ebi Água de pau - leresonhar.files.wordpress.com · dinamização do projeto terão que preencher...
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EBI Água de Pau Projeto da Biblioteca
“Os Açores e as cores”
Cândida Santos
Juliana Bernardo
Maria José Martins
2011/2012
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Índice
1. Fundamentação do projeto p. 3
2. Objetivos p. 3
3. Estratégias p. 4
4. Plano de ação p. 4
a. Espaço
b. Destinatários
c. Recursos humanos e materiais
d. Fases do projeto
5. Avaliação do projeto p. 7
ANEXOS
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1. Fundamentação do projeto
As Bibliotecas Escolares, desempenham um papel fundamental em vários domínios
como: “… a aprendizagem da leitura, da literacia, a criação e o desenvolvimento do
prazer de ler e a aquisição de hábitos de leitura, as competências de informação e
aprofundamento da cultura cívica, científica, tecnológica e artística” (Ministério da
Educação, Rede de Bibliotecas Escolares).
A leitura está em constante evolução concumitantemente com o mundo
tecnológico. Os desafios que o século XXI coloca aos leitores são múltiplos, árduos e
complexos.
É crucial que o conceito de leitor, leitura, literacia ou até mesmo de competência
leitora se molde e readapte às novas exigências que as tecnologias obrigam.
Os livros habituais nas estantes foram, em poucas décadas, substituídas por
computadores, jogos de playstation, redes sociais, blogs, telemóveis… É certo que todas
estas tecnologias podem ser usadas em benefício da leitura e disso é exemplo as
inúmeras páginas de internet com histórias e contos que fazem viajar qualquer pequena
criança. De facto, a tecnologia pode e deve ser no futuro um aliado do mundo das letras.
De facto, a motivação para a leitura é deveras imprescindível para o aluno
apreender a leitura como um projeto de vida enquanto adulto. Assim sendo, foi
desenvolvido este projeto de modo a promover a leitura na EBI de Água de Pau.
2. Objetivos
Constituem objetivos principais deste projeto:
Desenvolver o gosto pela leitura como instrumento de investigação, informação e lazer;
Utilizar os recursos da biblioteca como um complemento às aprendizagens realizadas na
sala de aula;
Adquirir hábitos de leitura;
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Abordar temas diversificados e relevantes de uma forma apelativa, para que as crianças
experienciem a biblioteca como um lugar cativante;
Proporcionar um ambiente que favoreça a socialização, responsabilização e
comportamentos adequados em sociedade.
3. Estratégias
Como forma de dinamizar o projeto e torna-lo diversificado foram adotadas as
seguintes estratégias:
Dar-lhes continuidade;
Alterar o seu final;
Formular questões;
Interpretar textos;
Resumir algumas narrativas;
Elaboração de fichas de análise e desenvolvimentos das histórias;
Trabalhos de ilustração;
Registos fotográficos;
Leitura em voz alta;
Leitura silenciosa;
Leitura rápida;
Leitura dialogada;
Leitura coral;
Leitura dramatizada;
Serão dinamizadas atividades de pré-leitura, leitura e pós-leitura.
4. Plano de ação
4.1 Espaço
As atividades decorrerão no espaço da biblioteca situada no bloco C, no primeiro
piso. Na biblioteca encontram-se diversos livros organizados por diversas temáticas e
estão inventariados.
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A sala dispõe de quatro mesas hexagonais, uma mesa rectangular e diversas
cadeiras, o suficiente para acolher uma turma por atividade.
Esporadicamente as sessões poderão ser realizadas no stão da brincadeira devido
à necessidade de utilização da televisão e leitor de DVD`s.
4.2 Destinatários
O projeto da biblioteca destina-se a todos os alunos desde a educação pré-escolar
até ao quarto ano de escolaridade. As docentes interessadas em participar na
dinamização do projeto terão que preencher uma grelha assinalando o dia e a hora em
que pretendem participar.
4.3 Recursos humanos e materiais
A docente responsável pela elaboração e dinamização do projeto é Cândida Santos
em parceria com as docentes Maria José Martins (colaboração) e Juliana Bernardo
(colaboração e dinamização).
Os recursos materiais necessários serão:
Livros
Computadores
Impressoras
Scanner
Gravador de cd
cd-rom’s
Máquina fotográfica
Televisor
Leitor de vídeo
Aparelhagem
Material reciclável
Material de desgaste
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5. Projeto
5.1 Fases do projeto
No ano letivo 2011/2012 as atividades da biblioteca incidirão em lendas dos
Açores. A ideia original é partir das lendas das ilhas mais longínquas de São Miguel
havendo uma aproximação mês após mês abordando não só a lenda mas outros aspetos
de uma perspetiva quase turística das ilhas dialogando com os alunos sobre aspetos
sociais, culturais, hábitos e costumes e até mesmo dos locais mais visitados de cada ilha.
Foram delineadas várias estratégias iniciais:
1. Cada mês tem um poster para divulgação aos alunos e professores.
2. Mensalmente será elaborada uma grelha para os professores preenchessem
consoante a sua disponibilidade.
3. Os professores serão convidados a fazer um mapa com a sua turma
consoante o ritmo de participação nas sessões da biblioteca.
4. Será elaborado um mapa dos Açores gigante com papel de cenário e
esferovite.
5. A porta do lado de fora será decorada alusivo ao tema.
6. A porta do lado de dentro será dividida em nove partes para que quando
fossem realizadas atividades fosse lá colocado lá algo relativo à ilha.
Na tabela abaixo as sessões são exploradas pormenorizadamente encontrando
todos os elementos necessários para a sua realização em anexo.
