economia portuguesa competitividade e...

22
28 de novembro de 2014 Centro de Congressos de Lisboa Teresa Duarte Administradora da Norgarante e Membro do Conselho Geral do FCGM Ciclo de Conferências CIP Economia Portuguesa Competitividade e Crescimento A ATUAL OFERTA DE FINANCIAMENTO

Upload: duongque

Post on 03-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

28 de novembro de 2014

Centro de Congressos de Lisboa

Teresa Duarte

Administradora da Norgarante e

Membro do Conselho Geral do FCGM

Ciclo de Conferências CIP Economia Portuguesa

Competitividade e Crescimento

A ATUAL OFERTA DE

FINANCIAMENTO

A Garantia Mútua é um sistema privado de cariz mutualista de apoio às

pequenas, médias e micro empresas (PME), que se traduz

fundamentalmente na prestação de garantias financeiras para facilitar

a obtenção de crédito em condições de preço e prazo adequadas aos

seus investimentos e ciclos de atividade contribuindo para a

modernização da economia e do país.

O Sistema Português de Garantia Mútua baseia-se na existência de uma

parceria público-privada em que as Sociedades de Garantia Mútua

(SGM), sociedades financeiras maioritariamente privadas, reguladas e

supervisionadas pelo Banco de Portugal, são contragarantidas pelo

Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM), um fundo público gerido

pela SPGM – Sociedade de Investimento, S.A.

O QUE É A GARANTIA MÚTUA

O Sistema de Garantia Mútua português é constituído por quatro

Sociedades de Garantia Mútua, a SPGM, sociedade que em 1994

iniciou em Portugal e que hoje é a “Holding” do Sistema e que também

presta serviços às SGM.

Vocacionadas para apoiar no acesso ao financiamento bancário e

na atividade corrente das empresas, as SGM oferecem soluções com

condições mais favoráveis em termos de montantes, prazos e custos

associados, e, por isso, mais adequadas às suas necessidades,

assegurando o bom e atempado cumprimento das suas obrigações

perante terceiros, promovendo o investimento, desenvolvimento,

modernização e internacionalização das PME.

O QUE É A GARANTIA MÚTUA

Montantes máximos (por empresa ou grupo de empresas)

€ 1,5 milhões para financiamentos bancários, podendo ser de € 4,5

milhões no âmbito das linhas PME Crescimento e similares

€ 1 milhão para garantias técnicas, de boa execução ou outras não

financeiras

Garantia entre 50% e 80% do capital de financiamentos e até 100% para

outros tipos de garantias

Custos envolvidos: comissão de garantia entre 0,5% e 4,5% ao ano,

sobre o saldo vivo e eventuais comissões de montagem e tramitação

contratual

4

ACESSO A CRÉDITO BANCÁRIO

Vantagens

Partilha de risco do financiamento;

Redução de garantias a apresentar;

Alavancagem do envolvimento potencial junto do banco;

Reforço de garantia com maior liquidez;

Celeridade de contratação;

Maior facilidade de acesso ao financiamento e em melhores

condições de preço e de prazo.

5

ACESSO A CRÉDITO BANCÁRIO

Sociedades de Garantia Mútua (SGM)

Fundo de Contragarantia Mútuo

SPGM

O SISTEMA PORTUGUÊS DE

GARANTIA MÚTUA

As Sociedades de Garantia Mútua (SGM) emitem as garantias

Estão em contacto com a Banca e PME, assim como com os representantes das PME;

O capital das SGM é maioritariamente detido pelas PME beneficiárias (>50%), Banca, associações empresariais e

SPGM;

As SGM estão estritamente ligadas à SPGM, nomeadamente no que respeita ao desenho de novos produtos com

garantia mútua (e contragarantia do FCGM) tornando-se desta forma e, posteriormente, num importante parceiro

estratégico mas também pelo facto de a SPGM desenvolver um conjunto de serviços, enquanto centro de serviços

partilhados, a todo o Sistema Português de Garantia Mútua;;

Possuem uma análise de risco independente e com capacidade de decisão sobre emitir ou não uma garantia, cobrindo

uma parte dos riscos assumidos pela Banca e outras entidades que financiam as PME;

