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1 EBI Água de Pau Projeto da Biblioteca “Os Açores e as cores” Cândida Santos Juliana Bernardo Maria José Martins 2011/2012

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1

EBI Água de Pau Projeto da Biblioteca

“Os Açores e as cores”

Cândida Santos

Juliana Bernardo

Maria José Martins

2011/2012

2

Índice

1. Fundamentação do projeto p. 3

2. Objetivos p. 3

3. Estratégias p. 4

4. Plano de ação p. 4

a. Espaço

b. Destinatários

c. Recursos humanos e materiais

d. Fases do projeto

5. Avaliação do projeto p. 7

ANEXOS

3

1. Fundamentação do projeto

As Bibliotecas Escolares, desempenham um papel fundamental em vários domínios

como: “… a aprendizagem da leitura, da literacia, a criação e o desenvolvimento do

prazer de ler e a aquisição de hábitos de leitura, as competências de informação e

aprofundamento da cultura cívica, científica, tecnológica e artística” (Ministério da

Educação, Rede de Bibliotecas Escolares).

A leitura está em constante evolução concumitantemente com o mundo

tecnológico. Os desafios que o século XXI coloca aos leitores são múltiplos, árduos e

complexos.

É crucial que o conceito de leitor, leitura, literacia ou até mesmo de competência

leitora se molde e readapte às novas exigências que as tecnologias obrigam.

Os livros habituais nas estantes foram, em poucas décadas, substituídas por

computadores, jogos de playstation, redes sociais, blogs, telemóveis… É certo que todas

estas tecnologias podem ser usadas em benefício da leitura e disso é exemplo as

inúmeras páginas de internet com histórias e contos que fazem viajar qualquer pequena

criança. De facto, a tecnologia pode e deve ser no futuro um aliado do mundo das letras.

De facto, a motivação para a leitura é deveras imprescindível para o aluno

apreender a leitura como um projeto de vida enquanto adulto. Assim sendo, foi

desenvolvido este projeto de modo a promover a leitura na EBI de Água de Pau.

2. Objetivos

Constituem objetivos principais deste projeto:

Desenvolver o gosto pela leitura como instrumento de investigação, informação e lazer;

Utilizar os recursos da biblioteca como um complemento às aprendizagens realizadas na

sala de aula;

Adquirir hábitos de leitura;

4

Abordar temas diversificados e relevantes de uma forma apelativa, para que as crianças

experienciem a biblioteca como um lugar cativante;

Proporcionar um ambiente que favoreça a socialização, responsabilização e

comportamentos adequados em sociedade.

3. Estratégias

Como forma de dinamizar o projeto e torna-lo diversificado foram adotadas as

seguintes estratégias:

Dar-lhes continuidade;

Alterar o seu final;

Formular questões;

Interpretar textos;

Resumir algumas narrativas;

Elaboração de fichas de análise e desenvolvimentos das histórias;

Trabalhos de ilustração;

Registos fotográficos;

Leitura em voz alta;

Leitura silenciosa;

Leitura rápida;

Leitura dialogada;

Leitura coral;

Leitura dramatizada;

Serão dinamizadas atividades de pré-leitura, leitura e pós-leitura.

4. Plano de ação

4.1 Espaço

As atividades decorrerão no espaço da biblioteca situada no bloco C, no primeiro

piso. Na biblioteca encontram-se diversos livros organizados por diversas temáticas e

estão inventariados.

5

A sala dispõe de quatro mesas hexagonais, uma mesa rectangular e diversas

cadeiras, o suficiente para acolher uma turma por atividade.

Esporadicamente as sessões poderão ser realizadas no stão da brincadeira devido

à necessidade de utilização da televisão e leitor de DVD`s.

4.2 Destinatários

O projeto da biblioteca destina-se a todos os alunos desde a educação pré-escolar

até ao quarto ano de escolaridade. As docentes interessadas em participar na

dinamização do projeto terão que preencher uma grelha assinalando o dia e a hora em

que pretendem participar.

4.3 Recursos humanos e materiais

A docente responsável pela elaboração e dinamização do projeto é Cândida Santos

em parceria com as docentes Maria José Martins (colaboração) e Juliana Bernardo

(colaboração e dinamização).

Os recursos materiais necessários serão:

Livros

Computadores

Impressoras

Scanner

Gravador de cd

cd-rom’s

Máquina fotográfica

Televisor

Leitor de vídeo

Aparelhagem

Material reciclável

Material de desgaste

6

5. Projeto

5.1 Fases do projeto

No ano letivo 2011/2012 as atividades da biblioteca incidirão em lendas dos

Açores. A ideia original é partir das lendas das ilhas mais longínquas de São Miguel

havendo uma aproximação mês após mês abordando não só a lenda mas outros aspetos

de uma perspetiva quase turística das ilhas dialogando com os alunos sobre aspetos

sociais, culturais, hábitos e costumes e até mesmo dos locais mais visitados de cada ilha.

Foram delineadas várias estratégias iniciais:

1. Cada mês tem um poster para divulgação aos alunos e professores.

2. Mensalmente será elaborada uma grelha para os professores preenchessem

consoante a sua disponibilidade.

3. Os professores serão convidados a fazer um mapa com a sua turma

consoante o ritmo de participação nas sessões da biblioteca.

4. Será elaborado um mapa dos Açores gigante com papel de cenário e

esferovite.

5. A porta do lado de fora será decorada alusivo ao tema.

6. A porta do lado de dentro será dividida em nove partes para que quando

fossem realizadas atividades fosse lá colocado lá algo relativo à ilha.

Na tabela abaixo as sessões são exploradas pormenorizadamente encontrando

todos os elementos necessários para a sua realização em anexo.

