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II Atos não legislativos REGULAMENTOS Regulamento (UE) n. o 548/2014 da Comissão, de 21 de maio de 2014, que dá execução à Diretiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, no que diz respeito aos transfor- madores de pequena, média e grande potência .................................................................... 1 Regulamento de Execução (UE) n. o 549/2014 da Comissão, de 21 de maio de 2014, que estabelece os valores forfetários de importação para a determinação do preço de entrada de certos frutos e produtos hortícolas ........................................................................................................................ 16 DECISÕES 2014/296/UE: Decisão da Comissão, de 22 de fevereiro de 2012, relativa ao auxílio estatal n. o SA.29608 (C37/10) concedido pela Hungria para a recapitalização do FHB Jelzálogbank Nyrt [notificada com o número C(2012) 1021] ( 1 ) ............................................................................................ 18 2014/297/UE: Decisão da Comissão, de 15 de maio de 2013, relativa ao auxílio estatal SA.33728(12/C) que a Dinamarca tenciona conceder para o financiamento de uma nova multiarena em Copenhaga [notificada com o número C(2013)2740] ( 1 ) ............................................................................... 32 Edição em língua portuguesa Índice PT Jornal Oficial da União Europeia Os atos cujos títulos são impressos em tipo fino são atos de gestão corrente adotados no âmbito da política agrícola e que têm, em geral, um período de validade limitado. Os atos cujos títulos são impressos em tipo negro e precedidos de um asterisco são todos os restantes. L 152 Legislação 57. o ano 22 de maio de 2014 ( 1 ) Texto relevante para efeitos do EEE

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Nova Legislação Europeia sobre transformadores de potência

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  • II Atos no legislativos

    REGULAMENTOS

    Regulamento (UE) n.o 548/2014 da Comisso, de 21 de maio de 2014, que d execuo Diretiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, no que diz respeito aos transfor-madores de pequena, mdia e grande potncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

    Regulamento de Execuo (UE) n.o 549/2014 da Comisso, de 21 de maio de 2014, que estabelece os valores forfetrios de importao para a determinao do preo de entrada de certos frutos e produtos hortcolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

    DECISES

    2014/296/UE:

    Deciso da Comisso, de 22 de fevereiro de 2012, relativa ao auxlio estatal n.o SA.29608 (C37/10) concedido pela Hungria para a recapitalizao do FHB Jelzlogbank Nyrt [notificada com o nmero C(2012) 1021] (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    2014/297/UE:

    Deciso da Comisso, de 15 de maio de 2013, relativa ao auxlio estatal SA.33728(12/C) que a Dinamarca tenciona conceder para o financiamento de uma nova multiarena em Copenhaga [notificada com o nmero C(2013)2740] (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

    Edio em lngua portuguesa

    ndice

    PT

    Jornal Oficial da Unio Europeia

    Os atos cujos ttulos so impressos em tipo fino so atos de gesto corrente adotados no mbito da poltica agrcola e que tm, em geral, um perodo de validade limitado.

    Os atos cujos ttulos so impressos em tipo negro e precedidos de um asterisco so todos os restantes.

    L 152

    Legislao 57.o ano

    22 de maio de 2014

    (1) Texto relevante para efeitos do EEE

    PT

  • II

    (Atos no legislativos)

    REGULAMENTOS

    REGULAMENTO (UE) N.o 548/2014 DA COMISSO

    de 21 de maio de 2014

    que d execuo Diretiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, no que diz respeito aos transformadores de pequena, mdia e grande potncia

    A COMISSO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da Unio Europeia,

    Tendo em conta a Diretiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro de 2009, relativa criao de um quadro para definir os requisitos de conceo ecolgica dos produtos relacionados com o consumo de energia (1), nomeadamente o artigo 15.o, n.o 1,

    Aps consulta do Frum de Consulta sobre a Conceo Ecolgica,

    Considerando o seguinte:

    (1) A Comisso realizou um estudo preparatrio para analisar os aspetos ambientais e econmicos relacionados com os transformadores. O estudo foi realizado em conjunto com as partes interessadas da Unio e os resultados foram colocados disposio do pblico. Os transformadores so considerados produtos relacionados com o consumo de energia, na aceo do artigo 2.o, n.o 1, da Diretiva 2009/125/CE.

    (2) O estudo mostrou que a energia na fase de utilizao o aspeto ambiental mais significativo que pode ser abordado atravs da conceo dos produtos. So utilizadas quantidades significativas de matrias-primas (cobre, ferro, resina, alumnio) no fabrico de transformadores, mas os mecanismos de mercado parecem garantir um tratamento adequado em fim de vida e, por conseguinte, no necessrio estabelecer os correspondentes requisitos de conceo ecolgica.

    (3) Os requisitos de conceo ecolgica estabelecidos no anexo I aplicam-se aos produtos colocados no mercado ou colocados em servio, onde quer que estejam instalados. Consequentemente, o cumprimento desses requisitos no pode depender da aplicao em que o produto utilizado.

    (4) Os transformadores so normalmente adquiridos ao abrigo de acordos-quadro. Neste contexto, a aquisio diz respeito ao ato de compra celebrado com o fabricante referente entrega de um determinado volume de transformadores. Considera-se que o contrato entra em vigor na data da sua assinatura pelas partes.

    (5) O presente regulamento no deve abranger certas categorias de transformadores, dada a sua funo especfica. O consumo de energia e a poupana potencial desses transformadores negligencivel em comparao com outros transformadores.

    (6) So feitas concesses regulamentares devido aos limites de peso para a montagem de transformadores em postes. Para evitar o uso indevido de transformadores especificamente fabricados para funcionamento em postes, estes transformadores devem incluir, de forma visvel, a meno Para uso exclusivo em postes, a fim de facilitar o trabalho das autoridades nacionais de fiscalizao do mercado.

    22.5.2014 L 152/1 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

    (1) JO L 285 de 31.10.2009, p. 10.

  • (7) So feitas concesses regulamentares aos transformadores eltricos dotados de equipamento capaz de executar funes de regulao da tenso, a fim de integrar na rede de distribuio a produo distribuda proveniente de fontes renovveis. Essas concesses devero ser gradualmente eliminadas, medida que esta tecnologia emergente se aperfeioar e ficarem disponveis normas de medio para separar as perdas associadas ao transformador das perdas associadas ao equipamento que executa funes adicionais.

    (8) Devem ser fixados requisitos de conceo ecolgica para o desempenho/eficincia energticos dos transformadores de mdia potncia e para a eficincia energtica dos transformadores de grande potncia, tendo em vista a harmonizao dos requisitos de conceo ecolgica destes dispositivos em toda a Unio. Tais requisitos poderiam tambm contribuir para o funcionamento eficiente do mercado interno e para a melhoria do desempenho ambiental dos Estados-Membros.

    (9) igualmente necessrio estabelecer requisitos de conceo ecolgica para os transformadores de mdia e grande potncia, a fim de aumentar a penetrao no mercado de tecnologias e opes de conceo que melhorem o seu desempenho ou a sua eficincia energticos. Em 2008, o total de perdas anuais do parque de transformadores, na UE27, foi de 93,4 TWh. O potencial de melhoramento da relao custo-eficincia atravs de uma conceo mais eficiente foi estimado em cerca de 16,2 TWh por ano, em 2025, o que corresponde a 3,7 Mt de emisses de C02.

    (10) necessrio prever uma entrada em vigor faseada dos requisitos de conceo ecolgica, a fim de proporcionar aos fabricantes um prazo adequado para conceberem de novo os seus produtos. Devem ser definidos prazos para a aplicao destes requisitos, tendo em conta os impactos em matria de custos para os fabricantes, designadamente as pequenas e mdias empresas, assegurando simultaneamente a realizao, em tempo til, dos objetivos estratgicos.

    (11) A fim de permitir uma aplicao eficaz do regulamento, recomenda-se vivamente s autoridades reguladoras nacionais que tenham em conta os efeitos dos requisitos mnimos de eficincia no custo inicial do transformador e que autorizem a instalao de transformadores mais eficientes do que o regulamento exige, sempre que forem economicamente justificados com base na totalidade do ciclo de vida, incluindo uma avaliao adequada da reduo das perdas.

    (12) Para facilitar a verificao da conformidade, deve solicitar-se aos fabricantes que forneam certas informaes na documentao tcnica referida nos anexos IV e V da Diretiva 2009/125/CE.

    (13) As medidas previstas no presente regulamento esto conformes com o parecer do Comit criado pelo artigo 19.o, n.o 1, da Diretiva 2009/125/CE,

    ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    Artigo 1.o

    Objeto e mbito de aplicao

    1. O presente regulamento estabelece requisitos de conceo ecolgica para a colocao no mercado ou a colocao em servio de transformadores de potncia com uma potncia mnima de 1 kVA, utilizados em redes de transporte e distribuio de eletricidade de 50 Hz ou destinados a aplicaes industriais. O regulamento s aplicvel aos transformadores adquiridos aps a entrada em vigor do mesmo.

    2. O presente regulamento no aplicvel aos transformadores especificamente concebidos e utilizados para as seguintes aplicaes:

    transformadores de medida, especificamente concebidos para alimentar instrumentos de medio, contadores, rels e outros aparelhos semelhantes,

    transformadores com enrolamentos de baixa tenso, especificamente concebidos para utilizao com retificadores, para fornecer alimentao de corrente contnua,

    transformadores especificamente concebidos para serem diretamente ligados a um forno,

    transformadores especificamente concebidos para aplicaes offshore e aplicaes offshore flutuantes,

    22.5.2014 L 152/2 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • transformadores especialmente concebidos para instalaes de emergncia,

    transformadores e autotransformadores especificamente concebidos para sistemas de alimentao ferroviria,

    transformadores de ligao terra, ou seja, transformadores trifsicos destinados a proporcionar um ponto neutro para ligar um sistema terra,

    transformadores de trao instalados em material circulante, ou seja, transformadores ligados a uma linha de contacto de corrente alterna ou de corrente contnua, diretamente ou atravs de um conversor, utilizados em instalaes fixas de aplicaes ferrovirias,

    transformadores de arranque, especificamente concebidos para o arranque de motores de induo trifsicos, de modo a eliminar as quedas de tenso de alimentao,

    transformadores de ensaio, especificamente concebidos para utilizao num circuito, com vista a produzir uma tenso ou corrente especfica para testar equipamento eltrico,

    transformadores de soldadura, especificamente concebidos para utilizao com equipamento de soldadura por arco ou equipamento de soldadura por resistncia,

    transformadores especificamente concebidos para equipamento prova de exploso e aplicaes de explorao subterrnea (1),

    transformadores especificamente concebidos para aplicaes em guas profundas (imersas),

    transformadores de interface de mdia tenso (MT) a mdia tenso (MT) at 5 MVA,

    transformadores de grande potncia, caso fique demonstrado que, para uma determinada aplicao, no existem alternativas tecnicamente viveis para cumprir os requisitos mnimos de eficincia previstos pelo presente regulamento,

    transformadores de grande potncia destinados substituio no mesmo local/instalao fsica de transformadores de grande potncia, se tal substituio no for possvel sem que isso implique custos desproporcionados de transporte e/ou instalao,

    exceto no que diz respeito aos requisitos de informao relativa ao produto e documentao tcnica estabelecidos no anexo I, pontos 3 e 4.

