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ELABORAÇÃO DO MATERIAL Adm. Carlos Alberto Lopes CURSO GESTÃO E TREINAMENTO Junho/2018 e-Social - 2018 MG - UNAÍ Resolução nº 13, de 6 de março de 2018, aprovando as versões 2.4.02 do leiaute do eSocial e 2.4 do Manual de Orientação do eSocial REALIZAÇÃO É proibida a reprodução total ou parcial, inclusive a produção de apostila com base neste material, por qualquer forma ou meio, ainda que através de processo xerográfico, de fotocópias ou de gravação, sem a prévia autorização do titular dos direitos autorais.

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ELABORAÇÃO DO MATERIAL

Adm. Carlos Alberto Lopes

CURSO

GESTÃO E TREINAMENTO

Junho/2018

e-Social - 2018 –MG - UNAÍ

Resolução nº 13, de 6 de março de 2018, aprovando as versões 2.4.02 do

leiaute do eSocial e 2.4 do Manual de Orientação do eSocial

REALIZAÇÃO

É proibida a reprodução total ou parcial, inclusive a produção de apostila com base neste

material, por qualquer forma ou meio, ainda que através de processo xerográfico, de fotocópias ou

de gravação, sem a prévia autorização do titular dos direitos autorais.

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Sumario

1 – O QUE É ESOCIAL - FUNDAMENTOS LEGAIS

2 - CONCEITO DO ESOCIAL

3 - SÃO PRINCÍPIOS DO ESOCIAL:

4 - QUEM ESTÁ OBRIGADO AO ESOCIAL?

5 - O ESOCIAL X EFD-REINF: SISTEMAS COMPLEMENTARES

6 - FORMA DE SUBSTITUIÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA GFIP, OUTRAS DECLARAÇÕES E

FORMULÁRIOS, PELAS INFORMAÇÕES CONSTANTES DO ESOCIAL

7 - AMBIENTES DO ESOCIAL

8 - LÓGICA DO SISTEMA E RECOMENDAÇÕES

9 - IDENTIFICADORES

10 - MODELO OPERACIONAL DO ESOCIAL

11- EVENTOS DO ESOCIAL (sequência numérica do MOS 2.4)

11 - A. Relação dos Eventos e Requisitos – Pagina 36 a 38 do MOS 2.4

12. DATAS

13. RETIFICAÇÕES E ALTERAÇÕES

14. RETIFICAÇÕES

15. TRATAMENTO DAS INCONSISTÊNCIAS GERADAS PELO ENVIO EXTEMPORÂNEO DE EVENTOS:

16. EXCLUSÕES DE EVENTOS

17. CONSULTA DAS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS

18. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE OS EVENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO – SST

19 - DCTFWeb

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A - CFC SOLICITA À RECEITA A REFORMULAÇÃO DO CALENDÁRIO DO ESOCIAL ÀS EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL (CFC - FENACOM – SEBRAE NACIONAL)

Ofício n.º 819/2018 Direx-CFC Brasília (DF), 19 de junho de 2018.

Ao Senhor Jorge Antônio Deher Rachid Secretário da Receita Federal Receita Federal do Brasil Ministério da Fazenda Brasília (DF)

C/C Iágaro Jung Martins Subsecretário de Fiscalização da Receita Federal O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) entregou, nesta terça-feira (19), um ofício à Receita Federal pedindo a reformulação do calendário da implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) De acordo com o ofício, a complexidade e a quantidade de informações que são exigidas pelo sistema provocarão grandes mudanças estruturais às empresas que ainda encontram dificuldades de adequação ao módulo. ... Desta forma, e já extrapolando situação idêntica para as empresas de pequeno porte, que sequer possuem estrutura própria para dar atendimento à mencionada demanda, dependendo, para tanto, dos préstimos dos profissionais da contabilidade, é que vemos com enorme dificuldade, para não dizer impossibilidade, no cumprimento dos prazos estabelecidos. A complexidade e a quantidade de informações que são exigidas pelo sistema informatizado do eSocial provocarão uma mudança substancial na estrutura de controles internos para as empresas, mudança à qual muitas delas, em especial as enquadradas no Simples Nacional, terão que se adequar. Já se observa dificuldade na qualificação de dados cadastrais dos funcionários, que poderão ensejar problemas com a própria emissão das guias de recolhimento das contribuições, prejudicando a arrecadação. Além dessas ocorrências, há a necessidade de desmembramento dos módulos de Segurança e de Medicina do Trabalho, uma vez que as informações necessárias para o cumprimento desse quesito são oriundas de empresas terceirizadas, que também, em linhas gerais, terão dificuldades no repasse de tais informações no início da implantação da obrigatoriedade. Lembramos, por oportuno, que a Lei Complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006, em seu Art. 1º, prevê tratamento diferenciado para as micros e pequenas empresas, inclusive no cumprimento das obrigações acessórias, o que não está sendo observado pela RFB no presente caso, pois tais empresas estão sendo obrigadas a adotar os mesmos prazos de implementação do eSocial estipulado para as empresas de médio e grande porte, e não haverá tempo hábil para essas empresas se prepararem adequadamente para o uso do novo sistema no cronograma atual. B - CIRCULAR N° 814, DE 12 DE JUNHO DE 2018 - A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Divulga o Manual de Orientação para o Empregador e Desenvolvedor, versão 3.0 - Que trata da solução sistêmica e operacional para a comunicação com o FGTS.

A Caixa Econômica Federal CAIXA, na qualidade de Agente Operador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 7º, inciso II, da Lei 8.036/90, de 11/05/1990, e de acordo com o Regulamento Consolidado do FGTS, aprovado pelo Decreto nº 99.684/90, de 08/11/1990, alterado pelo Decreto nº 1.522/95, de 13/06/1995, em consonância com a Lei nº 9.012/95, de 11/03/1995 e com o Decreto n 8.373, de 11 de dezembro de 2014, publica a presente Circular.

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1 Divulga o Manual de Orientação para o Empregador e Desenvolvedor, versão 3.0, que trata da solução sistêmica e operacional para a comunicação com o FGTS e geração da guia de recolhimentos do FGTS - GRFGTS, para uso em ambiente de produção restrita do FGTS e ambiente de produção após a vigência do eSocial. C - INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1810 DE 13/06/2018

Destaca-se a unificação dos regimes jurídicos de compensação tributária (créditos fazendários e previdenciários) relativamente às pessoas jurídicas que utilizarem o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social) para apuração das contribuições a instituídas a título de substituição e as devidas a terceiros.

A compensação tributária unificada será aplicável somente às pessoas jurídicas que utilizarem o e-Social para a apuração das referidas contribuições.

Altera a Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, que dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária, e a Instrução Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de 2017, que estabelece normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 327 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de 9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto no § 12 do art. 89 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no § 3º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, no § 6º do art. 18 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e nos arts. 26 e 26-A da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007,

Resolve:

Art. 1º A Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, passa a vigorar com a seguinte alteração:

"Art. 113. O valor retido na forma do art. 112 poderá ser objeto de dedução, restituição ou compensação, na forma estabelecida pela Instrução Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de 2017." (NR)

Artigo 2º A Instrução Normativa nº 1.717, de 17 de julho de 2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 30. A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção de contribuições previdenciárias no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, que não optar pela compensação dos valores retidos, na forma prevista no art. 88, ou que possuir, após a compensação, saldo em seu favor, poderá requerer a restituição do valor não compensado, desde que a retenção esteja destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e declarada em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), ressalvado o disposto no art. 30-A.

....." (NR)

"Art. 31. Na hipótese de a empresa contratante que não utilizar o eSocial para apuração das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, efetuar recolhimento de valor retido em duplicidade ou a maior, o pedido de restituição poderá ser apresentado pela empresa contratada ou pela empresa contratante.

....." (NR)

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"Art. 34. A restituição de pagamento indevido ou a maior relativo ao AFRMM ou à TUM poderá ser solicitada mediante requerimento específico, disponível no sítio da RFB na Internet, no endereço , a ser apresentado nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.782, de 11 de janeiro de 2018.

....." (NR)

"Art. 62. O reembolso à empresa ou equiparada, de valores de quotas de salário-família e salário-maternidade pagos a segurados a seu serviço, poderá ser efetuado mediante dedução no ato do pagamento das contribuições devidas à Previdência Social, correspondentes ao mês de competência do pagamento do benefício ao segurado, devendo ser declarado em GFIP, ressalvado o disposto no art. 62-A.

....." (NR)

"Art. 63. Quando o reembolso envolver valores não declarados ou declarados incorretamente na GFIP ou no eSocial, o deferimento do pedido ficará condicionado à retificação das informações." (NR)

"Art. 65. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive o crédito decorrente de decisão judicial transitada em julgado, relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela RFB, ressalvada a compensação de que trata a Seção VII deste Capítulo.

....." (NR)

"Art. 76. .....

.....

