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EIXO 5 ECONOMIA CRIATIVA VERSÃO PRELIMINAR

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EIXO 5

ECONOMIA CRIATIVA

VERSÃO PRELIMINAR

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Há dez anos, as economias criativas não eram tidas em conta no processo

de desenvolvimento e de crescimento. Por essa simples razão, navegávamos

na desigualdade, porque a bitola era a imitação e o standard... Fabricamos

apenas o que podia ser feito em qualquer lugar. Entramos na concorrência

com as nossas fraquezas (custo de transporte, de energia etc.) e não com

as nossas fortalezas, as nossas matérias-primas.... Antes, o exótico era

aquilo que os outros queriam ver. Hoje, o genuíno é aquilo que nós temos

para mostrar. A partir dai, pequenas empresas, mas em rede, podem

exportar as suas produções como bens created in... O Imaterial é o nosso

valor maior.

Mário Lúcio Sousa, ex ministro da Cultura de Cabo Verde.

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RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

FORTALEZA 2040

EIXO:Dinamização econômica e inclusão produtiva

Tema/Assunto: Economia Criativa

Produto: Plano Estratégico de Economia Criativa

1. CONTEXTO

1.1. A Economia Criativa no mundo

A economia criativa vem crescendo no mundo de forma sustentável nas últimas décadas,demonstrando sua capacidade de resistir às crises econômicas e de estimular uma culturaempreendedora na juventude. O comércio mundial de bens e serviços criativos atingiu um nívelrecorde em 2011 de US$ 624 bilhões1. Ela também favorece a criação de empregos e a inclusãosocial, em função dos amplos complexos produtivos oriundos dos setores criativos.

Considerando o valor agregado da cultura na produção de bens e serviços, os países signatários daConvenção da UNESCO sobre a Promoção e Proteção da Diversidade das Expressões Culturaispassam a considerar a cultura como o quarto pilar do desenvolvimento das Nações. Por isso, aeconomia criativa vem se tornando uma alternativa econômica irrefutável para os países de grandediversidade cultural, sobretudo, para os países de grande desigualdade social e cuja diversidadepoderia ser o insumo para uma nova matriz de desenvolvimento. Enfim, trata-se de

avançar na formulação de políticas públicas que produzam desenvolvimento sustentável, com oobjetivo maior de transformar cultura e criatividade em inovação e a inovação em riqueza cultural,econômica e social. Contudo, é necessário enfrentar desafios basilares para o desenvolvimento da

economia criativa: investimento em pesquisas, indicadores e metodologias que assegurem aconfiabilidade de dados que possam dar substrato às políticas públicas; fomento aosempreendimentos; formação para os setores; infraestrutura que garanta a criação/produção,circulação/distribuição e consumo/fruição de bens e serviços criativos; marcos legais tributários,trabalhistas, civis, administrativos e constitucionais que desobstruam e potencializem as dinâmicaseconômicas desses setores; institucionalização da temática no campo público e privado, que permitao avanço das políticas públicas.

Por outro lado, a tecnologia, sobretudo a tecnologia da informação e da comunicação (TIC) no século21, vem se tornando o grande veículo de divulgação e difusão da produção cultural/criativa.Desempenha também papel essencial na produção e na “sintonia social” da criatividade deindivíduos, redes e coletivos, por trazer a informação, possibilitar a cooperação, criar um ambienteamplo e diversificado, ao mesmo tempo local e global, para a produção, circulação e consumo deprodutos criativos. Essas tecnologias estão presentes, ora sob a forma de veículo, ora comoinstrumento, em todas as fases da cadeia de produção simbólica humana, que vai da criatividade (em

1 Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD (2013).

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seu estado puro) à inovação (a criatividade e a cultura transformadas em tecnologias sociais, bens eserviços, conhecimento etc).

Em um mundo aonde a exportação de commodities vem perdendo gradativamente sua importânciafrente à exportação de bens e serviços de alto valor agregado, estudos e pesquisas constatam aevolução da performance dos setores criativos, mesmo em momentos de crise. Esses estudosanunciam a transformação do trabalho, a ampliação do setor de serviços e a necessidade daconstituição de fundos específicos para o financiamento dos setores criativos.

Em 2008, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) lança oprimeiro Relatório Mundial sobre a Economia Criativa, em um esforço de compilar informações edados sobre a economia dos bens e serviços simbólicos dentro de um quadro mundial. Em 2010, aUNCTAD, no seu segundo Relatório, buscou ampliar seu escopo de pesquisa, abrangendo nãosomente o campo das indústrias, mas também das artesanias criativas. Com a terceira edição doRelatório, em 2013, o conceito de economia criativa se ampliará ainda mais:

· É um conceito em evolução baseado em ativos criativos que potencialmente geramcrescimento e desenvolvimento econômico;· Representa um conjunto de atividades econômicas baseadas em conhecimento, com uma

dimensão de desenvolvimento e interligações cruzadas em macro e micro níveis para aeconomia em geral;

· Funde as fronteiras entre a economia da cultura e a do conhecimento, reunindo nos seusprodutos e serviços, arte, cultura, ciência e tecnologia, insumos responsáveis pela agregação devalor e pela ampliação crescente de mercados consumidores no planeta;

· É uma economia e por isso pressupõe a presença do Estado na formulação de políticaspúblicas capazes de fomentar, regular e estruturar o campo criativo brasileiro;

· Pressupõe novos pilares de competitividade, assentados em valores e ideias que setransformam em marcas, patentes, softwares, designs, conteúdos, imagens e narrativas;

· Estimula a geração de renda, a criação de empregos e a exportação de ganhos, aomesmo tempo em que promove inclusão social, diversidade cultural e desenvolvimentohumano;

· Abrange aspectos econômicos, culturais e sociais que interagem com objetivos detecnologia, propriedade intelectual e turismo;

· Constitui uma opção de desenvolvimento viável que demanda respostas de políticasinovadoras e multidisciplinares.

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1.2 A Economia Criativa no Brasil

A economia criativa ganhou institucionalidade no Brasil tardiamente, em 01/06/2012, a partir dacriação de uma nova Secretaria no Ministério da Cultura. Segundo o Plano da Secretaria da EconomiaCriativa (2011-2014) a economia criativa é “a economia resultante das dinâmicas culturais, sociais eeconômicas construídas a partir do ciclo de criação, produção, distribuição/circulação/difusão econsumo/ fruição de bens e serviços oriundos dos setores criativos, caracterizados pela prevalênciade sua dimensãosimbólica” (Ministério da Cultura do Brasil, 2011). A Secretaria da Economia Criativafoi extinta em 2015, o que revela, ainda nos dias de hoje, a incompreensão dos governos relativa aopapel estratégico dos setores criativos na agenda de desenvolvimento do século 21. Apostando emum modelo “desenvolvimentista”, pautado na indústria tradicional, o Brasil ainda propõe umaagenda econômica desprovida de complexidade, o que o faz ser reconhecido na paisageminternacional como um exportador de commodities.

O modelo de crescimento brasileiro, baseado na absorção de mão de obrae no incentivo ao consumodoméstico demonstra exaustão, pois os dados macroeconômicos indicam uma tendência de quedada industrialização tradicional e do valor das matérias primas no mercado internacional, ao mesmotempo em que se observa e aumento da performance e do emprego nos setores de serviços,especialmente, dos bens e serviços criativos. Em um mundo globalizado, as agendas econômicas dospaíses desenvolvidos apostam em criatividade e inovação, seja nos

processos, seja nos produtos. Lamentavelmente, o Brasil ainda não despertou para o papelestratégico da economia criativa nem tampouco para o seu potencial de liderança no mundo, naconstrução de um desenvolvimento includente, sustentável e justo:

· O Brasil é a 6ª economia do mundo e ocupa 35ª posição no ranking dos países exportadores debens criativos· A economia criativa é objeto de políticas públicas escassas e insatisfatórias no Brasil, apesar doseu desenvolvimento científico e tecnológico e da sua grande diversidade cultural, podendo se tornaruma liderança mundial nesse campo.· O Brasil necessita traduzir em seus produtos e serviços a riqueza da sua diversidade cultural;· A expansão do poder de consumo da nova classe média brasileira (só na classe C são 103 milhõesde consumidores) representa um mercado real e potencial para produtos e serviços da economiacriativa: mobiliários e artefatos dotados de design, moda, turismo cultural e de experiência, TV porassinatura e internet, educação e conteúdos culturais criativos;· A economia criativa é por natureza transversal e por isso a formulação de uma política públicapara a área requer governança integrada de pastas diversas sobre o mesmo território, de modo afacilitar o diálogo interministerial, a promoção de sinergias, a pactuação de objetivos e metas e apotencialização de resultados;· Um país inovador necessariamente é um país que formula e implanta políticas públicas para acriatividade, considerando-a a base de construção de um ambiente propício à inovação.

A despeito da ausência de políticas públicas para a economia criativa brasileira, um grandecontingente de jovens, que hoje está na periferia das grandes cidades e no interior do Brasil, vemtrabalhando, informal e precariamente, no campo da economia criativa. Cotidianamente acriatividade popular se manifesta, sobretudo a partir da (re)invenção de tecnologias sociais, muitasvezes (e talvez por isso) produzidas em ambiente de precariedade e carência social. A combinação dacriatividade natural da população brasileira com políticas públicas adequadas aoseu cultivo, incremento da qualidade, acessibilidade a equipamentos educacionais e culturais,disponibilidade de veículos de expressão, difusão e circulação, novas práticas de financiamento e deeducação para o n ovo trabalho poderiam prover os meios para a viabilização econômica dos bens e

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serviços criativos e a consequente realização social de parcela considerável da população do país,sobretudo da população jovem.

O Brasil tem, diante de si, a gigantesca tarefa de aprimorar a educação pública, mormente aeducação básica de sua população. Essa missão é inadiável e imprescindível. Porém, bem sabemosque séculos de histórico descaso com a educação não podem ser sanados em curto prazo. Há umtempo inevitável, a ser medido em décadas, para a satisfatória realização dessa tarefa. A economiacriativa, em função de sua estrutura em redes e sistemas produtivos, oportuniza um “atalho” capazde ganhar precioso tempo, a despeito da deficiência educacional. Não que a

educação se dispense, pois isso é impossível. Trata-se de oferecer trajetórias formativas mais curtas,visando à profissionalização dos setores criativos, especialmente em territórios onde há grandesdesigualdades sociais.

Enfim, pela sua dimensão territorial, pela potencialidade de seus mercados regionais, pela liderançaentre os países do hemisfério Sul, o Brasil necessitaria urgentemente construir um Plano Nacional deEconomia Criativa, que lhe permitisse formular um novo modelo de desenvolvimento, especialmentepara micro e pequenos empreendedores, artistas e demais profissionais do campo da cultura e dacriatividade. Um desenvolvimento fundamentado na inclusão produtiva, na sustentabilidade, nadiversidade cultural e na inovação.

Apesar da ausência de políticas públicas para a economia criativa brasileira, institutos de pesquisa,organizações de classe, universidades e outras agências de desenvolvimento vêm produzindoinformações sobre os setores criativos brasileiros. Traduzindo a economia criativa em números, aFederação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) realizou em 2014 um mapeamento dasindústrias criativas no Brasil. Esse estudo mostrou que a participação do PIB dos setores criativos noPIB total, nesta década, teve um crescimento gradativo, atingindo a participação de 2,6% no ano de2013:

Gráfico 1: PIB Criativo Estimado e Sua Participação no PIB Total Brasileiro – 2004 a 2013Fonte: FIRJAN (2014)

Contudo, a participação do Produto Interno Bruto (PIB) da economia criativa brasileira, levantada noestudo da FIRJAN (2014) foi calculada a partir de dados relativos aos setores criativos formais. Não édescabida a hipótese de que o percentual de participação do PIB dos setores criativos é muito maissignificativo, caso fossem considerados dados obtidos a partir da economia informal dos setores

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produtivos. De qualquer modo, os dados da formalidade já demonstram o potencial de crescimentodos setores criativos brasileiros.