Mês Ilha Cor Obra Atividade Material

outubro

Corvo preto Lenda do

Cavaleiro

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Ordenação de imagens de

acordo com a lenda

contada. Reconto.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro / Bostik

Mapa dos

Açores

Flores rosa Lenda das sete

caldeiras

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Puzzle para montar com

partes da história.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores

7

Mês Ilha Cor Obra Atividade Material

No mês de outubro deu-se início ao projeto da biblioteca dialogando inicialmente sobre qual seria

o tema do projeto da biblioteca deste ano letivo. Após o diálogo inicial, os alunos observaram o

mapa dos Açores e foram exploradas noções como arquipélago, ilha, oceano e localização

geográfica. Os alunos foram informados que começaríamos uma viagem pela ilha mais longínqua

de São Miguel e pela ilha que é a mais pequena de todas. Deste modo, os alunos ouviram a “lenda

do cavaleiro do Corvo”. Após esta audição, os alunos tinham imagens relativas à história e

tiveram que as ordenar de acordo com os acontecimentos à medida que recontavam a história.

Esta atividade foi realizada em grupo sendo dada uma imagem a cada aluno. Após a correta

ordenação, as imagens foram coladas à porta na parte correspondente ao Corvo.

De seguida foi explorada também a ilha das Flores com a “lenda das sete caldeiras”. Os alunos

ouviram a histórias e de seguida esta foi explorada oralmente. Após essa exploração, os alunos

receberam imagens relativas à história mas que estavam cortadas a meio. O objetivo era os alunos

encontrarem a sua metade e descobrirem a palavra/ imagem na sua totalidade.

novembro Graciosa Branco Lenda do Vai-

te com o Diabo

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

“A caixa mágica” –

alunos retiram da caixa

palavras aleatoriamente

relacionadas com a lenda

e tentam encontrar

palavras que rimam.

Registo num cartaz de

algumas das rimas.

Atividade pré: Existem

dois cartazes com

palavras que rimam. Os

alunos ouvem as palavras

e tentam encontrar

palavras que rimam umas

com as outras.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores

No mês de novembro a lenda trabalhada foi “Vai-te com o Diabo” da ilha Graciosa. Os alunos

foram questionados sobre a sessão anterior em primeiro lugar e sobre as noções abordadas após

uma revisão da sessão anterior. Os alunos ouvem a lenda e esta é explorada oralmente.

Depois desta exploração os alunos do 1º ciclo foram divididos em três grupos e foi nomeado um

porta-voz. Cada grupo recebeu um cartão e tinham de encontrar palavras que rimem:

Exemplo:

Mulher – Colher

Palavras: Casar / Pão / Filha / Serra / Galocha / Casa / Farta / Diabo / Antiga

No grupo do pré-escolar os alunos visualizam tiras que tem uma imagem exposta. Cada tira tem

uma imagem fixa. Os alunos observam as imagens e tentam adivinhar a palavra. Depois de

saberem todas as palavras-chave passa-se ao passo seguinte. Retira-se uma imagem

8

Mês Ilha Cor Obra Atividade Material

aleatoriamente e os alunos têm de adivinhar qual a tira em que essa imagem fica. As duas palavras

têm que rimar. Exemplo: Mão – Ladrão.

dezembro Faial azul Lenda do Poço

das Asas

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Construção de um

esquema visual da

história em que serão

discriminados o local,

personagens, passos da

ação através de um

esquema.

Jogo “Verdadeiro ou

falso?”

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores

No mês de dezembro foi abordada a ilha do Faial com a lenda “Poço das Asas” havendo uma

abordagem inicial à ilha através da exploração de imagens coladas na porta com pontos turísticos

da ilha como a cidade de Horta, o vulcão dos Capelinhos, o café peter, entre outros. Em seguida,

os alunos ouviram a história e esta foi explorada oralmente. Após esta exploração os alunos

jogaram a um jogo intitulado “Verdadeiro ou Falso?” Foram divididos em grupos e cada grupo

tinha uma pá, uma com um V (verdadeiro) e outra com um F (falso) podendo apenas levantar uma

das pás depois de fazerem uma mini assembleia de grupo.

janeiro São

Jorge

castanho Lenda da

Urzelina

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Atividade “Ano novo,

palavras novas”(com

palavras da lenda os

alunos manipulam sílabas

e formam novas

palavras)

Atividade pré “Caça à

letra”

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores

Na sessão de janeiro a ilha abordada foi a ilha de São Jorge. A lenda escolhida para contar foi a da

Urzelina. As docentes começavam a sessão dialogando com os alunos sobre a ilha de São Jorge

mostrando as imagens que estão na porta que têm várias partes da ilha desde as Velas até ao Topo,

incidindo sobre a perspetiva montanhosa que caracteriza esta ilha o que deu origem à existência

das fajãs. Também se dialogou com os alunos sobre o facto de esta ilha produzir queijo e atum.

Depois de falar sobre a ilha foi lida a lenda da Urzelina e realizada uma exploração oral após o

conto.

Com os alunos do pré-escolar foi realizada uma atividade pós-leitura com cartazes que tinham as

vogais em que cada vogal continha uma palavra:

A -Árvore

E - Erva

I - Igreja

O - Óculos

9

Mês Ilha Cor Obra Atividade Material

U – Uvas

Inicialmente foi explorado o cartão com a vogal que se abria e descobria a palavra que continha o

cartão. Após esta exploração, os alunos tinham que visualizar no chão vários pedaços de papel que

continham as vogais e tinham que apanhar um dos pedaços de papel e colar no cartaz correto.

Com os alunos do 1º Ano de escolaridade procedeu-se ao reconto da história através de cartões de

imagens.

Com os alunos do 2º, 3º e 4º ano de escolaridade procedeu-se a um jogo. Os alunos eram divididos

em 3 grupos. Cada grupo recebeu um envelope que continham várias sílabas e com essas sílabas

os alunos tinham que formar palavras relacionadas com a história.

fevereiro Terceira lilás Lenda da

Lagoa do

Negro

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Ilustração de uma banda

desenhada referente à

lenda.

Atividade pré: os alunos

ilustram uma parte da

história.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores

Na sessão de fevereiro a ilha abordada foi a ilha terceira. A “lenda da lagoa do negro” foi a

escolhida para contar aos alunos

Inicialmente os alunos visualizaram imagens do livro “As ilhas Ocidentais” de Karl-Raach que

está disponível na biblioteca. Foram referenciados os aspetos principais da ilha, nomeadamente, a

importância das touradas que foi um assunto no qual a maior parte dos rapazes se manifestou

bastante. A maior parte indicava que já tinha visto ou que tinham vídeos relativos ao tema.