XII - o crédito resultante de pagamento indevido ou a maior efetuado no âmbito da PGFN;

XIII - o débito ou o crédito que se refira ao AFRMM ou à TUM;

XIV - o crédito objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento e o crédito informado em declaração de compensação cuja confirmação de liquidez e certeza esteja sob procedimento fiscal, observado o disposto no parágrafo único;

XV - os valores de quotas de salário-família e de saláriomaternidade;

XVI - os débitos relativos ao recolhimento mensal por estimativa do IRPJ e da CSLL apurados na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996;

XVII - as contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, na hipótese em que a compensação de que trata a Seção I deste Capítulo for efetuada por sujeito passivo que não utilizar o eSocial para apuração das referidas contribuições;

XVIII - os tributos apurados na forma do regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico), instituído pela Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015;

XIX - o débito das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007:

a) relativo a período de apuração anterior à utilização do eSocial para apuração das referidas contribuições; e

b) relativo a período de apuração posterior à utilização do eSocial com crédito dos demais tributos administrados pela RFB concernente a período de apuração anterior à utilização do eSocial para apuração das referidas contribuições; ou

XX - o débito dos demais tributos administrados pela RFB:

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a) relativo a período de apuração anterior à utilização do eSocial para apuração das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, com crédito concernente às referidas contribuições; e

b) com crédito das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, relativo a período de apuração anterior à utilização do eSocial para apuração das referidas contribuições.

Parágrafo único. O procedimento fiscal a que se refere o inciso XIV do caput restringe-se ao procedimento fiscal distribuído por meio de Termo de Distribuição de Procedimento Fiscal (TDPF)." (NR)

"Art. 84. O sujeito passivo que apurar crédito relativo às contribuições previdenciárias previstas nas alíneas "a" a "d" do inciso I do parágrafo único do art. 1º, passível de restituição ou de reembolso, inclusive o crédito relativo à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), poderá utilizá-lo na compensação de contribuições previdenciárias correspondentes a períodos subsequentes, observado o disposto no art. 87-A.

.....

§ 9º A compensação de débitos da CPRB com os créditos de que trata o caput será efetuada por meio do programa PER/DCOMP ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Declaração de Compensação, constante do Anexo IV desta Instrução Normativa, e observará o disposto no inciso II do caput do art. 26-A da Lei nº 11.457, de 2007." (NR)

"Art. 88. Ressalvado o disposto no art. 88-A, a empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, poderá compensar o valor retido quando do recolhimento das contribuições previdenciárias, inclusive as devidas em decorrência do décimo terceiro salário, desde que a retenção esteja:

....." (NR)

"Art. 92. Na hipótese de restituição ou ressarcimento dos demais créditos ou do saldo remanescente de que trata o art. 91, existindo, no âmbito da RFB ou da PGFN, débitos tributários vencidos e exigíveis do sujeito passivo, exceto débitos de contribuições a que se referem os incisos I e II do parágrafo único do art. 1º confessados em GFIP, será observado, na compensação de ofício, sucessivamente:

....." (NR)

"Art. 93. .....

VI - o débito das contribuições a que se referem os incisos I e II do parágrafo único do art. 1º confessado em GFIP, na ordem estabelecida no art. 90; e....." (NR)

"Art. 97. No prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis, contado da data em que a compensação for promovida de ofício ou em que for apresentada a declaração de compensação, compete à RFB adotar os seguintes procedimentos:

I - debitar o valor bruto da restituição, acrescido de juros, se cabíveis, ou do ressarcimento, à conta do tributo respectivo; e

II - creditar o montante utilizado para a quitação dos débitos à conta do respectivo tributo e dos respectivos acréscimos e encargos legais, quando devidos.

§ 1º Na hipótese em que a compensação for considerada não homologada ou não declarada, os procedimentos de que tratam os incisos I e II do caput deverão ser revertidos.

§ 2º Para fins do disposto no inciso I do caput, no caso de crédito relativo ao Reintegra, o débito do valor bruto do ressarcimento será efetuado à conta dos seguintes tributos:

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I - 17,84% (dezessete inteiros e oitenta e quatro centésimos por cento) para a Contribuição para o PIS/Pasep; e

II - 82,16% (oitenta e dois inteiros e dezesseis centésimos por cento) para a Cofins." (NR)

"Art. 105. O procedimento de habilitação de crédito decorrente de ação judicial não se aplica à compensação de que trata a Seção VII do Capítulo V." (NR)

Art. 3º A Seção VII do Capítulo V da Instrução Normativa nº 1.717, de 2017, passa a vigorar com o seguinte enunciado:

"Da Compensação de Contribuições Previdenciárias pelo Sujeito Passivo que Não Utilizar o eSocial para Apuração das Contribuições" (NR)

Art. 4º A Instrução Normativa nº 1.717, de 2017, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:

"Art. 30-A. A empresa contratada que utilizar o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para apuração das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, e possuir saldo de retenção em seu favor, após a dedução de que trata o art. 88-A, poderá pleitear a sua restituição, desde que a retenção esteja destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e declarada na Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf).

Parágrafo único. Na falta de destaque do valor da retenção na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, a empresa contratada poderá receber a restituição pleiteada somente se comprovar o recolhimento do valor retido pela empresa contratante."

"Art. 62-A. Na hipótese de utilização do eSocial para apuração das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, a empresa poderá deduzir das contribuições devidas na respectiva competência os valores de quotas de salário-família e salário-maternidade pagos a segurados a seu serviço.

§ 1º A dedução a que se refere o caput deverá ser efetuada na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb).

§ 2º Depois de efetuada a dedução a que se refere o caput, na hipótese de remanescer saldo em favor da empresa, este poderá ser objeto de pedido de reembolso.

§ 3º Na hipótese em que a empresa não efetuar a dedução a que se refere o caput, os valores de quotas de salário-família e salário-maternidade poderão ser objeto de pedido de reembolso."

"Art. 87-A. O disposto nesta Seção aplica-se somente à compensação de contribuições previdenciárias pelo sujeito passivo que não utilizar o eSocial para apuração das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007."

"Art. 88-A. Na hipótese de utilização do eSocial para apuração das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, a empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, poderá deduzir o valor retido das contribuições devidas na respectiva competência, desde que a retenção esteja:

I - declarada na EFD-Reinf na competência da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços; e

II - destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços ou a contratante tenha efetuado o recolhimento desse valor.

§ 1º A dedução a que se refere o caput deverá ser efetuada na DCTFWeb.

§ 2º Para fins de dedução da importância retida, será considerada como competência da retenção o mês da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

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§ 3º O sujeito passivo poderá requerer a restituição do saldo remanescente, na forma estabelecida no art. 30-A, ou utilizá-lo em declaração de compensação, na forma estabelecida no art. 65."

"Art. 97-A. Homologada a compensação declarada, expressa ou tacitamente, ou efetuada a compensação de ofício, a unidade da RFB adotará os seguintes procedimentos:

I - registrará a compensação nos sistemas de informação da RFB que contenham informações relativas a pagamentos e compensações;

II - certificará, se for o caso:

a) no pedido de restituição ou de ressarcimento, qual o valor utilizado na quitação de débitos e, se for o caso, o saldo a ser restituído ou ressarcido; e

b) no processo de cobrança, qual o montante do crédito tributário extinto pela compensação e, sendo o caso, o saldo remanescente do débito; e

III - expedirá aviso de cobrança, na hipótese de saldo remanescente de débito, ou ordem bancária, na hipótese de remanescer saldo a restituir ou a ressarcir depois de efetuada a compensação de ofício."

Art. 5º Ficam revogados os incisos III, IV e V do caput do art. 97 da Instrução Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de 2017.

Art. 6º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

JORGE ANTONIO DEHER RACHID

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D - EXEMPLO DE PESQUISA E INFORMAÇÃO

INFORMAÇÕES DO EMPREGADOR (S-1000)

Por meio deste evento serão fornecidas pelo empregador/contribuinte/órgão público as informações cadastrais, alíquotas e demais dados necessários ao preenchimento e validação dos demais eventos do eSocial, inclusive para apuração das contribuições previdenciárias devidas ao RGPS e para a contribuição do FGTS. Esse é o primeiro evento que deverá ser transmitido pelo empregador/contribuinte/órgão público. Não pode ser enviado qualquer outro evento antes deste. É importante verificar a compatibilidade entre a classificação tributária do empregador (Tabela 08), o tipo de lotação tributária (Tabela 10) e a categoria dos trabalhadores (Tabela 01), com o que consta na Tabela 11 do leiaute do eSocial.

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EXEMPLO 2: CONTRATAÇÃO DE MEI "Na contratação de MEI - Microempreendedor Individual, quando este prestar serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, a pessoas jurídicas, o contratante deverá enquadrá-lo na categoria 741 da Tabela 1 – Categoria de Trabalhadores. Neste caso, o MEI deve ser tratado como contribuinte individual, sem sofrer, no entanto, a retenção da contribuição previdenciária devida por esta espécie de segurado, e ser identificado pelo CPF e NIS. Nos demais casos de contratação de MEI por pessoa jurídica, o contratante nada informará no eSocial.", pag. 84 do MOS. EXEMPLO 3: SAIBA COMO GERAR O EVENTO S-1295 - SOLICITAÇÃO DE TOTALIZAÇÃO PARA PAGAMENTO EM CONTINGÊNCIA SOCIAL Esse evento não é obrigatório e é usado para solicitar a totalização das Contribuições Sociais e do Imposto de Renda, com base nas informações do eSocial, quando houver insucesso no encerramento normal dos eventos periódicos (realizado pelo envio do evento S – 1299). Não existe obrigatoriedade no envio deste evento. Pode ser enviado entre os dias 1º e 20 do mês subsequente ao da apuração mensal e do mês de dezembro no caso da apuração anual(Décimo-Terceiro). Deve ser feito após o envio dos eventos periódicos (S–1200 a S-1280 e S-2299 e S-2399) e o insucesso do envio do evento S-1299 pela não satisfação da REGRA_VALIDA_FECHAMENTO_FOPAG. 1º) Trata-se de uma solução de contingência para a hipótese de insucesso do fechamento dos eventos periódicos, para ser utilizada quando inexistir condições para proceder o ajuste que motivou o insucesso do evento S-1299. Por exemplo: Na impossibilidade de envio de

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remuneração de determinado trabalhador e proximidade de encerramento do prazo de vencimento dos tributos.