1.3 A Economia Criativa no Ceará

O Ceará demonstra grande potencial entre os estados brasileiros, para o desenvolvimento daeconomia criativa. O estudo da FIRJAN, acima citado, apresenta informações relevantes relativas àparticipação dos empregados em setores criativos, no total de empregados por estado do país, alémda remuneração media mensal desses profissionais. O estado do Ceará em 2004 apresentou umataxa de 1% departicipação dos empregados em setores criativos; em 2013 a taxa foi de 1.4%. Esse crescimentositua o Ceará na oitava posição entre os estados brasileiros e o primeiro em relação à regiãonordeste.

Gráfico 2: Participação dos Empregados Criativos no Total de Empregados do Estado 2004 e 2013.Fonte: FIRJAN (2014)

Com relação a remuneração média mensal, o Gráfico 3 demonstra que houve um aumentosignificativo em praticamente todos os estados entre os anos de 2004 e 2013.

Gráfico 3: Remuneração Média Mensal dos Profissionais Criativos, por Estado 2004 e 2013.Fonte: FIRJAN (2014)

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Contudo, entre os estados brasileiros, o Ceará aparece em último lugar em relação à remuneraçãomédia mensal dos trabalhadores criativos. No Ceará,o PIB gerado por empresas da economia criativaé de R$ 1,5 bilhão, o que representa 1,8% da economia.São 4.192 empresas que atuam ematividades oriundas dos setores criativos no estado.Trabalham nos setores criativos 19 mil cearenses,o que corresponde a 1,4% da força de trabalho estadual. As profissões e atividades criativas estão,assim distribuídos, nos seguintes setores:

ArquiteturaeEngenharia

Artes Artes Cênicas Biotecnologia Design ExpressõesCulturais

Filmes &Vídeo

Elaboraçãode projetosde designdeedificações, paisagenseambiente,planejamento econservação.

Serviçosculturais,gastronomiamuseologia eproduçãocultural

Criaçãoartística,produção edireção deespetáculosteatrais,dança, standup comedy.

Bioengenharia,pesquisa embiologia,atividadeslaboratoriais:tecidos/cosmética/perfumaria

Design gráfico,multimídia ede móveis

Criação deartesanato,museus,biblioteca,folclore

Produção,edição,fotografia,distribuiçãoe exibição

Mercadoeditorial

Moda Música Software,games etelecom

Pesquisa &desenvolvimento

Publicidade

TV &Rádio

Edição delivros,jornais,revistas econteúdodigital

Criação eprodução deroupas,calçados,acessórios,home decó;editoriais,eventos demoda

Gravação;edição emixagem desom; criação;interpretaçãomusical

Desenvolvimento de softwares,games, apps,sistemas,consultoria emTI e robótica.

Desenvolvimentoexperimentale pesquisa emgeral

Atividadesdepublicidade,marketing,pesquisa demercado eorganização deeventos

Produção edesenvolvimento deconteúdo,programação etransmissão

Sobre as profissões criativas que mais empregam no Ceará, os dez primeiros lugares são as seguintes:

1º lugar Arquitetura e Engenharia 3.117 empregados2º lugar Gerente de Marketing (Publicidade) 1.582 empregados3º lugar Programador de sistemas de informação (software, games,

telecomunicações)1.533 empregados

4º lugar Designer de calçados sob medida (Moda) 1.508 empregados5º lugar Analista de negócios (Publicidade) 817 empregados6º lugar Designer gráfico (Design) 571 empregados7º lugar Modelista de roupas (Moda) 527 empregados8º lugar Gerente de tecnologia da informação (Música) 507 empregados

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9º lugar Músico intérprete instrumentalista (Música) 483 empregados10º lugar Analista de pesquisa de mercado (Publicidade) 436 empregados

Um dos problemas que dificulta a compreensão qualitativa ou quantitativa da produção de riquezaoriunda dos setores criativos diz respeito à ausência de desagregação dos dados, ou seja, setores daeconomia industrial tradicional ainda se mantém agregados aos setores criativos. É o caso, porexemplo, da Arquitetura e da Engenharia que, por estarem agregadas como se representassem umúnico setor, falseiam o conhecimento do campo criativo no país, nos estados e municípios. Essaagregação de setores também ocorre nos relatórios mundiais, o que representa um óbice para oconhecimento e a produção de diagnósticos sobre os setores criativos no mundo.

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1.4 A Economia Criativa em Fortaleza

O século 21 é o século das cidades. Se a economia criativa encontra seu fundamento na abundância enão na escassez de recursos, pois seu insumo principal é a criatividade e o conhecimento humano,que são infinitos, ela figura como uma estratégia fundamental, especialmente para as cidades nesseséculo, especialmente, para aquelas onde a criatividade das populações é mais significativa do que odomínio da ciência e tecnologia. Ao mesmo tempo, a natureza colaborativa dessa economia favorecea ação coletiva entre pessoas, comunidades, instituições, coletivos, empresas, governos e redes.Enfim, a economia criativa nas cidades também oportuniza a “queima de etapas” nos processosprodutivos, na medida em que reconcilia estratégias nacionais com processos internacionais globais.

A inserção da economia criativa no âmbito das cidades produz uma mudança de paradigma naprópria mentalidade acerca do desenvolvimento. Na abordagem tradicional da economia, foca-se naeconomia industrial de produção em larga escala, com seu foco na venda, exportação e importaçãode produtos. Na abordagem centrada na economia criativa o foco recai não somente no caráterutilitário do produto, mas nas ideias, nos conceitos, nos sentimentos, nas narrativas, enfim, naexperiência que os produtos comercializados possam agregar.

Fortaleza demonstra historicamente sua vocação para a área de serviços, podendo ampliar essepotencial para a economia criativa. Pode-se verificar recentemente na cidade a evolução daparticipação de um “núcleo criativo”, na perspectiva dos vínculos ativos, especialmente no períodode 2008 a 2012. Das quatro categorias dos setores criativos definidos pela Organização das NaçõesUnidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (artes, criações funcionais, mídia e patrimônio) a quedemonstra maior potencial de expansão em Fortaleza corresponde às criações funcionais, comdestaque para as atividades associadas ao design de moda, conforme pode ser observado a partir daextração de dados da plataforma da SDE (FORTALEZA, 2015):

Gráfico 4: Evolução da participação das Indústrias criativas no Núcleo Criativo Vínculos ativos emdez/CNAE 2.0Fonte: Elaborado pela ACEP/SDE a partir de dados compilados da RAIS/MTE (FORTALEZA, 2014).

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Em relação à evolução da remuneração média dos setores criativos, também os setores relacionadosàs Criações Funcionais e às Mídias correspondem àqueles que pagam melhores salários, têm maiorinstitucionalidade, mantendo relações mais estreitas com a indústria tradicional.

Gráfico 7: Evolução da remuneração média real dos setores criativos no NúcleoCriativo: Valores dez2012/ CNAE 2.0Fonte: Elaborado pela ACEP/SDE a partir de dados compilados da RAIS/MTE (FORTALEZA, 2014)

A Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio do Instituto de Planejamento de Fortaleza – Iplanfor,iniciou em 2015 uma série de pesquisas para realizar um diagnóstico da economia criativa na RegiãoMetropolitana de Fortaleza, com o propósito de construir coletivamente, junto aos profissionaiscriativos e representantes de organizações públicas e privadas, uma política pública municipal para aeconomia criativa da capital. Nesse diagnóstico, alguns setores como o audiovisual, o design demoda, os jogos digitais e a música, foram identificados como exemplos de setores com capacidadede desenvolvimento econômico para a cidade, especialmente, na perspectiva de um Plano da cidadepara as próximas décadas: o Plano Fortaleza 2040. Enquanto o design de moda, fruto de umahistórica vocação da cidade (que já foi um grande polo de confecções do país) desenvolve soluçõespróprias por meio da moda autoral, os jogos digitais, desenvolvidos sobre tudo com o suporte dainternet, perscrutam uma tendência que pode vir a ser fortalecida com o necessário apoio depolíticas públicas. Relativamente à musica, Fortaleza goza de um reconhecimento nacional emfunção da qualidade dos profissionais atuantes, tanto no núcleo criativo (cantores, músicos,arranjadores, produtores etc) quanto nas demais áreas de atuação dessa cadeia produtiva. Noaudiovisual, vale ressaltar a presença de uma geração de profissionais que vem se destacando naprodução de conteúdos relacionados à TV aberta, à TV paga e ao cinema.

Como já se afirmou, para além desses setores, a inequívoca vocação da cidade para o comércio debens de serviços pode e deve ser ampliada para o campo cultural e criativo. Dessa forma, observa-sea urgência do desenvolvimento de estratégias, diretrizes e ações capazes de transformar Fortaleza naCapital do Comércio de Bens e Serviços Culturais e Criativos do Nordeste. De modo integrado àsestratégias de desenvolvimento do turismo na cidade, a economia dos setores das artes e doentretenimento também demonstram tendência ao crescimento quando associados, por exemplo, àsfestas, espetáculos e eventos que já fazem parte do calendário turístico cultural da cidade (réveillon,carnaval, festas juninas, festas religiosas, micaretas etc).

Por outro lado, o artesanato e a gastronomia também caminham juntos como insumos estratégicosao desenvolvimento turístico e cultural da cidade. Vale destacar o talento do cearense para asatividades manuais e artesanais (rendas, bordados, artefatos de decoração, utensílios domésticosetc) com uma produção extremamente importante para o design de moda, o de interiores earquitetura. A gastronomia aparece no setor de serviços como uma possibilidade concreta de

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produção de riquezas, ampliando o leque de atuação dos profissionais atuantes na cadeia produtiva,tais como: consultores, chefs de cozinha, assistentes, nutricionistas entre outros. Enfim, nãopodemos subestimar a potencial econômico as artes cênicas, destacando-se o teatro de humor nacidade. Essa representativa expressão da nossa cultura, reconhecida nacionalmente, vem crescendo,tanto na produção de conteúdos para a TV, o rádio e a internet, quanto nos stand up comedy nosbares, restaurantes, casas de show, shoppings centers, barracas de praia entre outros equipamentose espaços da cidade.

A cidade apresenta equipamentos culturais importantes como os Cucas, Vila das Artes, Mercado dosPinhões (municipais), Porto Iracema das Artes, Centro Cultural Dragão do Mar, Centro Cultural BomJardim, Teatro José de Alencar (estaduais), Caixa Cultural (Federal), além de ateliês, galerias eempreendimentos criativos (privados) que podem e devem ser pensados de forma estratégica. Noentanto, esses equipamentos não estão disponíveis e distribuídos em todos os bairros da cidade, oque dificulta o acesso à produção, circulação e consumo de produtos criativos na cidade.

Como se observa, o Plano de Economia Criativa de Fortaleza deverá, em seu eixo infraestrutural,enfrentar a concentração territorial de equipamentos nos bairros da cidade. Enfim, vale ressaltar queum Plano para a Economia Criativa de Fortaleza deve ser tão transversal quanto é transversal atemática relativa a essa economia. Nesse sentido o Plano para a Economia Criativa de Fortaleza devese conectar com todos os outros grupos que produziram seus planos cujo o conjunto constitui oPlano Fortaleza 2040:

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Na etapa de elaboração do diagnóstico para a construção do Plano da Economia Criativa de Fortalezaforam identificados os seguintes desafios para que se possa desenvolver uma política pública deeconomia criativa na cidade. Para cada problema são definidos os respectivos desafios:

PROBLEMAS DIAGNOSTICADOS DESAFIO

Infraestrutura incipiente e inadequada para odesenvolvimento da economia criativa noterritório.

•Criar e adequar infraestrutura para odesenvolvimento da economia criativa noterritório.