A comissão de garantia é determinada de acordo com a análise de risco efetuada e enquadrada no preçário e matriz

interna definida pela SGM (comissão está compreendida entre um minimo de 0,5% e um máximo de 4,5%, por ano e a

incidir sobre o valor vivo da garantia);

A comissão de garantia é normalmente paga pela PME mas, excecionalmente, em algumas linhas de crédito

especificas lançadas em conjunto com a Banca e com o Estado, este último pode subsidiar a PME e assumir o custo

da comissão de garantia (por exemplo: linhas PME Investe e PME Crescimento);

São supervisionadas pelo Banco de Portugal e operam de acordo com uma legislação especifica e dentro das regras

gerais aplicáveis às instituições de crédito.

O SISTEMA PORTUGUÊS DE

GARANTIA MÚTUA

O Fundo de Contragarantia Mútuo assume uma percentagem do risco assumido pela SGM

Não tem contacto direto com as PME e as Instituições Financeiras;

O capital (aprox. € 1 101 milhões em Set 2014) é integralmente público (apesar da legislação permitir dotações

privadas no FCGM, particularmente das SGM);

Não implica qualquer análise de risco casuística, uma vez que a contragarantia é automática e obrigatória por lei,

contudo existe um controlo, de forma agregada, da evolução do risco global da carteira de garantias assegurada ao

nível da sociedade gestora do fundo SPGM;

O preço da contragarantia é determinado de acordo com um modelo especifico, aprovado pelo Conselho Geral do

FCGM. Partindo de um preço base de 0,2% sobre a média anual da carteira viva de contragarantias da cada SGM,

pode variar de acordo com a evolução da sinistralidade, da maturidade da carteira e do risco médio da mesma (apesar

das contragarantias serem automáticas, as SGM devem providenciar toda a informação ao FCGM sobre as

caraterísticas de cada operação emitida, especialmente sobre risco e preço)

O nivel da contragarantia oscila entre os 50%-80% da garantia eimtida pela SGM, dependendo da linha de crédito

especifica;

O FCGM é gerido pela SPGM.

O SISTEMA PORTUGUÊS DE

GARANTIA MÚTUA

SPGM funciona como a “Holding” do Sistema Português de Garantia Mútua.

Gere o Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM)

Funciona como um centro de serviços partilhados (back-office) quer para o FCGM, quer para as SGM;

Representa o interesse público no desenho e negociação de novas linhas de crédito ou outros produtos das

SGM, contragarantidos pelo FCGM;

Destaca-se pela inovação no pensamento estratégico de politicas de financiamento para PME e constituiu-se

como um benchmark no panorama internacional;

Negoceia com institutos públicos (IAPMEI, TP ip, COMPETE, Ministério da Educação e Ciência, IFAP, IEFP, IDE

Madeira, Gov. Regional Açores, etc) e com organizações internacionais (BEI/FEI, Comissão Europeia) novas

linhas de crédito para as PME portuguesas;

Representa institucionalmente o SNGM internacionalmente, nomeadamente na Associação Europeia de

Caucionamento Mútuo (AECM), que preside, e na rede de gaarantias ibero-americana (REGAR), de que é

fundadora e um dos principais sponsors.

O SISTEMA PORTUGUÊS DE

GARANTIA MÚTUA

SPGM – Sociedade de Investimento, S.A. (“Holding” do Sistema)

Inicialmente

A SPGM tinha como missão analisar as melhores práticas internacionais,

testar o produto, funcionando na prática como uma SGM, e preparar

legislação a propor ao Governo Português (chamada Fase-Piloto, 1994-

2002), tendo em vista a criação e o desenvolvimento de um sistema de

garantia mútua, com o objectivo de facilitar e melhorar as suas condições

de acesso ao financiamento pelas PME.

10

O SISTEMA PORTUGUÊS DE

GARANTIA MÚTUA

Passada a fase-piloto deu-se a constituição de Sociedades de Garantia

Mútua (SGM), que a partir de Janeiro de 2003 são as únicas entidades a

emitir garantias.