Mês Ilha Cor Obra Atividade Material
outubro
Corvo preto Lenda do
Cavaleiro
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Ordenação de imagens de
acordo com a lenda
contada. Reconto.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro / Bostik
Mapa dos
Açores
Flores rosa Lenda das sete
caldeiras
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Puzzle para montar com
partes da história.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores
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Mês Ilha Cor Obra Atividade Material
No mês de outubro deu-se início ao projeto da biblioteca dialogando inicialmente sobre qual seria
o tema do projeto da biblioteca deste ano letivo. Após o diálogo inicial, os alunos observaram o
mapa dos Açores e foram exploradas noções como arquipélago, ilha, oceano e localização
geográfica. Os alunos foram informados que começaríamos uma viagem pela ilha mais longínqua
de São Miguel e pela ilha que é a mais pequena de todas. Deste modo, os alunos ouviram a “lenda
do cavaleiro do Corvo”. Após esta audição, os alunos tinham imagens relativas à história e
tiveram que as ordenar de acordo com os acontecimentos à medida que recontavam a história.
Esta atividade foi realizada em grupo sendo dada uma imagem a cada aluno. Após a correta
ordenação, as imagens foram coladas à porta na parte correspondente ao Corvo.
De seguida foi explorada também a ilha das Flores com a “lenda das sete caldeiras”. Os alunos
ouviram a histórias e de seguida esta foi explorada oralmente. Após essa exploração, os alunos
receberam imagens relativas à história mas que estavam cortadas a meio. O objetivo era os alunos
encontrarem a sua metade e descobrirem a palavra/ imagem na sua totalidade.
novembro Graciosa Branco Lenda do Vai-
te com o Diabo
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
“A caixa mágica” –
alunos retiram da caixa
palavras aleatoriamente
relacionadas com a lenda
e tentam encontrar
palavras que rimam.
Registo num cartaz de
algumas das rimas.
Atividade pré: Existem
dois cartazes com
palavras que rimam. Os
alunos ouvem as palavras
e tentam encontrar
palavras que rimam umas
com as outras.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores
No mês de novembro a lenda trabalhada foi “Vai-te com o Diabo” da ilha Graciosa. Os alunos
foram questionados sobre a sessão anterior em primeiro lugar e sobre as noções abordadas após
uma revisão da sessão anterior. Os alunos ouvem a lenda e esta é explorada oralmente.
Depois desta exploração os alunos do 1º ciclo foram divididos em três grupos e foi nomeado um
porta-voz. Cada grupo recebeu um cartão e tinham de encontrar palavras que rimem:
Exemplo:
Mulher – Colher
Palavras: Casar / Pão / Filha / Serra / Galocha / Casa / Farta / Diabo / Antiga
No grupo do pré-escolar os alunos visualizam tiras que tem uma imagem exposta. Cada tira tem
uma imagem fixa. Os alunos observam as imagens e tentam adivinhar a palavra. Depois de
saberem todas as palavras-chave passa-se ao passo seguinte. Retira-se uma imagem
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Mês Ilha Cor Obra Atividade Material
aleatoriamente e os alunos têm de adivinhar qual a tira em que essa imagem fica. As duas palavras
têm que rimar. Exemplo: Mão – Ladrão.
dezembro Faial azul Lenda do Poço
das Asas
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Construção de um
esquema visual da
história em que serão
discriminados o local,
personagens, passos da
ação através de um
esquema.
Jogo “Verdadeiro ou
falso?”
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores
No mês de dezembro foi abordada a ilha do Faial com a lenda “Poço das Asas” havendo uma
abordagem inicial à ilha através da exploração de imagens coladas na porta com pontos turísticos
da ilha como a cidade de Horta, o vulcão dos Capelinhos, o café peter, entre outros. Em seguida,
os alunos ouviram a história e esta foi explorada oralmente. Após esta exploração os alunos
jogaram a um jogo intitulado “Verdadeiro ou Falso?” Foram divididos em grupos e cada grupo
tinha uma pá, uma com um V (verdadeiro) e outra com um F (falso) podendo apenas levantar uma
das pás depois de fazerem uma mini assembleia de grupo.
janeiro São
Jorge
castanho Lenda da
Urzelina
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Atividade “Ano novo,
palavras novas”(com
palavras da lenda os
alunos manipulam sílabas
e formam novas
palavras)
Atividade pré “Caça à
letra”
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores
Na sessão de janeiro a ilha abordada foi a ilha de São Jorge. A lenda escolhida para contar foi a da
Urzelina. As docentes começavam a sessão dialogando com os alunos sobre a ilha de São Jorge
mostrando as imagens que estão na porta que têm várias partes da ilha desde as Velas até ao Topo,
incidindo sobre a perspetiva montanhosa que caracteriza esta ilha o que deu origem à existência
das fajãs. Também se dialogou com os alunos sobre o facto de esta ilha produzir queijo e atum.
Depois de falar sobre a ilha foi lida a lenda da Urzelina e realizada uma exploração oral após o
conto.
Com os alunos do pré-escolar foi realizada uma atividade pós-leitura com cartazes que tinham as
vogais em que cada vogal continha uma palavra:
A -Árvore
E - Erva
I - Igreja
O - Óculos
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Mês Ilha Cor Obra Atividade Material
U – Uvas
Inicialmente foi explorado o cartão com a vogal que se abria e descobria a palavra que continha o
cartão. Após esta exploração, os alunos tinham que visualizar no chão vários pedaços de papel que
continham as vogais e tinham que apanhar um dos pedaços de papel e colar no cartaz correto.
Com os alunos do 1º Ano de escolaridade procedeu-se ao reconto da história através de cartões de
imagens.
Com os alunos do 2º, 3º e 4º ano de escolaridade procedeu-se a um jogo. Os alunos eram divididos
em 3 grupos. Cada grupo recebeu um envelope que continham várias sílabas e com essas sílabas
os alunos tinham que formar palavras relacionadas com a história.
fevereiro Terceira lilás Lenda da
Lagoa do
Negro
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Ilustração de uma banda
desenhada referente à
lenda.
Atividade pré: os alunos
ilustram uma parte da
história.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores
Na sessão de fevereiro a ilha abordada foi a ilha terceira. A “lenda da lagoa do negro” foi a
escolhida para contar aos alunos
Inicialmente os alunos visualizaram imagens do livro “As ilhas Ocidentais” de Karl-Raach que
está disponível na biblioteca. Foram referenciados os aspetos principais da ilha, nomeadamente, a
importância das touradas que foi um assunto no qual a maior parte dos rapazes se manifestou
bastante. A maior parte indicava que já tinha visto ou que tinham vídeos relativos ao tema.
