algum modo o horror das crianças de enfrentar sozinhas o perigo e o futuro. Pode-se dizer que o futuro das crianças influenciadas pela propaganda e por brinquedos, videogames, filmes, desenhos animados produzi-dos por corporações orientadas exclusivamente pelo lucro é sombrio. Bonecas, cards, Power Rangers, ficção de terror e desenhos animados são objeto de crítica aguçada de especialistas que denunciam as conexões desses ícones da cultura pop com um consumismo sem compromisso com a política e desesperançado - expressão de falta de perspectiva, que chega a ser entediante.

Cultura infantilPode-se falar, portanto, de uma "cultura in-

fantil" produzida por corporações que produzem artefatos dirigidos às crianças. Essa cultura parece estar substituindo a família, a escola e a Igreja na educação dos “baixinhos”. O tema não é novo e vem à tona cada vez que um jovem de classe média dos Estados Unidos ataca com bombas de fabricação caseira ou com armas seus colegas e professores em alguma escola de subúrbio, perturbando a paz no país - um indicador de que nem todos os perigos vêm do Oriente. No Brasil, também, nos últimos tempos ficamos sabendo de agres-sões e tentativas de homicídio de alunos tendo por alvo professores ou colegas. A infância vista como um período inocente e protegido pela sociedade está em crise, já que a própria sociedade, através dessas corporações, disponibiliza artigos de consumo responsáveis por uma verdadeira crise da infân-cia que gera insegurança e produz

Cultura infantil e crise da infância

Jorge La RosaProfessor universitário, doutor em Psicologia

Os pais estão monitorando o que seus filhos consomem em termos de cultura?Como as crianças reagem à falta de perspectiva quanto ao futuro que se encontra nos desenhos animados que en-chem seus olhos e matizam suas emoções? E que os pais julgam inocentes e próprios para a idade? Como elas se

posicionarão diante das discriminações raciais e também de gênero expressas nos filmes da Disney? Estarão as crianças infensas ao bombardeio de violência desenfreada dos videogames que elas absorvem desde tenra idade? A influência dos

modelos é coisa do passado? Quais os significados associados às inúmeras versões da Barbie, tão almejadas pelas meni-nas? E, finalmente, de que maneira o McDonald´s, representando valores referentes aos Estados Unidos, veio moldar o coti-

diano de crianças do mundo inteiro, aí estabelecendo uma colonização cultural, início de outras colonizações?

violência. É preciso abrir os olhos para o que as crianças consomem em termos de brinquedos e programas televisivos, produzidos por uma in-dústria cultural preocupada exclusivamente com o lucro, sem preocupação ética e educacional.

Para além das denúncias, contudo, é preciso pensar em formas alternativas de programas tele-visivos para crianças, e, também, em brinquedos não como instrumentos de violência e destruição,

mas como mediadores do lúdico e do gratuito e do desenvolvimento de formas altruístas de sociabilidade.

Toda essa temática está analisada no livro da Editora Civilização Brasileira "Cultura Infantil - A Construção Corporativa da Infância", orga-nizado por Shirley R. Steinberg e Joe Kincheloe, publicado originalmente nos Estados Unidos (416 págs.).

Mário Alberto Trejo/sxc.hu

Indústria cultural preocupa-se apenas com o lucro deixando de lado a ética e a educação

Janeiro de 2012 - 2a quinzenaTEMA EM FOCO 6

Ninguém sabe o dia e a hora

Segundo a tradição, São Luiz Gonzaga foi questionado enquanto criança, sobre o que faria se soubesse que morreria no dia seguinte. Sua resposta foi: “Continuaria brincando”. É preciso entender que a pre-ocupação maior está em viver o presente, conforme os ensinamentos de Jesus Cristo, pois “ninguém sabe o dia, nem a hora”. (Arquiteta Nilza Colombo)

2012: profecias e superstições “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de

Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mat. 24:36-37).

Do humorado deboche ao temor. Do total ceticismo a crendices e superstições. E, como meios termos, algumas reflexões fundamentadas em informações científicas.

Esses são, em resumo, os conteúdos das centenas de páginas na in-ternet sobre as ‘profecias’ apocalípticas, cataclismos planetários e fim do mundo – apimentadas por certa mídia, sabe-se lá com que interesses – do ano de 2012. Especulam especialmente sobre o 21 de dezembro, data que é considerada o final de um ciclo de 5.125 anos do Calendário de Contagem Longa Mesoamericano.

De tempos em tempos, o homem, em busca de sentido de vida – ou de falta de sentido – parece querer achar explicações em teorias apoca-lípticas. E, assim, como alguns ‘profetas” anunciavam o fim do mundo em 2000, agora encontraram novas razões para vaticinar o fim no dia 21 de dezembro de 2012. E há quem acredite! Inclusive, cristãos.

Coincidências astronômicasDesta vez seria a ocorrência de várias ‘coincidências’. Astronômicas:

um raro alinhamento do Sol com o centro da Via Láctea, que acontece a cada 26 mil anos e que, levando em conta a idade da Terra, já deve ter ocorrido mais de 150 mil vezes. O fenômeno se chama precessão. Os ‘profetas’ avaliam que isso poderá inverter os pólos da Terra, com conse-quências catastróficas para toda a humanidade. (Segundo alguns físicos, a última reversão dos polos magnéticos ocorreu há 780 mil anos e não é possível prever se haveria outra reversão, uma vez que atualmente a força magnética do planeta está completamente normal).

Alinhamento anualTodos os astros do sistema solar se alinham anualmente com o sol e

o centro da galáxia. A Terra se alinha com o Sol nos equinócios de verão e de inverno, isto é, 21 de junho e 21 de dezembro, isso pela perspectiva dos que moramos neste planeta. E estamos sempre alinhados com o cen-tro da Via Láctea que gira em torno de seu próprio centro. Os ‘profetas’ preferem omitir essa verdade que acontece todos os anos há milhões de anos e nada de significativo acontece.