2º) O envio do evento S-1295 não cumpre a obrigação acessória de efetuar o fechamento dos eventos periódicos. Este cumprimento somente ocorre com o envio com sucesso do evento S-1299.

3º) Por se tratar de uma contingência há um limite de 3 envios deste evento por período de apuração.

4º) Transmitido o evento S-1295, o posterior envio com sucesso do evento de fechamento total (S-1299) retornará com o cálculo de todas as contribuições devidas no período de apuração e não apenas do saldo entre este (total) e o apurado com a entrega do evento S-1295.

Como até o momento não há orientações no manual do eSocial sobre o evento S-1295, segue abaixo algumas considerações: 1. Após enviar o evento S-1295, será necessário enviar o S-1299 para concluir o fechamento do período de apuração? Resposta: Somente será possível enviar o evento S-1295, após a tentativa do envio do evento S-1299 sem sucesso. Será obrigatório enviar o evento S-1299 para fechar o mês em questão. Apenas será aceito após uma tentativa frustrada do envio de um S-1299, rejeitado exclusivamente pelo motivo de haver funcionários ainda sem eventos periódicos. Em qualquer outro caso, esse evento S-1295 não poderá ser utilizado. 2. Caso tenha enviado o S-1295 e a empresa identifique que precisa retificar alguma informação do período de apuração em questão, será necessário enviar o S-1298 para reabertura do período? Resposta: Não. O evento S1295 não efetua o fechamento do mês, apenas possibilidade que seja possível efetuar a emissão do pagamento dos tributos com os eventos de remuneração enviados até o momento. 3. O que acontece se após enviar o S-1299 – Fechamento, for enviado um S-1295 para o mesmo período de apuração? Este segundo anula o envio do primeiro? Resposta: Após o envio S-1299 não será possível enviar o evento S-1295 4. Por que está limitado a 3 envios por período de apuração? Resposta: Foi limitado a 3 envio por período de apuração, pois entendendo que o envio por 3 vezes seria suficiente para atender a necessidade da empresa. 5. Com relação à regra: Só é aceito entre os dias 01 e 20 do mês subsequente ao do período de apuração, no caso de apuração mensal ({perApur} no formato 'AAAA-MM') e entre os dias 01 e 20 de dezembro, no caso de folha de pagamento anual ({perApur} no formato 'AAAA'). a) Se o evento S-1299 deve ser enviado até o dia 07 do mês subsequente, por que o evento S-1295 tem um prazo maior, até o dia 20 do mês subsequente? Resposta: dia 20 é o prazo limite para o recolhimento da contribuição previdenciária.

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b) No caso de período de apuração anual, o prazo de envio é antecipado? Pois se o evento S-1299 pode ser enviado até o dia 7 do mês subsequente, o S-1295 tem que ser enviado até o dia 20 de dezembro? Resposta: O dia 20 de dezembro é o prazo limite para o recolhimento da contribuição previdenciária sobre o 13º. 6. De acordo com o layout do evento S-1295, não há possibilidade de retificação deste evento. Mas poderá ser excluído através do S-3000. Esta regra está correta? Resposta: Sim. Lembrando que a exclusão do S-1295 ou S-1299 não exclui a informação enviada para a DCTF que somente será substituída com o envio de um novo S-1295 ou S-1299. EXEMPLO 4: TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS Transferência entre empregados entre matriz e filial deve ser informada no evento S-2200 (Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso do Trabalhador) ou no evento S-2206 (Alteração contratual)? O manual de Orientação do eSocial (MOS), determina que, no que se refere a transferência, só será enviada informação no evento S-2200 (Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso do Trabalhador) quando houver transferência de empregados entre empresas do mesmo grupo econômico ou em decorrência de uma sucessão, fusão ou incorporação. Quando a transferência ocorrer dentro da mesma raiz de CNPJ (matriz e filiais), bastará enviar o evento S-2206 (Alteração contratual), informando a nova lotação de trabalho deste empregado. Ressaltamos porém que, antes do envio do evento contendo as alterações contratuais, deverá ser transmitido o evento S-2200, contendo os dados originais do contrato de trabalho do vínculo, visto que o envio deste é pré requisito para o envio do evento S-2206. EXEMPLO 5: QUAIS TREINAMENTO QUE SERÃO EXIGIDOS OBRIGATORIAMENTE NO CAMPO OBSERVAÇÕES DA TABELA S-2200 DO ESOCIAL? m Janeiro de 2019 todos os eventos do eSocial que compõem o grupo de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) deverão ser transmitidos por todos os contribuintes independentemente do seu faturamento, salvo os Órgãos públicos - Administração pública Direta e Indireta que realizarão a transmissão destes dados a partir de julho deste mesmo ano. Na Tabela S-2200 - (Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão) após a mudança de leiaute (2.4), foi inserido no campo observação informações referentes ao grupo de SST sobre os treinamentos obrigatório previstos nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho (NR). Grande parte desses treinamentos precisam ser ministrados aos empregados antes do início de suas atividades monitoradas na empresa, com isso, devem ser informados junto com o cadastramento inicial do vínculo. Treinamentos obrigatórios antes do início das atividades monitoradas:

NR 12 -Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

NR 18 -Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

NR 20 -Combustíveis e Inflamáveis

NR 33 -Espaço Confinado

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Treinamentos obrigatórios no decorrer das atividades:

NR 5 - CIPA

NR 6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI) periodicamente

NR 7 - Primeiros Socorros

NR 10 - Básico (Eletricidade) 40 horas, bienalmente

NR 10 - Reciclagem (Eletricidade)

NR 11 -Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais

NR 13 -Caldeiras e Vasos de Pressão

NR 23 -Brigada de Incêndio

NR 35 -Trabalho em Altura OBS: Todos os treinamentos, mesmo que ministrados na admissão devem ser realizados de forma periódica durante todo o período do empregado na atividade. EXEMPLO 6: ESOCIAL - TABELA DE HORÁRIOS/TURNO DE TRABALHO S-1050 Caso o intervalo seja em Horário Fixo, o manual não detalha e exemplifica a forma de preenchimento. entendemos que o preenchimento do evento S-1050 Tabela de Horário/Turno de Trabalho, deve ocorrer com os intervalos determinados na jornada de trabalho, sem considerar as pausas para lanche e/ou café. Exemplo:

Jornada do Empregado: (08:00 - 12:00) - (13:30 - 18:00) Intervalo Jornada: (12:00 - 13:30) Pausa Lanche/Café: (09:00 - 09:15) e (15:00 - 15:15) O evento S-1050 Tabela de Horário/Turno de Trabalho, neste exemplo, deve ser preenchido com o campo intervalo das 12:00 as 13:30. Visto que neste momento inicial do eSocial não se efetua o controle de horário realizado pelo funcionário (Portaria 1510). Os dados constantes neste evento S-1050 que devem ser declarados, são os mesmos que constam registrados na Ficha de Registro do funcionário que é seu documento oficial e está sendo substituído através do conjunto de informações que compõe o projeto eSocial. EXEMPLO 7: SITUAÇÃO SEM MOVIMENTO A situação “Sem Movimento” para o empregador/contribuinte/órgão público somente ocorrerá quando não houverem informações a serem enviadas, para o grupo de eventos periódicos S-1200 a S-1280.

Neste caso, o empregador/contribuinte/órgão público enviará o evento “S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos” sem movimento na primeira competência do ano em que está situação ocorrer.

Caso a situação sem movimento persista nos anos seguintes, o empregador/contribuinte deverá repetir este procedimento na competência janeiro de cada ano.

No evento de fechamento será enviado a informação com a descrição “Informar a primeira competência a partir da qual não houve movimento, cuja situação perdura até a competência atual.

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Mesmo que o empregador/contribuinte/órgão público, pessoa jurídica, nunca tenha remunerado qualquer trabalhador, uma vez por ano – competência janeiro, deve ser informado SEM MOVIMENTO no evento “S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos”. EXEMPLO 8: ESOCIAL - SALÁRIO MATERNIDADE - 13º SALÁRIO Empresa deve pagar o 13º salário integral para as funcionárias afastadas por licença maternidade. O valor de 13º salário proporcional aos dias de licença maternidade panos no ano será deduzido da GPS de 13º salário do respectivo ano para que a Previdência Social possa reembolsar a empresa.

Desta forma a rubrica "4051 - Salário Maternidade - 13º salário" apresentará exclusivamente o valor correspondente ao 13° salário pago pelo empregador, no período de licença maternidade. Este valor corresponderá a dedução da Guia de Previdência Social.