Procedeu-se à leitura da lenda.
No pré-escolar os alunos foram desafiados a pintar um dicionário visual da história com as
seguintes palavras/ imagens: príncipe; princesa; negro; castelo; lagoa; e Açores.
Do 1º ao 4º ano de escolaridade, logo de seguida à leitura, os alunos foram divididos em grupos de
dois e receberam uma folha com uma banda desenhada. Foi lançado o desafio de lerem em
silêncio e descobrirem a diferença entre a lenda ouvida e a lenda que teriam de representar através
de desenhos. A diferença que constava na banda desenhada é que o final seria feliz, conclusão a
que a maior parte dos grupos chegou rapidamente.
Depois de desenharam a banda desenhada fez-se um concurso por turma para eleger a melhor
banda desenhada.
Cada banda desenhada vencedora foi colocada num cartaz que foi exposto na entrada da escola.
março Pico cinzento História do
baleeiro
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Os alunos visualizam um
vídeo sobre o Pico e
colam pedaços de jornal
num cartaz que formara o
Pico no final da atividade
com todas as turmas.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores.
10
Mês Ilha Cor Obra Atividade Material
Na sessão de março a ilha abordada foi a ilha do Pico concluindo assim a abordagem às ilhas do
grupo central. A história do baleeiro foi a selecionada para este mês.
A sessão foi iniciada com um vídeo do Pico disponível na Internet que foi realizado por uma
família que partiu de Lisboa e foi à descoberta desta ilha por três dias. O vídeo mostra desde a
aproximação à ilha do Pico, a perspetiva área do mesmo, a aterragem na ilha do Faial, a vista do
Pico do Faial, a viagem no cruzeiro das ilhas, os vários pontos de interesse da ilha, o respetivo
regresso e aterragem em Lisboa. O vídeo tem música do início ao fim facto que permitiu uma boa
exploração oral das imagens que iam aparecendo ao longo dos 15 minutos.
Depois da visualização do vídeo procedeu-se à leitura da história do baleeiro e foi realizada a
exploração oral da história.
No final os alunos foram desafiados a participar na construção do Pico num cartaz através da
colagem de pedaços de papel. Cada aluno de cada turma participante pôde colar um quadrado e o
Pico foi sendo construído ao longo das sessões. No final, foi exposto na entrada da escola.
abril Santa
Maria
amarelo Lenda da
donzela
encantada
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Atividade “E se…” –
vamos pensar num fim
diferente para a história.
Num papel existem
várias ideias e a história
vai sendo alterada à
medida que as palavras
são indicadas aos alunos.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores
Na sessão de abril a ilha abordada foi a ilha de Santa Maria. A lenda escolhida para contar foi a da
donzela encantada. As docentes começavam a sessão dialogando com os alunos sobre a ilha de
Santa Maria mostrando a imagem que está na porta que mostra uma donzela. A partir dessa
imagem as docentes questionam os alunos sobre o tema da história. Antes de ler a história a
docente pediu aos alunos para fecharem os olhos. Depois de falar sobre a ilha foi lida a lenda e
realizada uma exploração oral após o conto. Depois foi solicitado aos alunos que alterassem a
história através de:
1. indicando que ela se passou noutra ilha
2. indicando outra personagem
3. indicando outra situação problemática
4. indicando outro desfecho
maio São
Miguel
verde A lenda das
sete cidades
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
Visita da autora e leitura
por parte da mesma.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa dos
Açores
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Mês Ilha Cor Obra Atividade Material
Na sessão de junho a ilha abordada foi a ilha de São Miguel. Os alunos começavam a sessão
recordando-se de todas as outras ilhas anteriormente faladas recordando pormenores sobre cada
uma delas. Seriam explorados os conceitos como arquipélago, ilha, grupos e depois caraterísticas
inerentes às ilhas dos Açores.
Depois deste brainstorm, os alunos ouviriam o nome da lenda que iriam ouvir de seguida “lenda
das sete cidades” e seriam questionados sobre o que seriam as “sete cidades” e se conheciam
aquele nome de algum lado. Após esta abordagem, os alunos ouviriam a lenda. À medida que se
contava a lenda seriam coladas as imagens respetivas à história com velcro numa cartolina sendo
construído uma cadeia sucessiva de imagens que contaria a história só por si.
Depois da audição da história, dividir-se-ia o grande grupo em dois grupos explicando aos
mesmos que teriam uma tarefa que teriam de resolver em grupo. Teriam à sua frente um
questionário gigante e teriam de tentar encontrar as respostas sozinhos e depois seriam
confrontadas as respostas dos dois grupos e encontradas as respostas corretas. Terminada esta
exploração, os alunos visualizaram um vídeo relativo ao arquipélago dos Açores visualizando
todas as ilhas dos Açores iniciando uma viagem na ilhas das Flores e terminando precisamente na
ilha de São Miguel, ilha também na qual findam as atividades deste ano letivo.
junho O
arquipéla
go
/ O
oceano
Atlântico
Arco-íris A lenda da
Atlântida
Construção do mapa do
arquipélago dos Açores.
“O Jogo das ilhas!” Os
alunos respondem a
várias questões sobre o
arquipélago. Cada
pergunta tem sempre 3
hipóteses de resposta.
Material
reciclável
Papel de
cenário
Velcro/ Bostik
Mapa do
mundo
Mapa dos
Açores
Esta atividade não foi realizada pois não houve tempo suficiente para a sua realização. No entanto
será realizada no próximo ano letivo caso haja continuidade do projeto da biblioteca.
6. Avaliação do projeto
A avaliação das atividades da Biblioteca será realizada através de grelhas de registo
dos livros requisitados e registos da opinião dos professores titulares de turma, numa
ficha destinada para o efeito, no final do ano letivo.
Desta forma será possível apreender se os objetivos propostos foram ou não
atingidos.
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No final de cada período será elaborado um relatório onde se devem destacar os
pontos positivos e os pontos negativos.