Procedeu-se à leitura da lenda.

No pré-escolar os alunos foram desafiados a pintar um dicionário visual da história com as

seguintes palavras/ imagens: príncipe; princesa; negro; castelo; lagoa; e Açores.

Do 1º ao 4º ano de escolaridade, logo de seguida à leitura, os alunos foram divididos em grupos de

dois e receberam uma folha com uma banda desenhada. Foi lançado o desafio de lerem em

silêncio e descobrirem a diferença entre a lenda ouvida e a lenda que teriam de representar através

de desenhos. A diferença que constava na banda desenhada é que o final seria feliz, conclusão a

que a maior parte dos grupos chegou rapidamente.

Depois de desenharam a banda desenhada fez-se um concurso por turma para eleger a melhor

banda desenhada.

Cada banda desenhada vencedora foi colocada num cartaz que foi exposto na entrada da escola.

março Pico cinzento História do

baleeiro

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Os alunos visualizam um

vídeo sobre o Pico e

colam pedaços de jornal

num cartaz que formara o

Pico no final da atividade

com todas as turmas.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores.

10

Mês Ilha Cor Obra Atividade Material

Na sessão de março a ilha abordada foi a ilha do Pico concluindo assim a abordagem às ilhas do

grupo central. A história do baleeiro foi a selecionada para este mês.

A sessão foi iniciada com um vídeo do Pico disponível na Internet que foi realizado por uma

família que partiu de Lisboa e foi à descoberta desta ilha por três dias. O vídeo mostra desde a

aproximação à ilha do Pico, a perspetiva área do mesmo, a aterragem na ilha do Faial, a vista do

Pico do Faial, a viagem no cruzeiro das ilhas, os vários pontos de interesse da ilha, o respetivo

regresso e aterragem em Lisboa. O vídeo tem música do início ao fim facto que permitiu uma boa

exploração oral das imagens que iam aparecendo ao longo dos 15 minutos.

Depois da visualização do vídeo procedeu-se à leitura da história do baleeiro e foi realizada a

exploração oral da história.

No final os alunos foram desafiados a participar na construção do Pico num cartaz através da

colagem de pedaços de papel. Cada aluno de cada turma participante pôde colar um quadrado e o

Pico foi sendo construído ao longo das sessões. No final, foi exposto na entrada da escola.

abril Santa

Maria

amarelo Lenda da

donzela

encantada

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Atividade “E se…” –

vamos pensar num fim

diferente para a história.

Num papel existem

várias ideias e a história

vai sendo alterada à

medida que as palavras

são indicadas aos alunos.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores

Na sessão de abril a ilha abordada foi a ilha de Santa Maria. A lenda escolhida para contar foi a da

donzela encantada. As docentes começavam a sessão dialogando com os alunos sobre a ilha de

Santa Maria mostrando a imagem que está na porta que mostra uma donzela. A partir dessa

imagem as docentes questionam os alunos sobre o tema da história. Antes de ler a história a

docente pediu aos alunos para fecharem os olhos. Depois de falar sobre a ilha foi lida a lenda e

realizada uma exploração oral após o conto. Depois foi solicitado aos alunos que alterassem a

história através de:

1. indicando que ela se passou noutra ilha

2. indicando outra personagem

3. indicando outra situação problemática

4. indicando outro desfecho

maio São

Miguel

verde A lenda das

sete cidades

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

Visita da autora e leitura

por parte da mesma.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa dos

Açores

11

Mês Ilha Cor Obra Atividade Material

Na sessão de junho a ilha abordada foi a ilha de São Miguel. Os alunos começavam a sessão

recordando-se de todas as outras ilhas anteriormente faladas recordando pormenores sobre cada

uma delas. Seriam explorados os conceitos como arquipélago, ilha, grupos e depois caraterísticas

inerentes às ilhas dos Açores.

Depois deste brainstorm, os alunos ouviriam o nome da lenda que iriam ouvir de seguida “lenda

das sete cidades” e seriam questionados sobre o que seriam as “sete cidades” e se conheciam

aquele nome de algum lado. Após esta abordagem, os alunos ouviriam a lenda. À medida que se

contava a lenda seriam coladas as imagens respetivas à história com velcro numa cartolina sendo

construído uma cadeia sucessiva de imagens que contaria a história só por si.

Depois da audição da história, dividir-se-ia o grande grupo em dois grupos explicando aos

mesmos que teriam uma tarefa que teriam de resolver em grupo. Teriam à sua frente um

questionário gigante e teriam de tentar encontrar as respostas sozinhos e depois seriam

confrontadas as respostas dos dois grupos e encontradas as respostas corretas. Terminada esta

exploração, os alunos visualizaram um vídeo relativo ao arquipélago dos Açores visualizando

todas as ilhas dos Açores iniciando uma viagem na ilhas das Flores e terminando precisamente na

ilha de São Miguel, ilha também na qual findam as atividades deste ano letivo.

junho O

arquipéla

go

/ O

oceano

Atlântico

Arco-íris A lenda da

Atlântida

Construção do mapa do

arquipélago dos Açores.

“O Jogo das ilhas!” Os

alunos respondem a

várias questões sobre o

arquipélago. Cada

pergunta tem sempre 3

hipóteses de resposta.

Material

reciclável

Papel de

cenário

Velcro/ Bostik

Mapa do

mundo

Mapa dos

Açores

Esta atividade não foi realizada pois não houve tempo suficiente para a sua realização. No entanto

será realizada no próximo ano letivo caso haja continuidade do projeto da biblioteca.

6. Avaliação do projeto

A avaliação das atividades da Biblioteca será realizada através de grelhas de registo

dos livros requisitados e registos da opinião dos professores titulares de turma, numa

ficha destinada para o efeito, no final do ano letivo.

Desta forma será possível apreender se os objetivos propostos foram ou não

atingidos.

12

No final de cada período será elaborado um relatório onde se devem destacar os

pontos positivos e os pontos negativos.

