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ANLISE BBLICA DO CATOLICISMO ROMANO

Caixa Postal: 10.061 Campo Grande_ Rio de Janeiro/RJ CEP 23.051-970 Tel.: (0xx21) 3405-3835 [email protected] www.ievitoria.com

Salvo para uso pessoal ou para distribuio gratuita, a reproduo deste livro, total ou parcial, sem a autorizao do autor por escrito, est proibida.

Os direitos autorais deste livro esto assegurados pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro/ RJ

3 edio. Rio de Janeiro/ RJ - Brasil Julho/2005 Pr. Joel Santana

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SUMRIO PREFCIO PRIMEIRA EDIO 9 INTRODUO 12 CAPTULO 1 18 A HISTRIA DO CATOLICISMO 18 1.1. Como e Quando Surgiu o Catolicismo 18 1.2. Desfazendo Sofismas 23 1.2.1. To-Somente Veneramos os Santos 23 1.2.2 Deus Mandou Fazer Imagens 23 1.2. 3. Os Santos Fazem Milagres 25 1.3. Est na Bblia e na Histria 25 1.4. O Catolicismo Atravs dos Sculos 28 1.4.1. Alguns fatos impressionantes 28 1.4.2. Sinopse histrica por ordem cronolgica 30 CAPTULO 2 36 AS PRETENSES DO CLERO CATLICO 36 2.1. A Igreja Catlica a nica Igreja de Cristo. 36 2.2. Fora da Igreja Catlica No H Salvao 37 2.3. Infalveis 40 2.4. So os nicos Sucessores dos Apstolos 44 2.5. Alicerce da Igreja 45 2.6. Sobre os Ttulos Honorficos do Clero 50 2.7. Donos da Verdade 51 CAPTULO 3 56 CRIANAS NO LIMBO?! 56 3.1. Considerando o que a Igreja Diz Oficialmente 56 3.2. H Clrigos Escondendo a Realidade? 59 3.3. Incoerncia Dcima Potncia. 60 3.4. Rcm-Nascido No Filho de Deus Mas Gente 61 3.5. Convergncia Evanglica na Divergncia Batismal 61 CAPTULO 4 64 O CATOLICISMO VERSUS BBLIA 64 4.1. A Igreja Catlica Traiu a Bblia 64 4.1.1. Adicionando-lhe os Apcrifos 64 4.1.2. Igualando-a Tal de Tradio 68 4.1.3. Pondo-a Abaixo da Tal de Tradio. 69 4.1.4. Sujeitando-a s Arbitrariedades dos Papas 69

4.1.4.1. Quanto interpretao 69 4.1.4.2. Quanto leitura. 70 4.1.4.3. Quanto traduo 70 3

4.1.4.4. Quanto s distores. 70 4.1.5. Negando-a Sorrateiramente 70CAPTULO 5 74 O FALSO PERDO E O RENTVEL PURGATRIO 74 5.1. Que Diz a Igreja Catlica? 74 5.1.1. Dissertando Sobre o Perdo Catlico 74 5.1.2. Exibindo as Provas 75 5.2. Que Diz a Bblia? 77 5.3. Os Atravessadores do Perdo Catlico 79 5.4. Simonia: Eis o Porqu do Falso Perdo e do Purgatrio 81 5.4.1. No Bblico 81 5.4.2. Solapa a F no Arrebatamento da Igreja 82 5.4.3. Induz Salvao Pelas Obras 83 5.4.4. Serve de Fundamento Simonia 86 5.5. Condena seus inocentes e Absolve os Culpados 86 5.6. A Diferena que Faz Diferena 88 CAPTULO 6 96 ANLISE DA MARIOLOGIA CATLICA 96 6 1. Literatura, Santos , Contos e Outros Gestos Marilatras 101 6.1.1. O Livro de Santo Afonso 101 6.1.2. O Livro do Padre Albert 106 6.1.3. Panfletos Marilatras. 106 6.1.4. O Conto do Padre Vilela 107 6.1.5. O Clero Recusa Assumir o Crime 108 6.1.6. Uma Declarao Papal 108 6.1.7. O Conclio Vaticano II Decretou: 109 6.1.8. O Catecismo Ratifica 109 6.1.9. Santos Marilatras 110 6.1.10. O Parecer dos Clrigos Catlicos 113 6.2. O Supremo Culto a Maria 115 6 3. A Casa de Maria 118 6.4. Os Honorficos Ttulos de Maria 119 6.4.1. Nossa Senhora 119 6.4.2. Me de Deus. 122 6.4.3. Imaculada 124 6.4.4. Nossa Me 127 6.4.5. Bendita Entre as Mulheres 128 6.4.6. Bem-Aventurada 128

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6.4.7. Rainha do Universo 129 6.4.8. Perpetuamente Virgem 129

6.4.8.1. So Seus Parentes Prximos. 130 6.4.8.2. Unignito Primognito 132 6.4.8.3. O At de Mt 1.25 No Prova Nada? 134 6.4.8.4. Voto de Castidade!? 136 6.4.8.5. Bblia Finalmente 136 O Filho 1366 5. A Virgem e os Carismticos. 138 6.6. Maria-de-Menos e Maria-Demais?! 139 6 7. Maria: Mulher Hiper Abenoada 142 6.7.1. A Bno da Existncia 143 6.7.2. A Bno de ter um Marido Temente a Deus 143 6.7.3. A Bno de Ser Me 144 6.7.4. A Bno de ser Serva de Deus 144 6.7.5. A Bno da Humildade 145 6.7.6. A Bno do Batismo no Esprito Santo 145 6.7.7. A Bno de ser um Exemplo de Vida 145 6.7.8. A Bno da Salvao 146 6.8. Maria Atravs dos Sculos 146 6.9. A Virgindade de Maria e a Arqueologia 150 6.10. A Respeito dos Milagres da Virgem 151 CAPTULO 7 157 OS 7 SACRAMENTOS 157 CAPTULO 8 161 SOBRE A EUCARISTIA 162 8.1. A Postura Evanglica 162 8.2. Questionando a Transubstanciao 162 8.3. Questionando as Missas 165 8.4. Uma Flagrante Contradio 166 CAPTULO 9 168 O CELIBATO ECLESISTICO 168 9.1. A Bblia Contra? 168 9.2. Padre Feiticeiro, Sim; Casado, No. 170 9.3. As Pirraas do Papa 172 9.4. A Idade do Celibato na Igreja 173 9.5. H Padres Que Tambm Pensam Assim 174 9.6. Que Pena! 174 CAPTULO 10 175 O RASTRO DO CLERO ATRAVS DOS SCULOS 175

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CAPTULO 11 181 O CATOLICISMO PERIGOSO 181 11.1. Para a Famlia 181 11.1.1. Para os Casais 181 11.1.2. Para os Nossos Filhos 182 11.2. Para a Sociedade 183 11.3. Para os Evanglicos? 187 11.4. Para os Papas? 190 11.5. Para a Alma 190 CAPTULO 12 193 A IGREJA CATLICA A 1 IGREJA? 193 CAPTULO 13 212 O MATRIMNIO E O CATOLICISMO 212 13.1. Divrcio: Um Mal s Vezes Inevitvel 212 13.2. E Romanos, Captulo Sete? 213 13.3. E Mateus, Captulo Dezenove? 214 13.4. Consideremos 1 Corntios 7.10,11 e 39 215 13.5. Os Anticoncepcionais So Proibidos? 217 13.6. Sempre Foi Assim? 218 CAPTULO 14 219 TENTANDO SAIR DA CRISE 219 14.1. O Porqu da Crise 219 14.2. Os Clrigos Tm Conscincia da Crise 220 14.2.1. O Papa Reage 220 14.2.2. Os Padres Aquiescem 220 14.2.3. Imitando os Evanglicos 220 14.2.4. Avivando a Idolatria 221 14.3.5. Incentivando ao Ecumenismo 222 14.3.6. Ensinando o Povo a Rezar 225 CAPTULO 15 227 COMO EVANGELIZAR OS CATLICOS 227 15.1. Ame-os 228 15.2. Ore Por Eles 228 15.3. Seja Sbio 228 15.4. Seja Amigo 229 15.5. Seja Corts e Franco Simultaneamente 229 15.6. Saiba Como Comear e Quando Parar 230 15.7. Encoraje os Catlicos ao Dilogo 230 15.8. Modere Suas Crticas 231 15.9. No se Julgue Dono da Verdade 232

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15.10. Pregue o Evangelho 232 15.11. Pea Sabedoria a Deus 233 EPLOGO 233 NOTAS 237 BIBLIOGRAFIA 239

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PREFCIO PRIMEIRA EDIO com muito prazer que tive o privilgio de ler este livro antes de sua publicao. Conhecendo o ministrio ativo de seu autor, sua preocupao com os que se encontram ainda perdidos nas seitas, seu zelo em querer ser fiel s Sagradas Escrituras, no poderia ler seno uma excelente exposio dos erros doutrinrios do grupo em questo Catolicismo

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confrontados com a simplicidade das Escrituras. Simplicidade essa da qual o Diabo quer tirar os servos de Deus (2 Co.11.3). Dividida em 20 captulos, a obra faz jus ao ttulo, pois escrita com a inteno clara de, baseada em fatos e documentaes irrefutveis, mostrar os equvocos que vm sendo cometidos pela liderana catlica ao longo dos sculos analisados luz da Bblia. Cada captulo expe de maneira objetiva os assuntos tratados, sejam histricos ou doutrinrios. uma obra completa ao abranger tantos e diferentes tpicos. Creio que com esta obra, com refutaes to bem sustentadas, os catlicos no tero desculpas a apresentar para sustentar sua rebeldia em continuar no engano espiritual. Esta obra vem, portanto, coroar as demais lanadas anteriormente, e at se vale de algumas delas que so somadas a recentes pesquisas do autor. O catolicismo sempre representou um desafio aos verdadeiros servos de Cristo. Enquanto os cristos genunos buscam somente a glria de seu amado Senhor, os seguidores do papa buscam uma glria efmera e terrena onde so cultuados homens pecadores como todos os demais. At quando os verdadeiros cristos ficaro indiferentes a to grande desafio? O ex-padre Agrcio Jos do Valle, hoje pastor batista e professor no Seminrio Teolgico Sul-Brasileiro, em Vargem Grande Paulista SP, alm de conferencista por todo o Brasil, sempre afirma em suas pregaes: Se o Brasil o maior pas catlico do mundo, por que os seminrios evanglicos no priorizam o estudo do assunto? Por que no preparam melhor os futuros pastores e missionrios para alcanarem seus ignorantes seguidores?. Fao minhas as suas palavras. Por qu? Quando da visita papal ao Rio de Janeiro, em 1997, meu nome surgiu, sem que eu quisesse, nas pginas de alguns jornais seculares. A razo foi o vazamento de uma informao que eu estaria evangelizando durante os eventos catlicos. Uma revista evanglica sabia do fato e o passou para um jornal secular. No lamento, no. Muito pelo contrrio, eu fiquei feliz, pois, dessa forma meu testemunho foi divulgado. O intrigante que alguns pastores evanglicos foram prestar solidariedade ao cardeal do Rio de Janeiro, porque os jornais estampavam notcias sensacionalistas a respeito do que eu iria fazer Evanglicos declaram guerra santa aos catlicos, e outras mais. Um desses pastores chegou a afirmar que se algum

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fosse distribuir folhetos naquelas ocasies seria preso com base em artigo da Lei Penal. Os pastores at rezaram o padre-nosso com o cardeal... Por isso me alegro sobremaneira por ver o lanamento de mais uma jia literria com o objetivo de alertar e despertar o povo para as incoerncias do catolicismo romano. Feliz por saber que meu amigo, Pr. Joel Santana, no tem compromissos com homens que s pensam na glria terrena. Seu olhar est firmado naquele que o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Possa esse livro culminar a obra de esclarecimento e despertamento de muitos coraes. Possam seus leitores se sentirem equipados para tomarem decises importantes. Sejam os evanglicos a manifestarem verdadeiramente seu amor para com os catlicos, interessando-se por eles e por aquilo em que tm depositado sua esperana de salvao; Sejam os prprios catlicos a tomarem a deciso mais importante de suas vidas Arrependei-vos, pois, e converteivos para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigrio pela presena do Senhor. Atos 3.19 Nos ternos laos do Calvrio, Paulo Csar Pimentel Presidente do Centro de Pesquisas Religiosas (CPR) Caixa Postal 950 25951-970 Terespolis, RJ Site do CPR: www.seitas.net Terespolis, 20 de Julho de 2002

