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Nesta disciplina trataremos de assuntos como o campo de atuao da Contabilidade, O Balano Patrimonial, a Demonstrao do Resultado do Exerccio e lanamentos contbeis com o objetivo principal de conhecer como feita a elaborao das demonstraes financeiras, e as inter-relaes e interdependncias entre os componentes destas demonstraes e nossa expectativa que voc aprenda bastante. Para facilitar o trabalho, apresentamos na tabela abaixo, os assuntos que devero ser estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a leitura complementar sugerida. No mnimo voc dever buscar entender bastante bem o contedo da leitura fundamental, s que essa compreenso ser maior, se voc acompanhar, tambm, a leitura complementar. Voc mesmo perceber isso, ao longo dos estudos. Contedos (assuntos) e leituras sugeridas Assuntos/mdulos 1 Campo de Atuao da Contabilidade Leituras Sugeridas Fundamental Complementar Noes Pronunciamento Preliminares (Livro Conceitual Bsico texto: cap.1) Estrutura Conceitual CPC Contabilidade (Marion, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. Atlas, cap. 1) Patrimnio (Marion, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. Atlas, cap. 2) Lei n 6.404/1976. Lei n 11.638/2007. Lei n 11.941/2009. Esttica CPC 26 Patrimonial: O Apresentao das Balano (Livro texto: Demonstraes cap.2) Contbeis Balano Patrimonial (Marion, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. Atlas, cap. 4) Contabilidade por Balanos Sucessivos (Marion, Jos Carlos. Contabilidade Bsica.

2 O Balano Patrimonial

3 Registros Contbeis Que Envolvem Ativo Passivo Patrimnio Lquido 4 Demonstrao do Resultado do Exerccio

Procedimentos Contbeis Bsicos Segundo o Mtodo das Partidas Dobradas (Livro texto: cap.3) As Variaes do Patrimnio Lquido (Livro texto: cap.4)

Atlas, cap. 9) Contabilizao das Contas de Balano (Marion, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. Atlas, cap. 10) Demonstrao do Resultado do Exerccio (Marion, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. Atlas, cap. 7)

Nota: ver as referncias bibliogrficas, para maior detalhamento das fontes de consulta indicadas Referncias bibliogrficas Livro texto Iudcibus, Srgio de (Coord) Contabilidade Introdutria, Atlas: 2009 Outras referncias Brasil, Lei n 6.404/1976. Brasil, Lei n 11.638/2007. Brasil, Lei n 11.941/2009. CPC Comit de Pronunciamentos Contbeis. Pronunciamento Conceitual Bsico Estrutura Conceitual, 2009. CPC Comit de Pronunciamentos Contbeis. CPC 26 - Apresentao das Demonstraes Contbeis, 2009. CPC Comit de Pronunciamentos Contbeis. CPC 32 - Tributos sobre o Lucro, 2009. Marion, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. Atlas: 2009 Reis, Arnaldo. Demonstraes Contbeis: estrutura e anlise. Saraiva: 2003

Mdulo 1 Conceito objetivo usurios da Contabilidade

1. Noes Preliminares 1.1. Introduo 1.2. Os Objetivos da Contabilidade 1.2.1. Conceito e Usurio da Contabilidade 1.2.2. Os Objetivos da Contabilidade 1.2.3. Os Atributos da Informao Contbil 1.2.4. Tcnicas Contbeis 1. Noes Preliminares

Com o advento da globalizao e da desregulamentao da economia na maioria dos pases do primeiro mundo, a inovao tecnolgica, e, principalmente da tecnologia da informao, houve um conseqente desenvolvimento e expanso do mercado de capitais em termos globais, principalmente a partir da ltima dcada do sculo passado. A informao contbil tornou-se ainda mais importante no processo decisrio das empresas, tanto para os usurios internos scios e administradores , quanto para os demais usurios externos investidores, financiadores, fornecedores, governos e o pblico em geral. A contabilidade , atualmente, um instrumento fundamental para auxiliar a administrao moderna, e tem como principal objetivo a gerao de informaes para embasar as decises a serem tomadas, bem como o de reduzir o seu grau de incerteza. Para isso, identifica, registra, mensura, e possibilita a anlise e predio dos eventos econmicos que alterem o patrimnio de uma empresa. Uma organizao que no disponha de um sistema contbil gil e eficaz para evidenciar as oscilaes e mutaes relevantes em seu patrimnio e no resultado de suas operaes e transaes, em resposta s ameaas e oportunidades impostas pelo atual ambiente dos negcios, no estar apta a garantir a continuidade do empreendimento no tempo. Assim, as informaes, geradas pela contabilidade e relatadas atravs das Demonstraes Contbeis e demais relatrios financeiros, so ferramentas imprescindveis para o entendimento da posio passada, da situao atual e,

principalmente, das expectativas futuras, garantindo dessa forma, aos usurios e gestores responsveis pelos destinos da organizao, informaes para instruir o processo decisrio com um grau de confiabilidade compatvel com o atual ambiente econmico e mercadolgico. Nesse sentido, percebe-se que o grau de confiabilidade nas informaes de natureza contbil e financeira permite uma viso da estratgia dos planos da empresa bem prximos da realidade atual e tambm estimar posies e situaes futuras. A confiabilidade nas informaes de natureza contbil , portanto, de primordial importncia, para todos os que pretendam relacionar-se com a organizao, quer como acionistas, financiadores, gestores, fornecedores, empregados e demais entidades. Diante disso, nota-se que a responsabilidade dos contadores que preparam as informaes contbeis nesse processo imensa, tanto em termos da responsabilidade quanto da competncia tcnica. A credibilidade nas informaes apresentadas est diretamente ligada pessoa do preparador de tais informaes, capacidade e tica profissional. Existe uma fronteira muito tnue e nebulosa que separa o que legal do que moral. Nem sempre as duas coisas, em se tratando de informaes contbeis e financeiras, andam, necessariamente juntas. Uma das principais caractersticas do contador o grau de liberdade para escolher, em sua opinio, a melhor alternativa para resolver um problema contbil; e por isso que podemos afirmar que trs contadores fazendo a contabilidade da mesma empresa chegaro, fatalmente, a trs resultados diferentes, a no ser que um copie do outro. Nesse contexto, a imposio do valor social da contabilidade abriga preceitos ticos nas diversas relaes pessoais, interpessoais e institucionais, as quais tendem a influenciar as mudanas no mbito conceitual e da ao do educador. Ao educador cabe a tarefa de alertar para a urgente necessidade de um reforo nas normas e no cdigo de tica da conduta do profissional de Contabilidade.

1.2. Os Objetivos da Contabilidade 1.2.1. Conceito e Usurio da Informao Contbil

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (CFC, 2000, p.101) a Contabilidade uma cincia social, cujo objeto o Patrimnio das entidades. A contabilidade busca, por meio da apreenso, da quantificao, da classificao, do registro, da demonstrao, da anlise e relato das mutaes ocorridas nos patrimnios e gerar informaes qualitativas e quantitativas. As informaes geradas pela Contabilidade devem propiciar os seus usurios base segura s suas decises pela compreenso do estado em que se encontra a entidade ou a empresa, seu desempenho, sua evoluo, riscos e oportunidades que oferece. Segundo a mesma norma, os usurios da Contabilidade so todas as pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, internas ou externas - com interesse na entidade, sejam: administradores, scios ou acionistas, empregados, fornecedores, financiadores e demais credores, clientes, governos nos diversos nveis, integrantes do mercado financeiro e de capitais, alm dos meios de comunicao e do pblico em geral.

1.2.2. Objetivos da Contabilidade O Conselho Federal de Contabilidade CFC, apud Iudcibus (1995, p.100), atravs da Resoluo 774/99, que trata do Objetivo da Contabilidade, aponta que O objetivo cientfico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentao do Patrimnio e na apreenso e anlise das causas de suas mutaes. Esse um enfoque que sintetiza e procura demonstrar a lgica das informaes fornecidas pela Contabilidade aos seus usurios internos e externos. Nessa mesma linha de raciocnio, o IASC Internacional Accounting Standards Committee, que a Comisso internacional de Normas Contbeis, elaborou uma estrutura conceitual denominada Framaework for the Preparation and Presentation of Financial Statments (1999, p.46) quando definiu, de forma mais ampla, o objetivo da Contabilidade: dar informaes contbeis sobre a posio financeira, os resultados e as mudanas na posio financeira de uma empresa que sejam teis a um grande nmero de usurios em suas tomadas de decises.

1.2.3. Os Atributos da Informao Contbil De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (CFC, 2000, p.102), a informao contbil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz e eqitativa de forma a satisfazer as necessidades comuns a um grande nmero de diferentes usurios, no podendo privilegiar deliberadamente nenhum deles, pelo fato desses interesses no serem sempre coincidentes. Determina ainda, a mesma norma, que a informao deve propiciar revelao suficiente sobre a entidade para que o usurio se sinta informado. Os atributos indispensveis para que isso ocorra so os seguintes: Confiabilidade Tempestividade Compreensibilidade, e Comparabilidade. O atributo da Confiabilidade o que faz com que o usurio, interno ou externo, aceite a informao contbil e a utilize como base de decises, configurando um elemento essencial na relao entre o usurio e a prpria informao. A confiabilidade e a relevncia da informao contbil, de acordo com o FASB Financial Accounting Standards Board, apud Hendriksen & Breda (1999, p.97) so as principais qualidades especificas s decises, a capacidade que a informao tem de fazer a diferena numa deciso. A confiabilidade fundamental nas decises. A informao contbil, quanto mais relevante, mais confivel deve ser. Diante disso, conclui-se que o objetivo da Contabilidade fornecer informaes que sejam teis aos diversos segmentos de usurios, objetivando auxilia-los no processo decisrio Para que a informao seja considerada til, deve ser confivel. A confiabilidade, segundo Iudcibus (1999, p.100), o CFC, o FASB e o IASC organismos de normatizao e emisso de pronunciamentos sobre Princpios e Normas Contbeis no Brasil, nos EUA e no resto do mundo - o atributo mais importante o da Confiabilidade.

O atributo da Tempestividade refere-se ao fato de a informao contbil dever chegar ao conhecimento do usurio em tempo hbil para sua utilizao. A Compreensibilidade se refere a que a informao deve ser exposta de forma mais compreensvel aos diferentes usurios, ou seja, deve ser entendida por todos os usurios da informao contbil. A Comparabilidade da informao contbil um atributo que deve possibilitar ao usurio o conhecimento da evoluo do patrimnio da entidade ao longo do tempo. Segundo o citado trabalho do International Accounting Standards Committee (IASC) intitulado Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements, a relevncia tambm uma das caractersticas ou qualidades mais importantes da informao contbil. Relevncia quer dizer evidenciar valores relevantes. A informao, para ser til, precisa ser relevante. Deve ter a qualidade da relevncia para influenciar nas decises econmicas dos usurios, ajudando-os a avaliar eventos passados, presentes ou futuros, ou confirmando ou corrigindo avaliaes passadas (deve evidenciar os custos, preos, obrigaes e outras operaes planejadas).

1.2.4. Tcnicas Contbeis Para atingir os seus objetivos a contabilidade se utiliza tcnicas prprias, como por exemplo: ESCRITURAO; DEMONSTRAES CONTBEIS; ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS; AUDITORIA.