Coincidências religiosasOs ‘profetas’ do novo apocalipse também se baseiam em coincidências

religiosas, encontráveis em outras culturas, além da cultura maia: oráculos romanos e gregos, textos de Nostradamus, a Bíblia (Livro do Apocalipse), o I Ching e até um programa de computador que filtra a internet atrás de tendências de comportamento.

Enfim, misturando realidade com ficção e ciência com religião, mais uma ‘profecia’ anda por aí, apavorando incautos.

Tempestade solarA única referência que merece um pouco de crédito é a afirmação so-

bre o pico da próxima tempestade solar – o chamado vento solar – com previsão a ocorrer entre 2012 e 2013 e que poderá causar transtornos e afetar a tecnologia de informação. Esses picos de tempestadades magné-ticas ocorrem sempre a cada 11 anos, mais ou menos e poderiam ‘apagar’ alguns sistemas de comunicação da Terra, especialmente os que dependem de satélites em torno da órbita. Eventualmente, também poderia afetar redes específicas de energia elétrica e telefonia.

Quase nada sabemos, mesmo com as últimas descobertas dos astrofí-sicos, sobre o cosmos – em constante expansão. E muito pouco também sabemos sobre o Sol, a estrela mais próxima da Terra e que rege o destino desse minúsculo grão de areia da imensa abóboda azul em que estamos suspensos. Pelo que, não está ao alcance do homem saber quando será o fim. Melhor assim! Nilza Colombo

Assim como alguns ‘profetas” anunciavam o fim do mundo em 2000, agora encontraram novas razões para vaticinar o fim no dia 21 de dezembro de 2012. E há quem acredite!

Janeiro de 2012 - 2a quinzena AÇÃOSOLIDÁRIA 7

2012: profecias e superstições “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de

Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mat. 24:36-37).

fim do mundoAntônio Mesquita Galvão

Teólogo e Mestre em Escatologia*

Quando morei na Paraíba (80-85) havia uma seita fundamentalista chamada de “borboletas azuis” que previu o fim do mundo para uma determinada data. O dia passou, o mundo não acabou e o grupo, desacreditado, se des-

fez. Agora, assombram o mundo com as “profecias maias” sobre o fim do mundo.

A maneira correta de designar o mundo é “ceus e terra” (cf. Gn 1, 1). Tendo saído da sabedoria criadora de Deus, o mundo, organizado como verdadeira obra de arte, é a manifestação contínua da bondade de Deus. No entanto, o mundo físico, a terra, os lugares onde habitam os homens, tem sido contaminado pelos pecados, pelos crimes, pelos atentados à natureza.

Mundo do pecado e mundo de graçaO mundo presente é este onde vivemos, desde que a inveja do demônio (e o pecado dos homens) transformou-o para pior, com o surgimento da

morte (cf. Sb 2, 24). Esse mundo somos nós, cheios de pecados e sequelas. O mundo futuro é aquele que será restaurado, quando Jesus vier estabe-lecer aqui o seu Reino. Em paralelo à transfiguração do homem, ocorrerá a restauração cósmica. A divisão desses mundos é sensível nas páginas da Bíblia: mundo de pecado e injustiças (cf. Lc 16, 8); mundo futuro, glorioso de graça (cf. Mc 10, 30)

Quando Jesus se apresenta como aquele que “venceu o mundo” (cf. Jo 16, 33), não há uma referência à vitória sobre montes, mares e planícies, mas um esmagador triunfo, primeiro sobre o pecado e depois sobre seu salário, que é a morte. Jesus morrendo tirou o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29), constituindo-se cabeça da nova criação. O “novo céu” e a “nova terra” (cf. Ap 21) será fruto de renovação cósmica e não de destruição. Ora, se a primeira Palavra de Deus foi de criação, a última, por certo, não será de destruição. No princípio, Deus cria a terra para o homem. No fim, por certo, restaurará a terra para o homem renovado.

Haverá um fim do mundo?Haverá um fim do mundo, destruição, maremoto, fogo? Não creio! Mesmo porque as palavras da Bíblia

precisam ser entendidas dentro do quadro e da situação cultural em que foram escritas. O fogo é uma primeira ideia estóica de transformação e purificação. As expressões empregadas pelos milenaristas provação e arreba-tamento podem ser vistas pelas dificuldades da vida atual, e a conversão dos que desejam um mundo melhor.

A grande questão sobre o fim do mundo gira sob dois eixos. Haverá uma catástrofe (como preconiza a apocalíptica judaica)? Ou uma profunda transformação (hermenêutica bíblica de “novos céus e nova terra”? Teólogos e exegetas não são unânimes.

Mundo restauradoO fim do mundo não é de destruição da vida e do cosmos, como preconizou Nostradamus para 1999

(que acabou não ocorrendo), mas uma restauração do que está em desacordo com o projeto de Deus. Por ser obra de Deus, o mundo, para glorificá-lo, precisa ser transformado. Quando ocorrer o fim de nosso mundo, de história pessoal, Deus nos dará viver a vida plena.

O mundo de pecado, de egoísmo e de opressão, essas estrelas vão desabar, dando lugar ao novum de Deus. O fim desse mundo é certo. A cruz de Jesus é parte integrante do julgamento e da destruição da morte e do pecado. O mundo do pecado tem na cruz o símbolo de sua destruição que pres-supõe uma renovação conforme preconizaram as Escrituras: Eis que faço novas todas as coisas (Is 43, 19; AP 21, 5). E as estrelas que vão cair? E as potências que vão ser abaladas? Elas são os poderes humanos, os impérios, a vaidade do reino de Satanás.

Deus é o autor da nossa salvação, em Jesus Cristo e ele deseja dar vida abundante ao homem todo; todas as suas dimensões devem ser salvas. Como autor de toda a criação, ele não quer a salvação só do homem, mas a restauração do cosmos, a nova terra onde o novo homem vai viver (cf. Ap 21), e vai ocorrer o fim do mundo de pecado.

