ed. 02 - dez/2007

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Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso AnoI-Nº02 Cuiabá - Dezembro/2007 FILIADO À eCONDSEF O ano de 2007 termina com um saldo positivo, apesar dos conflitos judiciais e da luta para manter a entidade em ordem. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (SindseP-MT), Carlos Alberto de Almeida, vê boas novas para o ano que se inicia, mas busca a adesão de mais filiados para fortalecer os pleitos da categoria junto ao governo federal. Nesse sentido, ele acredita que às ne- gociações junto ao governo Lula terão que ser mais ardilosas. A nova diretoria do Sindsep-MT tomou posse através de uma decisão judicial no dia 24/05/2007. Nesses sete meses de administração realizou a re- Dirigentes do Sindsep-MT participaram do Congresso Ordinário da Condsef em Belo Horizonte (MG), no início de dezembro 2008 chega para fortalecer a nova gestão do Sindsep-MT forma da sede e custeou a ida de vári- os servidores filiados para Brasília e Belo Horizonte, para participarem de reuniões pertinentes à categoria. O pre- sidente também visitou a maioria dos 141 municípios de Mato Grosso para convocar os servidores federais para atuarem do sindicato, bem como ouvir as necessidades particulares de cada órgão e localidade. Contudo, o momento mais marcante em 2007 foi a concretização do 7º Congresso e a 10ª Plenária, no início do mês de novembro, quando partici- param delegados previamente eleitos em seus locais de trabalho. Na ocasião, ficou confirmada a nova identidade do sindicato, defendida pelos dirigentes durante o evento, que consolidou um modelo de transparência, participação, ao disponibilizar a prestação de contas do Sindsep-MT. Na obra de reestruturação da sede do sindicato, adquiriu-se cinco compu- tadores, uma televisão 29", além da re- adequação da parte física, entre outras ações. Apesar de otimista, Carlos apontou que a dívida deixada pela ges- tão anterior se aproxima de R$ 600 mil, mas esse valor tem sido negociado ju- dicialmente para amenizar o problema. Até o momento, as dívidas com o Fun- do de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão parceladas, dois funcionários que estavam sem re- ceber foram quitados no valor de R$ 15 mil. Entre os destemperos da diretoria anterior, o presidente citou irregulari- dades que envolviam compras de per- fumes, 24 cheques sem fundo da Caixa Econômica Federal (no total de R$ 48 mil) e a falta de compromisso com os profissionais da entidade. A nova diretoria está lutando na Jus- tiça para que haja reparo aos danos, o que também envolve as fraudes detec- tadas no processo de eleição. Carlos ainda questiona a ausência de docu- mentação e o que foi feito com R$ 1,2 milhão, valor arrecadado entre janeiro de 2003 e maio de 2007, período que a diretoria antecessora esteve à frente. Representantes da Condsef, CUT-MT e o deputado Valtenir Pereira durante o encontro dos servidores Reunião da nova diretoria com os servidores Melhores momentos de 2007... Nova diretoria durante do 7º Congresso do Sindsep-MT Aprovação da prestação de contas da nova diretoria Sindsep-MT levou a luta dos anistiados e demimitidos do Governo Collor para as ruas no dia sete de setembro durante o “Grito dos Excluídos”

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Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso

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Page 1: Ed. 02 - Dez/2007

Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso

Ano I - Nº 02Cuiabá - Dezembro/2007

FILIADO À

eCONDSEF

Oano de 2007 termina com umsaldo positivo, apesar dosconflitos judiciais e da lutapara manter a entidade em

ordem. O presidente do Sindicato dosServidores Públicos Federais de MatoGrosso (SindseP-MT), Carlos Albertode Almeida, vê boas novas para o anoque se inicia, mas busca a adesão demais filiados para fortalecer os pleitosda categoria junto ao governo federal.Nesse sentido, ele acredita que às ne-gociações junto ao governo Lula terãoque ser mais ardilosas.

A nova diretoria do Sindsep-MTtomou posse através de uma decisãojudicial no dia 24/05/2007. Nesses setemeses de administração realizou a re-

Dirigentes doSindsep-MTparticiparam do

Congresso Ordinárioda Condsef em Belo

Horizonte (MG),no início dedezembro

2008 chega para fortalecera nova gestão do Sindsep-MT

forma da sede e custeou a ida de vári-os servidores filiados para Brasília eBelo Horizonte, para participarem dereuniões pertinentes à categoria. O pre-sidente também visitou a maioria dos141 municípios de Mato Grosso paraconvocar os servidores federais paraatuarem do sindicato, bem como ouviras necessidades particulares de cadaórgão e localidade.

Contudo, o momento mais marcanteem 2007 foi a concretização do 7ºCongresso e a 10ª Plenária, no iníciodo mês de novembro, quando partici-param delegados previamente eleitosem seus locais de trabalho. Na ocasião,ficou confirmada a nova identidade dosindicato, defendida pelos dirigentes

durante o evento, que consolidou ummodelo de transparência, participação,ao disponibilizar a prestação de contasdo Sindsep-MT.

