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ECG normal HA- Clínica Médica Discente: Henrique Yuji Watanabe HRAN- Escs 2011

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ECG normal

HA- Clínica Médica Discente: Henrique Yuji Watanabe

HRAN- Escs 2011

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Breve histórico

• Willem Einthoven (1860-1927)- holandês• Nos primeiros trabalhos eletrofisiológicos,

eletroscópio capilar em região precordial- inconveniência de inércia exagerada

• Necessidade de um melhor equipamento que superasse suas limitações

• Publicidade ao galvanômetro de corda em 1901* -Publicação: "Um novo galvanômetro“ em revista científica holandesa

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• 1903- Publicação de "O registro galvanométrico do eletrocardiograma humano, bem como uma revisão do eletrômetro capilar em fisiologia“- na mais prestigiosa revista de fisiologia da época com grande repercussão internacional

• 1924- Recebeu o Prêmio Nobel de medicina e fisiologia

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Contribuições de Einthoven

• Criação do triangulo eqüilátero- centro elétrico do coração

• Derivações bipolares do membros• Permitiu o emprego de eletrodos periféricos• Nomenclatura da ondas P, QRS e T

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Outros pesquisadores

• Wilson (1934)– Central terminal de potencial zero– Desenvolvimento das derivações “unipolares”- derivações V

• Kossan e Johnson 1935– Derivações Vr, Vl ,Vr

• American Heart Association - Cardiac Society of Great Britain and Ireland 1938– Padronização das derivações precordiais V1-6

• Golberger (1942)– Derivações aVR, aVL, aVF

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Tópicos

• Células do coração• A eletricidade e o coração• Tempo e voltagem• Ondas• Posicionamento de eletrodos e derivações• Leitura de eletrodos no ECG• Parâmetros de referência

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Células do coração

• 3 tipos básicos de células: Células P (pacemaker ou marca- passo):

automatismo De condução (células de transição e Purkinje):

condutibilidade Miocárdicas: contratibilidade

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Nó sinusalVias internodais (anterior, média

e posterior)

Nó atrioventricular

Feixe de His e seus ramos

Fibras terminais de Purkinje

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A eletricidade e o coração

• Uma eletricidade biológica inata permite o funcionamento cardíaco

• Eventos elétricos básicos: 1. Despolarização2. Repolarização

• ECG- registro dessa atividade elétrica

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Nó sinusal

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Nó atrioventricular

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Célula miocárdica

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Tempo e voltagem

• As ondas do ECG refletem primariamente a atividade elétrica das células miocárdicas

• As ondas produzidas por essa atividade têm 3 características principais a serem discriminadas:1. Duração2. Amplitude3. Configuração

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Papel de ECG

• Rolo de papel gráfico longo e contínuo, geralmente cor-de-rosa, com linhas que correm de forma vertical e horizontal que podem ser:– claras delineiam pequenos quadrados de 1x1 mm– escuras delineiam grandes quadrados de 5x5 mm

• O eixo horizontal mede o tempo (1 mm = 0,04 s)• O eixo vertical mede a voltagem (1 mm= 0,1 mV)

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Ondas

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Onda P

• Registro da despolarização atrial• Conformação: Pequena e arredondada• A 1ª metade da onda corresponde ao

componente atrial D, a 2ª ao componente atrial E

• Amplitude: < 0,25mV (2,5mm)• Duração: 0,08-0,1s (alguns colocam até 0,12s)• Eixo: Entre +300 e + 600

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Ativação atrial normal

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INTERVALO P-R

• Medir do início da onda P ao início do QRS• Varia de acordo com a idade e a freqüência

cardíaca• A maior parte do intervalo decorre de atraso

fisiológico da condução do nó atrioventricular, necessários para que os átrios sejam esvaziados antes da contração ventricular.