Atitude de féAs imagens de um “fim do mundo”, de cataclismo, dias de trevas e de destruição funcionam como que uma figura metafórica, apropriada da

apocalíptica judaica, para exprimir como será a frustração do homem se ele tentar construir sua vida sem Deus. Só há “fim do mundo”: quando o mal vence. Por isto Jesus veio, para vencer as trevas, o mal e a morte.

O cristão não deve temer as ameaças de fim do mundo. Deve se preocupar em viver sua vida conforme o projeto divino, longe de pecado e cercado pelo amor. Desta forma, nada há que o possa intimidar. Nosso Deus é de criação e não de destruição. Trata-se de uma atitude de fé.

*O autor é também escritor com mais de cem livros publicados, entre eles “O grão de trigo. Reflexões cristãs sobre a vida depois da morte”. Ed. Ave-Maria, 2000 (sua tese de mestrado).

Antônio

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TERAPIA DIRETA DO INCONSCIENTECura alcoolismo, liberta

antepassados, valoriza a dimensão espiritual

Roberto KeberTeólogo e Diácono da Arquidiocese

de POA

O que o Ministé-r i o d a S a ú d e NÃO adverte – é

sobre a verdade a res-peito da prevenção con-tra a AIDS, ao contrário.

Com a proximidade do Car-naval, e todo ano é a mesma coisa, milhões são gastos em publicidade para estimular as pessoas a se “di-vertirem” à vontade, desde que não deixem de usar camisinha.

No dia 28 de novembro passa-do, o Ministério da Saúde divulgou relatório epidemiológico onde destaca o seguinte: “Entre os gays na faixa de 15 a 24 anos houve au-mento de 10,1%.”. Não é difícil de acreditar e nem é de impressionar este aumento, uma vez que o próprio governo federal vem promovendo o homossexualismo e justo nesta faixa etária. Lembram do famigerado “kit gay” que andam querendo impingir nas escolas?

Haveria algum interesse escu-so? Quem ganha? Laboratórios, fabricantes de camisinhas, anun-ciantes? Ou alguém estaria levando

combAte A Aids ou iRResPonsAbilidAde cRiminosA?

devidamente, irão reduzir o risco de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente AIDS”.

Pesquisas realizadas pelo dr. Richard Smith do Public Education Commitee, Seattle, EUA, alerta sobre falhas do preservativo: “O tamanho do vírus HIV é 450 vezes menor que o espermatozóide. Estes pequenos vírus podem passar entre os poros do látex facilmente, todos os preservativos têm poros 50 a 500 vezes maiores que o vírus da AIDS”.

Associe-se a estas informações o baixo nível educacional patrocina-do pelo Governo no Brasil, apontado como possível causa no mesmo rela-tório: “a proporção maior dos casos de aids (26,3%) está entre as pessoas que têm entre 4 e 7 anos de estudo”.

Os responsáveis pela Saúde de Moscou estão promovendo uma campanha em favor da “abstinência total antes do casamento” porque, segundo a presidente da Comissão de Saúde, Ludmila Stebenkova, “na Rússia as pessoas começaram a pensar que poderiam se proteger de qualquer doença com ‘sexo seguro’, mas os dados demonstram que au-mentaram em 50% as infecções pelo vírus do papiloma humano e outras doenças de transmissão sexual”.

Moscou gastará 900 mil dólares em educação sexual, porém, sem ensinar o uso do preservativo. A pu-blicidade na TV, cinemas e colégios serão feitas com o slogan “Família sã, defesa contra a AIDS”.

E nos perguntamos: por que a surpresa quando divulgam que está aumentando o número dos contaminados por AIDS, e por que estão indo na contra mão? ([email protected])

algum por fora nos bastidores do governo?

Não é possível que se aceite um engodo desta ordem. Alguns pesquisadores sérios vêm alertando há décadas sobre a ilusão do “sexo seguro” com camisinha.

A dra. Susan C. Weller afirma na revista Social Science and Medi-cine: “Presta desserviço à população quem estimula a crença de que ca-misinha evitará a transmissão sexual do HIV.”

Outro ainda, diz que a camisi-nha é 87% eficiente na prevenção da gravidez. Quanto à transmissão do HIV, apenas diminui o risco de contágio em aproximadamente 69%, bem menos do que o que somos induzidos a crer. Isto significa que a cada três relações sexuais com cami-sinha uma tem o risco equivalente a uma relação sem.

A poderosa FDA, órgão do go-verno americano, publicou em um folheto informativo, o seguinte: “A maneira mais segura de evitar estas doenças (sexualmente transmissí-veis) é não praticar o sexo (abstinên-cia). Outra maneira é limitar o sexo a somente um parceiro que também se compromete a fazer o mesmo (monogamia). As camisinhas não são 100% seguras, mas se usadas

Não estão mais entre nós. Mas, à sua maneira e no seu tempo, ajuda-ram a escrever a história e construir o Rio Grande do Sul. E, especialmente, foram protagonistas da ca-minhada a Igreja Católica nas regiões de colonização alemã e italiana. É o que se conclui de imediato, ao folhear as 800 páginas do “Memórias de 665 Jesu-ítas da Província do Bra-sil Meridional, Novembro de 1867 – Novembro de 2011”, elaborado pelo Pe. Inácio Spohr, S.J.

O livro teve concorrido lançamento em 27 de de-zembro último na Livraria Padre Reus, centro de P. Alegre. Além de sucinto re-lato biográfico de cada um, a obra inclui também pas-sagens pitorescas de alguns dos retratados, algumas das

Memórias de 665 Jesuítas quais foram oportunamente trazidas à memória na sau-dação de lançamento do livro feita pelo Professor Roque Egon Fröhlich que também foi o revisor do texto.

