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Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal. Iniciativa: Conceção e desenvolvimento: COMPRAS

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Vivemos numa sociedade de consumo ou mesmo de consumismo exacerbado. Ainda que muitas vezes tentemos, não podemos ficar indiferentes aos anúncios de televisão e de rádio, nos jornais e nas revistas, nas nossas caixas de correio e em outdoors espalhados pela cidade que nos incitam a comprar, cada vez mais, um sem-número de produtos todos os dias e todos os anos, mesmo quando os que possuímos ainda estão aptos a um uso funcional. Neste ebook mostramos porque é importante pensar bem antes de comprar este ou aquele produto de olhos fechados. Além de economizar dinheiro, poupa-se em recursos naturais. Assim, o ambiente agradece... e a carteira também. O CONCURSO ECOCIDADÃO WEBSÉRIES & WEBQUESTS é uma iniciativa da Comissão Europeia (CE), através do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD, na qualidade de Organismo Intermediário da CE), concebido e implementado pela DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. www.ecocidadao.pt

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O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal.

Iniciativa: Conceção e desenvolvimento:

COMPRAS

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Índice

Moderar o impulso 4Resistir à tentação 5Comprar produtos mais “limpos” 8A rotulagem ecológica 8Detergentes e produtos químicos 10Roupa com menor impacto ambiental 13Preferir produtos reciclados 14Tentar reparar ou alugar 15Ser cauteloso 18E nas férias? 19Para chegar ao destino 19Turismo Sustentável o que é? 21O impacto negativo do turismo 21Minimizar o impacto 23

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Vivemos numa sociedade de

consumo ou mesmo de consumismo

exacerbado. Ainda que muitas vezes tentemos,

não podemos ficar indiferentes aos anúncios detelevisão e de rádio, nos jornais e nas revistas, nasnossas caixas de correio e em outdoors espalhados pelacidade que nos incitam a comprar, cada vez mais, umsem-número de produtos todos os dias e todos os anos,mesmo quando os que possuímos ainda estão aptos aum uso funcional.

Neste ebook mostramos porque é importante pensarbem antes de comprar este ou aquele produto de olhosfechados. Além de economizar dinheiro, poupa-se emrecursos naturais. Assim, o ambiente agradece... e acarteira também.

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Moderar o impulso

Entre os produtos anunciados, as bugigangas que “nãopodemos” deixar de ter e todas as “novidades” queinvadem as prateleiras das lojas, por vezes, torna-sedifícil resistir a uma promoção ou ao último gritopublicitado.

Mas será que precisamos mesmo, ou até queremosmesmo, adquirir esses produtos? Ou, pelo contrário,estamos a ficar “escravos” da sociedade de consumo,que cria novas necessidades artificialmente para noslevar a comprar sem parar e sem pensar? Qualquer queseja a resposta, uma coisa é certa: muitos destesprodutos são caros, e a sua renovação frequente temimpactos evidentes a vários níveis, tais como a gestão derecursos naturais, o uso de substâncias perigosas oupreocupantes ou a produção excessiva de resíduos.

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Resistir à tentação

Acontece muitas vezes, sentirmo-nos tentados acomprar um produto em destaque numa prateleira dosupermercado, mesmo sem ter necessidade do mesmo.Por vezes, é difícil resistir ao apelo da promoção, daembalagem ou ao puro prazer de comprar.

Resultado: ao longo de todo o ano, acabamos porcomprar alimentos, bebidas e objetos que por vezes nãoconsumimos nem utilizamos. Alguns vão parar ao lixoantes que os tenhamos consumido, ou porque deixámospassar o prazo de validade ou devido a problemas deconservação. Outros ainda são deitados fora naquelaaltura do ano em viramos a casa do avesso para a limpar.

Parte dos resíduos que produzimos é, assim, compostapor produtos nunca utilizados, nunca consumidos… Paraevitar desperdícios, o melhor é pensar se precisamosmesmo desses produtos e, não menos importante, sevamos consumi-los ou usá-los no curto prazo.

