ebook #reduzirdesperdício

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Apresentação

_________________________

3

Reduzir o Desperdício de Água

_________________________

28

Legislação e Políticas Públicas

_________________________

4

Reduzir o Desperdício de Energia

_________________________

30

Integração de Políticas Públicas

_________________________

7

Reduzir o Desperdício de Resíduo

_________________________

32

Responsabilidade Socioambiental

_________________________

11

Consumo Sustentável em Casa

_________________________

35

Economia Colaborativa

_________________________

16

Serviços da Geo CTA

_________________________

38

Projeto #ReduzirDesperdício

_________________________

26

Considerações Finais

_________________________

40

Equipe Técnica

_________________________

41

Referências Bibliográficas

_________________________

41/42

#REDUZIRDESPERDÍCIO

“Este é um Projeto de Responsabilidade Socioambiental com Dicas para

reduzir o desperdício de água, energia e resíduos, através de um

método de economia colaborativa, coordenado pela Geo CTA

Consultoria Territorial e Ambiental”.

Hélio Rosa

Presidente da Geo CTA

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A história mostra que, desde os primórdios, a questão da sustentabilidade vem sendo motivo de preocupação. Na segunda metade do século XX o tema ganhou proporções e, desde então, cresce exponencialmente. Talvez não tanto quanto os especialistas desejassem, mas, de todo o modo, está na primeira linha dos grandes temas mundiais.

Cada um de nós, como consumidores de bens e serviços, como cumpridores responsáveis das políticas públicas e com o poder de compra que possuímos, precisamos dar o exemplo das boas práticas nas atividades que nos cabem. Desta forma, o material que compõe o “ebook” foi especialmente elaborado com o intuito de auxiliar no processo de inserção da responsabilidade socioambiental e da sustentabilidade em tais atividades.

A Geo CTA tem pautado suas atividades pela observância do que o bom senso aconselha em práticas do meio ambiente. Mais do que isso, tem procurado recomendar e difundir os mandamentos da matéria. Em realidade, pela importância dela, nunca é suficiente. Percebida uma lacuna que envolve o trabalho em condomínios verticais e horizontais e setores habitacionais, logrou-se obter do projeto #ReduzirDesperdício uma colaboração muito importante, que está consubstanciada na presente publicação.

Não ambicionamos esgotar o tema, mas confiamos que possa servir de base para ações que propiciem a melhoria do meio ambiente e, com sorte, inspiração para novas ideias e medidas nesse auto propósito.

O trabalho visa criar debate e diálogo em torno dos problemas urbanos e propor soluções inovadoras. Cidades Inovadoras são mais inteligentes, criativas, saudáveis, verdejantes, participativas, igualitárias, seguras, conectadas, vibrantes e felizes.

Dentre os eixos temáticos do “ebook” temos Eficiência Hídrica, Energética e de Resíduos, como também soluções para redução com Mudança de Hábito, Economia Colaborativa, Empreendedorismo e muito mais...

Convidamos você, leitor, a frequentar e participar de nossas redes sociais, onde

incentivamos a formação de uma comunidade virtual sobre o tema como forma de

enriquecimento do aprendizado e a construção de um Clube de Negócios Colaborativo para

compartilhar produtos e serviços dos parceiros e fidelizar clientes.

#ReduzirDesperdícios – Dicas e Notícias sobre soluções ambientais www.reduzirdesperdicio.com.br

Página da Geo CTA no Facebook - Notícias sobre sustentabilidade www.facebook.com/geocta

Website da Geo CTA - Consultoria territorial e ambiental www.geocta.com.br

Autor Helio Rosa ([email protected])

Todos os direitos reservados a Geo Consultoria Territorial e Ambiental

Setor Nova Esperança Conj. B Lote 20 – Mestre D’Armas - Planaltina/DF CEP: 73.350-680

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As ações necessárias para o alcance da sustentabilidade ambiental devem ser vistas como um conjunto único, uma vez que nenhuma ação, de forma isolada, é capaz de propiciar ganhos significativos no enfrentamento dos atuais desafios socioambientais, cada vez mais em evidência, tanto no cenário nacional como internacional. A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional desde a realização da Conferência de Estocolmo em 1972, ganhando destaque na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92), onde a proposta da sustentabilidade foi consolidada como diretriz para a mudança de rumo no desenvolvimento, com a aprovação da Agenda 21. Desde então, o conceito de desenvolvimento sustentável passou a ser um referencial para todos os países. Outras convenções internacionais passaram a oferecer elementos para fundamentar o arcabouço jurídico brasileiro, encontrando-se algumas delas incorporadas à legislação e/ou regulamentação específicas como por exemplo: ••Convenção de Basiléia sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito (Basiléia); •• Convenção sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado Aplicado a Certos Agrotóxicos e Substâncias Químicas Perigosas Objeto de Comércio Internacional – PIC (Roterdã); •• Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio; •• Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional especialmente como Habitat de Aves Aquáticas (Convenção RAMSAR); •• Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação; •• Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima; •• Protocolo de Quioto; ••Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20; No Brasil, a publicação da Lei nº 6.938, em agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, constituiu o marco inicial das ações para conservação ambiental e incorporação do tema nas atividades de diversos setores da sociedade. A partir daí várias normas e regulamentações passaram a disciplinar a questão ambiental, relacionadas à conservação do meio ambiente, uso dos ecossistemas, educação ambiental, água, patrimônio genético, fauna e flora, entre outras. Outro marco importante para a conservação ambiental no Brasil foi a publicação da Lei de Crimes Ambientais - nº 9.605, em fevereiro de 1998, que definiu sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, oriunda do Projeto de Lei nº 1.876/992 ) é a lei brasileira que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, tendo revogado o Código Florestal Brasileiro de 1965. Desde a década de 1990, a proposta de reforma do Código Florestal suscitou polêmica entre ruralistas e ambientalistas. O projeto que resultou no texto atual tramitou por 12 anos na Câmara dos Deputados.

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O Novo Marco Legal da Biodiversidade (13.120/2015) que deve facilitar o acesso de empresas e pesquisadores ao patrimônio genético brasileiro. A lei também visa proteger patrimônios genéticos naturais associados a comunidades tradicionais como povos indígenas, por exemplo. Política Nacional do Meio Ambiente Marco Histórico no Desenvolvimento do Direito Ambiental A legislação ambiental brasileira, um dos principais instrumentos da sustentabilidade ambiental, prevê a manutenção e conservação do meio ambiente ao mesmo tempo que contempla a necessidade de adoção de uma nova ética social, buscando explorar a dimensão econômica de forma racional e adequada, visando à manutenção do equilíbrio ecológico, garantia da saúde, qualidade de vida e bem-estar econômico, social e ambiental das milhares de famílias brasileiras. As questões ambientais fazem parte da agenda pública constituindo-se em fatores decisivos para o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, demandando a complementaridade e a interação entre as mais diversas ações do poder público. Essas ações devem, portanto, ser articuladas e implementadas de forma transversal para que possam contribuir para a consolidação das bases que permitirão a definição e implantação de uma política efetiva para o desenvolvimento sustentável do país. Posteriormente à Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, seguiu-se a Lei de Ação Civil Pública (Lei nº 7.347, de 1985) a qual tutela os valores ambientais, disciplinando a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

Constituição Federal Na Constituição Federal foi reservado um artigo específico para tratar do meio ambiente, o que demonstra a importância do tema para a sociedade brasileira. O artigo 225 impõe ao poder público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente e exige, na forma da lei, que sejam realizados estudos prévios de impacto ambiental para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente. Artigo 225 - “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida...” No texto constitucional foram atribuídas competências aos entes federados para a proteção ambiental, o que possibilitou a descentralização e permitiu à União, Estados, Municípios e Distrito Federal ampla competência para legislarem sobre matéria ambiental. Essas competências estão definidas nos art. 21, 22, 23 e 24. Além de um artigo exclusivo para tratar do meio ambiente, o texto constitucional também faz referência ao tema em outros artigos.

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Políticas Públicas Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público” (GUARESCHI et al, 2004, p. 180). A política pública compreende um elenco de ações e procedimentos que visam à resolução pacífica de conflitos em torno da alocação de bens e recursos públicos, sendo os personagens envolvidos nesses conflitos denominados “atores políticos”. A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes desafios da humanidade e exige ação do poder público para que seja possível garantir a inserção da variável socioambiental no processo decisório, particularmente na formulação das políticas públicas. Atualmente, 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro depende da biodiversidade, o que demanda a adoção de novos padrões de sustentabilidade, bem como a busca por novas formas – mais eficazes – de pensar o desenvolvimento, preservando os recursos naturais, dos quais depende a nossa economia e o crescimento sustentável do país. Desde 2003, quatro linhas básicas têm determinado o traçado da política ambiental do Brasil. Elas permeiam todas as iniciativas, ações, projetos, planos e programas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A promoção do desenvolvimento sustentável é a primeira delas. A segunda linha aborda a necessidade de controle e participação social; a terceira refere-se ao fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). O envolvimento dos diferentes setores do Poder Público na solução dos problemas ambientais, incluso no princípio da “transversalidade”, é a quarta e última linha que tem orientado a política ambiental. Essas quatro diretrizes têm direcionado as atividades do MMA, permitindo a construção de uma política ambiental integrada. É forçoso reconhecer que a aplicabilidade desses princípios, no caso brasileiro, esbarra em certos obstáculos, tais como a fragilidade institucional, a falta de uma base sólida de dados ambientais, recursos financeiros escassos e a carência de recursos humanos necessários à prática de gestão ambiental em todos os níveis. O processo de institucionalização das políticas ambientais no Brasil demanda um grande esforço de coordenação entre os diversos setores do governo. Para ampliar os níveis de eficácia da ação do Estado brasileiro na gestão ambiental, é necessário adotar estratégias que vão desde a correta aplicação dos instrumentos previstos na legislação até novas formas de atuação, com maior transparência, maior controle social e menor vulnerabilidade aos interesses econômicos e político-partidários.