Fröhlich lembrou que Pe. Joseph von Lassberg viajava às vezes de trem, mas a mula ia junto para continuar a via-gem depois da parada; que Pe. Kern (especialista em esteno-grafia) certa feita, passeando no potreiro em Serro Azul, esqueceu o breviário em cima de toco e que, ao voltar à sua procura viu uma vaca mas-cando o livro das rezas; que Pe. Kohler, ao ser ordenado sacerdote por D. João Becker, lhe impunha só uma mão e o Pe. Reus interveio dizendo: “As duas mãos, Excelência!”; que Pe. Luís Müller salvou a capela do Colégio Cristo Rei de incêndio, porque cos-tumava rezar missa às três da madrugada; que para se-pultar os padres era costume enterrá-los com a metade do paramento e que Pe. Henrique Liese, quando o Provincial lhe perguntou se tinha algum desejo, respondeu logo ‘sim’. “Para meu enterro, não me poderiam dar uma casula completa para eu, no céu, não precisar colocar-me junto à parede”; que o alegre Pe. Mascharello, conhecido como o Pe. Ferroviário, nas visitas às casas batia nas pernas e dizia: “Qui-qui-riqui-qui; o Pe. Mascharello está aqui!”.

Prof. Egon também recor-dou alguns apelidos de jesu-ítas, pespegados por colegas brincalhões e que ficaram até o fim de suas vidas. Assim Pe. Schmitz era chamado “Sch-mitão”; P. Scholl - “Lambarie Schosch”; P. Mombach – “co-brinha”; João Sehnem era o “João-sem-terra”; Ir. Aloísio Steffen era o “Schwarze Ka-tusch”; Pe. Franz Stadelmann era o “Padre Chiquinho”, o Irmão Francisco Stuckenberg era o “fac totum”, pois sabia fazer simplesmente tudo.

Professor Roque Fröelich e Pe. Inácio Spohr no lançamento do livro ocorrido nas dependências da Livraria Editora Padre Reus

Janeiro de 2012 - 2a quinzena ESPAÇO LIVRE 9

Humor

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VÁrias

nunca é tarde para mediar Genacéia da Silva Alberton

Desembargadora - Núcleo de Estudos de Mediação da AJURIS

O final de ano coloca as pessoas em correria. As lojas e ruas dão sinais de um período especial, o ciclo do Natal. Confraternizações se multipli-

cam, viagens se realizam, aproximações acontecem.

Para os que estão em conflito, ainda há tempo. A mediação é possível. Embora a descrença na possibili-dade de reconstrução de elos e reatamento de diálogo, acreditar em uma forma de atendimento de conflito fora da proposta do processo é possível. Vale a pena investir na mediação.

A mediação tem como característica a voluntariedade. Por isso, quando as pessoas admitem a possibilidade da mediação já deram um passo decisivo à composição e passam a serem artífices, construtores da paz. Na media-ção, os participantes, mediador e mediandos, reconstroem as experiências a partir do existente, na perspectiva de novas tramas, na busca de um consenso.

Segundo Brian Muldoon, na mediação há atuação de terceira força que reside na capacidade que tem uma pessoa externa para efetuar mudanças em um sistema estático e caótico. O ponto de maior turbulência é o eu, exatamente, o que oferece maior variedade de possibi-lidades. A terceira força é capaz de mudar o rumo do conflito.

Na medida em que o processo de mediação restabe-lece um diálogo rompido ou o faz acontecer onde este nunca existiu, a mediação sempre oferece um ganho. Mesmo que o consenso não ocorra, é certo que houve uma aproximação e essa nunca se perde, passa a fazer parte de uma nova experiência de vida.

Por isso se diz que o mediador não é uma mera pre-sença passiva. Ele traz ação não violenta, procura dar espaço a novos sentidos e novas convivências fora do campo do embate, da lógica do perde-ganha. Entretanto, nada poderá ocorrer se não houver disposição para mudar, para aceitar uma ampliação de visão que não está mais voltada apenas ao eu, mas para o nós, que faz, necessa-riamente, admitir a presença do outro.

Estamos em tempo de festas onde se celebra a vinda de Jesus Cristo, o Mediador. Crentes e não crentes se veem envolvidos pelo ambiente de reencontro. É tempo de aproveitar a oportunidade para reatar vínculos, ser mediador ou mediando, mas, de qualquer forma, no seu papel, dar lugar à paz, à vida.

“uma santa dos nossos dias" Hugo Hammes

Jornalista

Estas palavras foram proferidas pelo Papa João Paulo II, por ocasião de sua viagem pastoral à Áustria, em frente a um busto de Hildegard Burjan. Pois agora, ela recebe o reconhecimento oficial da heroicidade de suas virtudes, com a beatificação no dia 29 de janeiro, tendo como local a Catedral de Santo Estêvão, na capital austríaca. A cerimônia litúrgica será presidida pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, com a participação do cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, e a presença de bispos, sacerdotes, religiosos, fiéis e, principalmente, de numerosas irmãs da Congregação das Irmãs da Caridade Social, fundada em 1919 pela nova bem-aventurada.

ConversãoA vida de Hildegard Burjan é um exemplo eloquente de como

é possível corresponder à ação de graça de Deus no coração das pessoas. Ela nasceu em 30 de janeiro de 1883, na cidade alemã de Görlitz, na fronteira com a Polônia, filha de pais judeus, mas sem prática religiosa. Ingressando na Universidade de Zurique, Suiça, doutourou-se em Filosofia no ano de 1908. Durante o período aca-dêmico, por influência dos professores Robert Saitschik e Friedrich Foerster, começou a questionar o sentido último da vida. Tinha uma sede insaciável pela verdade, pelo transcendente e por um ideal mais elevado. A ela pode ser aplicado o conceito de Saint Exupéry: "O homem é um nômade à procura do Absoluto." Em seu interior interpelava: "Deus, se existes, manifesta-te a mim".

Passando a residir em Berlim, já casada com o engenheiro húngaro Alexander Burjan, seu colega em Zurique, Hildegard Burjan caiu gravemente doente, sendo internada no Hospital Santa Hedviges. Durante sete meses, com diversas cirurgias, sua situação se agravou, a ponto de ser desenganada pelos médicos. Entretanto, no domingo de Páscoa de 1909 se viu curada. Considerando esta recuperação como um milagre, recebeu a graça de fé e pediu o ba-tismo, resolvendo dedicar sua segunda vida inteiramente a Deus e aos irmãos. Contudo, as cirurgias causaram sequelas dolorosas, que a acompanharam por toda vida.