Escriturao - tcnica que consiste no registro de todos os fatos que influem na composio do patrimnio. A escriturao envolve metodologia apropriada, a planificao dos elementos patrimoniais, a utilizao de livros e registros apropriados em obedincia legislao civil e societria, tributria, trabalhista e previdenciria, e aos princpios e normas contbeis.

Elaborao de demonstraes contbeis Para que se tenha uma viso abrangente e consolidada da situao patrimonial econmica e financeira - da entidade. Auditoria Contbil A tcnica de verificao e avaliao da qualidade e confiabilidade dos registros e dos demonstrativos contbeis. Anlise das Demonstraes Contbeis - a tcnica pela qual verifica-se a capacidade de pagamento da empresa, o grau de solvncia, a evoluo da empresa, a estrutura patrimonial e outras anlises econmicas e financeiras. Pela anlise de balanos possvel comparar a situao da empresa com outras dentro de sua rea de atuao. Estuda e pesquisa ndices teis para os usurios da informao contbil, auxiliando na comparao peridica da evoluo da entidade no tempo.

1.3. A evoluo do conhecimento Contbil SOCIEDADE PRIMITIVA CENRIO MUNDIAL: Economia baseada na agricultura e pecuria, individual ou restrita a pequenos grupos. REFLEXOS NA CONTABILIDADE: contagem fsica dos bens. Contabilidade para o proprietrio. SOCIEDADE AGRCOLA CENRIO MUNDIAL: Economia baseada na agricultura; mtodo de produo artesanal; incio das relaes comerciais com o advento das descobertas martimas; formao de sociedades comerciais denominadas Comandita. REFLEXOS NA CONTABILIDADE: necessidade de controle mais apurado em virtude das expedies martimas; investimentos contabilizados no incio das expedies e resultado apurado aps a venda das mercadorias para atender s necessidades dos scios e do estado, para controle dos impostos. SOCIEDADE INDUSTRIAL CENRIO MUNDIAL: Economia baseada no capital e no trabalho; mecanizao do

trabalho e produo em srie; formao de grandes empresas na rea industrial e de prestao de servios; obrigatoriedade de pagamento de impostos para pessoas fsicas e para pessoas jurdicas; Administrao cientfica; as duas grandes guerras mundiais. REFLEXOS NA CONTABILIDADE: Sistemas de informaes contbeis; sistemas de informaes gerenciais; divulgao de relatrios para atender aos acionistas, gerentes e governo; auditoria externa; separao dos custos da produo; reconhecimento sistemtico da depreciao; organizao formal de institutos e rgos contbeis; realizao do oramento governamental e formas de controle e divulgao; mensurao de custos, produtos e performance gerencial. Primeiro trabalho sistemtico abordando o Goodwill. SOCIEDADE DO CONHECIMENTO CENRIO MUNDIAL: Economia globalizada; recurso do conhecimento; informatizao da produo e do trabalho; difuso da tecnologia da informao e das telecomunicaes. REFLEXOS NA CONTABILIDADE: harmonizao das normas internacionais de contabilidade; sistema de informaes contbeis para decises estratgicas; novas formas de mensurao do valor da empresa.

A Contabilidade pode ser definida como um sistema de informao e avaliao que tem por objetivo prover a seus usurios demonstraes e anlises de carter econmico, financeiro, fsico e de produtividade com relao entidade objeto.

Desta forma, a contabilidade trata da classificao de eventos econmicos que venham a alterar a situao patrimonial da entidade segundo o regime de competncia, ou seja, de acordo com a ocorrncia do fato gerador dessa variao do patrimnio de forma a auxiliar na gesto (estes conceitos sero aprofundados mais a frente).

A forma mais clssica de registro desses eventos foi formalizada pelo frei Luca Pacioli em 1494. Em sua suma sobre matemtica e proporcionalidades, Luca Pacioli apresenta como os comerciantes da poca poderiam registrar as transaes comerciais, destacando a dualidade de cada transao na relao custo vs. benefcio dada pelo sistema de partidas dobradas.

Assim, sendo a Contabilidade uma cincia que tem por objetivo fundamental prover informao tomada de deciso em diversos nveis, tanto interna quanto externamente s instituies, sejam elas empresas de pequeno, mdio ou grande porte, ou mesmo outros tipos de entidade que objetivem ou no o lucro, estas instituies tem em comum a contabilidade como ferramenta de gesto e principal linguagem de comunicao dos fatos econmicos e da influncia direta em suas atividades.

Posteriormente, a Contabilidade apresentou ramificaes, de acordo com a finalidade da informao requisitada, tornando-se mais especfica, sendo dividida em 2 grandes reas: Contabilidade Financeira: tambm conhecida como Contabilidade Societria, esta rea da contabilidade visa o registro da situao patrimonial e suas alteraes; e Contabilidade Gerencial: rea que objetiva a mensurao dos resultados e custos relativos atividade fim da entidade, atualmente existem diversas metodologias de custeio.

Neste momento, iremos nos restringir ao estudo da Contabilidade Financeira apenas.

Uma das grandes dicotomias da contabilidade se refere ao grau de conhecimento especfico necessrio ao usurio da informao, quanto maior for esse mais fcil ser a

compreenso da informao contbil, mas sendo um dos objetivos fundamentais da contabilidade a compreensibilidade e sendo grande parte dos usurios da contabilidade leigos das terminologias e tcnicas utilizadas por essa cincia, na mensurao monetria das atividades, fica difcil estabelecer um limite que separe a terminologia tcnica do conhecimento geral.

O Statement of Financial Accounting Concepts no 2 (SFAC no 2), editado em 1980 pelo Financial Accounting Standards Board (FASB) determina que ... os benefcios da informao podem ser aumentados se a tornarmos mais compreensvel e, assim, til para um crculo maior de usurios ..., mostrando assim que a informao contbil deve atingir o maior nmero de usurios possvel, mas isso no deve significar necessariamente perda de informao durante o processo de transformao ou mesmo simplificao da informao.

Para tanto as entidades vm publicando seus Relatrios Anuais, normalmente divididos em duas partes: (1) as Demonstraes Financeiras, compostas pelo Balano Patrimonial, Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE), Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC), Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido (DMPL) e Demonstrao de Valor Agregado (DVA), alm de outras demonstraes, todas essencialmente numricas e; (2) os Relatrios da Administrao, onde so realizadas anlises textuais referentes s demonstraes contbeis sob diversos aspectos de sua situao, como liquidez, rentabilidade, endividamento, por exemplo.

QUESTES OBJETIVAS Conceito objetivo usurios da Contabilidade 1)contabilidade sempre existiu: a) para o governo b) para as instituies financeiras c) para a tomada de decises

d) para os advogados e para economistas em geralSugesto de pesquisa: Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

2 Como usurios da contabilidade das empresas temos: a)Investidores, governo, administradores b) Administradores, investidores, UNICEF c) Banqueiros, FMI, investidores d) Governo, banqueiros, comunidade de base e)Governo, banqueiros, comunidade de baseSugesto de pesquisa Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas

4)A contabilidade registra a) Os fenmenos econmicos que afetam o patrimnio das aziendas, provocados ou consentidos pela administrao; b) Os fenmenos econmicos e no econmicos que afetam o patrimnio das aziendas, provocados, consentidos ou no pela administrao; c) Os fenmenos econmicos e no econmicos que afetam o patrimnio das aziendas provocados/consentidos pela administrao; d) Os fenmenos econmicos que afetam o patrimnio das aziendas, provocados, consentidos ou no pela administrao; e) Os fenmenos econmicos que no afetam o patrimnio das aziendas, provocados pela administrao.Sugesto de pesquisa Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

4) De todas, a mais importante finalidade da contabilidade, ressalte-se, modernamente, a de:

a) Servir de base para a apurao e tributao do imposto de Renda; b) Possibilidade de cumprimento das exigncias da Legislao Comercial; c) Ter conseguido um refinamento na linguagem e nos procedimentos adotados; d) Constituir instrumento essencial nas funes de planejamento e controle para a empresa; e)Construir instrumento essencial nas funes de melhor atender governo e reparties pblicas.Sugesto de pesquisa : Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

5) O campo de aplicao e o objeto da contabilidade: a) confundem-se; b) So distintos, pois o primeiro o patrimnio e o segundo a azienda c) Podem ser dissociados, pois o primeiro independe da existncia do segundo; d) So distintos, pois o primeiro a azienda e o segundo o patrimnio; e) So distintos, pois o primeiro o patrimnio e o segundo a informao.Sugesto de pesquisa: Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

6) A palavra AZIENDA comumente usada na Contabilidade como sinnimo de fazenda, na acepo de: a) Conjunto de bens e haveres; b) Mercadorias c) Finanas pblicas d) Grande propriedade rural; e) Patrimnio considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes de adminastrao e disponibilidade.Sugesto de pesquisa: Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

7) Diante dos seguintes enunciados" O patrimnio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando todas as ocorrncias nele verificadas." "Estudar e controlar o patrimnio para fornecer informaes sobre sua composio e variaes, bem como sobre o resultado econmico decorrente da gesto da riqueza patrimonial." As proposies indicam, respectivamente:

a) O objeto e a finalidade da Contabilidade b) A finalidade e o conceito da Contabilidade c) O campo de aplicao e o objeto da Contabilidade d) O campo de aplicao e o conceito da Contabilidade. e)A finalidade e as tcnicas contbeis da Contabilidade.Sugesto de pesquisa : Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

8) A finalidade da Contabilidade : a) O Patrimnio. b)Permitir o estudo e o controle do patrimnio. c)Registrar os fatos administrativos visando a elaborao do balano Patrimonial. d)Permitir aos seus usurios a obteno de informaes de natureza econmica e financeira acerca da entidade. e)Analisar as informaes contbeis.Sugesto de pesquisa : Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

9) funo econmica da Contabilidade: a)Apurar lucro ou prejuzo; b) Controlar o patrimnio;

c) Evitar erros e fraudes; d) Efetuar o registro dos fatos contbeis; e) Verificar a autenticidade das operaes.Sugesto de pesquisa : Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

10) O Objeto da Contabilidade : a)O Balano Patrimonial. b)A Escriturao Contbil. c)O Patrimnio. d)O Registro dos Fatos Administrativos. e)A Planificao Contbil.Sugesto de pesquisa : Captulo 1 Noes Preliminares do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 3 A Contabilidade como Cincia do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

QUESTES SUBJETIVAS Conceito objetivo usurios da Contabilidade Questo discursiva: Discuta os objetivos da Contabilidade como forma de informao ao usurio.

Padro de Resposta: Uma boa anlise a indicada pelo FAZ (1980): ... os benefcios da informao podem ser aumentados se a tornarmos mais compreensvel e, assim, til para um crculo maior de usurios ..., mostrando assim que a informao contbil deve atingir o maior nmero de usurios possvel, mas isso no deve significar necessariamente perda de informao durante o processo de transformao ou mesmo simplificao da informao.