Na obra de reestruturação da sededo sindicato, adquiriu-se cinco compu-tadores, uma televisão 29", além da re-adequação da parte física, entre outrasações. Apesar de otimista, Carlosapontou que a dívida deixada pela ges-tão anterior se aproxima de R$ 600 mil,mas esse valor tem sido negociado ju-dicialmente para amenizar o problema.Até o momento, as dívidas com o Fun-do de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS) e com o Instituto Nacional doSeguro Social (INSS) estão parceladas,dois funcionários que estavam sem re-

ceber foram quitados no valor de R$15 mil.

Entre os destemperos da diretoriaanterior, o presidente citou irregulari-dades que envolviam compras de per-fumes, 24 cheques sem fundo da CaixaEconômica Federal (no total de R$ 48mil) e a falta de compromisso com osprofissionais da entidade.

A nova diretoria está lutando na Jus-tiça para que haja reparo aos danos, oque também envolve as fraudes detec-tadas no processo de eleição. Carlosainda questiona a ausência de docu-mentação e o que foi feito com R$ 1,2milhão, valor arrecadado entre janeirode 2003 e maio de 2007, período quea diretoria antecessora esteve à frente.

Representantes da

Condsef, CUT-MT e o

deputado Valtenir

Pereira durante o

encontro dos

servidores

Reunião da nova diretoria com os servidores

Melhores momentos de 2007...

Nova diretoria durante do 7º Congresso do Sindsep-MT

Aprovação da prestação decontas da nova diretoria

Sindsep-MT levou a luta dos anistiados e demimitidos do Governo Collor para as ruas nodia sete de setembro durante o “Grito dos Excluídos”

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O COMPROMISSO Ano I - N º 02 - Dezembro/2007 - 2

DIRETORIA EXECUTIVA: CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA (PRESIDENTE), ROOSEVEL MOTTA (VICE – PRESIDENTE), DAMASIO DESOUZA PEREIRA (1º SECRETÁRIO), LUIZ MAURO EVANGELISTA (2º SECRETÁRIO), EDSON LUIZ DOS SANTOS (1º TESOUREIRO), IDIO NEMÉSIO DE BARROS NETO (2º TESOUREIRO), ADERBAL CASTRO QUEIROZ (1º SEC. ADM), ADELINO FERREIRA CAMPOS(2º SEC. ADM), MAURÍCIO ALVES RATTACASO JÚNIOR (1º SEC. FORM. SIND), IRACY OLIVEIRA FERREIRA (2º SEC. FORM. SIND),JAMIL OURIVES JÚNIOR (1º SEC. JURÍDICO), AMÉLIA ALVES SANTANA (2º SEC. JURÍDICO), IDEVALDO BERNARDES DE OLIVEIRA(1º SEC. INTERIOR), ADELIO DA SILVA JÚNIOR (2º SEC. INTERIOR), MARINÉZIO SOARES DE MAGALHÃES (1º SEC. IMPRENSA),ELIETE DOMINGOS DA COSTA (2º SEC. IMPRENSA), IZAEL SANTANA DA SILVA (1º SEC. APÓS. E PENS), ENILDO GOMES (2º SEC.APÓS. E PENS.), EDIVAN DA SILVA CAMPOS (1º SEC. ANIST. E DEMIT.), MANOEL ARNALDO DAS CHAGAS (2º SEC. ANIST. E DEMIT.),ROSINA DE ALMEIDA PAIVA (1º SEC. CULTURA), PATRÍCIO FERREIRA ORTIZ (2º SEC. CULTURA); SUPLENTES PARA DIRETORIAEXECUTIVA: SEBASTIÃO DE JESUS (1º), SAMUEL FERNANDES DE SOUZA (2º), FRANCISCO ROBERTO DIAS NETO (3º), MIRTESBENEDITA RONDON (4º), FRED CEBALHO (5º), DONATO FERREIRA DA SILVA (6º); CONSELHO FISCAL: VALDEMAR RODRIGUESSILVA (1º), MANOEL JOÃO DA SILVA (2º), JUAREZ JUSTINO DE BARROS (3º); SUPLENTES: JOÃO GALDINO (1º), ARCILIO DEBARROS FILHO (2º), JOSÉ GONZAGA DE FREITAS (3º)

E X P E D I E N T EBoletim Informativo do SINDSEP-MT

Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato GrossoRua Dr. Carlos Borralho, nº 82, bairro Poção. CEP: 78 015-630, Cuiabá/MTTelefones: (65) 3023 6617 / 3023 9338 - e-mail: [email protected]

Jornalista Responsável: Thaís Raeli – DRT 26 645/RJTel.: (65) 8126-0123 E-mail: [email protected]

Senado aprova novos projetos que limitam gastos com pessoalServidores continuam insatisfeitos com as propostas para a próxima década

Faixas expostas no congresso da Condsef, no início de dezembro, que reuniu servidoresde todo o Brasil

Numa tentativa de ame-nizar o impasse com osservidores públicos fe-derais, o PLS 611/07 foiaprovado no Senado,

no início do mês de dezembro,como uma nova versão do PLP 01/07 e ainda matem o congelamentodas despesas com pessoal. Ape-sar de apresentar um percentual su-perior ao PLP 01/07, o texto nãoagradou a categoria.