Nas rubricas destinadas ao pagamento de 13º salário deverá ser apresentado o saldo desta remuneração, destinada a funcionária. EXEMPLO 9: ESOCIAL - QUAL O PRAZO PARA INFORMAR DESLIGAMENTO NO ESOCIAL? É importante observar que tratando-se de desligamento temos dois eventos envolvidos: S-2250 - Aviso Prévio

S-2299 - Desligamento

O evento S2250 deve ser enviado em até 10 (dez) dias de sua comunicação. O aviso prévio indenizado não gera o envio deste evento, devendo ocorrer o envio exclusivamente do evento S-2299. Este evento S-2250 deve ser utilizado apenas quando houver o cumprimento do aviso prévio, ainda que parcial! Assim ocorrendo uma comunicação de aviso prévio em 05/03/2018 o prazo para o envio do S-2250 ao RET será 15/03/2018 Em caso de cumprimento parcial de aviso, não há necessidade de retificação do evento S2250– Aviso prévio e sim de ser informado no campo {IndCumprParc} do evento S2299 as seguintes opções: 1 – cumprimento parcial em razão de obtenção de novo emprego; 2 – cumprimento parcial por iniciativa do empregador. Tratando-se da opção “2”, o empregador deve informar, ainda, no evento “S2299 – Desligamento”, o valor dos dias indenizados de aviso prévio. Já com relação ao evento S2299 as informações de desligamento de empregados devem ser enviadas até 10 (dez) dias seguintes à data do desligamento, desde que não ultrapasse a data do envio do evento “S-1200 – Remuneração”, para o empregado a que se refere o desligamento. Assim ocorrendo um desligamento em 12/03/2018 o prazo para envio do S-2299 ao RET será 22/03/2018 Caso prático: Comunicação de Aviso em 12/03/2018, sendo 30 dias de aviso trabalhado Aviso 12/03/2018 prazo do S2250→ 22/03/2018

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Desligamento 11/03/2018 prazo do S2299 → 21/03/2018 Na hipótese destes eventos terem sido transmitidos indevidamente deve ser enviado o evento “S-3000 – Exclusão de Eventos”, para sua exclusão. EXEMPLO 10: REINTEGRAÇÃO Estão obrigados a entrega deste evento todos os empregadores que, por decisão administrativa ou Judicial tenham que reintegrar o trabalhador desligado ao seu quadro de funcionários. O prazo para o envio deste evento será até o dia 07 do mês subsequente ao que se refere a reintegração, desde que não ultrapasse a data do envio do evento S-1200 (Remuneração de Trabalhador vinculado ao Regime geral de Previdência Social). Para que a reintegração seja aceita no ambiente do eSocial, o pré requisito é tenha sido enviado anteriormente o evento S-2299 (Desligamento) ou S-2200 (Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de Trabalhador) com o campo {dtDesig} devidamente preenchido. Quando a reintegração ocorrer por determinação judicial será necessário informar o número do processo que rege a reintegração, entretanto o cadastro deste processo não deverá ser vinculado no evento S-1070 (Tabela de Processos Administrativos e Judiciais). O pagamento relativo aos dados do processo, não se dará através do evento S-1200, tais valores deverão serem transmitidos na sistemática anterior a implantação do eSocial, até que exista dentro do sistema um módulo específico para o tratamento das Reclamatórias Trabalhistas. Quando a reintegração for por motivo diverso de decisão judicial, o empregador deve enviar o evento S-1200 (Remuneração do Trabalhador) de todo o período em que o empregado esteve afastado de suas funções em razão do desligamento, recolher os tributos, contribuições previdenciárias e FGTS devido no período, com suas respectivas multas e encargos, como se tivesse sido quitados fora do prazo. Deve ser enviado também um único evento S-1210 (Pagamento de rendimentos do Trabalho) informando o pagamento dos valores relativos a todo período de apuração. Importante: Na reintegração será mantida a matrícula que foi informada anteriormente ao eSocial no cadastro inicial do vínculo. EXEMPLO 11: COMO TRATAR OS CASOS DE AUMENTO SALARIAL DECORRENTE DE ACORDO COLETIVO, CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO RETROATIVOS No evento "S-1200 Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral da Previdência Social", serão encaminhadas as informações da remuneração de cada trabalhador no mês de referência (competência). Esse evento deve ser utilizado pelo empregador/contribuinte/órgão público para informar a parcela remuneratória devido a todos seus trabalhadores, estagiários e bolsistas, exceto aqueles vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), cuja informação deve ser prestada em evento próprio, evento "S-1202 - Remuneração de servidor vinculado a Regime Próprio de Previdência Social - RPPS". No evento S-1200 Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral da Previdência Social, existe um bloco para as informações do período anterior chamado (infoPerAnt), ou seja, um registro destinado ao preenchimento da remuneração relativa a diferenças salariais provenientes de acordo coletivos, convenção coletiva e dissidio, além disto será necessário informar também a qual ano/mês é devida a obrigação de pagar os efeitos remuneratórios, ou seja, a qual competência refere-se estes valores . Maiores detalhes podem ser consultados no Leiaute do eSocial, evento "S-1200", campos 72 a 79 (Versão leiaute eSocial 2.4).

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Nos casos de aumento salarial decorrente de acordo coletivo de trabalho, convenção coletiva de trabalho ou de lei, em que são devidos valores retroativos, o empregador precisa enviar o evento S-2206 - Alteração de Contrato de Trabalho, informando o valor do novo salário, a data a partir da qual ele passou a ser devido e o mês de celebração do acordo ou convenção, ou de promulgação da lei. Caso tenha ocorrido alteração contratual entre o mês em que o novo salário passou a ser devido e o envio do evento S-2206 - Alteração de Contrato de Trabalho, o empregador deve enviar, se for o caso, os eventos necessários ao registro dos novos salários. E - CRONOGRAMA DO ESOCIAL ESOCIAL SERÁ IMPLANTADO EM CINCO FASES A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 O Comitê Gestor do eSocial anunciou nesta quarta-feira (29), Resolução - nº 03, de 29 de novembro de 2017), o cronograma de implantação do programa, que será implantado em cinco fases a partir do primeiro semestre de 2018. Neste primeiro momento, a medida é voltada para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões anuais, que passam ter a utilização obrigatória do programa a partir de 8 de janeiro de 2018. Esse grupo representa 13.707 mil empresas e cerca de 15 milhões de trabalhadores, o que representa aproximadamente 1/3 do total de trabalhadores do país. A implantação em cinco fases também será adotada para as demais empresas privadas do país, incluindo micros e pequenas empresas e MEIs que possuam empregados, cuja utilização obrigatória está prevista para 16 de julho do ano que vem (18). Já para os órgãos públicos, o eSocial torna-se obrigatório a partir de 14 de janeiro de 2019. Quando totalmente implementado, o eSocial reunirá informações de mais de 44 milhões de trabalhadores do setor público e privado do país em um único sistema. Conforme explicou o assessor especial para o eSocial, Altemir Linhares de Melo, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), em Brasília, o envio de obrigações pelas empresas em etapas para o eSocial é uma resposta do governo às solicitações realizadas pelas empresas e confederações participantes do projeto com o objetivo de garantir segurança e eficiência para a entrada em operação do programa. No entanto, Altemir enfatizou que o eSocial está 100% pronto para implantação e que a adoção do faseamento foi uma forma de garantir uma entrada em produção mais amena e facilitar a adaptação das empresas ao projeto. As empresas que descumprirem o envio de informações por meio do eSocial estarão sujeitos a aplicação de penalidades e multa. Mas o assessor garantiu que o foco do programa não é a penalização, mas garantir o ingresso de todo o mundo do trabalho do país no ambiente tecnológico do eSocial e, sobretudo, estimular o ambiente de negócios do país. Além disso, Linhares destacou a importância do eSocial sobre dois aspectos: “o programa amplia a capacidade de fiscalização do Estado e melhora a formulação de políticas públicas do país, já que o governo contará com uma informação única, consistente e de validade”, enfatizou. Confira abaixo o cronograma de implantação:

Etapa 1 - Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões

Fase 1: Janeiro/18 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas

Fase 2: Março/18: Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar

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informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos

Fase 3: Maio/18: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento

Fase 4: Julho/18: Substituição da GFIP (Guia de Informações à Previdência Social) e compensação cruzada

Fase 5: Janeiro/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde do trabalhador

Etapa 2 - Demais empresas privadas, incluindo Simples, MEIs e pessoas físicas (que

possuam empregados)

Fase 1: Julho/18 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas

Fase 2: Setembro/18: Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos

Fase 3: Novembro/18: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento

Fase 4: Janeiro/19: Substituição da GFIP (Guia de informações à Previdência Social) e compensação cruzada

Fase 5: Janeiro/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde do trabalhador

Etapa 3 - Entes Públicos

Fase 1: Janeiro/19 - Apenas informações relativas aos órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas

Fase 2: Março/19: Nesta fase, entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos) Ex.: admissões, afastamentos e desligamentos

Fase 3: Maio/19: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento

Fase 4: Julho/19: Substituição da GFIP (guia de informações à Previdência) e compensação cruzada

Fase 5: Julho/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde do trabalhador

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F - FASEAMENTO DO ESOCIAL E DA EFD-REINF Novas datas de implementação do eSocial e da EFD-Reinf Depois de anunciado o novo cronograma de implantação do eSocial, que será realizado em cinco fases a partir do primeiro semestre de 2018, houve também a definição de que o início da obrigatoriedade da EFD-Reinf, para cada grupo de contribuintes, coincidirá com a competência inicial de envio dos eventos periódicos do eSocial. G - MULTAS DO ESOCIAL

Admissão

O profissional só pode começar a trabalhar após a assinatura da carteira e do contrato de

trabalho.