Sim à vidaComo o seu marido recebeu uma excelente proposta de trabalho,

passou a morar em Viena. Ao ficar grávida, diante dos prováveis riscos, os médicos recomendaram o aborto, que ela recusou catego-ricamente. A filha Elisabeth nasceu saudável, mas a mãe ficou ainda mais debilitada.

Na Áustria, Hildegard Burjan teve uma carreira política brilhan-te: vereadora em Viena, deputada federal constituinte, a única mulher do seu partido. Seu nome chegou a ser cogitado para o honroso cargo de ministra do Bem-Estar Social. Entretanto, como já exercia intensa atividade social e com a sua saúde fragilizada, abandonou a militância partidária.

A Áustria foi atingida direta e duramente pela I Guerra Mundial (1914-1918). Os anos pós-conflito também trouxeram sérias con-sequências. A classe média foi jogada na pobreza, gerando fome, desemprego, doenças, marginalidade e criminalidade. Hildegard Bur-jan se engajou decididamente no enfrentamento da nova realidade. Procurou ir à raiz dos problemas, não admitindo paliativos. Dentro dos princípios da auto-ajuda, estimulou o povo a se organizar em associações. Conseguiu realizar uma obra gigantesca. Com muitas orações, principalmente junto ao sacrário, reunia forças para "tornar presente o amor misericordioso de Deus aos irmãos necessitados".

Congregação da Caridade SocialHildegard é uma das poucas leigas, mãe de família a fundar, em

1918, uma congregação religiosa: a Caridade Social. Trata-se de um grupo de mulheres consagradas, dispostas a se colocar na linha de frente na sua doação generosa e seus limites aos pobres, vivendo na radicalidade a mensagem evangélica.

Além da Áustria, as Irmãs da Caridade Social desenvolvem sua ação social e religiosa na Alemanha, Itália, Hungria e Brasil. Em nosso país elas atuam fortemente há quase meio século num projeto junto às populações mais desfavorecidas e em movimentos eclesiais em Guarapuava, no Estado do Paraná.

Hildegard faleceu no dia 11 de junho de 1933, domingo da Santíssima Trindade. Sua vida foi um testemunho eloquente do lema que havia adotado: "Quero doar-me, quero consumir a minha vida no amor aos irmãos".

O filho e a filha chega-ram em casa machucados depois de um passeio ao zoológico. A mãe, aflita, perguntou à filha:

-O que aconteceu?-Eu caí quando tentava

subir em uma árvore - res-pondeu a menina.

A mãe cobra do filho:-E você, por que está

machucado?-Eu ri do tombo dela!

xxxQuando levamos um

aparelho eletrônico para a manutenção, tem sempre um técnico que pergunta:

-Está com defeito?-Não, não... É que ele

estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.

xxxMineir inho entra na

rodoviária e, ao chegar ao guichê: - Boa tarde. Quero uma passagem para I sbuí . . . Passagem para Isbuí? Não, não vendemos passagem para I sbu í . . . Agradecido, disse o mi-neirinho... Ao chegar do lado de fora da rodoviária, encontrou o amigo e dis-se: Isbuí, não tem passa-gem para você, não...

xxxA filha entra no veló-

rio do sócio do pai, com o mar ido à t i r aco lo , e indaga:

- Papai, por que você não coloca meu marido no lugar do seu sócio, que acaba de falecer?

O pai olha para o gen-ro, e então responde:

- Por mim tudo bem, converse com o pessoal da funerária. . .

Janeiro de 2012 - 2a quinzenaIGREJA &CCOMUNIDADE 10

Solidário Litúrgico Catequese

descobRindo o lAdo Positivo dAs PessoAs

Denise Simões FerreiraCatequista

Uma dinâmica muito interessante

Tudo aconteceu numa escola, ou melhor, na sala de aula da professora Dona Elisa.

“Era uma classe de 4ª série e as crianças eram falantes e muito dispersas. Às vezes brigavam, falavam mal uns dos outros, mas também em outros momentos eram muito amigos e companheiros.

Já estava no final do ano, mês de novembro, e Dona Elisa resolveu fazer uma dinâmica com as crianças da classe. Deu uma folha de papel para cada um, e pediu que escrevessem o nome de todos os colegas da classe, um debaixo do outro. Depois, pediu que na frente de cada nome escrevessem duas qualidades do colega. Todos fizeram.

Logo que terminaram, ela recolheu as folhas escritas, levando-as para casa para fazer uma tabulação, isto é, juntou tudo o que cada colega tinha escrito sobre cada aluno. Em outras folhas de papel colocou o nome de cada aluno com todas as qualidades que os colegas haviam escrito.

No dia seguinte disse aos alunos: Tenho uma surpresa para vocês!

E deu para cada um uma folha de papel que continha as quali-dades que os outros colegas tinham escrito sobre ele. Era uma lista enorme de qualidades que cada um recebeu. Os alunos ficaram surpresos, pois não sabiam que tinham tantas qualidades assim.

Logo bateu o sinal, foram todos embora e a professora ficou sem saber direito se tinham gostado ou não da surpresa.

Bem, o ano acabou e seus alunos mudaram de classe e nunca mais se falou sobre o papel das qualidades.

Os anos se passaram, até que Dona Elisa recebeu um telefo-nema muito triste. Era um pai de um daqueles meninos daquela 4a série que ligava dizendo que seu filho, Carlinhos, tinha se alistado no exército e fora convocado para um combate, onde faleceu numa explosão. E que fazia questão da sua presença no enterro do filho, pois junto com os pertences que foram entregues à família havia um papel, velhinho e um pouco rasgado, guardado em sua carteira. Era uma lista de qualidades, aquela que a professora deu a toda a classe quando fez a 4ª série.

Dona Elisa chorou, pois percebeu, depois de muitos anos, a importância daquele dia na escola.

Foi ao enterro, e qual não foi a sua surpresa quando encontrou lá a maioria daqueles alunos da 4a série, e soube que cada um guardava consigo aquele papel com tantas qualidades.