7. Bibliografia

PNL, Plano Nacional de Leitura, Projeto “Animação da Leitura”, Agrupamento de

Escolas de Pedrógão Grande, 2007/08 (Projeto elaborado por: Paula Santo (Equipa da

Biblioteca Escolar))

Projeto de Animação e Dinamização, Biblioteca/ Centro de Recursos, EB 1º CICLO

nº1, Montijo, Ano lectivo 04/05

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ANEXOS

14

Convite aos professores

Biblioteca

2011/2012

Arquipélago dos Açores

No âmbito das atividades da hora do conto da biblioteca, este

ano letivo terá como inspiração o arquipélago dos Açores e as

lendas de cada ilha. Para tal, convidamos todos os colegas

titulares de turma a construir um mapa dos Açores para a sua

turma à medida que forem participando nas atividades da

biblioteca.

15

Cartaz do mês de outubro - ALUNOS

OUTUBRO

LENDA DO CAVALEIRO

LENDA DAS SETE CALDEIRAS

ILHA DO CORVO

ILHA DAS FLORES

Sabes que é o Corvo é a ilha mais pequena do arquipélago

dos Açores? A ilha ocupa uma superfície total de

17,13 km².

Vamos descobrir os Açores juntos!

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Cartaz do mês de outubro – PROFESSORES

OUTUBRO

LENDA DO CAVALEIRO

LENDA DAS SETE CALDEIRAS

ILHA DO CORVO

ILHA DAS FLORES

O Corvo é a ilha mais pequena do arquipélago dos Açores.

A ilha ocupa uma superfície total de 17,13 km².

Para participar com a sua turma basta preencher a grelha

abaixo, consoante os dias e as horas que estão disponíveis.

Agradecemos a vossa colaboração no âmbito deste projecto!

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MAPA DOS AÇORES

DECORAÇÃO DA PORTA - EXTERIOR

18

DECORAÇÃO DA PORTA - INTERIOR

LENDA DO CAVALEIRO DA ILHA DO CORVO

A lenda iniciou-se após 1452, quando os primeiros navegadores que navegavam para

Ocidente a partir de Portugal continental avistaram aquela que veio a ser chamada de

Ilha do Corvo. Afirma que, ao aproximarem-se da nova terra avistada, os navegadores

viram sobre a parte mais alta de um monte uma estátua equestre.

O alazão apoiado nas patas traseiras, com as patas dianteiras levantadas no ar a apontar

para o noroeste, apontava para a frente, para mostrar o caminho do Novo Mundo. O

cavaleiro empunhava uma espada num braço erguido. Ambos tinham sido esculpidos no

basalto negro vulcânico, pedra mãe do substrato da ilha do Corvo.

Esta estátua teria sido mandada retirar por Manuel I de Portugal para ser levada à sua

Corte. No entanto, ao ser transportada numa nau, a estátua naufragou junto com a

embarcação que a transportava. Dela apenas restam lendas, histórias e registos nas

Crónicas de João III de Portugal e de Damião de Góis.

19

ATIVIDADE NÚMERO 1

Após a audição da história os alunos ordenam as imagens.

Quando os primeiros navegadores que navegavam para Ocidente a partir de Portugal

continental avistaram aquela que veio a ser chamada de Ilha do Corvo.

O cavaleiro empunhava uma espada num braço erguido.

20

A estátua e a espada foram esculpidas no basalto negro vulcânico, pedra mãe do

substrato da ilha do Corvo.

Ao ser transportada numa nau, a estátua naufragou junto com a embarcação que a

transportava.

LENDA DAS SETE CALDEIRAS

Há muitos e muitos anos, um agricultor vivia nas Flores com um filho chamado João.

Todos os dias, este tinha de ir buscar água para a casa de seu pai, uma vez que próximo

da mesma não existia qualquer nascente. João passava a vida a brincar e a sonhar. Todas

as pessoas que o conheciam diziam que ele era de coração simples, puro e bom, e que

um dia iria realizar grandes feitos.

Um dia João ia carregado duas bilhas de água que tinha ido buscar a uma nascente longe

de sua casa e, pelo caminho, encontrou uma poça de água das chuvas, onde parou para

21

descansar e brincar um pouco. Falando consigo mesmo, disse em voz alta: "Dizem as

pessoas que noutros locais há lindas lagoas e caldeiras, na minha ilha não há, mas não

faz mal, eu vou fazê-las".

Esquecendo-se do trabalho que já tinha tido ao ir buscar água tão longe de casa, pegou

numa das bilhas de barro e despejou-a no chão. Para seu espanto, com a mesma

facilidade com que derramara a água e sonhara em construir lagoas, viu crescer aos seus

pés um grande lago que se alojou no fundo de uma caldeira.

Felicíssimo com o acontecimento, João pulou de alegria e pensou: "Daqui para a frente,

sempre que encontrar poças de água vou fazer o mesmo!" Dito e feito, encontrou logo

outra poça de água à sua esquerda, poucos metros à frente. Não perdendo tempo, e com

confiança no que fazia, vazou a outra bilha de água e ficou a ver a água a espraiar-se e

dar origem a outra lagoa, desta vez muito funda.

Cheio de contentamento e esquecendo-se do trabalho que lhe dava ir buscar água,

voltou à nascente para ir buscar mais. Mal regressava com as bilhas cheias começou

novamente a sonhar, e encaminhado pelos seus sonhos de criança foi deambulando pela

ilha, encontrando pelo caminho sete poças onde despejou as suas bilhas, e dando assim

origem às sete lagoas da ilha das Flores.

Reza a lenda que foi assim se formaram a Lagoa Funda das Lajes e várias outras menos

fundas, como a Caldeira Rasa, cujas margens são muito lodosas e tidas como perigosas.

Das brincadeiras do João nasceram ainda a Lagoa Branca, a Lagoa Seca, a Lagoa

Comprida, a Lagoa Funda e a Lagoa da Lomba. Todas lagoas diferentes, cheias de

águas límpidas e puras como os pensamentos do João que as criou.

ATIVIDADE NÚMERO DOIS

As imagens são dividas a meio e os alunos tem que encontrar o seu par.