Multa

R$ 3.000,00 se no dia da admissão a pessoa estiver trabalhando sem registro.

Folha de pagamento

Envie as informações de acordo com o calendário de fechamento da folha.

Multa

R$ 1.812,17 se a folha de pagamento estiver errada (reprocessamentos podem ser entendidos

como erro).

Rescisão

Respeite o prazo para pagamento das verbas rescisórias, de 10 dias após o desligamento,

qualquer que seja o motivo da rescisão.

Multa

Um salário do colaborador por atraso do pagamento.

Acidente de Trabalho

Investigue o que ocorreu, consiga testemunhas e tire fotos. Comunique ao RH no momento do

acidente, pois o prazo para enviar a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) é de 24

horas.

Multa

R$ 402,54 caso a CAT seja feita incorretamente ou com atraso.

Afastamento temporário

Informe afastamentos como férias, auxílio-doença, licença-maternidade, dentre outros, no mês

do evento.

Multa

Pode variar de R$ 1.812,87 a R$ 181.284,63, sendo determinada pelo fiscal do Ministério do

Trabalho.

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H - OBRIGAÇÕES A MENOS NOS PRÓXIMOS ANOS Veja abaixo as informações que serão inseridas no eSocial, ou que, em alguns casos, não serão mais cobradas:

Livro de Registro de empregado (passará a ser feita por meio eletrônico) Comunicação de acidente de trabalho (incorporado ao eSocial) Perfil Profissiográfico previdenciário (incorporado ao eSocial) Arquivos eletrônicos entregues à fiscalização, MANAD (em desuso desde o Sped, agora

Exame médico (ASO)

Esteja em dia com os exames dos trabalhadores, agende o admissional, periódico, retorno ao

trabalho, mudança de função e demissional, de acordo com cada caso.

Multa

A quantia, que é determinada pelo fiscal do trabalho, vai de R$ 402,53 a R$ 4.025,33.

Férias

Acompanhe a assinatura do aviso de férias, que precisa ser em até 30 dias antes do início.

Não é permitido receber férias e continuar trabalhando.

Multa

Entre R$ 10,64 e R$ 106,41 por colaborador que estiver trabalhando no período de férias.

Alterações cargo e salário

Informe as mudanças de cargo e salário no mês anterior à vigência.

Multa

R$ 402,54 por pessoa com informação incorreta.

Controle de Frequência

Verifique o horário dos funcionários. Não são permitidas mais de duas horas extras diárias e

o intervalo de repouso entre jornadas não pode ser inferior a onze horas. Faltas por doenças

devem ser comprovadas por atestados médicos e encaminhados ao RH.

Multa

R$ 37,83 por colaborador com excesso de jornada, em casos de não cumprimento do

descanso e não apresentação de atestados médicos. O valor é dobrado em casos de

reincidência, oposição ou desacato.

Alteração de dados

Informe as alterações no contrato de trabalho e nos dados cadastrais no início e na vigência do

vínculo empregatício.

Multa

R$ 402,54 por empregado com informação errada.

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alcançarão as informações relativas aos empregados) Guia de Recolhimento do FGTS (será gerada no eSocial) Informações à Previdência Social, GFIP (serão substituídas por eventos que estarão no eSocial) Relação Anual de Informações Sociais, RAIS (não será mais exigida essa declaração anual) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, CAGED (também não será mais exigida, pois

os vínculos laborais serão cadastrados no eSocial) Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte, DIRF (retenções na fonte serão informados no

eSocial) Comunicação de Dispensa (integrado ao eSocial) Carteira de Trabalho e Previdência Social (governo anunciará uma carteira de trabalho eletrônica) Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, DCTF Quadro horário de Trabalho, QHT Folha de pagamento Guia da Previdência Social, GPS

A Receita Federal informou que caberá a cada órgão competente publicar atos normativos, tornando oficial a necessidade de não mais entregar tais declarações. I - ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADES

Sem uma excelente ferramenta de gestão será impossível administrar.

Devem estar inteiradas das mudanças para que sejam capazes de orientar seus clientes quanto às novas

formas de declarar e entregar as informações ao fisco.

É fundamental que a contabilidade das empresas atinja um nível de organização elevado para que estejam

aptas a declarar adequadamente informações ao fisco. Para isso, deve contar com as ferramentas necessárias

que apoiam uma gestão contábil eficiente e automatizada. Um software de gestão tem o diferencial de

implementar rotinas específicas, classificar dados e gerar relatórios confiáveis de maneira mais dinâmica.

Tudo isso viabiliza uma padronização na entrega de arquivos para o governo.

Os aplicativos de gestão de RH, folha de pagamento e de SST, ou fazem parte de um mesmo produto, ou

devem, pelo menos, estar totalmente integrados, pois, do contrário, diversas não conformidades podem

ocorrer, sujeitando as empresas à diversas multas por não cumprimento das obrigações legais.

Os escritórios de contabilidade poderão enviar os eventos do eSocial das empresas clientes? De quem

será a responsabilidade pelas informações? Publicado em 17 de Outubro de 2017 às 10h7.

Conforme o Manual de Orientação do eSocial, versão 2.4, os eventos que compõem o eSocial devem ser

transmitidos mediante autenticação e assinatura digital, utilizando-se certificado digital válido no âmbito da

Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), ou seja, o certificado digital utilizado no sistema

eSocial deverá ser emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela ICP-Brasil.

Consequentemente, os certificados digitais serão exigidos em dois momentos distintos:

a) Transmissão: antes de ser iniciada a transmissão de solicitações ao sistema eSocial, o certificado digital

do solicitante é utilizado para garantir a segurança do tráfego das informações na INTERNET. Para que um

certificado seja aceito na função de transmissor de solicitações este deverá ser do tipo e-CPF (e-PF) ou e-

CNPJ (e-PJ).

J - PAPEL DO RH

O papel do RH é fundamental para que a transformação cultural aconteça com o menor impacto possível.

Como a área de gestão de pessoas é a mais impactada, ela exerce importante papel na indicação das

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melhores soluções e ferramentas para atender às demandas decorrentes do eSocial e também na

preparação de seus colaboradores para lidar com essa nova realidade.

Além disso, o gestor de RH precisa se conscientizar da sua importância nesse cenário, já que passa a ter um

papel fundamental junto aos demais setores envolvidos.

Com o advento do eSocial, o Gestor de RH passe a ter papel fundamental junto aos demais setores

envolvidos tais como DP, Segurança e Medicina do Trabalho, Contabilidade, gerenciando as informações e o

controle dos envios, pois ele é responsável pelo gerenciamento das informações e o controle dos envios. O

RH deverá analisar a empresa como um todo, verificando se os processos atuais atendem ao projeto, criando

novos processos que visam adequar a empresa junto ao eSocial.

1 – O QUE É ESOCIAL - FUNDAMENTOS LEGAIS O DECRETO Nº 8.373 publicado no DOU em 12 de dezembro de 2014 institui o eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas). De acordo com o manual do projeto, “O eSocial estabelece a forma com que passam a ser prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de produção rural” O eSocial, que também pode ser entendido como um sistema de folha de pagamento digital, corresponde ao Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas, e integra o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). 2 - CONCEITO DO ESOCIAL O eSocial é um projeto do governo federal, instituído pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, que tem por objetivo desenvolver um sistema de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, armazenando-as em um Ambiente Nacional Virtual, a fim de possibilitar aos órgãos participantes do projeto, na medida da pertinência temática de cada um, a utilização de tais informações para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e para a apuração de tributos e da contribuição para o FGTS. O eSocial estabelece a forma com que passam a ser prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de produção rural. Portanto, não se trata de uma nova obrigação tributária acessória, mas uma nova forma de cumprir obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias já existentes. Com isso, ele não altera as legislações específicas de cada área, mas apenas cria uma forma única e mais simplificada de atendê-las. 3 - SÃO PRINCÍPIOS DO ESOCIAL: • dar maior efetividade à fruição dos direitos fundamentais trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores; • racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações previstas na legislação pátria de cada matéria; • eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas obrigadas; • aprimorar a qualidade das informações referentes às relações de trabalho, previdenciárias e fiscais; e • conferir tratamento diferenciado às microempresas – ME e empresas de pequeno porte – EPP. A prestação das informações pelo eSocial substituirá, na forma disciplinada pelos órgãos ou entidades partícipes, o procedimento do envio das mesmas informações por meio de diversas declarações, formulários, termos e documentos relativos às relações de trabalho.

