ead apostila 10 hh economia (introdução) para administração

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Economia (Introdução) Professor Helio Henkin EA – Escola de Administração Curso de Administração

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Economia (Introdução)

Professor Helio Henkin

EA – Escola de Administração

Curso de Administração

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Introdução à Economia

Curso de AdministraçãoDisciplina: Economia (Introdução)

Apostilas Baseadas no Livro:Introdução à Economia Autor: Gregory MankiwEditora: Thomson – 3ª Edição

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Economia (Introdução)

Apostila 10

Os Tipos de Bens

Bens Públicos e Recursos Comuns

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Economia (Introdução) – Apostila 10

“Temos ainda que levar em conta aqueles bens materiais que se possuem em comum com os vizinhos, [...] Esses bens consistem nos benefícios que se tiram

da vida em certo lugar e em determinada época, sendo membro de um certo Estado ou comunidade; incluem a segurança civil e militar e o direito e oportunidade de

fazer uso dos bens do domínio público e das instituições de toda ordem, como das estradas, iluminação pública etc., assim como o direito à justiça e ao ensino gratuito. [...]Muitas dessas coisas são bens coletivos, isto é, bens que não são de propriedade privada. E isso nos leva a

considerar a riqueza do ponto de vista social, em contraposição ao ponto de vista individual.”

(Alfred Marshall, Princípios de Economia, 1890)

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Economia (Introdução) – Apostila 10

A análise da interação entre oferta e demanda no mercado aplica-se com clareza ao caso em que os bens possuem determinado preço e são apropriados de forma individual por quem decidiu pagar para ter o direito sobre aquele bem (ou serviço).

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Entretanto, há determinados tipos de bens para os quais a análise convencional de oferta e de demanda não se aplica: trata-se de bens que apresentam características peculiares quanto à apropriação individual do bem.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exclusão e Rivalidade

Um bem pode ter caráter excludente, ou seja, algumas pessoas podem ser impedidas de utilizá-lo, ou ele pode ser não excludente e todas as pessoas poderão usufruir do bem de forma igual, pois a exclusão ao bem é tecnicamente impossível ou economicamente muito onerosa.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exclusão e Rivalidade

Um bem pode ainda ter caráter de rivalidade: a utilização do bem impede que outra pessoa possa utilizá-lo. No caso de bens não rivais, a utilização do bem por parte de uma pessoa não impedirá outra de usufruir do mesmo bem. A utilização do bem por uma pessoa não diminui a sua disponibilidade para outro.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exclusão e Rivalidade

Os bens que são simultaneamente não excludentes e não rivais são os chamados bens públicos puros ou bens estritamente públicos.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exclusão e Rivalidade

Exemplo de bens não excludentes e não rivais: serviço de segurança pública, defesa nacional, serviço de alarme meteorológico, serviços de difusão oficial de notícias via rádio ou televisão, controle de epidemias, ações de melhoria do ar nas cidades de grande porte, acesso a áreas de recursos naturais, praias etc.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exclusão e Rivalidade

Alguns bens são excludentes e não rivais: é o caso de pontes ou determinadas estradas, que podem ser objeto de pedágio e cujo acesso pode ser impedido a determinados usuários. O bem é excludente, mas é não rival, pois o uso por parte de um usuário não diminui (ao menos não significativamente) a disponibilidade para os demais usuários.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exclusão e Rivalidade

Nestes casos, o custo de ofertar uma unidade adicional do bem é muito baixo, de tal modo que em geral é mais eficiente que haja apenas um produtor ofertando o bem. Se outros produtores fossem produzir neste mercado, seu custo seria muito mais elevado do que aquele já estabelecido (trata-se do chamado monopólio natural).

