economia e finanças públicas para icms rj (sefaz rj)

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Aula 00 Economia e Finanças Públicas p/ ICMS/RJ Professores: Heber Carvalho, Jetro Coutinho 00000000000 - DEMO

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Aula demonstrativa do Curso de Economia e Finanças Públicas para Concurso ICMS RJ (ou SEFAZ RJ). Confira o curso completo no site: https://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/economia-e-financas-publicas-p-icms-rj-4526/

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  • 1. Aula 00 Economia e Finanas Pblicas p/ ICMS/RJ Professores: Heber Carvalho, Jetro Coutinho 00000000000 - DEMO

2. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 79 AULA 00 (demonstrativa) - 1. Conceitos fundamentais de economia. 2. Teoria elementar de equilbrio do mercado. 3. Fatores que influenciam a oferta e a procura por bens e servios. 4. Efeitos de deslocamentos das curvas de procura e oferta. 5. Elasticidades - preo da procura e da oferta. 6. Noes bsicas de microeconomia. SUMRIO RESUMIDO PGINA Apresentao 01 1. Demanda 06 2. Oferta 15 3. Equilbrio 18 4. Elasticidades 24 5. Resumo da aula 43 6. Questes comentadas 46 7. Lista de questes 70 8. Gabarito 79 Ol caros(as) amigos(as), com grande satisfao que lanamos este curso de Economia e Finanas Pblicas formatado especialmente para atender s necessidades daqueles que se preparam para o concurso de Fiscal de Rendas da SEFAZ/RJ ( RJ ). Comentaremos, principalmente, questes da FCC. Assim, nosso curso ser totalmente focado para esta banca. Nesta aula demonstrativa, voc poder atestar isso. Ainda estamos coletando as questes desta banca, mas podemos afirmar que teremos, no mnimo, 450 questes comentadas ao longo do curso (provavelmente, vamos ultrapassar esse nmero, mas, no mnimo, teremos essas 450 questes). Destas questes, mais da metade, com certeza, ser da FCC. E teremos questes recentssimas, do ano de 2014! Para quem no me conhece, meu nome Heber Carvalho, sou bacharel em Cincias Militares, formado pela AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras). Aps pouco mais de 08 anos no Exrcito, fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal do Municpio de So Paulo (AFTM-SP, 4. Lugar). Paralelamente, ministro aulas de Economia e matrias relacionadas (Economia do Trabalho, Economia Brasileira, Micro e Macroeconomia) em cursos preparatrios de So Paulo e outras capitais, no Eu Vou Passar e aqui no Estratgia Concursos. Tambm sou autor Microeconomia Facilitada publicado pela editora Mtodo. 00000000000 00000000000 - DEMO 3. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 79 E o meu nome Jetro Coutinho, sou bacharel em Administrao pela Universidade de Braslia (2011). Estudo para concursos desde o segundo semestre de 2009, quando fiz o concurso de Tcnico do Banco Central, ainda durante o 4 semestre da faculdade. Aps ser nomeado, conclu os estudos na UnB e, desde ento, venho estudando para um concurso especfico: O Tribunal de Contas da Unio. Nesse caminho, fui aprovado, dentro das vagas, para Analista de Finanas e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional rea Econmico-Financeira. No entanto, no assumi o Tesouro, pois tomei posse no concurso que sempre sonhei: Tive uma imensa beno, que foi ser aprovado para o Tribunal de Contas da Unio em 13 Lugar de um total de 18 vagas para Braslia. Isso aos 22 anos de idade. J estudei muito a cincia econmica, tanto para a faculdade e para o meu TCC quanto para concursos. O professor Heber me convidou para formarmos, ento, uma parceria para trazer ao aluno um excelente curso de Economia aqui no Estratgia. Falemos um pouco sobre o contedo e a metodologia de nosso curso, comeando pelo primeiro. ECONOMIA: 1. Conceitos fundamentais de economia. 2. Teoria elementar de equilbrio do mercado. 3. Fatores que influenciam a oferta e a procura por bens e servios. 4. Efeitos de deslocamentos das curvas de procura e oferta. 5. Elasticidades - preo da procura e da oferta. 6. Noes bsicas de microeconomia. 7. Teoria do consumidor: Preferncias; Curvas de indiferena; Limitao oramentria. 8. Equilbrio do consumidor. 9. Classificao de bens: normais, inferiores, bens de Giffen, substitutos e complementares. 10. Excedente do consumidor. 11. Fatores de produo. 12. Funo de produo e suas propriedades. 13. Elasticidade de substituio. 14. Rendimentos de fator, rendimentos de escala. 15. Curvas de isocusto. 16. Equilbrio da firma no curto prazo nas estruturas de mercado concorrncia perfeita, concorrncia monopolstica, oligoplio e monoplio. 17. Conceitos bsicos de contabilidade nacional. 18. Deflacionamento do produto. 19. Contas nacionais do Brasil. 20. Balano de Pagamentos e relaes com o resto do mundo. 21. Noes sobre economia do setor pblico. 22. Polticas fiscal, monetria e cambial. 23. Efeitos da atuao do Estado na economia. 24. Sistema Tributrio como instrumento de distribuio de renda. 25. Princpios de tributao. 26. Impostos regressivos e progressivos. 27. Impostos sobre consumo em cascata e sobre valor adicionado. 28. Impacto da carga tributria na atividade econmica e na distribuio de renda. 29. Incidncia do imposto sobre vendas no mercado de concorrncia perfeita. Como o contedo vasto, torna-se bastante difcil reunir uma bibliografia que cubra todos os tpicos do edital com o foco e a objetividade necessrios (fora que seriam necessrios uns 03 a 04 livros, no mnimo) ao bom concurseiro. Nossa proposta facilitar o seu trabalho e reunir toda a teoria e inmeros exerccios comentados, no que tange a todos estes assuntos em um s material. O curso contar com muitas 00000000000 00000000000 - DEMO 4. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 79 questes da FCC, para que voc veja como o estilo da banca examinadora. Verificando as questes da FCC aplicadas em 2014 e 2013 (provas de Analista de Gesto Econmica, Analista de Desenvolvimento da Gesto (Economia), Consultoria Legislativa Oramento Pblico e Desenvolvimento Econmico, Economista da Fhemig, Economista da DPE/RS e Fiscal do ICMS/SP), podemos perceber que a FCC tem exigido um conhecimento terico bastante sedimentado. Ou seja, o aluno tem que, realmente, ter uma boa noo de todo o contedo. Outra observao importante em relao s provas da FCC que a maior parte das questes tem cobrado o conhecimento terico da matria (em detrimento das questes de clculo). No entanto, s vezes, entender os clculos expostos durante as aulas, assim como os grficos, fundamental para o correto entendimento da teoria. Neste sentido, o nosso curso levar em conta as duas abordagens (terica e algbrica/grfica), e a lista de exerccios selecionada ao final de cada aula procurar trazer questes que treinam os dois lados do concurseiro: o lado terico, e aquele lado Nosso curso no exigir conhecimentos prvios. Portanto, se voc nunca estudou, ou est iniciando seus estudos em Economia, fique tranquilo pois nosso curso atender aos seus anseios perfeitamente. Se voc j estudou os temas, e apenas quer revis-los, o curso tambm ser bastante til, pela quantidade de exerccios comentados que teremos, o que lhe permitir uma excelente reviso do contedo. Em relao aos exerccios, sero, no mnimo, 450 questes comentadas, dentre as quais, pelo menos umas 280 sero da FCC. Resolver todas estas questes trazidas nas aulas sempre toma bastante tempo do concurseiro e, s vezes, o padro das questes se repete bastante. Assim, para acelerar seus estudos, vamos adotar um procedimento que deu certo em nosso ltimo curso para a FCC (ministrado para o ICMS/RJ 2013). Vamos etiquetar as principais questes de nossa aula. Elas viro com esta tarjeta: Desta forma, ao final da aula, se voc se deparar com uma lista de 20, 40 ou 50 exerccios, mas no quiser despender tanto tempo assim resolvendo todos eles (por muitos serem quase iguais), poder escolher aqueles mais importantes, ou essenciais. s procurar pelas questes com a tarjeta. 00000000000 00000000000 - DEMO 5. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 79 Fazendo essas questes, voc se certificar que est fazendo os melhores exerccios, aqueles que vo te forar a entender e a revisar o contedo terico. Da, depois, se houver tempo, ou voc julgar necessrio, voc pode fixar ainda mais o contedo resolvendo o restante das questes sem as tarjetas. Ressaltamos que este recurso (etiquetao das principais questes) apenas uma ferramenta de aprendizagem, voltada para aqueles que querem fazer um estudo mais acelerado, mais objetivo (e, portanto, menos profundo). No entanto, ressaltamos que o ideal a leitura integral de nossas aulas e a resoluo de todos os exerccios. Fazendo isso, temos certeza que conseguir um resultado bastante expressivo na prova. Esse curso abordar todo o contedo abaixo descrito: AULA 00 (Demonstrativa) 1. Conceitos fundamentais de economia. 2. Teoria elementar de equilbrio do mercado. 3. Fatores que influenciam a oferta e a procura por bens e servios. 4. Efeitos de deslocamentos das curvas de procura e oferta. 5. Elasticidades - preo da procura e da oferta. 6. Noes bsicas de microeconomia. AULA 01 (06/06) Aspectos algbricos e mais avanados da demanda, oferta e elasticidades. Excedente do consumidor, produtor. Eficincia Econmica. Bem-estar e peso morto. 9. Classificao de bens: normais, inferiores, bens de Giffen, substitutos e complementares. 10. Excedente do consumidor. AULA 02 (13/06) Teoria do consumidor: Preferncias; Curvas de indiferena; Limitao oramentria. 8. Equilbrio do consumidor. 9. Classificao de bens: normais, inferiores, bens de Giffen. AULA 03 (20/06) 11. Fatores de produo. 12. Funo de produo e suas propriedades. 13. Elasticidade de substituio. 14. Rendimentos de fator, rendimentos de escala. 15. Curvas de isocusto. AULA 04 (27/06) Teoria dos custos. AULA 05 (04/07) 16. Equilbrio da firma no curto prazo nas estruturas de mercado concorrncia perfeita, concorrncia monopolstica, oligoplio e monoplio. AULA 06 (11/07) Curva de Possibilidades de Produo. Falhas de Mercado. AULA 07 (18/07) 24. Sistema Tributrio como instrumento de distribuio de renda. 25. Princpios de tributao. 26. Impostos regressivos e progressivos. 27. Impostos sobre consumo em cascata e sobre valor adicionado. 28. Impacto da carga tributria na atividade econmica e na distribuio de renda. 29. Incidncia do imposto sobre vendas no mercado 00000000000 00000000000 - DEMO 6. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 79 de concorrncia perfeita. AULA 08 (25/07) 17. Conceitos bsicos de contabilidade nacional. 