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Revista Canavieiros - Setembro de 2009 1

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Mudança decomportamento no

agronegócio brasileiro

Boa leitura!Conselho Editorial

Editorial

Para entender melhor as dificuldades pelas quais o se-tor sucroalcooleiro vem passando e chegar à raiz deseus problemas, é necessário uma postura mais agressi-

va por parte dos produtores desta cadeia. Estas são palavrasusadas pelo técnico responsável pela Superintendência de In-formações do Agronegócio da Conab (Companhia Nacionalde Abastecimento), Ângelo Bressan Filho, durante entrevistaque concedeu à Canavieiros. Ele esteve presente na Fenasu-cro & Agrocana deste ano apresentando o estudo “Os Funda-mentos da Crise do Setor Sucroalcooleiro no Brasil”.

Durante a feira Agrocana & Fenasucro 2009, realizada emSertãozinho de 01 a 04 de setembro, vários eventos de impor-tância para o setor aconteceram. Um deles foi o encontro deprodutores que a Canaoeste promoveu, reunindo 300 forne-cedores de cana com o objetivo de discutir questões de gran-de relevância para estes produtores, como legislação ambi-ental, linhas de créditos, desenvolvimento sustentável.

Outro evento que marcou a feira foi a palestra realizadapelo diretor da Canaoeste, Luis Carlos Tasso Junior, e pelosgerentes da Copercana (Unidade de Grãos), Augusto CésarStrini Paixão, e da Canaoeste (Departamento Técnico), Gus-tavo de Almeida Nogueira, no auditório da Agrocana. A con-vite da Jumil, empresa fornecedora de máquinas e serviçosagrícolas, os temas abordados durante o encontro foram asperspectivas para o amendoim e soja, e também a tecnolo-gia do plantio direto. Confira estes eventos nas NotíciasCopercana e Canaoeste deste mês.

Em Novas Tecnologias temos o lançamento das novascolhedoras de cana das empresas Santal e Case IH na Agro-cana 2009. A Santal apresentou sua nova Tandem SII comdesigner e tecnologia inovadores. Já a Case IH aproveitou omomento para lançar suas colhedoras de cana A4000 e A8000.

O melhoramento genético é a área que mais contribuipara o avanço da sustentabilidade do setor sucroenergéti-co. Para isso o Programa de Melhoramento Genético daCana-de-Açúcar das Universidades Federais de São Carlose Viçosa (PMGCA-UFSCar e UFV), integrantes da RIDESA,realizou um levantamento que revelou as variedades de canamais cultivadas. Este estudo você encontrará na Reporta-gem de Capa deste mês.

Seguindo o mesmo caminho sobre a eficiência do melho-ramento genético para o desenvolvimento sustentável donosso país, a Canavialis lançou suas primeiras variedades decana, a CV Pégaso e CV Centauro, alcançando o posto deprimeira empresa privada a difundir produtos para o setor.

Mudança decomportamento no

agronegócio brasileiroComo Destaque desta edição a Canavieiros traz a nova

diretoria do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias doSetor Sucroalcooleiro e Energético), que foi empossada nodia 01 de setembro de 2009. O novo presidente, José AdézioMarques, agradeceu a participação de todos, principalmen-te à chapa que o apoiou.

Em Feiras e Eventos, você pode conferir o balanço da Fena-sucro & Agrocana, que este ano movimentou R$ 2,2 bilhões emnegócios, provando mais uma vez ser o maior evento do setorindustrial e do agronegócio. Foram mais de 28 mil visitantes quevieram de 24 países e 25 Estados brasileiros diferentes.

Em Assuntos Legais, o advogado da Canaoeste, JulianoBortoloti, faz um alerta para as queimas de cana e orienta osprodutores para os procedimentos a serem adotados emcaso de incêndio de origem desconhecida.

Os artigos técnicos deste mês abordam diferentes te-mas, como a discussão das alternativas para o motor diesela álcool durante uma reunião técnica promovida pelo GMEC(Grupo de Mecanização da Lavoura Canavieira) e também arealização de uma avaliação comparativa de cultivares decana-de-açúcar em relação aos valores de TCH, TPH E ATRdurante a safra 2008/2009.

Adriano Pires, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de In-fra Estrutura) e professor da UFRJ, está no Ponto de Vistadesta edição e faz uma análise dos projetos que visam alte-rar a atual legislação do setor de petróleo e gás natural nonosso país, trazendo intensos embates entre pré-sal, estati-zações e eleições.

As Notícias Copercana trazem os eventos realizados paraos produtores. Em Santa Rosa de Viterbo, a Copercana apoioupalestra para os produtores de leite, ministrada pelo médicoveterinário Evaldo Segatto, da Intervet Shering. Já em TerraRoxa, na Fazenda Santa Rita, os produtores participaram detreinamento para a aplicação de produtos fitossanitários euso correto de equipamentos de proteção individual.

A Copercana em parceria com a Usina Caeté realizou tam-bém um encontro técnico para seus fornecedores de cana-de-açúcar. A reunião contou com a presença de gerentes, superin-tendentes e diretores da Copercana, Canaoeste, Usina Caeté edas empresas apoiadoras, Arysta LifeScience e Euroforte.

Além disso, não deixe de conferir nesta edição as infor-mações setoriais dadas pelo assessor técnico da Canaoes-te, Oswaldo Alonso, as dicas de leitura e de português.

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Estatizações, eleições eo pré-sal

Adriano Piresdiretor do Centro Brasileirode Infra Estrutura (CBIE) eProfessor da UFRJ.

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Canaoeste promove encontro de produ-tores de cana

Raio X dos Canaviais:Censo revela variedadesmais cultivadas

Levantamento realizado peloPMGCA-UFSCar e UFV,integrantes da RIDESA,consideroudados de SP, MG, MT e MTS

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Diretor e gerentes da Copercana eCanaoeste fazem palestras na Agrocana- Palestra para produtores de leite- Realização de encontro técnico- Produtores participam detreinamento em Terra Roxa

FEIRAS EEVENTOS

NOVASTECNOLOGIAS

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO II

MEIOAMBIENTE

ASSUNTOSLEGAIS

REPERCUTIU

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

EQUIPE DE REDAÇÃO / FOTOS:Carla Rodrigues - MTb 55.115

Carla RossisniCristiane Barão

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Janaina Bisson

(16) 3946-3311 - Ramal: [email protected]

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:11.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

www.r evistacanavieiros.com.br

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EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Ângelo Bressan FilhoResponsável pela Superin-tendência de Informações doAgronegócio da Conab

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Artigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo Técnico- Avaliação comparativa de cultivares de cana-de-açúcar quanto aos valores de TCH, TPH e ATR

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Uma postura mais agressiva

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Uma postura mais agressiva

Ângelo Bressan Filho

Entrevista

Ângelo Bressan FilhoResponsável pela Superintendência de Informações do Agronegócio daConab (Companhia Nacional de Abastecimento)

O técnico responsável pelaSuperintendência de Infor-mações do Agronegócio da

Conab (Companhia Nacional de Abas-tecimento), Ângelo Bressan Filho, apre-sentou, durante a Fenasucro e Agro-cana, o estudo “Os Fundamentos daCrise do Setor Sucroalcooleiro no Bra-sil”. Segundo ele, conhecer os motivosque estão provocando as atuais difi-culdades, observar em que medidaselas derivam de fatores estruturais e/ou conjunturais e descortinar as for-mas de superá-las, criando um novopadrão de estabilidade para o setor éum desafio para todos os analistas queacompanham o comportamento dessacadeia de produção. “O estudo é umatentativa de colaborar para o entendi-mento das raízes geradoras dos pro-blemas atuais, trazer dados e informa-ções novas sobre o assunto, revelarnossa preocupação com a gravidadeda situação e estimular um debate so-bre os caminhos a seguir na consolida-ção do etanol como novo combustívelde uso universal”, disse Bressan.

Ele também apontou os problemasque o setor enfrenta e cobrou uma pos-tura mais agressiva por parte dos produ-tores de etanol. Leia, a seguir, a entrevis-ta que ele concedeu à Canavieiros.

Revista Canavieiros: O que o se-nhor pode nos dizer sobre os objeti-vos do estudo “Os Fundamentos daCrise do Setor Sucroalcooleiro noBrasil”?

Ângelo Bressan Filho: O setor estápassando por um momento de muitadificuldade. Têm muitos grupos comproblemas sérios para continuar pa-gando as contas e ao mesmo tempo terfluxo de caixa. E nós temos que tentarentender o motivo dessa situação, uma

Uma postura mais agressivaCarla Rossini

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Entrevista

“ Se quisermos vender álcool, temos queconvencer o consumidor que comprar e usar este

combustível é melhor do que usar a gasolina.

vez que o mercado está bom quandopensamos no álcool. Todos os meses,em média, se vendem 200 mil veículosflexíveis e isso é o equivalente a apro-ximadamente 7.000 veículos por dia. Ocarro sai da loja e vai direto para o pos-to abastecer com álcool. E a produçãocresceu muito nos últimos dois ou trêsanos nesse Estado. Então, por que es-tamos passando por essa situação?

Eu analisei e encontrei um resulta-do que está vinculado a três fatoresbásicos. O setor tem que produzir umpouco para vender e um pouco paraestocar na entressafra. Quanto dinhei-ro precisamos para produzir o álcoolque não vendemos? Ele também custa.Então fiz essa conta. E descobri quenos últimos três anos o custo pulou deR$ 2 bilhões por safra paraR$ 5 bilhões. E como nãotem nenhum dinheiro dogoverno para ajudar nisso,os produtores tiveram quearrumar dinheiro com seuspróprios meios, ou seja, juntar dinhei-ro para fazer álcool e estocar para ven-der na entressafra. É claro que eles játinham estoque desse capital antes,mas como subiu muito nos últimosanos, eles precisaram arrumar um di-nheiro novo para fazer esse estoque.Então, se pegarmos todas as destilari-as que produzem para sobrar estoque(uma vez que algumas não fazem esto-que), tiveram que alavancar recursospara isso. Esse é um ponto: necessida-de de arrumar capital de giro para for-mar estoques cada vez maiores, pois oestoque é proporcional ao consumo:se o consumo cresce, o estoque temque ser maior para garantir o abasteci-mento da região.

Como os produtores, principalmen-te os menores, ficaram apertados paraformar esses estoques, eles procuramvender o mais rápido possível para fa-zer caixa. Afinal, eles têm contas parapagar. Como todo mundo quer venderrápido, o preço fica baixo. O consumi-dor adora pagar álcool a R$ 1,00. Mas éaí que estamos comprometendo o fu-turo porque todo mundo tem que ga-nhar: o consumidor, a destilaria, o for-necedor de cana precisa participar e temque ser uma coisa boa para o conjunto

da cadeia. Como os preços estão bai-xos há dois anos, com a remuneraçãodo capital, lucratividade e a rentabili-dade muito baixos, ou seja, a situaçãojá estava difícil porque tinha que arru-mar dinheiro para formar o capital degiro, sem mencionar que têm muitosgrupos que investiram em usinas no-vas, expansão e que arrumaram ummonte de dívidas.

Revista Canavieiros: E como se re-solve isso?

Bressan: Ai é o terceiro fator, tal-vez seja o mais importante. É que his-toricamente os nossos fabricantes deálcool nunca correram atrás do consu-midor. Na verdade, eles nem conhecemo consumidor, e por quê? Quando erano tempo do carro a álcool, uma vez

que o cidadão comprava um, ele pas-sava a usar álcool sem precisar fazernada para vender o álcool para ele. Oálcool anidro que misturamos na gaso-lina, é uma questão de lei, que tambémnão precisamos fazer nada para ven-der. E agora isso mudou. Se quisermosvender álcool, temos que convencer oconsumidor que comprar e usar estecombustível é melhor do que usar agasolina. E tem várias formas de fazerisso. Uma forma é vendendo barato.Como já estamos aperta-dos, se vendermos bara-to, vamos piorar a situa-ção. A outra forma é ter-mos política para con-quistar o consumidor enão temos nenhuma. Te-mos que fazer propagan-da, mostrar que o etanolé um combustível melhordo que a gasolina, poistemos as vantagens am-bientais, vantagens deser um combustível queé nosso, que gera empre-go, que tem desenvolvi-mento. Temos um montede argumentos, mas te-mos que utilizá-los por-que o consumidor está

acostumado a usar a gasolina. Com ocarro flex é possível optar. Temos quevender um produto novo para eles.