A Comissão de Assuntos Eco-nômicos (CAE) do Senado apro-vou, na terça-feira (4) o PLP 611/07e outro projeto de lei que tambémlimita os gastos públicos. O primei-ro (PLS 611/07), estabelece que oaumento das despesas com pes-soal entre 2007 e 2016 ficará limita-da ao reajuste com base na infla-ção do período acrescido de 2,5%do aumento real da folha de paga-mento. Caso o Produto InternoBruto (PIB) do período a ser con-siderado seja inferior a 2,5%, fica-rá valendo o aumento do PIB.

Tal propositura está na linhado PLP 01/07, do Executivo, quelimita despesas com pessoal a 1,5%até 2016, contido no Programa deAceleração do Crescimento (PAC),lançado pelo Governo em 22 de ja-neiro deste ano. O outro projetoaprovado na CAE tem como refe-

rência uma mensagem enviada peloentão presidente Fernando Henri-que Cardoso em 2000. O texto pe-dia a limitação global para os mon-tantes da dívida consolidada daUnião, dos estados, do Distrito

Federal e dos municípios. De acor-do com a mensagem aprovada nacomissão, a dívida da União sópoderá chegar a três vezes e meiaa receita corrente do Governo. Tra-ta-se de um texto do Senado Fede-

ral 154, de 2000, que foi transfor-mado em projeto de resolução daCasa.

As proposituras não agrada-ram as entidades que lutam pelosdireitos dos trabalhadores e, com

isso, o Sindicato dos ServidoresPúblicos Federais de Mato Grosso(Sindsep-MT) verticaliza a manifes-tação de repúdio junto com a Cen-tral Única dos Trabalhadores (CUT)à decisão da CAE, que impõe umlimitador dos investimentos com afolha de pagamentos do funciona-lismo.

O Sindsep-MT e a CUT enten-dem que uma década de “congela-mento” dos reajustes acarretará emrisco às melhorias no atendimentoà população, tais quais as previs-tas no PAC da Saúde, no Plano deDesenvolvimento da Educação eno Programa Nacional de Seguran-ça Pública com Cidadania. E aindaconsolidará o distanciamento en-tre servidores e governo, seguin-do num entrave para o Estado seorganizar para construir as possi-bilidades de um crescimento eco-nômico sustentável ao longo pra-zo, inviabilizando a realização deconcursos públicos e novas con-tratações.

A aprovação desse PLS tam-bém desqualificaria todo um pro-cesso de negociação que vinhaacontecendo entre entidades dosservidores públicos, o Executivo ea Câmara dos Deputados, com vis-tas à superação dos equívocospropostos pelo PLP-01/2007.

Veja a seguir como andam as negociações sobre osreajustes de algumas Pastas do serviço federal

Cultura, DNIT, INCRA, DPRF:Não foram concluídas havendo di-vergências na Tabela Remunerató-ria.

INCRA E CULTURA - Foramapresentadas propostas de Termo deCompromisso.

FAZENDA - Houve mudançaspelo Planejamento na proposta dogrupo de trabalho no vencimentobásico. Em 2008, as entidades traba-lhistas continuarão insistindo junto

ao Planejamento pela manutençãodo vencimento básico e dilatação doprazo para redistribuição.

DNIT - Há impasse no tocante aquantidade de Tabelas e nos valo-res remuneratórios.

SAÚDE, TRABALHO E PREVI-DÊNCIA - O governo ficou de apre-sentar uma proposta de Tabela Re-muneratória nas próximas reuniões.

FUNAI - O Governo ficou derediscutir a Tabela Remuneratória.

PGPE - Em reunião com o Go-verno, para trabalhar mais uma eta-pa no processo de negociação.

AGU, DFMM, DNOCS e Arqui-vo Nacional - O Governo definiráAgendas de Reuniões para estessetores. Sobre a convenção 151 daOIT encontra-se na Casa Civil. OGoverno esta sinalizando concluir asdiscussões o mais breve possível eencaminhar um pacote de medidaspara o Congresso.

Agricultura - A Condsef apre-sentou ao Ministério da Agricul-tura uma proposta para os servi-dores administrativos pertencen-tes ao Plano Geral de Cargos doPoder Executivo (PGPE). A entida-de levou documento com exposi-ção de motivos que foi protocola-do na secretaria-executiva do mi-nistério. A intenção é dar agilida-de às negociações que caminhampara a criação de uma gratificação

específica para o setor, como ante-cipação de um plano de carreira.Foi levantada a necessidade de secriar um projeto que busque a equi-paração salarial na Agricultura. Osservidores querem tratamento iso-nômico que possibilite o equilíbrioprofissional entre as categoriasque integram as atividades para odesenvolvimento agrário. Cerca de5.200 ativos compõem o quadro doPGPE na Agricultura.