Foi um dia muito especial, que ficou guardado na vida de cada aluno desta 4a série e da professora Elisa”.

Esta história mostra que o que deve ficar com você são somente os sentimentos e as coisas boas, que animam, alegram e o deixam feliz. A tristeza, chateação, a raiva, a mágoa, a irritação, etc, você deve jogar no lixo. São sujeiras que atrapalham a sua vida.

É muito bom a catequista pedir às crianças que façam a lista das qualidades de cada colega. E ela pode pedir também que cada um faça a lista das qualidades de sua mãe e do seu pai.

Cor: verde29 de janeiro - 4o Domingo do Tempo Comum

22 de janeiro - 3o Domingo do Tempo ComumCor: verde

1a leitura: Livro do Deuteronômio (Dt) 18,15-20Salmo: 94(95), 1-2.6-7.8-9 (R/.8)2a leitura: 1a Carta de S. Paulo aos Coríntios (1Cor) 7,32-35Evangelho: Marcos (Mc) 1,21-28Comentário: Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir (1,24)? Nunca é demais repetir: Jesus não veio para acomodar o que não pode ser acomodado, o Bem e o Mal não podem conviver, pacificamente, se excluem, necessariamente. Jesus veio para destruir o Mal, simbolizado no demônio que, no relato de Marcos deste domingo, se havia apossado de um homem e o dominava, não lhe permitindo viver uma vida normal, livre, feliz. Na cultura da época, este homem era um amaldiçoado e sofria aquele terrível castigo por causa de seus pecados. Jesus odeia o mal e o pecado, mas ama a quem, uma cultura ou uma sociedade, chamam “maldito”, ama o pecador. Jesus é o Sumo Bem e diante dele, o Mal “range os dentes”, grita, esbraveja mas, finalmente, é vencido e deixa livre a quem confia em Jesus e no seu poder, confia na autoridade da sua palavra.

Ao longo dos tempos pessoas e instituições quiseram conciliar o inconciliável, ten-taram e tentam, também hoje, criar uma convivência “educada”, pacífica e harmoniosa entre o Bem e o Mal. Impossível. A justiça não pode conviver com a injustiça, o amor não pode conviver com o ódio, a luz não pode conviver com as trevas, a honestidade não pode conviver com a corrupção, a verdade não pode conviver com a mentira, a liberdade não pode conviver com a opressão, com a escravidão. Entre o Bem e o Mal não podem coexistir paliativos, “panos quentes”, acomodações. Aqui cabe uma frase de Dom Helder Câmara: “Quando eu fazia campanhas em prol dos pobres (paliativo), me diziam: “o senhor é um santo”; mas quando comecei a perguntar por que existiam tantos pobres, me falaram: “o senhor é um comunista!”

Cabe a nós, seguidores/as de Jesus, achar meios para praticar seu projeto na nossa situação concreta, não correndo atrás de milagres, de falsos Messias, de uma Teologia de Retribuição ou de Prosperidade, mas seguindo o projeto do Nazareno, construindo uma sociedade, uma economia, uma política de solidariedade, compaixão, justiça e fraternidade. Essa ação deve começar na nossa família, na comunidade, no bairro, na Igreja, pois a opção entre o Bem e o Mal se dá cada dia, em cada opção e em cada ação nossa (cf . Tomaz Hughes, SVD). ([email protected])

1a leitura: Livro da profecia de Jonas (Jn) 3,1-5.10Salmo: 24(25), 4ab-5ab.6-7bc.8-9 (R/. 4a.5a)2a leitura: 1a Carta de S. Paulo aos Coríntios (1Cor) 7,29-31Evangelho: Marcos (Mc) 1,14-20Para a compreensão dos comentários litúrgicos leia, antes, os respectivos textos bíblicos.

Comentário: Com a prisão de João Batista, termina um ciclo da história da salvação. O tempo antigo, do povo escolhido, dos patriarcas e profetas, do Deus distante e, muitas vezes, vingativo e cruel, é passado. Jesus inaugura o tempo novo e definitivo. Tempo de um Deus próximo e, mais que próximo, familiar – Abbá/Pai – que se faz gente para estar e caminhar com a gente. E para concretizar seu revolucionário projeto religioso, Jesus forma uma comunidade. Não uma “igreja”, uma instituição, assegurada por có-digos, normas e leis como no tempo antigo, mas uma comunidade de irmãos e irmãs, de discípulos missionários, cujo vínculo de unidade é a comunhão no amor solidário.

Marcos, um dos seus discípulos, nos conta que os primeiros chamados eram pesca-dores. Jesus os encontra, uns lançando as redes, outros consertando as redes rasgadas. E os chama a segui-lo. Sem dar explicações sobre o que ele espera deles e o que quer com eles. Simplesmente... sigam-me e eu vou fazer de vocês pescadores de homens (1,17). E eles, deixando tudo, seguiram a Jesus. O “tudo” não era muito, no sentido econômico: sua casa simples e pobre, os barcos, algumas redes. Mas, deixaram também, sua família, seus amigos, sua terrinha, seu mundo.

Depois de dois mil anos daquela primeira comunidade de discípulos missionários, que deixaram o que tinham para seguir a Jesus e concretizar seu projeto, os que creem nele hoje vivem numa época em que se endeusa a propriedade pessoal, uma sociedade que faz do lucro e do acúmulo de bens uma afirmação de reconhecimento social e de valor individual. Nesta sociedade, vale mais quem tem mais. E claro, ninguém quer deixar nada para viver coerentemente sua fé e seguir a Jesus. E uma fé “apaziguadora” e “acomodadora” não é a fé religiosa que Jesus veio propor. A fé em Jesus sempre desinstala, desacomoda e incomoda para que o Reino de justiça, de perdão e de amor solidário possa acontecer.