    Artigo 2.o

    Definies

    Para efeitos do presente regulamento e dos seus anexos, entende-se por:

    1) Transformador de potncia, um aparelho esttico com dois ou mais enrolamentos que, por induo eletromagntica, transforma um sistema de tenso e corrente alterna noutro sistema de tenso e corrente alterna, normalmente de valores diferentes e na mesma frequncia, para transmisso de energia eltrica;

    2) Transformador de pequena potncia, um transformador de potncia com uma tenso mais elevada que no excede 1,1 kV;

    3) Transformador de mdia potncia, um transformador de potncia com a tenso mais elevada superior a 1,1 kV, mas que no excede 36 kV, e uma potncia nominal igual ou superior a 5 kVA, mas inferior a 40 MVA;

    4) Transformador de grande potncia, um transformador de potncia com uma alta tenso que excede 36 kV e uma potncia nominal igual ou superior a 5 kVA ou uma potncia nominal igual ou superior a 40 MVA independentemente da tenso mais elevada;

    5) Transformador imerso em lquido, um transformador de potncia cujos circuito magntico e enrolamentos esto imersos em lquido;

    6) Transformador de tipo seco, um transformador de potncia cujos circuito magntico e enrolamentos no esto imersos num lquido isolante;

    7) Transformador de mdia potncia montado em poste, um transformador de potncia com uma potncia nominal mxima de 315 KVA, adequado para utilizao exterior e concebido para ser montado nas estruturas de apoio das linhas eltricas areas;

    22.5.2014 L 152/3 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

    (1) Os transformadores destinados a ser utilizados em atmosferas potencialmente explosivas so abrangidos pela Diretiva 94/9/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 100 de 19.4.1994, p. 1).

  • 8) Transformador de distribuio para regulao de tenso, um transformador de mdia potncia equipado com componentes adicionais, dentro ou fora da cuba do transformador, para controlar automaticamente a tenso de entrada ou de sada do transformador, a fim de regular a tenso em carga;

    9) Enrolamento, o conjunto de espiras que formam um circuito eltrico associado a uma das tenses atribudas ao transformador;

    10) Tenso nominal de um enrolamento (UN), a tenso atribuda para ser aplicada, ou desenvolvida em vazio, entre os terminais de um enrolamento sem tomadas ou de um enrolamento com tomadas ligado na tomada principal;

    11) Enrolamento de alta tenso, o enrolamento de maior tenso nominal;

    12) Tenso mais elevada do equipamento (Um) aplicvel ao enrolamento de um transformador, a maior tenso eficaz entre fases num sistema trifsico relativamente ao qual o enrolamento de um transformador concebido em relao ao seu isolamento;

    13) Potncia nominal (SN), um valor convencional de potncia aparente atribudo a um enrolamento que, juntamente com a tenso nominal do enrolamento, determina a respetiva corrente nominal;

    14) Perdas em carga (Pk), a potncia ativa absorvida frequncia nominal e temperatura de referncia associada a um par de enrolamentos, quando a corrente nominal (corrente da tomada) passa atravs do ou dos terminais de linha de um dos enrolamentos e os terminais dos outros enrolamentos esto em curto-circuito com qualquer enrolamento equipado com tomadas ligado na tomada principal, enquanto outros enrolamentos eventualmente existentes esto em circuito aberto;

    15) Perdas em vazio (Po), a potncia ativa absorvida frequncia nominal quando o transformador alimentado e o circuito secundrio est aberto. A tenso aplicada a tenso nominal e, se o enrolamento sob tenso estiver equipado com tomada, est ligado na sua tomada principal;

    16) ndice de Eficincia de Pico (IEP), o valor mximo da relao entre a potncia aparente transmitida de um transformador, menos as perdas eltricas, e a potncia aparente transmitida do transformador.

    Artigo 3.o

    Requisitos de conceo ecolgica

    Os transformadores de pequena, mdia e grande potncia devem cumprir os requisitos de conceo ecolgica estabelecidos no anexo I.

    Artigo 4.o

    Avaliao da Conformidade

    A avaliao da conformidade deve ser efetuada aplicando o procedimento de controlo interno da conceo previsto no anexo IV da Diretiva 2009/125/CE ou o sistema de gesto previsto no anexo V da mesma diretiva.

    Artigo 5.o

    Procedimento de verificao para efeitos de fiscalizao do mercado

    Na realizao dos controlos para a fiscalizao do mercado referidos na Diretiva 2009/125/CE, artigo 3.o, n.o 2, as autoridades dos Estados-Membros devem aplicar o procedimento de verificao definido no anexo III do presente regulamento.

    Artigo 6.o

    Parmetros de referncia indicativos

    Os parmetros de referncia indicativos para os transformadores com melhor desempenho tecnologicamente possvel na altura da adoo do presente regulamento so identificados no anexo IV.

    22.5.2014 L 152/4 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • Artigo 7.o

    Reexame

    O mais tardar trs anos aps a entrada em vigor do presente regulamento, a Comisso deve proceder ao seu reexame luz do progresso tecnolgico e apresentar os resultados desse reexame ao Frum de Consulta. Especificamente, o reexame apreciar, no mnimo, os seguintes aspetos:

    a possibilidade de fixar valores mnimos do ndice de Eficincia de Pico para todos os transformadores de mdia potncia, incluindo os que tm uma potncia nominal inferior a 3 150 kVA,

    a possibilidade de separar as perdas associadas ao transformador principal das perdas associadas a outros componentes que executem funes de regulao da tenso, se for esse o caso,

    a adequao de definir requisitos mnimos de desempenho para transformadores de potncia monofsicos, bem como para transformadores de pequena potncia,

    se as concesses feitas para os transformadores montados em postes e para combinaes especficas de tenses de enrolamento para transformadores de mdia potncia ainda so adequadas,

    a possibilidade de compreender outros impactos ambientais alm da energia na fase de utilizao.

    Artigo 8.o

    Entrada em vigor

    O regulamento entra em vigor no vigsimo dia seguinte ao da sua publicao no Jornal Oficial da Unio Europeia.

    O presente regulamento obrigatrio em todos os seus elementos e diretamente aplicvel em todos os Estados-Membros.

    Feito em Bruxelas, em 21 de maio de 2014.

    Pela Comisso

    O Presidente

    Jos Manuel BARROSO

    22.5.2014 L 152/5 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • ANEXO I

    Requisitos de conceo ecolgica

    1. Requisitos mnimos de desempenho ou eficincia energticos para transformadores de mdia potncia

    Os transformadores de mdia potncia devem cumprir o valor mximo permitido de perdas em carga e em vazio ou os valores do ndice de Eficincia de Pico (IEP) indicados nos quadros I.1 a I.5, excluindo os transformadores de mdia potncia montados em postes, que devem cumprir os valores mximos permitidos de perdas em carga e em vazio indicados no quadro I.6.

    1.1. Requisitos para os transformadores trifsicos de mdia potncia com uma potncia nominal 3 150 kVA

    Quadro I.1: Valor mximo de perdas em carga e em vazio (em W) para transformadores trifsicos de mdia potncia imersos em lquido com um enrolamento com Um 24 kV e o outro com Um 1,1 kV

    Fase 1 (a partir de 1 de julho de 2015) Fase 2 (a partir de 1 de julho de 2021)

    Potncia Nominal

    (kVA)

    Valor mximo de perdas em carga Pk (W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio Po (W) (*)

    Valor mximo de perdas em carga Pk (W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio Po (W) (*)

    25 Ck (900) Ao (70) Ak (600) Ao 10 % (63)

    50 Ck (1 100) Ao (90) Ak (750) Ao 10 % (81)

    100 Ck (1 750) Ao (145) Ak (1 250) Ao 10 % (130)

    160 Ck (2 350) Ao (210) Ak (1 750) Ao 10 % (189)

    250 Ck (3 250) Ao (300) Ak (2 350) Ao 10 % (270)

    315 Ck (3 900) Ao (360) Ak (2 800) Ao 10 % (324)

    400 Ck (4 600) Ao (430) Ak (3 250) Ao 10 % (387)

    500 Ck (5 500) Ao (510) Ak (3 900) Ao 10 % (459)

    630 Ck (6 500) Ao (600) Ak (4 600) Ao 10 % (540)

    800 Ck (8 400) Ao (650) Ak (6 000) Ao 10 % (585)

    1 000 Ck (10 500) Ao (770) Ak (7 600) Ao 10 % (693)

    1 250 Bk (11 000) Ao (950) Ak (9 500) Ao 10 % (855)

    1 600 Bk (14 000) Ao (1 200) Ak (12 000) Ao 10 % (1080)

    2 000 Bk (18 000) Ao (1 450) Ak (15 000) Ao 10 % (1 305)

    2 500 Bk (22 000) Ao (1 750) Ak (18 500) Ao 10 % (1 575)

    3 150 Bk (27 500) Ao (2 200) Ak (23 000) Ao 10 % (1 980)

    (*) O valor mximo de perdas para potncias kVA entre as potncias indicadas no quadro I.1 obtido por interpolao linear.

    22.5.2014 L 152/6 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • Quadro I.2: Valor mximo de perdas em carga e em vazio (em W) para transformadores trifsicos de mdia potncia de tipo seco com um enrolamento com Um 24 kV e o outro com Um 1,1 kV.

    Fase 1 (1 de julho de 2015) Fase 2 (1 de julho de 2021)

    Potncia Nominal

    (kVA)

    Valor mximo de perdas em carga Pk (W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio Po (W) (*)

    Valor mximo de perdas em carga Pk (W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio Po (W) (*)

    50 Bk (1 700) Ao (200) Ak (1 500) Ao 10 % (180)

    100 Bk (2 050) Ao (280) Ak (1 800) Ao 10 % (252)

    160 Bk (2 900) Ao (400) Ak (2 600) Ao 10 % (360)

    250 Bk (3 800) Ao (520) Ak (3 400) Ao 10 % (468)

    400 Bk (5 500) Ao (750) Ak (4 500) Ao 10 % (675)

    630 Bk (7 600) Ao (1 100) Ak (7 100) Ao 10 % (990)

    800 Ak (8 000) Ao (1 300) Ak (8 000) Ao 10 % (1 170)

    1 000 Ak (9 000) Ao (1 550) Ak (9 000) Ao 10 % (1 395)

    1 250 Ak (11 000) Ao (1 800) Ak (11 000) Ao 10 % (1 620)

    1 600 Ak (13 000) Ao (2 200) Ak (13 000) Ao 10 % (1 980)

    2 000 Ak (16 000) Ao (2 600) Ak (16 000) Ao 10 % (2 340)

    2 500 Ak (19 000) Ao (3 100) Ak (19 000) Ao 10 % (2 790)

    3 150 Ak (22 000) Ao (3 800) Ak (22 000) Ao 10 % (3 420)

    (*) O valor mximo de perdas para potncias em kVA entre as potncias indicadas no quadro I.2 obtido por interpolao linear.

    Quadro I.3: Correo de perdas em carga e em vazio no caso de outras combinaes de tenses de enrolamento ou dupla tenso num ou em ambos os enrolamentos (potncia nominal 3 150kVA)

    Um enrolamento com Um 24 kV e o outro com Um > 1,1 kV

    O valor mximo de perdas admitidas nos quadros I.1 e I.2 deve ser aumentado em 10 % para as perdas em vazio e em 10 % para as perdas em carga.

    Um enrolamento com Um = 36 kV e o outro com Um 1,1 kV

    O valor mximo de perdas admitidas nos quadros I.1 e I.2 deve ser aumentado em 15 % para as perdas em vazio e em 10 % para as perdas em carga.

    Um enrolamento com Um = 36 kV e o outro com Um > 1,1 kV

    O valor mximo de perdas admitidas indicado nos quadros I.1 e I.2 deve ser aumentado em 20 % para as perdas em vazio e em 15 % para as perdas em carga.