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exclusão e Rivalidade

Outros bens são rivais mas não excludentes: as águas de pequenos rios para uso agrícola e a pesca em região costeira ou em rios e lagoas são exemplos destes tipos de bens, aos quais também se aplica a denominação recursos comuns.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os economistas classificam os bens de acordo com seus caracteres e combinações em quatro tipos:

Bens Privados: excludentes e rivais.Bens Públicos: não excludentes e não rivais.Recursos Comuns: rivais e não excludentes.Monopólio Natural: excludentes e não rivais.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Bens Privados

Recursos Comuns

Bens Públicos

Monopólios Naturais

Rival?

Excludente?

não

não

sim

sim

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Bens Públicos

Os atributos de não rivalidade e não exclusão implicam o que se denomina falha de

mercado, termo que se refere a situações em que os mecanismos de oferta e

demanda não operam de forma a suprir os bens e serviços a custos eficientes, de modo a garantir a melhor alocação de

recursos possível, dadas as preferências, tecnologias e restrições orçamentárias dos

agentes.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Bens Públicos

No caso de bens públicos, há um incentivo dos consumidores a não pagarem pelo bem, dado que eles poderiam pegar

“carona” se a oferta fosse concretizada por um empreendedor privado, dado que seu acesso ao bem não pode ser impedido, dado o caráter de bem não excludente.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Bens Públicos

Entretanto, como os bens públicos são objeto da demanda, isto é, eles geram um

benefício ou valor aos demandantes, a sua oferta deve ser viabilizada por outro

mecanismo.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Bens Públicos

De modo geral, este mecanismo é a intervenção governamental, que tratará de ofertar o bem, desde que a avaliação dos

benefícios supere a avaliação dos custos de produção do bem (e a conseqüente

alocação de impostos para cobrir tais custos).

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exemplos de Bens Públicos

A Provisão de Defesa Nacional (em tempos de guerra o valor atribuído ás Forças Armadas é muito maior do que em tempos de paz).

A provisão de pesquisa de base (que traz muitas externalidades positivas para a economia em geral, mas que não é sentida diretamente pela população).

A provisão de iluminação nas ruas (uma pessoa que não anda na rua a noite não atribui o mesmo valor que uma pessoa notívaga).

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Outro exemplo do “carona”

Para ilustrar como o carona pode aparecer, imagine um prédio residencial com vinte apartamentos que anda tendo problemas com segurança. Alguns moradores,

preocupados com a situação, fazem uma análise custo-benefício e resolvem se juntar e contratar um vigia para o prédio, dividindo os encargos entre si. O problema é que dois moradores não estão dispostos a contratar o vigia e

se recusam a pagar pelos encargos. Como eles acham que não precisam gastar com segurança, pois eles mesmos

sabem se defender sozinhos, o valor que eles atribuem à segurança é diferente do resto dos moradores.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Outro exemplo do “carona”

Os moradores mesmo assim contratam o vigia e dividem os encargos dele entre aqueles que estão de acordo. Mas, uma vez que o vigia é contratado para guardar o prédio, o patrimônio dos dois moradores que não estão pagando pelo serviço também é

vigiado, ou seja, os dois moradores entram de “carona” no serviço prestado e não pagam nada por isso. Como resolver? A

administração por um órgão central deve resolver o problema. No caso de um prédio residencial, a introdução de um condomínio

com leis e regras que possam regular o comportamento dos moradores é a melhor solução.

Curiosidade: A Saúde Pública é também um bem público. O Controle Epidemiológico é feito no Brasil pela ANVISA e tem como objetivo proteger todos os brasileiros de epidemias. Um “carona” nesse caso seria o cidadão brasileiro que sonega impostos, deixando de pagar por um serviço que recebe. Leia a reportagem e veja uma das áreas de ação da ANVISA:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u74275.shtml

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Análise Custo-Benefício

Para decidir sobre a provisão de algum bem público, o governo utiliza a análise custo-benefício como auxílio. A análise custo-benefício é a estimação dos custos e dos

benefícios totais da provisão de um bem público e a comparação entre eles. Como o valor atribuído a um bem é diferente para cada agente, a análise pode ser

difícil de ser efetuada, o que pode prolongar o processo decisório e a introdução do bem pode ser demorada.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Recursos Comuns