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INTRODUODos muitos caminhos que conduzem ao Inferno, o mais palmilhado tem sido o das falsas religies e seitas! Os falsos profetas existem e no so poucos (Mt 24.11a). Eles iludem a muitos (Mt 24.11b), e os ludibriados por eles vo com eles para o Inferno (Mt 15.14). Pesa, portanto, sobre os ombros dos verdadeiros cristos, a rdua (embora sublime) misso de identific-los, adverti-los, denunci-los e desmascar-los. E tudo isto por amor: por amor a eles, s suas vtimas, Igreja, e, sobretudo, por amor ao Senhor Jesus Cristo que nos confiou a semeadura da Palavra de Deus. com estes nobres sentimentos__a conscincia do dever e um profundo amor__que elaboramos este livro que o caro leitor ora nos d a honra de apreciar. O nico padro que nos permite aferir com preciso uma doutrina religiosa, a Bblia. Por isso nos estribamos unicamente nela, enquanto procedemos a anlise do Catolicismo, objeto deste livro. Carssimo leitor, no permita que o preconceito o impea de examinar todo este livro, pois com muito amor e com todo o respeito que os catlicos merecem que exteriorizamos aqui nossa sincera opinio acerca do Catolicismo. Logo, este livro no uma crtica gratuita, tampouco um desabafo de um protestante revoltado. Enquanto redigimos estas linhas, as lgrimas nos vm aos olhos. So lgrimas do amor cristo, que devem caracterizar todos os servos de Deus. certo criticar a religio alheia? Os clrigos catlicos respondem positivamente a esta pergunta, j que eles tm emitido inmeras crticas aos evanglicos. Seno, vejamos: O padre Euzbio Tintori, num Novo Testamento editado pela Pia

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Sociedade de So Paulo, por ele comentado, fez meno ao que ele chamou de erros dos protestantes (Apndice, pgina 415); o padre Andr Carbonera tachou os evanglicos de burros, quando disse que burrice no pedirmos a Maria e aos santos que roguem por ns;10 segundo o jornal O Dia, de 14/10/1.991, o Papa Joo Paulo II disse que os evanglicos esto aliciando o povo, iludindo e semeando confuso; o padre Miguel Maria Giambelle escreveu um livro intitulado A Igreja Catlica e os Protestantes, especialmente para provar que os evanglicos esto equivocados; o padre Manoel Pinto dos Santos, em seu livro Protestantismo e Catolicismo, afirma pgina 1 que o protestantismo anarquia e falsidade; o Padre Vicente Wrosz, em sua obra Respostas da Bblia s Acusaes dos Crentes Contra a Igreja Catlica, da Livraria Editora Pe. Reus, 48 Edio de abril/2000, afirma s pginas 13-17 e 2628, que os pastores evanglicos, por no serem ordenados pelo Papa, no so qualificados e credenciados para este Magistrio, mas apenas curiosos; razo pela qual no podem dar o corpo de Cristo aos membros de suas igrejas, visto no terem poder para tornar presente o sacrifcio de Jesus na cruz, isto , ns no temos poder para fazer uma bolacha virar Cristo. E, luz de Jo 6.53 insinua que estamos mortos espiritualmente, por cujo motivo se condi de ns por no comermos a hstia, dizendo: Que pena que pela falta de f no poder e no amor infinitos de Jesus, tantos 'crentes se afastaram desta rvore da vida.... Alm das obras acima, escritas especialmente para criticar os evanglicos, dispomos de outros livros da autoria de clrigos catlicos, nos quais a Maonaria, o Espiritismo, a Igreja Universal do Reino de Deus e tantas outras instituies religiosas, so qualificadas como falsas. Esto eles errados por isso? Sendo suas crticas infundadas ou no, o direito de exteriorizarem suas opinies no lhes pode ser negado. E, se os argumentos deles forem convincentes, devemos nos retratar. E o mesmo deve fazer o caro leitor, quanto ao contedo deste livro. Examine-o com vido interesse e, se os nossos argumentos lhe parecerem fracos, rejeite-os; e se forem convincentes, abrace-os; mas de modo algum nos odeie. No nos queira mal. Ora, quem critica tem que estar aberto s rplicas. Ao ru tem que ser dado o direito de defesa. Logo, o clero catlico nos deve a leitura deste livro, assim como ns, os evanglicos,

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devemos aos clrigos do Catolicismo, a apreciao de seus escritos contra nossa f. Este livro no uma revanche s crticas dos clrigos catlicos ao movimento evanglico, visto que pagar na mesma moeda nunca foi atitude crist. O que se pretende atravs destas linhas estender a mo amiga aos catlicos. Pretendemos to-somente ajud-los. Estamos cheios de amor, e vazios de animosidade. Provamos neste livro que a Igreja Catlica est pregando que: 1) A Igreja Catlica a nica Igreja de Cristo; 2) Fora da Igreja Catlica no h salvao; 3) A misso de Jesus no salvar os pecadores, mas sim, julg-los e puni-los; 4) As esttuas de Maria podem chorar, sorrir, sangrar, exalar fragrncia e at falar; 5) Maria morreu para nos salvar, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Cu, onde, como Rainha, intercede por ns; 6) A misso de salvar o pecador foi confiada a Maria, no a Cristo. Logo, Maria : A verdadeira medianeira entre Deus e os homens; A nica advogada dos pecadores; O caminho que nos conduz a Deus; Nosso nico refgio; A Salvadora da humanidade; A porta de acesso ao Cu, pela qual, todos os que se salvam, tm que passar; A escada do Paraso; 7) O perdo dos pecados no anula a sentena do pecador, mas to-somente diminui a pena; 8) Para cada pecado perdoado h uma pena menor a ser cumprida; 9) O perdoado s poder entrar no Cu aps cumprir a pena devida pelo pecado j perdoado; 10) A pena devida pelo pecado j perdoado pode ser cumprida neste mundo atravs de boas obras e sofrimentos; 11) A pena devida pelo pecado j perdoado, se no for cumprida neste mundo, ser cumprida no alm-tmulo, no estado chamado purgatrio; 12) H uma proviso Divina chamada indulgncia. Esta se subdivide em duas partes: plenria e parcial;

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13) A Indulgncia parcial diminui a pena que o perdoado tem que cumprir antes de poder entrar no Cu; 14) A Indulgncia plenria elimina todas as marcas deixadas pelo pecado perdoado; 15) Os recm-nascidos no batizados no so filhos de Deus, mas sim, escravos do poder das trevas; 16) Os recm-nascidos que morrem sem o batismo vo para um lugar ruim chamado Limbo, de onde talvez possam sair um dia; 17) S o Papa pode interpretar corretamente a Bblia. E sua pronunciao ex-ctedra, isto , em nome de seu ofcio pastoral, isenta de todo e qualquer erro. Logo, quando, neste caso, nossa interpretao no coincide com a dele, invariavelmente o erro est em ns; e, sendo assim, todos, inclusive os bispos, devem trair suas conscincias e seguir ao Papa incondicionalmente, em caso de divergncia, desde que seja uma pronunciao ex-ctedra; 18) A Bblia dos evanglicos incompleta e indigna de confiana. incompleta porque no contm os Deuterocannicos, que eles chamam de Apcrifos; e indigna de confiana porque no desfruta do IMPRIMATUR de uma autoridade catlica, isto , o prprio Papa ou um Bispo ordenado pelo sucessor de So Pedro; 19) O po da Eucaristia (Ceia do Senhor) no smbolo do corpo de Cristo, mas sim, o prprio Jesus. A isso o clero catlico chama de Jesus Eucarstico; 20) O po da Eucaristia merece o culto supremo de adorao, devido somente a Deus, j que Cristo Deus, e a hstia Cristo; 21) A Bblia, alm de conter erros, no a nica fonte de f do cristo, visto que Deus nos deu tambm a Tradio, isto , a pregao de Jesus Cristo que no foi escrita, mas transmitida oralmente atravs dos sculos, pelo clero da Igreja catlica; 22) Embora a Bblia e a Tradio constituam um s sagrado depsito da Palavra de Deus, a Tradio est acima da Bblia; 23) Os espritos dos mortos se comunicam com os vivos e podem at pedir missas etc.. As heresias acima e outras mais, so analisadas e refutadas neste livro luz da Bblia e da razo. No duvidamos que o prezado e respeitvel leitor esteja suspeitando da possibilidade de provarmos o que dissemos acima. Todavia, esteja certo que podemos sim,

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provar que no estamos caluniando. razovel concluir que ningum ousaria fazer to graves denncias sem estar devidamente documentado. Atente para o fato de que nossas denncias so facilmente verificveis, pois informamos nossas fontes, indicando os nomes das obras literrias das quais fazemos as transcries, bem como suas pginas, editoras, nomes de seus autores e datas das edies respectivamente. Alm disso, sabemos que calnia crime e d cadeia. Logo, se no temssemos a Deus, temeramos pelo menos a justia dos homens. Usamos de muita franqueza neste livro, mas nunca faltamos com o respeito aos catlicos. No os tachamos de burros. At porque no cremos ser este o caso. Preferimos crer que os catlicos esto enquadrados em 2Co 4.4.: ... o deus deste sculo cegou o entendimento dos incrdulos para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo... . O leitor ver que o Catolicismo no uma instituio crist, na verdadeira concepo do termo. Antes, trata-se de um sistema idlatra, marilatra, blasfemo..., a servio de Satans. Para conhecermos com profundidade as doutrinas da Igreja Catlica, foi-nos necessrio examinar a literatura dessa seita; assistir a diversas missas; ler vrios livros escritos por ex-padres; entrevistar ex-adeptos de renome etc. Vejamos, pois, nas pginas seguintes, o que conseguimos colher dessas searas; e, assim, nos certifiquemos, com farta documentao, da autenticidade de tudo quanto acima afirmamos, acerca da mariolatria catlica. A 1 edio deste livro veio a lume em janeiro de 2003, e constituda de 20 captulos, distribudos em 195 pginas, enquanto na segunda edio s consta 15 captulos. Tal se d porque o captulo 7 foi incorporado ao captulo 1; os captulos 13 e 19, ao captulo 5; e os captulos 16 e 17, ao captulo15. Embora o nmero de captulos da 2 edio tenha diminudo, a mesma no sofreu nenhuma reduo em seu contedo; pelo contrrio, foi consideravelmente ampliada, razo pela qual o nmero de pginas foi elevado para mais, a saber, 232 pginas. Outrossim fazemos constar que a presente edio tambm foi contemplada com melhorias relevantes, isto , novas adies deveras dignas de ateno, e que o nmero de

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pginas est alterado para menos porque estamos usando letras menores. A Inspirao Verbal e Plena, que permitiu a composio da Bblia Sagrada no existe mais. No h, pois, nenhum livro infalvel, alm da Bblia. Logo, se voc encontrar neste livro alguma coisa que lhe parecer incorreto, queira nos comunicar. Sua observao ser avaliada, e, se for convincente, prometemos ceder. Antes de pensar em mover uma ao judicial contra este autor, tente nos convencer do que voc considera um erro. Talvez voc consiga. Saiba, porm, que a nossa postura a mesma de Martinho Lutero, o qual, mesmo sabendo que sua intransigncia com o clero catlico podia custar-lhe a prpria vida, asseverou que s se retrataria se seus oponentes conseguissem convenc-lo que ele estava equivocado. Sim, este autor no est disposto a trair sua conscincia e negar a Cristo. Prove-nos luz da Bblia e da Histria Universal que nossa pronunciao inexata, e daremos as mos palmatria. Esta a nica maneira de calar a boca de um homem comprometido com Deus. Doutro modo, nem mesmo o martrio nos silenciar, visto que nosso sangue continuar gritando s conscincias, como bem atesta a Histria dos Mrtires do verdadeiro Cristianismo. Sugerimos que voc no pague com dio e perseguies, o amor que este autor devota aos catlicos. Se voc se julga cristo, saiba que o dio no vem de Deus. Talvez voc duvide do nosso amor, mas Deus sabe que o autor destas linhas no est mentindo.