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Política Nacional do Meio Ambiente A Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA foi instituída pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, com o intuito de preservar, melhorar e recuperar a qualidade ambiental propícia à vida, assegurando condições ao desenvolvimento sócio- econômico, à segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Visando um melhor entendimento do tema ambiental, o art. 3º da Lei 6.938/81 fornece as seguintes definições: Meio Ambiente - o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Degradação da Qualidade Ambiental – a alteração adversa das características do meio ambiente; Poluição - a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. Poluidor - pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; Recursos Ambientais - a atmosfera; as águas interiores, superficiais e subterrâneas; os estuários; o mar territorial; o solo; o subsolo e os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

É importante ressaltar que a Política Nacional do Meio Ambiente consagrou um princípio muito importante quanto à responsabilidade do poluidor. Em questões ambientais ela é objetiva, isto é, independe da existência de dolo (intenção de causar o dano) ou culpa (negligência, imperícia ou imprudência). O poluidor é responsável pelos danos causados ao Meio Ambiente e a terceiros, devendo repará-los. Outro ponto importante da lei diz respeito ao art. 9º, no qual encontram-se enunciados os Instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente, como o zoneamento ambiental, avaliação de impacto ambiental, licenciamento ambiental, sistema de informações sobre o meio ambiente, cadastro técnico federal de atividades e relatório de qualidade do meio ambiente. Impacto Ambiental - “Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividade humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; e as condições dos recursos ambientais.”

A Lei 6.938/81 (art. 6º) constituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, composto pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e também definiu as competências do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (art. 8º) que é o órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA.

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Lei de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) A Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico. Em seu art. 52, a lei determina que a União elabore, sob a coordenação do Ministério das Cidades, o Plano Nacional de Saneamento Básico – PNSB, abrangendo o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e, o manejo de águas pluviais urbanas, além de outras ações de saneamento básico de interesse para a melhoria da salubridade ambiental. A lei estabelece ainda que o PNSB deverá conter: (a) objetivos e metas nacionais e regionalizadas, de curto, médio e longo prazos, com vistas à universalização dos serviços e ao alcance de níveis crescentes de saneamento básico; (b) diretrizes e orientações para o equacionamento de condicionantes de natureza político-institucional, legal e jurídica, econômico-financeira, administrativa, cultural e tecnológica com impacto na consecução das metas e objetivos estabelecidos; (c) proposição de programas, projetos e ações necessários ao atingimento dos objetivos e metas da Política Federal de Saneamento Básico, com identificação das fontes de financiamento; (d) diretrizes para o planejamento das ações de saneamento básico em áreas de especial interesse turístico; (e) procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações executadas.

Política Nacional Urbana – Estatuto Das Cidades O Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) regulamentou o capítulo de política urbana da Constituição Federal (art. 182 e 183) e estabeleceu diretrizes gerais para a política urbana, bem como normas de ordem pública

e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, segurança e bem-estar dos cidadãos e equilíbrio ambiental. De acordo com o texto do estatuto, a política urbana deve buscar o ordenamento para pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, tendo como uma de suas diretrizes evitar a poluição e a degradação ambiental. O estatuto também definiu o zoneamento ambiental como um dos instrumentos da política urbana para ordenação do território e desenvolvimento econômico e social. Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) O Projeto de Lei que o Governo Federal encaminhou à Câmara dos Deputados foi a primeira iniciativa do Executivo que propõe regulamentar a questão dos resíduos sólidos, estabelecendo as diretrizes para sua gestão integrada. Dentre os principais avanços contidos no PL, destacaram-se a responsabilização do gerador pelos resíduos gerados, desde o acondicionamento até a disposição final ambientalmente adequada; a elaboração de Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pelo titular dos serviços; a análise e avaliação do ciclo de vida do produto e a logística reversa. Criou, ainda, mecanismos para uma mudança de comportamento em relação aos atuais padrões insustentáveis de produção e consumo para a adoção e internalização do conceito dos 5 Rs: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, em todas as etapas do processo. Também buscou consolidar o controle social nas várias etapas da atividade no que se refere aos resíduos domiciliares urbanos, desde o planejamento até a prestação dos serviços. O art. 3º trata do envolvimento do Poder Público e da coletividade na busca da efetividade das ações que envolvam os resíduos sólidos gerados.

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Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Nº 9.433/1997) A Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, nstituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – SNGRH. Constituem-se em fundamentos da PNRH: I – a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da PNRH e atuação do SNGRH; VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. A PNRH tem por objetivo promover a utilização sustentável dos recursos hídricos e a prevenção contra os eventos hidrológicos nocivos e busca: I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Foram definidos como instrumentos da PNRH: Os planos de recursos hídricos (planos de bacia hidrográfica, planos estaduais de recursos hídricos e o plano nacional de recursos hídricos), o enquadramento dos corpos de água em classes segundo os usos preponderantes, a outorga dos direitos de uso dos recursos hídricos, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos e o sistema de informações sobre recursos hídricos.

Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei Nº 9.985/2000) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC tem por objetivo garantir a biodiversidade, a diversidade dos recursos genéticos e a integridade dos processos ambientais, tanto por meio da preservação quanto da conservação dos ecossistemas. O SNUC é constituído pelas unidades de conservação, que são espaços territoriais e seus recursos ambientais, com características naturais relevantes legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. A Lei 9.985/2000 prevê que sua criação e gestão ocorram em consonância com as políticas administrativas do uso da terra e das águas e com a participação da população local, promovendo o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais. As unidades de conservação dividem-se em dois grupos: as de proteção integral e as de uso. O SNUC é gerido pelo CONAMA, seu órgão consultivo e deliberativo; pelo Ministério do Meio Ambiente, órgão central que atua como coordenador; e pelo Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, e os órgãos estaduais e municipais como órgãos executivos, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais nas respectivas esferas de atuação sustentável. As primeiras abrangem as estações ecológicas, as reservas biológicas, os parques nacionais, os monumentos naturais e os refúgios de vida silvestre e visam à preservação do ambiente local, enfatizando determinadas características ambientais em particular. As unidades de uso sustentável visam promovera conservação do local, ou seja, o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.

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Tais unidades compreendem as áreas de proteção ambiental (APA), áreas de relevante interesse ecológico (ARIE), florestas nacionais (FLONA), reservas extrativistas (RESEX), reservas de fauna, reservas de desenvolvimento sustentável e reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), assim denominadas segundo seu propósito principal. Cada unidade de conservação possui um conselho consultivo ou deliberativo responsável por sua gestão e por seu plano de manejo, cujos representantes envolvem órgãos públicos, organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, quando for o caso.

modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal, sendo um direito de todos. A educação ambiental visa ao desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. Portanto, é dotada de uma visão holística, que considera a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade. A educação ambiental se faz valer tanto de maneira formal, permeando as várias disciplinas das instituições de ensino, como informal, por meio da sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e estímulo a sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Sua abrangência compreende as três esferas de governo – União, estados e municípios. A estrutura da Política Nacional de Educação Ambiental possui como organismos gestores o Órgão Gestor e o Comitê Assessor no âmbito da União; as Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental e Secretarias Estaduais nos estados; e as Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente no âmbito dos municípios.

Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999) Entende-se por educação ambiental (EA) os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A Lei 9.795/99 define a EA como um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e

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O processo econômico decorrente da globalização, as transformações políticas e sociais mundiais, a inovação tecnológica e científica e, mais recentemente, os impactos das mudanças climáticas, têm evidenciado a importância e a fragilidade da agenda socioambiental global e, ao mesmo tempo, destacado a preocupação de governos e sociedade, principalmente no que diz respeito à necessidade de revisão dos atuais padrões insustentáveis de produção e consumo e modelos econômicos adotados pelos países desenvolvidos e economias emergentes, como é o caso do Brasil. Nos últimos anos, o modelo econômico globalizado tem sofrido críticas severas, principalmente no que diz respeito ao acirramento das desigualdades regionais. O movimento “anti-globalização”, por exemplo, tem atuado em resposta à globalização dos mercados pelas grandes corporações transnacionais, colocando-se em oposição ao “abuso da globalização e das instituições internacionais que promovem o neoliberalismo sem consideração aos padrões éticos”. O movimento tem realizado protestos internacionais forçando a inclusão de tópicos globais e dos impactos sociais e ambientais nas agendas das corporações e dos órgãos públicos, com vistas a mudar os atuais padrões de crescimento e políticas econômicas desenvolvidas. Desde a Declaração de Estocolmo, vários são os tratados, convenções internacionais, discursos e argumentos em favor do desenvolvimento sustentável e da conservação ambiental. É evidente que muitos reconhecem a sua importância e não se pode negar que muitas ações importantes foram executadas e outras estão em execução, entretanto, a efetividade de todas as iniciativas deve ser melhor avaliada, com vistas ao seu aperfeiçoamento e efetividade. No Brasil, a extensão territorial é um dos fatores a ser considerado para a avaliação das limitações e fragilidades de programas e projetos de caráter socioambiental que buscam trazer a sustentabilidade ambiental do discurso para a prática. A riqueza ambiental do território brasileiro somada à diversidade de biomas e as possibilidades e forma de exploração de seus recursos, geram a urgente necessidade de mudança não apenas na postura, mas nos resultados obtidos a partir da implementação das diversas iniciativas denominadas socioambientais, mas que não englobam de uma forma sistêmica todas as suas dimensões (econômica, social, ambiental, política e cultural). As questões que remetem à Responsabilidade Socioambiental (RSA) são globais e sua compreensão é diferente por parte das empresas e instituições (governamentais ou não), dependendo dos impactos e da influência dos desafios econômicos, sociais e ambientais a serem enfrentados, bem como dos padrões internacionais e nacionais adotados como referência para o desenvolvimento em cada um dos diferentes países. Entretanto, a importância da criação e adoção de políticas e programas de RSA aumentou e pode ser considerada, em grande medida, como resultado do processo desigual e desequilibrado de globalização das economias bem como da pressão exercida por organizações e movimentos sociais.

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Apesar da crescente importância do tema observada nos últimos anos, a noção de responsabilidade social não é nova e, desde os anos 80, faz parte de uma agenda voluntária do setor empresarial relacionada ao desenvolvimento de projetos e ações de cunho social. A partir de 1990, o número de iniciativas e as discussões relacionadas ao tema se expandiram e atualmente – como mencionado anteriormente – o assunto faz parte da agenda internacional, não apenas restrita ao setor empresarial, mas também no âmbito das instituições governamentais que, cada vez mais, têm participado como ator do processo, inclusive criando estruturas de governo específicas para tratar do tema. No âmbito do setor empresarial, a responsabilidade social das empresas é, essencialmente, um conceito que expressa a decisão de contribuir voluntariamente em prol de uma sociedade melhor e um meio ambiente mais equilibrado e sadio. Os compromissos assumidos de forma voluntária pelas empresas vão além das obrigações legais, regula entares e convencionais que devem obrigatoriamente ser cumpridas. As empresas que optam por investir em práticas de responsabilidade social elevam os níveis de desenvolvimento social, proteção ao meio ambiente e respeito aos direitos humanos e passam a adotar um modo de governança aberto e transparente que concilia interesses de diversos agentes em um enfoque global de qualidade e viabilidade. Muitas empresas têm desenvolvido os seus programas de responsabilidade social segundo a abordagem do “triple bottom line”, que se constitui na principal ferramenta do Índice de Sustentabilidade da Dow Jones (Dow Jones Sustainability Index) da Bolsa de Valores de Nova Iorque e do Índice de Sustentabilidade Social (ISE) da Bovespa. O conceito se refere a um conjunto de indicadores utilizado para a avaliação do desempenho econômico das empresas e das suas ações de responsabilidade social e ambiental.

No cenário atual, a RSA deixou de ser um conceito restrito aos projetos sociais de cunho filantrópico de algumas empresas e passou a envolver um espectro mais amplo, com temas que integram acordos internacionais, como é o caso da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Agenda 21, Declaração de Copenhague para o Desenvolvimento Social e as Metas do Milênio. Os princípios constantes desses acordos constituem o amplo escopo do conceito de RSA que ganhou expressão mundial no ano de 1999, durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos (Suíça), quando o então Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, propôs aos líderes empresariais mundiais a adoção do Pacto Global (“Global Compact”). A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948, é um dos documentos básicos das Nações Unidas e nela estão enunciados os direitos que todos os seres humanos possuem. A declaração tem sido usada como princípio e guia das atividades empresariais consideradas socialmente responsáveis. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.” (Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos).

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Meio Ambiente, Direitos Humanos e Democracia Participativa – Pilares de uma Sociedade Sustentável A Declaração da Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre os princípios e direitos fundamentais no trabalho foi adotada em junho de 1998, e se trata de uma reafirmação universal do compromisso dos Estados Membros e da comunidade internacional em geral de respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, que são reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores. Os princípios e direitos fundamentais incluem oito Convenções relacionadas a quatro áreas básicas: liberdade sindical e direito à negociação coletiva, erradicação do trabalho infantil, eliminação do trabalho escravo e não discriminação no emprego ou ocupação. A OIT foi fundada em 1919 com o objetivo de promover a justiça social e é a única agência do Sistema das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual os representantes dos empregadores e dos trabalhadores têm os mesmos direitos que os do governo. Durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social, realizada em 1995 em Copenhague, Dinamarca, os líderes mundiais assumiram o compromisso de erradicar a pobreza do mundo e estabeleceram um plano de ação. A Declaração de Copenhague reafirmou o compromisso da Organização das Nações Unidas com o conceito de desenvolvimento sustentável (no qual as dimensões social, econômica e ambiental estão intimamente entrelaçadas), assumindo a erradicação da pobreza “como um imperativo ético, social, político e econômico”. Em 2000, foi aprovada a Declaração do Milênio, um compromisso político que sintetizou várias das importantes conferências mundiais da década de 90, articulou as prioridades globais de desenvolvimento e definiu metas a serem alcançadas até 2015.

O documento incluiu na pauta internacional de prioridades temas fundamentais de direitos humanos sob a perspectiva do desenvolvimento, especialmente direitos econômicos, sociais e culturais. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) privilegiaram uma perspectiva de acompanhamento dos avanços, de metas e prioridades a alcançar, enquanto a perspectiva de direitos humanos tem uma visão mais ampla – aborda tanto metas intermediárias como metas integrais de fortalecimento de direitos, abarcando assim a amplitude da dignidade humana. Criação de um ambiente econômico, político, social, cultural e legal que permitirá às pessoas alcançarem o desenvolvimento social; Erradicação absoluta da pobreza com o estabelecimento de metas para cada país; Emprego universal como uma meta política básica; Promover a integração social baseada na promoção e proteção dos direitos humanos de todos; Igualdade entre os gêneros; Acesso igualitário e universal à educação e serviços de saúde primários; Acelerar o desenvolvimento da África e países menos desenvolvidos; Assegurar que programas de ajuste estrutural incluam metas de desenvolvimento social; Aumentar os recursos destinados ao desenvolvimento social; Fortalecer a cooperação para o desenvolvimento social através da ONU.

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Direitos Humanos Princípio 1 - Apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos internacionais dentro de seu âmbito de influência; Princípio 2 - Certificar-se de que suas corporações não sejam cúmplices de abusos em direitos humanos. Trabalho Princípio 3 - Apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva; Princípio 4 - Apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e compulsório; Princípio 5 - Apoiar a erradicação efetiva do trabalho infantil; Princípio 6 - Apoiar o fim da discriminação relacionada a emprego e cargo. Meio Ambiente Princípio 7 - Adotar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais; Princípio 8 - Tomar iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; Princípio 9 - Incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente sustentáveis. Em relação ao Pacto Global, o mesmo foi formalmente lançado como uma iniciativa voluntária, em 20 de julho de 2000, na Sede das Nações Unidas, objetivando promover valores universais junto ao setor privado, contribuindo para a geração de um mercado global mais inclusivo e sustentável por meio da implementação de princípios universais nas áreas de direitos humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental e combate à corrupção. Participam da iniciativa mais de 5.000 instituições signatárias articuladas por 150 redes ao redor do mundo, envolvendo agências das Nações Unidas, empresas, sindicatos, organizações não-governamentais, entre outros parceiros.