Mdulo 2 Esttica Patrimonial, Ativo Passivo e Patrimnio Lquido 2. A Esttica Patrimonial: o Balano 2.1. O Ativo

2.2. O Passivo 2.3. O Patrimnio Lquido 2.4. Fontes de Patrimnio Lquido 2.5. Equao Fundamental do Patrimnio 2.5. Configuraes do Estado Patrimonial 2.7. Representaes Grficas do Estado Patrimonial 2.8. Situao Lquida 2.9. Conceituao: As Vrias Configuraes do Capital

2.

A Esttica Patrimonial: O BalanoUm dos princpios fundamentais da Contabilidade o Princpio da Entidade. A

contabilidade deve tratar a pessoa jurdica da empresa como distinta das pessoas fsicas e/ou jurdicas de seus proprietrios. O objetivo da Contabilidade medir o desempenho da entidade, muito embora o que for til para a empresa usualmente seja til para os proprietrios. O Balano Patrimonial uma importante demonstrao contbil, por meio do qual pode-se apurar (atestar) a situao patrimonial e financeira da empresa em um determinado momento. O BP evidencia claramente o Ativo, o Passivo e o Patrimnio Lquido da entidade, como pode ser observado no exemplo abaixo:

Comercial Foz do Iguau Ltda.

Balano Patrimonial em 31.12.20X1Em R$ milATIVO PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDO

Caixa Bancos Ttulos a Receber Estoque de Materiais Terrenos VeculosTotal

1.000

PASSIVO 800 Ttulos a Pagar 3.000 Fornecedores 3.000 PATRIMNIO LQUIDO 1.700 Capital 500 Lucros Acumulados10.000 Total

3.500 1.800

5.300

4.000 700 4.70010.000

O Balano Patrimonial demonstra os bens e os direitos (do lado do Ativo) e as obrigaes (do lado do Passivo).

2.1. AtivoO Ativo compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda: Caixa, Bancos (ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas), Imveis, Veculos, Mquinas e Equipamentos, Estoques de Mercadorias, Ttulos a receber e Clientes devedores da entidade em virtude de transaes de crdito ou vendas a prazo . Esses so alguns bens e direitos que a maioria das empresas normalmente possuem. Os elementos do Ativo so discriminados do lado esquerdo do BP. Bens: So coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas. Podem ser: (a) Bens de uso, so aqueles utilizados equipar a empresa para que possa realizar o seu objetivo empresarial, so os mveis, imveis, utenslios, mquinas, equipamentos, ferramentas, computadores, veculos, balco, prateleiras e demais instalaes comerciais, industriais, agrcolas, etc. (b) Bens de consumo, so os bens adquiridos para serem consumidos nas atividades da empresa de forma imediata e integral na manuteno de sua atividade e do seu funcionamento, so os materiais de consumo no escritrio, na manuteno e na limpeza geral; os combustveis e lubrificantes, impressos e formulrios, etc. E por ltimo (c) os Bens de Troca (ou de Venda), so os bens adquiridos ou produzidos com o objetivo de serem vendidos, isto , trocados por dinheiro, como por exemplo: as mercadorias para revenda e os produtos fabricados para serem vendidos. Os Bens podem ser classificados tambm em mveis e imveis, materiais (tangveis) e imateriais (intangveis). Nesse ltimo so classificadas as Marcas, Patentes de Inveno, o Goodwill (fundo de comrcio), etc.

Direitos: Constituem direitos para a entidade ou empresa, todos os valores que ela tem a receber de terceiros principalmente dos clientes. Os direitos, geralmente, vm seguidos da expresso a Receber, por exemplo: Duplicatas a Receber, Ttulos a Receber, Aluguis a Receber, Comisses a Receber. Os valores aplicados em instituies financeiras aplicaes em bancos - tambm so direitos que as empresas tem a receber.

2.2. PassivoO Passivo compreende basicamente as obrigaes a pagar. composto pelos valores que a empresa deve a terceiros: Ttulos a Pagar, Fornecedores, Salrios a Pagar, Impostos a Pagar so algumas das obrigaes assumidas normalmente pela entidade. Por isso chamado de Passivo Exigvel. Os elementos do Passivo esto discriminados do lado direito do BP. Obs: Em relao aos valores a receber (direitos) e a pagar (obrigaes), necessrio o entendimento dos conceitos de DOMNIO e POSSE. Anglico (1982, p.13) esclarece que: Quando somos o legtimo proprietrio de um bem, dizemos que temos DOMNIO sobre esse bem; e, estando ele em nosso poder, dizemos ter-lhe a POSSE. Podemos ter a posse de um bem sem exercer sobre ele domnio; ou, inversamente, exercer domnio sobre um bem sem que lhe tenhamos a posse. Nessa hiptese, temos o DIREITO de reivindicar a posse; no caso anterior, temos a OBRIGAO de transmitir a posse.

2.3. Patrimnio LquidoO Patrimnio Lquido diferena entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade em um determinado momento. Exemplo: Se a empresa tem um ativo de . R$ 10.000 e um Passivo de . . . R$ 5.300 O Patrimnio Lquido da empresa ser de R$ 4.700

Representao Grfica do Patrimnio

Ativo Lado

Passivo e Patrimnio Lquido

Lado

2.4. Fontes de Patrimnio LquidoO Patrimnio Lquido de uma empresa pode ser proveniente (formado) das seguintes fontes: a) Investimentos efetuados pelos proprietrios em troca de aes ou cotas participao. b) Lucros acumulados na empresa como fonte (adicional) de financiamento das atividades da entidade. Obs: inicialmente trataremos apenas dos Investimentos realizados pelos scios. Os Lucros Acumulados sero estudados posteriormente no Captulo 4.

2.5. Equao Fundamental do PatrimnioO BP a representao quantitativa do patrimnio de uma empresa. Sabe-se que o Patrimnio o conjunto de Bens, Direitos e Obrigaes de uma entidade. Por isso que o balano denominado Balano Patrimonial.

PATRIMNIO LQUIDO = ATIVO - PASSIVO

J que na maioria das entidades o Ativo (Bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigaes), a representao mais comum de seu patrimnio (BP) assume a forma:

ATIVO = PASSIVO + PATRIMNIO LQUIDO

(LADO ESQUERDO)

(LADO DIREITO)

Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o Passivo a Descoberto, ou o chamado Patrimnio Lquido Negativo.

ATIVO + PASSIVO A DESCOBERTO = PASSIVO

2.6.

Configuraes do estado patrimonial

Uma balana de dois pratos em que se coloca no da esquerda o Ativo e no da direita o Passivo poder ilustrar o estado patrimonial. Se ambos tiverem valores iguais o equilbrio estar conseguido. Mas como normalmente o Ativo e Passivo apresentam valores diferentes, a balana pender, fatalmente, para um dos lados. O peso (valor) que for colocado apenas para a obteno do equilbrio o que se chama de Patrimnio Lquido e est do lado de menor valor.

Ativo(Lado Esquerdo) A

Ativo = Passivo Patrimnio Lquido = 0

Passivo e PL

Ativo > Passivo Patrimnio Lquido > 0

Ativo = Patrimnio Lquido Passivo = 0(Lado Esquerdo)A P

(Lado Direito) Obrigaes

(lado (Lado Esquerdo) Esquerdo)

Ativo < Passivo Patrimnio Lquido < 0 A + PL A (situao de Passivo a Descoberto)Bens e Direitos

(Lado (Lado Direito) Direito)P P + PL PL

Aps essas consideraes passaremos a realizar algumas operaes de uma empresa e preparar um BP aps cada operao e observaremos tambm a contnua igualdade entre os dois lados do Balano. 1 Operao Subscrio do Capital Social Algumas pessoas resolvem constituir uma empresa. Essa empresa ser denominada Eletrnica ET Ltda., com o capital subscrito e integralizado em dinheiro de R$4.000 (dividido em 40 cotas $100 cada uma). A empresa iniciou suas atividades em 15.jan.20x1, dedicando ao ramo de prestao de servios de consertos e reparos de aparelhos eletrnicos e eletrodomsticos. Aps a subscrio e integralizao do capital social, o BP ficou:

Eletrnica ET Ltda.

Balano Patrimonial em 15.01.20x1ATIVO PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDO

Caixa

4.000

Patrimnio Lquido Capital Subscrito

4.000 4.000

Total

4.000 Total

A entidade recebe um Ativo (Caixa) no valor de R$4.000 e, em contrapartida, forma um Patrimnio Lquido Inicial. O BP apresenta o seguinte aspecto em 31.01.20x1, data de integrao do capital social. No exemplo da balana, teramos: (lado esquerdo) Ativo Caixa: 4.000 (lado direito)Passivo = 0Patr.Lquido=

Capital 4.000

2 Operao aquisio de um imvel A empresa resolve adquirir em 10.01.20x1, pagando vista, um imvel de dois pavimentos para abrigar suas instalaes, por R$1.200. Com essa transao a empresa adquiriu um novo Ativo (Imveis), em contrapartida viu seu dinheiro (Caixa) diminudo no mesmo valor. Aps essa transao imobiliria, o BP passou a se apresentar:

Eletrnica ET Ltda.

Balano Patrimonial em 15.01.20x1ATIVO PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDO

Caixa ImveisTotal

2.800 1.200 4.000

PATRIMNIO LQUIDO Capital Total

4.000 4.000

3 Operao Compra de materiais Para realizar suas atividades a empresa necessitar adquirir materiais, que sero estocados, para posterior utilizao, quando for prestar servios aos seus clientes. Os materiais foram adquiridos em 05.02.20x1, de uma empresa, do mesmo ramo, em processo de liquidao (baixa). Essa empresa, por estar encerrando suas atividades, os materiais foram arrematados pelo valor de R$2.000, embora o valor de mercado desses materiais seja de aproximadamente R$2.800. Na contabilidade os valores do ativo devem ser registrados pelo valor do seu custo de aquisio no importando o valor de mercado do bem, se este for maior. Conseqentemente esses

materiais, quando forem consumidos na prestao de servios, sero considerados pelo valor de aquisio constante na Nota Fiscal de compra. Assim, o material adquirido figurar no BP pelo preo de custo (compra) de R$2.000. Nenhum pagamento foi feito ao fornecedor, a compra foi realizada a prazo, o pagamento dever ser feito da seguinte forma: R$1.300 com 30 dias (a vencer em 05.03.20x1) e o restante dos R$700 com 60 dias (a vencer em 05.05.20x1). Por essa transao a empresa adquiriu um novo Ativo (Materiais) e assumiu um Passivo, uma obrigao de pagar (Fornecedores). Aps isso, o BP ficou:

Eletrnica ET Ltda.