7. Bibliografia
PNL, Plano Nacional de Leitura, Projeto “Animação da Leitura”, Agrupamento de
Escolas de Pedrógão Grande, 2007/08 (Projeto elaborado por: Paula Santo (Equipa da
Biblioteca Escolar))
Projeto de Animação e Dinamização, Biblioteca/ Centro de Recursos, EB 1º CICLO
nº1, Montijo, Ano lectivo 04/05
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Convite aos professores
Biblioteca
2011/2012
Arquipélago dos Açores
No âmbito das atividades da hora do conto da biblioteca, este
ano letivo terá como inspiração o arquipélago dos Açores e as
lendas de cada ilha. Para tal, convidamos todos os colegas
titulares de turma a construir um mapa dos Açores para a sua
turma à medida que forem participando nas atividades da
biblioteca.
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Cartaz do mês de outubro - ALUNOS
OUTUBRO
LENDA DO CAVALEIRO
LENDA DAS SETE CALDEIRAS
ILHA DO CORVO
ILHA DAS FLORES
Sabes que é o Corvo é a ilha mais pequena do arquipélago
dos Açores? A ilha ocupa uma superfície total de
17,13 km².
Vamos descobrir os Açores juntos!
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Cartaz do mês de outubro – PROFESSORES
OUTUBRO
LENDA DO CAVALEIRO
LENDA DAS SETE CALDEIRAS
ILHA DO CORVO
ILHA DAS FLORES
O Corvo é a ilha mais pequena do arquipélago dos Açores.
A ilha ocupa uma superfície total de 17,13 km².
Para participar com a sua turma basta preencher a grelha
abaixo, consoante os dias e as horas que estão disponíveis.
Agradecemos a vossa colaboração no âmbito deste projecto!
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DECORAÇÃO DA PORTA - INTERIOR
LENDA DO CAVALEIRO DA ILHA DO CORVO
A lenda iniciou-se após 1452, quando os primeiros navegadores que navegavam para
Ocidente a partir de Portugal continental avistaram aquela que veio a ser chamada de
Ilha do Corvo. Afirma que, ao aproximarem-se da nova terra avistada, os navegadores
viram sobre a parte mais alta de um monte uma estátua equestre.
O alazão apoiado nas patas traseiras, com as patas dianteiras levantadas no ar a apontar
para o noroeste, apontava para a frente, para mostrar o caminho do Novo Mundo. O
cavaleiro empunhava uma espada num braço erguido. Ambos tinham sido esculpidos no
basalto negro vulcânico, pedra mãe do substrato da ilha do Corvo.
Esta estátua teria sido mandada retirar por Manuel I de Portugal para ser levada à sua
Corte. No entanto, ao ser transportada numa nau, a estátua naufragou junto com a
embarcação que a transportava. Dela apenas restam lendas, histórias e registos nas
Crónicas de João III de Portugal e de Damião de Góis.
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ATIVIDADE NÚMERO 1
Após a audição da história os alunos ordenam as imagens.
Quando os primeiros navegadores que navegavam para Ocidente a partir de Portugal
continental avistaram aquela que veio a ser chamada de Ilha do Corvo.
O cavaleiro empunhava uma espada num braço erguido.
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A estátua e a espada foram esculpidas no basalto negro vulcânico, pedra mãe do
substrato da ilha do Corvo.
Ao ser transportada numa nau, a estátua naufragou junto com a embarcação que a
transportava.
LENDA DAS SETE CALDEIRAS
Há muitos e muitos anos, um agricultor vivia nas Flores com um filho chamado João.
Todos os dias, este tinha de ir buscar água para a casa de seu pai, uma vez que próximo
da mesma não existia qualquer nascente. João passava a vida a brincar e a sonhar. Todas
as pessoas que o conheciam diziam que ele era de coração simples, puro e bom, e que
um dia iria realizar grandes feitos.
Um dia João ia carregado duas bilhas de água que tinha ido buscar a uma nascente longe
de sua casa e, pelo caminho, encontrou uma poça de água das chuvas, onde parou para
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descansar e brincar um pouco. Falando consigo mesmo, disse em voz alta: "Dizem as
pessoas que noutros locais há lindas lagoas e caldeiras, na minha ilha não há, mas não
faz mal, eu vou fazê-las".
Esquecendo-se do trabalho que já tinha tido ao ir buscar água tão longe de casa, pegou
numa das bilhas de barro e despejou-a no chão. Para seu espanto, com a mesma
facilidade com que derramara a água e sonhara em construir lagoas, viu crescer aos seus
pés um grande lago que se alojou no fundo de uma caldeira.
Felicíssimo com o acontecimento, João pulou de alegria e pensou: "Daqui para a frente,
sempre que encontrar poças de água vou fazer o mesmo!" Dito e feito, encontrou logo
outra poça de água à sua esquerda, poucos metros à frente. Não perdendo tempo, e com
confiança no que fazia, vazou a outra bilha de água e ficou a ver a água a espraiar-se e
dar origem a outra lagoa, desta vez muito funda.
Cheio de contentamento e esquecendo-se do trabalho que lhe dava ir buscar água,
voltou à nascente para ir buscar mais. Mal regressava com as bilhas cheias começou
novamente a sonhar, e encaminhado pelos seus sonhos de criança foi deambulando pela
ilha, encontrando pelo caminho sete poças onde despejou as suas bilhas, e dando assim
origem às sete lagoas da ilha das Flores.
Reza a lenda que foi assim se formaram a Lagoa Funda das Lajes e várias outras menos
fundas, como a Caldeira Rasa, cujas margens são muito lodosas e tidas como perigosas.
Das brincadeiras do João nasceram ainda a Lagoa Branca, a Lagoa Seca, a Lagoa
Comprida, a Lagoa Funda e a Lagoa da Lomba. Todas lagoas diferentes, cheias de
águas límpidas e puras como os pensamentos do João que as criou.
ATIVIDADE NÚMERO DOIS
As imagens são dividas a meio e os alunos tem que encontrar o seu par.