Além das iniciativas internacionais, outras nacionais e intersetoriais relacionadas ao tema e ao amplo escopo da RSA surgiram no mundo inteiro e têm envolvido e despertado o interesse não apenas o setor empresarial, mas também dos governos, em diversos países, que cada vez mais tem incluído o tema em suas agendas. Da mesma forma que o conceito, as práticas relacionadas à responsabilidade socioambiental estão em contínuo processo de construção e aperfeiçoamento. Atualmente, existe um grande número de ferramentas que estão sendo oferecidas como alternativas para os setores empresarial e governamental com vistas a promover avanços em seus projetos, tornando-os mais transparentes e incluindo a participação social. Em 2000, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou as “Diretrizes de Responsabilidade Social para Empresas Multinacionais” que estabeleceram princípios e padrões de cumprimento voluntário, com vistas a uma conduta empresarial responsável das empresas multinacionais e que têm sido utilizadas como instrumento para desenvolvimento de programas de responsabilidade social das empresas. As Diretrizes representam recomendações voluntárias e não vinculam governos às empresas. No Brasil, a Portaria do Ministério da Fazenda nº 92/MF, de 12 de maio de 2003, instituiu, no âmbito do MF, o Ponto de Contato Nacional para a Implementação das Diretrizes da OCDE para as Empresas Multinacionais – PCN, que possui, dentre outras atribuições, participar de conversações entre as partes interessadas em todas as matérias abrangidas pelas Diretrizes, a fim de contribuir para a resolução de questões que possam surgir no seu âmbito; cooperar com os Pontos de Contatos Nacionais dos demais países em relação às matérias abrangidas nas Diretrizes; e acompanhar e implementar, no que couber

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as Decisões do Conselho da OCDE sobre as Diretrizes. Além das iniciativas mencionadas neste texto, é importante destacar ainda o atual processo de construção da ISO 26000, prevista para ser concluída em 2010, que buscará estabelecer um padrão internacional de diretrizes de Responsabilidade Social e, diferentemente da ISO 9001 e da ISO 14001, não será uma norma para certificação. O processo atual de desenvolvimento da norma se diferencia dos anteriores e está sendo realizado por meio da criação de grupos de trabalho multissetoriais que envolvem a participação de representações dos trabalhadores; consumidores; indústria; governo; e organizações não governamentais (ONGs). Iso 26000 – Norma Internacional de Responsabilidade Social A ISO 26000 abordará como temas centrais: governança organizacional; direitos humanos; práticas do trabalho; meio ambiente; práticas leais (justas) de operação; questões relativas ao consumidor e, envolvimento e desenvolvimento da comunidade. Todas essas iniciativas internacionais têm sido traduzidas como novos padrões, acordos, recomendações e/ou códigos de condutas adotados em diferentes países, inclusive no Brasil, e fazem parte da agenda de responsabilidade socioambiental do setor empresarial e de instituições governamentais, principalmente das empresas públicas e sociedades de economia mista. A responsabilidade socioambiental é um processo contínuo e progressivo de desenvolvimento de competências cidadãs, com a assunção de responsabilidades sobre questões sociais e ambientais relacionadas a todos os públicos com os quais a entidade interage: trabalhadores, consumidores, governo, empresas, investidores e acionistas, organizações da sociedade civil, mercado e concorrentes, comunidade e o próprio meio ambiente.

As instituições devem buscar a mudança de hábitos e atitudes internas, promovendo uma nova cultura institucional de combate ao desperdício. Ao mesmo tempo, devem promover a revisão e adoção de novos procedimentos de economia dos recursos naturais, na medida em que esses serão consumidos com maior eficiência, além de beneficiar o meio ambiente com menores emissões de CO2. É uma prática voluntária, pois não deve ser confundida exclusivamente por ações compulsórias impostas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo). O conceito, nessa visão, envolve o beneficio da coletividade, seja ela relativa ao público interno (funcionários, acionistas, etc) ou atores externos (comunidade, parceiros, meio ambiente, etc.). Com o passar do tempo, tal concepção originou algumas variantes ou nuances. Assim, conceitos novos – muitas vezes complementares, distintos ou redundantes – são usados para definir responsabilidade social, entre eles Responsabilidade Social Corporativa (RSC), Responsabilidade Social Empresarial (RSE) e Responsabilidade Social Ambiental (RSA). Críticas em relação ao papel das empresas na responsabilidade social É importante frisar que o conceito não deve ser confundido com filantropia ou simples assistência social. Aqui, na lógica do “é melhor ensinar a pescar, do que dar o peixe”, entende-se responsabilidade social como um processo contínuo e de melhoria da empresa na sua relação com seus funcionários, comunidades e parceiros. Não há viés assistencialista uma vez que há uma lógica embutida de desenvolvimento sustentável e crescimento responsável. A maior parte das empresas que adotam postura socialmente responsáveis auferem um crescimento mais sustentável, ganhos de imagem e visibilidade e são menos propícias a litígios ou problemas judiciais.

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É uma miscelânea de mudanças de hábitos para a redução dos desperdícios de água, energia e

resíduos com apresentação de tecnologias inovadoras e metodologias da economia solidária e

empreendedorismo, fortalecendo a parceria e o networking com foco na responsabilidade

socioambiental e crescimento na vida integral, implantando um novo modelo de mercado

colaborativo, onde se compartilha negócios, fidelizando a relação empresa/consumidor e

todos saem ganhando.

Mudança de hábito pode minimizar redução de desperdício

A crise hídrica

Relatório divulgado em 2.012 pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o

desenvolvimento dos recursos hídricos no mundo, afirma que o crescimento sem precedentes

da demanda alimentícia, rápida urbanização e a mudança climática ameaçam

significativamente o abastecimento de água global.

Segundo o texto, divulgado no Fórum Mundial da Água, em Marselha, no sul da França, é

necessário tomar atitudes urgentes em diversos setores para evitar o desperdício de água.

O relatório diz que, sem medidas drásticas, a pressão da água vai agravar as disparidades

econômicas entre os países, atingindo principalmente os mais pobres.

O documento cita, por exemplo, que a utilização de recursos hídricos na agricultura deve

aumentar em 19% até 2050, índice que pode ser ainda maior, caso não se implemente novas

tecnologias e decisões políticas sobre o tema.

Sobre a questão do saneamento básico, 80% das águas residuais não são recolhidas, nem

tratadas e vão direto a outras massas de água ou se infiltram no subsolo, que é fonte de

problemas de saúde para a população e de uma deterioração do meio ambiente.

“A água doce não está sendo usada de forma sustentável, de acordo com as necessidades e

demandas”, afirma o diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, no prefácio do relatório.

Mudança de hábitos ajuda a reduzir o consumo de energia

Com o recente racionamento imposto pelo governo federal, economizar energia elétrica

tornou-se fundamental. Para atingir as metas estabelecidas pelas concessionárias, todos

precisam incluir mudanças no seu dia-a-dia. Portanto, fique atento à rotina e mude hábitos.

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Para quem não pode instalar sistema fotovoltaico, geradores ou aquecedores solares, a saída

está em pequenas atitudes e modificações domésticas, que não implicam necessariamente em

abrir mão do conforto.

Você já parou para pensar em quanto lixo produz todos os dias? O copo descartável de café,

o sachê de açúcar, a embalagem que envolve seu lanche...

Segundo dados da Abelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais) mais de 47% do lixo gerado no país em 2013 teve um destino inadequado. Além

disso, segundo o levantamento, o brasileiro vem gerando cada vez mais lixo: em 2013, foram

76 milhões de toneladas, 4,1% a mais do que no ano anterior.

Mudança climática

Outro ponto abordado pela ONU são as mudanças climáticas, que poderão ameaçar ao menos

2 bilhões de pessoas devido ao aumento da população em terras inundáveis e elevação do

nível do mar.

O custo econômico desta situação é considerável: em 2011, por exemplo, 90% dos desastres

naturais estavam ligados à água e o custo total de ao menos 373 catástrofes naturais

registradas em 2010 chegou a US$ 110 bilhões.

Mercado de sistemas para água de reuso cresce rapidamente

O reuso da água em residências, condomínios, prédios e shopping centers já é uma realidade

que vem ganhando muita força. Hoje com a crise da água, cresce a necessidade não só do

planejamento hídrico de água, mas também o planejamento e a infraestrutura adequada para

a água de reuso, que vem sendo uma das saídas encontradas e forma racional para amenizar o

problema antes que se agrave de vez. Dessa maneira, as empresas oferecem infraestrutura e

produtos para as ETES, que se tornam cada vez mais presentes nos empreendimentos, fazendo

parte da política de sustentabilidade e da economia que gera nas contas da água. Outra saída é

o aproveitamento da água da chuva, modo de utilizar um recurso disponível da natureza sem

agredi-la.

Um shopping center na Zona Sul de São Paulo usou um espaço ocioso da garagem para instalar

um sistema que trata e reaproveita 57% do próprio esgoto. A estação de tratamento fica na

área interna do 'caracol' formado pelas rampas do estacionamento coberto de veículos.

Todo esgoto captado dos vasos sanitários, pias de banheiros e da praça de alimentação do

Shopping é captado e enviado para um reservatório. Em seguida, a água passa por um

tratamento biológico, com membranas ultrafiltrantes, e depois recebe a finalização com cloro

antes de ser reaproveitada.

Ao todo, 2,5 milhões de litros de água de reuso são produzidos por mês. Depois do

tratamento, a água é reutilizada para fins não potáveis, como descargas dos banheiros e nos

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mictórios, além do sistema de ar condicionado, lavagem de docas e irrigação de áreas de

jardins.