    22.5.2014 L 152/7 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • Caso de dupla tenso num enrolamento

    No caso dos transformadores com um enrolamento de alta tenso e duas tenses disponveis a partir de um enrolamento de baixa tenso com tomadas, as perdas devem ser calculadas com base na tenso mais alta do enrolamento de baixa tenso e estar em conformidade com o valor mximo de perdas admitidas indicadas nos quadros I.1 e 1.2. Nesses transformadores, a potncia mxima disponvel do enrolamento de baixa tenso tenso mais baixa deve ser limitada a 0,85 da potncia nominal atribuda ao enrolamento de baixa tenso tenso mais elevada.

    No caso dos transformadores com um enrolamento de baixa tenso com duas tenses disponveis a partir de um enrolamento de alta tenso com tomadas, as perdas devem ser calculadas com base na tenso mais elevada do enrolamento de alta tenso e estar em conformidade com o valor mximo de perdas admissvel indicado nos quadros I.1 e 1.2. Nesse tipo de transformador, a potncia mxima disponvel no enrolamento de alta tenso tenso mais baixa deve ser limitada a 0,85 da potncia nominal atribuda ao enrolamento de alta tenso tenso mais elevada.

    Se a potncia nominal total estiver disponvel independentemente da combinao de tenses, os nveis de perdas indicados nos quadros I.1 e I.2 podem ser aumentados em 15 % para as perdas em vazio e em 10 % para as perdas em carga.

    Caso de dupla tenso nos dois enrolamentos

    O valor mximo de perdas admitidas nos quadros I.1 e I.2 pode ser aumentado em 20 % para as perdas em vazio e em 20 % para as perdas em carga para transformadores com dupla tenso nos dois enrolamentos. O nvel de perdas dado para a potncia nominal mais alta possvel com base no pressuposto de que a potncia nominal a mesma, independentemente da combinao de tenses.

    1.2. Requisitos para os transformadores de mdia potncia com uma potncia nominal > 3 150 kVA

    Quadro I.4: Valores mnimos do ndice de Eficincia de Pico IEP) para os transformadores de mdia potncia imersos em lquido

    Potncia Nominal (kVA) Fase 1 (1 de julho de 2015) Fase 2 (1 de julho de 2021)

    Valor mnimo do ndice de Eficincia de Pico (%)

    3 150 < SN 4 000 99,465 99,532

    5 000 99,483 99,548

    6 300 99,510 99,571

    8 000 99,535 99,593

    10 000 99,560 99,615

    12 500 99,588 99,640

    16 000 99,615 99,663

    20 000 99,639 99,684

    25 000 99,657 99,700

    31 500 99,671 99,712

    40 000 99,684 99,724

    22.5.2014 L 152/8 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • Os valores mnimos do IEP para potncias nominais em kVA entre as potncias indicadas no quadro I.4 so calculados por interpolao linear.

    Quadro I.5: Valores mnimos do ndice de Eficincia de Pico IEP) para os transformadores de mdia potncia de tipo seco

    Potncia Nominal (kVA) Fase 1 (1 de julho de 2015) Fase 2 (1 de julho de 2021)

    Valor mnimo do ndice de Eficincia de Pico (%)

    3 150 < SN 4 000 99,348 99,382

    5 000 99,354 99,387

    6 300 99,356 99,389

    8 000 99,357 99,390

    10 000 99,357 99,390

    Os valores mnimos do IEP para potncias nominais kVA entre as potncias indicadas no quadro I.5 so calculados por interpolao linear.

    1.3. Requisitos para os transformadores de mdia potncia com uma potncia nominal 3 150 kVA equipados com tomadas adequadas para utilizao enquanto sob tenso ou em carga para efeitos de adaptao da tenso. Incluem-se nesta categoria os Transformadores de Distribuio para Regulao da Tenso.

    Os nveis mximos admissveis de perdas previstos nos quadros I.1 e I.2 devem ser aumentados em 20 %, para as perdas em vazio, e em 5 %, para as perdas em carga no patamar 1, e em 10 %, para as perdas em vazio no patamar 2.

    1.4. Requisitos para os transformadores de mdia potncia montados em postes

    Os nveis de perdas em carga e em vazio indicados nos quadros I.1 e I.2 no so aplicveis aos transformadores imersos em lquido montados em postes com potncias entre 25 kVA e 315 kVA. Para estes modelos especficos de transformadores de mdia potncia montados em postes, os nveis mximos de perdas admissveis so apresentados no quadro I.6.

    Quadro I.6: Valor mximo de perdas em carga e em vazio (em W) para transformadores de mdia potncia imersos em lquido montados em postes

    Fase 1 (1 de julho de 2015) Fase 2 (1 de julho de 2021)

    Potncia Nominal

    (kVA)

    Valor mximo de perdas em carga (em W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio (em W) (*)

    Valor mximo de perdas em carga (em W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio (em W) (*)

    25 Ck (900) Ao (70) Bk (725) Ao (70)

    50 Ck (1 100) Ao (90) Bk (875) Ao (90)

    100 Ck (1 750) Ao (145) Bk (1 475) Ao (145)

    160 Ck + 32 % (3 102) Co (300) Ck + 32 % (3 102) Co-10 % (270)

    22.5.2014 L 152/9 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • Fase 1 (1 de julho de 2015) Fase 2 (1 de julho de 2021)

    Potncia Nominal

    (kVA)

    Valor mximo de perdas em carga (em W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio (em W) (*)

    Valor mximo de perdas em carga (em W) (*)

    Valor mximo de perdas em vazio (em W) (*)

    200 Ck (2 750) Co (356) Bk (2 333) Bo (310)

    250 Ck (3 250) Co (425) Bk (2 750) Bo (360)

    315 Ck (3 900) Co (520) Bk (3 250) Bo (440)

    (*) O valor mximo de perdas admissveis para potncias em kVA entre as potncias indicadas no quadro I.6 obtido por interpolao linear.

    2. Requisitos mnimos de eficincia energtica para transformadores de grande potncia

    Os requisitos mnimos de eficincia para os transformadores de grande potncia so apresentados nos quadros I.7 e I.8.

    Quadro I.7: Requisitos mnimos aplicveis ao ndice de Eficincia de Pico para transformadores de grande potncia imersos em lquido

    Potncia Nominal (MVA) Fase 1 (1 de julho de 2015) Fase 2 (1 de julho de 2021)

    Valor mnimo do ndice de Eficincia de Pico (%)

    4 99,465 99,532

    5 99,483 99,548

    6,3 99,510 99,571

    8 99,535 99,593

    10 99,560 99,615

    12,5 99,588 99,640

    16 99,615 99,663

    20 99,639 99,684

    25 99,657 99,700

    31,5 99,671 99,712

    40 99,684 99,724

    50 99,696 99,734

    63 99,709 99,745

    80 99,723 99,758

    100 99,737 99,770

    22.5.2014 L 152/10 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • Os valores mnimos do IEP para potncias nominais em MVA que correspondam aos valores das potncias indicadas no quadro I.7 so calculados por interpolao linear.

    Quadro I.8: Requisitos mnimos aplicveis ao ndice de Eficincia de Pico para transformadores de grande potncia de tipo seco

    Potncia Nominal (MVA) Fase 1 (1 de julho de 2015) Fase 2 (1 de julho de 2021)

    Valor mnimo do ndice de Eficincia de Pico (%)

    4 99,158 99,225

    5 99,200 99,265

    6,3 99,242 99,303

    8 99,298 99,356

    10 99,330 99,385

    12,5 99,370 99,422

    16 99,416 99,464

    20 99,468 99,513

    25 99,521 99,564

    31,5 99,551 99,592

    40 99,567 99,607

    50 99,585 99,623

    63 99,590 99,626

    Os valores mnimos do IEP para potncias nominais em MVA que correspondam aos valores das potncias indicadas no quadro I.8 so calculados por interpolao linear.

    3. Requisitos de informao relativa ao produto

    A partir de 1 de julho de 2015, devem ser includas, em qualquer documentao que acompanhe o produto, as seguintes informaes relativas aos transformadores abrangidos pelo presente regulamento (artigo 1.o), incluindo os stios web de acesso livre dos fabricantes:

    a) Informaes sobre potncia nominal, perdas em carga e perdas em vazio e a potncia eltrica de qualquer sistema de arrefecimento exigido em vazio;

    b) Para os transformadores de mdia potncia (se for caso disso) e grande potncia, o valor do ndice de Eficincia de Pico e a potncia em que este ocorre;

    c) Para os transformadores com dupla tenso, a potncia nominal mxima na tenso mais baixa, em conformidade com o quadro I.3;

    22.5.2014 L 152/11 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • d) Informaes sobre o peso da totalidade dos componentes principais de um transformador de potncia (incluindo, pelo menos, o condutor, a natureza do condutor e o material do ncleo);

    e) Para os transformadores de mdia potncia montados em postes, a meno visvel Para uso exclusivo em postes.

    A informao prevista nas alneas a), c) e d) deve igualmente ser includa na placa de caractersticas dos transformadores de potncia.

    4. Documentao tcnica

    Devem ser includas na documentao tcnica dos transformadores de potncia as seguintes informaes:

    a) Nome e endereo do fabricante;

    b) Identificao do modelo, o cdigo alfanumrico que distingue um modelo dos outros modelos do mesmo fabricante;

    c) Informaes exigidas no ponto 3.

    Se a documentao tcnica (ou parte dela) se basear na documentao tcnica (ou em parte dela) de um outro modelo, deve ser fornecida a identificao desse modelo e a documentao tcnica deve conter pormenores sobre o modo como a informao obtida a partir da documentao tcnica do outro modelo por exemplo, sobre outros clculos ou extrapolaes, incluindo os ensaios efetuados pelo fabricante para verificar os clculos ou extrapolaes realizados.

    22.5.2014 L 152/12 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • ANEXO II

    Mtodos de medio e de clculo

    Mtodo de medio

    Para efeitos do cumprimento dos requisitos do presente regulamento, as medies devem ser efetuadas por um processo de medio fivel, preciso e reprodutvel, que tome em considerao os mtodos de medio geralmente reconhecidos como os mais avanados, incluindo os que constem de documentos cujos nmeros de referncia tenham sido publicados para o efeito no Jornal Oficial da Unio Europeia.

    Mtodos de clculo

    A metodologia para calcular o ndice de Eficincia de Pico (IEP) dos transformadores de mdia e grande potncia baseia--se na relao entre a potncia aparente transmitida de um transformador menos as perdas eltricas e a potncia aparente transmitida do transformador.

    PEI 12P0 Pc0

    SrffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiP0Pc0

    Pk

    r

    Na qual:

    P0 a medida de perdas em vazio tenso nominal e frequncia nominal, na tomada nominal

    Pc0 a potncia eltrica necessria ao sistema de arrefecimento para o funcionamento em vazio

    Pk representa a perda em carga medida corrente nominal e frequncia nominal na tomada nominal, corrigida em funo da temperatura de referncia

    SN representa a potncia nominal do transformador ou autotransformador em que Pk se baseia

    22.5.2014 L 152/13 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • ANEXO III

    Procedimento de verificao

    Ao efetuarem as verificaes para efeitos da fiscalizao do mercado referidas no artigo 3.o, n.o 2, da Diretiva 2009/125/CE, as autoridades dos Estados-Membros aplicam o seguinte procedimento em relao aos requisitos estabelecidos no anexo I:

    1) As autoridades dos Estados-Membros ensaiam uma s unidade por cada modelo;

    2) O modelo deve ser considerado conforme com os requisitos aplicveis estabelecidos no anexo I do presente regulamento se os valores constantes da documentao tcnica preencherem os requisitos estabelecidos no anexo I e se os parmetros medidos preencherem os requisitos estabelecidos no anexo I dentro das tolerncias aplicveis verificao, constantes do quadro 1 do presente anexo;

    3) Se no se conseguirem os resultados referidos no ponto 2, considera-se que o modelo no conforme com o presente regulamento. As autoridades dos Estados-Membros devem comunicar todas as informaes pertinentes, incluindo os resultados do ensaio, se for caso disso, s autoridades dos restantes Estados-Membros e Comisso no prazo de um ms a contar da adoo da deciso sobre a no-conformidade do modelo.