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CAPTULO 1 A HISTRIA DO CATOLICISMO1.1. Como e Quando Surgiu o Catolicismo Quando o Senhor Jesus veio ao mundo, j existiam muitas religies: Budismo, Confucionismo, Hindusmo, Zoroastrismo e outras. Muitos dos religiosos de ento acreditavam em muitos deuses como Minerva, Diana, Baco etc. Em meio a essas trevas to medonhas raiou a luz, a saber, Jesus. A maioria o rejeitou, mas milhares

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creram nEle, surgindo assim o que Ele chamou de Igreja, isto , o conjunto dos seus discpulos. Inicialmente os discpulos de Jesus se organizaram em igrejas locais e independentes. Da lermos na Bblia: A igreja que est em Filadlfia, a igreja que est em Laudicia, a igreja que est em feso, etc., como se pode ver nos captulos 2 e 3 do Apocalipse. Mais tarde, visando dificultar a infiltrao de heresias na Igreja (possivelmente at mesmo a mariolatria, visto que embora o registro mais antigo, em poder deste autor, date do sculo III, entre alguns hereges do Egito, bem provvel que sua existncia seja anterior a isso), os cristos tiveram a brilhante idia de se organizarem em forma de uma federao de igrejas, qual deram o nome de Igreja Catlica, isto , Igreja Universal. Ainda bem cedo, esta associao mundial de igrejas passou a ser supervisionada por cinco bispos eleitos dentre os demais: O Bispo de Roma, o de Jerusalm, o de Antioquia, o de Constantinopla e o de Alexandria. Algum tempo aps, o Bispo da igreja que estava em Roma assumiu a liderana dessa unio de igrejas (Histria da Igreja Crist; Nichols, Robert Hastings; Editora Cultura Crist, 11 edio, 2.000, pginas 47-49, 63-64). Foi a essa unio de igrejas que, no incio do 4 sculo, o Imperador Constantino adotou (de fato, e no de direito) como religio oficial* do Imprio Romano. Ao fazer isso, esse Imperador, alm de pr fim s perseguies que h 4 sculos diversos imperadores romanos vinham promovendo contra a Igreja, concedeu referida associao de igrejas, inmeras vantagens patrimoniais, financeiras e morais. A igreja oficial veio, pois, a ser a religio da moda, de status, e rentvel. E, partir da, o Cristianismo tornou-se desejvel a muitos dos que antes o rejeitavam. Assim, muitos pagos interesseiros se tornaram cristos de fachada. E esse horroroso quadro piorou, quando Logo aps o reinado de Constantino, seu filho decretou a pena de morte e o confisco de propriedade, para todos os adoradores de dolos... (Histria da Igreja Crist, Jesse Lyman Hurlbut, Editora Vida, 8 impresso de 1.995, pgina 80). Esse gesto arrogante (Refiro-me intolerncia religiosa) tambm foi praticado por Santo Agostinho, autor de vrias heresias (sucesso apostlica, salvao atravs da

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Igreja Catlica, predestinao etc.), algumas defendidas pela Igreja Catlica at hoje. Sim, Agostinho, embora tenha ensinado muitas coisas boas, foi, entretanto, suficientemente estulto para sancionar o uso da fora imperial para obrigar os donatistas a retornarem Igreja Catlica (Cf.: Histria da Igreja Crist; Nichols, Robert Hastings; Editora Cultura Crist, 11 edio, 2.000, pgina 61). O Imperador Teodsio I deu continuidade intolerncia religiosa encabeada pelo referido filho de Constantino, a saber, Constantino II, O Jovem (Histria da Igreja Crist; Nichols, Robert Hastings; Editora Cultura Crist, 11 edio, 2.000, pginas 83-84). E a juno dessas duas coisas: As regalias que a partir de Constantino foram conferidas s igrejas confederadas, somadas ao triste fato de que essa associao de igrejas tornou-se religio imposta pela fora imperial, fez desse cristianismo a religio da maioria. Mas essa maioria era crist apenas nominalmente. No fundo, eles eram apenas pagos disfarados de cristos. Esses falsos cristos fizeram o sincretismo do paganismo com o Cristianismo, implantando no seio da mencionada associao de igrejas, o culto aos santos e a Maria, bem como outras inovaes, donde surgiu o que hoje conhecemos pelo nome de Catolicismo. Sim, leitor, "Depois que o Cristianismo se imps e dominou em todo o imprio, o mundanismo penetrou na igreja e fez prevalecer seus costumes (HURLBUT, Jesse Lyman. Histria da Igreja Crist. So Paulo: Editora Vida, 8 edio, 1995, pgina 83). A liderana da Igreja Catlica sabe que o que afirmei acima a expresso da verdade e do f. Seno, vejamos estes exemplos: 1) Tornou-se fcil transferir para os mrtires cristos as concepes que os antigos conservaram concernente aos seus heris. Esta transferncia foi promovida pelos numerosos casos nos quais os santos cristos tornaram-se os sucessores das divindades locais, e o culto cristo suplantou o antigo culto local. Isto explica o grande nmero de semelhanas entre deuses e santos (Enciclopdia Catlica [Em ingls],Volume 9, pginas 130 e 131, art. Legends. Citado em Babilnia: a Religio dos Mistrios, de Ralph Woodrow, Associao Evangelstica, pgina 35).

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2) ...Os Batismos eram dados em massa. Ser cristo tinha virado moda. A igreja ganhava na quantidade e perdia na qualidade. De pequenas comunidades, a Igreja passou a ser multido (Os Vinte Sculos de Caminhada da Igreja, Padre Luiz Cechinato, pgina 77, 4 edio, Editora Vozes, 2001). 3) A Escola Pastoral Catequtica da Arquidiocese do Rio de Janeiro RJ, distribui uma apostila que tambm confirma, pgina 32, o que aqui denunciamos. Veja: A Igreja sai das perseguies e encontra liberdade. Isso facilitado pela chegada do Imperador Constantino, que no s d liberdade Igreja, mas a torna religio oficial com o Edito de Milo. A Igreja fica muito ligada ao poder temporal. Os povos conquistados assumiam a f da Igreja. MUITA COISA SURGIU DE ERRADO, quando o poder temporal passou a mandar em certos setores da Igreja, ou ento quando as autoridades da Igreja se uniam aos poderes temporais (grifo nosso). uma pena que se esqueceram de registrar que: 1) Os erros que surgiram nos dias de Constantino so perpetuados pela Igreja Catlica at os nossos dias; 2) Tais erros se avolumam cada vez mais; 3) A Igreja que emergiu de tal barafunda, no se caracteriza como Igreja de Cristo. Sim, foi inspirando-se no paganismo que surgiu o culto aos santos (Dulia) at hoje praticado pela Igreja Catlica. O Pastor Ralph Woodrow acima citado registrou: A fim de aumentar o prestgio do sistema eclesistico apstata, os pagos foram recebidos dentro das igrejas independente da regenerao pela f, e foram permitidos abertamente reter seus signos pagos e smbolo (Babilnia: a Religio dos Mistrios, pgina 51). O paganismo foi adaptado ao Cristianismo da seguinte maneira: a) Sabe-se que os pagos tinham um deus para cada coisa, bem como para cada pas e cidade e, s vezes, at para cada rua. porque existe uma igreja que se casou com o paganismo que So Jorge o padroeiro da Inglaterra, Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Guadalupe a padroeira da Amrica (e em particular, do Mxico), So Sebastio o padroeiro do Rio de Janeiro etc. E quem nunca ouviu

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b)

c)

d) e)

falar de Santo Antnio casamenteiro, So Cristvo condutor dos motoristas, So Longuinho das coisas perdidas, Santa Luzia oftalmologista, Santa Edwiges dos endividados etc.? ; Os pagos ajoelhavam diante das esttuas de seus deuses, aos quais rogavam que intercedessem a *Zeus por eles. por isso que os catlicos, prostrados ante as esttuas de seus santos, imploram: Rogai por ns. Geralmente os catlicos fazem isso sem conhecimento de causa, mas a verdade solene que essa nunca foi uma prtica genuinamente crist. Para se chegar a essa concluso, basta ler a Bblia; Segundo alguns autores, at mesmo algumas esttuas dos deuses do paganismo, foram adotadas pelos cristos paganizados (ou melhor, pelos pagos cristianizados), como, por exemplo, a esttua do deus jpiter, que at hoje se faz passar por So Pedro, na famosa Baslica de So Pedro; o deus Baco que teve seu nome trocado por So Baco; e a esttua da deusa Diana que tornou-se esttua de Nossa Senhora. Estas denncias constam (s para citar um exemplo) da obra Roma Sempre a Mesma, da autoria do ex-Padre Hiplito Campos; H quem diga ainda que a esttua de bronze do deus jpiter foi derretida e reaproveitada na confeco da esttua de So Pedro; O historiador Severino Vicente da Silva, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), disse: As deusas celtas foram absorvidas pela figura de Maria. Onde houve anteriormente chegada do cristianismo um culto mais organizado em torno de uma divindade feminina, Maria surge como uma intermediria entre as culturas que se chocam (revista Galileu, editada pela Editora Globo, dezembro de 2003, n 149, pgina 22). Ainda segundo consta da pgina 23 desta revista, a historiadora Claudete Ribeiro de Arajo, do Centro de Estudos de Histria da Igreja na Amrica Latina, afirmou que o culto mariano nasceu ...como substituto da adorao Grande Me, uma figura que pode ser encontrada em vrias religies e culturas pags (nfase acrescentada).

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Do que vimos at aqui, certamente est claro que podemos responder pergunta Como e Quando Surgiu o Catolicismo?, que deu ttulo a este tpico, dizendo que o Catolicismo o resultado de uma fuso do Cristianismo com o paganismo. O Catolicismo obra dos cristos inovadores do quarto sculo da Era Crist, como demonstramos acima. No possvel sabermos o exato momento em que a a sobredita associao de igrejas se descaracterizou como uma igreja de Cristo, visto que o Diabo foi entrando devagar, ou seja, sua degenerao se deu progressivamente. Hoje, porm, no pode haver dvida de que essa comunidade no crist, na verdadeira concepo do termo. O Catolicismo paganismo gospel. O Catolicismo cristianismo paganizado, ou melhor, paganismo cristianizado. 1.2. Desfazendo Sofismas 1.2.1. To-Somente Veneramos os Santos Os catlicos no se julgam idlatras. Crem que no cultuam aos deuses, mas apenas veneram os santos. Todavia, esse sincretismo , de fato, idolatria disfarada. O autntico Cristianismo no pode ser paganizado. O Cristianismo nasceu para influenciar, no para ser influenciado. O povo de Deus no tem um santo para cada coisa, e sim, um Santo para todas as coisas, a saber, So Jesus (Sl 121.1-2). Qualquer igreja que imita o paganismo pag gospel. Se uma determinada igreja evanglica argumentasse assim: Bem, os macumbeiros oferecem galinha preta aos orixs, ns, porm, vamos oferecer galinha branca a Jesus; eles, os macumbeiros, pem suas oferendas nas encruzilhadas, mas nossas oferendas sero postas no interior de nossos templos, em meio a hinos de louvor ao Senhor; ademais, nossos sacrifcios no sero para fazer e desmanchar trabalho, mas para salvao dos espritas. Perguntamos: No seria isso uma macumba gospel? Esse sincretismo agradaria ao Senhor? Obviamente que no! Ento o Catolicismo no agrada a Deus. 1.2.2 Deus Mandou Fazer Imagens

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J tivemos a desdita de ver muitos catlicos se escudando em xodo 25.18; 26.1;1 Reis 6.23; 8.7; Hebreus 9.5; Nmeros 21.8,9, enquanto veneravam os seus santos. que estes versculos registram que Deus mandou fazer dois querubins (categoria de anjos) de ouro, bem como uma cobra de metal. Mas eles precisam saber que realmente no pecado fazer imagens de escultura. Pecado dizer que tais imagens sangram, choram, sorriem, exalam fragrncia, falam, andam etc., bem como se prostrar ante seus ps, para pedir algo aos santos por elas representados. H, pelo menos, trs provas bblicas de que as coisas sos assim: 1) Embora seja verdade que em Nm 21.8-9 possamos ler que Deus mandou fazer uma cobra de bronze, no podemos esquecer que em 2 Reis 18.4, est escrito: Ele destruiu os altos, esmigalhou as esttuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaos a serpente de metal que Moiss tinha fabricado: porque os filhos de Israel at ento lhe haviam queimado incenso: e a chamou Nohestan (verso catlica Figueiredo). A interpretao que os israelitas idolatraram a esttua que Deus mandara fabricar, razo pela qual, o fervoroso e zeloso servo de Deus, que foi Ezequias, a fez em pedaos. Ora, o fato de a Bblia no nos ensinar a rezar aos santos, somado a outro fato igualmente relevante de que essa prtica se inspira no paganismo, motivo mais que suficiente para rejeitarmos isso. Imitemos Ezequias! Mesmo como que entre parnteses, no podemos deixar de fazer constar que, por dizer Jesus que E do modo porque Moiss levantou a serpente, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele cr tenha a vida eterna (Joo 3.14-15), nos leva a crer que a serpente hasteada por Moiss tipificava a crucificao de Cristo. E a cura miraculosa que se dava ao simples gesto de olhar a serpente levantada (Nmeros 21.8,9), fala da simplicidade da salvao em Cristo, por meio da f (Efsios 2.8), sem o auxlio das obras (Efsios 2.9), embora seja para as obras (Efsios 2.10). Como est escrito: Olhai para mim, e sede salvos, vs, todos os termos da terra; porque eu sou Deus e no h outro (Isaas 45.22 ARA). 2) O que nos leva a crer que o Catolicismo um sistema idlatra, no apenas o fato de os catlicos se ajoelharem