Revista Canavieiros: Um outroproblema que podemos citar quandofalamos em etanol, são as margens decomercialização...

Bressan: Esse é outro problemamuito relevante. A maioria dos Estados- tirando São Paulo, Paraná, Goiás eBahia - cobra o ICMS do álcool ao dagasolina, cuja alíquota é de 25%. Outracoisa, em várias regiões existe um con-trole dos preços dentro do setor de co-mercialização. Então, o nosso fabrican-te de álcool, que no futuro vai ser cha-mado de empresário da energia, fica es-perando alguém vir comprar o álcool delee não sabe como que se formam as mar-

gens de comercialização,como o mercado funcionalá na ponta. É uma posiçãomuito passiva, subalterna,dentro do funcionamentoda cadeia. Resultado: se pe-

garmos algumas praças, Brasília é o casomais emblemático, pois lá o álcool custa70% do preço da gasolina, independen-te de quanto esteja custando na destila-ria. Mas isso está errado. E por que isso?Certamente têm grupos lá que formamesse preço e eles não se interessam emvender o álcool. Vender álcool ou gaso-lina para eles é a mesma coisa. Eles atépreferem vender gasolina. Então, quan-do olhamos para todos os Estados, per-cebemos o seguinte: São Paulo, que dá

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um bom benefício para álcool, o consu-mo do álcool hidratado em relação aoconsumo total de combustíveis, é 55%.Já em Brasília é 20% porque o álcool lá émuito mais caro. O setor tem que fazeruma reviravolta nisso, tem que passar adiscutir as margens e ter uma posturaagressiva.

Revista Canavieiros: Mas, se o eta-nol é um produto brasileiro, por quenão é de interesse de todos os Estadosapresentarem benefícios para se con-sumir esse produto?

Bressan: Pelo menos os Estadosprodutores deveriam ter uma políticamais favorável ao etanol. Mas não é opadrão. Alguns Estados produzem bas-tante e abastecem outros. Alguns pro-duzem só o que consomem, não têmexcedentes. Ou, às vezes, nem isso. Nocaso do Espírito Santo, é um Estadoque produz bastante, mas muito menosdo que precisa. Então, esses Estadostambém deveriam ter uma política deincentivo ao consumo, mas existe umavisão fiscalista, arrecadatória. Estão

preocupados apenas com os seus co-fres na hora de arrecadar impostos e seesquecem do desenvolvimento pormeio da produção de álcool. O setortem que mudar a postura, tem de deixarde ser tão individualista, cada unidadevendendo o seu álcool como pode etentando enganar o vizinho e passar aser em comunhão. Criar mecanismos devários tipos para não vender álcoolabaixo do custo de produção. Minhaintenção não é dar essa solução por-que ela tem que nascer do próprio se-tor. Minha intenção é trazer dados parasair dessa letargia. Vamos deixar de serusineiros de açúcar para ser empresári-os da energia.

Revista Canavieiros: O que faltapara o álcool se tornar uma commo-dity mundial?

Bressan: O ponto mais importanteé que o etanol não é uma commodityporque não tem muito comércio e nãotem muito comércio porque não é umacommodity. Isso não é rompido porquenenhum país quer ficar dependente do

Brasil e do nosso álcool. Não há ou-tros países que teriam disponibilidadede vender um produto assim. Isso é umcaminho longo, tem que construir comarranjos, tratados de comércio e há al-guns países com os quais isso poderiaandar mais rápido, por exemplo, a Chi-na. Não precisamos negociar somenteo álcool, podemos fazer pacote de ne-gociação com vários produtos e o ál-cool entrar junto.

Revista Canavieiros: E aí é que en-tra o governo? Até onde essas comer-cializações dependem do governo?

Bressan: Isso depende das áreasdo governo que têm condições de terinterlocução com esses países, de fa-zer negociação. Isso até eles têm feito.Mas, aparentemente o sucesso estásendo muito limitado. Os mercados nãoestão se abrindo. No caso da UniãoEuropéia tem um complicador que é aquestão ambiental. Vamos ter de resol-ver de algum modo, pois eles queremcertificação. E a sensação que tenho éa de que não fizemos o suficiente.

Entrevista

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Ponto de Vista

Estatizações, eleições e opré-salEstatizações, eleições e opré-sal*Adriano Pires

Os quatro projetos que visam aalterar a atual legislação dosetor de petróleo e gás natu-

ral no Brasil trouxeram à tona, e destavez com bastante força, o cansativo eultrapassado debate estatização x pri-vatização. Ressuscitar esse debate éo verdadeiro objetivo do governo, opré-sal está sendo usado apenascomo pretexto. E por que essa estra-tégia é importante? No curto prazo, oobjetivo é tirar de pauta os escânda-los do Senado, os problemas na Re-ceita Federal e a gripe suína. No mé-dio prazo, é ganhar as próximas elei-ções presidenciais.

Nos últimos anos assistimos noBrasil a três grandes rounds da lutaestatistas x privatistas. O primeiro foino governo FHC, com o embate em tor-no do petróleo. Primeiro, para a apro-vação da Emenda Constitucional nº 9,que alterou o artigo 177 da Constitui-ção federal, em que era dado o mono-pólio à Petrobrás. Depois, quando datramitação e posterior aprovação da Lei9.478, em agosto de 1997. Naquele mo-mento a vitória foi dos privatistas, quese teriam aproveitado dos ventos neo-liberais que sopravam pelo mundo.

Um segundo round ocorreu na pri-meira eleição do presidente Lula, quan-do o governo FHC foi acusado de ter

Etanol é forte diferencial competitivo do Brasil no bloco de emergentes

promovido o racionamento de energiaelétrica em razão das privatizações. Ape-sar de o governo FHC ter privatizadoapenas 15% das estatais geradoras, atese que culpava a privatização pegou edeu a vitória aos estatistas. O terceiroround foi na segunda eleição do presi-dente Lula, que na época tachou o can-didato de oposição de privatista e neo-liberal. O presidente Lula acuou o ad-versário afirmando que, caso a oposi-ção ganhasse as eleições, a Petrobrás eo Banco do Brasil seriam privatizados.O candidato da oposição em momentoalgum conseguiu escapar da armadilha,mostrando que o debate não era estati-zação x privatização, e sim um Estadoeficiente assumindo posições de fiscali-zação e regulação contra um Estado gas-tador, inchado e politizado. Pela segun-da vez as urnas deram a vitória à teseestatizante. A luta é sempre reiniciada àsvésperas das campanhas presidenciais,e agora não poderia ser diferente.

É bom lembrar que, se tudo correrbem, a produção comercial do pré-salsó se iniciará a partir de 2015. O pró-prio presidente da Petrobrás, em con-traposição a outros membros do go-verno, declarou recentemente que opré-sal não é uma vaca leiteira. Mes-mo assim, o governo, de forma autori-tária e nada democrática, apresentouseus projetos para que fossem apreci-

ados e aprovados em apenas 90 diaspelo Congresso Nacional.

Quando analisamos os quatro pro-jetos enviados ao Congresso pelo go-verno, verificamos a existência de doispontos comuns a todos: o direciona-mento para uma reestatização do se-tor de petróleo e gás natural e a mu-dança de um Estado que participa darenda petroleira por meio da arrecada-ção de impostos para um Estado quevai obter a mesma renda pela comerci-alização do petróleo e do gás natural.Essa mudança acaba prejudicando Es-tados e municípios produtores de pe-tróleo. O projeto que cria a Petro-Salpropõe funções de gestora dos con-tratos de partilha e dos contratos decomercialização de petróleo e gás na-tural. A primeira é atualmente exercidapela Agência Nacional do Petróleo, GásNatural e Biocombustíveis (ANP), sóque em relação aos contratos de con-cessão. Nesse sentido, a Petro-Sal vaiesvaziar a agência. A segunda faz aPetro-Sal reencarnar o antigo Institu-

Campo de Jubarte (ES) - Presidente Lula e opresidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, com óleo

extraído da camada pré-sal nas mãos

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Ponto de Vista

to do Açúcar e do Álcool (IAA) e oInstituto Brasileiro do Café (IBC), quesó deixaram heranças malditas. Por fim,a Petro-Sal vai participar dos comitêsoperacionais dos campos de petróleo,com poder de veto. Muitos afirmamque isso teria sido copiado da estatalnorueguesa Petoro. Não é verdade. NaNoruega a estatal participa dos comi-tês operacionais porque a Petoro é in-vestidora e, portanto, entra no riscodo negócio. No Brasil, a Petro-Sal nadainveste e apenas vai exercer ingerên-cia política na administração dos cam-pos. O governo brasileiro abandona omodelo de controle da produção e fis-calização do campo por uma agênciareguladora e passa agora a ter essasfunções exercidas por uma estatal comcritérios pouco transparentes.

No contexto da volta aos anos1950, o governo propõe restituir partedo monopólio que a Petrobrás haviaperdido com a Lei 9.478. A Petrobráspassaria a ser a única operadora doscampos do pré-sal que ainda não fo-

ram licitados, com uma participaçãomínima de 30%. O primeiro comentárioé que, além da perda de eficiência, na-tural em empresas monopolistas, essanovidade tende a afastar investimen-tos das tradicionais empresas petrolí-feras, que poderão não aceitar ser me-ras parceiras financeiras da Petrobrás.Por outro lado, o novo modelo poderáatrair empresas estatais, principalmen-te chinesas, que têm grande disponi-bilidade de capital e pouca tradiçãocomo operadoras de petróleo. O go-verno chinês deixaria de comprar pa-péis do Tesouro americano e passariaa comprar reservas de petróleo no Bra-sil. Ficaria estabelecida a eficiente emoderna parceria estatal com estatal.A Petrobrás monopolista também pas-sa a ser um monopsônio, transforman-do-se na única compradora das indús-trias fornecedoras de bens e serviçospara o pré-sal. Será que uma Petrobrásmonopolista e exercendo o poder demonopsônio é caminhar para a moder-nidade e proteger os interesses dopovo brasileiro?

É provável que a oposição nãoconsiga sair do canto do ringue.Quando vemos políticos da oposi-ção fazendo críticas artificiais aosprojetos do governo para assegu-rar que não serão acusados de pri-vatistas, temos a certeza de que ca-íram, mais uma vez, na armadilha denão ter coragem de enfrentar o ver-dadeiro debate. E, nesse caso, napróxima campanha presidencial oembate será entre estatistas e esta-tistas. Pobre Brasil, que com a ado-ção do novo modelo do pré-sal po-derá gerar duas maldições: a conhe-cida doença holandesa e, na con-tramão do mundo, sujar a nossa ma-triz energética, que sempre foi dasmais limpas do mundo.

*Adriano Pires é diretor do Cen-tro Brasileiro de Infra Estrutura(CBIE) e Professor da UFRJ.

Fonte: Artigo publicado originalmen-te no jornal O Estado de S. Paulo, na

edição de 10 de setembro de 2009.

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Copercana apoia palestrapara produtores de leite

Diretor e gerentes daCopercana e Canaoestefazem palestras na Agrocana

NotíciasCopercana

Diretor e gerentes daCopercana e Canaoestefazem palestras na Agrocana

Aconvite da Jumil, empresa for-necedora de máquinas, servi-ços e tecnologias agrícolas, o

diretor da Canaoeste, Luiz Carlos TassoJúnior, e os gerente da Copercana (Uni-dade de Grãos), Augusto César StriniPaixão, e da Canaoeste (DepartamentoTécnico), Gustavo de Almeida Noguei-ra, proferiram palestras na manhã de 4de setembro, no Auditório da Agroca-na. As palestras fizeram parte da pro-gramação de eventos paralelos realiza-dos durante a Fenasucro e Agrocana ereuniram produtores, estrangeiros, con-vidados e colaboradores para discuti-rem sobre mercado, plantio e equipa-mentos voltados ao produtor rural.