19. Contas nacionais do Brasil. AULA 09 (01/08) 18. Deflacionamento do produto. AULA 10 (08/08) 20. Balano de Pagamentos e relaes com o resto do mundo. Poltica cambial. AULA 11 (15/08) 22. Polticas fiscal, monetria (Parte I). Modelo Keynesiano. AULA 12 (22/08) 22. Polticas fiscal, monetria (Parte II). Modelo Keynesiano. Teoria Monetria. AULA 13 (29/08) 22. Polticas fiscal, monetria (Parte III). Noes sobre economia do setor pblico. 23. Efeitos da atuao do Estado na economia Modelo IS-LM. AULA 14 (05/09) 22. Polticas fiscal, monetria (Parte IV). Modelo OA-DA. Vamos comear o curso1 com temas de Microeconomia (aulas 00 a 06). Na aula 07, veremos um contedo de Tributao que sempre aparece muito nas questes de provas da rea fiscal. Na aulas 08 a 14, estudaremos assuntos de Macroeconomia. Teremos, em mdia, 60 a 70 pginas totais por aula (algumas aulas podem chegar a 100 pginas). Mas sabemos que as aulas em PDF trazem muitas questes comentadas, resumos, lista das questes sem os comentrios, gabarito, etc, etc. Assim, de uma aula de 60 a 70 pginas, sobra mesmo uma mdia de 35 pginas de teoria pura por aula, j que o resto so aqueles itens citados no incio do pargrafo. Tambm ressaltamos que haver algumas aulas um pouco maiores (aulas 02 e 05, por exemplo). Antes de comear a aula, segue 01 aviso: Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-) 1 1 A Microeconomia estuda as unidades de produo (empresas) e as unidades de consumo (famlias), individualmente ou em grupos. Ela estuda a interao entre firmas e consumidores e a maneira pela qual a produo e preo so determinados em mercados especficos. A Macroeconomia o ramo da Economia que estuda a evoluo dos mercados de uma forma mais geral, mais abrangente, analisando a determinao e o comportamento dos grandes agregados macroeconmicos (renda nacional, produto nacional, investimento, poupana, consumo agregado, inflao, emprego e desemprego, quantidade de moeda, juros, cmbio, etc). 00000000000 00000000000 - DEMO 7. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 79 Agora sim, podemos comear. Todos prontos? Ento, aos estudos! E a, todos prontos? Ento, aos estudos! 1. DEMANDA A demanda ou procura de um bem simplesmente a quantidade deste bem que os consumidores/compradores desejam adquirir a determinado preo, em determinado perodo de tempo. Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de demanda de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os consumidores desejam comprar medida que muda o preo unitrio. A primeira pergunta que vem cabea a seguinte: Como seria esta curva? relao que existe entre as variveis que constam no grfico em que ela est. No grfico da curva de demanda, temos a quantidade de bens demandados no eixo X (eixo horizontal ou eixo das abscissas), e temos o preo do bem no eixo Y (eixo vertical ou eixo das ordenadas), conforme vemos na figura 01. Ento, temos que descobrir qual a relao existente entre o preo do bem e a quantidade demandada. Imaginemos um bem qualquer. Vamos adotar, como exemplo, o bem Cerveja (Eita, Heber...). O que aconteceria com a quantidade demandada de cervejas caso seu preo estivesse bastante baixo? O que aconteceria com a quantidade demandada de cervejas caso seu preo estivesse alto? As respostas so bastante bvias: teramos alta e baixa quantidade demandada, respectivamente. A concluso a que chegamos a seguinte: a quantidade demandada ou procurada de um bem varia inversamente em relao ao seu preo. Em outras palavras, quanto mais caro est o bem, menos ele demandado. Quanto mais barato est o bem, mais ele demandado. Esta a milenar lei da demanda, e qualquer um de ns quando vai ao mercado fazer compras aplica esta lei, ainda que inconscientemente. Pois bem, voltando curva de demanda, como ela seria? Quando as duas variveis do grfico atuam em sentido inverso, isto , uma aumenta e a outra diminui e/ou vice-versa, como o caso dos preos e quantidades demandadas, a curva do grfico ter inclinao para baixo. Pegue como exemplo a seguinte funo de demanda (QD = quantidade demandada e P = preo) de cervejas e seu respectivo grfico: QD = 14 2P (esta equao apenas um exemplo) 00000000000 00000000000 - DEMO 8. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 79 Preo s 6 A Curva de demanda: QD = 14 2PFigura 01 B2 102 Quantidade de produtos Veja que no ponto A o preo 6 e a quantidade demandada 2 cervejas (QD = 14 2P QD = 14 2.6 = 14 12 = 2). medida que reduzimos o preo de 6 para 2, a quantidade demandada aumentou de 2 para 10 (QD = 14 2P QD = 14 2.2 = 14 4 = 10). Ou seja, enquanto o preo cai, a quantidade demandada sobe. Temos uma relao inversa e quando isto acontece, a curva tem sua inclinao para baixo. Existem vrias outras maneiras de expressar que a curva tem sua inclinao para baixo e que existe uma relao inversa entre a varivel do eixo Y e a varivel do eixo X. Voc tem que estar familiarizado com todas estas nomenclaturas. Assim, podemos dizer que a curva de demanda tem inclinao para baixo, decrescente, descendente ou negativa. Do ponto de vista algbrico, sabemos que a curva de demanda ser decrescente pelo sinal negativo do nmero/coeficiente que multiplica alguma das variveis. Assim, na equao da demanda apresentada, QD = 14 2P, o sinal negativo que multiplica a varivel P (Preo) garante a relao inversa entre QD e P, indicando que quando uma varivel aumenta, a outra diminui e vice-versa, orientando, assim, a inclinao decrescente da curva de demanda. Voc pode estar se perguntando se esta regra ou lei (preo aumenta demanda cai) vlida indistintamente para todos os bens da economia. Ser que existe algum tipo de bem cujos consumidores decidam aumentar a demanda a partir de um aumento de preo? Ou reduzir a demanda depois de uma reduo de preo? A resposta sim! Exceo lei da demanda: existe um tipo de bem que no obedece lei da demanda: o bem de Giffen. Ele a nica exceo para a lei da demanda. Para este bem, aumentos de preo geram aumentos de quantidade demandada e redues de preo geram reduo de quantidade demandada. Ento veja que as variveis preo e quantidade demandada caminham no mesmo sentido, indicando que a curva de demanda do bem de Giffen ter inclinao positiva, direta, ascendente ou crescente. O paradoxo 00000000000 00000000000 - DEMO 9. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 79 de Giffen uma situao muito difcil de ser verificada na prtica. Como exemplo deste tipo de bem, temos os bens de baixo valor, mas que possuem elevada importncia no consumo do indivduo. Por exemplo, suponha uma situao em que temos uma famlia pobre diante da ocorrncia de um aumento no preo do po. Como a renda da famlia bastante baixa, o aumento do preo do po far com que sobre menos renda para o consumo de outros bens, de forma que a famlia optar por aumentar o consumo de pes. Neste caso singular, ocorre o paradoxo de Giffen e o po ser um bem de Giffen, pois o aumento de preos provocou aumento das quantidades demandadas. Vimos, ento, neste tpico que a quantidade demandada de um bem depende de seu preo e que essa relao inversa, ocasionando uma curva de demanda negativamente inclinada, decrescente, descendente ou com inclinao para baixo. Vimos tambm que o raciocnio deve ser inverso se o bem for de Giffen. Por fim, devo dizer que a ideia da curva de demanda nos mostrar a disposio de compra do consumidor. Ou seja, a curva de demanda nos mostra qual seria a quantidade demandada de determinado produto, para cada nvel de preo. Desta forma, entenda que a curva de demanda nos mostra a quantidade de determinado bem que o consumidor est disposto a adquirir. No significa, necessariamente, que o consumidor est efetivamente comprando aquela quantidade de bens. 1.1. Fatores que afetam a demanda A demanda de um bem depende de uma srie de outros fatores que vo alm simplesmente do preo deste bem: Preo: j visto no item de introduo Demanda. Renda do consumidor: na maioria das vezes, o aumento de renda provoca o aumento da demanda. Preos de outros bens: se o consumidor deseja adquirir arroz, ele tambm verificar o preo do feijo, j que o consumo destes bens associado. O mesmo ocorre com o preo do DVD e do aparelho de DVD. Quando o consumo de um bem associado ao consumo de outro bem, dizemos que estes bens so complementares. De forma oposta, quando o consumo de um bem substitui ou exclui o consumo de outro bem, dizemos que estes bens so substitutos ou sucedneos. o que acontece, neste ltimo caso, com a manteiga e a margarina, refrigerante e suco, carne bovina e carne de frango, etc. 00000000000 00000000000 - DEMO 10. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 79 Outros fatores: aqui entram os gostos, hbitos e expectativas dos consumidores que podem variar devido a inmeros fatores. Exemplos: a demanda de protetores solar aumenta no vero, a demanda de carvo para churrasco maior no Sul do Brasil, a demanda por camisas da seleo brasileira aumenta em poca de copa do mundo, a no realizao de concursos pblicos diminui a demanda de cursos, etc. Assim, podemos listar como outros fatores: 1) Expectativas dos consumidores: quanto renda futura (se eles esperam que sua renda v aumentar, a demanda tende a aumentar). Quanto ao comportamento futuro dos preos (se eles esperam que os preos vo aumentar, a demanda tende a aumentar, para evitar comprar produtos mais caros no futuro). Quanto disponibilidade futura de bens (se o consumidor acredita que determinada mercadoria poder faltar futuramente no mercado, ele poder aumentar a demanda por esse bem, precavendo-se de sua falta no futuro). 2) Mudana no nmero de consumidores no mercado: o aumento de consumidores aumenta a demanda pelo consumo de bens. Exemplo: os comerciantes de Campos do Jordo (SP) ou Gramado (RS) compreendem perfeitamente que, durante as frias escolares de inverno, no meio do ano, h substancial aumento da demanda por praticamente todos os servios locais. Isso ocorre devido ao aumento no nmero de consumidores. Com o trmino das frias, as famlias retornam s suas origens e a demanda pelos servios se reduz. 3) Mudanas demogrficas: a demanda por muitos produtos est, por exemplo, estreitamente ligada composio etria da populao, bem como sua distribuio pelo pas. Exemplo: lugares onde a populao composta em sua maioria por jovens apresentaro maior demanda por produtos associados a esse pblico (calas jeans, restaurantes fast food, danceterias, etc). 4) Mudanas climticas: a demanda por produtos estritamente ligados estao mais quente (culos de sol, sungas de banho, etc) so mais demandadas no vero e menos demandadas no inverno. A demanda de um bem, portanto, depende no s dos vrios fatores listados acima, mas, sobretudo, da ao conjunta deles. Para que os economistas consigam analisar a influncia de uma varivel na demanda, utiliza-se a suposio de que todas as outras variveis permanecem constantes. No jargo econmico utilizada a hiptese do 00000000000 00000000000 - DEMO 11. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 79 Preos P2 Deslocamento sobre a curva de demanda Figura 02 D P1 Quantidades Q1Q2 coeteris paribus, que quer dizer: todo o restante permanecendo constante. Por exemplo, ao afirmamos que o aumento da renda, coeteris paribus, aumenta a demanda de um bem, estamos afirmando que devemos considerar isoladamente o aumento de renda na demanda. Esta observao muito importante para questes de concursos pblicos. Assim, quando uma questo solicitar as implicaes sobre a demanda oriundas de algum acontecimento, deve-se raciocinar exclusivamente sobre aquele acontecimento em especial. Alerto ainda que a hiptese do coeteris paribus deve ser sempre adotada quando formos resolver as questes de concurso, ainda que a banca examinadora no mencione expressamente a hiptese no enunciado da questo. 1.2. Alterando a demanda Vamos analisar agora como os fatores do item anterior afetam a curva de demanda: a) PREOS: quando os preos dos produtos sobem, a quantidade demandada cai, e vice-versa. A principal concluso a que chegamos que a mudana de preos ocasiona deslocamentos NA curva de demanda, AO LONGO DA CURVA. Na figura 02, acima, vimos que o aumento de preos (de P1 para P2) provocou uma reduo na quantidade demandada (de Q1 para Q2). Para que isto ocorresse a curva de demanda no precisou sair do lugar, pois nos deslocamos na curva, sobre a curva ou, ainda, ao longo da curva de demanda. b) RENDA DO CONSUMIDOR: para os bens ditos normais, aumentos de renda dos consumidores, coeteris paribus, provocam aumento da demanda (veja que estamos falando em aumento da 00000000000 00000000000 - DEMO 12. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 79 Bem normal: aps o aumento de renda, D1 se desloca para D2 Fig. 03 D2 P D1 D1 Q2Q1Q1 demanda e NO aumento da quantidade demandada2). Veja, graficamente, o que acontece com a curva de demanda de um bem normal aps um aumento de renda dos consumidores: Aps o aumento de renda, TODA a curva de demanda se desloca para a direita, indicando maiores quantidades demandadas ao mesmo nvel de preos. Caso tenhamos um bem inferior, que, por definio, o bem cuja demanda diminui quando o nvel de renda do consumidor aumenta, o raciocnio diferente. Neste caso, aumentos de renda faro com que a curva de demanda se desloque para a esquerda, indicando menor demanda. Como exemplo, temos a carne de segunda. Aps um aumento de renda, o consumidor tende a diminuir o consumo da carne de segunda e a aumentar o consumo de carne de primeira (melhor qualidade). Veja, graficamente, o efeito de um aumento de renda para um bem inferior3: 2 Normalmente, por questes didticas, fazemos uma diferenciao entre os significados de eslocamos toda geralmente adotada nos manuais acadmicos da matria. 3 Aqui, ns exemplificamos a carne de segunda como sendo um bem inferior. Mas, na verdade, a definio de bem inferior depende do consumidor de que estamos tratando. No caso de voc que est lendo este curso, acredito que tenha ficado bastante claro que a carne de primeira seria um bem normal e a carne de segunda seria um inferior. No entanto, pense em uma pessoa extremamente pobre que s tem dinheiro para comer ovo frito, todo dia. Para ela, aumentos de renda podem fazer com que ela reduza o consumo de ovo frito e aumente o consumo de carne de segunda. Assim, para este consumidor mais pobre, em decorrncia do seu nvel de renda e de sua estrutura de preferncias, o ovo frito que ser o bem inferior, e a carne de segunda ser o bem normal. Assim, a definio de bem inferior depende da renda do consumidor e da sua estrutura de preferncias (veremos isso mais profundamente na aula de teoria do consumidor). 00000000000 00000000000 - DEMO 13. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 79 Bem inferior: aps o aumento de renda, D1 se desloca para D2 Fig. 04 D1P D1 D2 Q1 Q1Q2 Aps o aumento de preo de um bem substituto Fig. 05 D2 P D1D1 Q2Q1Q1 Concluso: ento, vimos que o aumento de renda provocar aumento da demanda, se o bem for normal; e reduo da demanda, se o bem for inferior. Se uma questo de concurso informar apenas que h aumento de renda, sem mencionar se o bem normal ou inferior, considere que o mesmo normal, que a regra geral adotada. c) PREOS DE OUTROS BENS: 1) Bens substitutos: os preos de outros bens relacionados podem influenciar a demanda de um bem X. Quando o consumo de um bem relacionado exclui o consumo de outro bem, dizemos que estes bens so substitutos. o que acontece, por exemplo, com a carne bovina e a carne suna. O que acontecer com a demanda de carne suna se o preo da carne bovina se elevar? A lei da demanda diz que a quantidade demandada de carne bovina ir diminuir. Como as carnes bovina e suna so substitutas, os consumidores iro substituir o consumo de carne bovina por carne suna, por conseguinte, a demanda por carne suna aumentar em virtude do aumento de preos da carne bovina. Veja, graficamente, o resultado sobre a curva de demanda de carne suna aps o aumento do preo de um bem substituto: Caso haja diminuio do preo de um bem substituto ocorrer justamente o raciocnio inverso. Tomemos como exemplo novamente o exemplo das carnes bovina e suna. O que acontecer com a demanda de carne suna se o preo da carne 00000000000 00000000000 - DEMO 14. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 79 Aps reduo de preo de um bem substituto, D1 se desloca para D2 Fig. 06 D1 D1 P D2 Q1Q2Q1 Aps a reduo de preo de um bem complementar Fig. 07 D2P D1 D1 Q2Q1Q1 bovina for reduzido? A lei da demanda nos diz que a quantidade demandada de carne bovina aumentar. Como os bens so substitutos, a maior demanda de carne bovina implicar obrigatoriamente uma menor demanda de carne suna. Observe, graficamente, o resultado provocado sobre a curva de demanda de carne suna aps a diminuio de preos da carne bovina: Ento, temos as seguintes concluses considerando os bens X e Y sendo substitutos: PY aumenta QDY diminui QDX aumenta ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a direita PY diminui QDY aumenta QDX diminui ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a esquerda 2) Bens complementares: quando o consumo de um bem associado ao consumo de outro bem, dizemos que estes so complementares. o que ocorre com o arroz e o feijo, terno e gravata, po e manteiga, etc. O que acontecer com a demanda de feijo se o preo do arroz diminuir? A lei da demanda nos diz que, com a diminuio do preo do arroz, a quantidade demandada de arroz deve aumentar. Como o consumo dos bens complementar, o maior consumo de arroz deve aumentar a demanda de feijo, j que as pessoas geralmente comem arroz com feijo. Veja, graficamente, o efeito sobre a curva de demanda de um bem aps a diminuio de preo de outro bem que seja complementar quele: 00000000000 00000000000 - DEMO 15. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 79 Aps o aumento do preo de um bem que seja complementarFig. 08 D1 D1 P D2 Q1 Q1Q2 Caso ocorra um aumento de preo de um bem complementar, o raciocnio justamente o inverso. O que acontecer com o consumo de feijo se o preo do arroz aumentar? A lei da demanda nos diz que a quantidade demandada de arroz deve diminuir. Esta diminuio do consumo de arroz vai provocar a diminuio do consumo de feijo, tendo em vista os bens serem complementares. Veja, graficamente, o efeito sobre a curva de demanda de um bem aps o aumento do preo de um bem que seja complementar quele: Para concluir, temos as seguintes relaes para os bens X e Y, complementares: PY aumenta QDY diminui QDX tambm diminui ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a esquerda. PY diminui QDY aumenta QDX tambm aumenta ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a direita. d) OUTROS FATORES: aqui, conforme j comentado, podemos ter infinitas variveis que influenciam a curva de demanda de um bem. Entre elas, podemos destacar o clima (demanda de culos de sol aumenta no vero e diminui no inverno), a poca (no Natal, a demanda da grande maioria dos bens aumenta), a publicidade e propaganda (ter uma grande modelo como garota- propaganda pode impulsionar a demanda de determinada marca de roupas), o tamanho do mercado (se h um aumento do nmero de consumidores devido a um movimento migratrio, por exemplo, a demanda pela maioria dos bens ser maior), etc. Aqui neste item, a exemplo do que aconteceu nos itens b) e c), estamos falando do deslocamento da curva de demanda como um todo, de forma que ela se desloca para a direita ou para a esquerda. Apenas para exemplificar, imagine a curva de demanda do bem cerveja. O que aconteceria com esta curva de demanda caso fosse anunciada uma descoberta cientfica de que a cerveja previne cncer, ataques do corao e impotncia? (Heber: seria incrvel, no?! Jetro: Para de viajar, mano...) A 00000000000 00000000000 - DEMO 16. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 79 Aps o anncio da descobertaFig. 09 D2 P D1 D1 Q2Q1Q1 demanda por cerveja aumentaria e TODA a curva de demanda de cerveja se deslocaria para a direita, no sentido de aumento do consumo: Importante: Mudanas no preo de um bem X provocam deslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a curva de demanda (a curva fica no mesmo lugar), enquanto qualquer mudana em quaisquer outros fatores que no seja o preo do bem provoca deslocamento DA curva de demanda (a curva inteira sai do lugar). 2. OFERTA A oferta de um bem simplesmente a quantidade deste bem que os produtores/vendedores desejam vender a determinado preo, em determinado perodo de tempo. Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de oferta de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os vendedores desejam vender medida que muda o preo unitrio. Ns vimos, no estudo da curva de demanda, que quanto maior for o preo, menores sero as quantidades demandadas pelos consumidores. No entanto, do ponto de vista da oferta, devemos mudar a forma de raciocnio, isto porque quem dita a oferta so os produtores e no mais os consumidores. Do ponto de vista dos produtores, quanto maior for o preo de um bem melhor ser. Maiores preos indicam maiores lucros e maiores sero os incentivos para aumentar a produo. Desta forma, h uma relao diretamente proporcional entre os preos e as quantidades ofertadas. Assim, o grfico da curva de oferta ter inclinao para cima, ascendente, crescente ou positiva. Imagine a seguinte funo de oferta (QO = quantidade ofertada e P = preo) e seu respectivo grfico: 00000000000 00000000000 - DEMO 17. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 79 Preo s 6 B Curva de oferta: QO = 1 + 2P Figura 10 A2 135 Quantidade de produtos QO = 1 + 2P (esta equao um mero exemplo) Veja que no ponto A o preo 2 e a quantidade ofertada 5 (QO = 1 + 2P QO = 1 + 2.2 = 5). medida que aumentamos o preo de 2 para 6, a quantidade ofertada aumentou de 5 para 13 (QO = 1 + 2P QO = 1 + 2.6 = 13). Ou seja, enquanto o preo sobe, a quantidade ofertada sobe. Temos uma relao direta e quando isto acontece, a curva tem sua inclinao para cima, crescente ou ascendente. Do ponto de vista algbrico, sabemos que a curva de oferta ser ascendente pelo sinal positivo do nmero/coeficiente que multiplica as duas variveis. Assim, na equao de oferta apresentada, QO = 1 + 2P, o sinal positivo que acompanha as variveis QO e P garante a relao direta entre QO e P, indicando que, quando uma varivel aumenta, a outra tambm aumenta e vice-versa, orientando, assim, a inclinao crescente da curva de oferta. 2.1. Fatores que afetam a oferta Similarmente demanda, a oferta influenciada por vrios fatores alm do preo: Preo do bem: j visto. Custos de produo: quanto maiores os custos de produo, menor o estmulo para ofertar o bem ao mesmo nvel de preos. Quanto menores os custos de produo, maior ser o estmulo para ofertar o bem. Como exemplo de custos de produo, podemos apresentar os tributos, salrios dos empregados, taxas de juros, preo das matrias-primas, etc. 00000000000 00000000000 - DEMO 18. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 79 Aps o corte de tributos O1 O1Fig. O2 P Q1 Q2Q1 Tecnologia: o aumento de tecnologia estimula o aumento da oferta, tendo em vista que o desenvolvimento da tecnologia, geralmente, implica redues do custo de produo e aumento da produtividade. Preos de outros bens: se os preos de outros bens (que usam o mesmo mtodo de produo) subirem enquanto o preo do bem X no se altera, obviamente, os produtores procuraro ofertar aquele bem que possui o maior preo e lhe trar maiores lucros. Outros fatores: aqui, a exemplo da demanda, temos uma infinidade de fatores que podem alterar a oferta. Apenas para citar um exemplo, uma superoferta de qualquer produto agrcola pode ter sido causada por uma excelente safra, devido a boas condies climticas no campo. Outro exemplo: a expectativa de aumento da demanda por um bem tambm leva os produtores a aumentar a oferta deste bem, visando maiores lucros (um produtor, meses antes do Natal, j comea a produzir mais mercadorias, em razo da expectativa de aumento da demanda durante o ms de dezembro). Da mesma maneira que ocorre na curva de demanda, alteraes de preos provocam deslocamentos ao longo da curva de oferta (ela continua no mesmo lugar). Alteraes nos custos de produo, tecnologia, preos de outros bens e outros fatores provocam deslocamentos de toda a curva de oferta. O mtodo de raciocnio idntico ao da curva de demanda. Quando tivermos alguma alterao no sentido de aumentar a oferta, ela como um todo ser deslocada para a direita, com exceo de alterao nos preos em que o deslocamento ser ao longo da curva. Exemplo: vejamos na figura 11 o que acontece com a curva de oferta caso o governo decida fazer um corte de tributos sobre a produo:00000000000 00000000000 - DEMO 19. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 79 Curva de oferta Preo s E PEFigura 12 Curva de demanda Quantidade de produtosQE Observe que fatores que aumentam a oferta provocam deslocamentos para a direita, assim como ocorre na curva de demanda. A diferena bsica que, na curva de oferta, alm de ser deslocada para a direita, a curva tambm deslocada para baixo. Isto acontece porque a curva de oferta tem inclinao para cima ou ascendente, j a curva de demanda tem inclinao para baixo ou descendente. Memorize apenas que aumentos de oferta ou de demanda fazem com que estas curvas se desloquem para a direita, caminhando, no eixo das abscissas do grfico, para maiores quantidades demandadas ou ofertadas. Se a curva ir para cima ou para baixo, isto depender da inclinao da curva. Como a curva de demanda descendente, seu deslocamento ser para a direita e para cima. Como a curva de oferta ascendente, seu deslocamento ser para a direita e para baixo. Caso haja redues de oferta ou demanda, o raciocnio inverso. 3. O EQUILBRIO Agora que estudamos a demanda e oferta de bens, podemos definir o preo e quantidade de equilbrio de mercado. importante destacar que qualquer resultado do mercado de bens, seja no preo ou quantidade de equilbrio, fruto da interao entre as foras de demanda e oferta. Parafraseando o economista Alfred Marshall, um dos pioneiros no estudo determinar resultados econmicos, da mesma forma como so Pois bem, dadas duas curvas, uma de demanda e outra de oferta, o preo e a quantidade de equilbrio estaro exatamente no ponto onde a demanda iguala a oferta: No caso acima, o ponto E o ponto exato em que, a determinado nvel de preos, PE (Preo de equilbrio), as quantidades ofertadas so 00000000000 00000000000 - DEMO 20. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 79 Excesso O Figura 13 O Preo s P1 PEEPE Escassez P0 DD Quantidade de produtosQOQD QEQDQO QE PREO MENOR PREO MAIOR iguais s quantidades demandadas. Isto quer dizer que o mercado est em equilbrio, no h excesso de demanda nem de oferta. Veja agora o que acontece caso seja praticado um preo menor ou maior que o preo de equilbrio: No grfico da esquerda, temos um preo P0 abaixo do equilbrio. Neste caso, a quantidade ofertada QO menor que a quantidade demandada QD. A diferena entre a quantidade demandada QD e a quantidade ofertada QO representa a escassez no mercado deste bem. Para restabelecer o equilbrio, o preo deve ser elevado para que a quantidade ofertada aumente e a quantidade demandada diminua. No grfico da direita, temos um preo P1 acima do equilbrio. Neste caso, a quantidade ofertada QO maior que a quantidade demandada QD. A diferena entre a quantidade ofertada QO e a quantidade demandada QD representa o excesso no mercado deste bem. Para restabelecer o equilbrio, o preo deve ser reduzido para que a quantidade ofertada diminua e a quantidade demandada aumente. 3.1. Alterando o equilbrio e a dinmica de formao dos preos Agora que sabemos os diversos fatores que alteram a demanda e a oferta, bem como que o preo e quantidade de equilbrio so atingidos quando a oferta iguala a demanda, vamos utilizar os conhecimentos adquiridos para saber quais os reflexos sobre o preo e quantidade de equilbrio aps o surgimento de fatores que alteram a demanda ou a oferta de bens. Veremos apenas alguns exemplos para clarear o raciocnio. Desde j, gostaria de dizer que no aconselhvel decorar nada do que ser dito, mas apenas aprender o mtodo de raciocnio e a forma com que as curvas so deslocadas, ora para a direita, ora para a 00000000000 00000000000 - DEMO 21. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 79 Novo equilbrio Figura 14 Equilbrio inicial OO Preo s E2 E1 PE2 PE1 E1 PE1 D2 D1 D1 QE1 QE1 QE2Quantidade de produtos Novo equilbrio Equilbrio inicial O Figura 15 O Preo s E1 E2 PE1 E1 PE1 PE2 D1 D1 D2 QE1QE2QE1 Quantidade de produtos esquerda. Aprender esta sistemtica a nossa meta, pois ela que nos permitir resolver as questes de prova com maior segurana. Exemplo 1: Qual o efeito sobre preo e quantidade de equilbrio de um bem X, transacionado em um mercado competitivo (os mercados ainda sero estudados com mais detalhes mais frente em nosso curso), aps o aumento do preo de um bem Y, substituto de X? Aps o aumento de preo de Y, pela lei da demanda, a quantidade demandada de Y diminui. Como X e Y so substitutos, os consumidores substituiro o consumo de Y pelo consumo de X, isto , a demanda de X aumenta, provocando o deslocamento de toda a curva de demanda de X para a direita (de D1 para D2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto de equilbrio E2, onde temos novo preo de equilbrio PE2 e nova quantidade de equilbrio QE2. Concluso: o aumento de preo de um bem substituto Y provoca aumento de preos e quantidades transacionadas do bem X. Exemplo 2: Qual o efeito sobre preo e quantidade de equilbrio de um bem X, transacionado em um mercado competitivo, aps o aumento do preo de um bem Y, complementar de X? 00000000000 00000000000 - DEMO 22. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 79 Novo equilbrio Figura 16 Equilbrio inicial O2 O1 O1Preo s PE2 E2 E1PE1 E1 PE1 DD Quantidade de produtosQE2 QE1 QE1 Aps o aumento de preo de Y, pela lei da demanda, a quantidade demandada de Y diminui. Como X e Y so complementares, os consumidores, ao diminurem o consumo de Y, tambm diminuem o consumo de X, isto , a demanda de X diminui, provocando o deslocamento de toda a curva de demanda de X para a esquerda (de D1 para D2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto de equilbrio E2, onde temos novo preo de equilbrio PE2 e nova quantidade de equilbrio QE2. Concluso: o aumento de preo de um bem complementar provoca reduo de preos e quantidades transacionadas do bem X. Exemplo 3: Qual o efeito sobre preo e quantidade transacionada do bem X, transacionado num mercado competitivo, aps um aumento de tributao sobre a produo? Aumentos de tributao sobre a produo aumentam os custos de produo e, como estamos falando em produo, este aumento de tributos influencia a oferta e no a demanda. Mais precisamente, reduzir a oferta. Esta diminuio da oferta provoca deslocamento de toda a curva de oferta para a esquerda. Observe que, pelo fato da curva de oferta ser positivamente inclinada, ela ser deslocada para a esquerda e para cima (de O1 para O2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto de equilbrio E2, onde temos novo preo e quantidade de equilbrio, PE2 e QE2, respectivamente. Concluso: o aumento de tributao sobre a produo provoca aumento de preos e reduo de quantidades transacionadas. ( tome cuidado! Se o aumento de tributao for sobre a renda das pessoas, esta tributao vai alterar a demanda e no a oferta). Exemplo 4: Qual o efeito sobre preo e quantidade transacionada do bem X, transacionado num mercado competitivo, aps o desenvolvimento de uma nova tecnologia de produo? 00000000000 00000000000 - DEMO 23. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 79 Novo equilbrioO1 O1Equilbrio inicial Figura 17 Preo s O2 E1PE1 E1 PE1 PE2 E2 DD QE1 QE1 QE2 O OEquilbrio inicial Figura 18 Preo s Escassez E1PE1 E1 PE1 D2O2 PE2 DD QOF QDEMQE1QE1 Quantidade de produtos Desenvolvimento de tecnologia afeta a produo, desta forma, influenciar a oferta. Mais precisamente, haver aumento de oferta e a curva ser deslocada para a direita. Isto acontece pois a tecnologia diminui os custos e aumenta a produtividade, elevando, assim, a oferta. Em virtude de a curva ser ascendente, ela, alm de se deslocar para a direita, ser deslocada tambm para baixo (de O1 para O2). Como resultado, teremos novo preo e quantidade de equilbrio, PE2 e QE2, respectivamente. Concluso: o desenvolvimento de nova tecnologia provocar reduo nos preos e aumento das quantidades transacionadas. Exemplo 5: Quais as consequncias de um congelamento de preos, abaixo do equilbrio, por parte do governo? Antes de tudo, devemos atentar para o fato que foi falado to somente sobre alterao de preos. Desta forma, no haver deslocamento de nenhuma das duas curvas. Haver, apenas, deslocamento ao longo das curvas, conforme indicado pelas setas no grfico. Assim, quando o preo cai de PE1 para PE2, estaremos, no lado da oferta, no ponto O2, com as quantidades ofertadas QOF. No lado da Quantidade de produtos 00000000000 00000000000 - DEMO 24. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 79 demanda, estaremos no ponto D2 com as quantidades demandadas QDEM. Observe que, pelo fato de o preo estar abaixo do equilbrio4, as quantidades demandadas superam as quantidades ofertadas, havendo, portanto, escassez de bens (vocs se lembram dos congelamentos de preos na dcada de 80 e das filas nos aougues, supermercados, padarias, etc?). Com estes 05 exemplos, pudemos observar o efeito isolado de um aumento ou reduo da demanda, aumento ou reduo da oferta, e simples alterao de preo. No entanto, preste bem ateno, estes efeitos no devem ser decorados. Eles foram colocados apenas para efeito de ilustrao do mtodo de raciocnio, e esta sistemtica de raciocnio que voc deve adquirir e, de forma nenhuma, a simples memorizao dos efeitos. Dica estratgica: Ao se deparar com um problema em que voc tenha que descobrir, a partir de um acontecimento, os efeitos sobre o preo e quantidade de equilbrio de determinado bem, siga os passos abaixo: 1 primeiro, verifique se este acontecimento uma simples alterao de preo. Se for, haver deslocamento ao longo da curva, provocando escassez se o preo estiver abaixo do equilbrio, ou excesso se o preo estiver acima do equilbrio. 2 depois, verifique se o acontecimento afeta a demanda ou a oferta. Mudanas na renda do consumidor e nos preos de bens que tenham o consumo relacionado provocam deslocamentos da curva de demanda. Mudanas nos custos de produo (salrios, tributos, taxa de juros, preos de matrias-primas), tecnologia e nos preos de bens que tenham a produo relacionada provocam deslocamentos da curva de oferta. 3 verifique para onde vai determinada curva, se para a direita ou esquerda. Aumentos, sejam na demanda ou oferta, iro deslocar as curvas para a direita, no sentido de aumento de quantidades transacionadas, que esto representados no eixo horizontal, das abscissas. Redues, sejam na demanda ou oferta, iro deslocar as curvas para a esquerda. 4 aps deslocar as curvas, verifique, por si s, as consequncias sobre o novo preo e quantidade transacionada do bem. Esteja habituado a esta sequncia e forma de pensar, pois elas so muito teis na hora de raciocinar durante as questes. 4 Quando isto acontece o governo fixar um preo limite abaixo do equilbrio , dizemos que est ocorrendo uma poltica de preos mximos. Por outro lado, quando o governo fixa um limite mnimo de preo, que fixado acima do equilbrio, temos uma poltica de preos mnimos. 00000000000 00000000000 - DEMO 25. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 79 4. ELASTICIDADES No incio da aula, vimos que a demanda de um bem depende dos preos, da renda do consumidor, dos preos de bens relacionados e de outros fatores. De modo semelhante, a oferta de um bem depende dos preos, dos custos de produo, da tecnologia e igualmente de inmeros outros fatores. Tambm aprendemos a utilizar as curvas de oferta e demanda para prever como o preo e a quantidade mudam, em virtude da alterao de inmeras variveis. Por exemplo, se os preos dos computadores aumentam, a quantidade demandada cair e a quantidade ofertada de computadores aumentar. Isto j algo que intumos com certa facilidade. Contudo, muitas vezes desejamos saber quanto vai aumentar ou quanto vai cair a demanda ou a oferta. At que ponto a demanda por computadores poder ser afetada? Muito ou pouco? Se os preos aumentarem 20%, em quantos % a quantidade demandada diminuir? Por outro lado, qual seria a variao da oferta de computadores se os preos aumentassem somente 10%, em vez de 20%? Utilizamos as elasticidades para responder a perguntas como essas. elasticidade significa sensibilidade. A elasticidade mede o quanto uma varivel pode ser afetada por outra. H muitos tipos de elasticidades e todas envolvem basicamente o mesmo raciocnio. Em primeiro lugar, elas medem a mudana percentual na quantidade. Em segundo lugar, a variao de alguma varivel provocou essa mudana percentual a que estamos nos referindo. Por exemplo, se essa varivel foi o preo, e ele provocou uma mudana na quantidade demandada, temos a elasticidade preo da demanda. Se essa varivel foi a renda, e ela provocou uma mudana na demanda, temos a elasticidade renda da demanda. Em terceiro lugar, dividimos as variaes percentuais das duas variveis em anlise. Assim, a elasticidade ser sempre a frao ou a diviso do efeito (mudana percentual na quantidade) pela causa (tambm medida em percentual). Por exemplo, suponha que uma mudana de 5% nos preos tenha causado um aumento de 15% na oferta. Como ficar a elasticidade? No denominador, sempre colocamos a causa; no numerador, sempre colocamos o efeito ou a consequncia. Neste caso, quem causou a variao na oferta foi o aumento de preos. Ento, colocamos a causa no denominador e o efeito no numerador. Ou seja, teremos a variao percentual do preo no denominador e a variao percentual da quantidade ofertada no numerador. Neste exemplo, teremos a seguinte expresso para a elasticidade preo da oferta (EPO): 00000000000 00000000000 - DEMO 26. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 79 Dica estratgica: Lembre-se do seguinte: o efeito na quantidade medido em cima (numerador) e a causa na base (denominador). Segue uma dica de Se ainda ficou um pouco um confuso, no se preocupe, pois com as explicaes dentro de cada tipo de elasticidade, a tendncia que o assunto v ficando cada vez mais claro. Agora, vejamos em detalhes os vrios tipos de elasticidades. 4.1. ELASTICIDADE PREO DA DEMANDA (EPD) Esta a mais importante das elasticidades. A elasticidade preo da demanda (EPD) indica a variao percentual da quantidade demandada de um produto em funo da variao percentual de 1% no seu preo. De modo menos tcnico, a variao percentual da demanda de um bem em funo da variao percentual do preo. Assim, temos: EPD = Onde significa variao (Q2 Q1), e significa esta variao dividida pelo seu valor original para obtermos o percentual desta variao (exemplo: se tnhamos 20 bens demandados e agora temos 24, 20%). Assim, o desenvolvimento da expresso da EPD ser: EPD = A elasticidade preo da demanda geralmente um nmero negativo. Quando o preo de uma mercadoria aumenta, a quantidade portanto, EPD um valor negativo. No entanto, muito cansativo nos que faz com que a situao comum seja nos referirmos magnitude da elasticidade preo da demanda isto , utilizamos o seu valor absoluto, 00000000000 00000000000 - DEMO 27. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 79 DEMANDA ELSTICA, EPD > 1 DEMANDA INELSTICA, EPD < 1 ELASTICIDADE UNITRIA, EPD = 1 ou o seu mdulo. Por exemplo, se EPD=-1, dizemos simplesmente que a elasticidade igual a 1. Isso muito comum de acontecer nas provas. Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades demandadas dos bens A, B e C, quando aumentamos os seus respectivos preos: Tabela 1 Demanda de A Demanda de B Demanda de C PA QDA PB QDB PC QDC Momento 1 10 100 10 100 10 100 Momento 2 11 80 11 95 11 90 Veja que, em todos os casos, aumentamos os preos dos produtos em 10%, mas as variaes nas quantidades demandadas foram diferentes. Isto significa que as elasticidades so diferentes para os trs bens, afinal a demanda de cada bem reage de um jeito diferente s variaes nos preos. Segue abaixo o clculo das elasticidades: EPDA = EPDB = EPDC = Veja que, dos trs bens, o mais sensvel variao de preos o bem A. O aumento de 10% nos preos reduziu as quantidades demandadas em 20%, ou seja, h bastante sensibilidade. Quando a EPD maior que 1, isto , a queda nas quantidades demandadas percentualmente superior ao aumento de preos, dizemos que a demanda elstica aos preos. J com relao ao bem B, o aumento de 10% nos preos provocou reduo de 5% nas quantidades demandadas, ou seja, h pouca sensibilidade. Quando EPD menor que 1, isto , a queda nas quantidades demandadas percentualmente inferior ao aumento de preos, dizemos que a demanda inelstica aos preos. Quando EPD igual 1, isto , a queda nas quantidades demandadas percentualmente igual ao aumento de preos, dizemos que a elasticidade preo da demanda unitria. importante ressaltar que o mesmo raciocnio vlido para redues nos preos, com a diferena, 00000000000 00000000000 - DEMO 28. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 79 claro, que tais redues provocaro aumento nas quantidades demandadas ao invs de diminuio. As razes pelas quais as elasticidades preo demanda variam de um bem para outro so as mais variadas possveis. Podemos estabelecer as seguintes relaes existentes entre os bens e suas respectivas elasticidades: Quanto mais essencial o bem, mais inelstica (ou menos elstico) ser a sua demanda: se o bem for essencial para o consumidor, aumentos de preo iro provocar pouca reduo de demanda, ou seja, EPD ser menor que 1. Imagine, por exemplo, a insulina remdio para tratar o diabetes. evidente que se o preo deste bem aumentar no haver muita variao na demanda, pois um bem essencial para aquelas pessoas que o consomem. Quanto mais bens substitutos houver, mais elstica ser a sua demanda: se o bem tiver muitos substitutos, o aumento de seus preos far com que os consumidores adquiram os bens substitutos, desta forma, a diminuio das quantidades demandadas ser grande. Imagine, por exemplo, a margarina. Se o preo dela aumentar, naturalmente, as pessoas iro consumir mais manteiga, de modo que a diminuio das quantidades demandadas de margarina ser grande, ou seja, h alta elasticidade em caso da existncia de bens substitutos. Quanto menor o peso do bem no oramento, mais inelstica ser a demanda do bem: uma caneta das mais simples custa R$ 1,00 e pode durar bastante tempo. Se seu preo aumentar para R$ 1,30, seu consumo no diminuir significativamente, pois o produto muito barato, quase irrelevante no oramento das famlias. Por outro lado, se o preo dos automveis aumentar 30%, haver grande reduo das quantidades demandadas. No longo prazo, a elasticidade preo da demanda tende a ser mais elevada que no curto prazo: um aumento de preos de determinado produto pode no causar significativas mudanas nas quantidades demandadas, a curto prazo, pois os consumidores levam um tempo para se ajustar ou para encontrar produtos substitutos. Por exemplo, se o preo do feijo aumentar, possvel que no curto prazo no haja grandes variaes na demanda; entretanto, no longo prazo, as donas de casa j tero desenvolvido novas receitas que no usem mais o feijo ou descoberto produtos substitutos (a 00000000000 00000000000 - DEMO 29. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 79 Quantidade de produtos Preo s P1 Figura 19 Q1 Q1 P=P2 - P1 CURVAS DE DEMANDA ELSTICA E INELSTICA a) DEMANDA ELSTICA b) DEMANDA INELSTICA Q2Q2 P2 Q=Q2 - Q1 Q=Q2 - Q1 maior, indicando maiores elasticidades no longo prazo. Quanto maior o nmero de possibilidades de usos de uma mercadoria, tanto maior ser sua elasticidade: se um produto possui muitos usos, ento, ser natural que o nmero de substitutos que ele possui tambm seja alto, pois em cada uso que ele possui haver alguns substitutos. No total, ento, se um produto possui muitos usos, haver um grande nmero de substitutos. Assim, quanto mais usos tem um bem, maior a sua elasticidade, pois mais substitutos ele ter. Por exemplo, um produto como a l - que usada na produo de roupas, tapetes, estofamentos, e outros - ter, para cada uso que possui, alguns substitutos. Se somarmos todos os seus usos, haver, no total, muitos substitutos, o que aumenta a sua elasticidade. 4.1.1. A elasticidade preo da demanda e o grfico da demanda deitadas ou horizontais) para indicar alta elasticidade, e curvas mais inclinadas (mais verticais) para indicar pouca elasticidade. Veja abaixo: Veja que, na curva pequeno) causou uma grande alterao nas quantidades demandadas , a elasticidade preo da demanda alta, enquanto na curva 00000000000 00000000000 - DEMO 30. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 79 5 4 3 2 1 6 8 10 124 Preos Quantidades 6 2 A B Figura 20 Isto que eu ensinei um pouco errado e, como eu disse inicialmente, aplica-se somente para fins didticos. No prximo tpico, ns entenderemos porque errado. Mas, agora, o importante que voc entenda que, para fins didticos, representamos curvas planas quando queremos mostrar alta elasticidade, e curvas mais verticais quando queremos representar baixa elasticidade. 4.1.2. A elasticidade preo e a demanda linear Apesar do que falamos no item precedente sobre curvas planas e verticais representando alta e baixa elasticidade, respectivamente, isto no correto do ponto de vista tcnico, matemtico. Ns usamos este artifcio apenas para fins didticos. A mesma curva de demanda geralmente apresenta vrias elasticidades. Por exemplo, suponha a equao da demanda Q = 14 2P, representada na figura 20. Para esta demanda linear5, uma variao unitria nos preos induz mesma resposta em termos de quantidades demandadas. Um aumento/reduo de R$ 1,00 causar uma reduo/aumento de 2 quantidades demandadas em qualquer lugar da curva. Veja: Entretanto, as mesmas respostas ao longo da curva em termos de variaes unitrias no implicam variaes percentuais iguais. Para clarificar, observe o ponto A da figura 2. Um declnio de R$ 1 nos preos, quando a base R$ 6, representa uma reduo de 17% nos preos (1/6=0,167), enquanto um acrscimo de 2 produtos demandados, quando a base 2, representa um aumento de 100% na demanda. Ou seja, no ponto A, ao reduzirmos os preos em R$ 1,00, a elasticidade alta (EPDA 6). 5 Demanda linear aquela cuja representao grfica uma linha reta, que derivada de uma equao de 1 grau. Ao mesmo tempo, observe que a reta (ou linha) apresentada na figura a representao grfica da equao da demanda que colocamos como exemplo: Q=14 2P. 00000000000 00000000000 - DEMO 31. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 79 OA/2 OB/2 B Preos Quantidades A Figura 21 EPD = 1 C EPD > 1 Demanda elstica EPD < 1 Demanda inelstica EPD= EPD= 0 O No ponto B, um declnio de R$ 1 nos preos, quando a base R$ 2, representa uma reduo de 50% nos preos (1/2=0,5), enquanto um acrscimo de 2 produtos demandados, quando a base 10, representa um aumento de 20% na demanda (2/10=0,2). Ou seja, no ponto B, a elasticidade baixa (EPDB 0,4). Assim, a extremidade superior de uma curva de demanda em linha reta mostrar uma elasticidade maior do que a extremidade inferior. Alm disto, uma curva de demanda linear ser elstica em certas extenses e inelstica em outras, conforme mostrado na figura 21: No ponto A da curva, ao preo onde a quantidade demandada igual a zero6, temos a mxima elasticidade possvel (EPD no ponto B da curva temos a menor elasticidade possvel (EPD=0). No ponto C, ponto mdio da curva, temos elasticidade unitria (EPD=1). Estas relaes so vlidas para qualquer demanda linear (a demanda precisa uma linha reta). 4.1.3. Casos especiais da elasticidade preo da demanda A figura 22 apresenta dois casos especiais da elasticidade preo da demanda. So casos que fogem regra. O grfico 22.a apresenta uma curva de demanda infinitamente elstica (EPD consumidores vo adquirir a quantidade que puderem (qualquer quantidade) a determinado preo, P*. No caso de um nfimo aumento nos preos, a quantidade demandada cai a zero (grande diminuio da quantidade demandada 6 preo proibitivo consumidores igual a zero. Ou seja, o preo que probe o consumo, ou ainda, o valor de P que torna Q=0. 00000000000 00000000000 - DEMO 32. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 79 Qtde Preo s D Figura 22 Q* CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREO DA DEMANDA a) DEMANDA INFINITAMENTE ELSTICA b) DEMANDA COMPLETAMENTE INELSTICA P* D E E maneira, para qualquer nfima reduo de preo, a quantidade de PD ser bastante alta, tendendo ao infinito. O grfico 22.b apresenta uma curva de demanda completamente inelstica, os consumidores adquiriro uma quantidade fixa Q*, qualquer que seja o preo (como as quantidades demandadas sero sempre Q*, PD ser 0 tambm). Estes dois conceitos so bastante tericos e bastante difcil visualizar algum exemplo prtico. No caso da demanda infinitamente elstica, podemos imaginar um produto com muitos substitutos e que seja transacionado em um mercado com altssimo grau de concorrncia entre as firmas produtoras, em que qualquer aumento de preo far com que o produto perca toda sua demanda. No caso da demanda completamente inelstica (tambm chamada de demanda anelstica7), podemos exemplificar atravs da visualizao de um remdio que no possui substitutos e que, caso os pacientes no o tomem, a morte ser certa. Assim, o mercado consumidor deste remdio consumir sempre a mesma quantidade, Q*, a qualquer nvel de preos. 4.1.4. Relao entre EPD e a Receita Total (RT) das firmas 7 Cuidado para no confundir demanda anelstica com demanda inelstica. Anelasticidade significa ausncia de elasticidade (completamente inelstica), enquanto inelasticidade significa elasticidade menor que a unidade (EPD1, qualquer aumento percentual de preos provocar uma reduo percentual maior nas quantidades demandadas. Pegue como exemplo o bem A da tabela 1, cuja EPD maior que 1, portanto, elstica. No momento 1, temos RT=100x10=1000. No momento 2, temos RT=11x80=880. Esta reduo na RT aconteceu porque a reduo percentual nas quantidades demandadas (-20%) foi maior que o aumento percentual no preo (+10%), devido ao fato da demanda ser elstica (EPD>1). O raciocnio inverso tambm vlido: uma diminuio do preo elevar a receita total das firmas, pois o aumento percentual das quantidades demandadas ser maior que a reduo percentual dos preos. Demanda inelstica: se a demanda do bem inelstica (pouco sensvel variao dos preos), um aumento do preo aumentar a receita total das firmas. Como EPD1, isto significa que o aumento de renda provoca um aumento na demanda mais que proporcional ao aumento na renda. Em outras palavras, o aumento na demanda percentualmente maior que o aumento na renda. o caso do bem B, onde um aumento de 10% na renda provocou aumento de 15% na quantidade demandada. Estes bens com ERD>1 so chamados de bens superiores (ou bens de luxo). Geralmente bens suprfluos, como joias e casacos de pele, por exemplo, possuem ERD>1. Ao mesmo tempo, dizemos que a demanda por esse bem elstica em relao renda8. Apenas para finalizar em relao a estes bens, vale frisar que medida que a renda aumenta, a participao do consumo destes bens no oramento do consumidor aumenta9. Se ERD0 ser bem normal. Assim, um bem de luxo (ou bem superior), com ERD>1, nada mais que um tipo de bem normal. Se ERD1, a demanda elstica renda, e no mais aos preos. 9 Isto verificado pelo fato de que a quantidade demandada do bem aumenta em uma proporo maior que a renda, quando ERD>1. Logo, a participao do consumo daquele bem no oramento daquele consumidor ser aumentada quando a renda se elevar. 00000000000 00000000000 - DEMO 37. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 79 Resumindo, ento: Valor de ERD Situao ERD > 1 Bem superior ou de luxo Elasticidade renda da demanda elstica 0 < ERD < 1 Bem normal Elasticidade renda da demanda inelstica ERD = 1 Bem normal Elasticidade renda da demanda unitria ERD > 0 Bem normal Elasticidade renda da demanda positiva ERD < 0 Bem inferior Elasticidade renda da demanda negativa ERD = 0 Bem de consumo saciado Elasticidade renda da demanda nula 4.3. ELASTICIDADE-PREO CRUZADA DA DEMANDA (EXY) Conforme aprendemos ao longo da aula, a quantidade demandada de uma particular mercadoria afetada no somente pelo seu preo ou pela renda do consumidor, mas tambm pelo preo dos bens relacionados a ela. Se os bens esto relacionados, ento eles so classificados como substitutos ou complementares. A mudana no preo de um bem, caso ele seja substituto ou complementar, pode afetar a quantidade demandada de outro bem. A elasticidade-preo cruzada da demanda mede o efeito que a mudana no preo de um produto provoca na quantidade demandada de outro produto, coeteris paribus. Se tivermos dois bens, X e Y, a elasticidade-preo cruzada da demanda ser: Exy = No caso acima, estamos mensurando qual o efeito que variaes no preo de Y provocam nas quantidades demandadas de X. Embora parea confuso, lembro-lhes mais uma vez que todas as frmulas das elasticidades tm como numerador a variao percentual de quantidades e, no denominador, a variao percentual do fator (neste caso, o preo do bem relacionado o preo de Y) que provoca alterao nas quantidades. De acordo com o sinal do coeficiente, os bens podem ser classificados em substitutos, complementares e independentes. 