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As informações referentes a períodos anteriores à implantação do eSocial devem ser enviadas pelos sistemas utilizados à época. A recepção dos eventos pelo eSocial não significa o reconhecimento da legalidade dos fatos neles informados 4 - QUEM ESTÁ OBRIGADO AO ESOCIAL? Todo aquele que contratar prestador de serviço, pessoa física ou jurídica, e possua alguma obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária, em função dessa relação jurídica, por força da legislação pertinente, está obrigado a enviar informações decorrentes desse fato por meio do eSocial. O obrigado poderá figurar nessa relação como empregador, nos termos definidos pelo art. 2º da CLT ou como contribuinte, conforme delineado pela Lei nº 5.172, de 1966 (Código Tributário Nacional – CTN), na qualidade de empresa, inclusive órgão público, ou de pessoa física equiparada a empresa, conforme prevê o art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991. 5 - O ESOCIAL X EFD-REINF: SISTEMAS COMPLEMENTARES Por meio do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial os obrigados enviarão as informações relacionadas às relações de trabalho, que no campo da tributação previdenciária, abrangem, como regra, as informações necessárias para a apuração das contribuições previdenciárias e das contribuições das outras entidades e fundos (Terceiros) incidentes sobre a folha de pagamento ou remunerações pagas, devidas ou creditadas aos trabalhadores contratados. No caso, todavia, das informações necessárias para a apuração da retenção do art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, das contribuições previdenciárias substitutivas, ou seja, as incidentes, em regra, sobre a receita bruta e as informações necessárias para compor a DIRF, estas devem ser encaminhadas por meio da Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), instituída pela Instrução Normativa RFB nº 1.701, de 2017. 6 - FORMA DE SUBSTITUIÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA GFIP, OUTRAS DECLARAÇÕES E FORMULÁRIOS, PELAS INFORMAÇÕES CONSTANTES DO ESOCIAL A substituição das informações que são prestadas aos órgãos integrantes do Comitê Gestor do eSocial em outras declarações e formulários pelas informações do eSocial, definida no § 1º do art. 2º do Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, se dará com base na regulamentação de cada órgão, conforme competência legal para exigência dessas obrigações. Cada órgão dará publicidade da substituição de suas obrigações por meio de ato normativo específico da autoridade competente, a ser expedido de acordo com a oportunidade e conveniência administrativa, respeitando o prazo definido pelo Comitê Diretivo. As informações prestadas na forma estabelecida por este Manual de Orientação e as encaminhadas por meio da EFD-Reinf substituirão as informações constantes da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP, conforme disposto no § 3º, do art 2º, do Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, de acordo com a regulamentação específica da Secretaria da Receita Federal do Brasil e do Conselho Curador do FGTS, representado pela Caixa Econômica Federal na qualidade de agente operador do FGTS. Os integrantes do Comitê Gestor disciplinarão os procedimentos e os efeitos para que as informações prestadas no eSocial componham a base de cálculo para a apuração das contribuições sociais previdenciárias e da contribuição para o FGTS delas decorrentes e a base de dados para fins de cálculo e concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, em atos

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administrativos específicos das autoridades competentes. 7 - AMBIENTES DO ESOCIAL Existem duas espécies de ambientes no eSocial, a saber: a) Produção – Ambiente destinado para processamento e apuração das informações do empregador que produz todos os efeitos jurídicos. b) Produção restrita - Ambiente de teste no qual as informações do empregador não serão validadas com os sistemas externos e não produzirão efeitos jurídicos. 8 - LÓGICA DO SISTEMA E RECOMENDAÇÕES O eSocial foi concebido para transmitir informações agrupadas por meio de eventos, os quais devem ser encaminhados em uma sequência lógica, conforme toda a dinâmica das contratações dos trabalhadores, desde o seu início até o seu término, como a identificação do empregador e dos dados gerais das contratações realizadas por este, a admissão dos trabalhadores, os dados específicos da contratação dos trabalhadores, a gestão dos serviços prestados e do prestador de serviços, o pagamento da remuneração e o término da relação contratual. Essa sequência a ser observada conduz ao conceito de “empilhamento”, de modo que as informações transmitidas nos eventos iniciais serão usadas nos eventos seguintes e para se alterar um dado de evento antigo há que se verificar as consequências/repercussões nos eventos posteriores. 9 - IDENTIFICADORES

Numeração sequencial do eSocial 2.4 7.1.Empregador/Contribuinte/Órgão Público A partir da data em que eSocial passar a ser adotado, os empregadores/contribuintes/órgãos públicos pessoa jurídica serão identificados apenas pelo Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, e os empregadores/contribuintes pessoa física, apenas pelo Cadastro de Pessoas Físicas – CPF. O identificador chave {nrInsc} para as empresas em geral será o CNPJ-Raiz/Base de oito posições, exceto se a natureza jurídica da empresa for de administração pública, situação em que o campo deve ser preenchido com o CNPJ completo com 14 posições. As pessoas físicas que utilizam a matrícula “Cadastro Específico do INSS – CEI” passam a usar o “Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física – CAEPF”, que se constitui em um número sequencial vinculado ao CPF. Neste caso, a pessoa física deve providenciar o registro no CAEPF, de acordo com normatização específica da Receita Federal do Brasil - RFB Para as obras de construção civil, que possuem responsáveis pessoas físicas ou jurídicas, a matrícula CEI passa a ser substituída pelo Cadastro Nacional de Obras – CNO que, obrigatoriamente, é vinculado a um CNPJ ou a um CPF. As matrículas CEI existentes na data de implantação do CNO, relativas às obras de construção civil, passam a compor o cadastro inicial do CNO. Até a implantação do Cadastro Nacional de Obras, deverá ser usado o CEI da obra no lugar do CNO no eSocial. IDENTIFICAÇÃO E CADASTRO DE OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL – CNO

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Para as obras de construção civil a matrícula do Cadastro Específico do INSS (CEI) passa a ser substituída pelo Cadastro nacional de Obras (CNO), que será sempre vinculado a um CNPJ ou CPF.

Desta forma, as empresas que possuírem obras de construção civil, deverão providenciar o CNO no lugar do CEI, sendo que as matrículas existentes na data de implantação do eSocial relativas a obras, comporão o cadastro inicial do CNO. TRABALHADORES OBJETOS DE INFORMAÇÕES – RET

O Registro de Eventos Trabalhistas – RET conterá no ambiente do eSocial os dados do

trabalhador de forma a compor base única de consulta ao governo, tal ambiente será alimentado

no eSocial através de inclusão por três formas possíveis, são elas:

Os trabalhadores objetos de informações que alimentarão o RET - Registro de Eventos Trabalhistas são: Empregados: Considera-se empregado (urbano ou rural) toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário. As principais características da relação de emprego é a pessoalidade, serviço não eventual, a subordinação jurídica e hierárquica e o pagamento de salário. (Art. 3º da CLT e art. 2º da Lei 5.889/73); Trabalhador Avulso: Considera-se trabalhador avulso aquele que, sindicalizado ou não, é contratado mediante a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, pelo Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO, para prestar serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas. (Lei 12.023/2009); Trabalhador Temporário: Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa tomadora ou cliente para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou ao acréscimo extraordinário de serviços. (art. 2º da Lei 6.019/1974 e Decreto 73.841/1974); Servidor Público: É todo trabalhador que mantém vínculo de natureza profissional com a Administração Pública (órgãos e entidades governamentais da União, estados, Distrito Federal e municípios), de caráter não eventual e sob dependência econômica, seja aquele possuidor de cargo efetivo, cargo em comissão, exercente de mandato eletivo, agente público ou servidor vinculado ao RPPS; Trabalhador Rural: Empregado rural é toda a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. (art. 2º da Lei 5.889/73); Trabalhador Estrangeiro: Trabalhador estrangeiro é todo cidadão sem nacionalidade brasileira, que presta serviços dentro dos limites do país, necessitando para tanto autorização do Ministério do Trabalho, do Consulado Brasileiro e do Ministério das Relações Exteriores, responsáveis pela concessão de vistos permanentes ou temporários a estrangeiros para que possam permanecer no Brasil a trabalho. (Lei 6.815/80, Portaria MTE 132/2002 e Portaria MTE 802/2009 e Resoluções Normativas do CNI); Estagiário: Estagiário é todo trabalhador que participa de ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. (Lei 11.788/2008);