Conheça, em resumo, os valores apresentados para compora proposta para os administrativos da Agricultura. O salário

seria composto por um Vencimento Básico e umagratificação específica (GDATAA)

VENCIMENTOBÁSICO

FINAL

INICIAL

NÍVEL SUPERIOR

4.812,73

3.010,50

NÍVELINTERMEDIÁRIO

3.193,90

1.997,87

NÍVELAUXILIAR

2.482,49

1.552,87

Valores da Gratificação de Desempenho de AtividadeTécnico-Administrativa Agropecuária (GDATAA)

GDATAA

FINAL

INICIAL

SUPERIOR

1.993,00

1.822,00

INTERMEDIÁRIO

1.650,00

1.425,00

AUXILIAR

625,00

582,00

TABELAS DAS PROPOSTAS SALARIAS DA SAÚDE, TRABALHO E PREVIDÊNCIA

NSNINA

INICIAL FINAL

REMUNERAÇÃO PROPOSTAPELO GOVERNO - JUL/2008REMUNERAÇÃO ATUAL

INICIAL FINAL

R$ 1.917,17R$ 1.435,07R$ 1.369,67

R$ 2.960,61R$ 1.641,80R$ 1.369,67

R$ 2.420,92R$ 1.673,65R$ 1.393,48

R$ 3.779,00R$ 2.299,41R$ 1.680,78

NSNINA

INICIAL FINAL

REMUNERAÇÃO PROPOSTAPELO GOVERNO - NOV/2010

REMUNERAÇÃO PROPOSTAPELO GOVERNO SET/2009

INICIAL FINAL

R$ 2.609,92R$ 1.737,65R$ 1.478,48

R$ 4.356,00R$ 2.404,41R$ 1.770,78

R$ 2.715,92R$ 1.820,65R$ 1.562,48

R$ 5.129,00R$ 2.533,41R$ 1.868,78

NSNINA

ALTERAÇÕES FINANCEIRAS COM A INCORPORAÇÃO DOS 47,11%

R$ 441,88 - OBS.: A.I ao A. III 0%R$ 302,53 - OBS.: A.I ao C. I 0%R$ 0,00% - OBS.: A.I ao Especial III

R$ 376,51R$ 355,08R$ 311,11

EFEITOS FINANCEIROS A PARTIR DE FEVEREIRODE 2008 (28,90%) - FINAL DE TABELA

JULHO/20082ª Etapa

OBS.: A TABELA ABAIXO PARA O MÊS DE JULHO/2008 SIGNIFICA O SOMATÓRIO DAINCORPORAÇÃO DAS PARCELAS RESTANTES DOS 47,11% EM FEVEREIRO/2008 + AINCORPORAÇÃO DAS GRATIFICAÇÕES COM A CRIAÇÃO DE UMA GRATIFICAÇÃO

DE DESEMPENHO EM JULHO/2008, SENDO TODOS ESSES EXEMPLOS PARA OSCARGOS EM FINAL DE TABELA DE TODOS OS NIVEIS

NSNINA

JUL/GANHOREAL - 2008

ALTERAÇÕES FINANCEIRAS NOS ANOS DE 2008 A 2010

R$ 818,39R$ 657,61R$ 311,11

R$ 577,00R$ 105,00R$ 90,00

R$ 773,00R$ 129,00R$ 98,00

R$ 5.129,00R$ 2.533,41R$ 1.868,78

SET/GANHOREAL - 2009

NOV/GANHOREAL - 2010

RESUMO/GANHOREAL - 2010

73,3%54,3%36,4%

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O COMPROMISSO Ano I - N º 02 - Dezembro/2007 - 3

“Tudo que chega, chega semprepor alguma razão”

(Fernando Pessoa)

O difícil é saber qual é a razão, e nunca desistir de lutar... A vida nãovem com cartas marcadas, por isso, algumas vezes perdemos e outrasganhamos. Assim tem sido a luta do Sindsep-MT pelas bandeiras dosfiliados. O importante é ter fé, força para começar novas etapas e desa-fios, e a certeza da união para solidificar as buscas em comum. Que a chegada do próximo ano traga o desejo de renascer, a vontadede lutar, a consciência do exercício da cidadania e o anseio por justiça. Nesse Natal, o Sindsep-MT deseja que todos tenham um momentode reflexão, para que juntos possa-mos cobrar os direitos, denunciar asmazelas administrativas e a falta depolíticas públicas para melhor aten-der as necessidades da população. Só assim, Papai Noel poderá visitarnão só a casa do rico, mas também acasa do mais humilde servidor pú-blico, levando alegria para to-dos de forma igual e justa! Feliz Natal e um Ano Novocheio de esperanças de um

mundo melhor!

ais de uma década de-pois a perseguiçãopolítica da “Era Co-llor” aos servidoresfederais, a história

caiu no esquecimento da grande po-pulação, mas ainda está viva na me-mória dos anistiados e demitidos, quesó agora vêem a possibilidade de re-integrar o funcionalismo público. OSindicato dos Servidores PúblicosFederais de Mato Grosso (Sindsep-MT) está nessa luta e espera boasnovas para 2008.

O otimismo por parte da catego-ria consiste em que – finalmente - aAdvocacia-Geral da União expediu,dia 29.11, um parecer favorável à rein-tegração dos servidores públicosdemitidos no governo Collor. Contu-do, o grupo aguarda a publicação daportaria para efetivar a decisão e, alémdisso, existem algumas vertentes notexto aprovado que precisam de revi-são, conforme alerta o advogado doSindicato dos Servidores PúblicosFederais de Mato Grosso (Sindsep-MT), João Batista dos Anjos.