Modelos de negócios precários einadequados frente aos desafios dosempreendimentos criativos; baixadisponibilidade e/ou inadequação de linhasde crédito para financiamento das atividadesdos setores criativos.

•Fomentar a sustentabilidade deempreendimentos criativos para fortalecer suacompetitividade e a geração de emprego erenda.

Baixa oferta de formação em todos os níveis(técnico, profissionalizante e superior) paraos setores criativos.

•Formar gestores e profissionais para ossetores criativos com vistas a qualificar osempreendimentos, bens e serviços.

Baixa institucionalidade da Economia Criativanos Planos Municipais e Estaduais deDesenvolvimento, o que enfraquece adinamização dos ciclos econômicos dossetores criativos.

•Ampliar a institucionalização da EconomiaCriativa nos territórios visando aodesenvolvimento local e regional

Arquiteturae Urbanismo

TurismoEducação

Cultura

SegurançaTICs

Ciência ,TecnologiaE Invovação

EsporteE lazer

AgriculturaUrbanaÁgua e

Economiado Mar

MeioAmbiente

Energias

FORTALEZACRIATIVA

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Ausência, insuficiência e desatualização demarcos legais e infralegais para odesenvolvimento dos setores criativos.

•Criar e adequar marcos legais para ofortalecimento dos setores criativos.

Ausência de informações, dados e de análisesproduzidos e sistematizados.

• Levantar, sistematizar e monitorar asinformações e dados sobre a Economia Criativapara a formulação de políticas públicas.

O cenário apontado pelo Diagnóstico foi ratificado nas discussões dos grupos compostos porrepresentantes dos setores criativos na cidade de Fortaleza, a partir das Oficinas realizadas com ocampo criativo da cidade. O resultado dessas discussões foi estruturado em uma Matriz SWOT, ondeforam definidas as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para o desenvolvimento da economiacriativa em Fortaleza.

MATRIZ SWOT

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2. Políticas Públicas Relacionadas

Políticasrelacionadas

PrincípiosNorteadores da

PolíticaDiretrizes da Política Objetivos da Política

ConstituiçãoFederal

Art. 215. O Estadogarantirá a todos opleno exercício dosdireitos culturais eacesso às fontes dacultura nacional, eapoiará eincentivará avalorização e adifusão dasmanifestaçõesculturais.

§ 1º O Estadoprotegerá asmanifestações dasculturas populares,indígenas e afro-brasileiras, e das deoutros gruposparticipantes doprocessocivilizatórionacional.

2º A lei disporásobre a fixação dedatascomemorativas dealta significaçãopara os diferentessegmentos étnicosnacionais.

3º A leiestabelecerá oPlano Nacional deCultura, de duraçãoplurianual, visandoao desenvolvimentocultural do País e àintegração dasações do poder

I - diversidade dasexpressõesculturais; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012II - universalização doacesso aos bens eserviçosculturais; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012III - fomento à produção,difusão e circulação deconhecimento e bensculturais; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012IV - cooperação entre osentes federados, osagentes públicos eprivados atuantes naárea cultural; Incluídopela EmendaConstitucional nº 71, de2012V - integração e interaçãona execução das políticas,programas, projetos eaçõesdesenvolvidas; Incluídopela EmendaConstitucional nº 71, de2012VI - complementaridadenos papéis dos agentesculturais; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012VII - transversalidade daspolíticasculturais; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012

I defesa e valorização dopatrimônio culturalbrasileiro; (Incluído pelaEmenda Constitucional nº48, de 2005)II produção, promoção edifusão de bensculturais; (Incluído pelaEmenda Constitucional nº48, de 2005)III formação de pessoalqualificado para a gestão dacultura em suas múltiplasdimensões; (Incluído pelaEmenda Constitucional nº48, de 2005)IV democratização do acessoaos bens de cultura; (Incluídopela Emenda Constitucionalnº 48, de 2005)V valorização da diversidadeétnica e regional. (Incluídopela Emenda Constitucionalnº 48, de 2005)Art. 216. Constituempatrimônio cultural brasileiroos bens de natureza materiale imaterial, tomadosindividualmente ou emconjunto, portadores dereferência à identidade, àação, à memória dosdiferentes gruposformadores da sociedadebrasileira, nos quais seincluem:I - as formas de expressão;II - os modos de criar, fazer eviver;III - as criações científicas,artísticas e tecnológicas;IV - as obras, objetos,documentos, edificações e

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público queconduzemà: (Incluído pelaEmendaConstitucional nº48, de 2005)

VIII - autonomia dosentes federados e dasinstituições da sociedadecivil; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012IX - transparência ecompartilhamento dasinformações; Incluídopela EmendaConstitucional nº 71, de2012X - democratização dosprocessos decisórios comparticipação e controlesocial; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012XI - descentralizaçãoarticulada e pactuada dagestão, dos recursos edas ações; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012XII - ampliaçãoprogressiva dos recursoscontidos nos orçamentospúblicos para acultura. Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012§ 2º Constitui a estruturado Sistema Nacional deCultura, nas respectivasesferas daFederação: Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012I - órgãos gestores dacultura; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012II - conselhos de políticacultural; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012III - conferências decultura; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012IV - comissões

demais espaços destinadosàs manifestações artístico-culturais;V - os conjuntos urbanos esítios de valor histórico,paisagístico, artístico,arqueológico,paleontológico, ecológico ecientífico.§ 1º O Poder Público, com acolaboração da comunidade,promoverá e protegerá opatrimônio culturalbrasileiro, por meio deinventários, registros,vigilância, tombamento edesapropriação, e de outrasformas de acautelamento epreservação.§ 2º Cabem à administraçãopública, na forma da lei, agestão da documentaçãogovernamental e asprovidências para franquearsua consulta a quantos delanecessitem.§ 3º A lei estabeleceráincentivos para a produção eo conhecimento de bens evalores culturais.§ 4º Os danos e ameaças aopatrimônio cultural serãopunidos, na forma da lei.§ 5º Ficam tombados todosos documentos e os sítiosdetentores de reminiscênciashistóricas dos antigosquilombos.§ 6º É facultado aos Estadose ao Distrito Federal vinculara fundo estadual de fomentoà cultura até cinco décimospor cento de sua receitatributária líquida, para ofinanciamento de programase projetos culturais, vedada aaplicação desses recursos nopagamento de: (Incluído pelaEmenda Constitucional nº42, de 19.12.2003)I - despesas com pessoal e

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intergestores; Incluídopela EmendaConstitucional nº 71, de2012V - planos decultura; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012VI - sistemas definanciamento àcultura; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012VII - sistemas deinformações eindicadoresculturais; Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012VIII - programas deformação na área dacultura; e Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012IX - sistemas setoriais decultura. Incluído pelaEmenda Constitucional nº71, de 2012

encargos sociais; (Incluídopela Emenda Constitucionalnº 42, de 19.12.2003)II - serviço dadívida; (Incluído pela EmendaConstitucional nº 42, de19.12.2003)III - qualquer outra despesacorrente não vinculadadiretamente aosinvestimentos ou açõesapoiados. (Incluído pelaEmenda Constitucional nº42, de 19.12.2003)

Estatuto daCidade – LEI N.10.257, de 10 dejulho de 2001:Dispõe sobre aregulamentação edefinição deinstrumentospropícios àefetivação dasdiretrizesencontradas nocapítulo sobrePolítica Urbana,Artigos 183-184da ConstituiçãoBrasileira de1988.

A promoção dajustiça social,mediante ações quevisem à erradicaçãoda pobreza e daexclusão social, daredução dasdesigualdadessociais e dasegregaçãosocioespacial;

O direito à cidade,entendido como odireito à terraurbana, à moradiadigna, aosaneamentoambiental, àinfraestruturaurbana, aotransporte, aosserviços públicos, ao

São diretrizes da políticade proteção dopatrimônio cultural deinteresse artístico,estético, histórico,turístico e paisagístico:I — compatibilização deusos e atividades com apreservação e proteçãodo patrimônio cultural deinteresse artístico,estético, histórico,turístico e paisagístico: II— democratização doacesso aos equipamentosculturais, garantindo asua distribuiçãoequitativa no territóriourbano;III — compatibilização dodesenvolvimentoeconômico e social com apreservação do

Considerar, no processo deplanejamento e execuçãodas políticas públicas, aintegração social, econômica,ambiental e territorial doMunicípio e da RegiãoMetropolitana;

Construir um sistemademocrático e participativode planejamento e gestão dacidade;Garantir a justa distribuiçãodos benefícios e ônusdecorrentes doprocesso de urbanização,recuperando e transferindopara a coletividade parte davalorização imobiliáriadecorrente de ações dopoder público;

Regular o uso, a ocupação e

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trabalho e ao lazer,para as presentes efuturas gerações

A proteção, apreservação e avalorização dopatrimônio culturalde interesseartístico, estético,histórico, turístico epaisagístico;

A preservação econservação domeio ambiente,assegurando aproteção dosecossistemas erecursos ambientaisexistentes egarantindo a todosos habitantes ummeio ambienteecologicamenteequilibrado;

O desenvolvimentosustentável,promovendo arepartiçãoequânime doproduto social e dosbenefíciosalcançados,proporcionando umuso racional dosrecursos naturais,para que estesestejam disponíveisàs presentes efuturas gerações.

patrimônio cultural deinteresse artístico,estético, histórico,turístico e paisagístico edo patrimônio natural;IV — estímulo àpreservação dadiversidade culturalexistente no Município;V — proteção,preservação,conservação,recuperação, restauro,fiscalização emonitoramento dopatrimônio cultural deinteresse artístico,estético, histórico,turístico e paisagístico;VI — adoção de medidasde fiscalização preventivae sistemática para aproteção das edificaçõese dos lugares de interessehistórico, cultural,artístico, turístico epaisagístico; VII —fomentar e incentivar aeducação patrimonial;VIII — promoção deações articuladas ecoordenadas entre osórgãos do Município,Estado e União, a fim deproteger o patrimôniocultural e natural;IX — capacitaçãocontínua do corpotécnico municipal

o parcelamento do solourbano a partir dacapacidade de suporte domeio físico, da infraestruturade saneamento ambiental edas características dosistema viário;

Combater a especulaçãoimobiliária;

Preservar e conservar opatrimônio cultural deinteresse artístico, estético,histórico, turístico epaisagístico;

Preservar os principaismarcos da paisagem urbana;

Ampliar a oferta de áreaspara a produção habitacionalde interesse social comqualidade, dirigida aossegmentos de baixa renda;

Promover a urbanização e aregularização fundiária dasáreas irregulares ocupadaspor população de baixarenda;

Induzir a utilização deimóveis não edificados, nãoutilizados e subutilizados;

Distribuir equitativamente osequipamentos sociaisbásicos, de acordo com asnecessidades sociais dasregiões, de forma que adistribuição dos respectivosrecursos a estas sejadiretamente proporcional àpopulação e inversamenteproporcional ao nível derenda;

Preservar os ecossistemas eos recursos naturais; XIII —promover o saneamento

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ambiental em seusdiferentes aspectos; XIV —reduzir os riscos urbanos eambientais;

Promover a reabilitação daárea central da cidade;

Promover a acessibilidade ea mobilidade universal,garantindo o acesso de todosos cidadãos a qualquer pontodo território, através da redeviária e do sistema detransporte coletivo

LEI Nº 9347 DE 11DE MARÇO DE2008. Dispõesobre a proteçãodo patrimônioHistórico-Culturale Natural doMunicípio deFortaleza, pormeio dotombamento ouregistro, cria oConselhoMunicipal deProteção aoPatrimônioHistórico-Cultural(COMPHIC) e dáoutrasprovidências.

Pluralidade daNaturezaPatrimônioHistórico Cultural,Para efeito detombamentovisando a proteçãoe ou salvaguarda, osbens e asexpressões culturaispoderão ser dequalquer naturezaou origem, taiscomo: histórica,arquitetônica,Arqueológica,ambiental, natural,paisagística ouquaisquer outras deinteresse das artes eciências.