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Cartaz do mês de novembro – PROFESSORES
NOVEMBRO
Lenda “Vai-te com o Diabo”
ILHA DA GRACIOSA
Sabes que a Graciosa é a ilha menos montanhosa do arquipélago
dos Açores? Para participar com a sua turma basta preencher
a grelha abaixo, consoante os dias e as horas que estão
disponíveis.
Agradecemos a vosSa colaboração no âmbito deste projeto!
Vamos descobrir os Açores juntos!
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Cartaz do mês de novembro - ALUNOS
NOVEMBRO
Lenda “Vai-te com o Diabo”
ILHA DA GRACIOSA
Sabes que a Graciosa é a ilha menos
montanhosa do arquipélago dos Açores?
Vamos descobrir os Açores juntos!
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Lenda Vai-te com o Diabo
Há muito tempo atrás havia uma mulher de poucas posses que vivia na
localidade do Guadalupe, que ia casar uma filha dentro de poucos dias.
Ultimavam-se os preparativos, cozinhava-se o pão, faziam-se os doces,
assavam-se as carnes, preparavam-se as coisas para um casamento feito em
casa à moda antiga, como era normal nesses tempos.
Com todos estes afazeres a pobre mulher já tinha gasto mais dinheiro do
que as suas parcas posses lhe permitiam. Tendo faltado qualquer
ingrediente importante para a boda, a filha foi junto da mãe pedir-lhe mais
dinheiro para o ir comprar. Já estava farta de tantos gastos, meio chateada,
meio furiosa, a mãe virou-se para a filha e disse: "Vai-te com o diabo, rapariga, que me levas tudo o que tenho!"
Era um desabafo e ninguém prestou atenção a estas palavras. No entanto e
como a rapariga nunca mais voltava de ir buscar o ingrediente que tinha ido
comprar, começaram a achar estranho e puseram-se à procura dela, não a
encontrando nas imediações nem nos caminhos que ela deveria ter
percorrido.
Todos os vizinhos da vila do Guadalupe foram alertados e se puseram à
procura dela por todos os lados da vila, de casa em casa, no porto, nos
chafarizes, na casa do noivo que também participava na busca, nos
moinhos, palheiros, em todos os locais possíveis.
Depois da vila, expandiram as buscas para as pastagens e para a serra onde,
junto do lugar denominado Caldeirinha, encontraram aquilo que poderia ser
os primeiros vestígios. Com a prescritiva de encontrarem a rapariga,
desceram rapidamente a perigosa vereda que leva até à entrada arredondada
que conduz ao fundo da caldeira, e segundo os habitantes da Graciosa,
sabe-se lá mais onde...
Na descida encontraram as galochas da rapariga em cima de uma rocha,
fazendo com que todas as dúvidas se dissipassem, se ela não estava ali,
pelo menos devia estar por perto. Se não estava em local visível, só podia
estar dentro da Caldeirinha. Foram então à vila buscar cordas
suficientemente fortes para aguentarem o peso das pessoas, e atando-as à
volta da cintura o noivo desceu à procura da sua amada.
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Estavam todos ansiosos pois muitos acreditavam que a caldeira poderia ser
uma das entradas do Inferno. Cheio de medo, aos poucos o noivo foi
descendo pela abertura estrita da caldeira, buraco negro e medonho. Foi lá
no fundo que encontrou a rapariga. Esta estava a tremer de medo e com um
ar apático. Amarrou-a às cordas que levaram consigo e os dois foram
puxados pelas pessoas que tinham ficado foram da caldeira.
Tinham-na encontrado, estava viva e saudável, e podiam retomar o
casamento. Quando perguntaram à rapariga o que se tinha passado e como
tinha ido ali parar, ela pura e simplesmente não sabia. Foi então que a mãe
se recordou da blasfémia que tinha dito ao mandá-la para o diabo. Ele que,
acreditam os povos, anda sempre à procura de almas para levar para o
Inferno. Não perdeu tempo e a tinha levado logo consigo, escondendo-a
nos fundos da Caldeirinha
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Rimas 1º Ciclo
Os alunos elaboram rimas a partir de palavras selecionadas
previamente. Registam as rimas numa folha que depois serão
expostas numa cartolina.
Exemplo:
Mulher – Colher
A mulher queria era uma colher!
Casar
Pão
Filha
Serra
Galocha
Casa
Farta
Diabo
Antiga
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Rimas Pré-Escolar
Os alunos encontram palavras que rimam a partir de imagens.
MULHER
COLHER
COMER
CASAR
BEIJAR
FALAR
CASA
BRASA
ASA
PÃO
CÃO
MÃ
LADRÃO
LEÃO
LIMÃO
DIABO
NABO
CABO
SERRA
TERRA
BERRA
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Cartaz do mês de janeiro - ALUNOS
JANEIRO
Lenda da Urzelina
ILHA DE SÃO JORGE
Sabes qual é a ilha famosa pelos seus
queijos?
Vamos descobrir os Açores juntos!
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Cartaz do mês de janeiro – PROFESSORES
JANEIRO
Lenda da Urzelina
ILHA DE SÃO JORGE
Sabe qual é a ilha famosa pelos seus queijos?
Para participar com a sua turma basta preencher a grelha abaixo, consoante os dias e as horas que estão
disponíveis.
Agradecemos a vossa colaboração no âmbito deste projeto!
Vamos descobrir os Açores juntos!
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Lenda
Conta a lenda que, no cimo da grande cordilheira montanhosa que atravessa a ilha de
São Jorge de lés a lés, erguia-se em tempos um grande e majestoso castelo onde vivia o
belo príncipe Romualdo. Juntamente com a sua corte faustosa, entregava-se a banquetes
e várias diversões sem regras ou pudor, que causavam espanto à população que
trabalhava muito nos vales para se sustentar e à corte de Romualdo.
Como era hábito muitas vezes acontecer, pelos primeiros alvores da madrugada a
trombeta real soou no cimo das torres do castelo. Ecoou através das montanhas,
anunciando uma grande caçada que ira começar logo ao toque das Ave-Marias. Em
frente à porta principal do castelo foram estacionadas as seges, os cavalos, e apareceram
muitos criados, carregados com os apetrechos destinados à caçada.