    As autoridades dos Estados-Membros devem aplicar os mtodos de medio e de clculo previstos no anexo II.

    Tendo em conta as limitaes em termos de peso e dimenso no transporte dos transformadores de mdia e grande potncia, as autoridades dos Estados-Membros podem decidir realizar o procedimento de verificao nas instalaes dos fabricantes, antes da respetiva colocao em servio no destino final.

    As tolerncias estabelecidas no presente anexo para as verificaes dizem respeito apenas verificao, pelas autoridades dos Estados Membros, dos parmetros medidos, no podendo ser utilizadas pelo fabricante ou importador como tolerncias admitidas para estabelecer os valores constantes da documentao tcnica.

    Quadro

    Parmetro medido Tolerncias aplicveis na verificao

    Perdas em carga O valor medido no deve exceder o valor declarado em mais de 5 %.

    Perdas em vazio O valor medido no deve exceder o valor declarado em mais de 5 %.

    A potncia eltrica necessria ao sistema de arrefecimento para o funcionamento em vazio

    O valor medido no deve exceder o valor declarado em mais de 5 %.

    22.5.2014 L 152/14 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • ANEXO IV

    Parmetros de referncia indicativos

    No momento da adoo do presente regulamento, foram identificadas no mercado, para os transformadores de mdia potncia, as seguintes melhores tecnologias disponveis:

    a) Transformadores de mdia potncia imersos em lquido: Ao 20 %, Ak 20 %;

    b) Transformadores de mdia potncia de tipo seco: Ao 20 %, Ak 20 %;

    c) Transformadores de mdia potncia com ncleo de ao amorfo: Ao 50 %, Ak 50 %.

    necessrio aumentar a disponibilidade de material para o fabrico de transformadores com ncleo de ao amorfo, para que estes valores das perdas possam tornar-se requisitos mnimos no futuro.

    22.5.2014 L 152/15 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • REGULAMENTO DE EXECUO (UE) N.o 549/2014 DA COMISSO

    de 21 de maio de 2014

    que estabelece os valores forfetrios de importao para a determinao do preo de entrada de certos frutos e produtos hortcolas

    A COMISSO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da Unio Europeia,

    Tendo em conta o Regulamento (CE) n.o 1234/2007 do Conselho, de 22 de outubro de 2007, que estabelece uma organizao comum dos mercados agrcolas e disposies especficas para certos produtos agrcolas (Regulamento OCM nica) (1),

    Tendo em conta o Regulamento de Execuo (UE) n.o 543/2011 da Comisso, de 7 de junho de 2011, que estabelece regras de execuo do Regulamento (CE) n.o 1234/2007 do Conselho nos setores das frutas e produtos hortcolas e das frutas e produtos hortcolas transformados (2), nomeadamente o artigo 136.o, n.o 1,

    Considerando o seguinte:

    (1) O Regulamento de Execuo (UE) n.o 543/2011 estabelece, em aplicao dos resultados das negociaes comerciais multilaterais do Uruguay Round, os critrios para a fixao pela Comisso dos valores forfetrios de importao dos pases terceiros relativamente aos produtos e aos perodos indicados no Anexo XVI, parte A.

    (2) O valor forfetrio de importao calculado, todos os dias teis, em conformidade com o artigo 136.o, n.o 1, do Regulamento de Execuo (UE) n.o 543/2011, tendo em conta os dados dirios variveis. O presente regulamento deve, por conseguinte, entrar em vigor no dia da sua publicao no Jornal Oficial da Unio Europeia,

    ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    Artigo 1.o

    Os valores forfetrios de importao referidos no artigo 136.o do Regulamento de Execuo (UE) n.o 543/2011 so fixados no anexo do presente regulamento.

    Artigo 2.o

    O presente regulamento entra em vigor na data da sua publicao no Jornal Oficial da Unio Europeia.

    O presente regulamento obrigatrio em todos os seus elementos e diretamente aplicvel em todos os Estados-Membros.

    Feito em Bruxelas, em 21 de maio de 2014.

    Pela Comisso

    Em nome do Presidente,

    Jerzy PLEWA

    Diretor-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural

    22.5.2014 L 152/16 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

    (1) JO L 299 de 16.11.2007, p. 1. (2) JO L 157 de 15.6.2011, p. 1.

  • ANEXO

    Valores forfetrios de importao para a determinao do preo de entrada de certos frutos e produtos hortcolas

    (EUR/100kg)

    Cdigo NC Cdigo pases terceiros (1) Valor forfetrio de importao

    0702 00 00 AL 59,1

    MA 39,6

    MK 58,8

    TR 50,7

    ZZ 52,1

    0707 00 05 AL 41,5

    MK 36,1

    TR 124,7

    ZZ 67,4

    0709 93 10 TR 115,8

    ZZ 115,8

    0805 10 20 EG 44,3

    IL 74,1

    MA 45,2

    TR 49,7

    ZA 53,8

    ZZ 53,4

    0805 50 10 TR 99,9

    ZA 141,8

    ZZ 120,9

    0808 10 80 AR 82,8

    BR 84,5

    CL 97,0

    CN 98,8

    MK 25,2

    NZ 147,1

    US 204,6

    UY 70,3

    ZA 111,9

    ZZ 102,5

    (1) Nomenclatura dos pases fixada pelo Regulamento (CE) n.o 1833/2006 da Comisso (JO L 354 de 14.12.2006, p. 19). O cdigo ZZ representa outras origens.

    22.5.2014 L 152/17 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

  • DECISES

    DECISO DA COMISSO

    de 22 de fevereiro de 2012

    relativa ao auxlio estatal n.o SA.29608 (C37/10) concedido pela Hungria para a recapitalizao do FHB Jelzlogbank Nyrt

    [notificada com o nmero C(2012) 1021]

    (Apenas faz f o texto em lngua inglesa)

    (Texto relevante para efeitos do EEE)

    (2014/296/UE)

    A COMISSO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da Unio Europeia, nomeadamente o artigo 108.o, n.o 2, primeiro pargrafo,

    Tendo em conta o Acordo sobre o Espao Econmico Europeu, nomeadamente o artigo 62.o, n.o 1, alnea a),

    Aps ter convidado as partes interessadas a apresentarem as suas observaes nos termos daquelas disposies (1), e tendo em conta essas observaes,

    Considerando o seguinte:

    I. PROCEDIMENTO

    (1) Em 25 de maro de 2009, a Hungria concedeu ao FHB Jelzlogbank Nyrt (a seguir FHB ou o Banco) um emprstimo estatal intercalar de 120 mil milhes de forints hngaros (HUF) (cerca de 410 (2) milhes de EUR) ao abrigo do regime hngaro de liquidez para os bancos que tinha sido aprovada pela Comisso em 14 de janeiro de 2010 (3). Em 31 de maro de 2009, as autoridades hngaras recapitalizaram o FHB no montante de 30 mil milhes de HUF (cerca de 100 milhes de EUR) sob a forma de aes preferenciais especiais de nova emisso com direito a dividendos, mais uma ao com direito de voto, no mbito do regime de garantia e recapitalizao aprovado pela Comisso (4).

    (2) Por cartas de 3 de abril, 13 de maio, 14 de julho e 11 de setembro de 2009, a Comisso solicitou s autoridades hngaras informaes relativas s condies da recapitalizao. As autoridades hngaras responderam por cartas de 24 de abril, 2 de junho, 12 de agosto e 9 de outubro de 2009.

    (3) Devido a dvidas quanto solidez do Banco no momento da recapitalizao, a Comisso solicitou Hungria, em 19 de outubro de 2009, que apresentasse um plano de reestruturao para o FHB em conformidade com a Comunicao da Comisso sobre o regresso viabilidade e avaliao, em conformidade com as regras em matria de auxlios estatais, das medidas de reestruturao tomadas no setor financeiro no contexto da atual crise (5) (a seguir Comunicao sobre a reestruturao). A Hungria forneceu informaes adicionais em 12 e 19 de novembro de 2009 e um projeto de plano de reestruturao em 26 de janeiro de 2010.

    (4) Em 19 de fevereiro de 2010, o FHB reembolsou ao Estado o montante integral da recapitalizao.

    22.5.2014 L 152/18 Jornal Oficial da Unio Europeia PT

    (1) JO C 178 de 18.6.2011, p. 7. (2) Com base na taxa de cmbio de 15 de fevereiro de 2012 de EUR/HUF (289,63) (3) JO C 47 de 25.2.2010, p. 16. (4) JO C 147 de 27.6.2009, p. 2. (5) JO C 195 de 19.8.2009, p. 9.

  • (5) Por cartas de 24 e 25 de maro de 2010, a Hungria apresentou informaes complementares Comisso. O FHB realizou uma assembleia-geral de acionistas em 21 de abril de 2010, na qual foi tomada uma deciso sobre o pagamento de uma remunerao ao Estado no que se refere recapitalizao, na sequncia da qual a Comisso solicitou informaes por carta de 22 de abril de 2010.

    (6) A Comisso solicitou informaes complementares por cartas de 2 de junho e de 1 de outubro de 2010. As autoridades hngaras apresentaram informaes complementares por carta de 11 de junho de 2010.

    (7) Em 15 de junho de 2010, a Hungria apresentou um plano de reestruturao atualizado, que foi complementado por novos dados essenciais transmitidos em 30 de setembro de 2010.

    (8) As autoridades hngaras transmitiram informaes complementares por cartas de 18 de junho, 28 de julho e 5 de outubro de 2010, tendo informado a Comisso, por carta de 29 de outubro de 2010, de que o FHB havia pago uma remunerao no que se refere recapitalizao.

    (9) Em 16 de dezembro de 2010, a Comisso decidiu dar incio ao procedimento formal de investigao previsto no artigo 108.o, n.o 2, do Tratado sobre o Funcionamento da Unio Europeia (a seguir o Tratado) em relao s medidas de auxlio a favor do FHB. Subsequentemente, as autoridades hngaras solicitaram Comisso a alterao da deciso, visto que algumas partes da mesma estavam incorretas e no atualizadas. A deciso da Comisso foi, por conseguinte, substituda por uma nova deciso de 24 de janeiro de 2011 (1), a seguir designada deciso de incio do procedimento). Por carta de 24 de janeiro de 2011, a Comisso informou as autoridades hngaras da sua deciso de dar incio ao procedimento previsto no artigo 108.o, n.o 2, do Tratado relativamente medida de auxlio. A deciso de incio do procedimento da Comisso foi publicada no Jornal Oficial da Unio Europeia em 18 de junho de 2011. A Comisso convidou as partes interessadas a apresentarem as suas observaes sobre a medida.

    (10) Por carta de 2 de maro de 2011, as autoridades hngaras apresentaram as suas observaes sobre a deciso de incio do procedimento da Comisso de 24 de janeiro de 2011, que lanava um procedimento formal de investigao relativamente ao auxlio concedido ao FHB. Estas observaes foram completadas por comentrios enviados pelo FHB por carta de 11 de julho de 2011.

    (11) Por carta de 18 de julho de 2011, um terceiro (a Magyar jelzlogbank egyeslet associao de bancos hngaros de crdito hipotecrio) apresentou as suas observaes sobre a deciso de incio do procedimento da Comisso.