Na abertura das palestras, RubensDias Morais, presidente da Jumil, falousobre o governo brasileiro, suas atitu-des e comparação com líderes de outrospaíses. Durante as palestras, foram abor-dados os temas: perspectiva de mercado

Carla Rossini

As perspectivas de soja e do amendoim e a tecnologia do plantio direto foram os temas abordados

para soja e amendoim na safra 2009/2010pelo gerente Augusto César Strini Pai-xão e o ciclo entre culturas – plantio dire-to na palha da cana-de-açúcar pelo ge-rente Gustavo de Almeida Nogueira. Odiretor Tasso Júnior acompanhou as dis-cussões e esclareceu dúvidas dos con-vidados. A Linha Canavieira Jumil foiapresentada por Fábio Chencci Correia.

Segundo o presidente da Jumil, “aintenção de realizar as palestras foimostrar para os produtores as formasde conseguir mais espaço, rentabili-dade, identificar oportunidades paraaumento da produtividade e manei-ras de sobreviver sem depender doapoio do governo”.

Copercana apoia palestrapara produtores de leiteCarla Rossini

Evento foi realizado em Santa Rosa de Viterbo

Pensando na diversificação dasatividades, a Copercana, por meioda sua filial de Santa Rosa do Vi-

terbo, organizou e apoiou palestra paraprodutores de leite realizada na propri-edade do pecuarista Benedito Baruco,no dia 29 de julho.

Quarenta e oito produtores da As-sociação de Santa Rosa de Viterbo par-ticiparam da palestra do médico veteri-nário Evaldo Segatto, da Intervet She-ring. Segatto abordou a qualidade doleite: manejo com os animais durante aordenha, higiene com os tetos, trata-mento de mastite clínica e subclínica,entre outros assuntos.

Mudança de prédio: Em breve, a lojada Copercana em Santa Rosa de Viterboestará funcionando em novo endereço

para melhor atender aos cooperados dacidade e região: rua Dr. Mário Carneiroda Cunha, 761 - Jardim Gurilândia.

Luis Carlos Tasso Júnior, Augusto César Strini Paixão, Gustavo Nogueira,Flávio Trezza, Rubens Dias Moraes, Fábio Chencci Correia

Daniela Ferreti (veterinária da Associação), Evaldo Segatto (Intervet Shering),Cid André Rachetti (presidente da associação), Mauro Ribeiro (cooperado),

Gustavo Lopes (veterinário Copercana) e Mauro (gerente da loja Santa Rosa de Viterbo).

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NotíciasCopercana

Copercana realiza encontrotécnico com fornecedoresCopercana realiza encontrotécnico com fornecedores

Difundindo novos conhecimen-tos voltados à evolução tec-nológica do setor sucroalco-

oleiro, a Copercana, em parceria com aUsina Caeté, realizou no dia 26 de agos-to, um encontro técnico para cerca de100 fornecedores de cana-de-açúcar. Oevento contou com a presença de ge-rentes, superintendentes e diretores daCopercana, Canaoeste, Usina Caeté edas empresas apoiadoras, Arysta LifeS-cience e Euroforte.

O engenheiro agrônomo da Coper-cana - filial Uberaba, Flávio Guidi, abriua reunião, apresentando os represen-tantes da Copercana, entre eles o dire-tor Pedro Esrael Bighetti.

Durante sua palestra, o superinten-dente Agroindustrial da Caeté, Leonar-do Costa, ressaltou a importância daparceria proporcionando aos fornece-dores conhecimento e novas tecnolo-gias. Ele lembrou a importância da uniãodos fornecedores, condomínios e sin-dicatos para a busca de alternativas fi-nanceiras para superar a crise.

Já o gerente de TI (Tecnologia daInformação) da Caeté, Gilvan Falcão,enfatizou a preocupação da empresaem disponibilizar aos usuários da rede(colaboradores e fornecedores) umambiente seguro. Para tanto, Falcãodemonstrou as medidas tomadas pelaempresa por meio de treinamentos edocumentos para uma melhor utiliza-ção do ambiente de rede.

O diretor comercial da Caeté, Se-verino Cláudio, iniciou sua palestraapresentando as boas perspectivasde mercado para o setor, consideran-do que haverá queda na oferta mun-dial em decorrência da quebra da sa-fra na Índia, segundo maior produtor,e dos baixos estoques de açúcar dosEstados Unidos (que passou de 6%para 3%). Cláudio alertou que este éo momento da virada, de buscar so-luções para melhorar preços e as con-dições do canavial.

Da Redação

Evento foi realizado em parceria com a Usina Caeté;

Com relação ao etanol, Cláudio apre-sentou os dados que comprovam quedos 26 milhões de litros que são produzi-dos no Brasil, 24 milhões de litros sãodestinados para o consumo interno e orestante para exportação e concluiu que,se não acontecer nenhum imprevisto,serão 18 meses de preços altos e lucrati-vos pela frente. “É um momento históri-co, de preços históricos”, disse Cláudio.

Para falar sobre as projeções do valorde ATR para esta safra, a palestra foi como gerente de Controle Agrícola da Caeté,Santo Amauri. Segundo a previsão daOrplana, o valor do ATR poderá ultrapas-sar o valor de R$ 0,32. E para a safra 2010,este valor pode chegar aos R$ 0,35.

Amauri alertou sobre a necessida-de das renovações das inscrições deprodutores rurais, explicando que aCaeté está impedida de receber a canade fazendas que não possuem inscri-ção renovada, porque não há comoemitir notas fiscais.

Caio Formigari, coordenador dedesenvolvimento de produtos paracana, da Arysta, empresa que desde2004 atua no segmento da cana, falousobre as vantagens do herbicida Dina-mic. Com ênfase na seletividade paracana-de-açúcar, o produto atua somentenas plantas daninhas, além de apresen-tar grande eficiência para o controle demamonas, mucuna preta, corda de vio-la e melão são caetano. O produto podeser usado tanto em cana colhida manu-almente quanto mecanizada, pois é umherbicida adaptado para aplicação.

Gustavo Nogueira, gerente do de-partamento técnico da Canaoeste, mos-trou o histórico de evolução da meca-nização nas lavouras de cana-de-açú-car. Dentre as principais dificuldadesda mecanização estão o pisoteio desoqueiras, compactação do solo, apa-recimento de novas pragas (como a ci-garrinha), além de algumas variedadesnão adaptadas para o corte mecânico.

Dentre as vantagens da colheitamecanizada estão melhor conservaçãodo solo, aumento da quantidade dematéria orgânica, diminuição da com-pactação, além de redução do custocom operações agrícolas e sistematiza-ção de área de colheita.

O pesquisador, fundador e sócio daEuroforte, Flávio Pompei, apresentou ofertilizante Eurobooster, que também aju-da na fixação de nitrogênio. Mostrou aimportância dos micros para o melhor de-senvolvimento da planta e, consequente-mente, melhor retorno financeiro. O pes-quisador demonstrou resultados de expe-rimentos em várias usinas da região bemcomo o ganho de tonelada que o uso doproduto proporcionou, chegando a ser de20 toneladas em cana de 5º corte.

No final do encontro, o diretor daCopercana, Lelo Bighetti, parabenizoua iniciativa da Usina em promover umevento de alto nível e ressaltou a satis-fação da parceria entre as duas institui-ções. “Eventos assim devem ser realiza-dos com frequência, pois esclarecemdúvidas e integra produtores, coopera-tiva, empresas e usina”, disse Lelo.

Organizadores e representantes das empresas apoiadoras

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NotíciasCopercana

Produtores participam detreinamento em Terra RoxaProdutores participam detreinamento em Terra Roxa

No dia 10 de setembro foi reali-zado na Fazenda Santa Rita, emTerra Roxa, Treinamento sobre

Tecnologia de Aplicação de ProdutosFitossanitários e Uso Correto de Equi-pamentos de Proteção Individual paraa capacitação da mão-de-obra.

O treinamento teve como principalfoco a utilização correta dos equipa-mentos de proteção individual, manu-seio dos produtos fitossanitários, comotambém a correta utilização dos equi-pamentos de aplicação.

Estima-se que cerca de 70% dosprodutos pulverizados nas lavouraspodem ser perdidos por má aplicação.Esse projeto visou alertar e principal-mente corrigir práticas que os produ-tores julgavam corretas.

O treinamento foi patrocinado pelaArysta e realizado pela equipe do IAC(Instituto Agronômico), que frisou mui-to bem os riscos da exposição a produ-tos fitossanitários e também fatoresque podem fazer da sua pulverizaçãoapenas mais um custo ou um investi-mento com o retorno desejado.

Da redação

Focos foram a tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários euso correto de equipamentos de proteção individual

Ao final do treinamento, osprodutores se disseram satisfei-tos com o conteúdo e com a aten-

ção da Copercana e Canaoeste empromover eventos com esta qua-lidade.

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NotíciasCanaoeste

Consecana

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de AGOSTO de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de AGOSTO, referente à Safra2009/2010, é de R$ 0,2913 .

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a agosto e os acumulados até AGOSTO,são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 08/09DATA: 31 de agosto de 2009

1313131313

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercadoexterno (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e aomercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a agosto e os acumuladosaté AGOSTO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/09, são os seguintes:

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NotíciasCanaoeste

Canaoeste promoveencontro de produtoresde cana

Canaoeste promoveencontro de produtoresde cana

Cerca de 300 produtores decana participaram do encon-tro promovido pela Canaoes-

te na quinta-feira, 3 de setembro, den-tro da programação da Fenasucro &Agrocana.

De acordo com o presidente daCanaoeste, Manoel Ortolan, objeti-vo do encontro foi “discutir questõesque afetam diretamente e de forma im-portante o produtor de cana, comoas linhas de crédito disponíveis paraa produção, o alcance e as consequ-ências da legislação ambiental, acontribuição do setor sucroenergé-tico para o desenvolvimento susten-tável e as alterações que o Congres-so Nacional discute na legislação querege a atividade”.

“A economia e o setor já dão si-nais de recuperação e, dessa forma,o produtor de cana precisa estar pre-parado, organizado e bem informadopara se posicionar e fortalecer suaatividade”, disse Ortolan.

Para o presidente da Agrocanae da Copercana, Antonio EduardoTonielo, informação é fundamentalpara o produtor e a Agrocana trou-xe muitas novidades. “Até 2014,teremos de zerar o corte manual e,para isso, precisamos estar prepa-rados tanto na lavoura como na in-dústria”, ressaltou.

O presidente da Orplana (Organi-zação dos Plantadores de Cana da Re-gião Centro-Sul do Brasil), Ismael Pe-rina Júnior, ressaltou que a produçãotem sido prejudicada pela discussãoideológica de temas, cuja abordagemdeveria ser eminentemente técnica. Ele

Cristiane Barão

Evento reuniu cerca de 300 fornecedores e fez parte da programação da Fenasucro/Agrocana

citou como exemplo a provável alte-ração nos índices de produtividade,critério utilizado para desapropriaçãode área para a reforma agrária. “A clas-se produtiva não está tendo a opor-tunidade de se posicionar”, alertou.

Palestras - O primeiro palestran-te foi o diretor de Agronegócios doBanco do Brasil ,José Carlos Vaz, queabordou as oportu-nidades de créditopara o produtor .Para ele, a participa-ção no evento foimuito importante.

“O objetivo foidar conhecimentodas tendências demercado, auxiliando

o produtor, empresários e cooperati-vas nas tomadas de decisão quantoao futuro do segmento agrícola. Alémde ressaltar a importância de investirem ações estruturais para o fortale-cimento dos negócios e preparaçãopara os ciclos da atividade produti-va, historicamente intercalados pormomentos de crise e euforia”, disse.

A mesa foi composta por Juliano Bor toloti (advogado da Canaoeste), José Carlos Vaz (diretor de Agronegóciosdo Banco do Brasil), Antônio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana), Manoel Or tolan (presidente da

Canaoeste), Augusto Balieiro (diretor da Multiplus Eventos) e Ismael Perina Júnior (presidente da Orplana)

Diretor deAgronegócios doBanco do Brasil,José Carlos Vaz

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NotíciasCanaoeste

Em seguida, o advogado da Ca-naoeste, Juliano Bortoloti, apresen-tou os reflexos e consequências daatual legislação ambiental. Bortolotiapresentou dados da Embrapa Mo-nitoramento por Satélite que mostramque as legislações ambientais res-tringem o uso das terras em, pelomenos, 67% do país. Segundo ele, alegislação que rege a atividade nocampo está descolada da realidadeda produção brasileira.