Balano Patrimonial em 05.02.20x1ATIVO PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDO

Caixa Imveis Estoque de Materiais

2.800 1.200 2.000

PASSIVO Fornecedores PATRIMNIO LQUIDO Capital

2.000

4.000 6.000

Total

6.000

Total

4 Operao Compra de Veculo A Eletrnica ET Ltda, resolve adquirir um veculo para coletar e entregar os aparelhos eletrnicos consertados de seus clientes. Comprou, ento, em 20.02.20x1, da Mutuca Veculos Ltda, um fusquinha, vista, por R$200. Aps essa nova transao, a empresa adquiriu um novo Ativo (Veculos) e seu dinheiro (caixa) diminuiu no mesmo valor. O BP da empresa ficar agora:

Eletrnica ET Ltda.Balano Patrimonial em 20.02.20x1

ATIVO Caixa Imveis Estoque de Materiais Veculos 2.600 1.200 2.000 200

PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDOPASSIVO Fornecedores PATRIMNIO LQUIDO Capital

2.000

4.000

Total

6.000

Total

6.000

5 Operao Venda de parte do Imvel Os administradores da empresa, verificando que o prdio adquirido para o funcionamento da entidade estava superdimensionado, resolveram vender o pavimento superior para o Sr. Silva, em 23.02.20x1, por R$600. Para formalizar a transao, foi assinados um contrato de compra e venda, e o Sr Silva emitiu duas Notas Promissrias para representar o direito da empresa receber os R$600, a saber: R$400 em 10.03.20x1 e o restante R$200 em 10.04.20x1. Esses direitos so denominados de Ttulos a Receber. Essa operao ocasionou reduo no Ativo Imveis e o BP ficou:

Eletrnica ET Ltda.

Balano Patrimonial em 23.02.20x1ATIVO PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDO

Caixa Imveis Estoque de Materiais Veculos Ttulos a receberTotal

2.600 600 2.000 200 600 6.000

PASSIVO Fornecedores PATRIMNIO LQUIDO Capital

2.000

4.000

Total

6.000

6 Operao Pagamento de Obrigao (dvida) Em 05.03.20x1, a Eletrnica ET Ltda. pagou a parcela de R$1.300 relativa sua dvida assumida com o fornecedor dos materiais adquiridos em 05/02. Esta operao diminuiu o Passivo (Fornecedores) e tambm o dinheiro disponvel (Caixa). Em decorrncia dessa operao o BP ficou:

Eletrnica ET Ltda.

Balano Patrimonial em 05.03.20x1Em R$ mil

ATIVO

PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDO

Caixa Imveis Estoque de Materiais Veculos Ttulos a receberTotal

1.300 600 2.000 200 600 4.700

PASSIVO Fornecedores PATRIMNIO LQUIDO Capital

700

4.000

Total

4.700

7 Operao Recebimento de Direito Em 10.03.20x1, foram recebidos $400 do Sr. Silva. Esse fato contribuiu para aumentar o dinheiro em Caixa (Ativo) e diminuir os Ttulos a Receber (Ativo). Depois de realizada a operao o BP fica:

Eletrnica ET Ltda.

Balano Patrimonial em 10.03.20x1ATIVO PASSIVO e PATRIMNIO LQUIDO

Caixa Imveis Estoque de Materiais Veculos Ttulos a receberTotal

1.700 600 2.000 200 200 4.700

PASSIVO Fornecedores PATRIMNIO LQUIDO Capital

700

4.000

Total

4.700

2.7.

Representao Grfica dos Estados Patrimoniais

Como j foi visto o Patrimnio Lquido (PL) a diferena algbrica entre o Ativo (A) e o Passivo (P). No tem sentido se falar em Ativo ou Passivo negativo. Assim, os elementos patrimoniais podero assumir os seguintes valores:

A 0

P 0

PL > ou 0

Com base na equao do balano (A P = PL) pode, ento, concluir que, em dado momento, o patrimnio assume um do cinco estados: 1) Quando A > P A = P + PL A $100 P $80 PL $20 Revela a existncia de riqueza prpria teremos PL > 0

2) Quando A > P e P = 0, teremos PL > 0A = PL A

PL $100

Revela inexistncia de dvidas (Passivo); logo, propriedade plena de Ativo.

$100 3) Quando A = P, teremos PL = 0A = P A

P $100

Revela inexistncia de riqueza prpria. O Ativo se iguala ao Passivo. 4) Quando P > A, teremos PL < 0.

$100

A + PL = P

A $100 PL ($20)

P $80

Revela m situao, existncia de Passivo a Descoberto. Denominao tecnicamente mais correta que PL negativo

5 Quando P > A e A = 0, teremos PL < 0.PL = P

PL

P $20

Revela inexistncia de Ativo, inexistncia de bens e/ou direitos. Apenas dvidas (obrigaes).

As situaes mais comumente encontradas nas empresas em atividade so as de n 1 e 4. As demais podero ser verificadas em situaes especiais ou apenas momentaneamente. Entretanto, outros enfocam o mesmo assunto estados patrimoniais sob outros pontos de vista, como poder ser visto adiante.

($20)

2.8.

Situao Lquida

Em muitos livros de Contabilidade, apenas trs situaes (chamadas de Situaes Lquidas) so apontadas: 1a SITUAO: ATIVO > PASSIVO

Nesse caso, os bens e direitos - valores positivos - so maiores que as obrigaes, valores negativos, resultando uma SITUAO LQUIDA ATIVA (SLa) tambm denominada POSITIVA, SUPERAVITRIA ou FAVORVEL. Graficamente: ATIVO BENSE

PASSIVO OBRIGAES

DIREITOS

Situao Lquida Ativa, Positiva ou Ativo Lquido

2a SITUAO:

ATIVO = PASSIVO

Os bens e direitos so suficientes apenas para honrar as obrigaes. A SITUAO LQUIDA NULA ou COMPENSADA. ATIVO BENSE

PASSIVO OBRIGAES

DIREITOS 3a SITUAO: ATIVO < PASSIVO Teramos insuficincia de bens e direitos para o pagamento das obrigaes. A diferena entre o passivo e o ativo denominada SITUAO LQUIDA PASSIVA (SLp) tambm denominada NEGATIVA, DEFICITRIA ou DESFAVORVEL. O excesso de elementos negativos quando relacionados com os positivos, demonstra um PASSIVO A DESCOBERTO. ATIVO + SITUAO LQUIDA PASSIVA = PASSIVA Ou graficamente: ATIVO BENSSituao Lquida Passiva, Negativa ou Passivo a DescobertoE

PASSIVO OBRIGAES

DIREITOS

2.9.

Conceituao: as vrias configuraes do capitalNa contabilidade, podemos considerar quatro conceitos de capital:

1 Capital nominal O investimento inicial feito pelos proprietrios de uma empresa registrado pela contabilidade numa conta denominada Capital. Esse patrimnio Lquido inicial da empresa, e s alterado quando os scios aumentarem ou diminurem o capital. Estas variaes no capital nominal devero ser registradas (na Junta Comercial no caso de sociedades empresrias ou no cartrio - no caso das sociedades simples) por alteraes no Contrato Social da empresa. O Patrimnio Lquido alterado pelos lucros (ou prejuzos) apurados nos Balanos. Por isso o Capital Nominal (registrado) raramente coincidir com o valor do Patrimnio Lquido. No exemplo a seguir demonstrado, temos uma sociedade constituda por quatro scios, com o capital integralizado de R$800.000. Essa situao, como j visto, representada da seguinte forma: CAIXA (dinheiro) 800.000 A CAPITAL 800.000 PL 2 Capital Prprio corresponde ao conceito de Patrimnio Lquido, isto , abrange todo o PL. Por exemplo: aps um determinado perodo de tempo a empresa obteve um lucro de R$10.000 provenientes de suas operaes normais. O capital prprio da empresa aumentou para R$810.000 (Capital + Lucro). Todavia o Capital nominal (registrado) ser mantido pela contabilidade: CAIXA (dinheiro) TTULOS A RECEBER 800.000 390.000 810.000 CAPITAL LUCRO 800.000 10.000 810.000

3 Capital de Terceiros so os investimentos feitos na empresa com recursos provenientes de terceiros: fornecedores, bancos, etc. Por exemplo: se a empresa comprar, a prazo, mveis para escritrio no valor de R$10.000, teremos: CAIXA (dinheiro) TTULOS A RECEBER 800.000 390.000 CONTAS A PAGAR CAPITAL LUCRO 10.000

800.000 10.000 MVEIS E UTENSLIOS 10.000 820.000 820.000 O Capital de Terceiros, nesse caso, est representado pelo saldo do Contas a Pagar, que por sua vez representa o Passivo da entidade. 4 Capital Total Disposio da Empresa em sentido amplo, pode-se conceituar o capital como o conjunto de valores disponveis pela empresa em um determinado momento. No nosso exemplo seria: CREDORES + CAPITAL + LUCROS = $820.000 = ( P + PL) QUADRO RESUMOATIVO PASSIVO e PATR. LQUIDO

(Aplicaes de Recursos) Bens Direitos

(Fontes de Recursos) (1) Passivo = Capitais de Terceiros (2) Patr. Lquido = Capital Prprio (2.1) Capital = Capital Nominal (2.2) Lucros e Reservas = Variaes Capital Total Disposio (Recursos Totais) = (1) + (2)

Ou:

AtivoAplicaesEXERCCIOS

P e PL (origens) $$$$$$$$De terceiros e prprio

$$$$$$$$ $$$ $ $$$$$$$$ $

QUESTES OBJETIVAS Esttica Patrimonial, Ativo Passivo e Patrimnio Lquido 1) O Ativo de uma sociedade pode ser entendido como: A) Conjunto B) Conjunto C) Conjunto D) Conjunto E) Conjunto de obrigaes e deveres da sociedade. de dvidas de curto prazo da sociedade. de direitos a receber da sociedade. de bens e direitos da sociedade. de bens, direitos e obrigaes da sociedade.

Sugesto de pesquisa : Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas.

Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

2) Uma Sociedade com um ativo de R$ 15.000 e um Passivo de R$ 35.000. Qual o Patrimnio Lquido desta Sociedade? A) Um B) Um C) Um D) Um E) Um Patrimnio Patrimnio Patrimnio Patrimnio Patrimnio Lquido Lquido Lquido Lquido Lquido Positivo de R$ 10.000; Negativo de R$ 15.000; Negativo de R$ 15.000; Positivo de R$ 20.000; Negativo de R$ 20.000.