    (12) Por carta de 3 de outubro de 2011, as autoridades hngaras apresentaram uma nova atualizao do plano de reestruturao e informaes adicionais relativas ao reembolso da recapitalizao ao Estado hngaro.

    (13) Em 15 de dezembro de 2011, foi assinado um novo acordo entre o FHB e o Estado hngaro, nos termos do qual o Banco se comprometeu a pagar ao Estado a remunerao inicialmente acordada no acordo de recapitalizao.

    II. DESCRIO DO BENEFICIRIO

    1.1. O BENEFICIRIO

    (14) O FHB foi criado pelo Estado em 1997. O Estado vendeu gradualmente a sua participao no FHB. Em 2003, o FHB estava cotado na bolsa de valores de Budapeste e em agosto de 2007 o Estado reduziu a sua participao maioritria no Banco para pouco mais de 4 %.

    (15) O FHB foi inicialmente criado como um banco de crdito hipotecrio, a fim de promover a utilizao de obrigaes hipotecrias. Estava sujeito a regras estritas em matria de limitao das suas atividades, de garantias e de superviso especfica, a fim de garantir a mxima segurana das obrigaes hipotecrias. Inicialmente, o FHB estava apenas autorizado a conceder emprstimos hipotecrios a longo prazo e garantias em relao a emprstimos hipotecrios e a concluir certos tipos de transaes de produtos derivados, a fim de cobrir a sua prpria posio decorrente das suas atividades de concesso de crdito hipotecrio. As obrigaes hipotecrias foram a principal fonte de financiamento da sua atividade de concesso de emprstimos. O Banco refinanciou tambm emprstimos hipotecrios concedidos por outros bancos.

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    (1) JO C 178 de 8.6.2011, p. 7.

  • (16) Em 2006, o FHB introduziu um novo plano estratgico para expandir a sua atividade bancria e rede de agncias, com o objetivo de alargar a sua base de financiamento e operacional entrando no mercado a retalho atravs do FHB Commercial Bank. Ao longo do tempo, o FHB comeou a vender vrios produtos de crdito destinados a particulares e s empresas e a oferecer servios de gesto de contas, angariao de depsitos e cartes, alargando assim a gama de produtos no passivo do seu balano.

    (17) O FHB um grupo constitudo por uma empresa-me, o FHB Mortgage Bank Co. Plc, e filiais a 100 %: FHB Commercial Bank Ltd, FHB Service Ltd, FHB Real Estate Ltd e FHB Life Annuity Real Estate Investment Ltd. Exerce atividades principalmente no mercado das obrigaes hipotecrias, em que detm uma quota de 23 % (2009), ocupando a segunda posio no mercado hngaro (depois do OTP Bank com uma quota de 74 %). No mercado do crdito hipotecrio destinado a particulares, o FHB tem uma quota de mercado de 4,6 % e no mercado dos depsitos de particulares de 0,6 %.

    (18) Quando o Banco foi recapitalizado em maro de 2009, o seu balano total ascendia a 746,2 mil milhes de HUF. Na mesma data, o rcio de adequao dos fundos prprios (a seguir designado RAFP) do Banco elevava-se a 10,5 %. A injeo de capital por parte do Estado aumentou o RAFP do FHB para 16,1 % no final de 2009 (calculado nos termos das regras de contabilidade hngaras).

    1.2. CONTEXTO

    (19) A Hungria um dos Estados-Membros mais afetados pela crise financeira. Anos de excessos de despesas pblicas e de uma forte expanso da construo e do consumo baseada no crdito deram origem a graves desequilbrios na economia, mesmo antes da crise. A prevalncia de emprstimos s famlias expressos em euros e francos suos, bem como o contnuo recurso ao financiamento externo tornaram o pas e o seu setor bancrio particularmente vulnerveis s flutuaes do valor do forint hngaro, que enfraqueceu significativamente durante a crise.

    (20) A crise financeira afetou de tal forma a Hungria que o Fundo Monetrio Internacional (a seguir FMI), a Unio Europeia (a seguir UE) e o Banco Mundial tiveram de conceder emprstimos de emergncia Hungria em novembro de 2008, a fim de apaziguar as tenses dos mercados financeiros do pas.

    (21) Como resposta grave perturbao da economia hngara causada pela crise, o Governo hngaro introduziu vrias medidas destinadas a apoiar o setor financeiro que foram financiadas em conjunto atravs de um pacote do FMI/UE/Banco Mundial. As medidas incluam um regime de apoio liquidez e um regime de garantia e recapitalizao.

    (22) O regime de apoio liquidez (a seguir designado regime de liquidez), estabelecido na Lei hngara relativa s finanas pblicas proporciona liquidez sob a forma de emprstimos a instituies financeiras. Foi aprovado pela Comisso em 14 de janeiro de 2009 (1) e, em seguida, prorrogado vrias vezes, mais recentemente, at 31 de dezembro de 2011 (2).

    (23) Por deciso de 12 de fevereiro de 2009 (3), a Comisso aprovou o regime hngaro de garantia e recapitalizao. No mbito deste regime, o Estado hngaro pode subscrever aes preferenciais, que so consideradas fundos prprios de base (Tier 1) dos bancos. O vetor recapitalizao do regime foi prorrogado vrias vezes, a ltima das quais at 31 de dezembro de 2011.

    (24) Ao abrigo do regime de garantia e recapitalizao, se uma recapitalizao exceder 2 % dos ativos de um banco ponderados pelo risco (a seguir APR), as autoridades hngaras devem informar previamente a Comisso e fornecer uma apreciao pormenorizada sobre as razes pelas quais consideram que tal banco deve continuar a ser considerado uma instituio estruturalmente slida. Se a Comisso no aceitar a classificao do banco como estruturalmente slido, a recapitalizao pode, apesar disso, ser realizada mas a remunerao deve ser aumentada, a fim de refletir o risco mais elevado e, no prazo de seis meses a contar da recapitalizao, deve ser apresentado um plano de reestruturao Comisso.

    Razes para as dificuldades do FHB

    (25) A Hungria foi gravemente afetada pela crise financeira que, a par de outros problemas internos no setor bancrio hngaro, agravou a situao desse setor.

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    (1) JO C 47 de 25.2.2010, p. 16. (2) JO C 236 de 12.8.2011, p. 1. (3) JO C 147 de 27.6.2009, p. 2.

  • (26) O FHB necessitava de apoio estatal, porque, ao contrrio de muitos outros bancos hngaros, no possua uma empresa-me na rea do euro e, portanto, no podia obter financiamento a baixo custo junto do Banco Central Europeu (a seguir BCE). Os mecanismos do BCE, incluindo os mecanismos de reporte, passaram a estar disponveis na rea do euro a partir do outono de 2008. O Banco Nacional da Hungria criou um mecanismo no incio de 2010, que apenas aumentou o acesso ao financiamento em forints hngaros e no ao financiamento em euros, o que de acordo com o FHB era fundamental durante o perodo mais difcil da crise (1).

    (27) De acordo com as autoridades hngaras, a recapitalizao do FHB era necessria para garantir a solvabilidade do Banco e para combater as dificuldades de liquidez com que todo o setor bancrio na Hungria se confrontava.

    III. DESCRIO DAS MEDIDAS DE AUXLIO

    (28) As medidas de auxlio concedidas pela Hungria ao FHB, descritas na deciso de incio do procedimento da Comisso de 24 de janeiro de 2011, consistiam em:

    Um emprstimo estatal intercalar ao abrigo do regime de liquidez de 120 mil milhes de HUF (cerca de 410 milhes de EUR) concedido em 25 de maro de 2009, com vencimento em 11 de novembro de 2012;

    Uma recapitalizao de 30 mil milhes de HUF (cerca de 100 milhes de EUR), sob a forma de aes preferenciais especiais de nova emisso com direito a dividendos, mais uma ao com direito de voto, concedida em 31 de maro de 2009, no mbito do regime de garantia e recapitalizao.

    (29) Um acordo de recapitalizao entre a Hungria e o FHB estabeleceu em 10,49 % a percentagem para o clculo da taxa de remunerao do Estado no que se refere s aes, o que est em consonncia com a taxa de remunerao para os bancos estruturalmente slidos fixada no regime de garantia e recapitalizao, a pagar sob a forma de dividendos. A recapitalizao foi de 9 % dos APR do FHB, o que superior ao limiar de 2 % definido no regime de garantia e recapitalizao a partir do qual as instituies beneficirias podem ser consideradas estruturalmente slidas. Uma vez que a medida no foi notificada Comisso antes da sua aplicao, a Comisso no teve oportunidade de verificar se o Banco devia ter sido considerado estruturalmente slido ao abrigo do regime de garantia e recapitalizao. Quando o beneficirio no considerado slido ao abrigo do regime de garantia e recapitalizao, necessrio um plano de reestruturao e a taxa de remunerao deve refletir o facto de o Banco no ser estruturalmente slido, e ser mais elevada do que a taxa de remunerao de bancos estruturalmente slidos.

    (30) Apesar das suas dificuldades, o Banco conseguiu fazer face situao durante esse perodo: tinha uma forte posio em termos de fundos prprios (RAFP de 10,5 % em maro de 2009) e a agncia Moody's Investors Service (a seguir Moody's) deu-lhe uma notao de Baa3, que est ainda na categoria de investimento. Em fevereiro de 2010, menos de nove meses aps a recapitalizao, o Banco readquiriu as aes preferenciais especiais com direito a dividendos detidas pelo Estado.

    (31) O Banco decidiu reembolsar a recapitalizao com base numa reviso do RAFP consolidado corrente e previsto, considerando as previses macroeconmicas utilizadas no seu planeamento de 2010 e as informaes relativas a volumes, saldos e riscos provenientes do plano financeiro de 2010. A anlise concluiu que, apesar da crise financeira mundial, a situao do Banco at ao final do ano foi notavelmente melhor do que o esperado no momento da celebrao, com o Estado hngaro, do acordo sobre a recapitalizao do Banco no incio de 2009.

    (32) O FHB reembolsou a recapitalizao ao Estado e no lhe pagou qualquer remunerao, ou seja, cometeu uma infrao ao acordo de recapitalizao (2). No entanto, o Banco considerou que as aes preferenciais especiais com direito a dividendos detidas pelo Estado no implicavam, automaticamente, um direito ao pagamento de dividendos e que o facto de serem preferenciais significava apenas que o Banco tinha de pagar os dividendos estabelecidos ao Estado antes de pagar dividendos sobre aes ordinrias. Dado que os acionistas ordinrios no receberam quaisquer dividendos no perodo durante o qual o Estado deteve as aes preferenciais especiais com direito a dividendos, no existia, na opinio do Banco, qualquer obrigao de pagar dividendos preferenciais. Alm disso, o FHB argumentou que, de qualquer modo, o Estado no estava na posse das aes preferenciais especiais com direito a dividendos quando foram declarados os dividendos para o ano de 2009, dado que a recompra de aes tinha ocorrido anteriormente.

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    (1) Para uma explicao mais aprofundada das dificuldades do FHB, ver considerando 39 e seguintes da deciso de incio do procedimento, de 24 de janeiro de 2011.

    (2) Ver considerando 28, segundo travesso.

  • (33) O FHB informou a Comisso de que tinha participado no exerccio de testes de resistncia de 2010, realizado a nvel da UE e coordenado pelo Comit das Autoridades Europeias de Superviso Bancria, em cooperao com o BCE e a autoridade hngara de superviso financeira. O teste de resistncia foi centrado na adequao dos fundos prprios, no tendo os riscos de liquidez sido diretamente sujeitos a tal teste. Os resultados do teste, com base nos dados consolidados do final do exerccio de 2009, sugeriam, para o FHB, um amortecedor de [mais de 50] (*) milhes de EUR de fundos prprios de base (Tier 1) face ao limiar de 6 % do rcio de adequao dos fundos prprios para o FHB.