O PatrimônioHistórico Culturaldevem serreconhecido comotal pelacomunidade, naidentificação dosbens a seremprotegidos peloMunicípio, levar-se-ão em conta osaspectos cognitivos,estéticos

- O patrimônio histórico,cultural e natural doMunicípio de Fortaleza éconstituído pelos bens denatureza material eimaterial, móveis eimóveis, públicos eprivados, portadores dereferência à identidade, àação, à memória dosdiferentes gruposformadores da sociedadefortalezense.

- Se constitui comoPatrimônio Histórico,cultural e natural noâmbito do Município osbens móveis ou imóveisque por qualquer formade proteção prevista emlei, venham a serreconhecidos como tal.O Bem material ouimaterial consideradopatrimônio histórico,cultural e natural, podeser tombadoindividualmente ou emconjunto, visando à suapreservação.

Formular diretrizes paraorientarem a política depreservação e valorização dopatrimônio histórico –cultural da cidade;

Implementar ações parainventariar, referenciar evalorizar o patrimôniohistórico cultural deFortaleza.

Regulamentar medida deproteção determinadas peloMunicípio visandopossibilitar a melhor formade permanência do bem devalor histórico cultural, comsuas características eresguardar sua integridade.

Instituir, no âmbito daSecretaria de Cultura deFortaleza (SECULTFOR), o"Programa Municipal doPatrimônio Imaterial",

Dispor sobre a instituição,organizações e atribuiçõesdo Conselho Municipal deProteção do PatrimônioHistórico-Cultural(COMPHIC).

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ousubjetivosqueestes tenham para acomunidade.

Preservação doPatrimônioHistórico Cultural,Dever e Direito doCidadão, Compete atodo cidadãopreservar opatrimôniohistórico-cultural enatural zelando pelasua proteção econservação.

LEI Nº 9.501, DE01 DE OUTUBRODE 2009. Dispõesobre ainstituição,organização,atribuições efuncionamentodo ConselhoMunicipal depolítica cultural.

Principio daDemocracia, agestão da políticapública de culturado município deveser democrática ecompartilhada coma população.

Principio daTransversalidade,as Políticas deformação,produção, criação,difusão e fruiçãoculturaisdesenvolvidas peloMunicípio devemrespeitar o caráterde transversalidadedas mesmas.

- Gestão democrática eautônoma da cultura noMunicípio de Fortaleza.

- Institucionalização dasrelações democráticasentre a administraçãopública e os múltiplossetores da sociedadecivil,

- Articulaçãogovernamental com osdemais níveis federados,no desenvolvimento dapolítica cultural domunicípio.

-Criar e legitimar umainstancia de participaçãosocial no âmbito daSecretaria de Cultura doMunicípio;

- Implantar o ConselhoMunicipal de PolíticaCultural, órgão colegiadopermanente, de caráternormativo, deliberativo,fiscalizatório e consultivo,

Criar e regulamentar um doselementos fundamentais doSistema Municipal deCultura, o CMPC – ConselhoMunicipal de PolíticaCultural, vinculadoadministrativamente efinanceiramente à Secretariade Cultura de Fortaleza.

Lei nº 9.585 de30/12/2009.Dispõe sobre acriação dosprogramas PoloTecnológico deFortaleza(PTFOR), e PoloCriativo deFortaleza(PCFOR), para ofomento deempresas de base

Desenvolvimentosustentável,econômico,sociocultural etecnológico;

Inclusão social,capacitaçãotecnológica eprofissional;

Requalificaçãourbana de imóveis

Esta lei institui osprogramas PÓLOTECNOLÓGICO DEFORTALEZA – PTFOR ePÓLO CRIATIVO DEFORTALEZA - PCFOR, quedispõem sobre o apoio aempreendimentosprodutivos no municípiode Fortaleza, por meio daconcessão de benefíciosfiscais e materiais àspessoas jurídicas que

Incentivar odesenvolvimentosustentável, econômico,sociocultural e tecnológicodo município de Fortaleza,por meio da promoção deinclusão social, capacitaçãotecnológica e profissional dejovens e adultos,requalificação urbana deimóveis de interesse públicoe redirecionamentoprodutivo de áreas

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tecnológica e odesenvolvimentosociocultural domunicípio deFortaleza

de interesse público

Investimento empesquisa edesenvolvimento einovação.

Formação dearranjos produtivoslocais.

desenvolvem atividadeseconômicas de basetecnológica e atividadesculturais, mediante aprestação decontrapartidassocioeconômicas porparte dos beneficiários,observados os requisitosestabelecidos nesta lei eem seu regulamento

territoriais do Município,investimento em pesquisa edesenvolvimento e inovação,e formação de arranjosprodutivos locais integrados,visando à geração deempregos formais, aoincremento da arrecadaçãotributária e aoaprimoramento do bem-estar social.

LEI Nº 9904 DE 10DE ABRIL DE2012. Dispõeacerca do SistemaMunicipal deFomento àCultura (SMFC) edá outrasprovidências

Principio daTransparência,promover atransparência dosrecursosempregados nacultura através deprestações decontas periódicas,assim definidas peloConselho Municipalde Política Cultural;

Principio daIsonomia,Os projetosculturais serãoapoiados:respeitando oprincipio daisonomia, mediantemecanismos deconhecimentopúblico, critériosregulamentados emeditais, analisadospor comissãoformada porespecialistas emcada área cujosmembro sãoselecionados entrerepresentantes dasociedade civil,através dechamamentopúblico, soborientação do

Cultura como fator dedesenvolvimento social eeconômico -Promover ainteração econômica dacultura com as demaisáreas sociais, no intuitode formular estratégiasde desenvolvimento parao Município de Fortaleza;

Cultura como Direito docidadão, Promover eefetivar os princípios eregras dos direitosculturais, previstos noart. 215 da ConstituiçãoFederal da República emvigor;

Cultura como capitalsimbólico fundamentalao individuo e aosgrupos sociais, incentivara difusão de bensculturais formadores einformadores dopensamento, da cultura eda memória;Transversalidade daPolítica Cultural emrelação às outraspolíticas municipais,Subsidiar as políticas,ações e programas decultura do Município deFortaleza conduzidos pelaSecretaria de Cultura deFortaleza de formatransversal às políticas de

Conjugar ações, projetos,programas, recursoshumanos e financeiros entreos diferentes entes dafederação brasileira, dosmúltiplos setores dasociedade civil, de empresas,e de organismosinternacionais, comdiretrizes definidas efiscalizadas pelo ConselhoMunicipal de PolíticaCultural.

Apoiar e incentivar asdiversas manifestaçõesculturais e artísticas locais demodo efetivo, sistemático,democrático e continuado,por meio do financiamentodireto ou da captação derecursos através do sistemade incentivos fiscais,

Contribuir para apreservação, proteção edifusão dos valoresmateriais e imateriais dopatrimônio cultural,histórico, natural e artísticode Fortaleza;

Promover a transferência derecursos da União e doEstado do Ceará para oMunicípio de Fortaleza paraa implementação do SMFC,através de convênios,transferências fundo a fundo

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Conselho Municipalde Política Cultural.

Principio daDemocracia, osprogramas, projetose ações culturaisrealizados comrecursos do poderpúblico viaSecretaria deCultura doMunicípio, total ouparcialmente,deverão preverformas dedemocratização doacesso aos bens eserviços resultantes.

outros órgãos eentidades daadministração públicamunicipal.

e outros instrumentosjurídicos que financiemações conjuntas entre essesníveis federados;

LEI N° 9989, DE28 DE DEZEMBRODE 2012. Instituio Plano Municipalde Cultura deFortaleza e dáoutrasprovidências

Principio daDemocracia,democratização egarantia do amploacesso aos bensculturais;

Principio datransparência eisonomia, criarinstrumentos quegarantam atransparência dosrecursosempregados nacultura através deavaliações definidasjunto ao ConselhoMunicipal dePolítica Cultural;

Principio dalegalidade,regulamentar osinstrumentos legaisrelacionados àspolíticas culturais;

Participação social naimplantação e gestão depolíticas públicas decultura;

Cultura como um setorestratégico para odesenvolvimentosocioeconômicosustentável;

Descentralizaçãoterritorial da gestão edas ações culturais doMunicípio;

Intersetorialidade etransversalidade dacultura a todas as demaispolíticas públicas domunicípio, valorizando aconstrução coletiva defazeres e saberes;

Regulamentar, manter eaperfeiçoar o SistemaMunicipal de Cultura,

Identificar, proteger,valorizar e difundir opatrimônio cultural deFortaleza;

Promover a formaçãocontínua em arte e cultura,contemplando as linguagensartísticas e os profissionaisda cultura nos territórios dacidade;

Desenvolver umacomunicação públicaespecífica para a cultura,valorizando a construçãocoletiva de fazeres e saberes.

Fortalecer as políticaspúblicas e da gestão dacultura através daconsolidação de sistemasintegrados de informação,mapeamento emonitoramento;

Promover e democratizar oacesso da população a

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produção, difusão, circulaçãoe fruição dos bens e serviçosculturais;

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3 Visão de futuro, objetivos, metas e diretrizes

Para elaborar as bases para o Plano Estratégico de Economia Criativa em Fortaleza foi utilizado, comoorientação das discussões em grupo, as visões de futuro, objetivos e metas levantadas anteriormentepara o Eixo 5 - Dinamização econômica e inclusão produtiva, o eixo em que a Economia Criativa estáinserida.

Visão de Futuro Uma cidade criativa, inovadora, inteligente e empreendedora, conectada com as cidadescriativas do mundo, reconhecida pela desconcentração da sua infraestrutura, pelaqualidade dos seus bens e serviços criativos, pela competência e competitividade dos seusprofissionais, pelos princípios da sustentabilidade, inovação, diversidade cultural e inclusãosocial de seu modelo de economia criativa.

Eixo e Objetivosestratégicosrelacionados

Eixo 5 - Dinamização econômica e inclusão produtiva5.1. Estrutura produtiva e de serviços ampliada e diversificada;5.2. Setores econômicos consolidados mais competitivos e de alto valor agregado;5.3. Atividades promotoras de inclusão produtiva dinamizadas.

Objetivosespecíficos

Levantar, sistematizar e monitorar as informações e dados sobre a Economia Criativapara a formulação de políticas públicas;

Fomentar a sustentabilidade de empreendimentos criativos para fortalecer suacompetitividade e a geração de emprego e renda;

Formar gestores e profissionais para os setores criativos com vistas a qualificar osempreendimentos, bens e serviços;

Ampliar a institucionalização da Economia Criativa nos territórios visando aodesenvolvimento local e regional;

Criar e adequar marcos legais para o fortalecimento dos setores criativos. Criar e adequar infraestrutura para o desenvolvimento da economia criativa.

Metas eresultadosesperados

Os setores criativos representarão 6% do PIB da cidade; 1/3 da população ativa da cidade trabalhará na economia criativa; Serão formalizados de 50% dos profissionais informais; Será institucionalizado um distrito criativo em cada regional (seja pela vocação, ou seja

pela indução) com incubadoras, startup, clusters criativos; Serão triplicados os cursos (livres e formais) voltados aos setores criativos; Será implementado a formação para a criatividade e o empreendedorismos para todas as

escolas de Fortaleza; Será criada uma agência de desenvolvimento da economia criativa em Fortaleza; Será criado o Conselho de Economia Criativa de Fortaleza. Será criado um observatório da economia criativa na cidade.

Diretrizes paraimplementaçãodo Plano

Apoio a novas modalidades de financiamento; Criação de um ecossistema favorável às dinâmicas econômicas dos setores criativos; Incentivo ao empreendedorismo criativo; Sinergia de políticas, programas e ações de economia criativa entre as pastas do Governo

Municipal; Sinergia de políticas, programas e ações entre Governo, Universidades e Empresas.