• Duração: 0,12-0,20s

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P-Ri

INTERVALO P-R

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SEGMENTO ST

• Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T• Deve estar no mesmo nível do PR

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Complexo QRS

• Representa a despolarização ventricular• Apresenta voltagem mais elevada- massa

ventricular• Duração: até 0,11s• Onda Q- 1ª deflexão p/ baixo• Onda R- 1ª deflexão p/ cima• Onda S- 1ª deflexão p/ baixo após uma deflexão

para cima• Se houver uma 2ª deflexão p/ cima ela é chamada

de R`

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Onda T

• Repolarização ventricular• Conformação: lenta e arredondada, o

componente ascendente é mais lento que o descendente

• Normalmente paralela ao complexo QRS, exceto nas precordiais direitas V1 e V2

• A amplitude e duração não são medidos

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Determinação da freqüência cardíaca

Regra: Dividir 1500 pelo número de quadradinhos entre as duas ondas R.Ex: -10mm (10 quadradinhos) corresponde a um ritmo de 150 bpm -15mm (15 quadradinhos) corresponde a um ritmo de 100 bpm -20mm corresponde um ritmo de 75 bpm

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Derivações para ECG padrão

12 derivações divididas em: • 6 Frontais• 6 Horizontais

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Posicionamento de eletrodos• 2 eletrodos são colocados nos braços e 2 nas pernas• Estes fornecem as bases para as 6 derivações dos membros• O potencial elétrico registrado é o mesmo com o eletrodo

em qualquer local do membro

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6 Derivações do plano frontal

• Divididas em 2 grupos:– Regulares (bipolares): DI, DII e DIII– Aumentadas (unipolares- uma única derivação é

escolhida como positiva e as demais são tornadas negativas): AVR, AVL e AVF

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Derivações regulares

3 derivações bipolares ou de Einthoven: • D I (Braco E +, Braco D -, ângulo de orientação: 0°)• D II (Perna E +, Braco D -, ângulo de orientação: +60°)• D III (Perna E +, Perna D -, ângulo de orientação: +120°)

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Derivações aumentas

3 derivações “unipolares” :• AVR ( braço direito + )• AVL ( braço esquerdo +)• AVF( perna esquerda +)

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Eixos das derivações frontais

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Posicionamento dos eletrodos

• Seis eletrodos são colocados no tórax, formando as 6 derivações precordiais:– V1 - 4° EICD linha paraesternal

– V2 - 4° EICE linha paraesternal

– V3 – No ponto médio entre V2 e V4 (entre o quarto e quinto espaços intercostais)

– V4 - 5° EICE linha hemiclavicular

– V5 - 5° EICE linha axilar anterior

– V6 - 5° EICE linha axilar média

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Vetores

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DECOMPOSIÇÃO VETORIAL A decomposição de vetores é usada para facilitar o cálculo do

vetor resultante.

Deste modo, podemos escrever ainda:

A2 = Ax2 +Ay2

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Leitura dos eletrodos no ECG

• A onda P é pequena e geralmente positiva nas derivações laterais esquerdas e inferiores. Freqüentemente é bifásica nas derivações III e V1, e é em geral mais positiva na derivação II e mais negativa na derivação AVR.

• A repolarização dos átrios- onda T atrial (Ta), com sentido oposto ao da onda P raramente é visualizada, já que sua voltagem é pequena e pode coincidir com QRS.

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• O complexo QRS é grande, e onda R altas (deflexões positivas) geralmente são vistas nas maiorias das derivações laterais esquerdas e inferiores.

• Progressão da onda R se refere ao aumento seqüencial das ondas R quando se progride pelas derivações precordiais de V1 a V5.

• Uma pequena onda Q inicial, representando a despolarização septal, freqüentemente pode ser vista em uma ou várias derivações laterais esquerdas e, as vezes, nas derivações inferiores.

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• A onda T é variável, mas geralmente é positiva nas derivações com ondas R altas.

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Roteiro de interpretação do ECG em 10 passos

Parâmetros Valores normais

1- Ritmo Ritmo sinusal

2- FC 60-100 bpm

Durações

3- onda P 0,08- 0,10s

4- Intervalo PR 0,12-0,20s

5- QRS 0,08-0,11

6- Intervalo QT 0,34-0,44

7- SAP +30° a +60° paralelo ao plano frontal

8- SAQRS -30° a +90° para trás

9- SAT Paralelo ao SAQRS no plano frontal

10- Conclusão

Adaptado de Bibliografia 1

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Referências bibliográficas

1. Friedmann, Antonio Américo; ECG: eletrocardiologia básica 2ª Ed.; São Paulo, Sanvier, 2000.

2. Guyton A.C.; Tratado de Fisiologia médica 10ª Ed.; Rio de Janeiro- RJ, Guanabara Koogan, 2002.

3. Thaler M.S.; ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária 5ª Ed.; Porto Alegre- RS, Artmed, 2007.