22

AGRICULTOR

BILHA DE ÁGUA

POÇA DE ÁGUA LAGOA FUNDA

23

CALDEIRA RASA LAGOA BRANCA

ILHA DAS FLORES

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Cartaz do mês de novembro – PROFESSORES

NOVEMBRO

Lenda “Vai-te com o Diabo”

ILHA DA GRACIOSA

Sabes que a Graciosa é a ilha menos montanhosa do arquipélago

dos Açores? Para participar com a sua turma basta preencher

a grelha abaixo, consoante os dias e as horas que estão

disponíveis.

Agradecemos a vosSa colaboração no âmbito deste projeto!

Vamos descobrir os Açores juntos!

25

Cartaz do mês de novembro - ALUNOS

NOVEMBRO

Lenda “Vai-te com o Diabo”

ILHA DA GRACIOSA

Sabes que a Graciosa é a ilha menos

montanhosa do arquipélago dos Açores?

Vamos descobrir os Açores juntos!

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Lenda Vai-te com o Diabo

Há muito tempo atrás havia uma mulher de poucas posses que vivia na

localidade do Guadalupe, que ia casar uma filha dentro de poucos dias.

Ultimavam-se os preparativos, cozinhava-se o pão, faziam-se os doces,

assavam-se as carnes, preparavam-se as coisas para um casamento feito em

casa à moda antiga, como era normal nesses tempos.

Com todos estes afazeres a pobre mulher já tinha gasto mais dinheiro do

que as suas parcas posses lhe permitiam. Tendo faltado qualquer

ingrediente importante para a boda, a filha foi junto da mãe pedir-lhe mais

dinheiro para o ir comprar. Já estava farta de tantos gastos, meio chateada,

meio furiosa, a mãe virou-se para a filha e disse: "Vai-te com o diabo, rapariga, que me levas tudo o que tenho!"

Era um desabafo e ninguém prestou atenção a estas palavras. No entanto e

como a rapariga nunca mais voltava de ir buscar o ingrediente que tinha ido

comprar, começaram a achar estranho e puseram-se à procura dela, não a

encontrando nas imediações nem nos caminhos que ela deveria ter

percorrido.

Todos os vizinhos da vila do Guadalupe foram alertados e se puseram à

procura dela por todos os lados da vila, de casa em casa, no porto, nos

chafarizes, na casa do noivo que também participava na busca, nos

moinhos, palheiros, em todos os locais possíveis.

Depois da vila, expandiram as buscas para as pastagens e para a serra onde,

junto do lugar denominado Caldeirinha, encontraram aquilo que poderia ser

os primeiros vestígios. Com a prescritiva de encontrarem a rapariga,

desceram rapidamente a perigosa vereda que leva até à entrada arredondada

que conduz ao fundo da caldeira, e segundo os habitantes da Graciosa,

sabe-se lá mais onde...

Na descida encontraram as galochas da rapariga em cima de uma rocha,

fazendo com que todas as dúvidas se dissipassem, se ela não estava ali,

pelo menos devia estar por perto. Se não estava em local visível, só podia

estar dentro da Caldeirinha. Foram então à vila buscar cordas

suficientemente fortes para aguentarem o peso das pessoas, e atando-as à

volta da cintura o noivo desceu à procura da sua amada.

27

Estavam todos ansiosos pois muitos acreditavam que a caldeira poderia ser

uma das entradas do Inferno. Cheio de medo, aos poucos o noivo foi

descendo pela abertura estrita da caldeira, buraco negro e medonho. Foi lá

no fundo que encontrou a rapariga. Esta estava a tremer de medo e com um

ar apático. Amarrou-a às cordas que levaram consigo e os dois foram

puxados pelas pessoas que tinham ficado foram da caldeira.

Tinham-na encontrado, estava viva e saudável, e podiam retomar o

casamento. Quando perguntaram à rapariga o que se tinha passado e como

tinha ido ali parar, ela pura e simplesmente não sabia. Foi então que a mãe

se recordou da blasfémia que tinha dito ao mandá-la para o diabo. Ele que,

acreditam os povos, anda sempre à procura de almas para levar para o

Inferno. Não perdeu tempo e a tinha levado logo consigo, escondendo-a

nos fundos da Caldeirinha

28

Rimas 1º Ciclo

Os alunos elaboram rimas a partir de palavras selecionadas

previamente. Registam as rimas numa folha que depois serão

expostas numa cartolina.

Exemplo:

Mulher – Colher

A mulher queria era uma colher!

Casar

Pão

Filha

Serra

Galocha

Casa

Farta

Diabo

Antiga

29

Rimas Pré-Escolar

Os alunos encontram palavras que rimam a partir de imagens.

MULHER

COLHER

COMER

CASAR

BEIJAR

FALAR

CASA

BRASA

ASA

PÃO

CÃO

LADRÃO

LEÃO

LIMÃO

DIABO

NABO

CABO

SERRA

TERRA

BERRA

30

Cartaz do mês de janeiro - ALUNOS

JANEIRO

Lenda da Urzelina

ILHA DE SÃO JORGE

Sabes qual é a ilha famosa pelos seus

queijos?

Vamos descobrir os Açores juntos!

31

Cartaz do mês de janeiro – PROFESSORES

JANEIRO

Lenda da Urzelina

ILHA DE SÃO JORGE

Sabe qual é a ilha famosa pelos seus queijos?

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disponíveis.

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Vamos descobrir os Açores juntos!

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Lenda

Conta a lenda que, no cimo da grande cordilheira montanhosa que atravessa a ilha de

São Jorge de lés a lés, erguia-se em tempos um grande e majestoso castelo onde vivia o

belo príncipe Romualdo. Juntamente com a sua corte faustosa, entregava-se a banquetes

e várias diversões sem regras ou pudor, que causavam espanto à população que

trabalhava muito nos vales para se sustentar e à corte de Romualdo.

Como era hábito muitas vezes acontecer, pelos primeiros alvores da madrugada a

trombeta real soou no cimo das torres do castelo. Ecoou através das montanhas,

anunciando uma grande caçada que ira começar logo ao toque das Ave-Marias. Em

frente à porta principal do castelo foram estacionadas as seges, os cavalos, e apareceram

muitos criados, carregados com os apetrechos destinados à caçada.