Janeiro de 2012 - 2a quinzena ESPAÇO DAARQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha

11Jornalista responsável: Magnus Régis - ([email protected])Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199 e [email protected] Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa

Facebook: Arquidiocese de Porto Alegre

PARÓQUIAS CHEGADA HORA SAÍDA N. Sra. da Saúde 14/01 – Sáb. 10h 15/01 – Domingo 9hBoa Viagem (Ilha) 15/01 – Dom. 10h 15/01 – Domingo 17hSanto Inácio Loyola 15/01 – Dom. 18h 16/01 – 2ª feira 18hSant. Trindade 16/01 – 2ª f. 18h30 Após missa, volta a NavegantesN. Sra. Navegantes 16/01 – 2ª f. N. Sra. Navegantes 21/01 – Sáb. 18h Encerramento N. Sra. Peregrina

Trabalhadores da Arena do Grêmio celebram o NatalA Pastoral do Migrante da Arquidiocese realizou celebra-

ção de Natal com os trabalhadores da Arena do Grêmio. O ato religioso promovido pela Pastoral do Migrante aconteceu no dia 22 de dezembro, às 7h30min, no pátio da empresa OAS, no bairro Navegantes. Também participaram diáconos, reli-giosas, padres carlistas, leigos e membros de outras pastorais. Mais de 1.200 trabalhadores participaram do ato religioso. A celebração foi marcada pelo fervor e pela alegria do Natal. A realização da atividade atendeu a uma solicitação da di-reção da empresa após contato com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Porto Alegre e com a Coordenadora da Pastoral dos Migrantes, Ir. Egídia Muraro.

O Pároco da Igreja da Pompeia, Pe. Lauro Bocchi, con-duziu a celebração, fazendo a apresentação dos trabalhadores pelos seus estados de origem. Ele disse aos trabalhadores e diretores da empresa que o nascimento de Jesus é o maior acontecimento da história da humanidade, “tanto que o tempo é contado antes e depois de Cristo”. O sacerdote salientou que o Natal é uma visita de Deus à humanidade. “Deus vem até nós como homem, para nos tornar verdadeiramente hu-manos. Tão humanos a ponto de sermos também nós divinos, imortais”. Pe. Bocchi concluiu sua pregação dizendo que com o Natal nossa vida ganha o sentido da esperança. “Com Ele nós podemos superar tudo: cansaço, desânimo, frustrações, tristeza. Por isso, essa é uma hora de alegria”.

O mestre de obra, Luiz Gonzaga, agradeceu à Pastoral do Migrante e à Igreja Católica por esse gesto carinhoso da celebração de Natal com os trabalhadores. “Agradecemos, especialmente, esta palavra de conforto e estímulo que vocês nos trouxeram. Esta celebração natalina é motivo de honra para a OAS”.

Um dos momentos marcantes da celebração foi a encena-ção do nascimento de Jesus e a entrada da família de Nazaré na celebração. A emoção tomou conta de todos, quando a imagem de Jesus Menino passou no meio do povo, ao som da música Noite Feliz. Trabalhadores e empresários receberam a bênção e fizeram reverências, tocando a imagem de Jesus.

Pedra do Santuário

A bênção da pedra fundamental do Novo Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Rua Nossa Senhora de Fátima, 74, Zona Norte de Porto Alegre, ocorreu em 18 de dezembro último, com a presença do arcebispo Dom Dadeus Grins, do reitor do Santuário, Pe. José Luiz Schaedler, do diácono Luciano Pereira e da comunidade.

Roteiro da imagem peregrina de Nossa Senhora dos

Navegantes em janeiro 2012A Comissão organizadora da Festa de Nossa Senhora dos navegantes divulgou o calendário

de visitas da imagem peregrina às comunidades da Arquidiocese de Porto Alegre. Confira as datas disponíveis (segunda quinzena de janeiro):

Imagem de N. Sra. dos Navegantes está percorrendo as paróquias

O Papa Bento XVI anunciou no final de dezembro a transferência do bispo auxi-liar de Porto Alegre - vigário episcopal de Guaíba para a Diocese de Cachoeira do Sul. O Sumo Pontífice, de acordo com o canon 401, do Código de Direito Canônico, aceitou a renuncia do bispo de Cachoeira do Sul, Dom Irineu Silvio Wilges, e nomeou para sucedê-lo, o bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Remídio José Bohn.

Dom Remídio nasceu na cidade de Feliz (RS), no dia 21 de maio de 1950. Fez seus estudos primários na escola paroquial no distrito de São Roque, em Feliz. Cursou Fi-losofia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição em Viamão (RS) e Teologia, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na capital gaúcha. Dom Remídio foi pároco na paróquia São Pedro de Poço das Antas de 1982 a 1986; pároco da Paróquia Santo Antônio, em Canoas de 1993 a 1995; pároco da Paróquia Nossa Se-nhora do Perpétuo Socorro, em Porto Alegre de 1996 a 2006; pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário em Porto Alegre. Ele foi nomeado bispo auxiliar de Porto Alegre em 2006. Atualmente, ele é o secretário do Regional Sul 3 da CNBB.CNBB saúda novos bispos de Cachoeira

do Sul (RS) e de Diamantino (MT)“Como são belos sobre os montes os pés

do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa nova, que apregoa a vitória, que diz a Sião: ‘Já reina o teu Deus’”. (Is 52,7).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe, com alegria, a no-

Dom Remídio transferido para a Diocese de Cachoeira do Sul

meação dos novos bispos de Cachoeira do Sul (RS) e de Diamantino (MT). A Santa Sé publicou essas nomeações na manhã desta quarta-feira, 28 de dezembro de 2011.

Nós nos unimos ao povo da diocese de Cachoeira do Sul para acolher Dom Remídio José Bohn, que deixa a arquidiocese de Porto Alegre, onde estava desde 2006, e servia à Igreja como bispo auxiliar e atuava como vigário episcopal do Vicariato de Guaíba. Que a sua chegada seja a inauguração de um tempo abençoado e que, conforme inspira seu lema “Omnes Fratres Sumos” (todos somos irmãos), continuem a reinar a frater-nidade, a solidariedade e o entusiasmo no prosseguimento de seu trabalho apostólico.