Quando um bem não é excludente porém é rival, ou seja, todos podem usufruir do bem, mas sua utilização por um indivíduo diminui

ou restringe a disponibilidade para os demais. Nesta situação, pode-se falar de um excesso de demanda, que constitui

fonte de ineficiências ou mesmo de conflitos.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

A Tragédia dos Comuns

A Tragédia dos Comuns é uma parábola que ilustra como os recursos comuns tendem a gerar excessos de demanda que não são desejáveis para a sociedade. Como há externalidades negativas advindas do

excesso de demanda do bem, os resultados podem ser tais que podem extinguir a

oferta do bem ou torná-lo muito escasso.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

A Tragédia dos Comuns

No caso de recursos comuns, o excesso de demanda é tratado por algum tipo de

regulamentação, que restringe a utilização do recurso, de forma a evitar os problemas derivados do contínuo desequilíbrio entre a

disponibilidade e a demanda.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Alguns exemplos de Recursos Comuns:

Água e Ar Puro ( a medida que a poluição aumenta a sociedade usufrui menos desses bens, um exemplo típico é o da cidade de São Paulo com o Rio Tietê totalmente poluído e com o ar com altos níveis de poluição);

Estradas Congestionadas (a medida que aumenta o número de automóveis as estradas podem se tornar cada mais congestionadas, um exemplo regional é a da BR116, que está com sua capacidade de demanda esgotada);

Animais Selvagens (a matança de animais selvagens pode resultar na extinção deles. Um exemplo de administração é o caso dos pescadores artesanais da Lagoa dos Patos que são proibidos de pescar na época de reprodução dos peixes e o governo paga um seguro-desemprego todos os anos durante essa época para incentivar os pescadores a não infringirem a lei).

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exemplo: A Tragédia dos Comuns

Para ilustrar a Tragédia dos Comuns, imagine uma cidade grande. As pessoas com automóveis nas cidades grandes

precisam estacionar em algum lugar. Normalmente, os estacionamentos são públicos e, portanto, são não

excludentes. Porém são rivais, uma vez que uma pessoa estaciona numa vaga outra pessoa não pode estacionar

naquela vaga. A demanda por estacionamentos aumenta todos os anos com o aumento de automóveis nas ruas, o

que gera um excesso de demanda.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exemplo: A Tragédia dos Comuns

Como resultado, pessoas estacionam em locais proibidos, ou são obrigadas a sair muito cedo de casa para poder

achar um estacionamento, ou ainda, as pessoas precisam dar voltas nas quadras, gastando combustível e poluindo o ar da cidade. Esse é um exemplo da Tragédia dos Comuns:

enquanto os estacionamentos não são regulados, a população demanda em excesso, criando uma situação desconfortável e indesejável para todos. Se o governo

opta por não tomar nenhuma medida a tendência é que os resultados tornem-se cada vez mais negativos, com pessoas tendo cada vez mais dificuldades em achar

estacionamentos.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exemplo: A Tragédia dos Comuns

Para solucionar esse problema, o governo pode lançar mão de políticas que possibilitem a regulamentação do uso dos

estacionamentos públicos. Um exemplo são os estacionamentos públicos da cidade de Porto Alegre, que

possuem áreas azuis. Essa áreas são estacionamentos rotativos, em que uma pessoa pode ficar no máximo por duas

horas estacionada na vaga e deve pagar um valor para a utilização da vaga. Essa política diminui a demanda por

estacionamento, pois torna mais a cara a oferta de vagas e incentiva as pessoas a utilizarem outro meio de transporte.