Segundo ele, o documento pre-cisa de uma profunda análise da Lei8.878/94, item por item. Um exemplo ésaber de que forma o parecer garanteo retorno do anistiado nos casos emque seu órgão de atuação já tenhasido extinto, se as atribuições da ins-

Funcionários federais de todo o Brasilse mobilizam para discutir o PGPE

Os servidores federais que integram o Plano Ge-ral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) estão semobilizando para analisar a proposta salarial anunci-ada pelo governo. Hoje, a remuneração é compostapor um Vencimento Básico (inferior ao salário míni-mo, para a maioria), Vantagem Individual de R$ 59,87,GAE (160% do VB) e a GDPGTAS (80 pontos fixospara os ativos e 30 para os aposentados).

O governo pretende elevar o VB, incorporandoas gratificações, o que é uma reivindicação antiga.Mas, ao mesmo tempo, quer impor a criação de uma“gratificação de desempenho”, variável, o que é umgrave problema.

As GDs são um salário me-ramente potencial porque nemtodos receberão 100%, só osbem avaliados pelos chefes.Elas estão sendo usadas pelogoverno Lula para quebrar aparidade ativo-aposentado,

O risco das “gratificações de desempenho”cristalizando a contra-reforma ad-ministrativa (EC 19/98, de FHC-Bresser Pereira). O governo vivedizendo que a “avaliação” é sópara “aperfeiçoar os serviços”.Não é bem assim. Além da que-bra da paridade, há uma grave

ameaça: o PLP 248/98, que estáprestes a ser votado no Con-gresso, prevê a demissão porsuposta insuficiência de de-sempenho após duas avalia-ções sucessivas, ou três alter-nadas, abaixo da média.

Seguridade Social

Trabalhadores vão acompanhar reunião do GTEm assembléias dias 21 e 22.11,

o Sindsep apresentou aos servido-res a proposta de tabela salarial queo governo levou à reunião do Grupode Trabalho da Seguridade Social(MTE, MPS, Ministério da Saúde,Funasa e DRTs), realizada em 14.11.

Incra

Proposta ainda pode melhorarNa perspectiva de melhorar a

proposta de reestruturação das ta-belas remuneratórias das carreiras doIncra, os representantes dos servi-dores participaram de várias reuniõesno mês de novembro. No dia 21.11, osecretário-executivo do MP, JoãoBernardo, se comprometeu a envidaresforços para melhorar a proposta do

Governo Collor:

Anistiados e demitidos aguardam reintegração para 2008

M

tituição foram absorvidas ou transfe-ridas para outra entidade. O advoga-do também contestou que a recolo-cação dependerá do orçamento dis-ponível e não haverá o pagamentode salários retroativos, conforme es-tabelece a própria Lei de Anistia.

Apesar da luta do Sindsep-MTpara reintegrar os demitidos no go-verno Collor e os anistiados pela Lei8.878/94 estar no caminho para a co-memoração da categoria, mas o per-

curso é distante de sua reta final. AAGU divulgou no final de novembroa conclusão do parecer que fornece-rá ao Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão orientações parareincorporar a classe que enfrentadivergências de ordem política ou ju-rídica e é vítima de perseguição polí-tica desde a “Era Collor”.

O anúncio foi feito numa entre-vista coletiva concedida pelo advo-gado-geral da União, ministro José

Antônio Dias Toffoli, e pelo consul-tor-Geral da União, Ronaldo JorgeVieira Júnior, que esclareceram ospontos principais do parecer quasecem páginas.

O documento fixa a interpreta-ção da Lei de Anistia para permitirque a Comissão Especial Interminis-terial (CEI) tenha segurança e emba-samento jurídico para analisar, caso acaso, o reingresso dos servidores. ACEI é responsável pela análise dosprocessos dos funcionários demiti-dos entre 16 de março de 1990 e 30 desetembro de 1992.

Na ocasião, Toffoli destacouque somente no governo Lula os re-presentantes dos anistiados con-quistaram duas vagas na CEI e quedurante esses anos eles sofreramdupla injustiça, apesar da Lei de Anis-tia ter sido criada para reparar estainiqüidade.

O ministro informou que o pa-recer uniformiza todos os entendi-mentos jurídicos já emitidos, sejapelas Consultorias Jurídicas dosMinistérios, pela AGU ou pelo Po-der Judiciário. Conforme Toffoli,para evitar novas consultas à AGUe divergências jurídicas, ficou de-terminado que quando houver al-guma dúvida sobre o caso concre-to a Lei de Anistia deve ser inter-pretada favoravelmente ao pedido.

O advogado-geral enfatizouainda que o documento determinaque cabe à Comissão Especial In-terministerial decidir se houve, ounão, motivação política na demis-são do servidor. O consultor-geralda União, Ronaldo Vieira, destacouque este é o último compromissoda AGU em relação à questão daanistia e ainda revelou que o pare-cer é dividido em três partes.