00000000000 00000000000 - DEMO 38. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 79 a) EXY > 0, bens substitutos Exemplo: um aumento no preo de Y provoca uma elevao10 na quantidade demandada do bem X. Suponha que o preo do bem Y se eleve de R$ 1,00 para R$ 1,50, provocando um aumento na quantidade demandada do bem X de 10 para 12 unidades. Teremos: Exy = Esse resultado indica que EXY>0, portanto, X e Y so bens substitutos. Neste exemplo, um aumento de, digamos, 10% no preo de Y provoca um aumento de 4% na quantidade demandada de X, coeteris paribus (com todos os outros fatores que influenciam a demanda permanecendo constante). Dados retirados da economia norte-americana, por exemplo, mostram que a elasticidade-preo cruzada entre Coca-cola e Pepsi, quando o preo da Coca-cola muda, de 0,80. Isto , quando o preo da Coca-cola aumenta 10%, a quantidade demandada de Pepsi aumenta em 8%. Alis, no necessrio realizar pesquisas, nem estudar Economia, para saber que estes bens so substitutos, de tal maneira que a elasticidade cruzada entre Coca e Pepsi ser positiva. Quanto maior o valor da elasticidade cruzada de bens substitutos, maior o grau de substituibilidade entre os bens. Por exemplo, o valor da elasticidade cruzada entre Coca-cola e Pepsi deve ser bem maior que o valor da elasticidade cruzada entre Coca-cola e Whisky, indicando que estes ltimos no so to substitutos quanto Coca e Pepsi. b) EXY < 0, bens complementares Exemplo: um aumento no preo de Y provoca uma reduo11 na quantidade demandada do bem X. Suponha que o preo do bem Y se eleve de R$ 1,00 para R$ 1,50, provocando uma reduo na quantidade demandada do bem X de 10 para 08 unidades. Teremos: Exy = 10 Pela lei da demanda, um aumento no preo de Y reduz a sua demanda. Como X e Y so substitutos no consumo, as pessoas demandaro maiores quantidades de X, como resposta ao aumento de preos do bem Y. 11 Pela lei da demanda, um aumento no preo de Y reduz a sua demanda. Como X e Y so complementares no consumo, as pessoas demandaro tambm menores quantidades de X, j que o consumo de um pressupe o consumo do outro. 00000000000 00000000000 - DEMO 39. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 79 Esse resultado indica que EXY 0 Bens substitutos EXY < 0 Bens complementares EXY = 0 Bens independentes 00000000000 00000000000 - DEMO 40. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 79 OFERTA ELSTICA, EPO > 1 OFERTA INELSTICA, EPO < 1 ELASTICIDADE UNITRIA, EPO = 1 4.4. ELASTICIDADE PREO DA OFERTA (EPO) Aqui, o raciocnio semelhante (na verdade, quase igual!) quele feito na anlise da elasticidade preo da demanda. A diferena que a elasticidade preo da oferta mede a sensibilidade da quantidade ofertada em resposta a mudanas de preo. A frmula a mesma, com a ressalva de que no numerador temos, em vez de as quantidades demandadas, as quantidades ofertadas. Assim: EPO = O significa variao percentual das quantidades ofertadas PD, em que temos resultados negativos e usamos o mdulo do coeficiente para expressar a elasticidade, na EPO, o resultado naturalmente positivo, j que h uma relao direta entre os preos dos produtos e as quantidades ofertadas. Quanto o preo aumenta, a quantidade ofertada tambm aumenta, e vice-versa. Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades ofertadas de A, B e C, quando aumentamos os seus respectivos preos: Tabela 3 Oferta de A Oferta de B Oferta de C PA QOA PB QOB PC QOC Momento 1 10 100 10 100 10 100 Momento 2 11 120 11 105 11 110 Em todos os casos, aumentamos os preos dos produtos em 10%, mas as variaes na oferta foram diferentes, em virtude de distintas sensibilidades (elasticidades). Seguem os clculos: EPOA = EPOB = EPOC = 00000000000 00000000000 - DEMO 41. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 79 Qtde Preo s O Figura 23 Q* CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREO DA OFERTA a) OFERTA INFINITAMENTE ELSTICA b) OFERTA COMPLETAMENTE INELSTICA P* O Casos especiais da elasticidade preo da oferta A figura 23 apresenta dois casos especiais da elasticidade preo da oferta. O grfico 23.a apresenta uma curva de oferta infinitamente elstica (EPD puderem (qualquer quantidade) a determinado preo, P*. No caso de uma nfima reduo nos preos, a quantidade ofertada cai a zero (grande diminuio da quantidade ofertada mesma maneira, para qualquer nfimo aumento de preo, a quantidade que EPO ser bastante alta, tendendo ao infinito. O grfico 23.b apresenta uma curva de oferta completamente inelstica (anelstica), os produtores ofertaro uma quantidade fixa Q*, qualquer que seja o preo (como as quantidades ofertadas sero sempre re igual a 0 PO ser 0 tambm). A elasticidade da oferta e o tempo Assim como na demanda, a oferta tende a ser mais elstica no longo prazo. Caso haja alguma alterao de preos, no curto/curtssimo prazo, nem sempre possvel aos produtores ajustarem a oferta dos produtos. Na agricultura, por exemplo, os fazendeiros podem esperar at um ano ou mais para ajustar a quantidade ofertada de seus produtos agrcolas, em virtude das pocas de plantio, colheita e venda. Assim, durante esse curto intervalo de tempo em que no possvel ajustar a oferta, ela ser inelstica. 00000000000 00000000000 - DEMO 42. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 79 B Preos (p) Quantidades A Figura 24 EPO = 1 Elasticidade unitria e constante O EPO > 1 Oferta elstica EPO < 1 Oferta inelstica p < 0 p > 0 Em longo prazo, a resposta em quantidade ofertada para uma alterao de preos maior, porque em perodo mais longo os produtores podem variar os seus recursos produtivos, aumentando/diminuindo a produo conforme a necessidade. Logo, conclumos que quanto maior for o perodo de tempo, maior dever ser a elasticidade da oferta. A elasticidade preo da oferta e a oferta linear Ns vimos que demandas lineares apresentam, ao longo de suas curvas, infinitos valores de elasticidade. Esses valores podem variar de 0 demanda. Quando a oferta linear, contudo, isso ocorre de modo diferente, conforme a figura abaixo: Veja que, no caso da oferta linear, o valor da elasticidade depender do valor do intercepto da curva de oferta no eixo onde est o preo (eixo vertical). A regra simples: Se o intercepto for positivo (a curva de oferta intercepta o eixo de preos quando p>0), a oferta ser elstica. o caso da curva de oferta que passa pelo ponto A. Como o preo que est no ponto A um valor positivo, a oferta elstica em qualquer ponto da curva de oferta. Se o intercepto for negativo (a curva de oferta intercepta o eixo de preos quando p 1 Elstica. Aumento no preo reduz RT EPD < 1 Inelstica. Aumento no preo aumenta RT EPD = 1 Unitria. No h alterao na RT. OFERTA - positivamente inclinada, o que significa que h uma relao direta entre quantidade ofertada e preo. - Fatores que afetam a oferta: Preo: Deslocamento AO LONGO da curva. Se o preo subir, a quantidade ofertada aumenta. Custo de produo: Quanto maiores os custos de produo, menor a oferta. Deslocamento DA curva. Tecnologia: Aumento de tecnologia estimula aumento da oferta, pois h aumento de produtividade. Deslocamento DA curva. Preos de outros bens: Se os preos de outros bens subirem enquanto o preo do bem X no se altera, os produtores procuraro ofertar o bem com maior preo. Deslocamento DA curva. Outros fatores: Expectativas dos produtores quanto ao aumento da demanda, por exemplo. Deslocamento DA curva. 00000000000 00000000000 - DEMO 46. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 79 OA/2 OB/2 B Quantidades A EPD = 1 C EPD > 1 Demanda elstica EPD < 1 Demanda inelstica EPD= EPD= 0 O EPD e demanda linear Elasticidade-Renda da demanda ERD = Valor de ERD Situao ERD > 1 Bem superior ou de luxo Elasticidade renda da demanda elstica 0 < ERD < 1 Bem normal Elasticidade renda da demanda inelstica ERD = 1 Bem normal Elasticidade renda da demanda unitria ERD > 0 Bem normal Elasticidade renda da demanda positiva ERD < 0 Bem inferior Elasticidade renda da demanda negativa ERD = 0 Bem de consumo saciado Elasticidade renda da demanda nula Elasticidade-preo cruzada da demanda Exy = Valor de EXY Relao entre X e Y EXY > 0 Bens substitutos EXY < 0 Bens complementares EXY = 0 Bens independentes 00000000000 00000000000 - DEMO 47. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 79 EXERCCIOS COMENTADOS 01. (FCC AFTE ICMS/RJ 2014) Os formuladores de polticas pblicas, muitas vezes, desejam influenciar a quantidade de cigarros consumidos pela populao em funo dos efeitos adversos do fumo sobre a sade. A poltica por eles utilizada pode atingir esse objetivo de duas maneiras: I. Comunicados pblicos, alertas obrigatrios nas embalagens de cigarros e proibio de publicidade de cigarros na Televiso e em Rdio. II. Elevao do imposto sobre fabricao e consumo dos cigarros. A Curva de Demanda ter, de acordo com as polticas I e II utilizadas, os comportamentos expressos em: Poltica I Poltica II A) Resulta em um movimento ao longo da curva de demanda. Desloca a curva de demanda para a direita. B) Desloca a curva de demanda para a esquerda. Resulta em um movimento ao longo da curva de demanda. C) Desloca a curva de demanda para a direita. Desloca a curva de demanda para a direita. D) Resulta em um movimento ao longo da curva de demanda. Desloca a curva de demanda para a esquerda. E) Desloca a curva de demanda para a direita. Resulta em um movimento ao longo da curva de demanda. Comentrios: Observe que o enunciado quer saber o que vai acontecer com a curva de demanda. Pois bem, a poltica I vai atuar nos gostos e preferncias dos consumidores, fazendo a curva de demanda ser deslocada por inteiro para a esquerda. S por a, j matvamos a questo. Gabarito: letra B. A poltica II atua sobre a curva de oferta. O imposto deslocar a curva de oferta para cima e para a esquerda (e a curva de demanda vai ficar no mesmo lugar). Observe que, ao deslocarmos a curva de oferta, estamos tambm nos deslocando ao longo da curva de demanda. O ponto de equilbrio vai mudar, se deslocando ao longo da curva de demanda. Gabarito: B 00000000000 00000000000 - DEMO 48. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 79 02. (FCC AFTE ICMS/RJ 2014) Considere as seguintes I. A demanda considerada elstica quando a elasticidade maior que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preo. II. A demanda considerada inelstica quando a elasticidade menor que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o preo. III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, menor ser a elasticidade-preo da demanda. IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, maior ser a elasticidade-preo da demanda. Est correto o que se afirma em (A) I, II, III e IV. (B) I e II, apenas. (C) III e IV, apenas. (D) I e III, apenas. (E) II e IV, apenas. Comentrios: A assertiva III errada, pois curvas mais horizontais indicam maior elasticidade preo da demanda. Conforme vimos na figura 19. Por fim, a assertiva IV est errada, pois, quanto mais vertical a curva de demanda, menor ser elasticidade preo da demanda. Gabarito: B 03. (FCC ICMS/SP 2013) - Considere: I. Se a elasticidade-preo da demanda de um bem X , em mdulo, menor que 1, uma das possveis explicaes para o fato a existncia no mercado de um grande nmero de bens substitutos para o bem X. 00000000000 00000000000 - DEMO 49. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 79 II. Se a demanda do bem X for expressa pela funo Q=15000P-2, onde Q representa a quantidade demandada e P, o preo de mercado, ento a elasticidade-preo da demanda do bem X, em mdulo, constante e igual a 2 III. Se os bens X e Y forem complementares, ento a elasticidade- cruzada da demanda do bem X em relao ao preo do bem Y positiva. IV. Se a elasticidade-preo for constante e maior que 1 ao longo de toda a curva da demanda, um aumento de preo diminuir o dispndio total dos consumidores com o bem. Est correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II e IV. (D) III e IV. (E) II, III e IV. Comentrios: I. Incorreta. Se a EPD menor que 1, ento, o bem possui demanda inelstica. Uma possvel explicao a existncia de poucos substitutos. II. Correta. Veremos esse assunto (que mais avanado) na prxima aula. III. Incorreta. Se os bens X e Y so complementares, ento, a elasticidade-cruzada da demanda tem que ser negativa. IV. Correta. Se a EPD maior que 1, ento, a demanda elstica. Isto , um pequeno aumento de preo gera uma grande reduo na quantidade demandada do bem. Como o dispndio dos consumidores (ou receita dos produtores) P x Q, ento, a reduo da quantidade demandada ganha do aumento de preo, fazendo com que o resultado (P x Q) seja menor, aps o aumento de preo. Gabarito: C 04. (FCC Economista Fhemig 2013) - Um estudo determinou que a funo de demanda por um determinado bem linear, com Onde Qd a quantidade demandada do bem; P seu preo; e a e b so parmetros positivos. A elasticidade-preo da demanda por esse bem, ao longo da funo de demanda, (A) monotonamente crescente. (B) unitria. 00000000000 00000000000 - DEMO 50. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 79 OA/2 OB/2 B Preos Quantidades A EPD = 1 C EPD > 1 Demanda elstica EPD < 1 Demanda inelstica EPD= EPD= 0 O (C) constante, mas diferente de 1. (D) monotonamente decrescente. (E) varivel, sem direo definida. Comentrios: Para curvas de demanda linear (formato: Q = a b.P), a EPD varivel ao longo da curva (vai de infinito a zero): Para a demanda linear, a EPD monotonamente decrescente direo nica). Quando Q=0, EPD quando Q aumenta, a EPD sempre decresce (ou decresce monotonamente em uma direo somente). Gabarito: D 05. (FCC Analista de Regulao Economista ARCE 2012) - A curva de demanda - os da economia. os de bens substitutos e complementares. - o constante, qualquer que seja o seu formato. Comentrios: a) Incorreta. A curva de demanda poder ter, em casos raros, inclinao positiva. Isto acontece quando temos um bem de Giffen (aquele bem 00000000000 00000000000 - DEMO 51. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 79 b) Incorreta. A curva de demanda tem sua elasticidade preo determinada pelo preo do bem de que trata a curva de demanda (no pelo ndice geral de preos da economia). Esse ndice geral de preos mostra o nvel de preos dos bens de toda a economia (todos os bens), de uma forma total, agregada. c) Correta. d) Incorreta. Vimos que alteraes nos preos de bens relacionados (substitutos ou complementares) so fatores que fazem a curva de demanda ser deslocada. e) Incorreta. A nica curva de demanda que elasticidade preo constante a que possui o formato em hiprbole equiltera (Veremos isso na aula 01). Os outros formatos de curva de demanda possuem elasticidade varivel ao longo da curva. Como exemplo, temos a demanda linear, apresentada na figura 21 (onde a EPD varia de 0 a ao longo da curva). Gabarito: C 06. (FCC Analista de Controle Externo TCE/AP 2012) - O preo de equilbrio de mercado do bem X R$ 120,00 a unidade. Ocorre uma elevao do preo do bem Y, substituto de X, em funo de uma reduo na sua quantidade ofertada no mercado. Esse fato, tudo o mais constante, provoca o deslocamento da curva de a) oferta do bem X para a esquerda de sua posio original e consequente aumento de seu preo. b) demanda do bem Z, complementar de Y, para a esquerda de sua posio original e consequente aumento de seu preo. c) demanda do bem Z, complementar de Y, para a direita de sua posio original e consequente diminuio do preo de Z. d) demanda do bem X para a direita de sua posio original e consequente aumento de seu preo. e) demanda do bem X para a esquerda de sua posio original e, simultaneamente, da oferta do bem X para a direita de sua posio original, de modo que impossvel prever a priori qual ser o efeito no preo de X. Comentrios: Antes de sair tentando rascunhar a questo, sempre interessante dar uma olhada nas alternativas. Elas so um guia, mostrando por que caminho devemos trilhar nosso raciocnio. Observando as alternativas, percebemos que o dado numrico (PX=120) passado pelo enunciado pela questo irrelevante. Outro dado 00000000000 00000000000 - DEMO 52. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 79 irrelevante saber por que o houve elevao do preo de Y (a questo disse que foi por que a oferta de Y foi reduzida, mas nem precisamos desta informao). Temos que focar o raciocnio na seguinte situao: Aumento do preo de Y, que um bem substituto de X. Pois bem, quando o preo de Y aumenta, sua quantidade demandada reduzida. Como X e Y so substitutos, a demanda de X ser aumentada, pois os consumidores trocaro o consumo de Y por X. Assim, a curva de X deslocada para a direita e para cima. Isto provocar: - Aumento no preo de X - Aumento na quantidade de equilbrio S por aqui (trechos em negrito), j podemos verificar que a alternativa D est correta. No entanto, vamos ver os erros das outras alternativas: a) Incorreta. A mudana de preo de bem substituto no consumo fator que afeta a demanda (no afeta a curva oferta). b) Incorreta. Se Y e Z so complementares e o preo de Y aumentando (provocando queda no consumo12 de Y), ento, o consumo de Z tambm ser reduzido, j que o consumo dos bens associado. Assim, a curva de demanda do bem Z, complementar de Y, vai para a esquerda de sua posio original e h consequente reduo de seu preo. c) Incorreta. Se Y e Z so complementares e o preo de Y aumentando (provocando queda no consumo de Y), ento, o consumo de Z tambm ser reduzido, j que o consumo dos bens associado. Assim, a curva de demanda do bem Z, complementar de Y, vai para a esquerda de sua posio original e h consequente diminuio de seu preo. e) Incorreta. Vimos que a demanda do bem X vai para a direita de sua posio original. J a curva de oferta fica no mesmo lugar, uma vez que a alterao do preo de bem substituto no consumo fator que altera a demanda. Gabarito: D 07. (FCC Analista Econmico Copergs 2011) - A demanda do consumidor por um determinado bem (A) pode ser positivamente inclinada, caso se trate de um bem de Giffen. 12 00000000000 00000000000 - DEMO 53. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 79 a partir de um mapa de preferncias do consumidor com curvas de indiferena cncavas. -se que o consumidor tem renda infinita. (E) pode ser representada por uma reta horizontal, vis . Comentrios: (A) Correta. (B) Incorreta. Veremos isso de forma mais apropriada na teoria do consumidor (Aula 02), mas a demanda do consumidor derivada a partir de um mapa de preferencias com curvas de indiferena convexas. (C) Incorreta. A curva de demanda obtida a partir do timo do consumidor (veremos na aula 02), considerando-se que o consumidor possui renda finita (possui restrio oramentria). No se preocupe, pois estudaremos isso mais frente em nosso curso. (D) Incorreta. As mudanas nos preos de bens relacionados afeta sim a curva de demanda. (E) Incorreta. Pode ser representada por reta horizontal, no caso em que a demanda totalmente elstica aos preos. Isso, geralmente, acontece quando temos infinitas empresas (produtores) no mercado, de tal forma que uma empresa (e no um consumidor) muita pequena ante o tamanho do mercado. Se essa letra E tambm ficou complicada, no se preocupe, pois veremos isso com mais detalhes na aula 05. Gabarito: A 08. (FCC Analista Superior II Economista Infraero 2011) - de determinado bem. (B) A declividade negativa da curva de deman (C) Os aumentos de renda provocam deslocamentos da curva de demanda individual do consumidor para a esquerda, no caso de bens normais. os de bens substitutos leva ao deslocamento da curva de demanda de mercado para a direita. 00000000000 00000000000 - DEMO 54. Economia e Finanas Pblicas para ICMS/RJ Teoria e exerccios comentados Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00 Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 79 Comentrios: (A) Incorreta. Na verdade, a inclinao da curva de demanda negativa porque, quanto maior o preo, menor a quantidade demandada de determinado bem. (B) Correta. No se preocupe, pois tambm estudaremos isso mais frente no curso (na aula 02). (C) Incorreta. Os aumentos de renda provocam deslocamentos da curva de demanda individual do consumidor para a esquerda, no caso de bens inferiores. (D) Incorreta. os de bens substitutos leva ao aumento na quantidade demandada do bem substituto. Em razo disso, a demanda do outro bem diminuda, provocando um deslocamento da curva de demanda de mercado para a esquerda. (E) Incorreta. Veremos essa tambm na aula 02 (teoria do consumidor). Gabarito: B 09 - correto afirmar: o de um bem Y, substituto do be - o de equi (E) Se a renda dos consumidores aumentar e a quantidade demandada do bem X diminuir, a elasticidade- Comentrios: (A) Incorreta. Estudaremos a Curva de Possibilidades de Produo apenas na aula 06, ok!? Mas saiba que, na 00000000000 0000