Curiosidade: Veja que não é apenas a cidade de Porto Alegre que está tomando medidas para solucionar o excesso de demanda por estacionamentos:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u325189.shtml

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Direitos de Propriedade

No caso de Bens Públicos e Recursos Comuns pode-se dizer que o mecanismo de mercado é ineficiente, pois tenda a não gerar uma oferta adequada ou não equilibrar adequadamente a

oferta e a demanda. São casos que se enquadram na definição mais ampla de falhas

de mercado. Uma outra forma de analisar o problema dos bens públicos e dos recursos

comuns é a de tratar como um caso em que os direitos de propriedade não estão bem

estabelecidos.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Direitos de Propriedade

Quando os direitos de propriedade não estão bem estabelecidos, um bem que possui valor não tem um proprietário que possa exercer o controle sobre sua oferta e auferir o retorno sobre a atividade (e gastos) necessários para a sua produção.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Direitos de Propriedade

Quando os direitos de propriedade não estão bem estabelecidos, um bem que possui valor não tem um proprietário que possa exercer o controle sobre sua oferta e auferir o retorno sobre a atividade (e gastos) necessários para a sua produção.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Direitos de Propriedade Em alguns casos, os direitos de propriedade podem ser

estabelecidos de forma tal que o mecanismo de mercado pode ser útil para a eficiente alocação de recursos. Exemplo: compra e venda de licenças de poluição, compra e venda de direitos de circulação e estacionamento em áreas urbanas congestionadas, direitos de exploração de parques naturais, direitos de propriedade privada sobre animais em extinção.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Direitos de Propriedade Em outros casos, a solução poderá ser a

simples restrição legal de determinada atividade: é o caso das restrições de caça e pesca nas épocas do ano em que há procriação.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Os Direitos de Propriedade Finalmente, há os casos em que a solução está

no governo assumir os “direitos” de produzir e arrecadar para financiar a produção: é o caso da defesa nacional.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Conceitos-Chaves:

Rivalidade: propriedade de um bem; a utilização de um bem por parte de uma pessoa impede os demais de utilizá-lo.

Exclusão: propriedade de um bem; o bem é não excludente se uma pessoa não pode ser impedida de utilizar o bem em questão.

Bens Privados: excludentes e rivais.

Bens Públicos: não excludentes e não rivais.

Monopólio Natural: excludentes e não rivais.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Conceitos-Chaves:

Recursos Comuns: rivais e não excludentes.

A Tragédia dos Comuns: parábola que ilustra como os recursos comuns geram excessos de demanda que não são desejáveis para a sociedade.

Carona: alguém que recebe o benefício de um bem mas evita pagar por ele.

Análise Custo-Benefício: estudo que compara os custos e benefícios de um bem público para a sociedade.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exercícios e Aplicações:

1. Analise o caso da segurança pública no Brasil sob a ótica de bens públicos, recursos comuns e externalidades.

2. Imagine que em uma cidade grande, em um país em desenvolvimento, como o Brasil, haja um conjunto de prédios antigos que sejam considerados importantes sob a perspectiva de valor histórico e cultural e que justificam sua preservação. Identifique e analise soluções alternativas que incluam:

a) um tratamento como bens públicos puros; b) a concessão de direitos de propriedade e exploração privada.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exercícios e Aplicações:

3. Suponha que o proprietário de um sítio situado à margem de um rio sujeito a grandes enchentes decida mobilizar seus vizinhos, todos expostos ao mesmo risco periódico, com o propósito de se cotizarem para a construção de uma barragem que regularize a vazão do rio, evitando enchentes. Explique por que essa iniciativa está provavelmente fadada ao fracasso e indique como pode ser resolvida.

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Economia (Introdução) – Apostila 10

Exercícios e Aplicações:

4. Na definição de bem público, os conceitos de não rivalidade e de não exclusão dizem respeito, respectivamente, aos fatos de que

a) não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado serviço e de que seus custos de produção são exclusivamente públicos.

b) não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado serviço e de que o consumo de uma unidade do serviço não reduz a quantidade disponível para outros consumidores.

c) o consumo de uma unidade do serviço reduz a quantidade disponível para outros consumidores e de que não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado serviço.

d) o consumo de uma unidade do serviço não reduz a quantidade disponível para outros consumidores e de que não se pode excluir uma pessoa do consumo daquele serviço.

e) não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado serviço e de que seus custos de produção são exclusivamente privados.

(BNDES – Economia – 2002)