Os camponeses pobres e maltratados já tinham iniciado mais um dia de trabalho duro
nos campos, quando se deu o segundo toque da trombeta. Esta ecoou na madrugada a
anunciar a comitiva do príncipe que partiu a grande velocidade, rindo de alegria ao
galgar os montes. Assustados com o barulho, os pombos torcazes levantaram voo em
revoada, dos campos e das árvores em redor.
Lina, a amada do príncipe, cavalgava por entre os campos, as urzes e os rochedos, em
perseguição dos pombos que lhes fugiam, e sem se aperceber acabou por se afastar da
comitiva. Quando os caçadores deram pela falta da princesa, pararam a caçada e
puseram-se à procura de Lina, mas a noite caiu e não a encontraram. Com o cair da
noite voltaram ao palácio em silêncio, desanimados e tristes.
Desolado, o príncipe mandou encerrar todas as portas do castelo. Mandou parar todas as
festas e diversões. Durante as noites e dias seguintes só se ouvia sua a voz soluçante que
gritava: "Lina! Lina!", enquanto corria como louco esfarrapado e desgrenhado por
precipícios e ravinas à procura da amada.
Depois de dias de busca, quando voltava ao seu castelo já ao fim do dia, o príncipe
Romualdo viu Lina. O príncipe desceu o precipício e lá no fundo encontrou Lina viva,
que beijou entre lágrimas. Rodeando os seus lindos cabelos louros, tinha muita urze que
ele apanhou para recordação.
Voltou feliz, mas sem nunca mais querer saber de festas. Com o tempo os cortesãos do
castelo começaram a chamar aquela planta "Urze de Lina". Conta ainda a lenda que
passado pouco tempo o príncipe casou. Com o passar dos anos este acontecimento
apagou-se das memórias dos povos e a corte do príncipe Romualdo também. Ficou
apenas a memória da "Urze de Lina".
Para completar este quadro e que para não restasse memória física do acontecimento,
nem sequer do castelo, Deus fez rebentar um vulcão junto aos alicerces do palácio. As
correntes de lava soterraram toda a corte maldosa, destruindo tudo à volta, correndo até
ao mar. Não se sabe, diz a lenda, se por homenagem ao casamento do príncipe, ou pela
33
tradição popular, o nome "Urze de Lina" e mais tarde por aglutinação "Urzelina" foi
dado a esta povoação à beira-mar.
Imagens de São Jorge
34
Palavras selecionadas para o jogo das sílabas
CAVALO
CASTELO
POBRE
ÁRVORE
URZE
ROCHEDO
POMBOS
CAMPOS
POVO
FESTA
38
Cartaz do mês de fevereiro - ALUNOS
FEVEREIRO
Lenda da Lagoa do Negro
ILHA TERCEIRA
Sabes qual é a ilha das touradas?
Vamos descobrir os Açores juntos!
39
Cartaz do mês de fevereiro - PROFESSORES
FEVEREIRO
Lenda da Lagoa do Negro
ILHA TERCEIRA
Sabe qual é a ilha das touradas?
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Vamos descobrir os Açores juntos!
Lenda da Lagoa do Negro
Segundo a lenda, há alguns séculos existia uma família nobre na Terceira que tinha,
como era costume na época, escravos negros. A filha do morgado, habituada a receber
as ordens do pai que eram compridas de forma inquestionável por todos, aceitou com
naturalidade um casamento imposto por conveniência para a união de terras e aumento
do poder.
Era um casamento sem amor mas, por boa educação e honestidade, ela submetia-se ao
marido. No entanto, a morgada tinha um amor proibido por um escravo negro, que lhe
retribuía o sentimento.
Um dia o escravo negro falou com a sua amada e, juntos, chegaram à conclusão que o
seu amor era impossível no mundo em que viviam. Só poderiam viver juntos se
fugissem. No entanto, o marido da morgada tinha ordenado a uma das aias da esposa
que a seguisse por todo o lado. Tendo ouvido a conversa entre a morgada e o escravo,
esta informou o amo, que ordenou aos seus capatazes que prendessem o escravo.
Ao ouvir o ladrar dos cães de caça ao longe, e sabendo que não era dia de caçada, o
escravo desconfiou que andavam à sua procura e pôs-se em fuga pelos campos, em
direcção ao interior da ilha. Após um dia e uma noite em fuga, caminhando por montes,
vales e difíceis veredas, o fugitivo cansado e sentindo os cavalos já próximos, não tinha
mais forças para correr ou sequer andar. Sem ter onde se esconder, resolveu parar e por
ali ficar, abandonando-se à sua sorte.
Começou a chorar, e as suas lágrimas rapidamente se multiplicaram e fizeram nascer
uma linda lagoa à sua frente, aninhada ao lado de uma colina arborizada. Quando se
apercebeu da lagoa, os cavalos já estavam quase sobre ele. Não tendo mais para onde
fugir, atirou-se da colina para as águas escuras e serenas da bela lagoa, onde se salvou.
Ela conseguiu fugir e nunca mais o encontraram. No entanto, e apesar de não terem
ficado juntos amaram-se para sempre!
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Ficha da Banda Desenhada
Lenda da Lagoa do Negro
Terceira
Na Terceira havia uma família
nobre
A filha do morgado foi obrigada a casar com um homem que não
amava.
Ela amava um escravo.
Decidiram fugir.
Mandaram os cães atrás deles.
Foram felizes para sempre.
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MARÇO
História do Baleeiro
ILHA DO PICO
Sabe onde fica a montanha mais alta de
Portugal?
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Cartaz do mês de março - ALUNOS
MARÇO
História do
Baleeiro
ILHA DO PICO
Sabes onde fica a montanha mais alta de
Portugal?
Vamos descobrir os Açores juntos!
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História do Baleeiro
A história passou-se há muito tempo, numa manhã ensolarada na localidade de São João
do Pico, logo depois do raiar da aurora. O sol levantava-se para os lados das Lajes do
Pico e a cor verde dos vinhedos e dos milheirais destacava-se por entre o negro das
pedras queimadas dos vulcões.