Um Shopping, em São Paulo, trata o próprio esgoto e produz 2,5 milhões de litros de água de

reuso por mês. A empresa que implantou o sistema, até 2013 o centro de compras consumia 6

milhões de litros de água ao mês, sendo três mil litros fornecidos pela Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e o restante captado de poços artesianos.

Após a implantação do sistema, o shopping deixou de comprar água da Sabesp e dividiu o

consumo entre os 2,5 milhões de litros de reuso por mês e 3,5 milhões de litros de água dos

poços artesianos para os locais que demandam água potável, como as pias dos banheiros. O

shopping economiza cerca de R$ 340 mil por ano com o reaproveitamento de água após

tratamento de esgoto.

Produzir sua própria energia – Energia fotovoltaica

Frase de Nobuo Tanaka, Diretor executivo da Agência Internacional de Energia“ O sol poder

fornecer até 25% da eletricidade mundial em 2050″

Diariamente toneladas de energia chegam ao nosso planeta de forma gratuita e limpa. Os raios

solares, além de trazerem a luz e o calor essencial para a vida na Terra, podem ser

aproveitados para a geração de eletricidade. Como isto é possível? Através de uma tecnologia

chamada fotovoltaica, ou seja, luz transformada em eletricidade.

O termo ‘Fotovoltaica’ é o casamento de duas palavras: Foto = que tem sua raiz na língua

grega e significa “luz” e Voltaica = que vem de ‘volt’ que é a unidade para medir o potencial

elétrico.

Para fazer isto, são utilizadas células solares formadas por duas camadas de materiais semi-

condutores, uma positiva e outra negativa. Ao atingir a célula, os fótons da luz excitam os

elétrons, gerando eletricidade. Quanto maior a intensidade do sol, maior o fluxo de

eletricidade. O material mais comumente utilizado é o silício. Por ser o segundo elemento mais

abundante da face da terra, não há limites com relação à matéria-prima para produção de

células solares. A eletricidade gerada pelas células está em corrente contínua, que pode ser

imediatamente usada ou armazenada em baterias.

Em sistemas conectados a rede, a energia gerada precisa passar por um equipamento

chamado inversor, que irá converter a corrente continua em alternada com as características

(freqüência, conteúdo de harmônicos, forma da onda, etc) necessárias para atender as

condições impostas pela rede elétrica pública. Assim, a energia que não for consumida pode

também ser lançada na rede.

Não confunda, energia solar térmica com energia solar fotovoltaica!

Na solar térmica, a energia do sol é transformada em calor e é utilizada para o aquecimento de

água em residências, hotéis, clubes, etc. Neste caso, são usados COLETORES solares. Na solar

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fotovoltaica, a energia é diretamente convertida em eletricidade e, neste caso, são usados

MÓDULOS solares.

Como é feita a separação do lixo orgânico e inorgânico? Saiba qual tipo de resíduo pode ser

separado no orgânico ou inorgânico.

Ser responsável pelo lixo que geramos seja em casa ou no trabalho contribui para a

preservação do meio ambiente e ainda evita a super lotação de aterros sanitários. São

produzidos aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos no mundo inteiro de

acordo com o Pnuma (órgão de meio ambiente da ONU).

Para efetuar a separação do lixo para a coleta seletiva é preciso saber a diferença entre os

tipos de dejetos. O lixo orgânico é aquele que pode ser transformado em composto orgânico,

ou seja, adubo. Pode ser encontrado em resíduos de origem animal e vegetal, como restos de

carne, verduras, sementes e até o “lixo humano”, fezes e urina. O lixo orgânico é um grande

aliado da agricultura porque fertiliza a plantação sem a utilização de adubos industrializados.

O lixo inorgânico é produto da ação humana e vem de ações não naturais, ou seja, resíduos

que o homem produz como plástico, papéis, metais, garrafas e etc. A desvantagem deste tipo

de lixo é que a decomposição é demorada. Para o plástico se decompor, por exemplo, são

precisos 100 anos em média. Enquanto ele não se dissolve, se for jogado em local impróprio,

resulta em entupimento de bueiros e contribui para a poluição ambiental.

Dos 5.565 municípios brasileiros, 14% já possuem sistema de coleta seletiva, de acordo com

dados divulgados pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE). A Prefeitura de

São Paulo, por exemplo, dispõe deste serviço de coleta reciclável em dois dias na semana nos

bairros da capital. Informe-se na prefeitura da sua cidade sobre a política de recolhimento de

materiais recicláveis.

A reciclagem começa em casa na separação dos materiais. Veja como é fácil separar o lixo

orgânico do inorgânico:

1- Separe o lixo seco do lixo úmido;

2- Restos de vegetais, carnes e sementes de fruta podem ser colocados no lixo orgânico e

servir de adubo;

3- Não se esqueça de passar água nos materiais recicláveis, como frascos de iogurte de plástico

ou vidro que tenham outro tipo de líquido que possa atrair insetos;

4- Cuidado ao separar o óleo de cozinha, ele pode entupir o encanamento doméstico e

prejudicar o sistema de tratamento de esgoto. O mais indicado é armazená-lo em garrafas PET

e levá-lo a locais de coleta específicos;

5- O descarte de pilhas e aparelhos eletrônicos pode ser feito em redes privadas de telefonia

celular e eletrodomésticos.

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O que é Economia Solidária?

Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso

para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente.

Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de

geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma

diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas,

associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras,

que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias,

trocas, comércio justo e consumo solidário.

Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de

produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão.

Considerando essa concepção, a Economia Solidária possui as seguintes características:

Cooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades,

a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária.

Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas

(assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção,

comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres,

jovens etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam

um conjunto grande de atividades individuais e familiares.

Autogestão: os/as participantes das organizações exercitam as práticas participativas de

autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos

empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses,

etc. Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não

devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.

Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos

pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e

consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios

de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.

Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes

dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que levam ao

desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; no

compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a

comunidade local; na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de

base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e

populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e

consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

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Considerando essas características, a economia solidária aponta para uma nova lógica de

desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um

crescimento econômico com proteção dos ecossistemas. Seus resultados econômicos, políticos

e culturais são compartilhados pelos participantes, sem distinção de gênero, idade e raça.

Implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos

naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da

atividade econômica.

Sobre o empreendedorismo

O conceito mais aceito de "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph

Schumpeter em 1945 como sendo uma peça central à sua teoria da Destruição criativa.

Segundo Schumpeter o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas

para saber produzir, e capitalistas ao reunir recursos financeiros, organiza as operações

internas e realiza as vendas de sua empresa. De fato, Schumpeter chegou a escrever que a

medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo

econômico ao homem de negócios privado.

Mais tarde, em 1967 com Kenneth E. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o

conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985

com Gifford Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa

empreendedora mas dentro de uma organização.

Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de empreendedorismo,

Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o

processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários,

assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as

consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal.

No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a

abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma

condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores

que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos

e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país começou a

mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder

competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a

inflação e ajustando a economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e

respeito. A economia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de

trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as

exportações aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de

trabalhadores.

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Parceria

Parceria é o trabalho em conjunto que as pessoas fazem para alcançar um objetivo comum.

Para haver parceria entre os indivíduos, quase sempre eles devem possuir harmonia de

interesses, ou seja, alguém sempre vai ter que ceder (perder) em alguma vantagem para

manter a cooperação funcionando.

De acordo com as moralidades, todas as pessoas que estiverem se encontrando

propositalmente ou acidentalmente devem, no mínimo, se respeitarem, ou seja, tratar uma à

outra com educação, e se não poder ajudar o próximo, não o atrapalhar.

O problema é que essas regras morais não são exatas e podem ser burladas com certa

facilidade, e quando um indivíduo se sente injustamente denegrido por outro, há um início de

problema de relacionamento entre as partes.

O que é Networking:

Networking é uma palavra em inglês que indica a capacidade de estabelecer uma rede de

contatos ou uma conexão com algo ou com alguém.

Essa rede de contatos é um sistema de suporte onde existe a partilha de serviços e informação

entre indivíduos ou grupos que têm um interesse em comum.

É uma palavra inevitavelmente relacionada com o contexto empresarial e indica uma atitude

de procura de contatos com a possibilidade de conseguir subir na carreira. Apesar disso,

networking não é uma atividade egoísta, em que você só quer se aproveitar de uma pessoa

para o seu próprio bem. Deve existir um sentido de reciprocidade, o benefício deve ser mútuo,

porque mesmo que uma pessoa seja mais experiente, ela sempre pode aprender alguma coisa

com outra.

Quando uma empresa precisa contratar alguém, frequentemente aborda os seus funcionários

e pergunta se conhecem alguém na sua rede de contatos que possa desempenhar uma

determinada função. Quanto melhor for a capacidade de networking de uma pessoa, maior é a

sua probabilidade de ser indicada para um cargo quando surge a oportunidade.

Networking não é usar uma cunha, porque a competência da pessoa em questão não está em

causa. Networking é conhecer as pessoas certas, que podem dar uma referência ou fazer uma

indicação.

