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UNIVERSIDADE CIDADE DE S. PAULO GESTÃO DE NEGÓCIOS MATEMÁTICA NA ÁREA COMERCIAL EBITDA DESMISTIFICANDO ESTE IMPORTANTE INDICADOR FINANCEIRO Autor: Edson Rodrigues Jales RGM. 26689 Docente: Prof. Me. Walmir Luis Fuoco

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UNIVERSIDADE CIDADE DE S. PAULO

GESTÃO DE NEGÓCIOS

MATEMÁTICA NA ÁREA COMERCIAL

EBITDA – DESMISTIFICANDO ESTE IMPORTANTE INDICADOR

FINANCEIRO

Autor: Edson Rodrigues Jales – RGM. 26689

Docente: Prof. Me. Walmir Luis Fuoco

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Resumo

Este trabalho tem por objetivo trazer ao conhecimento algumas funcionalidades do indicador

financeiro EBITDA, em uso e aplicação, trazendo uma breve pesquisa biblográficas pautada

no mercado e profissionais inseridos no nele, dissertando e esclarecendo o que é, como se

calcula, como se interpreta dentre outras informações pertinentes

Palavras chave: EBITDA, Indicadores, Mercado de Ações.

1. Introdução

O mercado e as empresas tem necessidades de cada vez maior de tangibilizar e tornar

previsivel e controlável ao máximos os resultados para os quais foram criadas. Com tanto

existem muito maior as participações e envolvimento de pessoas nos processo desde a sua

operação até o seu resultado. No entanto, termos, siglas e indicadores, muitas vezes são

nublados e muitos totalmente desconhecidos, porém é de grande importância que tenhamos

conhecimento de alguns que constituem importantes fontes de informação sobre a operação das

empresas, por isso seguiremos reunindo alguns pontos importantes sobre o indicador financeiro

EBITDA, para poder entender, suas vertentes e faces, é necessário que estejamos cientes de que

cada indicador financeiro tem por finalidades especificamente atender à necessidades

específicas, tendo sua limitações e sua virtudes, cabendo aos gestores, analistas, consultor,

proprietários, enfim, qualquer um que for se vale deste recurso, deve saber como quando e onde

empregá-lo com eficiência.

2. O que é o EBITDA?

O EBITDA é um indicador financeiro de grande aderencia pelas empresas como

demonstrativos de resultados, na excência das siglas que significam: “Earning Before Interests,

Taxes, Depreciation and Amortization”, ou seja, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e

amortização. Muito utilizado pelas empresas de capital aberto, o EBITDA, tem por objetivo

demonstrar a origem de resultados, medir a eficiência do negocios, ter uma visão geral da

produtividade de uma organização, avaliando a longo prazo os ativos, segundo (Lunelli, 2014):

“O indicador pode ser utilizado na análise da origem dos resultados das empresas e, por eliminar os

efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, pode medir com mais precisão a produtividade e a

eficiência do negócio.”

Os resultados apurados nos EBITDA estão diretamente ligados as sua atividades

genuinamentes operacionais, ou seja tudo o que gerado pela principal atividade da empresa,

pelo ativo operacional, toda e estrutura do negócio daquela empresa, isto significa dizer que

nenhum investimento ou retorno de capital através de aplicações, investimentos financeiros

ou qualquer receita extra seja adicionada ao EBITDA da empresa. Isto também isentando do

indicador os juros, que são os custos ou pela necessidade de capital seja por capital aberto, ou

preço do dinheiro em emprestimo, ou investimentos no mercado financeiro, dentre outras

fontes de receitas.

Dentro da perspectiva financeira o indicador é utilizado para todas de decisão financeira

interna da empresa aliado a outros indicadores como: FCF (Free Cache Flow) Fluxo de Caixa

Livre e ferramentas gerenciais mais profundos. Já para investidores a difficuldade é um pouco

maior, por além da análise do EBITDA em comparação ainda não para por aí a sua pesquisa

precisa ir além, como a capacidade de individamento da companhia, ITR/DFPi, que incluria o

Page 3: Ebitda edson jales

conhecimento de outros fatores como abertudura destas contas, tal como conhecimento dos

números em reenvestimentos, depreciações e amortizações.