Os camponeses pobres e maltratados já tinham iniciado mais um dia de trabalho duro

nos campos, quando se deu o segundo toque da trombeta. Esta ecoou na madrugada a

anunciar a comitiva do príncipe que partiu a grande velocidade, rindo de alegria ao

galgar os montes. Assustados com o barulho, os pombos torcazes levantaram voo em

revoada, dos campos e das árvores em redor.

Lina, a amada do príncipe, cavalgava por entre os campos, as urzes e os rochedos, em

perseguição dos pombos que lhes fugiam, e sem se aperceber acabou por se afastar da

comitiva. Quando os caçadores deram pela falta da princesa, pararam a caçada e

puseram-se à procura de Lina, mas a noite caiu e não a encontraram. Com o cair da

noite voltaram ao palácio em silêncio, desanimados e tristes.

Desolado, o príncipe mandou encerrar todas as portas do castelo. Mandou parar todas as

festas e diversões. Durante as noites e dias seguintes só se ouvia sua a voz soluçante que

gritava: "Lina! Lina!", enquanto corria como louco esfarrapado e desgrenhado por

precipícios e ravinas à procura da amada.

Depois de dias de busca, quando voltava ao seu castelo já ao fim do dia, o príncipe

Romualdo viu Lina. O príncipe desceu o precipício e lá no fundo encontrou Lina viva,

que beijou entre lágrimas. Rodeando os seus lindos cabelos louros, tinha muita urze que

ele apanhou para recordação.

Voltou feliz, mas sem nunca mais querer saber de festas. Com o tempo os cortesãos do

castelo começaram a chamar aquela planta "Urze de Lina". Conta ainda a lenda que

passado pouco tempo o príncipe casou. Com o passar dos anos este acontecimento

apagou-se das memórias dos povos e a corte do príncipe Romualdo também. Ficou

apenas a memória da "Urze de Lina".

Para completar este quadro e que para não restasse memória física do acontecimento,

nem sequer do castelo, Deus fez rebentar um vulcão junto aos alicerces do palácio. As

correntes de lava soterraram toda a corte maldosa, destruindo tudo à volta, correndo até

ao mar. Não se sabe, diz a lenda, se por homenagem ao casamento do príncipe, ou pela

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tradição popular, o nome "Urze de Lina" e mais tarde por aglutinação "Urzelina" foi

dado a esta povoação à beira-mar.

Imagens de São Jorge

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Palavras selecionadas para o jogo das sílabas

CAVALO

CASTELO

POBRE

ÁRVORE

URZE

ROCHEDO

POMBOS

CAMPOS

POVO

FESTA

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Reconto da história - Imagens

Atividade da pré - Cartazes

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Cartaz do mês de fevereiro - ALUNOS

FEVEREIRO

Lenda da Lagoa do Negro

ILHA TERCEIRA

Sabes qual é a ilha das touradas?

Vamos descobrir os Açores juntos!

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Cartaz do mês de fevereiro - PROFESSORES

FEVEREIRO

Lenda da Lagoa do Negro

ILHA TERCEIRA

Sabe qual é a ilha das touradas?

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Lenda da Lagoa do Negro

Segundo a lenda, há alguns séculos existia uma família nobre na Terceira que tinha,

como era costume na época, escravos negros. A filha do morgado, habituada a receber

as ordens do pai que eram compridas de forma inquestionável por todos, aceitou com

naturalidade um casamento imposto por conveniência para a união de terras e aumento

do poder.

Era um casamento sem amor mas, por boa educação e honestidade, ela submetia-se ao

marido. No entanto, a morgada tinha um amor proibido por um escravo negro, que lhe

retribuía o sentimento.

Um dia o escravo negro falou com a sua amada e, juntos, chegaram à conclusão que o

seu amor era impossível no mundo em que viviam. Só poderiam viver juntos se

fugissem. No entanto, o marido da morgada tinha ordenado a uma das aias da esposa

que a seguisse por todo o lado. Tendo ouvido a conversa entre a morgada e o escravo,

esta informou o amo, que ordenou aos seus capatazes que prendessem o escravo.

Ao ouvir o ladrar dos cães de caça ao longe, e sabendo que não era dia de caçada, o

escravo desconfiou que andavam à sua procura e pôs-se em fuga pelos campos, em

direcção ao interior da ilha. Após um dia e uma noite em fuga, caminhando por montes,

vales e difíceis veredas, o fugitivo cansado e sentindo os cavalos já próximos, não tinha

mais forças para correr ou sequer andar. Sem ter onde se esconder, resolveu parar e por

ali ficar, abandonando-se à sua sorte.

Começou a chorar, e as suas lágrimas rapidamente se multiplicaram e fizeram nascer

uma linda lagoa à sua frente, aninhada ao lado de uma colina arborizada. Quando se

apercebeu da lagoa, os cavalos já estavam quase sobre ele. Não tendo mais para onde

fugir, atirou-se da colina para as águas escuras e serenas da bela lagoa, onde se salvou.

Ela conseguiu fugir e nunca mais o encontraram. No entanto, e apesar de não terem

ficado juntos amaram-se para sempre!

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Ficha da Banda Desenhada

Lenda da Lagoa do Negro

Terceira

Na Terceira havia uma família

nobre

A filha do morgado foi obrigada a casar com um homem que não

amava.

Ela amava um escravo.

Decidiram fugir.

Mandaram os cães atrás deles.

Foram felizes para sempre.

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Cartazes para o pré-escolar

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Cartaz do mês de março - PROFESSORES

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MARÇO

História do Baleeiro

ILHA DO PICO

Sabe onde fica a montanha mais alta de

Portugal?

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Cartaz do mês de março - ALUNOS

MARÇO

História do

Baleeiro

ILHA DO PICO

Sabes onde fica a montanha mais alta de

Portugal?