É importante salientar que networking não é apenas conseguir novos contatos, mas também é

saber manter os contatos que já fez no passado. Além disso, no networking é mais importante

a qualidade do que a quantidade dos seus contatos.

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O networking é uma ferramenta do marketing pessoal que depende muita da aptidão social de

alguém. Para construir uma boa rede de contatos é preciso ser eficiente no âmbito dos

relacionamentos interpessoais, e por isso o networking é muitas vezes trabalhado no coaching.

Segundo administrador de empresas e palestrante Max Gehringer, networking é "uma questão

de paciência e não urgência".

Responsabilidade Socioambiental

Está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e a políticas que tenham como um dos

principais objetivos a sustentabilidade. Todos são responsáveis pela preservação ambiental:

governos, empresas e cada cidadão.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) desenvolve políticas públicas que visam promover a

produção e o consumo sustentáveis. Produção sustentável é a incorporação, ao longo de todo

ciclo de vida de bens e serviços, das melhores alternativas possíveis para minimizar custos

ambientais e sociais. Já o consumo sustentável pode ser definido, segundo o Programa das

Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), como o uso de bens e serviços que atendam

às necessidades básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimizam

o uso de recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes

durante todo ciclo de vida do produto ou do serviço, de modo que não se coloque em risco as

necessidades das futuras gerações.

O Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentáveis é uma ação do MMA que tem o

objetivo de fomentar políticas, programas e ações que promovam a produção e o consumo

sustentáveis no país. Enfoca em seis áreas principais: Educação para o Consumo Sustentável;

Varejo e Consumo Sustentável; Aumento da reciclagem; Compras Públicas Sustentáveis;

Construções Sustentáveis e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Esse último

programa incentiva a incorporação de atitudes sustentáveis na rotina dos órgãos públicos do

país.

Para que as políticas públicas sejam cada vez mais próximas aos cidadãos, o MMA coordena as

conferências do meio ambiente, cuja proposta é ouvir governo nacional e local, iniciativa

privada, organizações não governamentais e cada brasileiro sobre a gestão ambiental no país.

Crescimento na vida integral

Trabalhar para a vida pessoal e as questões ligadas aos relacionamentos, planejamento,

motivação, comunicação, família, auto-desenvolvimento, alcance de metas, resolução de

conflitos e principalmente, ressignificação de conceitos e valores fundamentais na vida das

pessoas.

É uma forma de coaching especialmente trabalhada para profissionais que estão tendo seu

primeiro contato com o empreendedorismo, ou mesmo, para aqueles que já atuam e querem

por meio de um conjunto de estratégias e ferramentas, de forma objetiva, dinâmica e

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predominantemente prática, ter a oportunidade de desenvolver competências e habilidades

empreendedoras.

Um novo modelo de mercado colaborativo

Em 2000, nos Estados Unidos surgiu um novo conceito: a sociedade deveria passar a consumir

de maneira mais responsável e consciente. Após a crise econômica mundial, em 2008, esse

pensamento se fortificou e se tornou o que chamamos hoje de “Consumo Colaborativo”. À

época, os norte-americanos começaram a perceber que o seu ritmo de consumo era muito

acelerado e os movimentos que repensavam essa maneira de consumir ganharam espaço e se

multiplicaram. Nasce assim o conceito dos cinco C’s: Crie – Compartilhe – Curta – Comente –

Convide = incremento de venda.

Marcada pelo compartilhamento de recursos, a economia compartilhada vem ganhando mais

e mais força ao redor do mundo, e as grandes corporações podem entrar no barco ou serem

atropeladas por ela. O consumo colaborativo tem se provado um movimento duradouro,

abrangente e revolucionário, razão pela qual um grande número de empresas inovadoras,

como Patagônia, Toyota e NBC, por exemplo, já passaram a adotar estratégias baseadas no

compartilhamento em seus principais negócios.

A cadeia de valor da economia colaborativa mostra como as empresas podem repensar seus

modelos de negócios tornando-se “prestadoras de serviços”, “fomentadoras de mercado” ou

“provedoras de plataformas”. As empresas com visão de futuro empregam um modelo,

enquanto as mais inovadoras empregam todos os três, com a corporação no centro.

No coração da economia colaborativa, estão empresas e projetos que surgiram a partir de

variações sobre o tema do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer-to-peer). Carros,

alimentos, serviços, motos, moradia, informação, tecnologia, entre outros bens, podem ser

compartilhados.

A ascensão da economia colaborativa é direcionada e viabilizada por forças de mercado que

agora estão convergindo. Quanto mais elas aceleram, mais cresce a tendência.

O modelo já foi adotado por diversos setores e movimenta, no mínimo, US$ 100 bilhões de

dólares (0,14% do Produto Interno Bruto mundial em 2012), segundo a consultora Rachel

Botsman, uma das autoras do livro “O que é meu é seu”. A estimativa não é exata, segundo

ela, porque é difícil reunir dados precisos de alguns mercados.

Notoriamente, a economia colaborativa é responsável por três pilares: social, com destaque

para o aumento da densidade populacional, avanço para a sustentabilidade, desejo de

comunidade e abordagem mais altruísta; econômico, focado em monetização do estoque em

excesso ou ocioso, aumento da flexibilidade financeira, preferência por acesso X aquisição, e

abundância de capital de risco; e tecnológico, beneficiado pelas redes sociais, dispositivos e

plataformas móveis, e sistemas de pagamento.

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Para pegar carona nos novos caminhos que as forças de mercado traçam, as empresas já

existentes devem repensar seus modelos de negócios e incorporar um ou mais dos três

modelos colaborativos “prestadoras de serviços”, “fomentadoras de mercado” ou “provedoras

de plataformas”. Ao fazê-lo, elas vão evoluir ao lado de seus clientes e consumidores – e não

ser ultrapassadas por eles.

Parece que agregar valor em cada nível gera retorno, uma vez que esses três modelos

representam um aumento na maturidade, exigem um maior investimento e resultam em

maior benefício em cada nível. Exemplos em grandes corporações são a Toyota alugando

carros de concessionárias selecionadas e o Citibank patrocinando um programa de

compartilhamento de bicicletas na cidade de Nova Iorque, como já ocorre no Brasil.

Em poucas palavras, o grande aprendizado para as empresas é o seguinte: o relacionamento

com os clientes mudou, então liberte sua empresa para ganhar o mercado.

Fidelização de Clientes

O marketing de relacionamento é criar, manter e aprimorar fortes relacionamentos com os

clientes e outros interessados. Além de elaborar estratégias para atrair novos clientes e criar

transações com eles, as empresas empenham-se em reter os clientes existentes e construir

com eles relacionamentos lucrativos e duradouros.

Os programas de fidelização são um processo que utiliza a comunicação integrada para

estabelecer um relacionamento continuado, duradouro e gratificante com os clientes, visando

aumentar a lealdade e a rentabilidade pelo mecanismo de reconhecimento e recompensa dos

mais leais.

Conforme Bogman (2000, p. 20) "cliente fiel é aquele que sempre volta à organização por

ocasião de uma nova compra ou transação, por estar satisfeito com o produto ou serviço. E

fidelização é o processo pelo qual um cliente se torna fiel".

Para conquistar a fidelização, é necessário que as empresas invistam nos relacionamentos

contínuos com os clientes. A fidelidade proporciona vantagens financeiras para a empresa.

Manter o cliente fiel tem um custo financeiro menor do que conquistar novos clientes.

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#ReduzirDesperdício

Projeto de Responsabilidade Socioambiental com dicas para economizar água, energia e resíduos com Programa de Fidelidade Colaborativo para descontos em nossos

parceiros.

O Programa de Fidelidade é desenvolvido em 04 (quatro) etapas: I Etapa – Palestra Aberta 45 min #ReduzirDesperdício, APENAS 40 VAGAS; II Etapa – Curso de 20 horas para Formação de Multiplicadores #ReduzirDesperdício com Foco em Condomínios Verticais; III Etapa – Credenciamento de Empresas e Cadastramento de Moradores dos Condomínios; IV Etapa – Curso de Formação de Multiplicadores #ReduzirDesperdício com Foco em Condomínios Horizontais e Setores Habitacionais.

Projeto de Responsabilidade Socioambiental Projeto de sustentabilidade urbana e rural, construção de ebook para a formação de multiplicadores e promoção de cursos de educação ambiental e economia solidária, bem como apresentação de alternativas de tecnologias industriais e sociais. Um eBook é enviado aos cadastrados que serão multiplicadores de uma nova metodologia de economia sustentável.

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Parcerias com Empresas e Usuários

Empresas Credenciadas Empresas são credenciadas como pontos de venda, onde usuários cadastrados no #ReduzirDesperdício poderão comprar com descontos pelo Programa de Fidelidade Colaborativo.

Usuários Cadastrados Usuários são cadastrados no #ReduzirDesperdício e ao comprarem nas empresas credenciadas receberão descontos pelo Programa de Fidelidade Colaborativo.

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É verdade que a Terra é conhecida como Planeta Água, mas não estamos podendo esbanjar.