No nosso país, cerca de 36 por cento dos caixotes de lixosão compostos por restos de comida (alimentosestragados, sobras, etc.) ou produtos fora de prazo. Ora,se estes resíduos não forem usados para compostagem,irão para aterros (muitos dos quais estão próximo da suacapacidade máxima ou mesmo esgotados) ou serãoincinerados sem que daí venha qualquer benefício emtermos de recuperação de energia.

Assim, devemos procurar comprar só produtos queiremos realmente consumir e verificar sempre a data devalidade, optando pelos que tiverem a mais alargada.

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Prestar atenção aos produtos perecíveis, para evitarqualquer desperdício é igualmente importante. Eaprender a quantificar as necessidades do agregadofamiliar, de modo a não ceder às tentações.

Não nos devemos deixar enganar pela estratégia dosdistribuidores, que espalham os produtos de primeiranecessidade pela loja, para expor o consumidor a umasérie de tentações.

Preferir fazer compras regularmente, exceto se talobrigar a percorrer longos percursos de carro, tambémevitará a compra de quantidades em excesso com basenas previsões para as semanas seguintes. Na verdade, édifícil prever o consumo com exatidão. Quanto mais secompra, maior é o risco de desperdício. No que dizrespeito aos bens não perecíveis, podemos comprarquantidades maiores, mas é importante certificarmo-nosde que os consumimos no período indicado.

Resumindo, devemos comprar só aquilo que forestritamente necessário, não só em matéria dealimentação, mas para qualquer tipo de produto.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!

Antes de sairmos de casa, devemos fazer uma lista do que necessitamos esegui-la à risca. Prestar atenção à validade dos produtos que se comprartambém é importante!

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Comprar produtos mais “limpos”

Ser um consumidor responsável é mais fácil do queparece e muitas vezes ajuda-o a poupar. Deixamosalgumas dicas, não só para as compras que fazemos, maspara a generalidade dos atos de consumo.

A rotulagem ecológica

Para se certificar de que o produto que está a adquirirtem um bom desempenho ambiental, o consumidorpode guiar-se pelos símbolos ecológicos. A rotulagemecológica tem dois grandes objetivos: promover aprodução e a venda de produtos cujo impacto ambientalé menor e facilitar a sua fácil identificação. Contudo, oconsumidor deve ter consciência de que nem todos osrótulos são cem por cento fiáveis e de que o facto de osprodutos apresentarem imagens com a natureza porcenário não é de todo garantia da sua sustentabilidadeambiental.

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A nível de normas, e para tentar regular o aumentodescontrolado de símbolos e de declarações ambientaise evitar que as empresas os utilizem como promoção, aInternational Organization for Standardization elaboroutrês sistemas de rotulagem ecológica, que apresentamosde seguida:

• Tipo I (norma ISO 14024) – traduz-se num programavoluntário de certificação, por uma entidadeindependente, que concede o rótulo ecológico aosprodutos que trazem vantagens ambientais face aoutros concorrentes. É considerado todo o ciclo devida do produto, desde a recolha de matéria-primaaté à deposição. Se forem cumpridos os critériosecológicos estipulados para a categoria de produtosem questão, é concedido um rótulo ecológico válidopor três anos, durante os quais o produto écontrolado.

• Tipo II (norma ISO 14021) – refere-se àsautodeclarações ambientais que apelam a um aspetodo produto, de um componente ou da embalagem.Não existe processo de certificação, e o fabricante éo único responsável pelos fundamentos e pelaexatidão das declarações.

• Tipo III (norma ISO 14025) – enquadra a declaraçãoambiental sobre o produto com base numdeterminado indicador (por exemplo, emissões dedióxido de carbono). Também aqui se tem em contao ciclo de vida do produto, mas o resultado dainformação não permite comparar artigos da mesmafamília – é como se de uma informação nutricional setratasse, por exemplo.

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Detergentes e produtos químicos

Os detergentes para a loiça e para a roupa sãoindispensáveis no nosso lar. No entanto, e porque sãousados diariamente, em muito contribuem para adegradação do meio aquático. Isto deve-se ao facto deconterem, muitas vezes, agentes que a natureza nãoconsegue “digerir”, degradar ou decompor totalmente,perturbando consideravelmente o equilíbrio ecológico.É, então, importante escolher produtos com menorimpacto na saúde e no ambiente. Por isso, devemosoptar, sempre que possível, pelos que ostentem o rótuloecológico.