O deputado federal Duarte No-gueira abordou o projeto de CódigoFlorestal, já em discussão na CâmaraFederal. A proposta visa modificar ealterar 16 mil normas ambientais emvigor e substituir os mais de 130 pro-jetos em discussão no Congresso. Deacordo com ele, a bancada ligada aoagronegócio está definindo algunspontos considerados cruciais para aquestão ambiental: daqui para fren-te, desmatamento zero, apreciaçãocientífica para extensão das APPs as-sociadas ao relevo; uso do Zonea-mento Econômico Ecológico e com-pensação da Reserva Legal em ou-tras bacias hidrográficas.

Mais de 300 produtores lotaram oauditório da Agrocana

Ele ressaltou também que, em relação à atualização dos índices de produti-vidade, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, esteve com a FrenteParlamentar da Agropecuária na semana passada e garantiu que não irá assinara portaria com os novos índices. “Émais um assunto inconveniente. A áreade assentamentos no Brasil chega a80 milhões de hectares, mais do que aárea plantada com grãos”, disse.

A importância do setor sucroe-nergético para o desenvolvimentosustentável foi o tema da palestrade Ricardo Viegas, diretor do De-partamento de DesenvolvimentoSustentável da Secretaria de Esta-do do Meio Ambiente e gerente doprojeto Etanol Verde. O objetivo doprojeto é desenvolver tratativascom o setor para o crescimento sus-tentável. Entre as ações estão oProtocolo Agroambiental, que an-tecipou os prazos para a elimina-ção da queima da cana.

No final do encontro, a diretora exe-cutiva do CIB - Conse-lho de Informações so-bre Biotecnologia,Alda Lerayer, lançou oGuia da Cana-de-Açú-car, uma publicaçãoque aborda a origemhistórica do cultivo dacana-de-açúcar, qual asua utilização atual-mente e os mais recen-tes progressos cienti-fico na área.

Advogado da CanaoesteJuliano Bortoloti

Deputado federalDuarte Nogueira

Ricardo Viegas,diretor doDepartamento deDesenvolvimentoSustentável daSecretaria deEstado do MeioAmbiente egerente do projetoEtanol Verde

Diretora executiva do CIB,Alda Lerayer, lançou o Guia

da Cana-de-Açúcar

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Fenasucro e Agrocanamovimentam R$ 2,2 bilhões

Feiras e Eventos

Fenasucro e Agrocanamovimentam R$ 2,2 bilhões

AFenasucro e a Agrocana, re-alizadas de 1 a 4 de setem-bro, atingiram o volume de

negócios estimados de R$ 2,2 bi-lhões. Os 420 expositores, por reco-nhecerem a projeção que as feirasdão ao que é exposto, aproveitarampara fazer importantes lançamentosde máquinas e produtos para a in-dústria do açúcar, etanol e energia.

“Tivemos lançamentos nacionaise mundiais de grandes fabricantes demáquinas e equipamentos agrícolas.A repercussão foi satisfatória e mui-tos produtos foram vendidos”, afir-ma o diretor de marketing da Multi-plus, Augusto Balieiro.

O número de vis i tantes foi28.563 pessoas que vieram de 24países e de mais 25 Estados do Bra-sil. Representantes da África doSul, Alemanha, Argentina, Bolívia,Colômbia, Coréia do Sul, CostaRica, Cuba, El Salvador, Equador,Estados Unidos, França, Holanda,Índia, Inglaterra, Itália, México, Pa-raguai, Peru, Portugal, Repúblicado Congo, Uruguai, Venezuela eZimbábue formaram o grupo de vi-sitantes estrangeiros.

Como parte da programação, a Ca-naoeste reuniu cerca de 300 produ-tores de cana para discutir créditorural e legislação ambiental (leia maisnas páginas 14 e 15) e a Orplana (Or-ganização dos Plantadores de Canada Região Centro-Sul do Brasil) rea-lizou a oitava reunião do conselhodeliberativo da entidade, com a pre-sença do presidente da entidade, Is-mael Perina Junior.

A próxima edição da Fenasucro eAgrocana será realizada de 31 deagosto a 3 de setembro de 2010.

Carla Rodrigues

Evento reuniu cerca de 300 fornecedores e fez parte daprogramação da Fenasucro/Agrocana

Estande da Copercana, Canaoeste,Cocred, Revista Canavieiros e Sindicato

Rural na Agrocana 2009

Autoridades realizaram a abertura oficialda Fenasucro & Agrocana 2009

Após a abertura, autoridades visitaram o estandedo Sistema Copercana

Clientes e cooperados prestigiaram oestande da Copercana

Uma comitiva de prefeitos da região deSertãozinho visitou o estande da Copercana

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Novas Tecnologias

Santal e Case lançamcolhedoras na AgrocanaSantal e Case lançamcolhedoras na Agrocana

Durante a Fenasucro & Agro-cana, realizadas em Sertãozi-nho de 01 a 04 de setembro, a

Santal e a Case IH lançaram suas co-lhedoras de cana.

A Santal apresentou sua Tandem S II.Seu diferencial em relação à colhedoraanterior Tandem está no motor, cabine,economia de combustível e redução demanutenção. O motor Scania DI 12 é ex-clusivo desta máquina e oferece ao pro-dutor o consumo ideal e torque com rota-ção de trabalho de 1800rpm. Além disso,sua cabine é totalmente segura e propor-ciona um maior conforto ao trabalhador.

Também é a única máquina do mer-cado projetada para atender colheitasem todos os espaçamentos existentes(1,0m, 1,1m, 1,4m, e 1,5m). Outra caracte-rística é o sistema Tandem de tração (6 x4), que proporciona maior estabilidadena colheita e a capacidade de copiar osolo e os pneus de alta flutuação garan-tem baixa compactação na área e baixosdanos nas soqueiras – 50% menor queo sistema de pneu convencional.

O sistema Tandem permite ao equi-pamento um deslocamento de até 26km/h, inclusive em asfalto, e tráfego emrampa de até 30% de inclinação, loco-moções estas realizadas sem a neces-sidade de caminhão prancha. Outravantagem é seu custo de manutenção,chega a ser até 97% menor do que es-teira no sistema rodante.

A colhedora ainda oferece um servi-ço específico: o kit mudas, para a colhei-ta de mudas. Para isso basta fazer umasimples substituição e todos os pontosde contato entre máquina e cana serãoprotegidos, diminuindo o atrito e valori-zando ainda mais a produtividade.

A Case IH também apresentou seuslançamentos: as colhedoras de cana

Carla Rodrigues

Fabricantes aproveitam feira para apresentar equipamentos

A4000 e A8000. A colhedorade cana A4000 foi desenvolvi-da especialmente para aque-les produtores que trabalhamem áreas para espaçamento re-duzido (a partir de 1,0m) e via-biliza a colheita mecanizada empequenos e médios canaviais.

Esta nova máquina tam-bém pode ser usada em plan-tio com espaçamentos con-vencionais e tem capacida-de para colher uma linha porvez sem pisotear as soquei-ras, proporcionando umamelhor produção.

Já a colhedora de canaA8000 é utilizada para umaprodução maior, com espaça-mentos de 1,40m entre uma li-nha e outra. Suas principaisnovidades são: motor - o com-prador pode escolher entreduas opções: Scania DC9 ouCase IH, novo sistema de ar-refecimento, nova cabine ele-trônica, novo picador e a atu-al tecnologia de agricultura deprecisão Case IH.

Doação – A Case IH doouum trator Magnum 305 para aUnica (União da Indústria deCana-de-Açúcar) em forma depatrocínio para o Programa deRequalificação de Trabalha-dores em Operações Manu-ais de Cana-de-Açúcar.

Este trator é o maior do Bra-sil e recebe o nome Magnum305 devido a sua potência (nú-mero de cavalos). O valor esti-mado varia de 300 mil a 350 milreais. Quem o arrematou foi aUsina São Martinho duranteum leilão virtual.

O gerente de Marketing da América Latina da Case IH, Ari Kempenich,fez apresentação da nova colhedora de cana A4000

Presidente da Santal, Arnaldo Ribeiro Pinto fez o lançamento daTandem SII a nova colhedora de cana da Santal

A Case IH doou um trator Magnum 305 para a Unica em forma depatrocínio para o Programa de Requalificação de Trabalhadores em

Operações Manuais de Cana-de-Açúcar.

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NotíciasCocredBalancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - JULHO/2009

Valores em Reais

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Raio X dos Canaviais: Censo revReportagem de Capa

Raio X dos Canaviais: Censo rev

As variedades de cana-de-açú-car são consideradas uma dascolunas mestres da produção

de matéria-prima e do crescimento sus-tentável do setor sucroenergético. Emassim sendo, o melhoramento genéti-co é, significativamente, a área que con-tribui para este avanço. Nestas últimastrês décadas foi marcante a contribui-ção desta tecnologia, pois permitiu,pelo emprego de variedades genetica-mente melhoradas, obter acréscimos demais de 30% em produtividade agríco-la e marcante evolução da qualidadeda matéria-prima.

Atualmente, o Brasil conta comquatro programas de melhoramentogenético da cana-de-açúcar, disponibi-lizando as atuais e futuras variedadespara cultivo e possibilitando os melho-res manejos varietais aos produtoresde cana, açúcar, etanol e energia, quaissejam: a Canavialis, variedades CV parabreve, o Centro de Tecnologia Canavi-eira (variedades CTC, sucessor da Co-persucar - variedades SP), o InstitutoAgronômico de Campinas (variedadesIAC) e Rede Interuniversitária para oDesenvolvimento do Setor Sucroalco-oleiro- RIDESA (variedades RB).

O manejo varietal, quando inadequa-damente aplicado, pode comprometerprodutividade, segurança fitossanitáriae provocar sérios prejuízos. É desacon-selhável concentrar elevado percentualde cultivo em uma ou poucas varieda-des. Exemplos recentes de concentra-ção de áreas sobre uma só variedade eprejuízos de grande monta foram obser-vados com a NA 56-79 e SP71-6163, res-pectivamente, dizimadas pelo carvão eo amarelinho, e na variedade australia-na Q124 pela ferrugem laranja.

Para avaliar a participação de vari-

Ridesa - UFSCar e UFVAdaptação Oswaldo AlonsoAssessor Técnico CANAOESTE

Levantamento realizado pelo Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar dasUniversidades Federais de São Carlos e Viçosa (PMGCA-UFSCar e UFV), integrantes da

RIDESA,considerou dados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

edades, os programas de melhoramen-to genético de cana-de-açúcar utili-zam-se, anualmente, de Censos Varie-tais que possibilitam acompanhamen-tos da (in)evolução, mostrar tendên-cias de crescimento de determinadasvariedades e recomendações segurasde seus cultivos.

Com esta finalidade, o Programa deMelhoramento Genético da Cana-de-Açúcar das Universidades Federais deSão Carlos e Viçosa (PMGCA-UFSCare UFV), integrantes da RIDESA, reali-zaram em 2008 o Censo Varietal das áre-as de formação (expansão e reforma) ede colheita de cana-de-açúcar junto àsunidades industriais e associações declasse conveniadas.

Assinam o estudo os pesquisa-dores Roberto G. Chapola, Antonio R.Fernandes Júnior, João R.B.F Rosa,Antonio Bassinello, Marcos A.S. Vi-eira e Herman P. Hoffmann, do PMGC-Ufscar, e Márcio Henrique Pereira

Barbosa e Luís Cláudio Inácio da Sil-veira, do PMGC-UFV.

Os dados coletados foram reunidospor Estado ou região. Para este censo,colaboraram 147 unidades, sendo 16 doestado de Minas Gerais, 19 do MatoGrosso do Sul, 8 do Mato Grosso e 104do Estado de São Paulo, totalizandocerca de 3,8 milhões de hectares, ob-tendo-se a significativa representativi-dade de 76,7%, uma vez que a área cul-tivada com cana-de-açúcar nestes qua-tro Estados foi de 4,95 milhões de hec-tares (Conab, abril 2009).