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diante dos seus santos (se bem que s isso bastaria), mas tambm o fato de rezarem a esses santos . Assim os catlicos seriam idlatras ainda que no usasse uma s esttua. Os catlicos s deixaro de ser idlatras quando orarem como o povo de Deus tem orado atravs dos sculos: direto a Deus e exclusivamente a Deus (Mateus 6.9-13; Atos 1.24-25; 7.59-60; 4,24-30; 2 Corntios 12.8; Apocalipse 22.20; Joo 15.16; 14.14; Gnesis 4.26; 18.23-32; 24.12-14; 25.21; 28.20-22; Juizes 16.28 etc.). 3) Realmente no se pode negar que Deus mandou confeccionar imagens de escultura, mas tambm inegvel que Ele proibiu essa prtica em x 20.4. Certamente este aparente paradoxo se explica informando que Deus no se ope ao uso de imagens, contanto que tais esttuas no sejam imagens dos deuses e usadas no culto s divindades pags. Neste caso devem ser rejeitadas e desdenhadas (Sl 115 [verses protestantes]), e no adaptadas ao culto cristo, como a Igreja Catlica vem fazendo desde o 4 sculo da Era Crist. Sim, leitor, arranjando um santo para cada coisa e prostrando aos ps das suas imagens para suplicar bnos, os catlicos no esto repudiando o paganismo, e sim, ajustando-o ao Cristianismo. E s no seria assim se eles pudessem mostrar na Bblia que os profetas, Jesus e os apstolos ensinaram isso. 1.2. 3. Os Santos Fazem Milagres Geralmente os catlicos fazem referncias aos milagres dos santos para se defenderem. Mas, Apocalipse 16.19; 2 Tessalonicenses 2.9; Apocalipse 13.13 e Mateus 24.24 provam que no bom negcio nos conduzirmos cegamente por milagres. Os catlicos precisam saber que h muitos prodgios no Kardecismo, na Umbanda, no Candombl, no Espiritismo europeu, na Igreja Messinica, no Budismo, bem como em muitas outras religies e seitas. Esto todas certas? 1.3. Est na Bblia e na Histria J dissemos e provamos luz da Bblia e da Histria que os cristos fizeram uma mistura de Cristianismo com o

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paganismo e que desse sincretismo surgiu o que hoje se conhece pelo nome de Igreja Catlica Apostlica Romana. Isto j est provado. Provamos inclusive que o clero catlico no ignora isso. Contudo, voltamos a exibir provas de que esta afirmao feita baseada na Histria Universal e tambm na Bblia. A Histria Universal nos fala da mitologia greco-romana, babilnica, africana, etc., segundo as quais existia (e em alguns lugares ainda existe) um deus ou deusa para cada coisa, enquanto a Bblia nos d os nomes de alguns desses deuses, confirmando a Histria. Ei-los: Dagom (Juizes 16.2130), Moloque (1 Reis 11.7), Diana (Atos 19.23-37), Rainha do Cu (Jeremias 7.18;44.17) etc.. bom lembrarmos que a Bblia no ensina que as almas dos mortos salvos estejam em condio de ouvir as nossas oraes e repass-las para Cristo. Onde est escrito na Bblia que Maria, a me de Jesus, ou quaisquer outros servos de Deus tenham recebido, ao morrerem, o atributo da onipresena? Claro, para que tais santos atendam as oraes dos seus devotos, que de todas as partes do mundo oram a eles simultaneamente, necessrio se faz que sejam onipresentes ou dotados de oniscincia, para deste modo tomarem cincia l do Paraso Celestial, onde esto, das preces de seus pedintes, bem como para se certificarem se seus orantes esto ou no orando com f, j que a Bblia diz que sem f no se obtm a graa pedida. Logo, sendo esse negcio de orar a Maria, ou a qualquer cristo canonizado pelos papas, uma doutrina estranha Bblia, nos resta saber de onde veio isso. E, como j vimos, veio do paganismo. No foi lendo a Bblia que os catlicos aprenderam isso. por isso que os padres no cessam de citar a tal de Tradio para se defenderem, quando, empunhando Bblias, anunciamos que o Catolicismo no bblico. Ora, muito estranho Deus no ensinar uma nica vez, em toda a Bblia, o livro que se proclama completo (Apocalipse 22.18,19), capaz de nos preparar para toda a boa obra (2 Timteo 3.14-17), e nos conduzir vida eterna (Jo 20.30-31), a mediao dos santos. No isso curioso?. , sim, muito lgico concluirmos que, se os servos de Deus que morreram, esto em condio de ouvir as nossas rezas e repass-las para Cristo, como o ensinam os padres, que essa doutrina esteja exarada nas pginas da Bblia. Mas, pasme o leitor, a Bblia no ensina isso nem mesmo vagamente. Pelo contrrio, a Bblia nos diz que Abrao

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nem mesmo nos conhece, isto , ele nem sabe que existimos (Is 63.16). Essa doutrina oriunda da arbitrariedade dos papas que, dizendo-se infalveis em matria de doutrina, se vem no direito de pregar o que bem entendem. Mas, como disse Jesus, se um cego guiar o outro, ambos cairo no barranco (Mateus 15.14). Logo, no os sigamos, pois do contrrio, cairemos no buraco com eles, isto , iremos com eles para o Inferno. Cremos piamente que se os santos estivessem em condio de atuar como medianeiros entre Cristo e ns, que isso teria sido registrado na Bblia, visto estar escrito que o Senhor Jeov no far coisa alguma sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas (Ams 3.7). Sim, se Deus elevou os santos a medianeiros, ento Ele mandou os profetas registrar isso. E, se isso no est registrado, porque se trata duma doutrina espria. Isto o que diz Ams 3.7, acima transcrito. Isaas 8.20 tambm revela que toda doutrina tem que estar respaldada pela Bblia. Caso contrrio, sofisma: Lei e ao Testemunho! Se eles no falarem segundo esta palavra nunca vero a alva. Uma prova de que no um procedimento cristo orar aos santos, pedindo a eles que roguem por ns, o fato de o povo de Deus nunca ter recorrido a esse expediente uma s vez sequer. Talvez algum alegue a possibilidade desse fato ter ocorrido, sem, contudo, ter sido registrado. Mas o registro de inmeras oraes bblicas, das quais citamos uma minscula parte em 1.2.2, prova cabal de que no podemos admitir tal possibilidade nem mesmo remotamente. Por que no encontramos um s versculo falando da mediao dos santos? Por que os apstolos no oraram uma s vez a Isaas, a Malaquias, a Ezequiel, a Elias, a Moiss, a Abrao, a Abel, a No e assim por diante? E se oraram aos profetas, por que no foi registrado? E, se algum disser que tais rezas constam s da Tradio, perguntamos: Por que Deus empreenderia selecionar, para fins de registro, somente as oraes a Ele? Ser que no se est inventando moda? Vale a pena fazer isso? Lembre-se: Provamos acima que o que Deus quer que saibamos para sermos salvos e servirmos a Ele como convm, est registrado na Bblia. Logo, a Bblia nos basta. I Ora direto a Deus Ao Soberano dos Cus

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Ele ir te atender A Bblia Sagrada Por Ele inspirada Manda assim fazer II Como os patriarcas ora, Ao Senhor Deus implora Pedindo do Cu, luz Ora como os profetas Como os apstolos depreca Em nome de Jesus Autor: Joel Santana 1.4. O Catolicismo Atravs dos Sculos 1.4.1. Alguns fatos impressionantes Antes da degradao datada do IV sculo, que deu origem ao Catolicismo, j existiam alguns cristos pregando heresias de arrepiar, como o batismo pelos mortos (sculo I [1Co 15.29]), a libertinagem (sculo I [Jd 4]), a negao da ressurreio (sculo I [2Tm 2.18]), oraes Me de Deus (sculo III) etc.. Logo, o que ocorreu no incio do 4 sculo no foi o surgimento das heresias entre os cristos, mas sim, o aumento do nmero de falsos cristos entre os fiis, o que facilitou a insero das heresias no corpo de doutrinas da sobredita Associao de Igrejas. Os lderes da referida Associao de Igrejas tornaram-se mais tarde to endiabrados que, alm de coagir os pagos converso ao cristianismo (como vimos acima), passaram a matar os cristos que ousavam discordar de suas esdrxulas doutrinas. Sim, o cristianismo oficial, cujos lderes (papas) durante sculos exerceram autoridade at sobre muitos reis e governadores, promoveu fortes perseguies aos verdadeiros cristos. Criouse uma tal de Santa Inquisio, que de santa s tinha o nome, para julgar e torturar at morte os verdadeiros cristos, bem como todos os que divergissem da religio oficial, que a essa altura tornara-se conhecida pelo nome de Igreja Catlica Apostlica Romana. Referindo-se a isso, disse o Doutor Marcos Bagno: ...Como se sabe... depois da instituio

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do cirstianismo como religio oficial do imprio romano...Quem se desviasse desses dgmas era acusado de heresia e condenado s mais diversas punies, como o exlio, a priso, a tortura e a morte na fogueira... (BAGNO, Marcos. Preconceito Lingstico, o que , como se faz, 23 edio, abril de 2003, Edies Loyola: So Paulo, pgina 156. nfase no original). Como sabemos, o Imprio Romano Mundial no mais existe. Mas a referida igreja inovadora tem um pequeno (porm muito rico) pas chamado Vaticano. Os cristos inovadores no se limitaram s inovaes que eles trouxeram no incio do 4o sculo, como veremos neste e nos demais captulos deste livro. No sculo XVI, os cristos inovadores sofreram um violento golpe, pois alguns de seus lderes, lendo a Bblia, concluram que estavam enganando e sendo enganados. E por isso pregaram dentro das igrejas catlicas o que alguns grupos cristos j vinham fazendo h sculos, em meio s torturas e morte nas fogueiras da Santa Inquisio. Os papas tentaram e tentam refrear este movimento, mas no conseguem, porque O SENHOR DOS EXRCITOS EST CONOSCO, afirmam os integrantes deste mover de Deus! Apesar do violento golpe acima mencionado, os cristos inovadores teimam em inovar cada vez mais o conjunto das Doutrinas da f crist. Por exemplo, o Papa Joo Paulo II da opinio de que a Teoria da Evoluo, ou seja, o Darwinismo (segundo a qual o homem veio do macaco), uma verdade que no colide com as doutrinas catlicas.1 Alm disso, no jornal O Globo, de 28/08/1998, podemos ler o que se segue: A Santssima Trindade pode estar com os seus dias contados. Em seu lugar, a Igreja Catlica estuda a proclamao da quarta pessoa da divindade, a Virgem Maria, em p de igualdade com o Pai, o Filho e o Esprito Santo. No novo Quarteto Sagrado proposto, Maria teria papis mltiplos: filha do Pai, me do Filho e esposa do Esprito Santo. Quem conhece o passado, entende o presente e pode at, com boa margem de acerto, prever o futuro. Conseqentemente podemos antever que brevemente o clero dos cristos inovadores dir: Eu te batizo em nome da Virgem Maria, do Pai, do Filho e do Esprito Santo. Sim, porque embora saibamos que a grande maioria dos eruditos catlicos rejeita essa sugesto absurda, o certo que j h algum tentando