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História do Baleeiro

A história passou-se há muito tempo, numa manhã ensolarada na localidade de São João

do Pico, logo depois do raiar da aurora. O sol levantava-se para os lados das Lajes do

Pico e a cor verde dos vinhedos e dos milheirais destacava-se por entre o negro das

pedras queimadas dos vulcões.

Os homens dirigiam-se para as suas terras para a jorna do dia, para sachar o milho, bater

tremoço, apanhar batatas ou cuidar das das uvas. Nas suas cozinhas, as mulheres

preparavam o almoço que naqueles tempos era quase sempre composto por sopas de

bolo, papas de milho ou batata com peixe.

Subitamente soou alarme de baleia à vista. Algures numa das vigias de baleia

estrategicamente colocadas ao longo da costa foram disparados foguetes. Os homens

largaram o que faziam. Os sachos caíram para o chão, os alviões ficaram enfiados na

terra nos locais onde estavam. As burras de milho foram abandonadas com as canas por

amarrar. Os animais foram presos a um galho de árvore próximo e os homens correram

para os cais. As mulheres em casa prepararam uma merenda apressada e também elas

correram para o cais a levar ao comida aos maridos numa saca de retalhos de pano antes

de eles partirem para o mar.

Os primeiros a chegar arriaram os botes baleeiros, pondo-os na água, e partiram assim

que tinham a tripulação completa. No cais, as mulheres ficaram a chorar sem saber se na

luta entre o homem e o grande animal alguém morreria, como frequentemente

acontecia.

Depois de algumas milhas de navegação à vela com o vento a favor, avistaram a baleia

ali próxima. Era uma grande baleia adulta, um espermacete com mais de cem barris de

óleo segundo os cálculos, o que seria uma fortuna. Logo se gerou com grande rebuliço

nos botes, uma baleia daquele porte não se via todos os dias. Representava não só a

comida ganha para muitos dias, mas também um prazer para os homens que estavam

habituados ao mar e à batalha desta pesca.

As velas foram arreadas e os homens começaram a remar para se aproximarem da

baleia, que resfolgava, soltava esguichos de respingos no ar, mergulhava para voltar a

aparecer metros mais á frente. No bote que primeiro se conseguiu pôr em posição, o

arpoador curvara-se para a frente, fixara o olhar na baleia e acertara o arpão.

Ferida, a baleia acelerou o seu nadar, afastando-se do bote e levando no dorso o arpão

amarrado a uma corda forte, que se ia desenrolando de uma selha no fundo do bote. A

corda não teve comprimento suficiente e foi amarrada a uma segunda corda, numa

segunda selha, até que não havia mais cordas. O trancador pegou na parte da corda que

ainda estava na celha e antes que ela acabasse, amarrou-a à sua cintura. Assim, foi

arrancado do bote e levado pelo mar, puxado pela baleia que nadava para o

desconhecido, sem que alguém tivesse tempo de intervir.

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Podendo contar apenas com velas e remos para navegar, os botes não tinham velocidade

para perseguir o animal, mas deram inicio a uma busca provavelmente fútil. Ao chegar

da noite tiveram que rumar para terra, abandonando o trancador. A família deste vestiu-

se de luto e as mulheres choraram e carpiram de dor durante toda noite.

Quando a manhã do dia seguinte nasceu, saíram novamente botes para o mar numa

procura por muitos considerada vã, mas que era necessário, mais que não fosse se não

por descargo de consciência. Era uma tentativa de encontrar o corpo do trancador para

lhe ser dado um enterro digno.

Depois de muitas milhas de afastamento da costa, avistaram na linha do horizonte, que

no mar é sempre baixo, uma mancha negra, e estranhando o fenómeno rumaram para lá.

Ao chegarem encontraram uma grande baleia já morta a flutuar e em cima dela, de pé, o

trancador, encostado ao cabo do arpão.

Perfeitamente bem, disse: "Agora é que vocês chegam? Tenho estado aqui toda a noite à

espera!". Fumava um grosso cigarro, embrulhado em casca de milho, como se estivesse

sentado a uma mesa. Reza a lenda que ele nunca disse o que se passou nem onde foi

buscar o cigarro de folha de milho nem o lume com que o acendeu.

Vídeo do Pico

Link para o vídeo:

http://youtu.be/rUP8lPCufTs

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Cartazes do Pico

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Cartaz do mês de abril - ALUNOS

ABRIL

Lenda da Donzela Encantada

ILHA SANTA MARIA

Sabes onde fica o deserto …?

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Cartaz do mês de abril – PROFESSORES

ABRIL

Lenda da Donzela Encantada

ILHA SANTA MARIA

Sabe onde fica o deserto …?

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Lenda

A história passa-se no lugar de Valverde, junto a uma caudalosa ribeira onde em tempos idos

as mulheres do campo costumavam ir lavar as roupas. Uma lavadeira, que estava com muito

serviço, ficou sozinha fora de horas a lavar roupas até quase ao crepúsculo. Conforme iam

terminando o seu serviço, as outras mulheres tinham ido embora sem que ela se apercebesse.

Concentrada no trabalho, a lavadeira cantarolava algumas melodias, e o som da água a correr

não a deixou ouvir ao principio os murmúrios de uma voz de mulher que se lastimava a um

canto da ribeira. Durante um intervalo para descansar, a lavadeira apercebeu que uma mulher

gemia e chorava baixinho, pedindo socorro. Aproximou-se do lugar e viu uma moça muito

formosa, parecida com umanjo e vestida de um branco translúcido, meia oculta nas hortênsias.

A lavadeira perguntou à por que parecia tão infeliz, ao que esta terá respondido que se

encontrava encantada por uma fada má. Só lhe era permitido aparecer naquele local de sete

em sete anos, por alturas do pôr-do-sol, na esperança de encontrar um jovem que a quisesse

namorar. No entanto, só depois de quebrado o encanto é que lhe podia dizer quem era. Pouco

depois de dizer isto, desapareceu nas sombras e nos ruídos silêncios da água corrente.

Quando a lavadeira contou este acontecimento na sua aldeia, muitos não acreditaram nela,

outros acreditaram. Sete anos depois, foram vários os rapazes de Valverede, que ao pôr-do-sol

foram sentar-se nas margens da ribeira, na esperança de ver a moça encantada. No entanto,

ela nunca mais apareceu.