A primeira faz uma contextua-lização histórica do caso e explicaque na época o ex-presidente Co-llor tinha direito de promover mu-danças na administração públicafederal. Muitas demissões foram le-gítimas, mas o parecer diz que ogoverno se valeu de motivação po-lítica para demitir servidores.

O presidente do Sindsep-MT,Carlos Alberto de Almeida, lem-brou que a luta do grupo foi junta-mente com a Central Única dosTrabalhadores (CUT) e com a Con-federação Nacional dos Trabalha-dores do Serviço Público Federal(Condsef) pela reintegração e osindicato continuará na defesa dosdireitos daqueles que foram injus-tamente afastados de seus postosde trabalho.

Fonte (s): CUT, CONDSEF,SINDSEP (RO/DF), blog Anistia-dos e Demitidos

MAPA:

Servidores queremantecipação de gratificação

Sindsep-MT está na luta para que haja justiça com a categoria

Embora a incorporação da GAE,VPI, GDASST e GESST no Venci-mento Básico represente o atendi-mento de uma reivindicação, outrositens não são positivos, tais comoos baixos valores para os níveis au-xiliar e médio, a ausência de adicio-

nal de titularidade e a criação denova gratificação de desempenho.

Os servidores decidiram que abancada sindical no GT deve pro-por a utilização do padrão remune-ratório da Carreira do INSS para aCarreira da Seguridade Social.

governo em relação a quesitos quenão implicam impactos financeirosalém dos já estabelecidos.

Segundo Bernardo, o Planeja-mento tem pressa para encaminharao Palácio do Planalto os instrumen-tos legais (projetos de lei ou MPs)para implementar os acordos negoci-ados com o funcionalismo público.

No dia 22.11, a reunião foi com o pre-sidente do Incra, Rolf Hackbart, queinformou um esforço conjunto com oMinistério do DesenvolvimentoAgrário para a melhoria da proposta,inclusive para elevar o impacto finan-ceiro. Os servidores também busca-ram o apoio de parlamentares no Con-gresso Nacional.

Em novembro, os servidoresdo MAPA apresentaram à direçãodo Ministério da Agricultura umaproposta para a criação de umagratificação específica para osservidores que integram o PlanoGeral de Cargos do Poder Executi-vo (PGPE), como antecipação ao

Plano de Carreira. O salário pas-saria a ser composto pela Gratifi-cação de Atividade Técnico-Ad-ministrativa Agropecuária (GDA-TAA) e o Vencimento Básico (ta-bela). A exposição de motivos foiprotocolada na secretaria-execu-tiva do ministério.

Vencimento Básico(R$)Níveis

GDATAA (R$)

Superior 3.010,50 4.812,73 1.822,00 1.993,00

Inicial Final Inicial Final

Intermediário 1.997,87 3.193,90 1.425,00 1.650,00

Auxiliar 1.552,87 2.482,49 582,00 625,00

Fonte (s) das páginas 2 e 3: CUT, CONDSEF, SINDSEP (RO/DF), blogAnistiados e Demitidos

Representantes do Sindsep-MT foram a Brasília paraas mobilizações

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O COMPROMISSO Ano I - N º 02 - Dezembro/2007 - 4

AAAAARTIGORTIGORTIGORTIGORTIGO

AComo parte da política de di-

minuição do Estado, os governos ne-oliberais adotam como prática a ex-tinção de órgãos públicos onde acorrupção já é endêmica, como se opróprio governo não fizesse parte detodo esse esquema que corrói pordentro as instituições brasileiras. Abola da vez é a FUNASA.

Não é nenhum segredo o desviode dinheiro público, por políticosagraciados com cargos de confian-ça, neste e em governos anteriores.Na FUNASA não é diferente. Mem-bros do governo Lula e seus alia-dos, como a Ministra da Casa CivilDilma Roussef e o governador doAmazonas Eduardo Campos, atacame fomentam através da imprensa aidéia de se extinguir a FundaçãoNacional de Saúde. As matérias vei-culadas colocam em um mesmo sacode gatos os trabalhadores do órgãoe os verdadeiros responsáveis pelosdesvios de recursos, que são os apa-drinhados do PMDB, que o governoLula coloca na instituição para re-tribuir o apoio desse partido aosseus projetos políticos.

Sabemos que existem outros in-teresses que podem levar à extinçãoda FUNASA. Há muito tempo, o Mi-nistério das Cidades está de olho nosrecursos do saneamento, que temservido para eleger muitos prefeitospelo Brasil afora, pois são libera-dos sempre às vésperas de ano elei-toral, para prefeitos aliados do go-verno de plantão. Tanto as prefeitu-ras como os Estados, têm questiona-do o pagamento da Indenização deCampo para servidores da FUNA-SA, argumentando que esse dinhei-ro poderia servir para a contrata-ção de mais servidores municipais,com salários miseráveis.