Ao colocar no papel a porção de água doce que, de fato, está disponível para consumo em

todo o mundo, é muito pouco: 0,26% (o que representa 13 gotas em um balde de 10 litros).

Que tal fazer a sua parte para esse recurso (finito) durar ainda por muitos e muitos anos?

Falar de economia de água em um planeta onde 75% da superfície é coberta pelo recurso

hídrico parece papo de “ecochato”, mas não é. O Planeta Água, como é conhecida a Terra,

pode sim secar e esta realidade está mais perto de acontecer a cada dia, por conta do

desperdício e da contaminação da água.

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A ONU já alertou: se não houver mudanças de hábitos no curto prazo, até 2030 quase metade

da população global terá problemas de abastecimento – sem contar as 768 milhões de pessoas

que já não possuem acesso à água potável e podem ficar em situação ainda mais complicada.

O desperdício começa na própria rede de distribuição, por conta de problemas como

vazamentos e “gatos” – sabia que, no Brasil, a cada 100 litros de água coletados, apenas 64

chegam ao seu destino? -, e se agrava quando o recurso entra na casa dos brasileiros.

Economizar água já é uma necessidade urgente em todo o mundo e, além de não ser tão

difícil, pode aliviar as despesas no fim do mês.

Economizar água não é mais só um hábito saudável. Atualmente, é uma grande

responsabilidade com o futuro. Se não mudarmos nossos hábitos, a escassez de água para o

consumo vai nos afetar seriamente.

De acordo com a Organização das Nações (ONU) cada pessoa usa 3,3 mil litros de água por

mês, ou seja, cerca de 110 litros por dia para atender as necessidades de consumo e higiene.

Mas no Brasil o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros por dia.

A conscientização da população sobre a importância do meio ambiente para o bem estar da

sociedade é alta e, neste sentido, a consciência sobre a questão da água no país é expressiva

entre a população.

Grande parte da sociedade (75%) está ciente de que seu consumo de água não é baixo e de

que este poderia ser menor. E 48%, independentemente de seu nível de consumo, afirmam

controlar pouco seu consumo, enquanto 48% apontam o desperdício como causa para o

agravamento do problema da água no país.

Ao considerar que 95% dos respondentes estão familiarizados com formas de economia de

água, percebe-se que o nível de conscientização ainda não se converteu em boas práticas de

consumo, de modo que há ainda um caminho a ser percorrido neste ponto. Desta forma, pesa

ainda o desconhecimento da população sobre o impacto de suas ações no meio ambiente.

A sociedade está cada vez mais por dentro de assuntos relacionados ao consumo e economia

de água, preservação de recursos naturais, dentre outros, mas na prática, está encontra-se

ainda falha, distante. Um indicativo de que demonstra esta distancia da população com temas

que envolvem recursos hídricos é o desconhecimento de órgãos importantes como comitês de

bacias hidrográficas e a Agência Nacional das Águas – ANA.

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Todos nós podemos ajudar a combater o desperdício. Economizando energia elétrica,

ajudamos a preservar o meio ambiente, ampliamos o tempo de vida dos recursos não-

renováveis e adiamos a construção de usina e a implantação de novas linhas de transmissão.

O desenvolvimento da sociedade humana está atrelado à transformação do meio ambiente e

obtenção de energia. Durante o desenvolvimento da nossa sociedade ficou evidente a carência

de energia em todos possíveis locais da convivência humana, e nas últimas décadas temos

visto o apelo de várias vozes que nos mostram o iminente do fim dos combustíveis fósseis, o

imenso impacto ambiental causado por essas fontes de energia e a insustentabilidade do

modo como obtemos a energia que nos move.

Enquanto isso, em muitas frentes, temos o desenvolvimento de novas formas de geração de

energia e recentemente tivemos o reconhecimento das fontes renováveis, não mais como

fontes de energia alternativa, mas como fontes de energia primárias, cujas principais

representantes são:

• Energia Hidrelétrica;

• Biomassa

• Energia Eólica

• Energia Solar

Todas as formas de energia que conhecemos derivam da energia solar. É a energia do sol que

altera o estado físico da água, fazendo com que essa migre e possa ser represada e

aproveitada nas usinas hidrelétricas. O aquecimento das massas de ar provoca os ventos, que

são aproveitados nos aerogeradores dos parques eólicos É a energia solar, absorvida na

fotossíntese, que dá vida às plantas utilizadas como fonte de energia de biomassa. Até mesmo

o petróleo, que vem de restos de vegetação e animais pré-históricos, também é derivado do

sol, pois este deu a energia necessária ao aparecimento da vida na terra em eras passadas.

Podemos, através desse ponto de vista, considerar que todas as formas de energia são

renováveis, infelizmente não em escala humana. As formas de energia renovável citadas acima

são as que se renovam a cada dia, permitindo um desenvolvimento sustentável da vida e

sociedade humana.

Porém, todas as formas atuais de geração de energia como as usinas hidroelétricas,

termoelétricas ou nucleares tem um limite máximo de produção. Isso significa que, se não

cuidarmos do nosso consumo, não vai ter energia suficiente para todo mundo.

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Agora, se cada um fizer a sua parte e economizar, energia não vai faltar.

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Coleta Seletiva e Reciclagem

Em várias instituições públicas, o processo de implantação da A3P tem se iniciado com a coleta

seletiva e é decorrente, em grande medida, da edição do Decreto nº 5.940 de 25 de outubro

de 2006, que instituiu a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e

instituições da administração pública federal direta e indireta na fonte geradora e a sua

destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis.

Uma grande parte dos resíduos gerados na administração pública pode ser destinada para a

reciclagem, mas, para que isso seja possível, é imprescindível a implantação de um sistema de

coleta seletiva eficiente. Nesse processo, a separação dos materiais recicláveis daqueles que

não são, é a primeira preocupação a ser observada.

O acondicionamento e a coleta, quando realizados sem a segregação dos resíduos na fonte,

resultam na deterioração, parcial ou total, de várias das suas frações recicláveis. O papelão se

desfaz com a umidade, tornando-se inaproveitável; o papel, assim como o plástico em filme

(sacos e outras embalagens) se suja em contato com a matéria orgânica, perdendo valor; os

recipientes de vidro e lata enchem-se com outros materiais, dificultando sua seleção e

causando risco de acidentes aos trabalhadores da coleta de resíduos; também a mistura de

determinados materiais, como pilhas, cacos, tampinhas e restos de equipamentos eletrônicos

pode contribuir para o risco de acidentes e piorar significativamente a qualidade dos

recicláveis

A coleta seletiva é uma importante atividade na gestão dos resíduos sólidos. Trata-se do

processo de seleção do lixo, que envolve duas etapas distintas: Separação do Lixo na Fonte (ou

Segregação) e Coleta.

Essa seleção poderá ser classificada em três categorias: resíduos orgânicos e inorgânicos ou

secos e úmidos ou recicláveis e não recicláveis. Materiais não recicláveis são aqueles

compostos por matéria orgânica e/ou que não possuam, atualmente, condições favoráveis

para serem reciclados. É uma pré-seleção do material nos locais de origem: papel, papelão,

plástico, vidro, metal, dentre outros. Isto requer sensibilização, conscientização e a

participação de todos.

Trata-se de recolhimento especial, que permite que os materiais pré-selecionados possam ser

recuperados, separados e recebam uma destinação adequada, quer seja, reutilização,

reciclagem, compostagem ou aterro sanitário.

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No caso de resíduos orgânicos, eles necessariamente passam por um processo de triagem

antes de serem encaminhados para reciclagem.

Portanto, a implantação da coleta seletiva deve prever a separação dos materiais na própria

fonte geradora, evitando o surgimento desses inconvenientes

Para a implantação deste sistema, os resíduos gerados podem ser separados em dois grupos:

•• Materiais recicláveis: compostos por papel, papelão, vidro, metal e plástico, entre outros.

•• Materiais não recicláveis: também chamados de lixo úmido ou simplesmente lixo:

compostos pela matéria orgânica e pelos materiais que não apresentam, atualmente,

condições favoráveis à reciclagem.

Você sabia ?

Que o lixo adequadamente manuseado pode produzir riquezas na forma de energia, produtos

reciclados, com uma enorme economia no que se refere à extração de matéria-prima?

Para que a coleta seletiva seja eficaz tem que haver a garantia da correta destinação dos

resíduos para empresas que trabalham com reciclagem.

Para introduzir um sistema de coleta seletiva é necessário o envolvimento de prefeituras,

comunidades, catadores, carroceiros/sucateiros, entidades sociais e, principalmente, empresas

privadas que atuem com coleta e reciclagem

Vantagens da Coleta Seletiva Solidária Diminui a exploração dos recursos naturais;

Diminui a poluição do solo, da água e do ar;

Reduz os resíduos encaminhados aos aterros sanitários;

Gera emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis;

Diminui os gastos com a limpeza pública;

Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;

Fortalece a organização dos catadores e melhora suas condições de trabalho.