    (34) Pela Lei CX de 2010 relativa alterao de determinados atos referentes economia e finanas (a seguir designada Lei CX de 2010), que entrou em vigor em 21 de agosto de 2010, a Hungria alterou a Lei CIV de 2008 sobre a estabilidade do sistema de intermediao financeira (a seguir designada Lei de estabilizao). A Lei CX de 2010 criou, com efeitos retroativos, um direito legal que permitia ao Estado hngaro exigir uma remunerao ao FHB relativamente recapitalizao, embora o Estado hngaro no fosse j um acionista aquando da reunio de acionistas em que foi tomada uma deciso sobre o pagamento de dividendos.

    (35) Em 28 de outubro de 2010, o Estado hngaro e o FHB assinaram um acordo nos termos do qual o FHB devia pagar uma remunerao de 890 milhes de HUF ao Estado hngaro relativamente recapitalizao, acrescida de juros de mora de 11 726 786 HUF.

    (36) O nvel da remunerao foi alegadamente determinado em funo das condies do regime de liquidez. As autoridades hngaras argumentaram que a recapitalizao tinha sido concedida a partir da mesma fonte de financiamento que o apoio liquidez sob a forma de emprstimo e, por essa razo, a remunerao relativa recapitalizao e ao apoio liquidez devia ser a mesma. O capital foi disponibilizado ao FHB em 6 de maio de 2009 e foi reembolsado em 19 de fevereiro de 2010. A taxa de juro que acabou por ser aplicada foi a mesma que a paga relativamente ao emprstimo de cerca de 400 milhes de EUR. Segundo as informaes fornecidas pela Hungria, a taxa de juro mdia mensal aplicada situava-se entre 3,79 % e 4,08 %; o montante efetivo foi calculado numa base semanal. De acordo com as informaes fornecidas pelas autoridades hngaras, o montante total da remunerao, de 890 milhes de HUF, foi pago no final de 2010.

    (37) Foram cobrados juros de mora de acordo com a taxa de referncia hngara de 5,97 % tal como publicada pela Comisso (1), acrescida de 100 pontos de base. Os juros de mora foram calculados para o perodo compreendido entre 21 de agosto de 2010, data de entrada em vigor da Lei de estabilizao alterada, at 28 de outubro de 2010, data em que o acordo foi assinado.

    (38) Em 15 de dezembro de 2011, o Estado hngaro e o FHB celebraram um novo acordo segundo o qual o Banco se comprometeu a pagar ao Estado um montante agregado de 10,49 % do total do montante recapitalizao (ou seja, um pagamento total de 2 491 742 552 HUF). Por conseguinte, nos termos deste novo acordo, o FHB comprometeu-se a pagar ao Estado, at 31 de dezembro de 2011, um montante adicional de 1 601 742 552 HUF, correspondente diferena entre o montante total da remunerao, de 890 milhes de HUF, mencionado no considerando 36, e a remunerao que j tinha sido paga em 28 de outubro de 2010.

    IV. O PLANO DE REESTRUTURAO

    (39) Em 30 de setembro de 2010, a Hungria apresentou Comisso um plano de reestruturao atualizado para o FHB. Por carta de 3 de outubro de 2011 foram apresentadas Comisso informaes adicionais sobre o plano de reestruturao. Os principais elementos do plano de reestruturao tinham j sido descritos na deciso de incio do procedimento da Comisso. Em 3 de outubro de 2011 foram transmitidos elementos adicionais que so descritos nas seces 4.1 a 4.3.

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    (*) Segredos comerciais (1) JO C 14 de 19.1.2008, p. 6 e Taxas de base (desde 1.7.2008, EUR27) calculadas de acordo com a Comunicao da Comisso

    de 19.1.2008 disponvel no seguinte endereo: http://ec.europa.eu/competition/state_aid/legislation/reference_rates.html

  • 4.1. VIABILIDADE

    (40) Em 2010, o contexto econmico internacional e nacional era bastante difcil, embora se registassem sinais de melhoria. Em 2010, a rendibilidade do setor bancrio hngaro foi ainda muito inferior do ano anterior. Por fora da Lei XC de 2010, que entrou em vigor em 13 de agosto de 2010, o Governo hngaro introduziu um imposto especial a pagar pelas instituies financeiras, correspondente a um total de 187 mil milhes de HUF e pago principalmente pelas instituies de crdito.

    (41) Durante todo o ano de 2010 a procura de emprstimos por parte de clientes particulares sofreu uma forte reduo; simultaneamente, o lado da oferta foi debilitado pelas alteraes desfavorveis verificadas no quadro regulamentar e nas condies de mercado. A concesso de emprstimos s empresas foi tambm na generalidade afetada, embora alguns bancos incluindo o FHB tivessem alargado as suas atividades destinadas s empresas.

    (42) O acontecimento mais importante no que se refere tanto aos resultados operacionais como aos resultados financeiros do FHB foi a aquisio do Allianz Commercial Bank Ltd (a seguir Allianz Bank) e o acordo de cooperao estratgica a longo prazo entre a Allianz Hungaria Insurance Co. Ltd. (a seguir Allianz Hungaria Insurance) e o FHB. A aquisio foi concluda em 30 de setembro de 2010. Ao mesmo tempo, foi lanado um projeto de integrao no FHB, a fim de realizar uma fuso entre o Allianz Bank e o FHB Commercial Bank e de racionalizar e otimizar as operaes de todo o grupo (rede de agncias, canais de distribuio, carteira de produtos, funcionamento das TI, estrutura organizativa e recursos humanos, etc.).

    (43) A aquisio afetou de modo positivo os lucros lquidos do grupo FHB em 2010; alguns elementos pontuais relacionados com a aquisio vieram compensar o impacto negativo do imposto especfico para o setor bancrio, as perdas registadas na carteira de emprstimos e o aumento do custo do financiamento. Os lucros totais do FHB em 2010 ascenderam a 11,2 mil milhes de HUF, o que representou um aumento de 58,9 % em comparao com 2009.

    (44) Na sequncia da aquisio do Allianz Bank, o nmero de contas bancrias de particulares e de empresas no FHB aumentou significativamente, de [] em dezembro de 2009, para [], em dezembro de 2010 (+ [] %). No entanto, devido ao grande nmero de contas no movimentadas, o montante dos depsitos no aumentou proporcionalmente, tendo aumentado de [] mil milhes de HUF em dezembro de 2009, para [] mil milhes de HUF em dezembro de 2010 (+ [] %). A quota de mercado do FHB nos mercados dos depsitos de particulares e de empresas aumentou, respetivamente, de [] % para [] %, e de [] % para [] %. Por conseguinte, a aquisio do Allianz Bank veio aumentar a percentagem de depsitos na combinao de financiamento do FHB, reduzindo o montante de obrigaes hipotecrias de [] mil milhes de HUF em 2010 para [] mil milhes de HUF em 2011.

    (45) O FHB considera que, com base nas previses do seu balano consolidado e da demonstrao de resultados para 2011, deve atingir um RAFP de cerca de [] % em dezembro de 2011. Esta previso tem em conta o pagamento adicional ao Estado hngaro no que diz respeito recapitalizao efetuada em maro de 2009, que foi realizado em 15 de dezembro de 2011, de acordo com o Estado hngaro.

    4.2. REPARTIO DOS ENCARGOS

    (46) Relativamente recapitalizao de 30 mil milhes de HUF, o FHB pagou uma remunerao de 890 milhes de HUF em outubro de 2010. A taxa de juro inicialmente aplicada foi a mesma que a paga para o emprstimo de 120 mil milhes de HUF, correspondendo a uma mdia mensal situada entre 3,79 % e 4,08 %.

    (47) Nos termos do novo acordo, assinado em 15 de dezembro de 2011 entre o FHB e o Estado hngaro, o Banco comprometeu-se a pagar ao Estado uma remunerao total de 2 491 742 552 HUF, que representa 10,49 % do montante da recapitalizao, como inicialmente acordado entre o Banco e o Estado no acordo de recapitalizao.

    4.3. MEDIDAS DE LIMITAO DAS DISTORES DA CONCORRNCIA

    (48) As informaes adicionais apresentadas em outubro de 2011 no abordavam especificamente as distores da concorrncia, para alm de sublinharem o facto de, apesar da aquisio do Allianz Bank, a quota de mercado do FHB no que diz respeito aos depsitos de particulares e de empresas ter permanecido limitada (em [0,7 %1,3 %] e [0,4 %0,95 %], respetivamente, em 31 de dezembro de 2010 e [0,65 % 1,3 %] e [1 %1,35 %], respetivamente, em 30 de junho de 2011).

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  • V. RAZES QUE JUSTIFICAM O INCIO DO PROCEDIMENTO FORMAL DE INVESTIGAO

    (49) A Comisso deu incio a um procedimento formal de investigao por ter considerado que as principais hipteses subjacentes ao plano de reestruturao e s previses relativas s atividades do FHB no estavam suficientemente fundamentadas e no tomaram em considerao a recente aquisio do Allianz Bank pelo FHB. Alm disso, a Comisso expressou igualmente dvidas quanto viabilidade a longo prazo do FHB dada a sua forte exposio ao financiamento interbancrio e ao mercado imobilirio na Hungria.

    (50) Alm disso, dado o baixo nvel de remunerao do Estado paga em outubro de 2010 sobre o montante da recapitalizao (correspondente a uma taxa de juro mdia situada entre 3,79 % e 4,08 %, tal como estabelecido no regime de liquidez), a Comisso expressou igualmente dvidas quanto ao facto de a contribuio prpria do Banco para o esforo de reestruturao ser suficiente. A aquisio do Allianz Bank pelo FHB e o acordo celebrado com a Allianz Hungaria Insurance suscitaram tambm dvidas quanto ao facto de o auxlio estar limitado ao mnimo necessrio.

    (51) Por ltimo, a Comisso considerou igualmente que as autoridades hngaras no tinham demonstrado que tivessem sido tomadas medidas suficientes para limitar as distores da concorrncia causadas no mercado pelos auxlios recebidos pelo FHB, em especial atendendo sua estratgia de expanso, sua recente aquisio do Allianz Bank e remunerao insuficiente paga relativamente recapitalizao concedida pelo Estado.

    VI. OBSERVAES DAS PARTES INTERESSADAS

    (52) A Comisso recebeu observaes da Associao de bancos hngaros de crdito hipotecrio (a seguir a Associao), em 18 de julho de 2011. Nas suas observaes, a Associao recordou a gravidade da crise que afetou a economia hngara e o setor bancrio em 2008-2009 e indicou que a recapitalizao do FHB foi efetuada devido ao difcil contexto macroeconmico decorrente da crise. A interveno do Estado a favor do FHB destinava-se a dar resposta a uma situao de risco grave para o setor do crdito hipotecrio hngaro e para o mercado das obrigaes hipotecrias. Com efeito, na sequncia da vulnerabilidade relativamente flutuao cambial, ao reforo do franco suo contra o forint hngaro, diminuio dos rendimentos dos consumidores e ao aumento do desemprego, assistiu-se a uma degradao rpida e significativa da qualidade do crdito hipotecrio, a um aumento do nmero de maus crditos e a uma diminuio das possibilidades de financiamento para os bancos. Foi o que se passou especialmente no caso do FHB, que financiado a partir do mercado de capitais.