As Sociedades de Garantia Mútua:

Coimbra

(âmbito nacional)

Santarém

(Centro Sul e Açores)

Lisboa

(Lisboa, Sul e Madeira)

Porto

(Norte e Centro)

sector agro-florestal

11

O SISTEMA PORTUGUÊS DE

GARANTIA MÚTUA

SPGM

Serviços Partilhados•Administrativos•Financeiros•Sistemas Informação• Jurídicos

FCGM

Fundo Europeu de

Investimento(FEI)

Acionistas

Norgarante Lisgarante

Garval Agrogarante

• IAPMEI• TP, ip• Instituições de Crédito

• PME’s• Associações Empresariais• Instituições de Crédito• IAPMEI• TP, ip• IFAP

Estrutura de Capital Maioritariamente Pública

Fundo Público

Garantia de 3º nível

Contragarantia Automática e Obrigatória

• Comissões de contragarantia• Contribuições Periódicas

Participa no capital das SGM’s e atua como “holding” do sistema

Estrutura de Capital Maioritariamente Privada

•Garantias• Ações

• Protocolos•Garantias de Carteira

• Contrato• Execução Técnica• Empréstimos Bancários• Etc.

Clientes:• PME’s• Pessoa Individual

Beneficiaries:• Instituições de Crédito• Instituições Públicas• Pessoa Individual

Sociedades de Garantia Mútua

Sociedade Gestora do FCGM

MODELO DE INTERVENÇÃO

13

O SISTEMA PORTUGUÊS DE

GARANTIA MÚTUA - AECM

O Sistema Português de Garantia Mútua integra a Associação Europeia

de Caucionamento Mútuo (AECM).

A AECM tem 3 objetivos principais:

Representação política: A AECM representa os interesses políticos dos seus membros junto das

instituições europeias, tais como a Comissão Europeia, o Parlamento e o Conselho Europeu, assim como

junto de outros organismos multilaterais, como por exemplo o Banco Europeu do Investimento (BEI), o

Fundo Europeu do Investimento (FEI), o Banco de Compensações Internacionais (BCI) e o Banco

Mundial. A AECM ocupa-se principalmente de questões ligadas à regulamentação relacionada com as

ajudas de Estado, aos programas de apoio europeus e à supervisão prudencial. Acompanha, ainda, a

resposta política à crise financeira.

Partilha de melhores práticas: A AECM é uma plataforma de partilha das melhores práticas para uma

grande variedade de temáticas operacionais. Com este objetivo, a AECM criou grupos de trabalho e

organiza seminários anuais, ações de formação técnica e vários outros eventos sobre problemáticas

específicas.

Promoção da garantia: A AECM realiza estudos sobre o sector da garantia, publica informações

técnicas, estatísticas, newsletters e outras publicações que promovem o instrumento da garantia. A

AECM participa, além disso, como representante do sector em eventos na Europa e no resto do mundo.

A AECM conta com 40 organizações membros ativos em 21 Estados membros da UE, no Montenegro, Rússia e

na Turquia.

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DAS

SOCIEDADES DE GARANTIA MÚTUA

0 €

500 €

1 000 €

1 500 €

2 000 €

2 500 €

3 000 €

3 500 €

4 000 €

4 500 €

5 000 €

5 500 €

6 000 €

6 500 €

7 000 €

7 500 €

8 000 €

8 500 €

9 000 €

9 500 €

20032004

20052006

20072008

20092010

20112012

20132014-09-30

201 €254 € 408 € 651 € 966 €

1 631 €

3 904 €

5 779 €

6 624 €

7 561 €

8 742 €

9 451 €

126 € 142 € 227 € 358 € 491 €913 €

2 749 €

3 762 €

3 240 €

2 968 € 3 039 €2 936 €

Garantias Emitidas (inclui renovações e plafonds) Carteira Viva

EFEITOS MULTIPLICADORES DO

INVESTIMENTO NO SISTEMA EFEITOS MULTIPLICADORES DO

INVESTIMENTO NO SISTEMA

Investimento

Privado

Investimento

Público

Garantias

das SGM (2)

€ 9 451

Financiamento

Bancário

€ 19 284

Investimento

Induzido na

Economia

€ 19 757

Contragarantia

do FCGM (1)

€ 7 239

€ 1 158

€ 153

VALORES EM MILHÕES DE €UROS

15

NOTA: (1) Contragarantias emitidas - inclui renovações(2) Garantias emitidas - inclui renovações e plafonds

Business Angels

Capital de Risco

M & A

Capital de Risco

Maturidade

Private Equity

Mercado de Capitais

... AO LONGO DO CICLO DE VIDA DA

EMPRESA

17

ATUAL OFERTA DA GARANTIA MÚTUA

Garantias a favor de instituições financeiras

Financiamento de Curto Prazo;

Financiamento de Médio e de Longo Prazo;

Leasing imobiliário e mobiliário;

Factoring e Confirming;

Outras operações especiais de crédito (empréstimos obrigacionistas, operações de

papel comercial);

Garantias de Carteira.