Sugesto de pesquisa: Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

3) So contas representantes do Ativo: A) Equipamentos, Mercadorias e Contas a Pagar. B) Mercadorias, Mveis e Utenslios e Contas a Pagar. C) Mercadorias, Duplicatas a Receber e Investimentos. D) Mercadorias, Duplicatas a Pagar e Clientes. E) Mercadorias, Caixa e Salrios a Pagar.Sugesto de pesquisa Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

4) Podemos definir o Passivo como sendo: A) Compreende o conjunto de Direitos, Bens e Obrigaes que pertencem a uma Sociedade; B) Conjunto de Bens e Direitos pertencentes a uma Sociedade; C) Compreende as Obrigaes a pagar a terceiros pertencentes a uma Sociedade; D) Compreende as Obrigaes a pagar a terceiros pertencentes a uma Sociedade; E) Compreende todos os Bens e Direitos de uma Sociedade.Sugesto de pesquisa :

Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

5) No ltimo dia do exerccio social a empresa Red Green Ltda. demonstrou um patrimnio com bens no valor de $ 13.000, direitos no valor de $ 7.000, dvidas no valor de $ 9.000 e capital social no valor de $ 10.000., devidamente registrado na Junta Comercial. Com base nessas informaes, pode-se afirmar que, do ponto de vista contbil, o patrimnio referido apresenta: A) Situao lquida nula ou compensada. B) Passivo a descoberto no valor de $ 1.000 C)Prejuzos Acumulados no valor de $ 1.000 D) Patrimnio Lquido no valor de $ 1.000 E)Patrimnio Lquido no valor de $ 11.000Sugesto de pesquisa : Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

6) Uma empresa apresenta as seguintes contas com os respectivos saldos: Caixa 10.000 Capital Social 50.000 Duplicatas a Receber 20.000 Mquinas 30.000 Lucros Acumulados 5.000 Fornecedores 15.000 Emprstimos a Pagar 20.000 Salrios a Pagar 10.000 Imveis 40.000 O Capital de Terceiros e o Capital Prprio so, respectivamente: A) $ 55.000 e $ 45.000 B) $ 45.000 e $ 50.000 C) $ 45.000 e $ 55.000 D) $ 100.000 e $ 50.000 E) $ 100.000 e $ 100.000Sugesto : Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

7) Dados o Balano Patrimonial abaixo, qual o percentual do Capital prprio e de Terceiros, respectivamente:Caixa 1.500 Bancos conta Movimento 2.000 Clientes 1.500 Veculos 5.000 Total do Ativo 10.000 Fornecedores Emprstimos a Pagar Capital Social Total do Passivo 2.700 4.000 3.300 10.000

A) 33,00 e 67,00% B) 49,25% e 203,03% C) 196,97% e 67,00% D) 106,06% e 52,24% E) 33,00% e 203,03%Sugesto de pesquisa : Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

8) A Cia. CT apresentava a seguinte posio: Caixa 100; Mercadorias 700; Mveis e Utenslios 500; Fornecedores 400; Veculos 100; Duplicatas a Receber 200. Seu Patrimnio Lquido de: A)$ 1.200 B) $ 1.300 C) $ 1.800 D) $ 2.000 E)$ 2.000Sugesto de pesquisa : Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

9) A empresa Azul Ltda. apresenta as seguintes informaes: Total das Aplicaes 500.000 Total dos Bens 300.000 Sabendo-se que o Patrimnio Lquido representa 50% dos Direitos, qual o valor das Obrigaes? A) $ 500.000 B) $ 400.000 C) $ 100.000 D) $ 300.000 E) $ 200.000Sugesto de pesquisa: Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

10) No lado direito do Balano da Cia. X, encontramos as seguintes contas: Capital Social, Lucros Acumulados e Duplicatas a Pagar. Qual o Capital Prprio da Cia. X? A) Capital Social B) Duplicatas a Pagar C) Capital Social + Duplicatas a Pagar D) Capital Social + Lucros Acumulados E) Capital Social + Duplicatas a Pagar + Lucros AcumuladosSugesto de pesquisa : Captulo 2 Esttica Patrimonial do livro Contabilidade Introdutria da Equipe de Professores da USP. Editora Atlas. Captulo 4 Estudo do Patrimnio do livro Introduo Contabilidade. Jos Luiz dos Santos, Paulo Schmidt, Jos Mrio Matsumura Gomes e Luciane Alves Fernandes. Editora Atlas.

Mdulo 3 Procedimentos Contbeis Bsicos Segundo o Mtodo das Partidas Dobradas 3.1. Contas 3.2. Razo 3.2.1 Razonetes 3.3. Dbito e Crdito 3.4. Lanamentos a Dbito e a Crdito nas Contas 3.5. Contas do Ativo 3.6. Contas do Passivo e do Patrimnio Lquido 3.7. Resumo do Mecanismo de Dbito e Crdito 3.8. Mtodo das Partidas Dobradas (Double-Entry Sistem) 3.9. Exemplos de Registros de Operaes no Razo 3.10. Dirio 3.11. Partidas de Dirio (Lanamentos) 3.11.1. Frmulas de Lanamentos 3.11.2. Erros nos Lanamentos Retificao (Correo) 3.12. Livros (Controles) Auxiliares do Razo 3.13. Balancete de Verificao

3.14. O Balano Patrimonial 3.14.1 Os Grupos e os Subgrupos das Contas do Ativo 3.14.2 Os Grupos e os Subgrupos das Contas do Passivo e do Patrimnio Lquido 3.14.3. Modelo de Balano Patrimonial Completo 3.14.4. Critrio de Avaliao das Contas do BP e Comentrios Adicionais

3 Procedimentos Contbeis Bsicos Segundo o Mtodo das Partidas Dobradas 3.1. ContasNo Captulo 2 preparava-se um balano aps a ocorrncia de cada operao na empresa. Essa metodologia foi utilizada para demonstrar a contnua igualdade da Equao Patrimonial (A=P+PL) e explicar os efeitos dos eventos sobre os elementos do patrimnio. Na prtica isso no corre, pois o volume de operaes: de compras, vendas, pagamentos, recebimentos, etc., muito grande e fica invivel se preparar um balano aps cada operao realizada. Por outro lado, os usurios interessados nos balanos, como administradores, scios, governo, etc., necessitam apenas de balanos peridicos (mensais, trimestrais ou anuais) que so preparados com base nos dados fornecidos pelos registros das operaes escriturao contbil. Como j foi visto, as operaes provocam variaes no patrimnio aumentos ou diminuies no Ativo, no Passivo no Patrimnio Lquido. Essas variaes aumentos e diminuies so registradas em contas. Cada elemento patrimonial: caixa, mercadorias, veculos, contas a pagar, capital, etc., controlado individualmente em uma conta. Vide abaixo um modelo de conta: TTULO DA CONTA:DATA OPERAES DBITO

Cdigo:CRDITO SALDOD/C

3.2.

Razo

Antigamente as contas eram registradas nas pginas de um livro chamado Razo, tambm conhecido como contas correntes. H algum tempo atrs, nos anos 70 e at o final dos anos 80 a maioria das empresas e escritrios de contabilidade passou a adotar o Razo registro das contas em forma de folhas ou fichas soltas. Atualmente as variaes das contas esto na memria do computador. Os registros so feitos por meio de softwares contbeis que controlam a situao das contas. No entanto, em seu conjunto, mantidas em forma de livro, de arquivo de fichas ou arquivo eletrnico, continuam com a mesma denominao, Razo. O importante que se mantenha o histrico da movimentao de cada conta que compem o patrimnio da empresa (Ativo, Passivo ou PL). um livro obrigatrio por lei e cada elemento do Ativo, do Passivo ou do PL, controlado numa conta em separado e com denominao prpria. Cada conta do patrimnio receber o nome que melhor caracterize os elementos que representa (controla), exemplos: O conjunto de bens formado por mesas, cadeiras, calculadoras, armrios etc. poderiam ser registrados em uma nica conta, denominada Mveis e Utenslios. O conjunto de diversos tributos a pagar: IPTU, Alvar, Taxa Sanitria a pagar etc, poderia ser agrupada em uma nica conta: Tributos Municipais a Pagar. Diversos valores a receber ou a pagar, sem a necessidade de representao isolada, poderiam ser registrados nas contas: Valores ou Contas a receber (do Ativo) ou Valores ou Contas a Pagar (do Passivo).

Um grupo de pequenas despesas, sem necessidade de discriminao, por apresentarem um valor muito pequeno em relao ao total das despesas, receberia o nome de Despesas Gerais ou Despesas Diversas.

A prtica atual, nos softwares contbeis existentes, a codificao ou numerao das contas, de forma racional e bem planificada, conforme demonstrado abaixo: CONTAS CDIGO 101 102 105 121 125 131 201 221 231 501 521

AtivoCaixa Contas a Receber Estoques Mveis e Utenslios Terrenos Veculos

PassivoContas a Pagar Impostos a Pagar Fornecedores

Patrimnio LquidoCapital Lucros Acumulados 3.2.1 Razonetes

Uma simplificao da representao grfica da conta, muito utilizada para simplificar as ilustraes, explicaes e resolues de problemas, que tambm utilizaremos em nosso trabalho a denominada Conta em T ou Razonete. Sua forma grfica seguinte:

3.3 Dbito e CrditoEm contabilidade, os termos dbito e crdito so convenes contbeis. No significam algo favorvel ou desfavorvel. Os leigos em contabilidade costumam associar esses termos dbito e crdito a valores a receber ou a pagar e at a significados de coisas boas e ruins no patrimnio da empresa. Em verdade, dbito e crdito so simplesmente convenes contbeis, com uma funo especfica em cada conta, como veremos a seguir. A diferena entre o total de dbitos e o total de crditos feitos em uma conta, em determinado perodo, denominada saldo. Se o valor dos dbitos for superior ao valor dos crditos, a conta ter um saldo devedor. Se acontecer o contrrio, a conta ter um saldo credor.

Titulo da Conta

Titulo da Conta

Dbito

Crdito

Dbito

Crdito

Lado esquerdo

Lado direito

Lado esquerdo

Lado direito

3.4 Lanamentos a Dbito e a Crdito das ContasComo j foi visto, as operaes provocam aumentos e diminuies do Ativo, do Passivo de do Patrimnio Lquido. As contas possuem dois lados esquerdo e direito -, assim, os aumentos podem ser registrados de um lado e as diminuies de outro. A natureza da conta que ir determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as diminuies, como pode ser visto a seguir.

3.5 Contas do AtivoOs elementos do Ativo ficam do lado esquerdo do Balano. Por isso, todas as contas do Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto , no lado esquerdo. Deve-se observar que uma empresa possui ou no possui bens e direitos. No existem bens negativos e tampouco direitos negativos; portanto as contas do Ativo possuem saldo devedor ou nulo. Para que uma conta do Ativo (Bens e Direitos) tenha saldo devedor, necessrio que as variaes (aumentos e diminuies) nela ocorridas sejam registrados da seguinte forma:

Qualquer Conta do Ativo

Dbito$ Aumentos

Crdito$ Diminuies

3.6 Contas do Passivo e do Patrimnio LquidoDo Passivo: As contas do Passivo aparecem sempre no lado direito do Balano, por isso ocorre, com elas, o inverso do que acontece com o Ativo. Com efeito, os aumentos e as diminuies do Passivo (obrigaes) devem ser registrados da seguinte forma:

Qualquer Conta do Passivo

Dbito

Crdito

$ Diminuies

$ Aumentos

Do Patrimnio Lquido: O PL tambm fica do lado direito do Balano, e o critrio o mesmo do Passivo. O funcionamento do sistema de dbito e crdito ser idntico ao do Passivo, ou seja:

Qualquer Conta do Patrimnio Lquido

Dbito$ Diminuies

Crdito$ Aumentos

O Patrimnio Lquido poder ser negativo (saldo devedor); quando isso ocorrer, ele permanecer do lado direito do Balano, juntamente com o Passivo, subtraindo do seu total. Com efeito, qualquer aumento no Patrimnio Lquido ser regido por Crdito, e qualquer diminuio, por dbito. VIDE QUADRO ACIMA. Obs. (a) Uma empresa possui ou no possui Passivo (dvidas, obrigaes); no existem, portanto, dvidas negativas. (b) O Patrimnio Lquido (Ativo Passivo), entretanto, pode ser maior, igual ou menor que zero. Ou seja, pode ser positivo, nulo ou negativo.