Mas não podemos deixar pas-sar despercebida a realização nestemês de novembro, da ConferênciaNacional de Saúde. Sabemos que ogoverno quase nunca cumpre as re-soluções de conferências e de con-selhos. No entanto, quando é do seuinteresse, as cumpre. Em reunião doConselho Nacional de Saúde, a pro-posta de Fundação Estatal de Di-reito Privado foi derrotada, mas nempor isso o governo Lula retirou seuprojeto do Congresso Nacional. Nasúltimas Conferências Nacionais deSaúde, a extinção da Funasa sem-pre foi debatida e derrotada. Masali estava o PT, dirigente de váriasentidades, defendendo a existênciada FUNASA. Agora o PT é governoe aplica a política neoliberal do Es-tado Mínimo. Por isso, não será ne-nhuma surpresa se essa proposta forapresentada e aprovada nessa Con-ferência.

Neste sentido, companheiros,não podemos ficar esperando as coi-sas acontecerem. Temos que nos mo-bilizar para defender o nosso em-prego. Membros da direção nacio-nal da FUNASA têm viajado peloBrasil para dividir ainda mais nos-sa categoria, propondo Plano deCarreira diferenciado para servido-res centralizados e descentralizados.

Toda a nossa luta pelo PCC daSaúde, para que se faça a lotaçãodos servidores cedidos e que se trans-forme a indenização de campo emgratificação de endemias e sanea-mento não tem recebido uma respos-ta positiva por parte do governoLula.

Portanto, o caminho que temosa seguir é o caminho da luta e doenfrentamento.VAMOS MANTER OS NOSSOS DI-REITOS E NOSSO EMPREGO!NÃO ÀS FUNDAÇÕES ESTATAIS!NÃO ÀS ONG´S NO SERVIÇO PÚ-BLICO!NÃO À EXTINÇÃO DA FUNASA!

DIREÇÃO DA CONDSEF

Depois de sete horas de dis-cussão, o Senado rejeitou, por 45votos a favor e 34 contra, a pror-rogação da cobrança da CPMF até2011. Apesar das inúmeras tenta-tivas de cooptar votos favoráveispor parte do Palácio do Planalto,o governo não conseguiu con-quistar os 49 (maioria de três quin-tos) dos 80 votos que precisavapara estender o conhecido “Im-posto do Cheque”. Isso ocorreu,mesmo após apresentar, nos mo-mentos finais da discussão, a ten-tativa de “cheque-mate” que fo-ram as propostas encaminhadas àCasa pelo líder do governo, Ro-mero Jucá (PMDB-RR).

Os textos assinados pelos mi-nistros Guido Mantega (Fazenda),José Múcio (Relações Institucio-nais) e pelo próprio presidenteLuiz Inácio Lula da Silva (PT), pre-viam o repasse integral da arreca-dação da CPMF para a área desaúde, além da sugestão de que otributo vigorasse por apenas maisum ano. A solução apresentadaseria um paliativo e uma forma depostergar a discussão. A vota-ção, que começou às 17h50 dequarta-feira (12/12) e teve seu fimna madrugada da quinta-feira (13/12), foi comandada por Garibaldi

Fim da CPMF pode ameaçar reajustes salariaisServidores federais temem que negociações sejam prejudicadas

A QUEMINTERESSA AEXTINÇÃO DA

FUNASA? (CARTAABERTA DA CONDSEF)

Nova proposta da CPMF pode surgir em 2008

Servidores em Brasília na luta pelos seus direitos

derrubada da Contribui-ção Provisória sobre Mo-vimentação Financeira(CPMF) no Senado deixaos trabalhadores do ser-

viço público federal antenados àsnegociações do Executivo, tendo emvista que o governo usou o reajustesalarial da categoria como uma “car-tada” para conseguir os votos favo-ráveis a extensão do imposto. Contu-do, esse e outros malabarismos polí-ticos articulados pela base governis-ta não tiveram sucesso e serviram paraengessar diversas negociações queenvolvem o futuro da carreira do fun-cionalismo público ou ainda a pari-dade para dos proventos dos apo-sentados.

Com isso, o ano de 2008 está naiminência de começar com uma grevegeral dos servidores públicos fede-rais, caso o Governo Federal cumpracom a ameaça de atrelar a CPFM aosreajustes salariais dos próximos anos.O alerta vem do presidente do Sindi-cato dos Servidores Públicos Fede-rais de Mato Grosso (Sindsep-MT),Carlos Alberto de Almeida , que emnome da categoria rechaça a “chan-tagem” do Executivo.

A reação de Carlos é uma repos-ta imediata ao fato da extensão doimposto não ter conseguido os vo-tos mínimos necessários (maioria detrês quintos) no Senado, além do fatode que no mês de novembro os fun-cionários públicos foram pegos desurpresa pela ameaça de suspensãoda readequação dos valores caso issoocorresse. O temor se sustenta nofato que o Executivo ter apostadonuma jogada e anunciado a interrup-ção do envio de projetos ao Congres-so Nacional que tratam do aumentosalarial da categoria.

O Sindsep, juntamente com aCentral Única dos Trabalhadores(CUT) e a Confederação Nacional dosTrabalhadores do Serviço PúblicoFederal (Condsef) estará atento àcada novo passo do Legislativo e doExecutivo para não deixar que os ser-vidores saiam prejudicados nessahistória. O presidente deixou claro

que o sindicato repudia essa cartadado Executivo e defende que os traba-lhadores de todo o país estejam uni-dos e prontos para uma paralisaçãogeral em prol da adequação dos valo-res que estão defasados com o pas-sar dos anos.