A Tabela 1 apresenta as variedadesmais utilizadas (até 2%), nestes quatroEstados, nas áreas de plantio (renova-ção e expansão) que, em comparação àárea total (Tabela 2), mostrou crescimentode cultivo das RB867515 e SP81-3250,redução de plantios das variedadesRB72454, RB835486 e SP79-1011 (estasduas, menos tolerantes à ferrugem) emarcando a participação da RB925211.

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Reportagem de Capa

vela variedades mais cultivadasvela variedades mais cultivadas

Tabela 1:- CENSO VARIETAL 2008 -RIDESA Áreas e percentuais de plantios

nos Estados de Minas Gerais, Mato Grossodo Sul, Mato Grosso e São Paulo

A Tabela 2 mostra as variedadesmais plantadas em área total de cultivo(também, até 2%), que ocuparam jun-tas 75,3% da área censeada e somentea RB867515 se aproximou dos 20%, re-fletindo a adequação à segurança fi-tossanitária. Ainda, com relação à dis-tribuição das variedades, as “RBs” al-cançaram 57% da área total de cultivo.

Os resultados do Censo Varietal parao Estado de Minas Gerais, efetuado peloPMGC-UFV-Universidade Federal de Vi-çosa, constam das Tabelas 3 e 4. Nestastabelas são apresentadas as variedadesmais utilizadas no plantio e colheita du-rante o ano de 2008, mostrando o contí-nuo e expressivo acréscimo da

Tabela 2:- CENSO VARIETAL 2008 -RIDESA Áreas totais** e percentuais nos

Estados de Minas Gerias, Mato Grosso doSul, Mato Grosso e São Paulo

Tabela 3:- CENSO VARIETAL 2008 - UFVUniversidade Federal de Viçosa - Áreas

percentuais de plantio no Estado de Minas Gerais

Tabela 4:- CENSO VARIETAL 2008 - UFVUniversidade Federal de Viçosa - Áreas totais**

e percentuais no Estado de Minas Gerais

Tabela 5:- CENSO VARIETAL 2008 pelaUFSCar -Universidade Federal de São

Carlos - Áreas percentuais de plantio noEstado de São Paulo

RB867515, embora já próximo do limiteda segurança fitossanitária.

Nota-se na Tabela 3, a citação deplantio da CTC9 e que houve retraçãode plantios das variedades SP81-3250,RB72454, SP80-1816 e SP79-1011. AsTabelas 3 e 4, mostram ainda as expres-sivas áreas de plantio e de cultivo daRB835486, comparativamente aos de-mais Estados, provavelmente em fun-ção da menor ocorrência de ferrugem.Por este censo e na área de cultivo, aparticipação das variedades RBs noEstado de Minas Gerais foi de 56%.

No Estado de São Paulo, o CensoVarietal efetuado pelo PMGC-UFSCar-Programa de Melhoramento Genético da

Cana-Universidade Federal de São Car-los, por áreas de plantio e total de cultivo,estão apresentados nas Tabelas 5 e 6, .

A Tabela 5 mostra acréscimos emplantios das variedades RB867515,SP81-3250, SP89-1115 e RB925211. Emcontrapartida, notam-se as sensíveisreduções de plantio das RB72454 eRB835486 (ferrugem).

Tabela 6:- CENSO VARIETAL 2008 -UFSCar Universidade Federal de São

Carlos - Áreas totais** e percentuais, noEstado de São Paulo

Pelo Censo Varietal paulista, resumi-do na Tabela 6, notam-se, também, mar-cantes utilizações das RB867515 e SP81-3250, que já ocupam 30% da área total decultivo no Estado de São Paulo. Se bemque 76,4% da área total são ocupadas com11 (áreas de cultivo até 2%) das principaisvariedades, mostrando o cuidado fitossa-nitário aplicado à cultura canavieira.

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Canavialis lança as primeirasvariedades de cana

Reportagem de Capa

Canavialis lança as primeirasvariedades de cana

Com as CV Pégaso e CV Centauro, a empresa se tornou a primeira da iniciativa privada doBrasil a apresentar produtos para a indústria canavieira

Carla Rossini

Com o nome inspirado na influ-ência dos astros na agricultu-ra, duas variedades de cana-de-

açúcar foram lançadas pela Canavialis:CV Pégaso e CV Centauro. O eventode lançamento reuniu jornalistas nasede da empresa, em Campinas, no dia17 de setembro.

Segundo Ivo Fouto, líder da Cana-vialis, CV Pégaso e CV Centauro sãoas primeiras variedades desenvolvidaspela iniciativa privada e vão ampliar osbenefícios oferecidos às usinas e au-mentar a oferta de adaptabilidade deplantas em diversas regiões do país.

“A cana tem alto nível de sensibi-lidade a regionalização, às condiçõesclimáticas e de solo. Se levarmos emconsideração que o Brasil está expan-dindo a fronteira agrícola canavieirapara regiões onde a cana não era cul-tivada antes, como Minas Gerais eCentro-Oeste, o mercado vai precisarcada vez mais de variedades com altaperformance e adaptáveis nestas áre-as ainda não totalmente exploradas”,explicou Fouto.

A expectativa é que as variedadescomecem a ser comercializadas a par-tir de 2012. Até lá, elas serão planta-das como teste em cerca de 70 usinas.Fouto explicou que o lançamento devariedades da Canavialis possui umplano diferente dos demais existenteno mercado, pois é específico para cli-entes da empresa e foi baseado no ma-nejo varietal e ambiente de produçãode cada propriedade.

Quando questionado sobre as va-riedades da Canavialis para fornecedo-res independentes de cana-de-açúcar,Fouto respondeu que a forma mais ade-quada desses produtores terem aces-so aos produtos é por meio de usinas eassociações de classe. “Penso que

apenas um fornecedorcontratar os serviços daCanavialis é inviável. Mas,por meio de grupos, asso-ciações e usinas é possí-vel”, disse Fouto.

Canavialis - A Canavi-alis foi criada em março de2003, fruto de uma parce-ria entre a Votorantim No-vos Negócios e um grupode cientistas com mais de30 anos de experiência nodesenvolvimento de vari-edades de cana-de-açúcar.Em novembro de 2008, aCanavialis foi adquirida pela Monsan-to juntamente com a Alellyx.

A empresa se dedica a soluçõesgenéticas aplicadas à cultura de cana eatua no desenvolvimento das novas

variedades através da hibridação e daengenharia genética. A Canavialis temcontratos com 46 usinas, cuja a área deprodução soma 1,1 milhão de hectaresde cana-de-açúcar, ou aproximadamen-te 15% do mercado.

Biofábrica da Canavialis: regeneração e multiplicação

Ivo Fouto, líder da Canavialis: “Pensoque por meio de grupos, associações eusinas é possível o fornecedor contratar

os nossos serviços”

Estágios da regeneração, multipli-cação e cultivo da nova variedade

Mauro Violante, técnicoda Canavialis apresentouas características das duasnovas variedades:CV Centauro e CV Pégaso

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Ceise BR tem novadiretoria

Destaque

Ceise BR tem novadiretoriaCarla Rossini

Empresários e autoridades locais participaram da cerimônia de posse, realizada no dia 1º

A nova diretoria do Ceise Br(Centro Nacional das Indús-trias do Setor Sucroalcoolei-

ro e Energético), para o triênio 2009/2012 foi empossada no dia 1º de se-tembro. A cerimônia de posse foi rea-lizada em sua sede e contou com aparticipação de empresários e autori-dades de Sertãozinho.

Após fazer uma explanação so-bre as atividades da entidade emseu comando, o ex-presidente, Má-rio Clóvis Garrefa, passou a presi-dência para Adézio José Marques,que discursou em agradecimento àchapa que o apoiou e foi decisivapara sua eleição.

Em nome do prefeito municipal deSertãozinho, Nério Costa, que nãopode estar presente, falou o secretá-rio da Indústria e Comércio, MarceloPelegrini, que parabenizou o trabalhorealizado pela antiga diretoria e deu asboas vindas à nova equipe que vai co-mandar a entidade. “Desejo muito su-cesso à nova gestão, que está che-gando com fôlego novo para adminis-trar essa entidade que é muito repre-sentativa e serve de parâmetro paranossas indústrias”, disse Pelegrini.

O empresário Antonio EduardoTonielo Filho, que é primeiro vice-presidente da chapa eleita, tambémdiscursou em agradecimento à con-fiança depositada pelos empresári-os. “Sou um apaixonado pela indús-tria e conheço todos os seus meca-nismos. Por isso, tenho condiçõesde contribuir muito para que essa en-tidade cresça e se fortaleça”, disseTonielo Filho.

No final da cerimônia, Adézioanunciou que o novo presidente daFenasucro será o empresário Vag-ner Stefanoni.

NOVA DIRETORIA CEISE BR

Triênio 2009/2012:PRESIDENTE - Adézio José MarquesPRIMEIRO VICE-PRESIDENTE Antônio Toniello FilhoSEGUNDO VICE-PRESIDENTE - Vagner StefanoniTERCEIRO VICE-PRESIDENTE - João Luis SverzutQUARTO VICE-PRESIDENTE - Osvaldo MazerQUINTO VICE-PRESIDENTE - Almir LazariniSEXTO VICE-PRESIDENTE - Paulo GalloPRIMEIRO DIRETOR FINANCEIRO - Maria Conceição Ferreira TuriniSEGUNDO DIRETOR FINANCEIRO - Waldemar Manfrin JúniorPRIMEIRO SECRETÁRIO - Aparecido LuizSEGUNDO SECRETÁRIO - Gilson José Rodrigues

CONSELHO FISCAL – TITULARAndré Ricardo ValochiDevanir BortolotMaria Lúcia Daniel Jorge

CONSELHO FISCAL – SUPLENTEAlexandre Benelli FilhoJoão Celso BononiJosé Rubens Fernandes Lopes

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CHUVAS DE AGOSTOe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE AGOSTOe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de AGOSTO de 2009.

Revista Canavieiros - Setembro de 20092626262626ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

A média das observações dechuvas durante o mês de AGOS-TO (98mm) "ficou" muito acimada média das normais climáticas (24mm). Entretanto, nota-se pelos informes que, em Batatais, Barretos, Franca, MorroAgudo e Terra Roxa (faixa leste da região de abrangência da CANAOESTE), as chuvas foram significativamenteinferiores aos demais locais.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 13 a 16 de AGOSTO de 2009.

O Mapa 1, ao lado,mostra que o índice deÁgua Disponível no Solo,no período de 13 a 16 deAGOSTO, apresentava-secomo baixo a crítico emquase toda área sucroener-gética Centro-Norte e partedo Sudoeste do Estado. Ooposto foi observado nafaixa Centro-Sul do Estado.

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Informações Setoriais

sem abusar !nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Setembro de 2009 2727272727

Mapa 2:- Água Disponível no Solo, ao final de AGOSTO de 2008.

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, ao final de AGOSTO de 2009.

Os Mapas 2 e 3, acima, mostram que em toda área canavieira do Estado deSão Paulo, o índice de Água Disponível no Solo ao final de AGOSTO de 2008,encontrava-se muito mais crítico que em AGOSTO de 2009, pouco diferindodo Mapa 1 (até meados de AGOSTO de 2009), e de modo semelhante ao queocorreu durante o mês de JULHO, explicando entre os principais efeitos des-tas chuvas, a menor qualidade tecnológica das canas processadas durante operíodo JULHO/ AGOSTO.

Para subsidiar planejamentos de atividadesfuturas, a CANAOESTE resume o prognósti-co climático de consenso entre INMET (Insti-tuto Nacional de Meteorologia) e INPE (Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais) para operíodo de setembro a novembro.

· Prevê-se que a temperatura média na re-gião Centro-Oeste ficará acima da normalidadeclimática e próxima das respectivas médias his-tóricas nas regiões Sudeste e Sul (Estado doParaná);

· Quanto às chuvas, o Mapa 4 abaixo ilus-tra os prognósticos de consenso INMET-INPEpara estes três meses;

· Como referência, as médias históricas daschuvas, pelo Centro Apta-IAC, para RibeirãoPreto e municípios vizinhos são de 20mm emagosto, pouco mais de 50mm em setembro e125mm em outubro.

Mapa 4: - Prognóstico de chuvas de con-senso entre INMET–INPE para os meses desetembro a novembro

As previsões elaboradas pela SOMAR Me-teorologia mostram que, para a região de abran-gência CANAOESTE, as chuvas de setembro(já e) certamente “ficarão” acima da média his-tórica. Em outubro e novembro, as chuvas de-verão ficar dentro da normalidade.