3. Como se Calcula o EBITDA

Dentro de um periodo x, se calcula em primeiro passo, o Lucro operacional composto

de Lucro Operacional = Receita Operacional Liquida (Receita Bruta – Dedução Impostos Sobre

a Venda) - Custos (Fixos, Variáveis) - Despesas Operacionais (Adm e Comerciais).

EBITDA= lucro Operacional + depreciação e Amortização (inclusos no CMVii e

Despesas Operacionais)+ Despesas/Receitas Financeiras.

Margem do EBITDA:

𝑀𝑔𝐸𝐵𝐼𝑇𝐷𝐴 =𝐸𝐵𝐼𝑇𝐷𝐴

𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠

Nas duas tabelas abaixo fica um pouco mais claro como funciona o este calculo, segue

um DRE de uma empresa:

Table 1: DRE de exemplo de uma Empresa, Tobias e Cavalcante

Fonte: Tobias e Cavalcante (2014, p. 4)

Calculo com EBITDA:

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Table 2: DRE Comparativo com Calculo EBITDA, por Tobias e Cavalcante

3.1. Depreciação e Amortização

Depreciação por definição é o desgaste e queda de produção de um Ativo Imobilizados iii ou tangíveis, contabilizada encargos que periódicamente um bem sofre, por uso,

obsolescência ou desgaste. Pode ser contabilizada a partir do momento que o bem está pronto

para ser utilizados, isto aplicado sobre bens fisícos com: Máquinas, Veículos, Imóveis.

Diferente da amortização, que são encargos de valores amortizaveis de um ativo intangível ao

longo da sua vida útil, conforme definição do Portal de Contabilidade: “[..] amortização consiste na alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo

da sua vida útil, ou seja, o reconhecimento da perda do valor do ativo ao longo do tempo.”

Ativos intangíveis podem ser marcas, patentes, softwares, etc. Podemos verificar nas

tabelas acima apresentadas que eles são somados as despesas operacionais pois na operação é

comum .que ele já tenha sido contabilizado na composição do custo da mercadoria (produto ou

serviço), por se tratar de um custo que não se dá de um desembolso real no periodo ou seja não

se despendeu um valor financeiro no periodo, e sim um perda econômica e não financeira por

esse motivo não é considerado pelo indicador.

Embora se tenha diversas opniões controvésias sobre a insenção da depreciação quando

colocado em uma visão de uso para gestão financeira, como citou (Malvessi, 2006), trazem

algumas fragilidades do indicador, citou que: “Portanto, o pressuposto de que o EBITDA é um bom indicador de geração de caixa se mostra muito

frágil, uma vez que sua consistência conceitual e aplicabilidade na gestão de empresas não apresentam

a esperada convergência”

Márcio Veríssimo, escreveu também uma opnião sobre o indicador que muito tem sido

alvo de discusões e tido como um fácil e eficiente indicador, segundo ele: “Em resumo, o EBITDA tem os seus problemas, assim como todo e qualquer indicador isolado. Se

bastasse um indicador para avaliar o resultado da companhia, ninguém perderia tanto tempo

preparando suas divulgações”

3.2. Imposto e Despesas/ Receitas Financeiras

Como citado anteriormente o objetivo o EBITDA é trabalhar a indicador para facilitar

a visualização da produtividade operacional, ou a capacidade produtiva de um período por isso

ele não pode ser interferido por questões que não são ligadas a operação, por tanto o Imposto

sobre o lucro operacional são mantido fora do cálculo, vale ressaltar que para outros fins são

necessários serem considerados mas no caso do EBITDA não.

Igualmente as despesas e/ou Receitas financeiras, não são consideradas nem como

entrada ou como saída, pois se tratar de algo que não está ligado a operação direta da empresa,

isto quer dizer que a despesa ou receita não é gerada pelos ativos imobilizados da companhia,

por tanto não entram no cálculo. A Receita Federal define o Receita e Despesas como:

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“Os juros recebidos, os descontos obtidos, o lucro na operação de reporte e o prêmio de resgate de

títulos ou debêntures e os rendimentos nominais relativos a aplicações financeiras de renda fixa,

auferidos pelo contribuinte no período de apuração, compõem as receitas financeiras e como tal

deverão ser incluídas no lucro operacional. Quando referidas receitas forem derivadas de operações

ou títulos com vencimento posterior ao encerramento do período de apuração poderão ser rateadas

pelos períodos a que competirem (RIR/1999, art. 373).”