Também estamos unidos, de coração, a todas as comunidades da mesma diocese para agradecer o dedicado e zeloso minis-tério do querido irmão Dom Irineu Silvio Wilges que, desde sua nomeação pelo hoje beato João Paulo II em 2000, sempre se dedicou com muito fervor ao pastoreio de seu rebanho.

Ao irmão Dom Vital Chitolina, novo bis-po de Diamantino, nosso abraço de alegria e nossa congratulação pelo novo desafio que a Igreja lhe apresenta. Deixando a diocese de Paranatinga (MT), onde serviu desde 1998, ele abraça a tarefa apostólica de ensinar, san-tificar e governar a diocese de Diamantino junto a um povo que aguarda a chegado do novo bispo com muita alegria.

(a.) Dom Leonardo Ulrich Steiner, bis-po auxiliar de Brasília - secretário geral da CNBB.

Porto Alegre, janeiro de 2012 - 2a quinzena

Férias! Bela oportunidade para o reencontro consigo mesmo, com a família, com a natureza e com Deus. E, por que não: uma retomada e retorno a atividades comunitárias e frequência às celebra-ções litúrgicas.

Abaixo, os horários de missas nas seis paróquias do Litoral Norte, em fevereiro. Os dias e horários de missas nas comunidades balneárias podem ser solicitados nas respectivas secretarias paroquiais cujos telefones também constam abaixo.

Veraneio com oração

TORRES PARÓQUIA SÃO DOMINGOS

Pároco: Edson Luiz BataglinFone: (51) 3664.1166 - Secretária: MaiaraA Igreja Matriz está em reforma. As funções paro-quiais estão sendo temporariamente desenvolvidas junto ao Hospital e Capela Santa LuziaTerça a sexta-feira – 19hSábados –19h e 21h Domingos - 9h, 19h e 21hCapela São FranciscoSábados – 20h A paróquia atende ainda as seguintes comunidades balneárias: São Jorge, São Francisco, Faxinal, Stan, Curtu-me, Igra, Getúlio Vargas, Itapeva Norte, Guarita, Salinas

TORRES - VILA S. JOÃO PARÓQUIA S. JOSÉ OPERÁRIO

Pároco: Pe. Leonir AlvesFone (51) 3605 2592

A sede paroquial fica fora da área balneária. Mas atende as seguintes comunidades balneárias: Ita-peva Sul, Praia Weber, Paraíso e Estrela do Mar.

ARROIO DO SALPARÓQUIA NOSSA

SENHORA DE LOURDES Fone: (51) 3687.2177Pároco: Pe. Celito Manganelli Matriz:Quartas a sábados - 21hDomingos – 8h e 21hA paróquia atende as seguintes comunidades balneárias:Figueirinha, Areias Brancas, Qua-tro Lagos, Rondinha Nova, Jardim Olívia (H. Apressul), Arroio Seco, Marambaia, Balneário Atlântico, Rondinha Velha, Es-tância do Meio e Bom Jesus

CAPÃO DA CANOA PARÓQUIA NOSSA

SENHORA DE LOURDESPároco: Pe. Edgar da Rosa Vigário: Pe. Jorge Soares MenezesFone: (51) 3665.2356 - Secretária: GlóriaMatriz Terças a Sextas – 19hSábados – 19h e 21hDomingos – 8h30min, 19h e 22hA paróquia atende aos se-guintes balneários: Capão Novo, Santuário – Zona Nova (missas aos sábados às 20h30min e domingos às 19 h), Arroio Teixeira, Curumim, Praia do Barco, S. Luzia, Zona Norte, Hospital S. Luzia e S. Rita de Cássia.

XANGRI-LÁPARÓQUIA SÃO PEDRO

Fones: (51) 3689 3183/8410.1757/8410.2719Pároco: Gibrail Walendorf Matriz:Terças-feiras a sábados: 20 horasDomingos : 8h e 20hA paróquia atende as se-guintes co-m u n i d a d e s balneárias: A t l â n t i d a , A t l â n t i d a Sul, Rainha do Mar, Re-manso, Figueririnha e Guará.

TRAMANDAÍ PARÓQUIA NOSSA

SENHORA DOS NAVEGANTES Pároco: Frei Miguel DebiasiVigários: Frei Romualdo BredaFone: 3661.1509 - Secretaria: Marilene/PauloMatrizSegundas a sextas – 19hSábados – 19h e 20h30min1 o s á b a d o – 14h30min com batizados Domingos - 8h, 19h e 20h30minNavegantes - 8h, 11h, 19hProc. Fluvial - 20h30minMissa Campal - 21h Procissão até Ma-triz -22h30minA paróquia atende as seguintes comunidades bal-neárias: Mariluz, Oásis do Sul, Santa Terezinha, Albatroz, Santa Rita, Menino Jesus de Praga. Me-dianeira, N. S.ª Fátima, São José, São Francisco, Tramandaí Sul, São Sebastião, Presidente, Agual, Imara/Imbé, Indianópolis, Estância, Cruzeiro, San-ta Clara, Santa Luzia, Nova Tramandaí e Capela Litoral,

CIDREIRA PARÓQUIA NOSSA

SENHORA DA SAÚDEPároco: Pe. Francisco Tonini CaldasFone: (51) 3681.11.18 - Secretaria: MarizaMatrizTerça a sexta-feira – 19h30minSábados – 18h, 19h30min

D o m i n g o s – 8h30min, 10h, 18h e 19h30min A paróquia atende as seguintes comu-nidades balneárias: Salão Paroquial, N o s s a S e n h o r a Aparecida (Chico Mendes), Senhor Bom Jesus (Forta-leza), Costa do Sol e Salinas

PINHAL PARÓQUIA SANTO

ANTÔNIO DE PÁDUAPároco: Pe. Marco Antônio Antunes Fone: 3682.34.00 - Secretaria - Andressa Matriz: Terças a sextas-feiras - 18 h Sábados – 19hDomingos - 9h e 18h A paróquia atende as seguintes comunida-des balneárias: Magis-tério, Quintão, Túnel Verde, Aparecida e S. Rita.