Como já se verifica e prevê que, doravante, aumidade do solo se mantenha entre média a alta,a CANAOESTE recomenda atentar a pisoteiosdurante as operações de colheita (carregamento)e transporte da cana que poderão afetar e com-prometer produtividades futuras.

Persistindo dúvidas, consultem os Téc-nicos CANAOESTE mais próximos.

Dentro da Média HistóricaAcima da norma climatológicaPróximo acima da normaclimatológica

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Avaliação comparativa decultivares de cana-de-açúcarquanto aos valores de TCH, TPH eATR durante a safra 2008/2009

Artigo Técnico

Avaliação comparativa decultivares de cana-de-açúcarquanto aos valores de TCH, TPH eATR durante a safra 2008/2009Hélio Francisco da Silva Neto*;Luiz Carlos Tasso Júnior**;Marcos Omir Marques***;Gustavo de Almeida Nogueira****

Introdução

ATPH (tonelada pol por hecta-re), o ATR (açúcares totais re-cuperáveis) e TCH (tonelada

cana por hectare) constituem-se em efi-cientes parâmetros de se analisar o de-sempenho de cultivares de cana-de-açúcar. Diversos programas de melho-ramento genético da cana-de-açúcar,existentes no país, utilizam-se destasferramentas no processo de seleção denovos exemplares de cana.

Estes parâmetros são influenciadospelo tipo de solo, clima, umidade, entreoutros fatores. Por isso, a importânciade se conhecer e quantificar estas vari-áveis, permitindo ao agricultor umamelhor alocação e escolha dos cultiva-res de cana-de-açúcar a serem planta-dos. O ciclo de maturação de cada cul-tivar também interfere nos valores deTPH e ATR durante a safra. Daí a im-portância de se efetuar o corte da canano momento de maior teor de sacarosena matéria-prima, pois o mesmo será uti-lizado para efeito de cálculo no valorda tonelada de cana-de-açúcar.

Com o intuito de se analisar o de-sempenho, durante a safra, seis culti-

vares de cana-de-açúcar (IAC 94-2101,RB 72454, RB 867515, CTC 2, CTC 6 eCTC 8), instalou-se um experimento naUnesp/Jaboticabal. O plantio foi reali-zado no mês de março/2007, o solo daárea foi classificado como LatossoloVermelho eutroferrico (LVef) texturamuito argilosa A moderado. A tabela 1ilustra as épocas em que foram realiza-das as análises no decorrer da safra.

MetodologiaPara a análise estatística adotou-se

o delineamento inteiramente casualiza-do, em parcelas subdivididas, com seistratamentos principais (cultivares), 11tratamentos secundários (épocas ana-lisadas) e três repetições.

As parcelas experimentais eram com-postas de cinco linhas de cana com 12metros de comprimento, espaçadas de 1,5m, totalizando 90 m², sendo considera-das como área útil as três linhas centrais,descartando-se um metro nas extremida-des de cada linha, totalizando 45 m².

Em cada unidade experimental fo-ram coletados três feixes de cana, cadaum contendo 10 colmos industrializá-veis, retirados em sequência na linha,que foram despontados, despalhados,pesados e encaminhados ao Laborató-rio de Tecnologia do Açúcar e Álcoolda FCAV/UNESP, para posterior análi-se. No laboratório, foram determinadosos valores de fibra, pol e AR, utilizadosno cálculo de TPH e ATR.

Em cada época avaliada, procedeu-se à contagem do número de colmosnas três linhas centrais de parcela e,com o valor do peso dos feixes de cana,estimou-se a produtividade de cana,que foi também utilizada no cálculo deTPH e ATR. Para o cálculo da estimati-va da produtividade final, no momentoda colheita foram pesados os colmosde cada parcela.

Tabela 1: Número de Análises realizadas esuas respectivas datas, ao longo da safra.

NÚ análise Época(meses após o plantio)

1 13 meses2 13 meses e meio3 14 meses4 14 meses e meio5 15 meses6 15 meses e meio7 16 meses8 17 meses e meio9 17 meses e meio10 18 meses11 19 meses

Os resultados obtidos foram sub-metidos à análise de variância, seguin-do-se a aplicação do teste de Tukey (P< 0,05), para comparação das médias.

ResultadosNa média de toda época de análise,

os melhores resultados foram observa-dos para o cultivar CTC 6 seguido doscultivares RB87515 e CTC 8. Estes cul-tivares apresentaram elevados valoresde TPH e ATR. Os menores valores fo-ram obtidos pelos cultivares IAC94-2101 e RB72454.

Os melhores resultados foram obti-dos nas épocas finais da safra, a partirde 17 meses após o plantio. Este fato é

Tabela 2: Valores médios-1 de TPH e ATR para oscultivares analisados ao longo da safra.

Tratamentos TPH ATR (t ha-1)

Cultivares (C)CTC 6 16,18 a 15,91 aIAC94-2101 13,86 d 13,42 cRB867515 15,64 ab 15,31 abCTC 2 14,46 bcd 14,21 bcRB72454 14,13 cd 13,79 cCTC 8 15,23 abc 14,84 abcTeste F 10,30** 9,52**DMS (5 %) 1,34 1,45

Época (E)13 meses 11,10 ef 11,25 d13 meses e meio 9,84 f 9,53 e14 meses 14,60 de 12,53 d14 meses e meio 13,13 d 12,51 d15 meses 12,91 d 12,58 d15 meses e meio 15,53 c 15,12 c16 meses 17,38 b 16,87 b17 meses 19,76 a 19,41 a17 meses e meio 18,72 ab 17,93 b18 meses 17,37 b 17,39 b19 meses 15,73 c 15,23 cTeste F 91,56** 106,80**DMS (5 %) 1,56 1,40

F para interaçãoCxE 5,13** 6,15**CV (%) parcelas 10,93 12,07CV (%) subparcelas 9,58 8,79

-1Números seguidos pela mesma letra não diferem significamenteentre si a 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey.

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Artigo Técnico

* Engenheiro Agrônomo, mestrando em Produção Vegetal UNESP/Jaboticabal SP.** Engenheiro Agrônomo, Pós-Doutorando em Produção Vegetal UNESP/Jaboticabal SP.

*** Engenheiro Agrônomo, Professor Adjunto em tecnologia do Açúcar e Álcool UNESP/Jaboticabal SP.

**** Engenheiro Agrônomo, Gerente do Departamento Técnico – CANAOESTE,Sertãozinho SP.

explicado pelo ciclo de maturação doscultivares analisados, que são classifi-cados como de maturação tardia.

Na figura 1 é apresentado o compor-tamento de cada cultivar ao longo da sa-fra. Nela podemos visualizar a melhorépoca para se efetuar o corte de cadacultivar, segundo o seu valor de TPH. Ocultivar CTC 6 foi o primeiro a entrar emprocesso de maturação, obtendo seumaior acúmulo aos 17 meses e meio apóso plantio. O cultivar RB867515 apresen-tou altos valores de TPH durante um cur-to período, sendo os maiores valores en-contrados próximos aos 17 meses. Noentanto, TASSO JÚNIOR (2007) apresen-tou resultados crescentes em TPH para ocultivar RB867515 ao longo de toda a sa-fra. O cultivar IAC94-2101 obteve os re-sultados menos satisfatórios, apresentan-do baixo valor de TPH sendo encontradoaos 16 meses os maiores valores. Entre-tanto estes foram baixos quando compa-rados aos demais cultivares.

Na figura 2 são apresentados osvalores de ATR ao longo da safra parasua respectiva cultivar. Para o ATR ob-servou-se comportamento semelhanteao TPH, sendo o cultivar CTC 6 o demelhor desempenho. Destaca-se aindao comportamento do cultivar RB72454que apresentou crescimento progres-sivo decorrer da safra, atingindo eleva-dos valores ao final de safra, momentorecomendado para sua colheita.

Na tabela 3 são apresentados osvalores de TCH obtidos pelos cultiva-res ao final de safra. O CTC 6 destaca-senovamente como um cultivar produti-vo. No entanto, desta vez, os cultivaresRB72454 e CTC 8 foram superiores aodemais. O cultivar RB867515 apresentouvalores intermediários. TASSO JÚNIOR(2007), estudando o comportamentoagrotecnológico de cultivares de cana-de-açúcar em cana planta para a regiãocentro-norte do Estado de São Paulo,obteve, para o cultivar RB867515, asmaiores produtividades e para a cultivarRB72454 apresentou resultados inferio-res a todas as cultivares testadas, inver-samente proporcional ao resultado ob-tido nesta área experimental. Os cultiva-res IAC94-2101 e CTC 2 apresentarambaixa produção de colmos.

ConclusãoO cultivar CTC 6 obteve o melhor

desempenho, apresentando elevadosvalores de TPH, ATR e TCH. O cultivar

Figura 1: Comportamento dos cultivares ao longo da safra para TPH.

Figura 2: Comportamento dos cultivares ao longo da safra para ATR

Cultivares TCHTardia (t.ha-1)CTC8 130,72 abCTC 6 140,00 aRB72454 132,60 aRB867515 114,69 bcIAC94-2101 105,57 cCTC 2 105,68 cTeste F 16,70**Média Geral 121,54Desvio Padrão 3,63DMS (5%) 17,25CV (%) 5,17

-1Números seguidos pela mesma letra nãodiferem significamente entre si a 5% de

probabilidade, pelo Teste de Tukey.

Tabela 3: Valores médios-1 de TCH obtidos,ao final de safra, pelos cultivares analisados.

RB867515 se destacou pela sua eleva-da produção de TPH e ATR em um pe-ríodo curto durante a safra. O cultivarRB72454 apresentou progressivo au-mento nos valores de TPH e ATR, alémde uma boa produtividade de cana, sen-do recomendado o seu corte em perío-dos próximos ao final de safra. Os cul-tivares CTC 2 e IAC94-2101 apresenta-ram os resultados menos satisfatórioscom baixa produtividade de colmos,TPH e ATR, quando comparado aosdemais cultivares.

AgradecimentoÀ CAPES (Coordenação de Aper-

feiçoamento de Pessoal de Nível Supe-rior) pela bolsa de estudo concedidaao primeiro e segundo autores.

Bibliografia CitadaTASSO JÚNIOR, L. C.; Caracteriza-

ção agrotecnológica de cultivares decana-de-açúcar (saccharum spp) na re-

gião centro-norte do Estado de São Paulo- Tese Doutorado Universidade Estadu-al Paulista, Faculdade de Ciências Agrá-rias e Veterinárias, 167f.,Jaboticabal,2007.

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Revista Canavieiros - Setembro de 20093030303030

Alternativas para o motordiesel a álcool

Artigo Técnico

Alternativas para o motordiesel a álcoolJair Rosas da Silva, Centro de Engenharia, IACLuiz Arnaldo Farina Nitsch, Sigma ConsultoriaLuis Antonio Ferreira Bellini, Bellmec Consultoria

Em reunião técnica ordinária pro-movida pelo GMEC (Grupo deMecanização da Lavoura Cana-

vieiera), por meio de seu presidente,Engenheiro Mecânico Luis Antonio Fer-reira Bellini, foram apresentadas e dis-cutidas as alternativas viáveis de cons-trução de motores diesel acionados aálcool. O GMEC é uma associação semfins lucrativos e apolítica, que reúne em-presas e técnicos da área de motomeca-nização do setor sucroalcooleiro.

A reunião contou com a participa-ção de 54 engenheiros e técnicos, inte-grantes do Grupo de Mecanização,oriundos de usinas e destilarias de vá-rios Estados da Federação, além deuniversidade e instituto de pesquisa.Foi realizada em maio passado no Cen-tro de Treinamento da Usina SantelisaVale, situada em Sertãozinho, Estadode São Paulo, integrante de um grupoconstituído por cinco unidades sucro-energéticas.

A apresentação do tema foi efetua-da pelo Engenheiro Mecânico Luiz Ar-naldo Farina Nitsch, de empresa SigmaConsultoria, seguido de amplo debatesobre as diversas alternativas de cons-trução, adaptação de componentes efuncionamento de motores do ciclo di-esel propulsionados por alcoóis.