Garantias a favor de instituições não financeiras

Garantias Técnicas ou de Boa Execução

Garantias de Bom Pagamento

Consultadoria Financeira

18

ATUAL OFERTA DA GARANTIA MÚTUA

Oferta Garantia Mútua Protocolada - Linhas de Crédito Especiais

PME Crescimento 2014;

3ª Medida de Alargamento de Prazo;

Garantia Mútua FEI 2013-2015;

Investe QREN;

Apoio à Tesouraria (TP);

Apoio à Consolidação Financeira (TP);

Social Investe;

Comércio Investe;

FINICIA – EIXO II – Microcrédito e Early-stages;

FINICIA – EIXO III – Fundos Municipais;

Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego;

Crédito a Estudantes do Ensino Superior com Garantia Mútua (brevemente 2014/2015)

19

ATUAL OFERTA DA GARANTIA MÚTUA

20

ATUAL OFERTA DA GARANTIA MÚTUA

Oferta Garantia Mútua Protocolada – Protocolos Gerais e Linhas de Crédito

Banco BIC Português;

Banco Bilbao Vizcaya Argentaria;

Banco BPI;

Banco Comercial Português;

Banco Internacional do Funchal;

Banco Popular Portugal;

Banco Santander Totta;

Barclays Bank PLC;

Caixa Económica Montepio Geral;

Caixa Geral de Depósitos;

Crédito Agrícola;

Novo Banco.

21

ATUAL OFERTA DA GARANTIA MÚTUA

Beneficiários

Principais Linhas de Crédito com Garantia Mútua

PME Crescimento 2014 Preferencialmente PME nacionais, com CAE enquadrável. É uma linha bonificada, com cobertura de 50% a 70% da

Garantia Mútua.

Linha Garantia Mútua - FEI PME com CAE enquadrável. Aceita operações leasing ou empréstimos de médio/longo prazo, com cobertura de até 80%

de Garantia Mútua.

Investe QREN Empresas com projetos de investimento SI QREN aprovados.

Comércio Investe Empresas com projetos de investimento aprovados na medida Comércio Investe.

SOCIAL Investe Instituições particulares de solidariedade social, Mutualidades, Misericórdias, Cooperativas, Associações de

desenvolvimento local e outras entidades da economia social sem fins lucrativos, com declaração da CASES.

Apoio à Tesouraria, TP Empresas turísticas, com CAE enquadrável.

Apoio à Consolidação Financeira, TP Empresas turísticas, com CAE enquadrável e que tenham necessidades de refinanciamento de crédito.

LAECPE - IEFP

Desempregados inscritos nos centros de emprego, jovens à procura do primeiro emprego, desempregados que nunca

tenham exercido atividade, trabalhadores independentes cujo rendimento médio mensal seja inferior à retribuição mínima

mensal garantida, microentidades e as cooperativas até 10 trabalhadores

3.º Alargamento de Prazo

(Linhas PME Investe)

Empresas com operações contratadas das linhas PME Investe III a PME Investe VI Aditamento, que tenham beneficiado

de pelo menos um alargamento de prazo das medidas anteriores.

FINICIA EIXO II

Early-Stages | Microcrédito

PME (ENI), com CAE enquadrável, em início de atividade ou com atividade até 4 anos, e contabilidade organizada. A

contratação depende da regular constituição da sociedade ou do pedido de registo de início de atividade.

FINICIA EIXO III

Fundos Municipais

PME do Município subscritor, com projetos em setores enquadráveis e com interesse para o Município, e que tenham

contabilidade organizada. A contratação depende da regular constituição da sociedade ou do pedido de registo de início

de atividade.

Obrigada!