“São consideradas despesas financeiras os juros pagos ou incorridos, os quais serão dedutíveis como

custo ou despesa operacional, observadas as seguintes normas (RIR/1999, art. 374):

1 |os juros pagos antecipadamente, os descontos de títulos de créditos e o deságio concedido

na colocação de debêntures ou títulos de crédito, deverão ser apropriados proporcionalmente ao tempo

decorrido ( pro rata tempore ), nos períodos de apuração a que competirem;

2 |os juros de empréstimos contraídos para financiar a aquisição ou construção de bens do

ativo permanente, incorridos durante as fases de construção e pré-operacional, podem ser registrados

no ativo diferido, para serem amortizados.”

4. Interpretação dos Resultados

Todos os indicadores financeiros tem uma missão e uma informação a se traduzir, com

uma finalidade principal de auxiliador em tomadas de decisões, sejam elas acerca do futuro,

corrigir erros passados, ou ajuste necessários no presente, assim como aquisição ou venda. Não

é diferente com o EBITDA, como já mencionamos anteriormente comumente utilizado porr

empresas de capital aberto é um indice significativo e ao ponto que simples, cabe para os seus

devidos fins.

Portanto ao apurar os resultados do mesmo, ele pode ser cruzado com diversos dados

para análises de resultados principalmente patrimôniais, tal como o poder que empresa tem de

gerar resultados, ou a capacidade operacional. Significa dizer que quanto maior o EBITDA for,

maior sua capacidade de gerar lucros, isto implica em maior capacidade de saldar suas dívidas

e cubrir sua operação, significa sinalizar a saúde econômica da empresa, até mesmo seu

potencial real embora por alguma circunstacia temporária possa impactar outros indicadores,

no qual o EBITDA esclareça o potencial.

Vale ressaltar alguns cuidados que tem sido levantados por pessoas do mercadoiv como:

• Reenvestimento requerido (pela depreciação)

• Mudanças de Capital de giro

• Qualidade de Lucros.

Gerando através da MgEBITDA, é possível apurar as mesma saúde e potencial, uma

vez que é cruzado com a Receita Líquida, ficando muito mais claro o potencial gerar lucros ao

seus sócios e investidores.

5. Relação do EBITDA com a Lucratividade e Rentabilidade da empresa

Os levantamento financeiros, estratégicos, administrativos e de conselhos vão sempre a

ter um objetivo em sintético que é de tornar a empresa cada vez mais lucrativa para assim fazer

multiplicar os recursos dos donos e/ou acionistas, bom vale lembrar que todo a lucratividade de

uma empresa não está ligado à um indicador, embora como um termômetro ele vai apontar

somente o eficiência de um planejamento estratégico e acertividade do sua execução. Mas a

relação do EBITDA com a Lucratividade e Rentabilidade é praticamente direta, guardada as

suas devidas proporções como já falamos da qualidade do Lucro o possíveis coberturas de

capital de giro, dentre outros, pois acredito que seja muito mais, uma questão de uso do lucro

do que ser ou não um resultado positivo, como sempre ouvimos falar é custo de oportunidade

do uso deste recurso. Isto como podemos confirmar é onde o EBITDA por si só pode dar uma

falsa visão de liquidez dos lucros da empresa, de acordo com (Lunelli, 2014): “EBITDA pode dar uma falsa idéia sobre a efetiva liquidez da empresa. Além disso, o indicador não

considera o montante de reinvestimento requerido (pela depreciação)”

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Como já dessertado, quanto maior o EBITDA, maior será a Lucratividade e capacidade

de saldar seus custos e despesas, abaixo uma planilha que demonstra o que estamos falando

Fonte: Cavalcante (2014, p. 03)