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inserir mais essa no corpo de doutrinas, que constitui o Catolicismo. E, como muitas outras idias ridculas foram aceitas pela Igreja Catlica depois de alguns sculos de insistncia, no podemos duvidar que mais cedo ou mais tarde, essa heresia tambm seja elevada categoria de dogma catlico. Muitos j nos disseram que os catlicos no tm para com as esttuas dos santos, de Maria e de Jesus, venerao superior que os evanglicos tm para com as fotos dos seus parentes e amigos. Porm, os clrigos do Catolicismo tm pregado que tais imagens choram, sorriem, exalam fragrncia, falam, sangram2 e assim por diante. E isso com o apoio do Vaticano. Por exemplo, o Vaticano est apoiando a campanha intitulada VINDE NOSSA SENHORA DE FTIMA, NO TARDEIS, segundo a qual, a esttua de Nossa Senhora de Ftima j chorou 14 vezes.3 Conta-se, segundo o ex-Padre Anbal, de saudosa memria, que a estatueta de Nossa Senhora Aparecida fugiu do oratrio trs vezes. Alm disso, em abono crena de que vrias esttuas de Maria tm chorado por este mundo afora, um livro catlico, publicado com permisso eclesistica, registra as seguintes palavras do Papa Joo Paulo II: Se a Virgem chora, isto quer dizer que tem seus motivos.4 Contudo, alguns catlicos s vezes tentam se defender, dizendo que a crena de que as imagens de Maria choram, um ato isolado, prprio dos catlicos nominais mal informados, pelo qual no justo que a Igreja responda. Certamente foi querendo dizer isso que o cardeal-arcebispo dom Alusio Lorscheider afirmou: Eu no acredito em imagem de Nossa Senhora que chora. Os bobos correm atrs disso, pois no sabem quantas mutretas h por trs de coisas assim (revista Veja, 22/05/91). Depois do que j vimos, porm, esta declarao no inocenta os catlicos; antes equivale a dizer que o Papa e seus presbteros so, das duas uma: bobos ou mutreteiros, considerando que essa crendice tem sido apoiada por eles, como acima provamos. 1.4.2. Sinopse histrica por ordem cronolgica (...) Em 370, principia-se o uso dos altares e velas. Pelo fim do sculo IV, o culto dos santos foi introduzido por Baslio de Cesaria e Gregrio Nazianzeno. Tambm apareceu pela

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primeira vez o uso do incenso e turbulo na igreja, pela influncia dos proslitos vindos do paganismo. Em 400, Paulino de Nola ordena que se reze pelos defuntos, e ensina o sinal da cruz feito no ar. Em 590, Gregrio, O Grande, origina o purgatrio. Em 607, o assassino Imperador Phocas d ao Bispo de Roma o direito de primazia universal sobre a cristandade, depois do II Conclio de Constantinopla. Em 609, o culto Virgem Maria obra de Bonifcio IV, e a invocao dos santos e anjos posta como lei da igreja. Em 670, comea a falar-se em latim a missa, lngua morta para o povo, pelo papa Vitlio. Em 758, Cria-se a confisso auricular pelas ordens religiosas do Oriente. Em 787, no segundo Conclio de Nicea convocado a instncias da infame imperatriz Irene, foi estabelecido o culto s imagens e a adorao da cruz e relquias dos santos. Em 795, o incenso foi posto por lei nas cerimnias da igreja por Leo III Em 803, foi criada a festa da Assuno da Virgem pelo conclio de Magncia .Em 818, aparece pela primeira vez, nos escritos de Pasccio Radberto, a doutrina da transubstanciao e a missa EM 884, o papa Adriano III aconselha a canonizao dos santos Em 998, estabelecida a festa aos mortos, dia de finados por Odilon. Em 1.000, a confisso auricular generaliza-se e os ministrios e os ministros da igreja arrogam para si o clebre Ego te Absolvo. A missa comea a chamar-se sacrifcio. E organizam-se as peregrinaes (romarias). Em 1.003, o papa Joo XVI aprova a festa das almas fiis defuntos que Odilon criara primeiro. Em 1.059, Nicolau II cria o colgio dos cardeais conclave. Em 1.074, o papa Gregrio VII, alis Hildebrando, decreta obrigatrio o celibato dos padres. Em 1.075 o referido Gregrio VII exigiu que os padres casados se divorciassem de seus cnjuges e abandonassem seus filhos. Em 1.076, declarada a infalibilidade da igreja pelo mesmo papa. Em 1.090, Pedro, o Ermito, inventa o rosrio.

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Em 1.095, Urbano II cria as indulgncias plenrias. Em 1.125, aparece pela primeira vez nos cnones de Leo, a idia da imaculada conceio de Maria, porm, So Bernardo de Clairvaux refutou tal idia. Em 1.164 Pedro Lombardo enumerara 7 sacramentos; enquanto que Jesus Cristo ordenara apenas dois. Em 1.200, o Conclio de Latro impe a transubstanciao e confisso auricular. Em 1.227, entra a campainha na missa por ordem de Gregrio IX. Em 1.229, o conclio de Toulouse estabelece a inquisio, que foi confirmada em 1.232 por Gregrio X, e logo entregue aos dominicanos. Este mesmo conclio probe a leitura da Sagrada Escritura, ao povo. Em 1.264, Urbano IV determina pela primeira vez a festa do corpo de Deus (Corpus Christi). Em 1.300, Bonifcio VIII ordena os jubileus. Em 1.311, inicia-se a primeira procisso do S. Sacramento. Em 1.317, Joo XXII ordena a reza Ave Maria. Em 1.360, comea a hstia a ser levada em procisso. Em 1.414, o conclio de Constana definiu que na comunho, ao povo deve ser dada a hstia somente, sendo o clix (copo) reservado para o padre. Os conclios de Pisa, Constana e Basilia declararam a autoridade do Conclio superior autoridade do Papa. Em 1.438, o Conclio de Florena abre a porta ao purgatrio que Gregrio, o Grande, havia anunciado. Em 1.546,o Conclio de Trento definiu que a Tradio to valiosa como a prpria Palavra de Deus. E aceitou os livros apcrifos como cannicos. Em 1.854, Pio IX proclama o dogma da imaculada conceio de Maria. Em 1.870, o Conclio do Vaticano, declara a infalibilidade do Papa. Em 1.950, proclamado o dogma da Assuno de Maria. Fonte: Christian Triumph Company-909 Blutzer Street, Corpus Christi, Texas 78.405, E.U.A (exceto o que est em itlico). *** Acabamos de ver como e quando nasceu a Igreja Catlica, bem como a vergonhosa trajetria dessa seita

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atravs dos sculos; contudo, oportuno registrar que a verdadeira Igreja de Cristo nunca foi extinta, antes, como leo e gua que no se misturam, nunca se deixou tragar pelo mundo, constituindo-se em prova cabal de que realmente as portas do Inferno no podem triunfar sobre a verdadeira Igreja do Senhor (Mt 16.18). Sim, sempre houve aqueles que no se deixavam (e ainda no se deixam) levar pelas heresias, os quais constituem a Igreja de Cristo. Seno, veja estes exemplos: a). "Os verdadeiros cristos, foram na realidade, marginalizados por no concordarem com tal situao, formando grupos parte que sempre marcharam paralelos com a igreja favorecida e entremeada de pessoas que buscavam interesses polticos e sociais. Esses cristos, por no aceitarem tal situao, no decurso da histria, eram agora perseguidos pelos outros 'cristos' e muitos dos seus lderes eram queimados na fogueira em praa pblica..." (CABRAL, J. Religies, Seitas e Heresias, Rio de Janeiro/RJ: 3 edio, Universal Produes - Indstria e Comrcio, pgina 75). b). "Depois que o Cristianismo se imps e dominou em todo o imprio, o mundanismo penetrou na igreja e fez prevalecer seus costumes. Muitos dos que anelavam uma vida espiritual mais elevada, estavam descontentes com os costumes que os cercavam e afastavam-se para longe das multides. Em grupos ou isoladamente, retiravam-se para cultivar a vida espiritual..." (HURLBUT, Jesse Lyman. Histria da Igreja Crist, So Paulo: Editora Vida, 8 edio, 1995, pgina 83).

Notas:*Muitos autores atribuem a Constantino a oficializao do Cristianismo pelo Imprio Romano. Outros, porm, afirmam que foi Teodsio quem a fez. Isto se d porque este fez existir de direito, o que aquele fizera existir de fato. Eis alguns exemplos: a) O ltimo imperador que reinou sobre todo o imprio foi Teodsio, que tornou o cristianismo a religio oficial... (Histria

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Geral, Therezinha de Castro, Livraria Freitas Bastos S.A.,1968, pgina 202). b) ...Imperador Constantino, que no s d liberdade Igreja, mas a torna religio oficial... (apostila elaborada pela Escola Pastoral Catequtica da Arquidiocese do Rio de Janeiro RJ, pgina 32.). c) ...No governo de Constantino...o cristianismo tornou-se a religio oficial do Imprio... (Koogan /Houaiss, Enciclopdia e Dicionrio, Edies Delta, 1993, pgina 1.500). d) Constantino no fez do Cristianismo a religio oficial do Imprio...Coube a Teodsio I...oficializar a religio crist (Pergunte e Responderemos [peridico catlico editado sob a superviso do Padre Dom Estvo Bittencourt, Ano XLIV, maro 2003, n 489, pgina 136]) e) Em 312, Constantino apoiou o cristianismo e o fez religio oficial do Imprio Romano (Oliveira, Raimundo Ferreira de. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, 9 edio de 1994, CPAD, pgina 14). **Zeus: chefe dos deuses, segundo as crenas pags grecoromanas.

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CAPTULO 2 AS PRETENSES DO CLERO CATLICO2.1. A Igreja Catlica a nica Igreja de Cristo. A Igreja Catlica prega oficialmente que ela a nica Igreja de Cristo. Se o leitor duvida, vamos s provas: a) A nica Igreja de Cristo... aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreio, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apstolos para propag-la e regla... Esta Igreja, constituda e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste... na Igreja catlica, governada pelo sucessor de Pedro (o Papa) e pelos bispos em comunho com ele (Catecismo da Igreja Catlica, pgina 234, # 816, Editora Vozes, 1.993. O que est entre parnteses nosso). b) A Igreja Catlica ... continua sendo a nica igreja verdadeira 5 c) O Frei Battistini verdadeira Igreja de agradea a Deus... Edio, 2001, Editora disse: Se voc pertence nica e Jesus, a Igreja Catlica, sinta-se feliz e (A Igreja do Deus Vivo, pgina 46, 33 Vozes).

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d) Na obra intitulada Os Erros ou Males Principais dos Crentes ou Protestantes, 7 edio, editado pela editora O Lutador, sob o imprimatur do Monsenhor Aristides Rocha, afirma-se pgina 4 que antes dos protestantes existiam apenas catlicos romanos, os genunos cristos do nico e verdadeiro Cristianismo (Grifo nosso). e) O autor destas linhas j teve a desdita de ouvir pessoalmente um padre catlico dizer que a Igreja Catlica a nica igreja verdadeira, por ser a nica fundada por Cristo, e acrescentou que as igrejas evanglicas so fundadas por homens. Apresentar-se como a nica Igreja de Cristo uma das caractersticas das seitas; portanto, nenhuma igreja realmente crist prega isso. O porqu disso que sabemos que a nica e verdadeira Igreja no est na rua tal, nmero tal, pois a mesma o conjunto dos redimidos pelo sangue de Jesus, e no os adeptos de uma certa associao. O ex-padre Anbal confessou que aps entregar-se a Cristo, permaneceu na Igreja Catlica por mais de trs anos, mostrando a todos os catlicos (leigos e clrigos) que o Catolicismo no bblico. Logo, ele tornou-se membro da nica e verdadeira Igreja de Cristo trs anos antes de vincularse fisicamente a uma igreja evanglica. Essa vaidade dos papas de alegarem que o seu grupo a nica Igreja de Cristo, no encontra lugar entre os membros da igreja deste autor, os quais, apoiando-se em Rm 14 e outros trechos bblicos, fazem vista grossa s falhas banais de outras igrejas e as considera co-irms em Cristo. Sim, h unio entre ns! Aleluia! Este respeito recproco importante, pois ningum dono da verdade. Nunca ouvimos um pastor evanglico afirmar que a sua igreja a nica Igreja de Cristo, ou a nica organizao verdadeiramente crist, mas a literatura dos catlicos, das testemunhas-de-jeov, dos mrmons, dos adventistas do stimo dia e outros grupos pseudo cristos, tem a petulncia de faz-lo. 2.2. Fora da Igreja Catlica No H Salvao