3.7 Resumo do Mecanismo de Dbito e CrditoEm suma, considerando o mecanismo acima, podemos concluir que:

Contas de Ativo Passivo Patrimnio Lquido

Efetua-se um lanamento a Dbito paraAumentar Diminuir Diminuir

Crdito paraDiminuir Aumentar Aumentar

REGRAS GERAIS: Todo aumento de Ativo (lana-se no lado esquerdo do razonete): debita-se. Toda diminuio de Ativo (lana-se no lado direito do razonete): credita-se. Todo aumento de Passivo e PL (lana-se no lado direito do

ATIVO+ + + + + +

PASSIVO e PL (-) Diminui + Aument a+ + + + +

+ Aument a

(-) Diminui

DBITO

CRDITO

+

3.8 Mtodo das Partidas Dobradas (Double-Entry System) A essncia do mtodo, de prtica internacional, tem um princpio fundamental: "No h devedor sem credor e vice-versa. Equivale a dizer: para cada registro ou soma de registros a dbito, haver um registro ou soma de registros a crdito, de igual valor. A digrafia princpio bsico de escriturao contbil no mundo todo. Baseando-se nesse princpio, no se pode registrar um valor a dbito de uma conta, sem que se registre o mesmo valor a crdito de outra conta. Pelo princpio da digrafia ou das partidas dobradas - em qualquer momento que se elabore um balano patrimonial, h que se igualarem, em total, os saldos das contas do ativo, de um lado, e do passivo e patrimnio lquido, de outro. A aplicao do princpio das partidas dobradas indicar, pelo confronto entre saldos, inicial e final, de cada conta do sistema patrimonial, uma variao aumentativa ou diminutiva, conforme o caso. Decorrentes desse princpio fundamental destacam-se alguns axiomas: A soma dos dbitos sempre igual dos crditos; A soma de todos os saldos devedores sempre igual a soma dos saldos credores; A soma do ativo, constitudo de contas de natureza devedora e representativa de aplicaes de recursos sempre igual soma do passivo, constitudo de contas de natureza credora e representativa da origem de recursos, prprios e de terceiros. O mtodo, utilizado h mais de cinco sculos, nada mais do que uma equao matemtica de igualdade associada a uma lgica - para todo recurso tem que existir uma fonte. A contabilidade usa as partidas dobradas, representadas por dbitos e crditos de mesmo valor, para indicar a conta onde foi feita a aplicao do recurso e para creditar a conta que representou a origem. Concluiu-se que, para todo dbito, teremos um ou mais crditos ou vice-versa. Se o "Balano no bate" porque uma das partidas no foi feita, est defeituosa ou a soma no confere. O modelo contbil de partidas dobradas impe que deva existir sempre uma preciso matemtica nas suas informaes.

Partidas DobradasATIVO =APLICAO

= =

PASSIVO

(+PL)=ORIGEM

= DBITO3.9 Exemplos de Registro de Operaes no Razo

= = CRDITO

Objetivando ilustrar a funo do dbito e do crdito nas contas, realizaremos, a seguir, algumas operaes em uma empresa. O foco ser dado na verificao de quais seriam os lanamentos necessrios para o registro das variaes aumentos e diminuies -. Para simplificar a demonstrao sero usados os razonetes, nos quais sero colocados apenas os valores, a dbito ou a crdito. Para auxiliar na identificao dos lanamentos, o dbito e o crdito de cada operao tero a mesma numerao, entre parnteses, conforme figura abaixo:D

XXXX XXXX vvvv vvvv

C

D

YYY YYY vvvv vvvv

C

1. Algumas pessoas resolveram, em 20.07.20x1, constituir uma empresa comercial, com o Capital de R$17.000, totalmente integralizado em dinheiro, no ato, dividido em 1700 cotas de R$10,00 cada. Com a entrada do dinheiro para a sociedade (empresa), o Ativo CAIXA foi aumentado (debita-se CAIXA), e o Patrimnio Lquido tambm foi aumentado (credita-se CAPITAL).CAIXA CAPITAL

(1) 17.000

17.000 (1)

Se a operao anterior fosse representada em contas reais e no em razonetes simplificados, essa operao seria registrada da seguinte forma: Conta: CAIXA Cdigo: 101

DATA20.07.x 1

OPERAESRec. ref. Integralizao Capital - 501

DBITO17 00 0 0 0

CRDITO1 7

SALDO00 0

D/C 00 D

Conta: CAPITALDATA20.07.x 1

Cdigo: 501OPERAES DBITO CRDITO1 7 000 00 1 7

SALDO00 0

Rec. ref. Integralizao Capital - 101

D/C 00 C

Obs: Ativo, se existe, tem saldo devedor. Logo, ao surgir dinheiro onde no havia nada, h que se debitar o Caixa. Em contrapartida, o PL, que est do lado direito do Balano tem saldo Credor, ao passar de zero para o valor positivo de R$17.000, provoca um Crdito na Conta Capital. 2.Compra de Terrenos A empresa, pretendendo construir um prdio para suas instalaes comerciais, adquire dois lotes de terrenos contguos, em 22.07, por R$3.100 cada um, pagando vista. Dessa operao resulta: o Ativo Terrenos foi aumentado debita-se Terrenos. o Ativo Caixa foi diminudo credita-se Caixa.TERRENOS CAIXA

(1) (2) 6.200

17.000 6.200 (2)

Saldo=10.800 3.Venda de Terrenos Os administradores da empresa resolvem vender um dos lotes ao Sr. Silva, em 27.07, por R$3.100, ou seja, pelo preo de custo. No houve recebimento nessa data, a venda foi a prazo, porm a empresa adquiriu o direito de cobrar R$3.100 do Sr. Silva, quando vencer o prazo do contrato de compra e venda. Conseqentemente: O Ativo Terrenos foi diminudo credita-se Terrenos O ativo ficou aumentado pelo surgimento de um direito debita-se Ttulos a Receber.TERRENOS (2) 6.200 3.100 Saldo= 3.100 (3) (3) 3.100 TTULOS A RECEBER

4. Compra de Materiais em 28.07, foram adquiridas, a prazo, diversos materiais no valor total de R$7.800. Como resultado, teremos: Um novo Ativo Materiais foi adquirido debita-se Estoques Foi assumida uma obrigao a pagar credita-se Contas a PagarESTOQUES (4) 7.800 CONTAS A PAGAR 17.000 (4)

5. Compra de Mveis e Utenslios No mesmo dia, foram adquiridos, tambm a prazo, duas mesas, quatro cadeira e um computador, pelo valor total de R$5.000. Todos os elementos podem

ser agrupados e representados por uma nica conta do Ativo Mveis, Utenslios e Equipamentos. Assim: Um novo Ativo foi adquirido debita-se Mveis, utenslios e Equipamentos. O Passivo Contas a Pagar foi aumentado credita-se Contas a PagarMV. UTENS. E EQUIPS. CONTAS A PAGAR

6.200 (4) (5) 5.000 5.000 (5) 12.800=Saldo 6. Em 30.07, a empresa recebeu do Sr. Silva R$2.200 referente parte de sua dvida -. Aps esse fato, temos: O Ativo Caixa foi aumentado debita-se Caixa. O Ativo Ttulos a Receber foi diminuido credita-se Ttulos Receber.CAIXA TTULOS A RECEBER

(1) 17.000 (6) 2.200 Saldo= 13.000

6.200

(2)

(3) Saldo=

3.100 2.200 900 (6)

7. Foi pago, em 31.07, parte da dvida referente compra do dia 28.07, o valor pago foi de R$7.000. Esse fato provocou uma nova alterao: O Passivo Contas a Pagar foi diminudo debita-se Contas a Pagar. O Ativo Caixa foi diminudo credita-se Caixa.CAIXA CONTAS A PAGAR

(1) (6)

17.000 2.200

6.200 7.000

(2) (7) (7) 7.000 Saldo=

7.800 5.000 900 (4) (5)

Saldo= 6.000

Obs. As contas Ttulos a Receber (do Ativo) e Contas a Pagar (do Passivo) e outras do mesmo tipo podem abrigar diversos devedores ou credores. Os saldos dessas contas representao, dessa forma, o total de dbitos e crditos que a empresa mantm com outros patrimnios (terceiros). Essas contas (coletivas) podem ser desdobradas em diversas subcontas, quando for necessrio o controle individualizado de cada devedor ou credor da empresa. Atualmente, os softwares contbeis podem controlar centenas de milhares de clientes, fornecedores e at dos itens existentes nos estoques de forma individualizada como no caso dos bancos e das empresas comerciais atacadistas com os seus milhares de clientes e dos hipermercados com seus milhares de itens em estoque. Esquema ilustrativo de dbito e crdito:

DBITO

ATIVO

PASSIVO

PATRIMNIO LQUIDO

Aumento do valor

Diminuio do valor

Diminuio do valor

Aplicao de recursos

Aplicao de recursos

Aplicao de recursos

CRDITO

PATRIMNIOATIVO PASSIVO LQUIDO

Diminuio do valor

Aumento do valor

Aumento

do valor

Origem de recursos

Origem de recursos

Origem de recursos

3.10 Dirio o livro no qual so registrados todos os lanamentos que compem a contabilidade da empresa, em ordem cronolgica e com certas formalidades. As Formalidades extrnsecas (ou externas) do Livro Dirio so: estar encadernado em folhas numeradas tipograficamente, conter termo de abertura e encerramento, e estar registrado na Junta Comercial. As Formalides intrnsecas (ou internas): Escriturado sem rasuras, sem emendas, raspaduras ou borres, sem linhas em branco, sem escritos nas entrelinhas ou s margens; os registros devem obedecer a ordem cronolgica de dia, ms e ano, segundo um mtodo uniforme de contabilidade mtodo das partidas dobradas - e em idioma e moeda nacional. Antigamente o livro dirio era manuscrito. Depois, passou a ser escriturado mecanicamente em folhas soltas, para, em seguida, serem copiadas em livro numerado e encadernado. Atualmente os lanamentos so digitados no computador e atravs do processamento eletrnico das contas so emitidos o Livro Dirio e o Razo em folhas impressas, para, posteriormente, serem encadernadados e registrados.

3.11 Partidas de Dirio (lanamentos)O registro de uma operao no livro Dirio denomina-se partida de Dirio. O metodo usado internacionalmente em todos os sistemas contbeis o Mtodo das Partidas Dobradas. A expresso partidas dobradas no quer dizer duplicidade ou repetio do mesmo registro. Como j foi visto nos exemples anteriores, sempre que ocorria um fato, dois ou mais elementos do patrimnio eram alterados equivalentemente e concomitantemente permitindo equilbrio constante e, em obedincia frmula:

ATIVO

=

PASSIVO

+

PATRIMNIO LQUIDO

Os requisitos necessrios de uma partida de dirio so os seguintes: 1. 2. 3. 4. 5. data da operao dia, ms e ano. conta a der debitada conta a ser creditada histrico da operao (descrio suscinta do evento e dos documentos suporte da operao) valor da operao (em moeda nacional).