A ideia dos veículos e máquinascom motores diesel acionadas a álcoolsurgiu em 1982, na Usina Quatá, doGrupo Zillo Lorenzetti.

Existem hoje basicamente dois sis-temas de motores modificados do ci-clo diesel para queimar etanol, ambosem períodos de testes preliminarespara seleção, aceitação pelos usuári-os e homologação de Oficinas e Retí-ficas especializadas, pois muito pro-vavelmente nenhuma montadora iráfabricar em série tais motores em cur-

to prazo, devido principalmente à pou-ca demanda do mercado. Realmente,somente o setor sucroalcooleiro temtrabalhado nessa direção e, ainda as-sim, parcialmente.

Há um total de quinze motoresMWM de média potência sendo tes-tados, com resultados animadores. OGMEC tem acionado mecanismos nosentido de liderar uma posição de in-centivo a tornar realidade a adoçãodessa política. Inclusive, talvez emfunção disso, já existe caminhão-tra-tor de Rodotrem, com motor dieselacionado a etanol em testes na UsinaSantelisa Vale, um dos protótipos emestudo, que foi apresentado durante otranscorrer da reunião na usina, pelosengenheiros Otávio Henrique Tufi eAriano Pereira Dias.

Resumindo, há quatro protótiposem observação: um na área agrícola daAçúcar Guarani, com participação doEng Sidnei João Bortolozzo, outrona Santelisa Vale e dois na Usina Ja-pungú, na Paraíba, sob responsabili-dade do Eng Expedito.

Sobre a adoção dessa política ocor-rem algumas indagações, a saber:

a) Por que queimar o álcool ?Existe uma expectativa antiga de

que a usina deve utilizar o combustí-vel que produz, o que representa umposicionamento estratégico. Além deinfluenciar os custos de produção,considerado um dos mais baixos domundo, há uma motivação ecológica,no sentido de que o óleo diesel é umcombustível derivado do petróleo quepromove poluição ambiental, princi-palmente nas regiões metropolitanase o álcool, por seu turno, muito me-nos, o que contribuiria para despoluiro planeta. Também ocorre uma neces-sidade mercadológica, em função dagangorra observada no preço do eta-nol, embora tenha havido equilíbrio naoferta nos últimos três anos.

b) Quanto à equivalência calórica:Hoje no Brasil ocorre equivalência

calórica, nos preços atuais, que é favo-rável ao álcool em 20%. Senão, veja-mos:

Combustível: óleo diesel = 8.465kcal/litro/R$ 1,86 = 4.551 Kcal /litro/R$

etanol = 4.855 kcal/li-tro/R$ 0,86 = 5.645 Kcal /litro/R$

Nessa metodologia de transforma-ção, só há dois ciclos possíveis: Ottoe diesel. O ciclo Otto é o que tradici-onalmente utiliza etanol como com-bustível. As principais característicasdiferenciais entre os motores de qua-tro tempo dos ciclos Otto e diesel são

RESULTADOS DOS TESTES PRELIMINARES: Combustível Consumo (l/h) Custo (R$) / h Diferença a favor (%)

Em motor Diesel MWM em motobomba, a 1.200 rpm:Óleo Diesel 8 14,88 -Etanol 13 11,18 62

Em motor Diesel MWM em motobomba:Óleo Diesel 7,3 13,57Etanol 14,1 12,13 7

Carregadora de bags, no salão de açúcar (A. Guarani)Óleo Diesel 7,0 13,02 -Etanol 10,7 9,20 53

Motor MWM 229/4 de carregadora de canaÓleo Diesel 7,8 14,51 -Etanol 12,5 10,75 60

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Revista Canavieiros - Setembro de 2009 3131313131

Artigo Técnicoas seguintes:

a) taxa de compressão:A taxa de compressão é uma rela-

ção volumétrica que envolve o cilin-dro e a câmara de compressão dosmotores. É dada pela fórmula:

TC = V + V’ / V onde: V = volume do cilindro;V’ = volume da câmara de com-

pressão.

Quanto maior a taxa de compres-são, onde ocorre a combustão, me-lhor a resposta. No ciclo Otto a taxade compressão vai de 8:1a 14:1. Assim, os moto-res do ciclo Otto têm li-mitação quanto a esseparâmetro mecânico. Osmotores diesel tem taxade compressão de 14:1 a28:1, em que há limites,também.

A atual tecnologiade injeção eletrônica si-naliza a possibilidade dechegar a valores próxi-mos à diferença energé-tica entre os dois com-bustíveis, diesel e etanol, que é de57,4%, teoricamente, para uma mes-ma eficiência térmica.

O motor transformado da máquinacarregadora de bags do salão de açú-car da Usina Guarani tem mais de 6.000horas de uso e capacidade para levan-tar bags de uma tonelada, em marchalenta (baixa rotação). A carregadora decana mencionada no quadro acima ope-ra com o mesmo protótipo de motor.

Algumas usinas estão apoiandoesse projeto, que consiste em algumasadaptações e modificações em moto-res do ciclo diesel para operar com ca-racterísticas do ciclo Otto. Os parcei-ros atuais do Engenheiro Luiz ArnaldoNitsch (consultoria Sigma) nesse pro-jeto são: Usinas Santelisa Vale, Guara-ni, Japungú (PB) e as empresas Retífi-ca Reunidas e Pandoo Eletrônica.

Por enquanto, para utilização doetanol em motores do ciclo diesel,de modo direto, sem modificações in-ternas, a única possibilidade é

o emprego do álcool aditivado, queconfere ao etanol propriedades ce-tânicas, o que proporciona combus-tão espontânea sob alta pressão, talcomo ocorre no óleo diesel. O ceta-no é um hidrocarboneto parafínicousado como padrão na avaliação depropriedades de ignição do óleo di-esel. Esse aditivo ignitor entra noetanol na proporção de 4,5% em vo-lume e ainda tem adição de antioxi-dante e lubrificante. A empresa mul-tinacional Scania lançou na Europao caminhão P-270, com potência de

270 cv, a álcool, com esse combustí-vel aditivado.

As alterações básicas internas aserem efetuadas na transformação domotor do ciclo diesel visando o seufuncionamento com características deciclo Otto, são:

a) escavações nas cabeças dosêmbolos para conseguir redução nataxa de compressão, de 12:1 até 10,5:1;

b) usinagem dos orifícios dos bi-cos injetores para a fixação da velade ignição convencional.

Para isso, o motor tem que ser par-cialmente desmontado. O problemacentral é que o motor diesel não estápreparado para trabalhar em alta ro-tação, em razão de que os seus com-ponentes serem todos pesados. En-tretanto, consegue-se a mesma rota-ção e a mesma relação potência/tor-que do motor diesel. O EngenheiroMarcos Eduardo Dias da Usina San-ta Isabel, de Novo Horizonte, SP, des-taca o desempenho do motor carbu-

rado empregado em motobomba, jácom mais de 5.600 horas de uso.

O sistema de Ottolização tambémestá sendo testado nas usinas Açú-car Guarani e Japungú, na Paraíba, emmotobombas acionadas por motoresoriginais MWM. O protótipo da Usi-na Guarani funciona com injeção ele-trônica e é um motor silencioso. Ocor-rem vários outros exemplos de motorinjetado com emprego desse sistema.

Uma possível e provável alterna-tiva é o sistema mistoOtto-diesel. O motor tra-balha admitindo ar+etanol. Esta mistura éaspirada ou turbinadapara o motor e comprimi-da nos cilindros sob ataxa de compressão die-sel. Trata-se de um mo-tor diesel eletrônico, commodificação no coletorde admissão. Os injeto-res são controlados ele-tronicamente, através deduas CPU´s distintas. Não é um caso de flex-

fuel automático, como nos automó-veis brasileiros, embora trabalhe comdois combustíveis. A injeção de eta-nol pode ser desabilitada a qualquermomento e o motor volta a queimarsomente óleo diesel. Isto é feito pormeio de comando do operador, mas énecessário esvaziar o tanque deetanol. Assim, como já ocorreu nopassado com o sistema PID da Val-met (hoje Valtra), a injeção de óleodiesel serve somente para “acender”a carga de etanol+ar. Com o uso des-sa alternativa, pode-se trabalhar atécom 93% de etanol. Interessante esseprotótipo, por causa dos preços pra-ticados. A empresa Bosch do Brasil,já domina totalmente esta tecnologia;só faltam clientes para adquiri-la.

Conclusão:A transformaçao de motores die-

sel para trabalhar com etanol tem via-bilidade técnica.

Os sistemas trazem benefícios naeficiência térmica, na menor poluiçãopor NOx, fumaça e ruído.

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Preservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliarespelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectares

Meio Ambiente

Preservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliaresPreservação de matas ciliarespelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopelo setor sucroenergéticopaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectarespaulista chega a 260 mil hectares

Às vésperas do Dia da Árvo-re, observado na segunda-feira (21/09/09), dados divul-

gados pela Secretarias do Meio Ambi-ente e da Agricultura e Agropecuáriade São Paulo confirmaram que a indús-tria da cana-de-açúcar está mantendoe até ampliando sua posição comoprincipal contribuidora para a preser-vação de matas ciliares do Estado. Nototal, 260 mil hectares em Áreas dePreservação Permanente (APP) já es-tão comprometidos pelo setor. O índi-ce, que equivale a mais de 43 mil qui-lômetros de rios, riachos e córregosprotegidos, faz parte das metas esta-belecidas no Protocolo Agroambien-tal do Setor Sucroenergético, firmadocom o governo do Estado.

Assinado em junho de 2007, o do-cumento estabelece uma série de me-didas ambientais na indústria dacana. A eliminação da queima da pa-lha até 2014 em áreas mecanizáveis,e até 2017 em áreas hoje considera-das não-mecanizáveis, é um dos pon-tos mais fortes Protocolo. Segundoo consultor para ResponsabilidadeAmbiental Corporativa da União daIndústria de Cana-de-Açúcar (UNI-CA), Daniel Lobo, desde que foi cri-ado, o Protocolo Agroambiental jáobteve 80% de adesão voluntária dasusinas produtoras de açúcar , etanole bioeletricidade do Estado. “O do-cumento, de adesão voluntária, sur-giu por conta da expansão da ativi-dade canavieira em São Paulo nos úl-timos anos, e da importância destaregião como força motriz para a pro-dução de cana no País,” explica. SãoPaulo é considerado o maior pólo deprodução de cana e de seus respec-tivos produtos derivados no mundo.

Ações envolvendo preservaçãoambiental promovidas pelo segmen-

to canavieiro têm sido cada vez maiscomuns, e as maiores em compara-ção com outros setores da econo-mia brasileira. Dados da UNICA mos-tram que na safra 2008/09, as empre-sas do setor investiram R$ 2,8 mi-lhões no plantio de 1 milhão e 600mil mudas de árvores, a maioria deviveiros próprios. Também foramdoadas outras 120 mil mudas a di-versas prefeituras. Para os próximosanos serão aplicados mais R$ 5,6 mi-lhões na manutenção de áreas reflo-restadas em 2008 e 2009.

CONSCIENTIZAÇÃOPara incentivar o consumidor bra-

sileiro a adotar ações favoráveis aomeio ambiente, entre elas o uso doetanol, a UNICA idealizou o sitewww.etanolverde.com.br. A páginafoi criada na metade de 2008, comoapoio a campanha publicitária “Eta-nol: uma atitude inteligente”, lança-da pela entidade.

O site inclui todos os elementosda campanha, entre eles o comercialveiculado na televisáo, anúncios

para veículos impressos, spots derádio e uma cartilha detalhando osbenefícios econômicos, sociais eambientais do etanol brasileiro.O sitetambém disponibiliza duas ferramen-tas interativas: o “Carbonômetro” ea “Calculadora CO2”. O Carbonôme-tro mostra o número de árvores queteriam de ser plantadas para obter amesma redução de emissões de CO2que o Brasil já conseguiu por contado uso do etanol em carros flex des-de 2003. Ao optar por etanol em seusveículos flex, os consumidores bra-sileiros já contribuiram para reduziras emissões de CO2 em mais de 48,4milhões de toneladas.