Os homens dirigiam-se para as suas terras para a jorna do dia, para sachar o milho, bater
tremoço, apanhar batatas ou cuidar das das uvas. Nas suas cozinhas, as mulheres
preparavam o almoço que naqueles tempos era quase sempre composto por sopas de
bolo, papas de milho ou batata com peixe.
Subitamente soou alarme de baleia à vista. Algures numa das vigias de baleia
estrategicamente colocadas ao longo da costa foram disparados foguetes. Os homens
largaram o que faziam. Os sachos caíram para o chão, os alviões ficaram enfiados na
terra nos locais onde estavam. As burras de milho foram abandonadas com as canas por
amarrar. Os animais foram presos a um galho de árvore próximo e os homens correram
para os cais. As mulheres em casa prepararam uma merenda apressada e também elas
correram para o cais a levar ao comida aos maridos numa saca de retalhos de pano antes
de eles partirem para o mar.
Os primeiros a chegar arriaram os botes baleeiros, pondo-os na água, e partiram assim
que tinham a tripulação completa. No cais, as mulheres ficaram a chorar sem saber se na
luta entre o homem e o grande animal alguém morreria, como frequentemente
acontecia.
Depois de algumas milhas de navegação à vela com o vento a favor, avistaram a baleia
ali próxima. Era uma grande baleia adulta, um espermacete com mais de cem barris de
óleo segundo os cálculos, o que seria uma fortuna. Logo se gerou com grande rebuliço
nos botes, uma baleia daquele porte não se via todos os dias. Representava não só a
comida ganha para muitos dias, mas também um prazer para os homens que estavam
habituados ao mar e à batalha desta pesca.
As velas foram arreadas e os homens começaram a remar para se aproximarem da
baleia, que resfolgava, soltava esguichos de respingos no ar, mergulhava para voltar a
aparecer metros mais á frente. No bote que primeiro se conseguiu pôr em posição, o
arpoador curvara-se para a frente, fixara o olhar na baleia e acertara o arpão.
Ferida, a baleia acelerou o seu nadar, afastando-se do bote e levando no dorso o arpão
amarrado a uma corda forte, que se ia desenrolando de uma selha no fundo do bote. A
corda não teve comprimento suficiente e foi amarrada a uma segunda corda, numa
segunda selha, até que não havia mais cordas. O trancador pegou na parte da corda que
ainda estava na celha e antes que ela acabasse, amarrou-a à sua cintura. Assim, foi
arrancado do bote e levado pelo mar, puxado pela baleia que nadava para o
desconhecido, sem que alguém tivesse tempo de intervir.
48
Podendo contar apenas com velas e remos para navegar, os botes não tinham velocidade
para perseguir o animal, mas deram inicio a uma busca provavelmente fútil. Ao chegar
da noite tiveram que rumar para terra, abandonando o trancador. A família deste vestiu-
se de luto e as mulheres choraram e carpiram de dor durante toda noite.
Quando a manhã do dia seguinte nasceu, saíram novamente botes para o mar numa
procura por muitos considerada vã, mas que era necessário, mais que não fosse se não
por descargo de consciência. Era uma tentativa de encontrar o corpo do trancador para
lhe ser dado um enterro digno.
Depois de muitas milhas de afastamento da costa, avistaram na linha do horizonte, que
no mar é sempre baixo, uma mancha negra, e estranhando o fenómeno rumaram para lá.
Ao chegarem encontraram uma grande baleia já morta a flutuar e em cima dela, de pé, o
trancador, encostado ao cabo do arpão.
Perfeitamente bem, disse: "Agora é que vocês chegam? Tenho estado aqui toda a noite à
espera!". Fumava um grosso cigarro, embrulhado em casca de milho, como se estivesse
sentado a uma mesa. Reza a lenda que ele nunca disse o que se passou nem onde foi
buscar o cigarro de folha de milho nem o lume com que o acendeu.
Vídeo do Pico
Link para o vídeo:
http://youtu.be/rUP8lPCufTs
50
Cartaz do mês de abril - ALUNOS
ABRIL
Lenda da Donzela Encantada
ILHA SANTA MARIA
Sabes onde fica o deserto …?
Vamos descobrir os Açores juntos!
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Cartaz do mês de abril – PROFESSORES
ABRIL
Lenda da Donzela Encantada
ILHA SANTA MARIA
Sabe onde fica o deserto …?
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Vamos descobrir os Açores juntos!
52
Lenda
A história passa-se no lugar de Valverde, junto a uma caudalosa ribeira onde em tempos idos
as mulheres do campo costumavam ir lavar as roupas. Uma lavadeira, que estava com muito
serviço, ficou sozinha fora de horas a lavar roupas até quase ao crepúsculo. Conforme iam
terminando o seu serviço, as outras mulheres tinham ido embora sem que ela se apercebesse.
Concentrada no trabalho, a lavadeira cantarolava algumas melodias, e o som da água a correr
não a deixou ouvir ao principio os murmúrios de uma voz de mulher que se lastimava a um
canto da ribeira. Durante um intervalo para descansar, a lavadeira apercebeu que uma mulher
gemia e chorava baixinho, pedindo socorro. Aproximou-se do lugar e viu uma moça muito
formosa, parecida com umanjo e vestida de um branco translúcido, meia oculta nas hortênsias.
A lavadeira perguntou à por que parecia tão infeliz, ao que esta terá respondido que se
encontrava encantada por uma fada má. Só lhe era permitido aparecer naquele local de sete
em sete anos, por alturas do pôr-do-sol, na esperança de encontrar um jovem que a quisesse
namorar. No entanto, só depois de quebrado o encanto é que lhe podia dizer quem era. Pouco
depois de dizer isto, desapareceu nas sombras e nos ruídos silêncios da água corrente.
Quando a lavadeira contou este acontecimento na sua aldeia, muitos não acreditaram nela,
outros acreditaram. Sete anos depois, foram vários os rapazes de Valverede, que ao pôr-do-sol
foram sentar-se nas margens da ribeira, na esperança de ver a moça encantada. No entanto,
ela nunca mais apareceu.