Obs. Muitos autores mencionam os requisitos acima como: Os cinco elementos do lanamento. Exemplo de uma partida de Dirio (lanamento manual): Foz do Iguau-Pr, 03 de Agosto de 20x3. D - Estoque de Mercadorias (105) C Caixa (101) Pago a Cia ET Ltda., conforme N.Fiscal n00243

3.400,00

Esse mesmo lanamento, se realizado por CPD (computador), poderia ser planilhado para digitao - da seguinte forma:DATA 20x 3 CONTA DEVEDORA CONTA CREDORA H I S T R I C O

VALOR

03/08

105

101

pg. NF.00243, Cia . ET Ltda

3 400

00

Observe-se que os cinco elementos do lanamento (ou requisitos da partida de Dirio), de 1 a 5, seguem rigorosamente a ordem indicada: (1) data da operao, observando-se rigorosamente a ordem cronolgica da sucesso dos fatos registrados, (2) e (3) o ttulo das contas devedora e credora no CPD o plano de contas j dever estar cadastrado -, (4) o histrico descrio sumria do fato que mencione o evento e as principais caractersticas da documentao comprobatria e (5) o valor em moeda nacional. Obs: Quando a escriturao manual, a conta debitada colocada em primeiro lugar e a conta creditada logo abaixo e precedida da preposio a. No sculo XV, incio da fase cientfica da contabilidade, o Frei Luca Paciolo exps em seu Tratado sobre Contabilidade e Escriturao Tratactus de Computis et Scripturis, publicado em 1494, a terminologia adotada no mtodo das partidas dobradas era a seguinte: Per, mediante o qual se reconhece o devedor; A, pelo qual se reconhece o credor. Da mesma forma que se faz hoje, a metodologia daquela poca era a de se debitar a aplicao e se creditar a origem do recurso, ou seja, no exemplo acima, o Ativo Estoque deve ao Ativo Caixa, ou seja: Estoque deve a Caixa, o estoque o devedor e o caixa o credor do recurso. Nesse sentido, o Estoque (onde foi aplicado o recurso) deve ao Caixa (que forneceu o recurso). Pouco tempo depois, De Granges, francs, criou o clebre axioma: Debita-se aquilo que se recebe e credita-se aquilo que se d (Debiter celui qui reoit et crediter celui qui donne). Goethe (1949, p. 39) deixou escrito no seu livro Wilbelm Meisters Lebrjabre, que a partida dobrada era uma das mais belas invenes do esprito humano.(eine der schonsten Erfindugen des menschlichen geistes)1. No Brasil, apenas com a chegada do Prncipe Regente D.Joo VI, com vistas necessidade de assegurar administrao maior rigor e segurana, oficializou-se a adoo da escriturao pelo mtodo das partidas dobradas: Para que o mtodo de escriturao de minha real Fazenda no fique arbitrrio e sujeito maneira de pensar de cada um dos Contadores-Gerais, que sou servido criar para o Errio: Ordeno que a escriturao seja mercantil por partidas dobradas, por ser a nica seguida pelas naes mais civilizadas. Assim pela sua brevidade para maneio das grandes somas, como por ser a mais clara e a que menos lugar d a erros e subterfgios, onde se esconda a malcia e a fraude de prevaricadores. Atualmente, no mundo financeiro globalizado, apenas a indicao das letras D e C determinam os lanamentos a dbito e a crdito nas contas. Outra conveno internacionalmente aceita, h mais de 500 anos a de que o Dbito sempre vem esqueda ou acima do Crdito

1

GOETHE, W. (1949). Wilbelm Meisters Lebrjafre. Ed. Zurique. Apud. CASSANDRO, Paolo Emilio. Betriebswirtschaftslehre e Economia Aziendal. In Revista Paulista de Contabilidade n 448/1976.

3.11.1. Frmulas de Lanamento Segundo a quantidade de contas debitadas e creditadas utilizadas para o registro do fato, existem quatro frmulas de lanamento no Livro Dirio: LANAMENTOS DE 1a FRMULA: UM DBITO X UM CRDITO Dbito Dbito Crdito Crdito

Os modelos do lanamento contbil de 1a frmula: Local, data Conta debitada a Conta creditada Histrico Ou: Local, data D - Conta debitada C - Conta creditada Histrico Ou, ainda: Local, data Conta debitada Conta creditada Histrico Valor a dbito Valor a crdito

Valor

Valor

Os modelos apresentados so bastante usuais. Deve-se observar que a partcula "a" um identificador da(s) conta(s) que (so) creditada(s). No terceiro modelo as colunas representam: esquerda a coluna de dbitos e direita, a de crditos. O posicionamento das contas tambm convencionado. No quadro abaixo dado um exemplo de depsito bancrio e uma compra a prazo:

Foz do Iguau-Pr, 06 de janeiro de 20x1 BANCOS C/ MOVIMENTO Banco do Brasil S/A a CAIXAVlr. dep.conf. rec. 123.345.......................................10.000,00

ou uma compra de mesas e cadeiras, para uso, a prazo, mediante duplicatas: Foz do Iguau-Pr, 15 de fevereiro de 20x1. D - MVEIS E UTENSLIOS C - DUPLICATAS A PAGAR Fornecedor "X" Vlr. s/ N.F. 1515 .............................................20.000,00 LANAMENTOS DE 2a FRMULA: UM DBITO X MAIS DE UM CRDITO CRDITO DBITO DBITO Modelo do lanamento contbil de 2a frmula:

Local, data Conta debitada a Diversos a Conta creditada 1 Histrico 1 a Conta creditada 2 Histrico 2

Valor crdito 1 Valor crdito 2 Total de dbito

Ou: Local, data D Conta debitada Histrico dbito C Diversos C Contas creditada 1 Histrico crdito 1 C Conta creditada 2 Histrico crdito 2 valor dbito valor crdito 1 valor crdito 2

Existem, como visto acima, variantes no modelo de 2a frmula. No primeiro caso, o valor direita seria o totalizador da conta nica (debitada); no segundo caso, obedece ao posicionamento das colunas do Dirio. Temos a destacar a utilizao da palavra "Diversos" que usada quando mais de uma conta creditada e/ou, veremos adiante, debitada. Para exemplificar consideremos o seguinte fato: Compra de materiais por R$ 4.000, sendo que as metades foram pagas vista e o restante R$2.000 a prazo.Foz do Iguau-Pr, 15 de janeiro de 20x1. MATERIAIS (ativo) a DIVERSOS a DUPLICATAS A PAGAR (passivo) ET & CIA. LTDA. Vlr. Duplicata 2345/B ET & CIA LTDA................... 2.000,00 a CAIXA (ativo) Pg.Dupl.2345/A ET & CIA...................................... 2.000,00 4.000,00

MODELO DO LANAMENTO CONTBIL DE 3a FRMULA CRDITO DBITO DBITO Modelo do lanamento contbil de 3a frmula:

Local, data Diversos a Conta creditada Conta debitada 1 Histrico 1 Contas creditada 2 Histrico 2

valor dbito 1 valor crdito 2 Total crdito

Exemplo: aquisio de um imvel, composto de terreno e prdio, com pagamento vista, em cheque:Foz do Iguau-Pr, 31 de janeiro de 20x1. DIVERSOS a BANCOS C/ MOVIMENTO (ativo) Banco Real S/A de TERRENOS (ativo)Vlr.Terreno, Rua tal, ch.0934 cf.Reg.Imveis........ 15.000.00

de EDIFICAES (ativo)Vr.Imvel, Rua tal ch.934 cf.Reg.Imveis................. 20.000.00 35.000,00

LANAMENTO DE 4 FRMULA: MAIS DE UM DEVEDOR X MAIS DE UM CREDOR:A

Dbito Dbito

Crdito Crdito

MODELO DO LANAMENTO CONTBIL DE 4a FRMULA:

Local, data DIVERSOS a DIVERSOS Conta debitada 1 Histrico 1 Conta debitada 2 Histrico 2 a Conta creditada 1 Histrico 3 a Conta creditada 2 Histrico 4

vr. dbito 1 vr. dbito 2 vr. crdito 1 vr. crdito 2 Total crditos Total dbitos

Os lanamentos de 4a frmula so muito pouco utilizados. Podemos apresentar o seguinte exemplo: Compra de Materiais por R$ 200 e de Mveis e Utenslios por R$ 1.000, sendo a metade (R$600) pago vista e o restante a prazo:

Foz do Iguau-Pr, 31 de janeiro de 20x1. DIVERSOS a DIVERSOS de ESTOQUE DE MATERIAIS (ativo) Vr. NF 675 Com. Foz do Iguau Ltda........... 200 de MVEIS E UTENSLIOS (ativo) Vr. NF 675 Com. Foz do Iguau Ltda......... 1.000,00 a CAIXA (ativo) Pg. NF. 675/parte Com Foz do Iguau.......600,00 a FORNECEDORES (passivo) Com.Foz do Iguau Ltda Vr.parte da NF 675....................... 600,00 1.200,00 1.200,00

Os modelos de lanamentos foram apresentados de forma didtica (para escriturao manual). Os lanamentos, atualmente, so feitos em planilhas, conforma j visto, onde os cinco elementos so dispostos de forma a facilitar a digitao para alimentar os softwares existentes no mercado. 3.11.2. Erros nos lanamentos Retificao (Correo) O CFC atravs das Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 2, que trata da escriturao contbil, considerando que a escriturao contbil no deve conter rasuras, emendas, raspaduras ou escritos nas entrelinhas, estabelece a forma de correo dos eventuais erros nos lanamentos contbeis, e define o seguinte: Retificao de lanamento o processo tcnico de correo de um registro realizado com erro na escriturao contbil das Entidades. So formas de retificao : a) o estorno; b) a transferncia; c) a complementao. Em qualquer das modalidades acima, o histrico do lanamento dever precisar o motivo da retificao, a data e a localizao do lanamento de origem. O estorno consiste em lanamento inverso quele feito erroneamente, anulando-o totalmente. Lanamento de transferncia aquele que promove a regularizao de conta indevidamente debitada ou creditada, atravs da transposio do valor para a conta adequada. Lanamento de complementao aquele que vem, posteriormente, complementar, aumentando ou reduzindo, o valor anteriormente registrado. Os lanamentos realizados fora da poca devida devero consignar, nos seus histricos, as datas efetivas das ocorrncias e a razo do atraso.

3.12Livros (Controles) Auxiliares do Razo

Como foi visto, existem algumas contas coletivas, como Contas a Receber, Contas a Receber, Fornecedores, Bancos Conta Movimento, etc. A empresa precisa manter controles adicionais para o controle individualizado de cada devedor ou credor. Quando o sistema de contabilidade software contbil no oferecer condies para que esse controle seja feito de forma integrada, a empresa dever adotar livros auxiliares (ou sistemas separados descentralizados -) do razo que funcionam como desdobramento das contas coletivas. Exemplos de controles (livros) auxiliares so: livro caixa, conta corrente de bancos, de clientes e de fornecedores, movimentao de estoques, Imobilizado de uso, etc.

3.13Balancete de VerificaoComo j foi estudado no item 3.8, quando se tratou do mtodo das partidas dobradas, foi visto que, em decorrncia do seu uso, o valor total dos saldos devedores deve ser igual ao valor total dos saldos devedores das contas. costume procurar verificar essa igualdade periodicamente, relacionando todas as contas em um demonstrativo chamado Balancete de Verificao do Razo, Balancete de Verificao ou simplesmente Balancete como pode ser visto no exemplo abaixo: Comercial ET Ltda. Balancete de Verificao em 31/07/20x1.