• Não hesitar em escolher produtos simples,multiusos, sem características específicas e quepossam ser usados muito tempo. Geralmente, sãomais baratos, e a maioria é tão ou mais eficaz equase sempre menos nociva para o ambiente.

• Para lavar e tratar a roupa, devemos preferirprodutos concentrados. Nos detergentes líquidosclássicos, por exemplo, cerca de 80 por cento doconteúdo é água!

• Os aerossóis são práticos, é certo, mas projetam parao ar pequenas partículas que respiramos eabsorvemos. Além disso, incluem gases propulsores,alguns dos quais com efeito de estufa. Paradesodorizar o interior da casa, o ideal é… arejá-lasimplesmente.

• Ler atentamente os rótulos e respeitar as indicaçõesdo fabricante sobre a dose a utilizar: esta é a únicaforma de reduzir a compra e a utilização de produtosnocivos.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!

Experimentar reduzir a dose de detergente recomendada para metadequando efetuamos a lavagem de roupa sem nódoas. A eficácia dalavagem não é prejudicada, e assim conseguimos fazer economias e aomesmo tempo proteger o ambiente.

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ATENÇÃO!

Alguns produtos de limpeza reclamam-se biodegradáveis e apontam estacaracterística como um fator importante na proteção ambiental.O argumento é verdadeiro, mas a biodegradabilidade mínima é exigidapor lei há muitos anos. Sem o seu cumprimento, não poderiam servendidos! A melhor forma de protegermos o ambiente, a nossa saúde e anossa carteira é usar os produtos de limpeza com conta, peso e medida.

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Roupa com menor impacto ambiental

Embora não salte tanto à vista como, por exemplo, ofabrico de automóveis ou de computadores, a produçãode vestuário tem um grande impacto ambiental. E, maisuma vez, o consumidor pode desempenhar um papelimportante a este nível.

Devemos verificar a origem do algodão das roupas quecompramos. Tal como a lã ou o linho, trata-se de umafibra natural. Contudo, muitas práticas aplicadas àcultura intensiva de algodão, como a rega e o uso depesticidas, tornam-na numa atividade com grandeimpacto. Também a transformação do algodão constituiuma importante fonte de poluição. De facto, otratamento dos têxteis (branqueamento, coloração,lavagens, aditivos para determinados acabamentos, etc.)gera uma série de poluentes como cloro, formaldeídoe/ou metais pesados. Além disso, muitos destesprodutos químicos podem desencadear alergias eirritações na pele e no sistema respiratório. Alguns são,até, potencialmente cancerígenos, afetam o sistemaneurológico e reprodutor ou são mutagénicos, ou seja,podem interferir no sistema genético de todas asespécies vivas.

Quando escolhermos roupa de algodão, devemos optarpor peças com a etiqueta “Cotton Bio”, um certificado deque foi produzido com algodão biológico. Isto significaque aquela peça é proveniente de agricultura biológica,ou seja, responde aos mesmos critérios aplicados aoslegumes e à fruta biológica.

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Preferir produtos reciclados

Mesmo que nem sempre sejam os mais baratos, sequeremos ter uma conduta mais amiga do ambientedevemos privilegiar a compra de produtos reciclados,quando disponíveis. Desta forma, evitaremos a utilizaçãode matérias-primas virgens, que, na maior parte doscasos, não são de origem renovável. Esta escolha éparticularmente importante nos artigos de curtaduração, como envelopes, papel higiénico e de limpeza,até porque não necessitam de um elevado grau debranqueamento e, assim, apresentam-se com umapegada ecológica bastante satisfatória.

Na verdade, cada vez mais produtos são, parcial outotalmente, fabricados a partir de materiais reciclados.Além do papel, muitos sacos de lixo são tambémproduzidos com este tipo de materiais, e o mesmoacontece com muitos recipientes de vidro (copos,garrafas, jarros, etc.) e a esmagadora maioria dos têxteisde poliéster.