A greve geral antevista por Car-los seria uma resposta à medida quecoloca em risco o reajuste de cercade 1,3 milhão de servidores civis e609 mil militares. A idéia da equipe dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) é que os recursos previstos paraa recomposição salarial em 2008, aomenos R$ 8 bilhões, possam ser re-manejados. “No começo, a CPMF erauma arrecadação provisória destina-

da à Saúde e isso foi se diluindo aolongo dos anos. O objetivo da cria-ção do imposto não foi atendido. Osservidores não podem ficar reféns dotexto ser ou não aprovado. A luta dacategoria vai continuar em 2008, in-dependente do que for decidido. Oreajuste não pode estar atrelado a estacondição ou vai resultar numa grevegeral dos servidores públicos fede-rais de todo o país”, ponderou o pre-sidente.

O líder sindical questionou asdissonâncias que se ouve por par-

te do governo e o que se vê nosbastidores do Congresso vai deencontro as propostas previa-mente acordadas, bem como oobjetivo final da arrecadação do“imposto do cheque” que seria àSaúde. Uma das referências dodirigente é o ministro do Planeja-mento, Paulo Bernardo, que re-petiu em entrevistas que somen-te os recursos do Bolsa-Família edo Programa de Aceleração doCrescimento (PAC) estão assegu-rados no orçamento de 2008.

Ou seja, nem mesmo os acor-dos já assinados com diversas cate-gorias estão garantidos. Pelos cál-culos do Ministério da Fazenda, sea CPMF for mantida, a arrecadaçãodeve chegar a R$ 40 bilhões no pró-ximo ano. Com isso, o congelamen-to dos salários dos servidores repre-sentaria 19,5% do que o governopoderá perder com o montante deum imposto que nasceu para ser pro-visório

Para tentar acalmar os servido-res, o ministro do Planejamento ar-gumenta que as negociações salari-ais continuarão. “É uma medida pru-dencial, porque queremos tratar comsobriedade essa questão. Nós acha-mos que é possível aprovar a CPMF.Mas para evitar que tenhamos avan-çado demais caso isso não ocorra,estamos segurando todas essasmedidas”, explicou Paulo Bernardo.

No entanto, a determinação doPlanalto atinge, - inclusive -, os rea-justes que estavam até então fecha-dos com o Planejamento. É o casodos servidores da Polícia Federal,do Banco Central, do Ministério daAgricultura, do Ministério da Edu-cação, do Instituto Nacional de Co-lonização e Reforma Agrária (Incra)e do Ministério da Cultura. Para opróximo ano, de acordo com núme-ros do Planejamento, o governo pre-tendia gastar com estes aumentosR$ 1,4 bilhão.

O governo aproveitou uma reunião que teve com a Condsef (Confe-deração dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) para avisar quevai rever a disponibilidade orçamentária para implantar todas as tabelassalariais apresentadas até aqui.

O recado veio logo depois que o Senado votou e decidiu não prorro-gar a CPMF até 2011. Mas a Condsef e o Sindsep-MT avisam que continu-arão cobrando o cumprimento dos acordos e compromissos firmados coma categoria, já que o dinheiro proveniente da CPMF nada tem a ver com oorçamento da União, de onde são tirados recursos para reajustes dosservidores federais, entre outros investimentos.

As entidades continuarão trabalhando para garantir os reajustes parasua base que foram negociados durante todo o ano de 2007.

Governo é derrotado na prorrogaçãodo “Imposto do Cheque”

Alves Filho (PMDB-RN), o novopresidente do Senado eleito no diaanterior.

Romero Jucá pediu a palavrae anunciou que trazia duas cartasendereçadas ao presidente do Se-nado. A carta dos ministros (umcomunicado conjunto em termosgenéricos) foi usada para emba-sar dois caminhos de negociaçãoapresentados por Jucá: um delesseria o aumento dos gastos com asaúde em R$ 29 bilhões, e nãomais R$ 24 bilhões, conforme su-gestão do Conselho Nacional deSecretários de Saúde.

Com esse resultado desfavo-rável ao governo, a cobrança da

mitação começará novamente daCâmara dos Deputados.

O outro caminho seria o au-mento gradual da parcela daCPMF com a saúde até atingir, emquatro anos, o total da arrecada-ção, calculado em R$ 36 bilhões.Nessa hipótese, a CPMF seriaprorrogada por quatro anos. Aidéia de Jucá era interromper osencaminhamentos para a retoma-da das negociações no dia seguin-te. O DEM e o PSDB, entretanto,recusaram esse entendimento,mantendo posição favorável à vo-tação ainda na noite de quarta.

(Com Agência Senado)

taxa de 0,38% so-bre a maioria dastransações ban-cárias deixa de serfeita a partir dodia 1º de janeiropróximo. O Execu-tivo poderá tentarrecriar a contri-buição, de modoa contar com umareceita de cercade R$ 40 bilhõesanuais. Mas, paraisso, precisaráenviar ao Con-

gresso uma nova proposta deemenda à Constituição, cuja tra-

Com ou sem CPMF a briga épelo reajuste dos salários