Triagem de Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos separados podem ser prensados em fardos ou não, no local de origem,

recolhidos e repassados para associações, cooperativas e/ou empresas, que se encarregarão

de vendê-los para outras empresas que trabalham com reciclagem.

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Os diversos tipos de papéis usados e separados em coleta seletiva denominam-se aparas e são

prensados em fardos. Quanto mais limpa e selecionada for a apara, maior será seu valor

comercial.

Exemplificação dos Resíduos

•• Resíduos líquidos ou efluentes: rejeitos industriais, águas utilizadas (servidas) e chorumes.

•• Resíduos orgânicos: restos de alimentos, galhos e folhas, papel higiênico

•• Resíduos inorgânicos: plásticos, papéis, vidros e metais.

•• Resíduos secos: plásticos, papéis, vidros, metais, embalagens “longa vida”.

•• Resíduos úmidos: restos de alimentos, cascas de frutas, podas de jardim.

•• Outros Resíduos (rejeitos): todos aqueles que não se enquadram nas outras classificações.

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Atitudes simples contribuem para redução do impacto ambiental em casa e no trabalho

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) aproveita para orientar a população sobre mudanças

simples de atitude que ajudam a reduzir o impacto ambiental. Evitar o desperdício, privilegiar

os produtos duráveis e não os descartáveis, reutilizar e reciclar os resíduos, são exemplos de

atitudes que podem ser tomadas e que contribuem para reduzir os impactos negativos no

meio ambiente.

Consumo sustentável não significa não consumir, mas sim consumir diferente, tendo

consciência de que todas as ações geram um impacto no planeta. É importante atentar ao

consumo exagerado. Uma boa dica é fazer uma lista de compras para adquirir o que é

realmente necessário, além de ler atentamente os rótulos. Outra é buscar saber sobre a cadeia

produtiva, ou seja, conhecer a história do produto e das empresas envolvidas no processo. Isso

vale também na hora de comprar. É interessante conhecer a procedência dos produtos das

empresas escolhidas, privilegiando as com responsabilidade socioambiental, e também

evitando embalagens em excesso.

Deve-se dar preferência aos alimentos produzidos localmente, priorizando os sem agrotóxico.

Para transportar os itens, a sugestão é não usar saquinhos plásticos descartáveis e privilegiar

as sacolas duráveis e retornáveis. Ao descartar, é bom separar o lixo, praticando a coleta

seletiva. É importante consumir energia com consciência. A orientação é desligar todos os

equipamentos que não estiverem em uso, sempre que possível dar preferência à luz natural,

apagar iluminação e aparelhos de ambientes que não estiverem sendo utilizados e procurar

utilizar equipamentos mais econômicos.

Todas essas ações estão relacionadas ao Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS),

do Ministério do Meio Ambiente - um documento lançado em 2011 que articula as ações de

governo, do setor produtivo e da sociedade por um Brasil com padrões mais sustentáveis de

produção e consumo. Dentre os objetivos do PPCS, está a promoção da educação para o

consumo sustentável.

Consumidor consciente

Você já parou para pensar se o seu consumo é feito de maneira consciente? Se você

respondeu sim a esta pergunta, saiba que refletir sobre o assunto é o primeiro passo para a

mudança de comportamento.

“A primeira coisa é pensar nos meus hábitos de consumo. Eu fecho a torneira quando escovo

os dentes? Tomo banho demorado? Apago as luzes de ambientes não ocupados? Desligo

eletrodomésticos não usados? Planejo as minhas compras de supermercado? Planejo as

minhas compras de roupas? Tenho atitude de parar para pensar antes do impulso do

consumo? Dou carona para amigos que façam o mesmo trajeto? Deixo o carro em casa e

utilizo transporte público?”.

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Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar integram o conjunto de “R”s que ajudam na reflexão

sobre a mudança de comportamento: repense o seu consumo, reduza o que você vai

consumir, reutilize o que você consumiu e recicle o que já foi utilizado.

O conceito de consumo consciente não envolve apenas o que, mas também como e de quem

você consome e qual será o destino de seu descarte. Pouco adianta usar sacolas retornáveis de

uma empresa que não toma o devido cuidado em seu processo de produção. Ou comprar

alimentos orgânicos de um produtor que não registra devidamente seus funcionários, utiliza-

se de mão de obra infantil ou escrava.

Há diversas abordagens sobre a definição de consumo consciente. De maneira geral, todas elas

passam pela prática de consumir produtos com consciência de seus impactos e voltados à

sustentabilidade.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), por exemplo, indica que a

utilização de bens e serviços precisa cumprir com necessidades básicas e proporcionar melhor

qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o produto ou serviço deve minimizar o uso de recursos

naturais, materiais tóxicos, diminuir a emissão de poluentes e a geração de resíduos.

Para o Ministério do Meio Ambiente, o consumo consciente é uma contribuição voluntária,

cotidiana e solidária do cidadão para garantir a sustentabilidade da vida no planeta. É ampliar

os impactos positivos e diminuir os negativos causados pelo consumo dos cidadãos no meio

ambiente, na economia e nas relações sociais.

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Hoje, as pesquisas mostram que a preocupação com o meio ambiente começa em nossas

casas. Ao perguntar o que é meio ambiente para jovens de 11 a 16 anos, eles informam que é

tudo que as rodeia, ou seja, ar, água, animais, plantas, pessoas, minerais, rochas. Estas simples

palavras estão presentes em quase todas as páginas deste manual, mas na forma de energias e

de consumo.

A maior preocupação entre adultos e crianças em diversos municípios do Brasil é a questão do

lixo, porque é algo que interfere na paisagem do bairro e da cidade, demonstra falta de

limpeza e de higiene, e algo que muitos não conhecem pelo nome de desperdício.

Precisamos ser otimistas e positivos e zelar pelo que nos é mais precioso, o local onde

vivemos, o nosso Planeta Azul.

Ele é constituído de pessoas, animais, plantas, rochas, água e ar (atmosfera). Com o ar poluído,

não respiramos; sem água ou com ela poluída, temos sede; sem plantas e animais há fome. Se

consumirmos demais, não teremos espaço para plantar e criar animais para servir de

alimento...

Então, qual a sua pegada, a nossa pegada ecológica? Será que estamos dispostos a nos

esforçar para termos uma vida mais regrada, mas com mais qualidade?

Cada um de nós tem a sua resposta! Cada um tem a sua consciência do que pode e não pode

fazer, afinal aprendemos o que é correto e incorreto muito cedo, no seio da família.

Crescemos, nos tornamos independentes, queremos fazer diferente e muitas vezes, o nosso

conceito de sustentabilidade é diferente.

"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas, se você não

fizer nada, não existirão resultados.”

Mahatma Gandhi

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Ministério do Meio Ambiente - Brasília – DF, 5ª Edição | Revista e atualizada Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), 2009; Faculdade de Engenharia. Grupo de Eficiência Energética. USE - Uso Sustentável da Energia [recurso eletrônico] : guia de orientações / PUCRS, FENG, GEE, PU ; coord. PROAF. - Dados eletrônicos. - Porto Alegre : PUCRS, 2010 Dicas do SAAE para uso inteligente da água. Disponível em: www.saaepromissao.com.br Projeto Água. Disponível em: www.wwf.org.br

L.; BASTOS, R.K.X.; AISSE, M.M. (Coord.) Tratamento e utilização de esgotos sanitários:. Projeto Prosab, Edital 4. v. 2, c. 2. Rio de Janeiro: Abes, 2006. BATES, B.C.; KUNDZEWICZ, Z.W.; WU, S.; PALUTIKOF, J.P. (Eds.). Climate change and water. Geneva: Intergovernmental Panel on Climate Change; IPCC Secretariat, 2008. 210 p. (IPPC Technical Paper, 6). Disponível em: < http://www.ipcc.ch/pdf/technical-papers/climate-change-water-en.pdf >. BAUMGARTNER, B.; BELEVI, H. A systematic overview of urban agriculture in developing countries. Swiss Federal Institute for Environment Science e Technology. Dept. of Water e Sanitation in Developing Countries, sep 2001. Disponível em: <http://news.bbc.co.uk/go/pr/fr/-/2/hi/health/ 6275001.stm>. Acesso em: out 2007. BELEVI, H.C. et. al. Material flow analysis: a planning tool for organic waste management in Kumasi, Ghana. Duebendorf: Sandec, 2000. BJÖRKLUND, J. et al. Analysis of municipal wastewater treatment and generation of electricity y digestion of sewage sludge. Resource Conservation and Recycling, v. 31, p. 293-316, 2000. BORJA, P. C. Avaliação da qualidade ambiental urbana: uma contribuição metodológica. 281 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1997. BRASIL. Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima. Decreto nº 6.263, de 21 de novembro de 2007. Institui o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), orienta a elaboração do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, e dá outras providências. Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Diário Oficial da União, 22 nov 2007. Versão para consulta pública, set 2008. BRASIL. Ministério das Cidades. Instituto de Planejamento Econômico e Social. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Diagnóstico dos serviços de água e esgotos 200, 2 v. Brasília: Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República (SEDU-PR), 2007,

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