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Tentar reparar ou alugar

A decisão de continuar a utilizar determinado aparelhoelétrico ou eletrónico, ainda que exista um modelo maissofisticado que advogue um menor consumo energético,reside nas seguintes perguntas: Fica mais caro para oambiente fabricar um novo ou manter o antigo em uso?A mudança compensa em termos financeiros?

A fase de produção de alguns produtos, como osequipamentos eletrónicos, tem hoje um impactoambiental muito maior do que o decorrente do uso,ainda que com um consumo energético inferior ao quetinham há alguns anos.

Computadores, televisores e telemóveis de últimageração incluem metais preciosos e raros na suacomposição e utilizam requisitos de alta pureza na suaprodução. A extração e a transformação têm um altocusto ambiental. Neste caso, manter o aparelho tantotempo quanto possível é a melhor opção ambiental.

Já no que diz respeito a produtos que utilizam matérias-primas básicas no fabrico e cuja utilização diária tem umimpacto ambiental considerável (como máquinas delavar roupa e loiça, secadoras, frigoríficos ou fornos),devemos ponderar a troca: além de consumirem muitaeletricidade, as máquinas de lavar com mais de dez anostambém consomem muita água. O seu uso provocamuitas vezes mais danos no ambiente do que o fabrico, otransporte ou o tratamento em fim de vida juntos!Nestas situações, há vantagens ambientais e, muitasvezes, económicas, em substituir o aparelho velho porum mais eficiente.

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Claro que fazer a manutenção dos aparelhos elétricos,das máquinas, computadores, etc., permite obviamenteprolongar o seu tempo de vida. Antes de ossubstituirmos por novos, devemos considerar a suaeficiência energética e obter informações junto de umtécnico sobre a viabilidade em termos de custo dereparação. Caso contrário, poderemos recorrer àsorganizações que aceitam aparelhos avariados e tentamrepará-los para, depois, os encaminhar para associaçõesde apoio social. Em Portugal, por exemplo, podemoscontactar o Banco de Bens Doados, que pertence àAssociação Entreajuda (para mais informações consultaro site www.bancodebensdoados.pt).

No que diz respeito ao vestuário, podemos dar o que jánão nos serve e alugar roupas para ocasiões especiais(para uma cerimónia, uma saída à noite, uma festa decarnaval, etc.).

No caso de equipamento elétrico para trabalhos debricolagem ou de jardinagem ou outros aparelhos quenão se prevê utilizar muito, devemos considerar apossibilidade de alugar ou pedir emprestado a umvizinho ou a um amigo, em vez de comprar.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!

Se os tecidos ainda estiverem em boas condições, mandar arranjar aroupa é uma boa opção. Apertar uma saia mais larga ou fazer pequenasmodificações e melhoramentos poderá ser o suficiente para continuar ausar as peças. Além disso, podemos explorar os usos alternativos: porexemplo, as T-shirts de algodão, apesar de desbotadas, são bastanteeficazes a limpar o pó ou os vidros.

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Ser cauteloso

Entre dois ou mais produtos com a mesma finalidade,devemos optar pelo que apresentar menor impactoambiental. É importante ler a embalagem ou o rótulo ouconsultar outras fontes de informação.

Também se formos fazer obras ou trabalhos debricolagem, devemos procurar utilizar materiais etécnicas ecológicas. Geralmente, são eficazes e melhorespara a saúde, não só enquanto se executa o trabalho,mas também a seguir (pensemos, por exemplo, nassubstâncias nocivas que os painéis aglomerados oualguns tipos de tintas libertam).

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E nas férias?

O turismo é um dos setores cujo crescimento naeconomia mundial é mais acelerado e tem um impactoeconómico, social e ambiental considerável. Cabe àscadeias hoteleiras e restantes empresas envolvidasplanear e implementar iniciativas sustentáveis paraminimizar este impacto.

O próprio turista tem um papel essencial: quandoplaneia e compra as suas férias, por exemplo, para forado país, e quando está alojado no estrangeiro e pretendefazer compras, pode fazer algumas opções que serão, àpartida, mais benéficas para o meio ambiente e para aspessoas que vivem no país de destino.