CONTASCaixa Contas a Receber Estoques Terrenos Mveis e Utenslios Fornecedores Capital SOMA

SALDOSDevedores 6.000 63.000 78.000 31.000 50.000 228.000 Credores 58.000 170.000 228.000

Este um exemplo de balancete que evidencia apenas a posio do saldo existente de cada, ao final do perodo. Existem outros tipos de balancetes que demonstram, alm do saldo final, o saldo inicial e a movimentao precedente de seis e de oito colunas: Mercantil Mutuca Ltda. Balancete de Verificao em 31/05/20x1Balancete Anterior Movimento do Perodo Balancete Atual

Contas

SaldosDevedores Credores

Saldos Atuais Dbito CrditoDevedores Credores

Mercantil Mutuca Ltda. Balancete de Verificao em 31/05/20x1Balancete Anterior Movimento do Perodo Balancete Atual

Contas

SaldosDevedores Credores

Saldos Dbito CrditoDevedores Credores

Saldos AtuaisDevedores Credores

3.14O Balano PatrimonialO balano patrimonial a demonstrao contbil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, o patrimnio e a composio do patrimnio lquido da entidade. Modelo de Balano PatrimonialATIVO CIRCULANTE DISPONVEL Caixa Bancos Conta Movimento Bancos Cta. Aplicaes de Liquidez Imediata ATIVO REALIZVEL A CURTO PRAZO Duplicatas a Receber (-) Duplicatas Descontadas (-) Proviso p/ Crdito de Liquid. Duvidosa Bancos c/ aplicaes Adiantamentos Tributos a Recuperar ESTOQUES DESPESAS ANTECIPADAS Prmios de Seguros a Vencer Encargos Financeiros a Vencer NO-CIRCULANTE ATIVO REALIZVEL A LONGO PRAZO Clientes (-) Prov. p/ Crdito de Liquidao Duvidosa Ttulos a Receber Crditos de Scios e Diretores Crditos de Coligadas e Controladas Adiantamentos a Terceiros Particip. Societrias No-Permanentes INVESTIMENTOS Participaes Societrias Obras de Arte Imvel No de Uso PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Obrigaes Trabalhistas Obrigaes Fiscais e Sociais a Receber Adiantamento de Clientes Emprstimos e Financiamentos Arrendamento Mercantil a Pagar Aluguis a Pagar Lucros e Dividendos a Pagar Debntures Provises Trabalhistas

PASSIVO NO-CIRCULANTE Emprstimos e Financiamentos Ttulos a Pagar Debntures Provises para Riscos Fiscais RECEITAS DIFERIDAS Receitas Antecipadas (-) Custos e Despesas Antecipadas PATRIMNIO LQUIDO Capital Social Capital Social (-) Capital a Integralizar

(-) Depreciaes Acumuladas (-) Provises para Perdas IMOBILIZADO Terrenos Construes Instalaes Mquinas e Equipamentos Mveis e Utenslios Veculos Ferramentas Benfeitorias em Imveis de Terceiros Construes em Andamento (-) Amortizaes Acumuladas (-) Depreciaes Acumuladas INTANGVEL Gastos Pr-Operacionais Gastos de Implantao de Sistemas Gastos de Desenvolvimento de Produtos Marcas e Patentes Fundo de Comrcio (-) Amortizaes Acumuladas

Reservas de Capital Reserva de gio Doaes e Subvenes p/ Investimentos Ajustes de Avaliao Patrimonial Avaliao do Ativo e Passivo Reservas de Lucros Reserva Legal Reserva Estatutria Reservas de Lucros (-) Aes em Tesouraria Prejuzos Acumulados

A Lei das SAs estabelece, em seu artigo 178, 1, que, no ativo, as contas sero dispostas em ordem decrescente de liquidez, e, dentro desse conceito, as contas de disponibilidades so as primeiras a serem apresentadas no balano, dentro do ativo circulante. Seguem-se os direitos realizveis no curso do exerccio social subseqente e aplicaes de recursos em despesa do exerccio seguinte. 3.14.1 Os grupos e subgrupos das Contas do Ativo A NBC T 3 estabelece a diviso do ativo em: I CIRCULANTE a) Disponvel So os recursos financeiros que se encontram disposio imediata da entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espcies, os depsitos bancrios vista e os ttulos de liquidez imediata. b) Crditos So os ttulos de crdito, quaisquer valores mobilirios e os outros direitos. Estes direitos representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em geral. Decorrem de vendas a prazo, de mercadorias e servios a clientes ou so oriundos de outras transaes que geram valores a receber. A Lei n 6.404-76 no separa as transaes relacionadas s atividades-fins das norelacionadas com as atividades-fins da empresa. A NBC T 3 determina essa segregao, classificando as transaes no-relacionadas com as atividades-fins em Outros Valores e Bens. c) Estoques So os valores referentes s existncias de produtos acabados, produtos em elaborao, matrias-primas, mercadorias, materiais de consumo, servios em andamento e outros valores relacionados s atividades-fins da entidade.

Tambm representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posio financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. d) Despesas Antecipadas So as aplicaes em gastos que tenham realizao no curso do perodo subseqente data do balano patrimonial. Neste subgrupo so registrados os ativos que representam pagamentos antecipados de despesas, cujos benefcios ou prestao de servios empresa se faro durante o exerccio seguinte. Os prmios de seguros, quando parcelados ou financiados, e as despesas financeiras so exemplos de despesas pagas antecipadamente. A NBC T 3 adotou o ttulo Despesas Antecipadas, por ser mais adequado e tecnicamente correto, como a prpria conceituao acima comprova. e) Outros Valores e Bens A NBC T 3 estabelece a identificao das transaes reais relacionadas com as atividades-fins da empresa. Devem ser usadas as mesmas contas j previstas nos grupos anteriores. So exemplos: Bens No-Destinados ao Uso, Imveis Recebidos em Garantia para Revenda, etc.

II ATIVO NO CIRCULANTE Esto compreendidos neste grupo, os bens e direitos realizveis aps o termino do exerccio social seguinte ou cuja natureza no se destinam a atividade operacional da entidade. a) Ativo Realizvel a Longo Prazo Sero classificadas contas da mesma natureza das do ativo circulante, porm realizveis aps o trmino do exerccio seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou emprstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro, que no constituram negcios usuais na explorao do objeto da companhia. Classificam-se todos os direitos realizveis aps o trmino do exerccio social seguinte, ou seja, aps o fechamento do balano do ano subseqente, sendo compreendidos superiores a um ciclo de 360 dias. Exemplo: Impostos a recuperar, Contribuies a Recuperar, Aplicaes em CDB, Rendas Variveis, Duplicatas a Receber, Estoques de mercadorias para revenda, etc a) Investimentos So as participaes permanentes em outras sociedades e os bens e direitos que no se destinem manuteno das atividades da companhia ou empresa. Classificam-se neste subgrupo as participaes permanentes em outras empresas e os direitos de qualquer natureza no classificveis no ativo circulante e que no se destinem manuteno da atividade da entidade. Exemplo: Investimentos em Controladas ou Coligadas, Obras de Arte, etc.

c) Imobilizado So os bens e direitos, tangveis e intangveis, utilizados na consecuo das atividades-fins da entidade. Bens Tangveis: aqueles que tm corpo fsico, tais como terrenos, mquinas, veculos, benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais, etc. So classificados os bens corpreos destinados a manuteno das atividades operacionais da entidade, inclusive os decorrentes de operaes que transfiram entidade os benefcios, riscos ou controle desses bens. Exemplo: Veculos, Mveis e Utenslios, Mquinas e Equipamentos, Construes em imveis de terceiros, Consrcio, Residual Leasing, etc.

d) Intangvel Bens Intangveis: aqueles cujo valor reside no em qualquer propriedade fsica, mas nos direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como: patentes, direitos autorais, marcas, etc. So classificveis os bens incorpreos destinados a manuteno da entidade, ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio adquirido. Exemplo: Fundo de Comrcio, Custo com Website, Desenvolvimento de Projetos, etc. (Redao dada pela Lei 11.941/2009).

As despesas antecipadas so as despesas que efetivamente e de forma objetiva pertencem ao exerccio ou exerccios seguintes. No so ainda despesas incorridas. Contudo, no ativo diferido (Permanente) se incluem despesas j incorridas, pagas ou a pagar, mas que so ativadas para serem apropriadas em exerccios futuros, pois contribuiro para a formao dos resultados de exerccios futuros, tais como pesquisa e desenvolvimento de produtos, despesas pr-operacionais, etc. CONTAS RETIFICADORAS (credoras) a) Ativo Circulante - Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa proviso para cobrir as perdas estimadas na cobrana das contas a receber. - Duplicatas Descontadas esta operao demonstra a responsabilidade da empresa que efetuou o desconto pelo pagamento das duplicatas ao banco, caso seu cliente falte ao pagamento no vencimento. Essas duplicatas descontadas no devem figurar no passivo, pois no existe ainda a dvida por parte da empresa. Esta s existe medida que ocorre o vencimento dos ttulos, e o devedor no os paga. - Proviso para perdas em estoques destina-se a registrar as perdas conhecidas em estoques e calculadas por estimativa, relacionadas a estoques obsoletos e, tambm, para dar cobertura a diferenas fsicas. c) Ativo Permanente Investimentos

- Proviso para Perdas Provveis na Realizao de Investimentos Imobilizado - Depreciao Acumulada perda do valor dos direitos que tm por objeto bens fsicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ao da natureza ou obsolescncia. - Exausto perda do valor, decorrente da sua explorao, de direitos cujos objetos sejam recursos minerais e florestais. - Amortizao perda do valor do capital aplicado na aquisio de direitos de propriedade industrial ou comercial. Intanvelo - Amortizao Segundo o 3 da Lei n 6.404-76, a amortizao destes ativos dever ser feita em prazo no superior a dez anos, a partir do incio da operao normal ou do exerccio em que passem a ser usufrudos os benefcios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades no podero produzir resultados suficientes para amortiz-los. 3.14.2 Os Grupos e Subgrupos das contas do Passivo A NBC T 3 estabelece a diviso do Passivo em: I CIRCULANTE So as obrigaes conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidao se espera que ocorra dentro do exerccio social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa, se este for superior a esse prazo. II PASSIVO NO CIRCULANTE So as obrigaes conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidao dever ocorrer em prazo superior a seu ciclo operacional, ou aps o exerccio social seguinte. III PATRIMNIO LQUIDO O patrimnio lquido representa os recursos prprios da entidade, e seu valor a diferena entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo - Passivo). Desta forma, o valor do patrimnio lquido pode ser positivo, negativo ou nulo. O patrimnio lquido dividido em: a) Capital So os investimentos efetuados na empresa pelos proprietrios e os decorrentes de incorporao de reservas e lucros. b) Reservas Representam valores decorrentes de reavaliao de ativos, retenes de lucros e de outros fatores. c) Lucros/Prejuzos Acumulados Representa o saldo remanescente dos lucros (ou prejuzos) lquidos, estes apresentados como parcela redutora do Patrimnio Lquido. Esta conta representa a interligao entre o Balano Patrimonial e a Demonstrao de Resultado do Exerccio. No caso de o Patrimnio Lquido ser negativo, ser demonstrado aps o Ativo, e seu valor final denominado de Passivo a Descoberto.

CONTAS RETIFICADORAS (devedoras) Patrimnio Lquido - Capital a Realizar valor d