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A epgrafe acima de autoria da cpula da Igreja Catlica, e de fato nos declara perdidos, por no seguirmos as suas doutrinas de perdio. Para que se saiba que de fato no estamos caluniando, veja os exemplos abaixo: 1) Sob o cabealho FORA DA IGREJA NO H SALVAO, constante do Catecismo da Igreja Catlica j citado, pgina 243, # 846, h um comentrio objetivando provar que a Igreja Catlica necessria para a salvao, o qual arrematado na pgina 244, com as seguintes palavras: ...Por isso no podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja catlica foi fundada por Deus, atravs de Jesus Cristo, como instituio necessria, apesar disso no quiserem nela entrar ou ento perseverar. Este texto consta tambm do Compndio Vaticano II, 29 edio, Editora Vozes, pgina 55, # 38). 2) O padre John A. OBrien afirmou em The Faith of Millions (A F de Milhes), pgina 46, Que A Igreja Catlica Romana a verdadeira igreja, estabelecida por Jesus Cristo para a salvao de toda a humanidade.6 3) O Padre Dom Estvo Bittencourt, visto como um dos maiores telogos do Catolicismo, asseverou: ... O Catolicismo o nico caminho para Cristo. (revista poca, 11/09/2.000). 4) Realmente a Igreja Catlica no cr na salvao dos evanglicos, pois ela prega oficialmente que os que no so devotos de Maria esto nas trevas. veja: perca uma alma a devoo para com Maria e que ser seno trevas?... Ai daqueles... que desprezam a luz deste sol, isto , a devoo a Maria... (Glrias de Maria, de Santo Afonso de Ligrio, Editora Santurio, 14 edio de 1.989, pgina 82). O livro Glrias de Maria obra oficial da Igreja Catlica, pois pgina 13 podemos o seguinte acerca do seu autor: Em vida a Igreja o honrou, elevando-o dignidade episcopal. Morto, elevou-o aos altares, deu-lhe a aurola de Doutor zelosssimo, aprovou-lhe os escritos, depois de percorr-los cuidadosamente (Grifo nosso). s vezes o Catecismo da Igreja Catlica finge reconhecer a validade das igrejas evanglicas, bem como das religies no crists (como se pode ver pgina 235, # # 818-819. Veja

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tambm Compndio do Vaticano II, 29 edio, Editora Vozes, pginas 56-57, # # 41-42). Mas esse malabarismo um sofisma, cujo alvo bem definido: confundir os incautos, fazendo com que o dito fique pelo no dito. Todos os que estudam a Histria Geral sabem que a Igreja Catlica pregava que FORA DA IGREJA CATLICA NO H SALVAO, mas muitos pensam que esse radicalismo coisa do passado. Porm, como o leitor acaba de ver, essa heresia ainda est de p. Como bem o disse o ex-padre Anbal, de saudosa memria, O Conclio Vaticano II no trocou as velhas heresias por doutrinas novas, mas to-somente pintou-as. Alegando a Igreja Catlica que ela necessria salvao, est usurpando a funo daquele que disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ningum vem ao Pai, seno por mim. (Jo 14.6). Caro leitor, no se submeta tirania desses usurpadores. Para se salvar, voc no necessita de nenhuma igreja. Aps entregar-se a Cristo e se salvar, se voc no quiser se vincular a nenhuma das igrejas que j existem, funde a sua prpria denominao. Portanto, siga a Cristo e liberte-se (Joo 8.12,32). Mas, se voc no quiser fundar a sua denominao, sugerimos que voc se dirija a uma das muitas igrejas realmente crists, para usufruir do companheirismo daqueles que, como voc, tambm tm Cristo em seus coraes (Hebreus 10.25). Ademais, se todos os catlicos, leigos e clrigos, decidirem seguir a Bblia, se salvaro dentro da prpria instituio catlica. No cremos que eles tenham que vir para as igrejas evanglicas. Ns cremos que quem salva Cristo. Muitos catlicos j nos perguntaram: Por que vocs dizem que se no formos para suas igrejas no seremos salvos? A nossa resposta tem sido: Ns no pregamos isso. Quem prega isso so os clrigos da sua igreja. Segundo a Bblia, a queda de Satans consistiu no fato de que ele concebeu o seguinte pensamento: ...Subirei ao cu; acima das alturas das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... subirei acima das nuvens, e serei semelhante ao Altssimo. Mas Deus disse-lhe ...Levado sers ao inferno, ao mais profundo do abismo. (Isaas 14. 13 a 15). Temos, na Igreja Romana, uma repetio dessa usurpao. Ela tambm disse no seu corao: Subirei ao trono do Imprio Romano, estabelecerei o meu trono no Vaticano, e serei semelhante ao

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nico Salvador, tornando-me tambm a nica salvadora. Mas Deus est dizendo a ela e aos que esto sob seu cetro: Contudo, levados sereis ao inferno. A salvao no est na Igreja Catlica, nem tampouco no protestantismo. Especialmente nos sculos 16 e 17, muitos calvinistas e outros protestantes eram to assassinos quanto a pretensiosa Igreja Catlica (Veremos isto no captulo 12 [12.4.]). s vezes pensamos que isso era coisa das idades Mdia e Moderna, mas Deus sempre condenou o homicdio e prometeu lanar no Inferno a todos os assassinos que no se converterem. Logo, no Inferno h padres, protestantes, papas, pastores evanglicos etc. E, se voc no quer se juntar aos infelizes que l sofrem as conseqncias de suas imbecilidades, deixe de crer que a salvao est neste ou naqueloutro grupo, e refugie-se em Cristo j. Sim, refugie-se em Cristo, mas s em Cristo, e no, numa mistura de Cristo, dolos e homens embusteiros. 2.3. Infalveis Como j vimos, o Catolicismo sustenta que o Papa infalvel quando fala ex-ctedra, ou seja, de sua cadeira, isto , com a autoridade de que investido. Cr-se que Deus delegou aos papas o dom da inerrncia quando dissertam sobre f e costumes. Isto significa que os catlicos no precisam se preocupar com a ortodoxia doutrinria. Eles podem fechar os olhos e seguir ao papa sem medo, pois impossvel que o papa erre. Para que o leitor possa ver mais uma vez que realmente as coisas so assim, fazemos as quatro transcries abaixo: 1) "Para manter a Igreja na pureza da f transmitida pelos apstolos, Cristo quis conferir sua Igreja uma participao na sua prpria infalibilidade, ele que a verdade. Pelo 'sentido sobrenatural da f', o povo de Deus 'se atm indefectivelmente f,' sob a guia do Magistrio vivo da Igreja. A misso do Magistrio est ligada ao carter definitivo da Aliana instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve proteg-lo dos desvios e dos desfalecimentos e garantirlhe a possibilidade objetiva de professar SEM ERRO a f autntica. O ofcio pastoral do Magistrio est ordenado ao

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cuidado para que o Povo de Deus permanea na verdade que liberta. Para executar este servio, Cristo dotou os pastores de carisma de infalibilidade em matria de f e de costumes. O exerccio deste carisma pode assumir vrias modalidades".(Catecismo da Igreja Catlica, pgina 255, # 889 a 891, [grifo nosso]). Bastaria a cpia acima, contudo, prometemos acima quatro cpias e, portanto, prossigamos: 2) "GOZA DESTA INFALIBILIDADE O PONTFICE ROMANO, chefe do Colgio dos Bispos, por fora do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiis, e encarregado de confirmar seus irmos na f, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne f e aos costumes...A INFALIBILIDADE prometida Igreja RESIDE TAMBM no corpo episcopal quando este exerce seu magistrio supremo EM UNIO COM o sucessor de Pedro' , sobretudo em um Conclio Ecumnico. Quando, pelo seu Magistrio supremo, a Igreja prope alguma coisa 'a crer como sendo revelada por Deus' e como ensinamento de Cristo, preciso aderir na obedincia da f a tais definies'. Esta infalibilidade tem a MESMA EXTENSO que o prprio depsito da REVELAO DIVINA'' (Catecismo da Igreja Catlica, pgina 255, # 889 a 891, [grifo nosso]). 3) O Padre Luiz Cechinato disse que "...o papa, quando fala em lugar de Cristo sobre as verdades de nossa salvao, no pode errar, porque ele tem a assistncia do Esprito Santo, e porque Jesus assume em seu prprio nome o que o papa decide. [...]" (Os Vinte Sculos de Caminhada da Igreja, Editora Vozes, 4 edio de 2001, pgina 358). O que o Papa pretende com essa pretenso de infalibilidade exclusiva? Resposta: Manipular os catlicos a seu bel-prazer. O Papa se declara to inerrante quanto a Bblia, quando afirma que a sua "infalibilidade tem a mesma extenso que o prprio depsito da revelao divina'', como vimos acima. Uma prova material de que os papas no so infalveis nas

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"decises eclesisticas'' o fato de eles se contradizerem. Vejamos alguns exemplos: a). Em 1.229 o conclio de Toulouse proibiu a leitura da Bblia ao povo. Hoje, no obstante adulterarem-na com a adio de livros apcrifos e "explicaes" herticas nas margens inferiores (rodaps), sua leitura recomendada. b). Ainda em 1.229, no referido conclio de Toulouse, estabeleceu-se a tal de "santa" inquisio, confirmada em 1.232, por Gregrio X, segundo a qual todos os que pregassem alguma coisa que no harmonizasse com o Catolicismo, deveriam ser torturados at a morte. E muitos fiis servos de Deus morreram nessa poca, por no se submeterem aos abusos desses emissrios de Satans. Hoje, porm, no mais nos matam a bel-prazer, embora mantenham por escrito a ordem de que "os herticos, alm de serem excomungados, devem ser condenados morte ", (Enciclopdia Catlica (em ingls), pgina 768, citado em O Movimento Ecumnico, editado pela Imprensa Batista Regular, pgina 17, da autoria do pastor Homero Duncan. c). Em 670, o papa Vitlio, para manter o povo no obscurantismo, decidiu falar a missa em Latim, exatamente para que ningum entendesse nada, por ser j o Latim uma lngua morta. Essa idia agradou tanto aos papas que o sucederam, que ampliaram a idia, proibindo tambm a traduo da Bblia para os idiomas dos povos. Naquela poca, a Bblia j havia sido traduzida para o Latim, e ento se determinou que no se fizesse nenhuma outra traduo. Hoje, porm, as tradues so feitas com a aprovao dos papas. Estas contradies entre um papa e outro provam que de infalveis eles no tm nada. Contudo, o Padre Miguel Maria Giambelli, em o livro de sua autoria intitulado A Igreja Catlica e os Protestantes, pgina 68, "interpreta" Mateus 16.19, como se Jesus tivesse dito o seguinte: "Nesta minha Igreja, que o reino dos cus aqui na terra, eu te darei tambm a plenitude dos poderes executivos, legislativos e judicirios, de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu ratificarei l no cu, porque tu agirs em meu nome e com a minha autoridade''. Mas esta concluso no est

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respaldada pela Bblia, a qual diz que o apstolo Paulo no se silenciou diante do erro do apstolo Pedro, como quem diz: "Est errado Pedro, mas, como Jesus disse que qualquer coisa que decretares, Ele ratificar l no Cu, eu concordo''; mas o repreendeu prontamente (Glatas 2.1114). Leitor, se nestes versculos no aparece na sua Bblia o substantivo Pedro, mas Cefas, saiba que Cefas o mesmo que Pedro (Joo 1.42). Mateus 16.19 est mal traduzido na maioria das Bblias protestantes e catlicas. Estas traduzem este versculo mais ou menos assim "... tudo o que ligares na terra, ser ligado nos cus; e tudo o que desligares na terra, ser desligado nos cus". Estas tradues equivocadas conferem a Pedro uma autoridade tal, que o pe acima de Deus. J no mais Pedro quem deve se orientar pelo Cu, mas o Cu que se orientar por ele. Mas na ARA (Almeida Revista e Atualizada) este erro foi corrigido, razo pela qual podemos ler l o que se segue: "... o que ligares na terra, ter sido ligado nos cus; e o que desligares na terra, ter sido desligado nos cus". Deste modo, Jesus no est dizendo que aprovaria tudo quanto Pedro fizesse; e sim que Pedro, ao fazer qualquer coisa, devia certificar se a mesma gozava ou no da sano do Rei dos reis e Senhor dos senhores - Jesus Cristo - o Filho do Deus vivo. O modo como Mateus 16.19 est no original, aceita tanto esta ltima traduo, quanto as outras. Nestes casos, a traduo fica a cargo do bom senso e, sobretudo, do contexto bblico. Sabemos pela Bblia que os cristos primitivos no se submetiam cega e incondicionalmente s decises do apstolo Pedro, mas o questionavam e exigiam dele explicaes, sob pena de excomunho. Para vermos isto, basta lermos o que est registrado em Atos dos Apstolos, captulo 11, versculos 2 a 18, detendo-nos nos versculos 2, 3, e 18, meditando no fato de que, quando Pedro se explicou, os irmos se apaziguaram (v. 18). Se os irmos se apaziguaram, ento o debate foi acirrado. E assim que os cristos primitivos tratavam todos os apstolos. Eles tinham que provar que os seus sermes tinham a aprovao de Deus (Atos 17.10,11). Para que se enxergue que os papas vm errando atravs dos sculos, basta raciocinar. Logo, os que ainda