    VII. OBSERVAES DOS ESTADOS-MEMBROS

    (53) A Comisso recebeu observaes das autoridades hngaras em 2 de maro de 2011, complementadas por observaes do FHB por carta de 11 de julho de 2011.

    7.1. VIABILIDADE

    (54) Em resposta s dvidas da Comisso quanto exatido das hipteses subjacentes ao plano de reestruturao do Banco, as autoridades hngaras afirmam que as previses financeiras se baseiam em pressupostos de peritos externos e esto em consonncia com as informaes disponveis no momento em que foram realizadas. Em termos de solidez, estas previses no so diferentes dos outros planos financeiros ou previses realizados pelo FHB.

    (55) Segundo as autoridades hngaras, a viabilidade a longo prazo do FHB est assegurada, e tal foi comprovado pelo xito que o Banco obteve na angariao de fundos tanto no mercado monetrio como no mercado de capitais: em 2009, o FHB emitiu cdulas e obrigaes hipotecrias num valor superior a 60 mil milhes de HUF e os investidores privados concederam tambm ao Banco emprstimos num total de [].

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  • (56) Alm disso, as autoridades hngaras afirmam que, no que diz respeito s contas de depsitos de particulares, os dados revelam que a quota do FHB neste segmento subiu de [] % para [] % em 2009; a projeo para o final de 2010, de [] %. Por outro lado, o nmero de contas de particulares, bem como a dimenso da carteira de contas deste tipo tem vindo a aumentar de forma constante e dinmica apesar de uma projeo de mercado de declnio. Por conseguinte, o Banco e as autoridades hngaras no consideram as projees relativas aos depsitos e contas de particulares excessivamente otimistas.

    (57) A posio de liquidez do FHB pode ser considerada estvel, o que se deve, nomeadamente, ao facto de o Banco ter de respeitar os requisitos em matria de liquidez impostos pelas agncias de notao. A situao de liquidez do Banco manteve-se estvel, mesmo nos perodos mais difceis da crise, facto confirmado pela carta de 19 de maro de 2009 do Governador do Banco Central da Hungria ao Ministro das Finanas.

    (58) Por ltimo, a deteriorao da qualidade dos ativos do Banco durante a crise deveu-se principalmente situao macroeconmica da Hungria, reduo dos rendimentos das famlias e ao aumento da taxa de emprego e no tendncia ascendente do franco suo face ao forint hngaro. Embora o FHB tenha lanado diversos regimes destinados a fazer face aos problemas dos devedores em dificuldades, a qualidade da carteira de emprstimos s ser permanentemente reforada atravs da recuperao econmica e da melhoria dos indicadores econmicos. As projees econmicas do Banco Central da Hungria e do Governo hngaro para 2011 so de crescimento do Produto Interno Bruto (a seguir designado PIB), de uma melhoria gradual da situao do emprego e de uma diminuio da taxa de desemprego, o que igualmente suscetvel de ter um impacto significativo na carteira de emprstimos do FHB.

    7.2. REPARTIO DOS ENCARGOS

    (59) As autoridades hngaras salientam que o FHB celebrou os acordos com o Allianz Bank e a Allianz Hungaria Insurance aps ter reembolsado o Estado na ntegra, em 19 de fevereiro de 2010, da totalidade do valor das aes emitidas e aps ter resgatado as aes emitidas durante a recapitalizao. Os acordos do FHB com a Allianz foram celebrados em junho e julho de 2010 e a aquisio teve lugar em setembro de 2010. Nessa altura, o FHB no detinha quaisquer fundos estatais. Por conseguinte, o FHB no pode ter financiado a aquisio a partir da recapitalizao reembolsada em fevereiro de 2010. As anlises e discusses preparatrias entre o FHB e a Allianz s tiveram incio aps o reembolso do emprstimo ao Estado. Alm disso, o preo de compra que o FHB pagou pelo Allianz Bank (tomando em considerao o valor das aes prprias) elevou-se a cerca de 3,3 mil milhes de HUF, embora o capital prprio do Allianz Bank atingisse praticamente 14 mil milhes de HUF em 30 de setembro de 2010. Assim, o FHB no necessitava de capital para adquirir o Allianz Bank e a operao no reduziu o seu capital prprio.

    (60) Alm disso, o auxlio limitou-se ao mnimo necessrio, o que se reflete no facto de o RAFP do FHB, que era de 11,3 % em 2008, s ter atingido o objetivo de 12 %, aprovado pela Comisso no mbito do regime de garantia e de capital, aps a recapitalizao.

    (61) As autoridades hngaras salientam igualmente que o FHB no pagou dividendos durante vrios anos consecutivos, tendo apenas readquirido uma pequena parte das suas aes em relao ao valor total do capital dos acionistas. Por conseguinte, dado que o montante dos fundos devolvidos aos proprietrios e acionistas foi reduzido ao longo dos ltimos anos, foi assegurada uma partilha de encargos adequada.

    7.3. MEDIDAS DE LIMITAO DAS DISTORES DA CONCORRNCIA

    (62) Para alm das medidas destinadas a limitar as distores da concorrncia mencionadas pela Comisso na sua deciso, as autoridades hngaras referem medidas adicionais relacionadas com o regime de garantia e recapitalizao e com o acordo de recapitalizao celebrado entre o FHB e o Estado hngaro:

    O Estado beneficia de um direito de veto especial sobre os pagamentos de dividendos e aquisies (1); e

    O Banco deve introduzir algumas restries no que se refere ao salrio, remunerao e benefcios dos seus funcionrios superiores at cessao do interesse do Estado hngaro (2).

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    (1) Ver artigo 13.o da Lei de estabilizao, pontos 25 e 26 da Deciso 664/2008/CE da Comisso e ponto 5 do acordo de recapitalizao. (2) Ver artigo 8.o, seco (3), subseco e), da Lei de estabilizao, ponto 27 (b) da Deciso 664/2008/CE e ponto 9 do Acordo de recapitali

    zao.

  • (63) As autoridades hngaras sublinham que, de acordo com a sua interpretao das regras em matria de auxlios estatais, estas medidas a nvel do comportamento e outras medidas de limitao das distores da concorrncia so vinculativas para o FHB ou foram-no enquanto o Estado foi acionista do Banco.

    (64) Para alm das medidas acima referidas, o FHB assumiu novos compromissos no ponto 3.8 do acordo de recapitalizao, que estabelece que a recapitalizao deve ser utilizada para alcanar os seguintes objetivos:

    Que o FHB proceda a um aumento de capital no FHB Commercial Bank;

    Que a recapitalizao contribua para a estabilizao dos mercados hngaros das cdulas hipotecrias e dos emprstimos hipotecrios e financie o desenvolvimento das atividades de concesso de emprstimos a clientes particulares e s PME;

    Que a recapitalizao melhore a estabilidade do FHB e reforce a sua presena ativa no mercado de capitais, contribuindo desse modo para o restabelecimento da confiana dos investidores;

    Que o FHB participe na consolidao dos segmentos de mercado acima referidos;

    Que o FHB otimize a sua estrutura de financiamento (estrutura do passivo);

    Que o FHB amplie o conjunto de ferramentas necessrias para evitar os impactos extremos de riscos macroeconmicos (taxa de cmbio) em termos de capital.

    (65) Contrariamente s dvidas expressas pela Comisso, a recapitalizao do FHB no tinha por objetivo provocar uma distoro da concorrncia atravs do aumento das atividades do FHB Commercial Bank. O aumento de capital neste ltimo banco foi um compromisso assumido no acordo de recapitalizao. A principal atividade do FHB Commercial Bank, tambm apoiada pelo aumento de capital de 25 mil milhes de HUF financiado pela recapitalizao do Estado, manteve-se. Registou-se um aumento constante da carteira de emprstimos s empresas que, no entanto, no ultrapassou a sua anterior tendncia de crescimento.

    (66) Na opinio das autoridades hngaras, decorre do atrs exposto que no existe qualquer fundamento para a opinio preliminar da Comisso relativamente s medidas destinadas a limitar as distores da concorrncia e para a sua alegao de que estas medidas so muito limitadas. Por conseguinte, as autoridades hngaras insistem que o acordo de recapitalizao cumpre os critrios estabelecidos tanto na Lei de estabilizao como nas comunicaes pertinentes da Comisso.

    VIII. APRECIAO DO AUXLIO

    8.1. EXISTNCIA DE AUXLIO

    (67) A Comisso j constatara na sua deciso de incio do procedimento, de 24 de janeiro de 2011, que tanto a recapitalizao como o apoio liquidez sob a forma do emprstimo contrado pelo FHB constituem auxlios estatais na aceo do artigo 107.o, n.o 1, do Tratado (1). Nem o Estado hngaro nem o FHB apresentaram qualquer argumento suscetvel de pr em causa esta concluso.

    8.2. LEGALIDADE DO AUXLIO

    (68) A Comisso tinha j declarado na sua deciso de incio do procedimento, de 24 de janeiro de 2011, que a recapitalizao a favor do FHB no estava em conformidade com as condies do regime de garantia e recapitalizao. Em especial, no foram respeitados os requisitos aplicveis quando o aumento de capital superior a 2 % dos APR do beneficirio. Por conseguinte, a medida deveria ter sido notificada Comisso separadamente, em conformidade com o disposto no regime de garantia e recapitalizao e no artigo 108.o, n.o 3, do Tratado.

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    (1) Ver considerando 89 e seguintes da deciso de incio do procedimento de 24 de janeiro de 2011.

  • (69) Assim, a Hungria concedeu ilegalmente um auxlio sob a forma de uma recapitalizao a favor do FHB, em violao do artigo 108.o, n.o 3, do Tratado.

    8.3. QUANTIFICAO DO AUXLIO

    (70) No contexto da reestruturao do FHB, devem ser tomadas em considerao todas as medidas que lhe foram concedidas. Por conseguinte, tanto a recapitalizao de 30 mil milhes de HUF como o emprstimo de apoio liquidez de 120 mil milhes de HUF devem ser tomados em considerao na apreciao da compatibilidade.

    8.4. COMPATIBILIDADE DO AUXLIO

    8.4.1. Base jurdica

    (71) Tal como fora j afirmado na deciso da Comisso de 24 de janeiro de 2011, dadas as circunstncias especficas dos mercados financeiros, a Comisso considera que as medidas podem ser examinadas nos termos do artigo 107.o, n.o 3, alnea b), do Tratado, que estipula que Podem ser considerados compatveis com o mercado interno: [] os auxlios destinados [] a sanar uma perturbao grave da economia de um Estado-Membro. Como a presente deciso tem por objetivo apreciar o auxlio recebido pelo FHB e o seu plano de reestruturao, a Comisso considera adequado basear a sua apreciao nas comunicaes relativas aplicao das regras em matria de auxlios estatais ao setor financeiro durante a crise (1). Em especial, no que se refere ao plano de reestruturao do Banco, a apreciao basear-se- na Comunicao relativa reestruturao (2).

    8.4.2. Compatibilidade do plano de reestruturao

    8.4.2.1. Restabelecimento da viabilidade a longo prazo da instituio

    (72) Na deciso de incio do procedimento (3), a Comisso manifestou dvidas quanto fiabilidade dos pressupostos utilizados pelo FHB nas suas projees financeiras. A Comisso observou que o plano de reestruturao apresentado pelo FHB em setembro de 2010 no explicava por que razo esses pressupostos estavam corretos. Alm disso, uma vez que as projees financeiras no pareciam ter em conta as consequncias da aquisio do Allianz Bank e do acordo celebrado com a Allianz Hungaria Insurance, a Comisso no podia considerar que as projees apresentadas continuavam a ser vlidas. A Comisso tambm manifestou dvidas quanto ao facto de os pressupostos do Banco assentarem num forte crescimento dos depsitos.