Por exemplo, os pacotes “tudo incluído” são apetecíveispor, à partida, se mostrarem mais económicos, e o certoé que muitas vezes não é seguro sair do circuitoplaneado pela agência de viagens para a alimentação eas compras. No entanto, ficar alojado numa cadeia queapresente um bom desempenho ético ao nívelambiental, laboral e socioeconómico é uma opção queestá nas nossas mãos!

Para chegar ao destino

Primeiro que tudo: precisamos mesmo de ir de avião?Nunca é demais sublinhar: as viagens internacionaisestão a aumentar em todas as regiões do mundo, e têmum enorme impacto ambiental resultante do consumode energias não renováveis e das emissões de gasespoluentes.

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Segundo a Associação Internacional de TransporteAéreos, é expectável um grande aumento do número depassageiros de avião para 2016, esperando-se mais de800 milhões face aos passageiros transportados pelascompanhias aéreas em 2011.

Assim, para minimizar este problema, devemosprivilegiar a escolha de transportes que emitam menorquantidade de dióxido de carbono, como os comboiosou o autocarro. Se tivermos mesmo de viajar de avião,devemos reservar voos diretos e optar por companhiasaéreas mais sustentáveis e que comuniquem as boasiniciativas ambientais e sociais.

No local de destino, escolher transportes públicossempre que possível e optar por formas de transportecom menor impacto, como por exemplo a bicicleta,andar a pé e carros com baixas emissões de carbono.

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Turismo sustentável, o que é?

O conceito de “turismo sustentável” visa proteger, emprimeiro lugar, as necessidades do turista e o bem-estardas comunidades locais e do turismo no país de destino.Isto significa que são consideradas as repercussõesimediatas e futuras a nível económico, social e ambientaldo turismo e que são desenvolvidas atividades quevisam minimizá-las. Os interesses de todas as partesenvolvidas, quer se trate do turista em si (isolado ou emgrupo) quer das comunidades locais (trabalhadores,hotéis e outras entidades do setor, etc.), são tidos emconta.

O impacte negativo do turismo

O impacto económico e social da indústria hoteleira temmuito que ver com:

• a contratação de trabalhadores. Muitas vezes, aaposta é feita na contratação no estrangeiro; quandoacontece localmente, os trabalhadores são alvo decontratação sazonal e de baixos salários, e há registode situações em que o trabalho apresenta ligação aformas de prostituição ou de trabalho infantil;

• a importação de produtos e serviços, em vez daaposta no comércio local;

• a venda de pacotes de viagens fechados (com tudoincluído), que não estimulam o contacto com ascomunidades locais.

• o dano na paisagem natural, a destruição dabiodiversidade, o consumo intensivo dos recursosnaturais, a degradação do solo e a poluiçãodecorrente muitas vezes da atividade dos hotéis.

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SABIAS QUE?

Os turistas podem e devem influenciar as cadeias de hotéis ao solicitar eoptar por determinado tipo de serviço e de bens e dando importância aaspetos relacionados com a sustentabilidade.

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Minimizar o impacto

Desde que se planeia as férias até à altura em que seregressa, há muito que se pode fazer para reduzir oimpacto ambiental e social.

• Escolher um operador turístico que defenda oturismo sustentável e hotéis com políticas desustentabilidade ambiental, social e que respeitem ascomunidades locais dos países de destino.

• No hotel, procurar saber o que estão a fazer parareduzir os impactos ambientais e quais as iniciativaslevadas a cabo para proteger as comunidades locais.

• Aproveitar a estadia para comprar localmentealimentos e lembranças, mas assegurando que osprodutos não são provenientes de espécies emextinção.

• Sempre que possível, escolher não trocardiariamente as toalhas, seguindo as indicações dadaspelo hotel nesse sentido.

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Faz tua cena e concorre.

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CONTEÚDOS ADAPTADOS DA PUBLICAÇÃO:CONSUMO ECOLÓGICO

Poupar o ambiente e a carteira© 2013 DECO PROTESTE, Editores, Lda.