Em função da transversalidade da temática da Economia Criativa, o Plano ora apresentado é fruto deum diálogo próximo e necessário com as áreas da Cultura e da Tecnologia da Informação eComunicação, fundamentais e estratégicas para as dinâmicas econômicas dos setores culturais ecriativos. Nesse sentido, parte das ações aqui apresentadas, foram construídas de forma integradacom as áreas citadas. Ressaltamos que para integrarmos as políticas, programas e ações da

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econômica criativa com a cultura e as tecnologias da informação, desenvolvemos um glossário, queconsagra categorias e conceitos comuns, necessários à efetivação da transversalidade da economiacriativa aqui defendida. O conceito de Território Cultural, Inteligente e Criativo (CIC) passa a seconstituir a base sobre a qual o Plano se desenha, buscando avançar no desenvolvimentoterritorial/local a partir da economia criativa, essa compreendida enquanto as dinâmicas econômicasproduzidas por meio de ativos culturais e tecnológicos. Vide glossário a seguir:

Territórios Culturais, Inteligentes e Criativos são aqueles que valorizam, apoiam, promovem efomentam o protagonismos e o acesso à cultura, à tecnologia e à criatividade de seushabitantes, garantindo–lhes o direito à cidade por meio dos princípios da inclusãosocial/produtiva, da diversidade cultural, da sustentabilidade, da conectividade e da inovação.

Equipamentos são espaços ditados de infraestrutura para a criação, produção, distribuição,consumo/fruição de bens e serviços educacionais, culturais, tecnológicos e criativos. Ex.: escolas,universidades, teatros, cinemas, praças, centros culturais, parques tecnológicos, incubadoras,Balcão de Atendimento aos Criativos (BAC).

Espaços naturais são ambientes naturais situados na cidade apropriados pela população paraatividades de lazer, cultura, turismo, esporte entre outras práticas sociais.

Polos CIC são aqueles representados por conjunto de equipamentos integrados (institucional,territorial, tecnológico, cultural, econômico etc).

Corredores CIC são vias / espaços urbanos de conexão /integração entre Polos CICs Bairros CIC são aqueles que possuem uma relação proporcional entre seus equipamentos

culturais, tecnológicos e criativos à sua população (relação equipamento/habitante), corredoresCICs proporcionais ao território, potencializando a autonomia dos seus habitantes no que serefere a qualidade de vida, convivência pacífica e sentimento de pertença.

Distritos CIC são espaços físico da cidade em que ocorre um processo indutivo ou depotencialização de vocações locais para o desenvolvimento econômico que produz sinergias apartir da estruturação de clusters e/ou apls voltados as dinâmicas econômicas culturais,tecnológicas e criativas através da estímulo à criação de startups, incubadoras, espaços decoworking de variados segmentos.

Cidade CIC é aquela que é reconhecida pela formulação, implantação e monitoramento depolíticas públicas que valorizam, apoiam, promovem e fomentam a cultura, a tecnologia e acriatividade a partir dos princípios da inclusão social/produtiva, diversidade cultural,sustentabilidade, conectividade e inovação.

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4. Bases para o Plano de Ação

DESAFIO / LINHA DE AÇÃO 1:INFRAESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO DOS TERRITÓRIOSCRIATIVOS

Criar e adequar infraestrutura para o desenvolvimento da economia criativa nos bairros deFortaleza

AÇÕES,PROJETOS E

SUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁV

EL

Custos

Criarinfraestruturapara apotencializaçãodas dinâmicaseconômicas dosclusterscriativos nosdiversos bairrosda cidade

Criação e/ouadaptação deespaços, osDistritos Cics,paracowoorking/startups edemaisarranjosprodutivos

Unidades porconcentraçãode Polos Cics

6 2040

Implantar osBalcões deAtendimentoaos Criativos(BACs)

Construçãoe/ou adaptaçãode espaçospara aimplantaçãodos escritóriosdeatendimentodosprofissionaiscriativos.

Número deBACsimplantados eemfuncionamento

119(umem

cadabairro

)

2040

Criar umaplataformadigital em prolda divulgação,circulação ecomercializaçãode bens eserviçoscriativos queconecta ospolos criativos.

Reestruturar aplataformadigital (RedeSocial dosCriativos) comperfil/portfólio/com ênfase naeconomiacriativa.

Criar uma RedeSocial dosCriativos(Fortaleza - CE)-Ex: Linked In

Plataforma deMapa daEconomiaCriativa criada

100%

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Criação eutilização deespaços físicosde venda dosprodutoscriativos parareforçar oscorredores cic.

Organizar feirascolaborativascom toda aestrutura debarracas ouestandes, empontos degrandecirculação depessoas nasRegionais,semanalmente,comapresentaçõesculturais eexposições.

Disponibilizarpara asdiversasorganizaçõescriativas,espaçosociosos dacidade deFortaleza parao usocomercial,criação edistribuição debens e serviçoscriativos.

Criar lojas paraa venda deprodutoscriativos apartir dosquiosques dosterminais deônibus erodoviárias.

Número deespaços criadospor Polo CIC

1

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Criação eimplementaçãoda PlataformaFortaleza MediaMap: Ambientevirtual quefuncionarácomo canal decomunicação,ar culação einformação daspolíticas,programas,ações, projetos,iniciativas,eventos,oportunidadesde negócios econteúdosformativos,servindo comosuporte da Redede EspaçosCulturais,Inteligentes eCriativos.

Parceria com aFundação deCiência,Tecnologia eInovação paraodesenvolvimento do FortalezaMedia Map;integrando-oao SistemaNacional deInformações eIndicadoresCulturais(SNIIC), e oObservatórioda EconomiaCriativa deFortaleza(OBEC).

Mapear comgeo-referenciamento osempreendimentos criativos(paradiagnóstico emensuraçãodos impactosdos mesmos naeconomia deFortaleza,formais einformais)assim como dasfestas eeventos comvistas àelaboração deum calendáriopara a cidade(IPECE).

FortalezaMedia Mapcriado

100% 2020

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Criação do siteFortalezaCriativa napágina daPrefeituraMunicipal

Criaçãocolaborativacom osespecialistasdos setorescriativos paraespecificaçãoda categorias /conteúdos.

Site criado 100% 2018

Criação deaplicativosvoltados para ocampo daeconomiacriativa,contemplandodifusão deprodutos eserviços, gestãoe aprendizagem.

Aplicativo degeolocalizaçãode iniciativasda economiacriativa deFortaleza,como feiras,ateliês, espaçosculturais ecoletivosprodutivos.

Aplicativospara gestão denegócios(contabilidade,controle deestoques parapequenosnegócios -plano denegócio.

Aplicativosparaaprendizagem,inclusivegames.

Aplicativoscriados 100% 2018

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DESAFIO / LINHA DE AÇÃO 2: FOMENTO

Articulação e estímulo ao fomento de empreendimentos criativos

Parceiros de fomento

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PROGRAMA 1 - LINHAS DE CRÉDITO PARA EMPREENDIMENTOS CRIATIVOS

AÇÕES,PROJETOS E

SUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

LCustos

CréditoOrientado doBanco doNordeste:Concessão decrédito eassessoriatécnica amicro epequenosempreendimentos dossetorescriativos.

Credenciamento do Banco doNordeste paraoperar a linhade crédito comassessoriatécnica;Seleção públicadosempreendimentos tomadoresdo crédito;Campanha demobilização deempreendedores criativospara acesso aocrédito..

Número deoperações decrédito porano

1000 Anual

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PROGERUrbano -Investimento- Micro ePequenasEmpresasCriativas:Customizaçãode linha decrédito doPrograma deGeração deEmprego eRenda doBanco doBrasil comvistas aoapoiofinanceiroparainvestimento,com ou semcapital de giroassociado

Adequação dascondições egarantiasdeoperaçãode créditoàsespecificidades dasempresasatuantesnos setorescriativos; Campanha demobilização deempreendedorescriativospara acessoao crédito; Capacitação dosprofissionaisque atuamnas agênciasdo Banco doBrasil paraatendimentoaosempreendedorescriativos.

% dasoperações decrédito doPROGERdestinados amicro epequenosempreendimentos criativos.

10% Anual

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Oferta delinhas deMicrocréditoOrientado:Adequaçãodas regras denegócios daslinhas demicrocréditoprodutivoorientado, jáofertadas porBancosOficiais, paraatender àscaracterísticas enecessidadesdos setorescriativosintegrantesdossegmentos daeconomiapopular.

Realização decampanha deesclarecimentoaosprofissionaisatuantesnossetorescriativos;

Capacitação dosprofissionais queatuamnasagênciasbancárias paraatendimento aosempreendedorescriativos.

% dasoperações decréditodestinados amicro epequenosempreendimentos criativos.

20% Anual

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Disponibilizarlinhas definanciamento/microcrédito, levando emconta asdemandas eperfis dosprofissionaiseempreendedores criativos,contemplando, inclusive, ageração edisseminaçãodoconhecimento sobreprocessos eprodutoscriativosinovadores;tendo comoreferênciamodelos deinvestimentode risco e nãoreembolsáveis.

Criação edisponibilizaçãodaslinhas definanciamento /microcrédito

Articularcombancospúblicoseprivadosalternativas definanciamentopararedes deeconomiacriativa.

Número delinhas decréditosofertadas

50 Anual

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PROGRAMA 2: Promoção da exportação de produtos criativos

AÇÕES,PROJETOS E

SUBPROJETOS

Estratégia deImplementação INDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Internacionalização de bense serviçoscriativosbrasileiros:Internacionalização deprodutoscriativos pormeio doinvestimentoemprospecçãode mercados,capacitaçãodeprofissionaise promoçãode eventosinternacionais.

Acordo deCooperação coma Apex-Brasilcom foco em:- investimentoem capacitaçãopara ofortalecimentoda atuação doempreendedorcriativo nocomércioexterior;- promoçãocomercial debens e serviçoscriativos, pormeio daparticipação emfeirasinternacionais,missõescomerciais,rodadas denegócios, visitasde importadoresetc.

Número deempreendedorescapacitadospor ano;

Número deações depromoçõesrealizadas porano

200

50ações

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PROGRAMA 3: Parques tecnológicos, incubadoras de empreendimentos criativos e DistritosCulturais, Inteligentes e Craitivos

AÇÕES,PROJETOS E

SUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Fomento àcriação efortalecimento deincubadorasdeempreendimentoscriativos:Linha defomento àcriação efortalecimento deincubadorasdeempreendimentos criativos.

Lançamento deedital defomento paraapoiar a criaçãoe amodernizaçãode incubadorasdeempreendimentos criativos

Número deincubadorascriadas(mínimo deuma porDistrito CIC);

6

2040

Fomento aparquestecnológicos:Linha defomento aparquestecnológicosque abriguemempreendimentos criativosparaaquisição deequipamentos, capacitaçãode pessoal econtrataçãode serviçosespecializados.

Lançamento deedital defomento paracriação econsolidaçãodeempreendimentos criativosnos parquestecnológicos.

Número deparquestecnológicos

6 2040

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Fomento acriação doDistrito CICpara osnegóciosculturais,inteligentes ecriativos:Linha defomento queabriguemempreendimentos criativosparaaquisição deequipamentos, capacitaçãode pessoal econtrataçãode serviçosespecializados.

Implantaçãodos Distritos de(i) MODA,DESIGN ePUBLICIDADE;(ii)AUDIOVISUAL,MÚSICA,GAMES eAPPs.(iii) CIRCO,TEATRO eDANCA;(iv)LIVRO/LITERATURA,PERIÓDICOS eHQ; (v)PATRIMÔNIOCULTURAL,ARQUITETURAE URBANISMO;(vi) MUSEUS eARTES VISUAIS.