Já a Calculadora CO2 permiteque cada motorista faça uma medi-ção da quantidade de gases de efei-to estufa que seu veículo emite. Odispositivo indica o resultado apóso motorista informar o modelo deseu carro, o combustível utilizadopara abastecê-lo e o volume de eta-nol ou gasolina utilizado ou as dis-tâncias percorridas em quilômetros,durante um mês.

Fonte: UNICA

Indústria da cana está ampliando sua posição como contribuidora para a preservação de matas ciliares

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Estimados produtores de cana-de-açúcar, inobstante as autori -zações de queima de palha obti-

das junto à Secretaria do Meio Ambien-te, estamos presenciando mais uma vezuma avalanche de autuações adminis-trativas sendo aplicadas em desfavordos produtores, decorrentes de incên-dios descontrolados, originados por ter-ceiras e desautorizadas pessoas. Nessecaso, por precaução, deve o produtorde cana-de-açúcar buscar produzir o mai-or número possível de provas negati-vas, ou seja, aquelas capazes de de-monstrar que o produtor rural não teveintenção de utilizar-se do fogo na lavou-ra atingida pelo incêndio. Provas essasque servirão em prováveis defesas ad-ministrativas e judiciais.

Mais uma vez, venho enumerar al-guns exemplos de prova negativa:

» Fazer análise da cana queimadapara poder constatar que o rendimentoindustrial, medido em quilos de ATR,não está no ponto ideal, ou seja, a canaqueimada não estava no seu nível dematuração máximo para ser colhida, nãosendo justificável, portanto, o uso dofogo como auxiliar da colheita;

» Pedir declaração da unidade in-dustrial e ou prestadora de serviçosque enviou o caminhão tanque (bom-

beiro), onde conste que o produtorassim solicitou para apagar um incên-dio de origem desconhecida ocorridoem seu canavial;

» Tirar fotos dos aceiros existentesna propriedade, bem como do não plan-tio em áreas proibidas de serem explo-radas (abaixo das linhas de transmis-são de energia elétrica, por exemplo),demonstrando com isso obediência àlegislação pertinente;

» Caso possua autorização, infor-mar ao agente autuador, caso esse apa-reça, que não estava programada aqueima, tanto que sequer efetuou ascomunicações aos confrontantes e àSecretaria do Meio Ambiente;

» Caso não possua autorização,informar ao agente autuante que nãopossuía interesse em utilizar-se do fogo

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Queima de Cana – Procedimentos aserem adotados em caso de incêndiode origem desconhecida

Queima de Cana – Procedimentos aserem adotados em caso de incêndiode origem desconhecida

Assuntos Legais

em sua lavoura, tanto que sequer bus-cou referida autorização;

» Demonstrar, por meio de fotos, tes-temunhas e laudo pericial, que a área quei-mada estava preparada para o corte mecâ-nico, não justificando, portanto, o seu in-teresse em utilizar-se do fogo, assim comoa correta área atingida pelo fogo.

Portanto, estes são alguns exemplosde provas negativas que o produtor ruraldeverá produzir em caso de incêndio aci-dental ou criminoso em sua propriedade,devendo, ainda, caso receba a visita deum Policial Ambiental ou agente da CE-TESB, informar esses fatos para que se-jam apostos no respectivo Boletim deOcorrências ou Auto de Infração, além deprocurar orientação jurídica adequada,onde o Departamento Jurídico da Canao-este estará à inteira disposição do associ-ado para defendê-lo nestes casos.

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Repercutiu

O XI Fórum Internacional Fenasucro & Agrocana rea-lizado na manhã do dia 31 de agosto no Clube de CampoVale do Sol, em Sertãozinho, reuniu autoridades do seg-mento sucroenergético em plenárias sobre Mercado, Tec-nologia e Perspectivas para o setor.

“O Brasil pode alcançar muito mais. O setor sucroal-cooleiro tem que mostrar capacidade de superar com cria-tividade. Minha visão é otimista e consciente.”

Marcos Jank – Presidente da UNICA

“Temos que avançar nas medidas de estruturação dosmercados de etanol e de biodiesel, inclusive quanto aos fi-nanciamentos, aspectos tributários e de comercialização.”

Alexandre Betinardi Strapasson - Diretor do Departa-mento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do MAPA - Mi-nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

“Todos os fabricantes já trabalham para desenvolvernovas tecnologias, como o motor a etanol para colhedoras etratores, com o uso do etanol 85%”.

Daniel Campos - Case IH

“O setor vive um cenário bom para o açúcar, em que aoferta está menor do que a demanda. Porém, o nosso etanolainda tem preços que não remuneram adequadamente o pro-dutor. Isso reflete diretamente na renda dos fornecedoresde cana, das indústrias, dos trabalhadores, enfim, de toda acadeia produtiva canavieira”.

Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana,Cocred e Agrocana

Fonte: Assessoria de ImprensaFotos: Rafael Mermejo

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BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar

a Biblioteca da Canaoeste, na Rua AugustoZanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

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Guia Ilustrado de Pragas e InsetosBenéficos de Cana-de-açúcar

Alexandre de Sene PintoPaulo Sérgio Machado Botelho

Heraldo Negri de Oliveira

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

"A vitória que vale a pena é a que aumenta sua digni-dade e reafirma valores profundos." AD

1) Há oferta de "VÔOS" on-line, disse Pedro.

...mas ninguém irá aproveitar a oferta destes "vôos"...

Prezado amigo leitor depois do Novo Acordo Ortográfico: não há mais acentonas terminações em oo(s) e eem(s).

Antes: vôo, perdôo,lêem, crêem...

Depois: voo, perdoo, creem..

2) Maria escreveu, para todos da empresa, no seu texto assim a expressão:"lingüistica".

Maria precisará retificar a palavra.

Explicação fácil da regra: todas as proparoxítonas(sílaba tônica-forte- está naantepenúltima sílaba) são acentuadas.E agora SEM o trema.

Forma correta: linguística( lin - guís- ti -ca)

3) As pessoas ainda "crêem" na melhora da política brasileira.

...cada um com a sua crença...mas desde que o Português esteja escrito corre-tamente, segundo o Novo Acordo Ortográfico.

Depois: alguns verbos como o verbo crer, na 3ª. pessoa do plural, não possu-em mais acento.

Forma correta: creemOxalá que possamos crer!!!

PARA VOCÊ PENSAR:

Os autores Alexandre de Sene Pinto, PauloSérgio Machado Botelho e Heraldo Ne-

gri de Oliveira atuantes pesquisadores e con-sultores do setor sucroalcooleiro elaborarameste livro para atender de forma prática todasas necessidades dos profissionais e estudan-tes que lidam com o cultivo da cana-de-açúcarna identificação das pragas e de seus inimi-gos naturais na cultura da cana-de-açúcar, epara trazer informações sobre aspectos bioe-cológicos desses organismos.

No total, este volume conta aproximada-mente com 250 ilustrações diferentes fases dedesenvolvimento das pragas que atingem oscanaviais assim como dos danos que causam,e de seus inimigos naturais (predadores, para-sitóides e entomopatógenos), ajudando o lei-tor a minimizar suas dúvidas sobre os possí-veis problemas encontrados em suas planta-ções de uma maneira prática e facilitada.

-160 Páginas- Ano: 2009

“A essência da vida é saber aceitar e compreender o que a vida nos propor-ciona, pois somos responsáveis pela colheita do que plantamos. Viva bem, vivaa paz, seja ponderado com você mesmo, pois somente assim saberás colher ofruto da sabedoria.

Autor desconhecido

“A fe l ic idade não é uma es tação aonde chegamos , mas umamaneira de viajar.”

Margareth Lee Rimbeuk

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Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro de de de de de 20092009200920092009

1º LEILÃO VIRTUAL ANGUS TROPICAL VPJEmpresa Promotora: VPJ PecuáriaTipo de Evento: Leilão / RemateInício do Evento: 08/10/2009Fim do Evento: 08/10/2009Estado: TVCidade: Canal Terra VivaLocalização do Evento: Canal Terra VivaInformações com: VPJ PecuáriaSite: www.vpjpecuaria.com.brTelefone: 19 3867-7007E-mail: [email protected]

EXPO RIO PRETO 2009Empresa Promotora: Sindicato Rural e Prefeitura Munici-

pal de São José do Rio PretoTipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 08/10/2009Fim do Evento: 18/10/2009Estado: SPCidade: São José do Rio PretoLocalização do Evento: Recinto de Exposições Alberto Ber-

telli LucattoInformações com: Secretaria de Agricultura e Abasteci-

mentoTelefone: (17) 32320016E-mail: [email protected]

IX CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DATAGROData: 19 e 20 de Outubro de 2009Local: Hotel Hyatt - São Paulo, Brasilwww.conferencia.datagro.com.br

AGRIPLAST 2009 - ENCONTRO NACIONAL DEAPLICAÇÃO DO PLÁSTICO NA AGRICULTURA

Empresa Promotora: Faculdade de Engenharia Agrícolada Unicamp, CAT, Embrapa, Agrológica e COBAPLA

Tipo de Evento: Encontro / SimpósioInício do Evento: 22/10/2009Fim do Evento: 23/10/2009Estado: SPCidade: CampinasLocalização do Evento: Anfiteatro da Cati - AV. Brasil, 2340Informações com: COBAPLASite: www.plasticultura.org.br/agriplast2009.htmTelefone: (19) 3521-1079E-mail: [email protected]

XXVI CBA - CONGRESSO BRASILEIRO DE AGRONOMIAEmpresa Promotora: CONFAEAB e SARGSTipo de Evento: CongressoInício do Evento: 20/10/2009

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-se

Fim do Evento: 23/10/2009Estado: RSCidade: GramadoLocalização do Evento: Serrano Resort Convenções & SPA

- Av. das Hortênsias, 1480Informações com: Office MarketingSite: www.cba2009.comTelefone: 51 2108.3111E-mail: [email protected]

WORKSHOP AGROENERGIA: MATÉRIAS PRIMASEmpresa Promotora: APTA - AEAARP - Sindicato Rural

Ribeirão PretoTipo de Evento: Reunião / Fórum / WorkshopInício do Evento: 21/10/2009Fim do Evento: 22/10/2009Estado: SPCidade: Ribeirão PretoLocalização do Evento: Auditório da canaviculturaInformações com: Jose Roberto ScarpelliniSite: www.infobibos.com/agroenergiaTelefone: 16 2102-1700E-mail: [email protected]

ECOCANGE 2009 INTERNACIONAL CONFERENCE -BIOFUELS ENVIRONMENT FOOD HUNGER

Empresa Promotora: EcochangeTipo de Evento: Conferência / PalestraInício do Evento: 21/10/2009Fim do Evento: 23/10/2009Estado: SPCidade: Ribeirão PretoLocalização do Evento: Centro Oswaldo Cruz de Conven-

ções das Faculdades COCInformações com: Oxford Assessoria em EventosSite: www.ecochange.com.brTelefone: 55 16 39671003E-mail: [email protected]

MERCADO FUTURO: OPERE COM SUCESSOCOMMODITIES AGRÍCOLAS E FINANCEIRAS

Empresa Promotora: XP InvestimentosTipo de Evento: Curso / TreinamentoInício do Evento: 23/10/2009Fim do Evento: 24/10/2009Estado: RJCidade: Rio de JaneiroLocalização do Evento: Rio de JaneiroInformações com: XP EducaçãoSite: www.xpe.com.brTelefone: 0800 723 3700E-mail: [email protected]

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O motivo da venda da fábrica éque o proprietário da mesma não pos-sui cana própria, dependia do forne-cimento de terceiros, que nem sem-pre podia atendê-lo devido aos com-promissos dos fornecedores com asusinas da região. A fábrica rodou umano (uma safra) os equipamentos sãoconsiderados novos. Vale dizer que afábrica produz 2000 kg. de açúcar pordia. (um caminhão de cana) Traba-lhando 5 dias por semana, durante 10meses, a fábrica fatura bruto, aproxi-madamente R$ 1.600.000,00. A empre-sa está vendendo somente os equi-pamentos que deverão ser retiradose instalados em outro local, pois amesma encontra-se instalada dentroda cidade e o local ideal para instala-ção é na zona rural. Atenciosamente,Carlos Roberto Costa

Tratar com Carlos, pelo telefo-ne:(16) 9295 5691 ou pelo email:[email protected].

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