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pensam sabem que os papas tambm erram, por duas razes: 1): Os papas so seres humanos. 2): A Histria registra inmeros erros cometidos por papas. Mas, como o fanatismo religioso priva do uso da razo, possvel que algum diga que esta questo relativa, alegando que o que ns, os evanglicos, chamamos de erros dos papas, pode no estar errado de fato. E, para que at os cegos vejam, apelamos para as incoerncias papais. Talvez as contradies entre um papa e outro, ajudem os fanticos a entenderem que a suposta infalibilidade papal uma farsa. Deus no se contradiz!!! Os papas se expem ao ridculo quando se autoproclamam infalveis. E no menos ridculo tentar provar que os papas so falveis. Ns s nos expomos ao ridculo de refutar esse disparate, por amor aos catlicos. Realmente h heresias que no merecem ser refutadas, e a chamada "infalibilidade papal" uma delas. Este autor no tentaria convencer a uma pessoa de que ela estaria equivocada por se julgar infalvel, pois custa-nos crer que haja algum que no saiba disso. A menos que ela sofra de algum distrbio mental. Ora, se todos j sabem que so falveis, no h porque, nem como, convenc-los deste fato. Por outro lado, se houvesse algum que se julgasse infalvel, Deus no iria conden-lo por isso, visto no ser justo que os loucos respondam por seus atos. No me expresso desta maneira ironicamente, e sim, porque deveras eu suspeitaria da sanidade mental de algum que, com sinceridade, se proclamasse infalvel 2.4. So os nicos Sucessores dos Apstolos Os clrigos catlicos alegam que os protestantes se separaram da verdadeira Igreja e, por conseguinte, da sucesso apostlica; o que prova, segundo eles, que os pastores evanglicos no so qualificados e credenciados para este ofcio, e sim, meros curiosos. Isso dito com todas as letras, pelo Padre Vicente Wrosz, que afirmou: ...Os protestantes desligaram-se da sucesso dos Apstolos, por isso seus pastores no recebem o sacramento da ordenao sacerdotal e no tm nenhum poder espiritual...E ningum de ns arriscaria submeter-se operao do corao por um

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curioso autnomo... O mesmo vale na...Igreja...Apstolos e seus sucessores, papas e bispos catlicos. S eles tm a promessa de Cristo, de serem introduzidos pelo Esprito Santo em toda a verdade... (Respostas da Bblia s Acusaes dos Crentes Contra a Igreja Catlica, Editora Pe. Reus, 48 edio/2000, pginas 13, 26-28). Todavia, ns, os verdadeiros Ministros do autntico Evangelho estamos sim, sucedendo os apstolos. Esta sucesso, porm, no o nosso objetivo, e sim, conseqncia natural do fato de estarmos seguindo a Cristo. Jesus Cristo no deixou sucessores, e sim, seguidores; no deixou vigrios, e sim, representantes; no deixou inquisidores assassinos, e sim, mrtires; no deixou ditadores, e sim, pregadores e ensinadores; no deixou dspotas, mas exemplos a serem seguidos etc. 2.5. Alicerce da Igreja Logicamente, a Rocha sobre a qual a verdadeira Igreja est edificada Cristo. Mas o Papa, interpretando erradamente Mt 16.18, conclui que a pedra mencionada neste texto o apstolo Pedro, e, por extenso, os papas que, supostamente, o sucederam atravs dos sculos. Da infere o Papa que qualquer comunidade crist que no se submete a ele, no (como vimos acima em 2.1), a autntica Igreja de Cristo, visto no estar fundamentada no alicerce que o Papa. Considerar-se o alicerce da Igreja , sim, ser pretensioso. Quem no se guia cegamente pelo Papa, como ele manda que faamos, mas examina a Bblia por si mesmo, facilmente conclui que a linguagem metafrica constante de Mt 16.18 aplica-se exclusivamente a Cristo, visto que Jesus e os apstolos trataram de elucidar esta questo. Seno, abra a sua Bblia e leia estas referncias: Mt 21.42; At 4.11; 1Co 3.11; Ef 2.20; 1Pe 2.4-6 etc. Jesus disse ao apstolo Pedro: Tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Mt 16.18). Tanto a palavra traduzida por pedra, quanto o vocbulo transliterado por Pedro, podem ser traduzidos por pedra. Contudo, oportuno informar que no idioma original do Novo Testamento, Jesus faz, neste caso, um jogo de palavras para o qual devemos atentar. No original, pedra petra, isto , rocha ou penha. J o vocbulo transliterado por Pedro Petros, isto , uma pedra pequena ou fragmento de pedra. Uma pedra que possa

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ser transportada. Ora, se Cristo, logo aps comparar Pedro a uma pedrinha, afirmou que edificaria a Sua Igreja sobre a rocha, salta aos olhos que Ele no pretendia construir a Igreja sobre Pedro. A Igreja, da qual Pedro era parte integrante, seria construda sobre a Rocha. E quem rochedo seno o nosso Deus? (Sl 18.31 b). ... no h outra Rocha que eu conhea (Is 44.8b). Est, pois, claro que ...a pedra era Cristo (1 Co 10.4). Admitir que os que divergem dos papas no esto apoiados na rocha e que por conseguinte no so a Igreja de Cristo, faz dos papas o real caminho da salvao. Equivale a dizer que os papas so o caminho, a verdade e a vida. E que ningum vai a Cristo, seno por eles. Se essa crena fosse verdadeira, os assassinos que matavam em obedincia aos papas, nos dias da famigerada Santa Inquisio, estariam hoje no Cu; ao passo que Joo Hus, Jernimo Savonarola, e milhares de pessoas que ao serem ameaadas pelos papas, preferiram a morte a desobedecer a Cristo, estariam todas no Inferno. Sim, crer que o Papa o fundamento da Igreja e que, portanto, quem no o obedece est desobedecendo a Cristo, nos leva s seguintes concluses: Ou os papas so mesmo infalveis, como eles se julgam, ou obedecer aos papas o mesmo que obedecer a Cristo, mesmo estando errado o que eles pregam. Ora, o fato de os papas no mais matarem os hereges, como o fizeram durante sculos, prova que eles no so infalveis, visto que, se eles esto certos, ento estavam errados; por outro lado, se esto errados, ento estavam certos. Logo, est provado que eles no so inerrantes. E, sendo assim, se precisamos mesmo obedec-los incondicionalmente para sermos salvos, ento podemos e devemos desobedecer a Deus, sempre que a Lei de Deus entrar em choque com a lei do Papa. loucura, ou no ? Este assunto no to polmico como se supe. A controvrsia sobre esta questo, s existe porque os papas so megalomanacos. E os catlicos, cegos por Satans, se deixam levar, se julgando at mesmo incapazes de lerem a Bblia e tirarem suas prprias concluses, visto que aquele que engana as naes (Ap 20.3,8,10), servindo-se de seus servos (2Tm 3.13) inculcou-lhes que o Papa infalvel e que s ele pode interpretar a Bblia com autenticidade. Por isso aposentaram a cabea e se deixam guiar pelo conto do Vigrio.

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Geralmente os padres vem os que divergem do Papa, como hereges, visto que o consideram sucessor de So Pedro, e, por conseguinte, o inabalvel (infalvel) Alicerce da verdadeira Igreja, que o conjunto dos que lhe obedecem incondicional e cegamente. Mas, se eles examinarem os escritos dos santos da Igreja Catlica, vero que muitos deles acreditavam como ns, os evanglicos, cremos atualmente. Por exemplo, Santo Agostinho e So Joo Crisstomo, asseveraram: Nesta pedra...a qual tu confessaste, Eu construirei minha Igreja. Esta pedra Cristo; e nesta fundao o prprio Pedro construiu (Agostinho, Comentrio Sobre o Evangelho de Joo, citado na Bblia Apologtica, 1 edio/2000, ICP Editora, pgina 1072, nota de rodap alusiva a Mt 16.18). Alm do que j foi dito em refutao alegada sucesso papal, da qual os supremos lderes da Igreja Catlica vm lanando mo para ludibriar os incautos, bom lembrarmos que Pedro foi um papa bem diferente: era casado (Mc 1.30), pobre (At 3.6), Cheio do Esprito Santo (At 4.8), humilde (Gl 2.11, comparado com 2 Pe 3. 15-16) etc. Quo diferentes so os papas: so solteiros (obrigatoriamente), so ricos (tm muito ouro e no pouca prata), no tm o Esprito Santo, so arrogantes etc. O clrigos catlicos se ufanam de uma suposta sucesso papal que, segundo a Igreja, vai de So Pedro ao atual Papa Bento XVI, um total de 265 papas. Ora, sabendo que muitos desses papas foram cruis e imorais, como veremos nos captulos 11 e 13 deste livro, custa-nos entender porque, ao invs de se ufanarem, no se envergonham. Ora, visto que muitos papas foram avarentos, fornicrios, desonestos, assassinos etc., no h (a menos que creiamos que esses monstros tambm foram sucessores de So Pedro) nenhuma sucesso papal, desde Pedro aos nossos dias. Certamente o elo foi quebrado h muito tempo. Contudo, ainda que algum funde uma igreja igual Igreja Catlica, essa igreja no ser reconhecida como Igreja de Cristo, at que se una Igreja Catlica e se submeta ao Papa administrativamente. Dos muitos exemplos que poderamos dar, como prova dessa verdade, pinamos os que abaixo relacionamos: a) Fraternidade Sacerdotal So Pio X. O Conclio Vaticano II que transcorreu entre os anos 1962-1965 efetuou algumas

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insignificantes mudanas nas doutrinas e liturgias da Igreja Catlica. As mudanas foram as seguintes: Sobre a missa. At ao Vaticano II, os padres celebravam as Missas em latim e de costas para os seus fiis; a partir da, porm, o celebrante fica de frente para o pblico e se expressa no idioma dos comungantes. Ora, heresias proferidas de costas ou de frente; ditas em latim ou em qualquer outro idioma, so igualmente imprestveis. Sobre o cardpio. Antes do Vaticano II, a Igreja Catlica pregava que os catlicos no deviam comer carne s sextasfeiras, exceto peixe. Essa era de fato uma infantilidade, mas convenhamos que a sua remoo no tem muito peso. Acerca do vesturio. A partir do Vaticano II, passou-se a no exigir que o clero ponha a batina continuamente, mas apenas durante as celebraes. Das freiras tambm no se exige mais que ponham o hbito continuamente. Essa mudana , obviamente, irrelevante, em termos espirituais. Ocorreram mais algumas mudanas, mas todas sem grande importncia, com exceo das iniciativas ecumnicas que esto rendendo para o Catolicismo bons dividendos, visto que uma boa parte dos ortodoxos, bem como anglicanos, luteranos e outros protestantes, esto se deixando levar pela falcia intitulada Dilogo Ecumnico. Por no aceitar as mudanas supracitadas, os bispos Marcel Lefbvre (francs) e Antnio de Castro Maia (brasileiro) lideraram um movimento conservador, que redundou na criao de uma seita chamada Fraternidade Sacerdotal So Pio X, e ordenou alguns bispos sem o consentimento de Roma. Ento foram excomungados pelo Papa Joo Paulo II, e a seita deles no vista como Igreja de Cristo. Isso s serve para demonstrar o quanto a Igreja Catlica intolerante. Esses homens to-somente queriam que a Igreja Catlica continuasse como era at 1965. Se isso heresia, ento a Igreja Catlica era hertica. E, se ela no era hertica, ento os bispos Marcel Lefbvre e Antnio de Castro Mayer no so hereges. A cpula da Igreja Catlica poderia at pedir que eles redigissem um pedido de exonerao, j que no aceitam as inovaes. Mas excomung-los e considerar a seita deles como uma falsa igreja, , sem dvida, politicagem. Os clrigos