Imagem da Donzela
53
ABRIL - Lista de Ideias para a alteração da história
LUGAR
SÃO MIGUEL
SÃO JORGE
FAIAL
PICO
CORVO
FLORES
PERSONAGEM
CRIANÇA
MULHER
PAI
MÃE
HOMEM
MONSTRO
PRINCESA
REI
RAINHA
O QUE ACONTECE
UM ACIDENTE
UMA POÇÃO MÁGICA
UM SONHO
VEEM UM ANIMAL ESTRANHO
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OBJETOS AO LONGO DA HISTÓRIA
CANETA
LIVRO
COMPUTADOR
ANANÁS
SAPATO
CADEIRA
JOGO
COMO TERMINA
FELIZES
TRISTES
SEPARADOS
MORTE
CASAMENTO
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Cartaz do mês de maio – PROFESSORES
MAIO
Lenda das sete cidades
ILHA DE SÃO MIGUEL
Sabes onde fica a lagoa das sete cidades?
Vamos descobrir os Açores juntos!
56
Cartaz do mês de maio – PROFESSORES
MAIO
Lenda das sete cidades
ILHA DE SÃO MIGUEL
Sabe onde fica a lagoa das sete cidades?
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Lenda
A LENDA DA LAGOA DAS SETE CIDADES Há muitos, muitos anos,
vivia no Reino das Sete Cidades uma pequena Princesa chamada
Antília.
A menina era a filha única de um velho Rei viúvo que era
conhecido pelo seu mau feitio. Senhor das Alquimias e do Saber, o
Rei vivia em exclusivo para a sua filhinha, não gostando que a
Princesa falasse com ninguém. A menina ora estava com o pai, ora
estava com a velha ama que a criara desde o nascimento, altura
em que a Rainha sua mãe falecera.
Os anos foram passando, Antília foi crescendo e um dia já não era
mais aquela menina de
tranças loiras caídas sobre
os ombros, enfeitadas
com flores silvestres;
tinha-se transformado
numa linda jovem, uma
Princesa capaz de
encantar qualquer rapaz
do seu reino.
Contudo, se todos ouviam falar da beleza da jovem
Princesa, eram poucos ou nenhuns os que a
conheciam, pois o Rei não gostava que ela saísse do
castelo nem dos jardins que o circundavam.
Mas Antília não se deixava intimidar pelo pai, e com a
ajuda da velha ama costumava esquivar-se todas as
tardes, enquanto o Rei dormia a sesta depois do
almoço. Saía pelas traseiras, sem que ninguém a visse,
e ia passear pelos montes e vales próximos.
Num desses passeios, andando pela floresta, um dia a
Princesa escutou uma música. A música era tão linda,
encantou-a de tal
forma, que ela se deixou guiar pelo som e foi descobrir um jovem pastor a tocar flauta,
sentado no cimo de
um monte. Era ele o
autor de tanta
maravilha!
A Princesa, encantada, deixou-se ficar escondida a ouvir o jovem a tocar flauta. E ouviu-o
escondida durante semanas, até que o pastor, um dia, a descobriu por detrás de uns arbustos.
58
Ao vê-la foi amor à primeira vista, e era recíproco, pois ela também estava apaixonada por ele.
Os jovens continuaram a encontrar-se.
Passavam as tardes a conversar e a rir,
o pastor a tocar para a Princesa e ela a
escutá-lo enlevada, e ambos se
sentiam muito felizes juntos.
Um belo dia o pastor decidiu pedir a
Princesa em casamento.
Logo pela manhãzinha, o jovem bateu
à porta do
Castelo, e pediu
ao criado para
falar com o Rei.
Pouco depois o
criado voltou e levou-o à presença do Soberano. Muito nervoso mas
determinado, o pastor fez-lhe uma vénia e, olhando-o nos olhos,
disse:
- Majestade, gosto muito de
Antília, sua filha, e gostaria de
pedir a sua mão em casamento.
- A mão de minha filha, NUNCA...
OUVIS-TE... NUNCA!- disse o Rei
aos berros.- Criado, põe este
pastor atrevido na rua.
O jovem bem tentou argumentar,
mas ele não o deixava falar, e
expulsou-o do Castelo.
Em seguida o Rei mandou chamar
Antília e proibiu-a de ver o pastor.
Antília mais não fez do que acatar
as ordens do Rei seu pai.
E nessa mesma tarde foi ter com o seu amor e disse-lhe que nunca mais se podiam encontrar.
Os dois jovens choraram toda a tarde abraçados.
As suas lágrimas, de tantas serem, formaram duas lindas e grandes lagoas, uma verde da cor
dos olhos da Princesa, a outra azul da cor dos olhos do pastor.
E ainda hoje estas duas lagoas continuam no Vale das Sete Cidades, na Ilha de São Miguel, lá
nos Açores, para avivar a memória de todos quantos por ali passam, e recordar o drama dos
dois apaixonados.
62
Vídeo
Link:
http://youtu.be/t6Rbal-Sivw
Questionário
1 – A princesa chamava-se…
a) Antília
b) Miquelina
c) Inês
2 – “A menina era filha única.”
Verdadeiro
Falso
3 – O rei estava sempre…
a) contente
b) triste
c) mal disposto
4 – A menina era loira?
Sim
Não
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5- “A menina era bonita.” Quais os sinónimos da palavra bonita?
Linda
Feia
Gorda
Bela
Formosa
6 – A menina costumava sair do castelo sem o rei saber
Verdadeiro
Falso
7 – Quem ajudava Antília a sair do castelo?
a) Avó
b) Ama
c) Madrinha
8 – Quem encontrou Antília nos seus passeios pela floresta?
a) Pastor
b) Velho
c) Lobo mau
9 – Que instrumento ouviu Antília tocar?
a) Guitarra elétrica
b) Trompete
c) Flauta
10 – Quais as cores das lagoas que se formaram?
Azul e verde
Azul e amarelo
Amarelo e verde