Número deDistritos 6 2040

Audiovisual, Música eGames/Ap

ps:BENFICA

Moda,Design e

Publicidade: EDSONQUEIROZ

CIRCO,TEATRO eDANCA:Música:ITAPERI

PatrimônioCultural,

Arquitetura e

Urbanismo: CENTRO

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PROGRAMA 4 : REDE DE ESPAÇOS CULTURAIS, INTELIGENTES E CRIATIVOS - RECIC

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Articulações nacionais e internacionais

RECIC

MinC / MDIC / MCTI

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Articulações Estaduais

RECIC

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AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Criar parceria daRede de EspaçosCulturais,Inteligentes eCriativos com outrasredes de economiacriativa nomunicípio, estado,união eorganizaçõesinternacionais parao desenvolvimentoda economiacriativa: instituiçõesde ensino superior ede formação livre,agências defomento e dedesenvolvimento,organizações decapacitação técnicae de promoção edifusão,organizaçõesassociativas, redesdos Pontos deCultura, CEUs dasArtes, redes ecoletivoscolaborativos dasociedade civil,entre outrasorganizações einstituições comfoco nodesenvolvimentodos setores criativosbrasileiros.

Articulação e pactuaçãode parceriaspara odesenvolvimento de açõesintegradas deformação efomento; Conexãodos parceirospor meio doPlataformaFortalezaCriativa; Realização de semináriosda RedeFortalezaCriativa paratroca deexperiências,avaliação deaçõesimplementadas.

Rede deEspaçosCulturais,Inteligentes eCriativosinstalada.

100% 2030

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Implantação deAgência deDesenvolvimentoda EconomiaCriativa deFortaleza –ADEC:Agênciamunicipal voltadaao fomento,atendimento esuporte técnico aprofissionaiscriativos com afinalidade dequalificar a gestãode projetos e denegócios de micro epequenosempreendimentoscriativos.

Atribuições doPrefeituraArticulação epactuação comas pastas ;Investimentofinanceiro paraimplantação daAMDEC;Suporte técnicoe metodológicopara o seufuncionamentoArticulação deparcerias comoutras agênciasde fomento edesenvolvimento, com oSistema S,organizaçõesde formação ecom outrosministérios.Disponibilização de espaçofísico próprio eadequado ànatureza dosserviçosoferecidos,Administraçãoe operação daADECArticulação deparcerias emnível local.nosparquestecnológicos.

ADECimplantada 100% 2025

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PROGRAMA 5: FOMENTO A CRIAÇÃO, PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E CONSUMO DE BENS E SERVIÇOSCRIATIVOS

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Fomentar circuitositinerantes de bense serviços criativos.

Fomentar circuitosde redes ecoletivos.

Apoiar a circulação/distribuição debens e serviçoscriativos.

Criação do Site"CaravanaCriativa".

Criação do APP"CaravanaCriativa".

Criação de linksnos sites dasinstituiçõespúblicas eparceirosvoltados para aeconomiacriativa.Criação do Site"CaravanaCriativa".

Criação do APP"CaravanaCriativa".

Criação de linksnos sites dasinstituiçõespúblicas eparceirosvoltados para aeconomiacriativa.

Criação dasferramentas 100%

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Garantir o aportede recursosfinanceiros elogística deinstituiçõespúblicas, privadas eo terceiro setor,para apoio àcirculação e fruiçãode bens e serviçosda economiacriativa.

Lançamento deeditais anuaiscomabrangência deações voltadaspara economiacriativa(mecenas/incentivo às artes).\

Criação daCertificação deReconhecimento do Selo daEconomiaCriativa.

Números deeditaislançados porano

Selo daEconomiaCriativacriado.

Número deprodutoscertificadospor ano

15(umparacadasetorcriativ

o)

100%

50

Identificar,diversificar,expandir e divulgarmecanismos definanciamentopúblicos e privados.

Realizaranualmenteeventoitinerantearticulado comagências definanciamentopúblicas eprivadas, paradivulgar ocardápio demecanismos definanciamentoe microcrédito.

Eventoitinerante/an

o

1evento

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Estimular a criaçãoe fortalecer asentidades,associaçõesrepresentativas dasredes, cadeiasprodutivas,cooperativas ecoletivos.

Articular osministérios, assecretariasestaduais emunicipais decultura, deciência etecnologia eoutras pastasrelacionadaspara acesso aofinanciamentoatravés dosfundos decultura paraaçõesestruturantes,beneficiandoinstituiçõesmapeadas naseguinteproporção:30% até 2020;70% até 2025 e100% até 2030.

Criar programade consultoriase capacitaçõespara a criação egestão deinstituiçõesrepresentativas/associativas dasociedade civil.

Realizar,anualmente,evento doPanorama daArte e Culturade Fortalezacom mostras,espetáculos,feiras eexibições.

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Criação da FeiraItinerante daEconomia Criativanos bairros deFortaleza:Disseminação doconhecimento,atores, desafios, dosempreendimentos edos mercados daeconomia criativa

Criar umevento/feira/rodada denegócios anualde caráteritinerante paraa circulação deprodutosoriundos daeconomiacriativa.

Feira Criada 100%

DESAFIO/ LINHA DE AÇÃO 3:FORMAÇÃO PARA PROFISSIONAIS E EMPREENDEDORES CRIATIVOSEducação para competências criativas

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementação INDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVEL

Custos

Promoção de FormaçãoInicial e Continuada –FIC voltada para ascadeias produtivas dossetores criativos: Ofertade Formação Inicial eContinuada – FIC, deacordo com catálogo decursos do PRONATEC,com foco na regiãometropolitana.

Identificação e articulaçãode demandasde formaçãojunto aPrefeitura paraoferta de cursosFIC doProgramaNacional deacesso aoEnsino Técnicoe Emprego –PRONATEC.

Número de vagaspor ano 2000

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Promoção de cursosprofissionalizantesvoltados para as cadeiasprodutivas dos setorescriativos: Oferta decursos de qualificaçãoprofissional voltadospara as cadeiasprodutivas dos setorescriativos dos ArranjosProdutivos Locais – APLs,distritos e bairroscriativos.

Articulação com asComissõesEstaduais doTrabalho para aconstituição daComissão deConcertação paraelaboração doprojeto deformação noâmbito do PlanoSetorial deQualificação –PLANSEQ, deacordo com asdemandas dossetores criativosnos territórios. Oprojeto detalhadocontempla aidentificação deco-financiadores(estados,municípios,sindicatos, outrasentidades,investidores e oMTE/FAT)

% das vagasofertadas peloPLANSEQ/FAT.

5% 2025

Criação do Pró-CearáCriativo junto àsSecretarias Municipal eEstadual de Educação eCiência e Tecnologia:para a oferta de cursosde especialização emgestão de territórios eempreendimentoscriativos; estímulo alinhas de pesquisa emprogramas com áreas deconcentração afetas àtemática da economiacriativa; edisponibilização de umaplataforma digital deconteúdos multimídiavoltados para aformação deprofissionais eempreendedores

Lançamento doEdital Pró-CearáCriativo, emparceria com assecretariasestadual emunicipal deeducação e ciênciae tecnologia e aFUNCAP para aconcessão deapoio financeiro aprojetos depesquisa.

Número debolsas paraprojetos depesquisa/ano

50

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Formação da Rede CVTpara os setores criativosna RMF - CentroVocacional Tecnológico:voltados para acapacitação efortalecimento deArranjos ProdutivosLocais (APLs) criativos.

Implantação deCVTs na RMF:- Prospecção dosarranjosprodutivos locaiscriativos nosdistritos e bairrosda cidade , assimcomo na RMF- Articulação comentes federados;- Lançamento deedital paraimplantação dosCVTs;- Seleção,pactuação erepasse derecursos parauniversidadespúblicas;- Identificação deCVTs com ofertade capacitaçãopara os setorescriativos;- Lançamento deedital demodernizaçãopara CVTslocalizados emFortaleza e RegiãoMetropolitana quese relacionam comAPLs criativos;- Seleção de CVTs;- Pactuação erepasse derecursos;- Intermediação daoferta de cursosarticulada com a“Rede CriativaFortaleza

Número de CVTsimplantados

Número de CVtsmodernizados

10

20

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Certificação paraprofissionais da área dacultura – CERTIFIC:Certificação deprofissionais da área dacultura/criativaindependente da suaescolaridade por meiodo programa CERTIFIC

Definição peloMinC dos saberesque deverão sercertificados;Mapeamento dosprofissionais quedetêm estessaberes;Lançamento deedital para acriação de perfisde certificaçãodesses saberes pormeio do programaCERTIFIC.

Número deprofissionaiscertificados porano

1000

Formação de GestoresPúblicos em EconomiaCriativa para Fortaleza:Realização de cursospara a formação deConselheiros e Gestoresda Economia Criativaalinhados com o SistemaNacional de Cultura -SNC.

Parceria por meiode termos decooperação comuniversidadesfederais oucelebração deconvênios comórgãos estaduaisde cultura,unidades doSistema S econsórciosmunicipais.

Número degestorescapacitados porano

100 Anual

Seminários “EconomiaCriativa eUniversidade”:Seminários anuais comas universidadespúblicas e privadas emFortaleza e com o IFCEpara articulação,reflexão e formulaçãodas políticas públicaspara a formaçãosuperior do campocultural.

Parceria com asinstituiçõespúblicas de ensinosuperior para arealização doSeminário.

Semináriosrealizados/ano 1

Estímulo à criação decursos de extensão emeconomia criativa nasuniversidades, IFCE eSistema S

Parceria com asinstituições deformação (IFEs,CVTs, Centec,Senac, Senai,Sebrae, etc.) paracriação de cursosde formação paraos setores culturaise criativos comênfase noempreendedorismo e gestão

Quantidade denovos cursos 100

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Programa de FormaçãoLivre em Gestão deProjetos eEmpreendimentosCriativos: Oferta decursos em gestão deprojetos eempreendimentoscriativos.

Articulação epactuação cominstituiçõespúblicas e privadasde ensino paradesenvolvimentode conteúdo;

Utilização deplataformas deensino a distânciapara a realizaçãodos cursos;

Oferta dos cursospor meio da RECIC

Número decursos criados

Número deprofissionaiscapacitados

50

1000

Graduação e PósGraduação emEconomia Criativa

Parceria com aUECE para criaçãode Graduação ePós Graduação emEconomia Criativa

Graduação e Póscriadas 100% 2020

Desenvolver oficinas ecursos livres

Desenvolveroficinas e cursoslivres para ossetores e criativosque possamacontecer emcentros culturais,Cucas, Vila dasArtes, além deoutros espaços nosbairros periféricosde Fortaleza,coordenados peloInstituto Municipalde Formação paraEconomia Criativa

Oficinas e cursoslivres criados 200

Ensino das artes nomunicípio

Cumprimentoefetivo do ensinodas artes nasescolas municipais

% cobertura nasescolasmunicipais

25%50%75%100%

2017201920212023

Formação e qualificaçãode professores paraensino das artes

Formarprofessores equalificar osexistentes para setornaremprofessores doensino das artesnas escolasmunicipais.

% cobertura nasescolasmunicipais

25%50%75%100%

2017201920212023

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Desenvolvimento deItinerários Formativospara os profissionais dossetores criativos

Construiritineráriosformativos levandoem consideração aformação livre eformal para ossetores culturais ecriativos.

% cobertura nacidade deFortaleza

100% 2024

Mapeamento da ofertade formação para osprofissionais criativos

Realizar omapeamento daoferta de formaçãopara osprofissionaiscriativos domunicípio paraalimentar aplataformaFortaleza MediaMap

Mapeamentorealizado 100% Anual

DESAFIO/ LINHA DE AÇÃO 4:INSTITUCIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA CRIATIVA

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Criação daSecretariaMunicipal daEconomia Criativa -SMEC:institucionalização da temática daEconomia Criativana prefeitura,estimulando suatransversalidadecom as temáticas daCiência &Tecnologia,DesenvolvimentoEconômico,Educação, Turismo eTrabalho &Emprego, entreoutras pastas.