    (73) Alm disso, a Comisso expressou igualmente preocupaes no que se refere viabilidade a longo prazo do Banco, tendo em conta o modelo de negcios do FHB, que foi considerado vulnervel a crises de liquidez devido sua forte dependncia do financiamento interbancrio e pequena proporo de depsitos. A Comisso considerou que o plano de reestruturao do Banco de setembro de 2010, embora se centrasse nas perspetivas em termos de capital, no fornecia dados suficientes sobre o financiamento sustentvel do Banco a longo prazo.

    (74) Com base nas informaes complementares fornecidas no plano de reestruturao do Banco em outubro de 2011, a Comisso constata que as previses financeiras apresentadas no plano de reestruturao de setembro de 2010 tm por base pressupostos slidos e fiveis. Os dados atualizados, que incluem a aquisio do Allianz Bank, revelam um aumento dos depsitos de particulares e de empresas resultante das contas adquiridas ao Allianz Bank. Esta aquisio vem apoiar os pressupostos utilizados relativamente ao crescimento dos depsitos.

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    (1) Comunicao da Comisso sobre a aplicao, a partir de 1 de janeiro de 2012, das regras em matria de auxlios estatais s medidas de apoio aos bancos no contexto da crise financeira (JO C 356 de 6.12.2011, p. 7).

    (2) Comunicao da Comisso sobre o regresso viabilidade e a avaliao, em conformidade com as regras em matria de auxlios estatais, das medidas de reestruturao tomadas no setor financeiro no contexto da atual crise (JO C 195 de 19.8.2009, p. 9).

    (3) Ver considerando 108.

  • (75) Alm disso, a Comisso considera positivo o facto de o aumento dos depsitos contribuir para a diversificao das fontes de financiamento do Banco, para a reduo da importncia relativa das obrigaes hipotecrias na combinao de financiamento do Banco e para a diminuio da dependncia do Banco em relao ao financiamento interbancrio. Com base nas informaes fornecidas, a percentagem de financiamento interbancrio (ou seja, a soma dos ttulos emitidos, dos depsitos de bancos e da parte das obrigaes hipotecrias no utilizada para refinanciar emprstimos) diminuiu em termos de percentagem do total do passivo do Banco, passando de [35 %30 %] em 31 de dezembro de 2009, para [30 %25 %] em 31 de dezembro de 2010. Na sequncia deste reequilbrio da combinao de financiamento do Banco dando um maior peso aos depsitos, o seu custo de financiamento mdio (ou seja, as despesas com juros relativamente ao passivo total) melhorou, passando de [76,5] pontos de base em 31 de dezembro de 2009, para [65,5] pontos de base em 31 de dezembro de 2010. A rendibilidade dos ativos tambm melhorou, passando de [a 0,90 %1 %] em 2009 para [1,05 %1,10 %] em 2010. Esta tendncia positiva confirmada nas previses do Banco, com uma rendibilidade dos ativos que, em 2014, dever estabilizar-se em [1,05 %1,2 %] num cenrio de base e em [0,9 %1,05 %] num cenrio de crise. Em 2014, a rendibilidade do capital atingiria [11 % a 13 %] num cenrio de base e [10 %12 %] num cenrio de crise.

    (76) Na deciso de incio do procedimento, a Comisso tambm manifestou a sua preocupao sobre o carter suficiente das medidas previstas pelas autoridades hngaras nessa altura para fazer face exposio do FHB ao mercado imobilirio hngaro e s flutuaes cambiais desfavorveis. Contudo, com base nas informaes apresentadas pela Hungria em 9 de dezembro de 2011, a Comisso nota com satisfao que o FHB tomou as medidas necessrias para reduzir significativamente o seu envolvimento no mercado das obrigaes hipotecrias (1). O Banco tambm aumentou consideravelmente a sua proporo de emprstimos a particulares, que passou de [3 %5 %] em 2009 para [9 %11 %] em 2011. A Comisso constata ainda que o acordo Allianz (2) contribuiu significativamente para esta tendncia positiva. Quanto exposio do Banco a flutuaes cambiais desfavorveis, o compromisso assumido pelo FHB no sentido de ampliar o conjunto de ferramentas necessrias para evitar os impactos extremos dos riscos de taxa de cmbio em termos de capital pode ser aceite como adequado para dissipar as dvidas da Comisso (3), uma vez que prev a possibilidade de o Banco eliminar ou cobrir os seus riscos ligados ao cmbio resultantes de transaes em moeda estrangeira.

    (77) Por conseguinte, a Comisso considera que o plano de reestruturao atualizado, que toma em considerao a aquisio do Allianz Bank, proporciona uma justificao para os objetivos concretos das projees financeiras do FHB e contribui para o restabelecimento da viabilidade a longo prazo do Banco.

    8.4.2.2. Contribuio prpria do Banco (repartio dos encargos)

    (78) A Comisso considera positivo o facto de o montante da recapitalizao ter j sido inteiramente reembolsado ao Estado em 19 de fevereiro de 2010, ou seja num prazo inferior a um ano, e o facto de o Banco ter reembolsado o montante de auxlio utilizando os seus recursos prprios. O FHB recorreu tambm aos seus fundos prprios para reembolsar quatro fraes do emprstimo estatal intercalar devidas em 11 de fevereiro de 2011, 11 de maio de 2011, 11 de agosto de 2011 e 11 de novembro de 2011.

    8.4.2.3. Limitao dos custos da reestruturao, remunerao

    (79) A Comisso considera de forma positiva o reembolso antecipado ao Estado do montante da recapitalizao. Alm disso, a aquisio do Allianz Bank pelo FHB melhora o perfil de liquidez do Banco, aumentando o volume dos depsitos de particulares e de empresas. Esta aquisio constitui, por conseguinte, um aspeto importante do plano de negcios do Banco e contribui para a sua rendibilidade a longo prazo. Assim, no se pode considerar que o auxlio concedido ao FHB tenha sido utilizado para desenvolver as suas atividades em novos domnios, visto que o Allianz Bank e o FHB operam ambos nos mesmos mercados bancrios destinados aos particulares e s empresas. Por conseguinte, a Comisso considera que a aquisio do Allianz Bank Ltd pelo FHB constituiu uma medida adequada para manter a viabilidade a longo prazo do Banco.

    (80) A Comisso observa, alm disso, que as informaes facultadas pelas autoridades hngaras eliminam as dvidas expressas pela Comisso na deciso de incio do procedimento, de 24 de janeiro de 2011, quanto ao facto de a aquisio do Allianz Bank ter sido em larga medida realizada a expensas do Estado. A aquisio do Allianz Bank

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    (1) A partir de 30 de junho de 2011, o passivo do banco relativo a obrigaes hipotecrias diminuiu para [365 mil milhes de HUF 350 mil milhes de HUF] (de [435 mil milhes de HUF 445 mil milhes de HUF] no final de 2009) relativamente a um balano total de [835 mil milhes de HUF 845 mil milhes de HUF] a partir de junho de 2011 (em comparao com [800 mil milhes de HUF -810 mil milhes de HUF] no final de 2009), ao passo que, no mesmo perodo, o valor dos depsitos aumentou (de [60 mil milhes de HUF 65 mil milhes de HUF] em 2009, para [124 mil milhes de HUF 130 mil milhes de HUF em 2011).

    (2) O acordo Allianz diz respeito aquisio do Allianz Bank e fuso entre o Allianz Bank e o FHB, e ainda ao acordo de cooperao estratgica com a Allianz Hungary Insurance Co. Ltd.

    (3) Ver considerando 64, sexto travesso.

  • foi concluda em 30 de setembro de 2010, aps o reembolso da recapitalizao ao Estado em 19 de fevereiro de 2010. No que respeita aos montantes em dvida do emprstimo, a Comisso considera positivo o facto de o Banco ter j reembolsado quatro fraes do emprstimo desde fevereiro de 2011 (1). A apreciao da Comisso no alterada pelo facto de tomar em considerao a remunerao em falta da recapitalizao, ou seja, o montante que no foi inicialmente pago pelo FHB, visto que tal pagamento se elevava a cerca de 1,6 mil milhes de HUF (considerando 40) e que o preo pago pelo Allianz Bank foi de 3,3 mil milhes de HUF (considerando 60).

    (81) No que respeita remunerao das medidas de auxlio, a Comisso considera positivo que o FHB e o Governo hngaro tenham celebrado um acordo em 15 de dezembro de 2011, atravs do qual o FHB concordou em pagar ao Estado uma remunerao adicional de 1,6 mil milhes de HUF. Para alm do pagamento de 890 milhes de HUF, efetuado em outubro de 2010, o pagamento total relativamente recapitalizao do FHB pelo Estado hngaro corresponde taxa de remunerao de 10,49 %, em conformidade com as condies estabelecidas no regime de garantia e recapitalizao.

    (82) A Comisso considera positivo o facto de o Banco ter reembolsado a recapitalizao concedida pelo Estado num prazo inferior a um ano (ou seja, o Banco foi recapitalizado em 23 de maro de 2009 e o Estado foi reembolsado em 19 de fevereiro de 2010).

    (83) O emprstimo intercalar recebido pelo Banco ao abrigo do regime de liquidez acompanhado de uma remunerao, correspondente ao mais elevado dos seguintes valores (i) direitos de saque especiais do FMI (a seguir DSE) + 345 pontos de base e (ii) taxa interbancria de oferta a 12 meses (a seguir designada IBOR) + 100 pontos de base + 123,5 pontos de base (que corresponde a uma mdia mensal situada entre 3,79 % e 4,08 %), em conformidade com as condies estabelecidas no regime de liquidez.

    (84) O acordo de emprstimo relativo ao emprstimo intercalar do Estado prev o seu reembolso [] a partir de 11 de fevereiro de 2011. De acordo com as informaes fornecidas pelas autoridades hngaras, o FHB pagou quatro fraes do emprstimo que eram devidas em 11 de fevereiro de 2011, 11 de maio de 2011, 11 de agosto de 2011 e 11 de novembro de 2011. A Comisso considera positivo que, at agora, o FHB tenha respeitado atempadamente as suas obrigaes de pagamento no que se refere ao emprstimo intercalar. A Comisso no tem razes para duvidar que, no seu vencimento, o emprstimo ter sido reembolsado na ntegra e atempadamente.

    (85) Esta apreciao confirmada pelo bom desempenho do FHB apesar das dificuldades no setor bancrio hngaro e pelo seu rcio de fundos prprios de base (Core Tier 1) relativamente elevado (12 % no final de 2008, que aumentou para 16,9 % aps a recapitalizao em 2009 e permaneceu elevado, em 10,5 %, aps o reembolso do capital estatal). O requisito de capital para os bancos hngaros era de 8 % na mesma altura. Em contraste com alguns dos seus pares, o Banco conseguiu manter a sua forte posio em termos de fundos prprios (RAFP de 10,5 % em maro de 2009, aps o reembolso da recapitalizao ao Estado). Alm disso, manteve uma notao de Baa3 da agncia Moody's, um nvel que se situa ainda na categoria de investimento.

    (86) Tendo em conta estes factos, a Comisso considera que o FHB apenas registou dificuldades temporariamente e no de forma estrutural. Por conseguinte, a Comisso considera que a remunerao paga pelo Banco adequada, correspondendo remunerao exigida a um banco estruturalmente slido.

    (87) Dado que a viabilidade do Banco no foi afetada pelas dificuldades existentes na Hungria, a Comisso no ir solicitar que seja paga ao Estado uma remunerao adicional.

    (88) Alm disso, a remunerao que o FHB pagou ao Estado relativamente ao emprst