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catlicos sofrem de miopia espiritual, por cujo motivo no vem a amplitude do reino de Deus, julgando que o mesmo se limita aos contornos do Catolicismo. Eles vem a Igreja apenas como uma instituio, e pensam tratar-se da Igreja Catlica, quando a Igreja, antes de ser uma organizao, um organismo. E, como tal, ela no est nessa ou naquela outra rua. b) Igreja Ortodoxa. Esta seita fruto de uma ciso ocorrida no ano 1054 d.C. Suas doutrinas so basicamente iguais s doutrinas da Igreja Catlica. As diferenas so banais: O celibato no obrigatrio, o batismo por imerso, no usam esttuas dos santos, mas apenas imagens, e outros pontos que, quando comparados com as doutrinas da Igreja Catlica, salta aos olhos que so diferenas que no deviam fazer diferena. Todavia, segundo o Catolicismo, essa igreja tambm no de Cristo, pois no se submete ao suposto sucessor de So Pedro. c) Igreja Catlica Antiga (ou Catlicos Velhos). Esta seita foi fundada em 1871. Foi assim: Um Bispo catlico que em 1870 participou do Conclio Vaticano I, onde rebateu com eloqente discurso a pretensiosa infalibilidade papal, no foi ouvido, mas excomungado. Ento liderou um movimento que redundou no surgimento dessa seita. Essa igreja prega muitas das doutrinas da Igreja Catlica: Orao pelos mortos, purgatrio, sacramentos etc. Apenas rejeita: O dogma da imaculada Conceio de Maria, o jejum, a infalibilidade papal, o celibato eclesistico, a confisso auricular, o culto s imagens e mais algumas questes irrelevantes, j que a Igreja Catlica tolera no seu seio, divergncias bem mais acentuadas. Mas, como no esto com o Papa, no so Igreja de Cristo, e sim, seita, como geralmente o clero catlico define os grupos cristos que no se sujeitam liderana do Papa. d) Outros Grupos. H outras seitas fundadas por dissidentes da Igreja Catlica que, por sua vez, se desdobram em outros grupos, como o caso da Igreja Catlica Brasileira, Igreja Catlica Livre (conhecida tambm como Ordem de Santo Andr), Igreja Ortodoxa Latina etc.

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2.6. Sobre os Ttulos Honorficos do Clero A Bblia nos fornece a lista dos oficiais que Jesus constituiu para crescimento da Sua Igreja. So: Apstolos, Pastores, Diconos, Bispos, Presbteros, Mestres e Evangelistas. Nada, porm, nos fala sobre: a) Papas e Padres: Cristo no instituiu papas e padres, mas sim, irmos. Disse Ele: E a ningum sobre a terra chameis vosso pai; porque um s o vosso Pai, aquele que est no Cu (Mt.23.9). Papa deriva do latim, e o mesmo que pai em italiano; e padre pai, em espanhol. b). Vigrios do Filho de Deus. Todos sabem que os papas se consideram vigrios do Filho de Deus, porm, poucos so os que perceberam que esse arrogante ttulo uma usurpao. Etimologicamente, vigrio significa substituto. Ora, no extrema pretenso se considerar substituto do Senhor Jesus? Cristo insubstituvel e, obviamente, no deixou substituto algum, mas sim, servos e seguidores. Falta modstia aos supostos sucessores de So Pedro. A Histria registra inmeras barbaridades praticadas por esses supostos Vigrios. Certamente, foi observando essas coisas que a sabedoria popular criou o vocbulo vigarice, bem como a locuo conto do vigrio. O titulo de Vigrio no exclusivo dos papas, mas extensivo aos bispos, bem como aos presbteros (padres), quando estes substituem queles. c) Sumo Pontfice. Este um ttulo pago. A traduo de sumo pontfice supremo fabricante de pontes. Os pagos criam que seus lderes religiosos eram como pontes entre eles e os deuses, por cujo motivo os chamavam de pontfices. A adoo desse ttulo por parte do clero, , pois, um erro, visto que Cristo a nica ponte entre o homem e Deus. E, como se no bastasse, o Papa no s ponte, mas a suprema ponte. Aqui est, pois, mais um exemplo de arrogncia, somado a uma prtica pag. d) Arcebispo. luz do contexto de At 20.28, pode-se ver que pastores, presbteros e bispos, no so trs funes distintas e

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diferentes, mas trs ttulos dados ao mesmo cargo. Todo verdadeiro Pastor Presbtero e Bispo. Ele Pastor porque cuida do rebanho de Cristo, Presbtero porque no um imaturo, e Bispo porque supervisiona a Igreja do Senhor. Ora, Jesus , segundo a Bblia, o sumo Pastor (1Pe 5.4); logo, o ttulo de Arcebispo, que equivale a Supremo Bispo ou Sumo Pastor, no nos conveniente. e) Cardeal. Este ttulo tambm pago. No existe, em toda a Bblia, qualquer referncia ao cargo de cardeal na Igreja de Cristo. Ao contrrio, os cardeais originais eram um grupo de sacerdotes lderes na antiga religio pag de Roma...muito antes da Era Crist. [...] Nos tempos antigos os cardeais eram o clero que chefiava em Roma (WOODROW, Ralph. Babilnia: a Religio dos Mistrios. Traduo de Paulo de Arago Lins, Associao Evangelstica.1966, pgina 116). Do exposto at aqui, os ttulos que o clero catlico arrogou a s so, ora uma usurpao das prerrogativas de Cristo, ora um ttulo pago, ora as duas coisas. Sabemos que nenhum homem pode se intitular Vice-Deus, sem incorrer em grave erro. Contudo, se o clero catlico se autoprolamasse Vice-Deus, estaria assumindo sua inferioridade em relao ao Senhor, considerando que o cargo de vice inferior ao de titular. Mas, por se dizerem Pontfices, Sumo Pontfices, Arcebispos, Cardeais etc., se pode ver que eles no querem ser vices, e sim, titulares. 2.7. Donos da Verdade Segundo o Catolicismo, s o Papa, e por extenso os bispos que dele no divergem, esto credenciados por Deus para interpretarem a Bblia corretamente. Eis a prova: O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus foi confiado exclusivamente ao Magistrio da Igreja, ao Papa e aos bispos em comunho com ele (Catecismo da Igreja Catlica, pgina 38, # 100). Destas afirmaes do Papa subentende-se que ns, pastores evanglicos, estamos desautorizados a exercermos o nosso Magistrio em relao s ovelhas que o Senhor nos confiou. No podemos fazer isso, pois no somos Papas, nem tampouco algum por ele credenciado. Conseqentemente, somos impostores; ou como diz o Padre Vicente Wrosz, curiosos. E, por conseguinte, as pessoas que conosco

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estudam a Bblia, esto sendo iludidas, pois s o Papa e seus bispos (isso exclui at os padres) esto credenciados por Deus para fazerem isso. O que o Papa pretende com essa pretenso de dono da verdade? Resposta: Desacreditar os verdadeiros servos de Deus. Porm, luz de At 17.11, os leigos podem examinar a Bblia para se certificarem da autenticidade ou no do que o clero est ensinando, o que, por si s, prova cabalmente que Deus no nomeou um grupinho de homens para pensarem por ns. Uma vez que a interpretao dos bispos s tem valor enquanto esto em comunho com o Papa, fica claro que a opinio deles s tem peso enquanto se portam como vacas de prespio. Ao divergirem dele, ficam logo descredenciados e, portanto, sem moral para questionar Sua Santidade. Isso equivale a dizer que na prtica, s o Papa pode interpretar a Bblia, e que a delegao do mesmo poder aos bispos, uma tapeao. E como deve reagir o catlico diante da alegada infalibilidade exclusiva, que o papa e seus bispos dizem possuir? Os catlicos podem discordar disso e question-los? Podem fazer o que os bereanos fizeram, comparando pelas Escrituras o que o apstolo Paulo dizia, para se certificarem da autenticidade ou no do que ele ensinava, sem serem tachados de hereges, desobedientes, e sim de nobres, por este gesto to sbio? O Padre lvaro Negromonte responde negativamente a estas perguntas, pois afirma com todas as letras que o Papa manda tanto quanto Cristo e que, portanto, suas ordens devem ser obedecidas e no discutidas. Seno, vamos prova: ... Um bom catlico nunca pe em dvida a autoridade da Igreja. Antes, procura ser cuidadoso da obedincia que lhe deve. Cuidadoso e ufano. Vale a pena obedecer a quem manda com a mesma autoridade de Cristo e faz leis to sbias. Assistidos pelo Esprito Santo, o papa e os bispos tm uma viso que nos falta nos negcios da Igreja. As suas ordens devem ser obedecidas e no discutidas. Quando nossos pontos de vista no coincidirem, ser por deficincia nossa... (O Caminho da Vida, pgina 240, 15 edio, LIVRARIA JOS OLYMPIO EDITORA, grifo nosso).

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Como o leitor pde ver com seus prprios olhos, ao ler a transcrio acima, o Padre lvaro Negromonte exige dos catlicos, obedincia cega. Na opinio dele, quando acharmos que o papa est errado, devemos lembrar que o erro est em ns, no no papa. O Papa e seus bispos so infalveis. por ignorncia nossa que s vezes discordamos do papa e seus bispos. Os que ainda no perderam a capacidade de raciocinar, sabem que o Padre lvaro Negromonte est endeusando os seus superiores hierrquicos e ainda induzindo os catlicos mesma *antropolatria. Mas ele estaria certssimo, se o papa e seus bispos no estivessem equivocados, quando afirmam que por determinao divina, s eles podem oferecer a real interpretao das Escrituras. Sim, porque se isso fosse verdade, eles seriam inquestionveis. Ningum poderia ponder-los. Logo, o Padre lvaro um bom intrprete do que o papa quer dizer, quando afirma que ele e seus bispos detm, por ordem divina, com exclusividade, o encargo de interpretar a Palavra de Deus. Como j sabemos, h muitos livros escritos por padres, argumentando de tudo quanto jeito, a fim de provar que ns, os evanglicos, estamos interpretando mal a Bblia. Mas essas crticas so destitudas de valor, j que no procedem de algum que, raciocinando com sua prpria cabea, tenha tirado as suas prprias concluses. Como informamos, os padres no podem fazer isso. S o papa e seus bispos podem fornecer a real interpretao da Bblia, segundo o Catolicismo. Ora, para que sabermos a opinio de quem no tem opinio prpria? A opinio de um padre tpico : errado ter opinio. Geralmente, quando um padre nos refuta, o faz base do seguinte raciocnio: Quem so esses evanglicos para discordarem de Sua Santidade? Na minha opinio eles esto com a razo; porm, eu concordo com eles por causa das minhas deficincias. Se eu no fosse to ignorante, discordaria deles. A lgica humana diz que a razo deles; mas, como o Papa infalvel, a concluso bvia que eles esto equivocados. Se todas as pessoas do mundo, ao invs de raciocinar, optarem por seguir cegamente a um dos muitos idiotas que h neste planeta, ainda assim teremos dois conjuntos de idiotices :1): O conjunto das idiotices do idiota-guia. 2):O conjunto das

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idiotices dos idiotas que o seguirem. E, obviamente, isso no seria a soluo dos problemas. Temos em nosso poder vrios livros catlicos, escritos por padres, como por exemplo, os Padres Luiz Cechinato, Manoel Pinto dos Santos, lvaro Negromonte, Frei Battistini etc., segundo os quais ningum deve ser livre intrprete das Escrituras. E acrescentam que o certo se deixar guiar incondicionalmente pela pronunciao ex-ctedra de Sua Santidade. Em defesa dessa idia, apontam para as muitas divises que h entre os evanglicos. Contudo, o clero catlico precisa considerar que embora seja verdade que enquanto raciocinamos, chegamos a muitas concluses erradas, a pior de todas as concluses a concluso de que no se deve raciocinar. Alm disso, as divergncias que h entre ns, os evanglicos,