- Criar decretomunicipalampliando oorganogramapara incluirnovasecretaria.

Institucionalização daSecretariaMunicipal daEconomiaCriativa

SMECcriada 2017 Fortaleza

Prefeitura

Municipal

Chefe doPoder

ExecutivoMunicipal

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Criação da AgênciaMunicipal daEconomia Criativa -AGEC

- Criar decretomunicipalampliando oorganogramapara criação davinculada daSMEC

Institucionalização daAgênciaMunicipal daEconomiaCriativa

AMECcriada 2017 Fortaleza

Prefeitura

Municipal

Chefe doPoder

ExecutivoMunicipal

Criação InstitutoMunicipal deFormação daEconomia Criativa -IMEC

- Criar decretomunicipalampliando oorganogramapara criação davinculada daSMEC

Institucionalização doInstitutoMunicipal daEconomiaCriativa

IMECcriado 2017 Fortaleza

Prefeitura

Municipal

Chefe doPoder

ExecutivoMunicipal

Criação Fundaçãode Comunicação eProdução deConteúdos

- Criar decretomunicipalampliando oorganogramapara criação davinculada daSMEC

Institucionalização daFundação deComunicaçãoe Produçãode Conteúdos

Fundaçãocriada 2017 Fortaleza

Prefeitura

Municipal

Chefe doPoder

ExecutivoMunicipal

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Criação do Fórumda EconomiaCriativa da RMF

Darinstitucionalidade etransversatilidade às políticaspúblicas daeconomiacriativa deFortaleza. Ofórum seráconstituídopelas pastasmunicipais queformulamprogramas eações para ossetoresculturais ecriativos, taiscomo Iplanfor,Fundação deCiência,Tecnologia einovação,SECULTFOR,Secult-CE,Setur, SME,Secretaria deEsportes e SDE.O fórumtambém seráconstituído derepresentantesdos setoresculturais ecriativos,universidades,agências defomento,sistema S edemaisinstituiçõesrepresentativasdo campo daeconomiacriativa. Ofórum teránaturezaconsultiva edeliberativa.

Institucionalização doFórum

Fórumcriado

2018

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DESAFIO/ LINHA DE AÇÃO 5: CRIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DE MARCOS LEGAIS PARA A ECONOMIACRIATIVA

Marco regulatório: proposta de alteração com justificativa e instrumento legal aalterar/institucionalidade da economia criativa

Em relação aos marcos legais para os setores criativos é necessário enfatizar que grande parte delessão oriundos da produção legislativas das Assembleias Estaduais e do congresso Nacional, não sendoda responsabilidade do município. Por isso o Plano Municipal de Econômica Criativa deverá prever oacompanhamento de marcos legais estaduais e federais relativos as dinâmicas econômicas dossetores criativos. Citamos a seguir, alguns exemplos de legislação atinentes a competência federal.

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DIREITO AUTORAL

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementação INDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVEL

Custos

Acompanhamento dalei do Direito Autoral:Tramitação do Projetode Lei de Revisão daLei de Direito Autoral -Lei nº 9.610/98

Alteração da Leinº 9.610/98,incluindo noArt. 4º,disposições quedefinemcritérios pararevisão ouresolução doscontratos(lesão,onerosidadeexcessiva einexperiência),no Art. 5º e no52 - A, oestímulo ao usode licenças aoinvés de cessão,e no Art. 53 adistinção entrecontratos deedição e decessão. Criar,ainda,mecanismo quepermita agestão coletivada obraaudiovisual,beneficiandodiretores,roteiristas,atores,dubladores eprodutores.consumidor.

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Estímulo a queos autores dedesignsregistrem suascriaçõestambémenquanto obrasprotegidas pordireitoautoral, criandomecanismosque permitam arealização decontratos maisequilibradosentre taiscriadores e asempresas queregistram suascriações comodesign;estimular acriação decooperativas decriadores dedesign, visandoa exploração detais criaçõesCriação domarco legal deproteção aosConhecimentosTradicionais,que prevejaumaproteção suigeneris, nocampo dosdireitosintelectuais,para além dosconhecimentosassociados àbiodiversidade.

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Criação domarco legal deproteção àsExpressõesCulturaisTradicionais ,que prevejaumaproteção suigeneris, nocampo dosdireitosintelectuais, para além dosconhecimentosassociados àbiodiversidade.

Criação deinstânciacertificadoraem Fortalezapara osprodutosrelacionadosaosConhecimentose às ExpressõesCulturaisTradicionais deforma apossibilitar queas populaçõestradicionais dopaís utilizeminstrumentosexistentes nocampo dapropriedadeintelectual,como marcascoletivas,marcas decertificação,denominaçõesde origem eindicações deprocedência.

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Criação domarco legal deproteção àsExpressõesCulturaisTradicionais ,que prevejaumaproteção suigeneris, nocampo dosdireitosintelectuais, para além dosconhecimentosassociados àbiodiversidade.

Criação deinstânciacertificadorapara osprodutosrelacionadosaosConhecimentose às ExpressõesCulturaisTradicionais, de forma apossibilitar queas populaçõestradicionais dopaís utilizeminstrumentosexistentes nocampo dapropriedadeintelectual,como marcascoletivas,marcas decertificação,denominaçõesde origem eindicações deprocedência.

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SIMPLES NACIONAL

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Lei de Ampliaçãodo Super Simples :Ampliação doescopo da LeiComplementar123/2006 (Estatutoda Microempresa eEmpresa dePequeno Porte)para incluir osempreendedores eprestadores deserviços criativos

Alteração daResoluçãoCGSN nº 77/10do ComitêGestor doSimplesNacional(CGSN) parainclusão dosseguintessetorescriativos:- 9002-7/01 -

Atividades deartistasplásticos,jornalistasindependentes e escritores;

- 9493-6/00 -Atividades deorganizaçõesassociativasligadas à -cultura e à arte;- 7410-2/01 –

Design;- 7111-1/00 -

Serviços dearquitetura; Ediçãoda LeiComplementarpara ampliar oSIMPLES DACULTURA(inclusão dossetores demoda, games,animação,produçãocultural).

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FOLHA DE PAGAMENTO

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Desoneração dasfolhas depagamento:Substituição dacontribuiçãopatronal ao INSS de20% (porempregado) para orecolhimento daalíquota de 1,5%sobre a receitabruta dosempreendimentosde micro e pequenoportes.

Alteração da Lei nº12.546/11(artigos 7º e8º), produçãocultural).

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DESONERAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E EQUIPAMENTOS

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Redução dealíquotas deimportação deequipamentos ebens de capital:Desoneraçãotributária naimportação deinsumos,equipamentos,partes, peças eacessórios semsimilares nacionaispara os setores dedesign, arquitetura,games, cinema eanimação.

Inclusão na lista dosEX-TARIFÁRIOS(MDIC) deinsumos,equipamentos,partes, peças eacessórios semsimilaresnacionais.

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EFICIÊNCIA TRIBUTÁRIA

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Desoneração doImposto de Rendasobre o LucroPresumido, CSLL,PIS E COFINS dacadeia produtivainerente àprodução cultural edeeventos:Concessãode tratamentoanálogo aodispensado àsagências depublicidade paraefeito dedesoneração doimposto de rendasobre o lucropresumido, CSLL, PISE COFINS.

Publicação deparecernormativo daCoordenaçãodo Sistema deTributação daReceita Federalque inclua asprodutorasculturais e deeventos;- Alteração daLei nº 7.450/85no Art. 53, emseus inciso II eno parágrafoúnico, incluindoas produtorasculturais e deeventos..

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AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

REGULAMENTAÇÃOPROFISSIONAL DAATIVIDADE DEPRODUÇÃOCULTURAL:Proposição deProjeto de Leivisando àregulamentação dasatividades deprodução cultural

- Elaboraçãode Projetode Lei emparceriacom oMinistériodo Trabalhoe Emprego earticulaçãocom oCongressoNacional.

- Articulaçãopara aconclusão datramitação noCongressoNacional.

PROPOSTA DE LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementaçã

oINDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVE

L

Custos

Lei Municipal dosMestres da CulturaPopular:instituindoo Programa deProteção ePromoção dosMestres e Mestrasdos saberes efazeres das culturaspopulares.

Apresentaçãode Lei naCâmara dosVereadores

Criação de LeiMunicipal deFomento eIncentivo à Culturaque institui oPrograma Municipalde Fomento eIncentivo à Cultura

Redação doprojeto de leiArticulaçãopara aaprovaçãojunto à Câmarade Vereadores

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Criação do SistemaMunicipal deEconomia Criativade Fortaleza.

Elaboração deum marco legalpara aeconomiacriativa deFortalezaCriação de umConselhoGestor para oSistemaMunicipal deEconomiaCriativa deFortalezaCriação de umfundofinanceiro paraa manutençãodo SistemaMunicipal deEconomiaCriativa.

Projeto de Leiinstituindo eregulamentandobairros, distritose/ou polos criativosincluindo-os na LeiOrgânica doMunicípio deFortaleza.

Elaboração eaprovação deprojeto de lei.

Projeto de Lei para acriaçãoda SecretariaMunicipal daEconomia Criativa /Agência Municipalda EconomiaCriativa / InstitutoMunicipal deFormação paraEconomia Criativa eFundação deComunicação eProdução deConteúdo.

Projeto de Lei para aisenção fiscal oucompensação socialpara investidores.

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DESAFIO/ LINHA DE AÇÃO 6: PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO E CONHCIMENTO SOBRE A CONOMIACRIATIVA

Levantamento de informações e dados sobre a economia criativa

AÇÕES, PROJETOS ESUBPROJETOS

Estratégia deImplementação INDICADORES Meta PRAZO Localidade Parceiros RESPONSÁVEL

Custos

Produzir,sistematizar, difundire monitorarinformaçõesestratégicas sobre aEconomia Criativa deFortaleza: Conjuntode agentes públicos eprivados articuladosem rede e mediadospor meio deplataforma eletrônicade dados ecomunicaçãogerenciada pelaPrefeitura / Secretariada Economia Criativa,para a produção,sistematização,monitoramento edifusão deinformações sobre aeconomia criativa.

-IMPLEMENTAÇÃO EOPERACIONALIZAÇÃO DAUNIDADECOORDENADORA MUNICIPAL(Observatórioda EconomiaCriativa deFortaleza –OBEC). Criação daunidadecoordenadoramunicipal darede;. Constituição deequipe técnicado OBEC;. Articulação epactuação cominstituições eorganismosnacionais deapoio à pesquisae de produção eanálise de dadoseconômicos esócio-demográficos(CNPq, SPC,IBGE, IPEA,FCRB);. Implementaçãoda estrutura degovernança darede.estado dafederação e noDF.

Criação doOBEC

Criação daconta satélitemunicipal dacultura

100% 2020

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Criação doObservatório daEconomia Criativa -OBEC

Parceria comoEstado para acriação do OBECna UniversidadeEstadual doCeará

Institucionalização do OBECCE, apartir daestruturação doseuorganograma,recursoshumanos,financeiro-orçamentários einfraestruturafísica e virtual.

Criação doOBEC 100% 2020

Sistema deinformações eindicadores

Criar um sistemade informações eindicadores paraos setorescriativos deFortaleza(SIINCC).

Construção deplataforma capazreceber dadosrelativos àeconomiacriativa deFortaleza.

Plataforma doSIINC 100% 2018

Linha de pesquisa nasorganizações defomento para aeconomia criativa

Estimular acriação de linhade pesquisa emeconomiacriativa nasorganizações defomento comoFuncap, Finep,CNPq entreoutras

Linhas definanciamentoà pesquisasobre ossetores criadas

Pelomenos1 linhadepesquisaparacadasetorcriativo

20182019

...2040

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Criação da Semana daEconomia Criativa:Promoção doconhecimento epesquisas daeconomia criativa nomeio universitário/acadêmico

Criar a semanada economiacriativa, eventoanual, reunindotodas asuniversidadespúblicas eprivadas paraapresentação deprojetos eaproximação dosalunos comempresas(rodadas denegócios,palestras, etc.).