Imagem da Donzela

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ABRIL - Lista de Ideias para a alteração da história

LUGAR

SÃO MIGUEL

SÃO JORGE

FAIAL

PICO

CORVO

FLORES

PERSONAGEM

CRIANÇA

MULHER

PAI

MÃE

HOMEM

MONSTRO

PRINCESA

REI

RAINHA

O QUE ACONTECE

UM ACIDENTE

UMA POÇÃO MÁGICA

UM SONHO

VEEM UM ANIMAL ESTRANHO

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OBJETOS AO LONGO DA HISTÓRIA

CANETA

LIVRO

COMPUTADOR

ANANÁS

SAPATO

CADEIRA

JOGO

COMO TERMINA

FELIZES

TRISTES

SEPARADOS

MORTE

CASAMENTO

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Cartaz do mês de maio – PROFESSORES

MAIO

Lenda das sete cidades

ILHA DE SÃO MIGUEL

Sabes onde fica a lagoa das sete cidades?

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Cartaz do mês de maio – PROFESSORES

MAIO

Lenda das sete cidades

ILHA DE SÃO MIGUEL

Sabe onde fica a lagoa das sete cidades?

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Lenda

A LENDA DA LAGOA DAS SETE CIDADES Há muitos, muitos anos,

vivia no Reino das Sete Cidades uma pequena Princesa chamada

Antília.

A menina era a filha única de um velho Rei viúvo que era

conhecido pelo seu mau feitio. Senhor das Alquimias e do Saber, o

Rei vivia em exclusivo para a sua filhinha, não gostando que a

Princesa falasse com ninguém. A menina ora estava com o pai, ora

estava com a velha ama que a criara desde o nascimento, altura

em que a Rainha sua mãe falecera.

Os anos foram passando, Antília foi crescendo e um dia já não era

mais aquela menina de

tranças loiras caídas sobre

os ombros, enfeitadas

com flores silvestres;

tinha-se transformado

numa linda jovem, uma

Princesa capaz de

encantar qualquer rapaz

do seu reino.

Contudo, se todos ouviam falar da beleza da jovem

Princesa, eram poucos ou nenhuns os que a

conheciam, pois o Rei não gostava que ela saísse do

castelo nem dos jardins que o circundavam.

Mas Antília não se deixava intimidar pelo pai, e com a

ajuda da velha ama costumava esquivar-se todas as

tardes, enquanto o Rei dormia a sesta depois do

almoço. Saía pelas traseiras, sem que ninguém a visse,

e ia passear pelos montes e vales próximos.

Num desses passeios, andando pela floresta, um dia a

Princesa escutou uma música. A música era tão linda,

encantou-a de tal

forma, que ela se deixou guiar pelo som e foi descobrir um jovem pastor a tocar flauta,

sentado no cimo de

um monte. Era ele o

autor de tanta

maravilha!

A Princesa, encantada, deixou-se ficar escondida a ouvir o jovem a tocar flauta. E ouviu-o

escondida durante semanas, até que o pastor, um dia, a descobriu por detrás de uns arbustos.

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Ao vê-la foi amor à primeira vista, e era recíproco, pois ela também estava apaixonada por ele.

Os jovens continuaram a encontrar-se.

Passavam as tardes a conversar e a rir,

o pastor a tocar para a Princesa e ela a

escutá-lo enlevada, e ambos se

sentiam muito felizes juntos.

Um belo dia o pastor decidiu pedir a

Princesa em casamento.

Logo pela manhãzinha, o jovem bateu

à porta do

Castelo, e pediu

ao criado para

falar com o Rei.

Pouco depois o

criado voltou e levou-o à presença do Soberano. Muito nervoso mas

determinado, o pastor fez-lhe uma vénia e, olhando-o nos olhos,

disse:

- Majestade, gosto muito de

Antília, sua filha, e gostaria de

pedir a sua mão em casamento.

- A mão de minha filha, NUNCA...

OUVIS-TE... NUNCA!- disse o Rei

aos berros.- Criado, põe este

pastor atrevido na rua.

O jovem bem tentou argumentar,

mas ele não o deixava falar, e

expulsou-o do Castelo.

Em seguida o Rei mandou chamar

Antília e proibiu-a de ver o pastor.

Antília mais não fez do que acatar

as ordens do Rei seu pai.

E nessa mesma tarde foi ter com o seu amor e disse-lhe que nunca mais se podiam encontrar.

Os dois jovens choraram toda a tarde abraçados.

As suas lágrimas, de tantas serem, formaram duas lindas e grandes lagoas, uma verde da cor

dos olhos da Princesa, a outra azul da cor dos olhos do pastor.

E ainda hoje estas duas lagoas continuam no Vale das Sete Cidades, na Ilha de São Miguel, lá

nos Açores, para avivar a memória de todos quantos por ali passam, e recordar o drama dos

dois apaixonados.

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Imagens para contar a história

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Imagem para contar a história - sequência

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Vídeo

Link:

http://youtu.be/t6Rbal-Sivw

Questionário

1 – A princesa chamava-se…

a) Antília

b) Miquelina

c) Inês

2 – “A menina era filha única.”

Verdadeiro

Falso

3 – O rei estava sempre…

a) contente

b) triste

c) mal disposto

4 – A menina era loira?

Sim

Não

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5- “A menina era bonita.” Quais os sinónimos da palavra bonita?

Linda

Feia

Gorda

Bela

Formosa

6 – A menina costumava sair do castelo sem o rei saber

Verdadeiro

Falso

7 – Quem ajudava Antília a sair do castelo?

a) Avó

b) Ama

c) Madrinha

8 – Quem encontrou Antília nos seus passeios pela floresta?

a) Pastor

b) Velho

c) Lobo mau

9 – Que instrumento ouviu Antília tocar?

a) Guitarra elétrica

b) Trompete

c) Flauta

10 – Quais as cores das lagoas que se formaram?

Azul e verde

Azul e amarelo

Amarelo e verde

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Mapa utilizado no sótão

Mapas elaborados pelos docentes nas salas de aula

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