6. Por que as empresas utilizam o EBITDA

Hoje no Brasil tem um mercado cada vez mais dinâmico e de olho no capital que circula

pelo mercado, as empresas tem cada vez mais necessidade de apurar e divulgar seu resultados

sua previsões de produtilvidade e sua capacidade de gerar lucro em sua operação,

principalmente no mercado financeiro é muito comum o termo em pregado do EBITDA, com

isso da margem para se analisar no ambiente interno, tanto quanto aos investidores de comparar

empresas de um segmento, pela sua eficiência operacional. Vale ressaltar que o indicador é

muito mais eficiente para comparar empresa de um mesmo segmento, como citou (Lunelli,

2014): “Como percentual de vendas, pode ser utilizado para comparar as empresas quanto à eficiência dentro

de um determinado segmento de mercado. Além disso, a variação do indicador de um ano em relação a

outro mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua

produtividade.”

Não somente uma comparação de mercado como de periodos, medindo a eficiência e

as previsões para um periodo futuro. Além de ser um indicador muito estável quando se

comparado com indicadores como FCF, que por algumas manobras pode alterar algumas

realidades, como afirmo (Veríssimo, 2014) “Da mesma maneira pode-se reduzir estoques temporariamente, negociar preços mais caros e com

prazo maior com fornecedores ou sacrificar market share para reduzir os prazos de clientes. Tudo isso

pode ser manipulado, afeta o FCF e não o EBITDA”

Além da facilidade do indice pela sua estabilidade e precisão de dados tem sua grande

Table 3: Planejamento da perspectiva Financeira da empresa para os anos de 20X1 e 20X2,

considerando o EBITDA.

Page 7: Ebitda edson jales

utilidade dentro das empresas pelos principalemente de capital aberto.

7. Considerações Finais

Visto todo esse cenário em torno deste indicador importante para é plauzivel

considerarmos a sua qualidade, visando que cumpri bem o papel para os fins que tem sido

proposto, facilitando os uso dele por diversas lentes diferente e óticas de mercado não

dispensando o uso das demais ferramentas gerenciais, indicadores financeiros.

Assim como todos os indicadores e ferramentas isoladas o EBITDA, não é completo,

mas tem características que o faz importante, estável, claro e bastante confiável.

Indispensável para qualquer empresa que pretende acompanhar e divulgar o seu

potencial de desempenho, assim como para qualquer investidor que pretende comparar as

empresas para encontrar boas oportunidades.

5. Referências

Cavalcante, A. C. (10 de 12 de 2014). Construindo e Analisando o EBITIDA na Prática.

Fonte: Cavalcante e Associados:

http://www.cavalcanteassociados.com.br/utd/UpToDate226.pdf

Desconhecido. (10 de 12 de 2014). Receitas e Despesas Financeiras. Fonte:

Receita.fazenda.gov.br:

http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/pr444a45

3.htm

Lunelli, R. L. (13 de 12 de 2014). EBITDA - COMO CALCULAR? Fonte: Portal de

Contabilidade:

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm

Malvessi, O. (2006). É o EBITDA um bom indicador para a gestão financeira, e útil para a

remuneração variável nas empresas. São Paulo: IBEF NEWS.

Pereira, R. (2007). EBITDA: Indicador Importante para o Investidor. São Paulo:

Dinherama.com.br.

Veríssimo, M. (10 de 12 de 2014). Relações com Investidores EBITDA. Fonte: Gazeta

Mercantil: https://www.mzweb.com.br/mz/web/arquivos/MZ_220306_port.pdf

Table 1: DRE de exemplo de uma Empresa, Tobias e Cavalcante ............................................ 3 Table 2 DRE Comparativo com Calculo EBITDA, por Tobias e Cavalcante ........................... 4 Table 3: Planejamento da perspectiva Financeira da empresa para os anos de 20X1 e 20X2,

considerando o EBITDA. ........................................................................................................... 6

i ITR/ DFP: Demonstrativos Financeiros Padronizados, ITR: Periodo trimestral ii Custo das Mercadorias Vendidas - CMV iii O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção das atividades da

empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível (edifícios, máquinas, etc.). O imobilizado abrange,

também, os custos das benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados. iv Ler: Artigos: É o EBITDA um bom indicador para a gestão financeira, e útil para a remuneração variável nas

empresas. São Paulo: IBEF NEWS.

EBITDA: Indicador Importante para o Investidor. São Paulo: DINHERAMA