Semana daEconomiaCriativa criada

100% Anual

Parceria com o IBGEpara levantamento dedados primários

Realizar parceriacom o IBGE parao levantamentode dadosprimários sobreeconomiacriativa doCeará/Fortaleza.

Construção daMunic (pesquisamunicipal decultura) deFortaleza

Pesquisa daMunicrealizada

100% 2020

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4. MARCOS REGULATÓRIOS

4.1 Marcos Legais para Economia Criativa Brasileira

Os direitos culturais aparecem no texto constitucional, a partir de normas programáticas, carentes deregulamentação, mas também estão pulverizados em outras legislações esparsas. Essa situação éfruto das mazelas do ordenamento jurídico brasileiro, assim como da ignorância dos novossignificados da cultura, cujas repercussões são prejudiciais à hermenêutica dos direitos culturais.

O arcabouço jurídico-institucional brasileiro necessita adequação, renovação e modernização paracomportar e catalisar as dinâmicas da economia criativa, nas áreas tributária, previdenciária,trabalhista, administrativa, da propriedade intelectual. Necessita-se enfrentar os desafios que osmarcos legais representam para a consolidação da economia criativa como fator endógeno dedesenvolvimento. Enfim, necessitamos de uma nova dogmática jurídica, capaz de dar conta do novotrabalho, da nova economia deste novo século.

OBJETIVOS:

Construir um arcabouço legal e regulatório contemporâneo para que a economia criativa noBrasil floresça e se estruture, pois, atualmente nossas leis são anacrônicas e emperram oSetor Econômico Criativo;

Atualizar e criar novos marcos legais para promover a profissionalização, contratualizaçãonos setores criativos: design; moda; animação; jogos eletrônicos; música; artes visuais;artesanato, produção cultural.

Proporcionar igualdade de condições aos criativos brasileiros em relação aos criativos restodo mundo, para que o Brasil seja competitivo;

Incentivar a formalização de contratos, das relações profissionais e das empresasprestadoras de serviços de produção cultural;

Estimular a formalização dos empregos nos segmentos criativos brasileiros. Atualmente,estimamos segundo dados do IBGE que há no Brasil mais de 3,5 milhões de profissionaisvinculados à atividades relacionadas à cultura trabalhando na informalidade (PNAD – 2006).

4.2 Propostas de Marcos Legais:

a) Desoneração das folhas de pagamento dos segmentos criativos – Trocar a contribuiçãopatronal ao INSS de 20% por empregado para o recolhimento da alíquota de 1,5% sobre ofaturamento das empresas – receita brutai. ALTERAR a Lei nº 12.546/11 – Plano Brasil Maior – incluir as empresas dos subsetorescriativos, mediante a adição de um artigo que determine a nova forma de incidência dacontribuição para as empresas do Setor Criativo. Ou seja, trocar a contribuição patronal ao INSSde 20% por empregado para o recolhimento da alíquota de 1,5% sobre o faturamento dasempresas.

ii. A contribuição passará a incidir sobre o faturamento, correspondente ao valor da receitabruta da pessoa jurídica, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais.

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iii. A Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011 prevê nova forma de incidência do tributo paraos contribuintes determinados nos artigos 7º e 8º.

b) Ampliar e aplicar o Super Simples no âmbito dos segmentos criativos brasileiros - estruturar aaplicabilidade e a ampliação da extensão (espectro, abrangência) da Lei Complementar123/2006, Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (regime único dearrecadação - recolhimento mensal do IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS), paraalcançar os empreendedores e prestadores de serviços intelectuais/ criativos do Setor Criativo,especificamente dos subsetores priorizados no PBC: design; moda; animação; jogos eletrônicos;música; artes visuais; artesanato e produção cultural.i. ALTERAR a Resolução CGSN nº 77/10 do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), que

impossibilitou o acesso ao regime tributário dos seguintes setores culturais - CNAES: 9002-7/01 - Atividades de artistas plásticos, jornalistas independentes e escritores 9493-6/00 - Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte 7410-2/01 - Design 7111-1/00 - Serviços de arquitetura.

ii EDITAR Lei Complementar para ampliar o SIMPLES DA CULTURA para o SIMPLES CRIATIVOe incluir a moda, os games, a animação, a produção cultural;

c) Regulamentação de profissões e inclusão de categorias profissionais criativas na ClassificaçãoBrasileira de Ocupações (CBO) - Artistas e trabalhadores criativos nas seguintes áreas: ProdutorCultural, Artes Visuais; Artesanato; Dança; Design; Patrimônio e Música.

i. Estudar junto aos demais segmentos as reais necessidades das profissões e em conjunto como Ministério do Trabalho estudar a situação em relação à Classificação Brasileira deOcupações (CBO). Para, caso a caso, avaliar a viabilidade de proposição de projetos de leipara regulamentar as profissões demandadas pelos segmentos criativos.

d) Redução de alíquotas de importação de insumos, matérias primas, equipamentos e bens decapital para os segmentos criativos (games, design, artes plásticas, arquitetura, circo)

I. Desoneração tributária junto à Câmara de Comércio Exterior/MDICII. INSERIR na lista dos EX-TARIFÁRIOS (MDIC) equipamentos sem similar nacional utilizado

pelos setores criativos para desoneração tributária.III. Necessitar-se-á compilar as listas encaminhadas pelos setores criativos priorizados

4.3. Marcos Legais de 2015

1- Regulamentação profissional

Atividade de artesão – Lei 13.180 – 22 outubro de 2015.

Articulação para a conclusão da tramitação do PL 7755/2010 no Congresso Nacional.

Profissão Designer – veto pela regulamentação da profissão

2 - Ampliação do Super Simples: entra em vigor a partir de 2017.

3 - Desoneração das folhas de pagamento: sancionado em 1 de setembro de 2015.

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5 PROPOSTA DE GOVERNANÇA

INDICADORES, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O Sistema de Monitoramento e Avaliação acompanha, analisa e aprimora a execução das políticas,programas, projetos e ações do Plano Estratégico de Economia Criativa para Fortaleza. Promovido deforma articulada entre o GRUPO GESTOR DO PLANO (Secretaria da Economia Criativa) e assecretarias municipais (Cultura, Educação, Turismo, Esporte e Lazer, Desenvolvimento Social,Trabalho e Combate a Fome, Desenvolvimento Econômico, Infraestrutura, Iplanfor, Fundação deCiência, Tecnologia e Inovação e as secretarias regionais), praticado com base em indicadores deprocesso e de resultado, o monitoramento do Plano é desenvolvido e implementado por meio de umprocesso sistemático e informatizado de coleta e análise de informações gerados a partir daexecução dos programas, projetos e ações.

Sistema/Módulo de Informação e Monitoramento do PLANO Unidade responsável: Núcleo deGestão Operacional PLANO/SEC

I. Capacidade de coletar informações dos demais sistemas de informações;II. Capacidade de receber informações estruturadas e não estruturadas;III.Capacidade de se relacionar com os Sistemas Estruturantes do Governo;IV.Capacidade de receber e processar informações categorizadas das empresas;V. públicas e de economia mista e do Sistema S;VI. Capacidade de acompanhar a execução no campo;VII.Capacidade de georreferenciar informações;VIII.Construído com base no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec);

IX. Realizado com base nos modelos de visão da ferramenta Webfocus (Business Intelligence).

O desafio do monitoramento de um Plano Interministerial e Interinstitucional: diversidade deatores, de ações, de formas de execução, e das estruturas e sistemas de informação.

O PBC envolve a articulação e execução de programas e ações desenvolvidas por 11 secretarias(Economia Criativa, Educação, Turismo, Esporte e Lazer, Desenvolvimento Social, Trabalho eCombate a Fome, Desenvolvimento Econômico, Infraestrutura), pelo menos 11 organizações daadministração indireta (entre autarquias, fundações e agências: IPEA, CAPES, CNPq, APEX, ABDI,IPHAN, IBRAM, ANCINE,

FBN, FUNARTE, FCP), por 5 empresas públicas e de economia mista (BNDES, BB, CEF, BNE, BASA), epor 5 organizações paraestatais do Sistema S (SESI, SESC, SENAI, SENAC e SEBRAE).

De forma descentralizada, o PLANO conta ainda com ações executadas executadas por instituiçõespúblicas e privadas descentralizadas, como no caso do PRONATEC –executado pela Rede Federal deEducação Profissional e Tecnológica, Redes Estaduais de Educação, Sistema S e Redes Privadas deEducação (Portal PRONATEC-MEC).

A multiplicidade de organizações executantes, com a multiplicidade de fontes e transferências derecursos, modos de execução, estruturação de informações, regras de negócio, sistemas deinformações, modos e linguagens de apresentação das informações etc. lança o desafio deconstruirmos um Sistema/Módulo de Informação e Monitoramento do PLANO capaz de lidar comessa multiplicidade. Certamente, a existência de sistemas estruturantes da administração pública

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facilita parte desse processo, mas ainda é preciso lidar com os atores que estão fora desses sistemasintegrados.

Além disso, o PLANO será monitorado pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza – Iplanfor, pelaprópria Prefeitura, e pelos demais órgão de controle internos e externos e pelo cidadão. Cada umdesses atores apresenta demandas específicas em termos de tipos e níveis de detalhamento ouagrupamento de informações. Alcançar o tipo de informação necessária a cada um desses atores éoutro dos principais desafios do Sistema de Monitoramento do PLANO.

Atributos do Sistema/Módulo de Informação e Acompanhamento

Considerando-se os desafios enunciados, trata-se de constituir um Sistema/Módulo de Informação eAcompanhamento do PLANO com os seguintes atributos:

Capacidade de coletar informações dos demais sistemas de informações de todas assecretarias, órgãos da administração indireta, empresas públicas e de economia mista,organizações do Sistema S e demais parceiros envolvidos.

Capacidade de receber informações estruturadas e não estruturadas; Capacidade de se relacionar com os Sistemas Estruturantes do Governo para informações de

emprego. Capacidade de receber e processar informações categorizadas das empresas públicas e de

economia mista (BNDES, BB, Caixa, BNE, BASA) e do Sistema S. Capacidade de acompanhar a execução no nível de rua, naquelas ações que assim o

exigirem. Capacidade de georreferenciar informações; Capacidade de utilizar os conceitos de Business Intelligence

A ser construído com base nos seguintes passos: definição das fontes de dados mais estáticas; definição do modelo de dados a serem alimentados pelos parceiros; definição de periodicidade de atualização dos dados; definição de marcadores capazes de capturar dados estruturais no SIAFI; criação das visões para cada cliente das informações; criação de painel de controle capaz de entregar informações úteis aos gestores; definição dos padrões informacionais que possam servir para prever riscos ao processo; criação de uma visão pública dos dados (consultas, painéis de controle, georreferenciamento); elaboração de relatórios no modelo pdf dinâmico; formatação de um webservice publicação do universo de dados no modelo opendata.

Governança do Sistema/Módulo de Informação e MonitoramentoIdentificação de responsável pela prestação e certificação de informação em cada Parceiro doPLANO–Secretarais, órgãos da administração indireta, empresas públicas e de economia mista,organizações do sistema S e demais parceiros envolvidos. Esses responsáveis formam a Rede deGestores da Informação do PLANOC responsáveis em última instância pela qualidade da informaçãodisponibilizada.

Desenvolvimento: Consultoria Iplanfor, com a colaboração da Coordenação-Geral de Tecnologia daInformação e a Gerência de Informações Estratégicas, baseado na demanda da SEC/Núcleo deGestão Operacional do PLANO.

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Periodicidade de coleta de informações: rotinas de acompanhamento mensal, com relatóriosbimestrais de execução das metas que compõem o PLANO.