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Dirigente Sindical: Dirigente sindical é o trabalhador que foi eleito para exercer cargo de diretoria em sindicato por meio de mandato e que goza de estabilidade garantida pela Constituição Federal. (artigo 543, parágrafo 3º da CLT e artigo 8º, VIII da Constituição Federal); Trabalhador Cooperado: Considera-se cooperado o trabalhador associado à cooperativa que adere aos propósitos sociais e preenche as condições estabelecidas em estatuto de cooperativa, que presta serviços na qualidade de membro da cooperativa, sem pessoalidade. (Lei 5.764/1971); Trabalhador Autônomo/Contribuinte Individual: Autônomo é todo aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e com assunção de seus próprios riscos. A prestação de serviços é de forma eventual e não habitual, sem subordinação e sem dependência jurídica ou econômica. São os empresários, prestadores de serviços de natureza eventual (trabalhador eventual) a empresas, ou seja, são todos aqueles que recebem remunerações decorrentes de suas atividades (urbana ou rural). (Lei 9.876/1999 ou inciso V do artigo 12 da Lei 8.212/1991); 7.2.Trabalhador O termo “trabalhador” utilizado nesse manual compreende toda pessoa física inserida em uma relação de trabalho, inclusive de natureza administrativa, como os empregados, os servidores públicos, os militares e os “trabalhadores sem vínculo de emprego ou estatutário – TSVE”. Os trabalhadores, por sua vez, têm como identificadores obrigatórios, o CPF e o NIS - Número de Identificação Social, exceto o estagiário que será identificado apenas pelo CPF. O NIS pode ser o Número de Inscrição na Previdência Social - NIT, no Programa de Integração Social - PIS, no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, ou no Sistema Único de Saúde - SUS. O trio de informações “CPF x NIS x Data de nascimento” deve estar consistente no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, e será validado no ato da transmissão do evento. Caso haja alguma inconsistência, esta implicará recusa no recebimento do evento “S-2200 – Cadastramento Inicial do Vínculo de Admissão/Ingresso do Trabalhador” ou “S-2300 - Trabalhador Sem Vínculo Emprego/Estatutário – Início”, que são os eventos que alimentam o “Registro de Eventos Trabalhistas – RET”. 7.3.Trabalhadores não incluídos no RET Os trabalhadores sem vínculo de emprego, que não se enquadram nas categorias de envio obrigatório de informações pelo “S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário início”- Início, e para os quais o Empregador/Contribuinte/órgão público declarante também não se utilizou da faculdade de enviar suas informações no citado evento “Trabalhador sem Vínculo”(TSVE), deverão obrigatoriamente ter suas informações preenchidas no grupo informações complementares [infoComplem] (Nome, data de nascimento, etc) quando do envio do evento “S-1200 – Remuneração de Trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social”, para a correta identificação deste trabalhador que não está no RET. 7.3.1. Qualificação Cadastral Uma das premissas para o envio de informações e recolhimento das obrigações por meio do eSocial é a consistência dos dados cadastrais enviados pelo empregador relativo aos trabalhadores a seu serviço. Esses dados são confrontados com a base do eSocial, sendo validados na base do CPF (nome, data de nascimento e CPF) e na base do CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais (data

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de nascimento, CPF e NIS), e qualquer divergência existente impossibilitará o envio das informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, bem como o recolhimento dos valores devidos. Dessa forma, o empregador deve zelar pela consistência dos dados cadastrais dos trabalhadores a seu serviço com os dados constantes na base do CPF e do CNIS e, se necessário, proceder à sua atualização antes da data de entrada em vigor do eSocial. Para facilitar o trabalho de regularização cadastral dos trabalhadores e como medida preventiva à rejeição dos dados, foi disponibilizado no Portal do eSocial, a partir do endereço eletrônico: http://portal.esocial.gov.br/institucional/consulta-qualificacao-cadastral, a aplicação CQC (Consulta Qualificação Cadastral) para identificar possíveis divergências associadas ao nome da pessoa, a data de nascimento, ao CPF e ao NIS (Número de Inscrição Social). a) Regras da Qualificação Cadastral - NIS (Número de Inscrição Social) O NIS é um número de cadastro/inscrição de 11 (onze) dígitos atribuído à pessoa física pela CAIXA (Caixa Econômica Federal), pelo Banco do Brasil ou pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O NIS é administrado e atribuído pela CAIXA à pessoa empregada vinculada a uma empresa privada ou ao diretor não empregado quando optante pelo FGTS, recebendo a nomenclatura de PIS (Programa de Integração Social) e será utilizado para identificá-la no recolhimento/recebimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), Seguro Desemprego e Abono Salarial. A CAIXA também administra e atribui NIS para a pessoa beneficiária de Programas Sociais de Políticas Públicas por meio dos respectivos agentes Gestores dos Programas (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE, Sistema Único de Saúde - SUS, Ministério do Desenvolvimento Social - MDS e Ministério da Educação - MEC). Dessa forma, pode acontecer de uma pessoa ter um NIS sem ainda ser um trabalhador, e esse número deve ser informado à empresa quando da contratação, evitando assim um eventual cadastramento em duplicidade. O cadastramento é sempre feito por um agente: empresa, prefeitura, órgão de governo, porém a manutenção do cadastro é realizada pela CAIXA quando houver necessidade de atualizar as inscrições atribuídas e administradas por ela. O Banco do Brasil administra e atribui NIS ao servidor público, com a nomenclatura de PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público). Para que a pessoa realize a manutenção da sua inscrição é necessário verificar qual sua vinculação atual, se vinculado a iniciativa privada a administração será pela CAIXA, mas se vinculado a administração pública, a gestão será realizada pelo Banco do Brasil, independente da origem e atribuição da inscrição. O NIS é administrado e atribuído pelo INSS, recebendo a nomenclatura de NIT (Número de Inscrição do Trabalhador) ou NIS Previdência, à pessoa que se filiar e contribuir para o Regime Geral de Previdência Social - RGPS como segurado contribuinte individual ou facultativo, ou, ainda, para todas as pessoas não filiadas (representantes legais, dependentes ou beneficiários, entre outros) que necessitam da inscrição para se relacionarem com a Previdência para a obtenção de benefícios e serviços previdenciários.

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Caso a pessoa já possua PIS, PASEP ou NIS, o INSS não atribuirá nova inscrição (NIT ou NIS Previdência), pois será utilizada a inscrição existente, mesmo que atribuída e administrada pelos outros entes. No entanto, a manutenção da inscrição observará sua origem ou a vinculação atual do trabalhador aos entes responsáveis / administradores, conforme o caso. b) Validações realizadas pela Qualificação Cadastral A aplicação CQC confronta os dados cadastrais do trabalhador com a base do CPF (RFB - Receita Federal do Brasil) e com a base do CNIS (INSS). Na base do CPF são verificados o nome, a data de nascimento e o número do CPF. Para realizar a CQC, deverá ser informado o nome civil do trabalhador, mesmo que o nome social já tenha sido atualizado na base do CPF, considerando que quando da consulta cadastral, a validação do nome é realizada na base do CPF que retorna sempre o nome civil do trabalhador. Somente nas situações em que houver retificação/substituição judicial do nome civil é que o novo nome deverá ser utilizado na consulta qualificação cadastral. Para o preenchimento do “Nome” ao realizar a CQC (Consulta Qualificação Cadastral) devem ser observadas as seguintes configurações do campo:

formato alfanumérico sem acentuação;

nome com até 60 caracteres;

possibilidade de nome com três letras iguais consecutivas;

não utilização de caracteres numéricos ou especiais (“, ', !, @, #, $,%, ¨, &, ?, ...);

não adoção de nome com apenas uma letra. Se houver trabalhador que possua nome com alguma configuração não reconhecida pela CQC, a empresa deverá enviar um pedido de suporte no Portal do eSocial, por meio do link “Contato”, buscando o tópico “Empresas”, e, em seguida, clicando em “Qualificação Cadastral”. Na base do CNIS são verificados a data de nascimento, o número do CPF e o número de NIS (PIS/NIS/PASEP/NIT). Os dados constantes no CNIS são alimentados e atualizados pela CAIXA para o PIS e pelo Banco Brasil para PASEP em rotina diária, bem como pelo próprio INSS para o NIT ou NIS Previdência, havendo batimento do CNIS com a base do CPF. Dessa forma, se houver incorreção nos dados cadastrais do trabalhador, a aplicação CQC indicará se esta divergência está no cadastro do CPF e/ou do NIS, orientando qual o procedimento para acerto. Para divergências nos dados cadastrais do NIS será observada a regra de origem e o responsável/administrador da inscrição para realizar a manutenção, com exceção para a indicação de NIS com informação de óbito e/ou inconsistente cujo tratamento será realizado sempre pelo INSS. c) Trabalhadores que necessitam realizar a Qualificação Cadastral A qualificação cadastral, regra geral, deve ser feita para qualquer trabalhador de qualquer categoria, seja empregado, servidor público, contribuinte individual, avulso, estagiário etc. O eSocial realiza validação dos dados cadastrais nas bases do CPF e do CNIS cuja informação do NIS seja obrigatória. Para aqueles cuja informação do NIS não é obrigatória, por exemplo, estagiários, bolsistas, beneficiários de regimes previdenciários próprios, servidores públicos inativos dentre outros, o eSocial faz apenas a validação na base do CPF.

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No cadastramento inicial de trabalhador afastado pelo motivo de aposentadoria por invalidez ou auxílio doença, a qualificação cadastral, embora recomendada, não é obrigatória, conforme regras já aplicadas no leiaute do eSocial. Essa qualificação cadastral torna-se obrigatória no momento do retorno do trabalhador. d) Formas de Consulta Qualificação Cadastral A Consulta Qualificação Cadastral pode ser realizada de duas formas: consulta manual (on-line) ou consulta em lote. d.1) Consulta Qualificação Cadastral Manual (on-line) Está disponível no Portal eSocial, por meio do link CQC On-Line permitindo consultar simultaneamente até 10 (dez) trabalhadores Para tanto, deverá ser informado nome, data de nascimento, número de CPF e NIS do trabalhador. Após a verificação cadastral, a aplicação retornará o resultado para o usuário sobre a validação de cada campo com os dados constantes das bases CPF e CNIS, informando quais os campos estão com divergências, bem como apresentará as orientações para que se proceda a correção. Divergências relativas ao CPF (situação "suspenso", "nulo", "cancelado" ou “inexistente”, nome ou data de nascimento divergente) a CONSULTA QUALIFICAÇÃO CADASTRAL apresentará a mensagem orientativa de onde deverá ser solicitada a alteração dos dados cadastrais. Divergências relativas ao NIS (CPF, data de nascimento ou NIS divergentes) o usuário deverá estar atento, pois a orientação será dada de acordo com o responsável/administrador do cadastro do NIS (CAIXA, Banco do Brasil ou INSS). d.2) Consulta Qualificação Cadastral em Lote Está disponível no Portal eSocial, por meio do link CQC em Lote, onde não há restrição de limite de consultas, contudo o usuário deverá possuir Certificado Digital (e-CPF ou e-CNPJ) ICP-Brasil: A1 ou A3. Esse tipo de consulta é indicado no caso de qualificação cadastral de grande quantidade de trabalhadores. O formato dos arquivos de entrada e retorno será “TXT” codificação UTF-8 ou ISO-8859-1 com delimitador ';' (ponto e vírgula) entre os campos. O aplicativo aceitará arquivos de até 10MB (de 120 a 140 mil registros). Para iniciar a CQC em lote o usuário deve clicar em “Upload”, informar sempre o CNPJ raiz da empresa, independente se o trabalhador estiver vinculado a CNPJ de filiais ou CEI/CNO de Obras e anexar o arquivo padronizado, salvo previamente. A resposta à consulta será processada em até 48 (quarenta e oito) horas, ficando disponível por trinta dias, por meio do botão “Download”. Leiaute do arquivo de entrada:

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IMPORTANTE: entre nomes só são permitidos um espaçamento, exemplo: Correto: Joao da Silva Errado: Joao da Silva Exemplo de arquivo de Entrada, tendo como sequência os dados: CPF; NIS; NOME; DN - separados por “;”: 32283644291;18000474420;nome do empregado1;13011974 34879579149;11816788893;nome do empregado2;28091986 18576263467;18000474420;nome do empregado3;13011973 18576263467;10000411830;nome do empregado4;08051950 Leiaute do arquivo de retorno PROCESSADO: veja nas páginas 13 a 17 do Manual de Orientação do eSocial - MOS – 2.4 O arquivo PROCESSADO apontará as divergências entre os cadastros internos das empresas, o Cadastro CPF e o Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS; e orientará o procedimento a ser adotado para ajuste das divergências encontradas. Certificado Digital para Consulta Qualificação Cadastal (Cadastral) em Lote A emissão, renovação ou revogação de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ ICP-Brasil: A1 ou A3 será realizada por uma empresa devidamente autorizada pela Receita Federal do Brasil, denominada Autoridade Certificadora Habilitada. O interessado na obtenção de um Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ ICP-Brasil: A1 ou A3 deverá escolher uma das Autoridades Certificadoras Habilitadas pela RFB, conforme lista disponibilizada no site: https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/senhas-eprocuracoes/senhas/certificados-digitais/orientacoes-sobre-emissao-renovacao-e-revogacao-decertificados-digitais-e-cpf-ou-e-cnpj Caso haja problemas com o Certificado Digital impedindo a realização da CQC em Lote, o usuário deverá observar a orientação a seguir: 1) Verificar se o Certificado Digital está corretamente instalado: A visualização do registro de seu Certificado pode ser feita na Barra de Ferramentas do browser da Internet:

No Internet Explorer, entrar no menu Ferramentas > Opções da Internet > Conteúdo > Certificados > Pessoal - aparecerá o nome da pessoa

No Firefox, entrar no menu Opções > Avançado > Ver Certificados > seus Certificados.

No Chrome, entrar no menu Configurações > HTTPS/SSL > Gerenciar Certificados > Pessoal

2) Verificar as especificações técnicas de sistema para a instalação e utilização do Certificado Digital. Os requisitos são: Sistema operacional compatível: Windows - Java: versão 1.7.0.45 com nível de segurança configurado para médio

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Navegadores homologados:

Internet Explorer, versão 9.0 ou superior;

Firefox, versão 24.0 ou superior;

Google Chrome versão 30.0. ou superior. 3) Verificar se as cadeias de certificação estão instaladas: 3.1) No Internet Explorer: Entrar no menu Ferramentas e depois Opções da Internet; Excluir os Arquivos temporários e os cookies; Clicar em conteúdo e depois em Certificados. 3.2) No Chrome: Entrar no menu Configurações e depois Gerenciar certificados; Excluir os Arquivos temporários e os cookies. 3.3) No Firefox: Entrar no menu Opções e depois Avançado; Excluir os Arquivos temporários e os cookies; Clicar em Certificados, Ver certificados. PARA SABER SE O CERTIFICADO APARECE OU NÃO E VER SE O STATUS É VÁLIDO OU NÃO – Vide pagina 18 a 21 do MOS 2.4 7.3.2.Situação especial: Trabalhador estrangeiro com vínculo empregatício que presta serviços no Brasil A Receita Federal, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores - MRE, implementou nova sistemática de atendimento de inscrição no CPF para pessoas físicas residentes no exterior. O interessado em obter a inscrição no CPF deve realizar os seguintes procedimentos: a) Preencher o formulário eletrônico nas versões em português, espanhol ou inglês, disponível no portal da RFB, no endereço www.receita.fazenda.gov.br, e imprimi-lo; e b) Entregar o formulário, acompanhado de cópia dos documentos pessoais, em uma repartição consular brasileira (Consulado ou Embaixada com setor consular), para fins de conclusão da solicitação. A repartição consular brasileira processará a solicitação e informará o número de inscrição no cadastro CPF ao interessado. Se houver inconsistência cadastral, o pedido de inscrição será encaminhado à Receita Federal para análise. Nesse caso, o solicitante poderá acompanhar o andamento de seu pedido no portal da RFB, nas versões em português, espanhol ou inglês. Dentro do prazo de 90 dias, o solicitante poderá: a) Emitir o Comprovante de Inscrição no CPF por meio de serviço disponível no portal da RFB; e b) Em caso de incorreção nos dados cadastrais, requerer a retificação, sem ônus.

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DIVERGÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA CONSULTA QUALIFICAÇÃO CADASTRAL (CQC)

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Exemplo de arquivo de Retorno PROCESSADO (colunas reduzidas para exemplificação –

tamanho original de 21 colunas):

Com base no relatório acima, temos a seguinte interpretação de divergências na qualificação

cadastral:

Para o registro do empregado1, a divergência está no nome informado no CPF (coluna 19), assim, a aplicação informa o nome registrado na base CPF e orienta (coluna 20) o comparecimento a uma Conveniada RFB: Correios, CAIXA ou BB;

Para o registro do empregado2, apresenta divergência no CPF do cadastro NIS do Banco do Brasil (coluna 12 e coluna 21), assim, a orientação é de atualizar o cadastro em uma agência do Banco do Brasil (coluna 21);

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Para o registro do empregado3, não apresenta nenhuma divergência (todas as colunas com zero), assim ele está com o cadastro validado para ser registrado no eSocial;

Para o registro do empregado4, apresenta divergência no CPF do Cadastro da CAIXA (coluna 12 e coluna 21), assim, a orientação é de atualizar o Cadastro NIS Empresa pelo Conectividade Social ou numa agência da CAIXA (coluna 21);

Para o registro do empregado5, apresenta divergência no CPF do Cadastro do INSS (coluna 12 e coluna 21), assim, a orientação é comparecer em uma Agência da Previdência Social e solicitar a atualização cadastral (coluna 21).

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10 - MODELO OPERACIONAL DO ESOCIAL Numeração sequencial do eSocial 2.4

8.1. Descrição simplificada O empregador/contribuinte/órgão público gera um arquivo eletrônico contendo as informações previstas nos leiautes, assina-o digitalmente, transformando-o em um documento eletrônico nos termos da legislação, objetivando garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico é transmitido pela Internet para o Ambiente Nacional do eSocial que, após verificar a integridade formal, emitirá o protocolo de envio e o enviará ao empregador/contribuinte/órgão público. O eSocial não funciona por meio de um Programa offline Gerador de Declaração – PGD ou Validador e Assinador – PVA, ou seja, não possui um aplicativo para download no ambiente do empregador/contribuinte/órgão público que importe o arquivo e faça as validações antes de transmitir. O arquivo pode ser gerado de duas formas: a) pelo sistema de propriedade do empregador/contribuinte/órgão público ou contratado de terceiros, assinado digitalmente (com utilização de certificado digital) e transmitido ao eSocial por meio de webservice, recebendo um recibo de entrega (comprovante); b) diretamente no Portal do eSocial na internet - http://www.esocial.gov.br/, cujo preenchimento e salvamento dos campos e telas já operam a geração e transmissão do evento. Nessa hipótese, pode ser utilizado certificado digital ou, para os dispensados de ter esse certificado, o código de acesso. No momento da transmissão, o ambiente do eSocial retornará o protocolo de envio. Após a realização das validações, o eSocial retornará o recibo de entrega ou mensagem de erro. O número do recibo de entrega é a referência a ser utilizada em eventuais retificações ou exclusões. 8.2. Acesso ao eSocial 8.2.1. Certificação Digital O certificado digital utilizado no sistema eSocial deverá ser emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Este deverá pertencer à série “A”. Existem duas séries às quais os certificados podem pertencer, a série “A” e a “S”. A série “A” reúne os certificados de assinatura digital utilizados na confirmação de identidade na Web, em e-mails, em Redes Privadas Virtuais – VPN e em documentos eletrônicos com verificação da integridade de suas informações. A série “S” reúne os certificados de sigilo que são utilizados na codificação de documentos, de bases de dados, de mensagens e de outras informações eletrônicas sigilosas. O certificado digital deverá ser do tipo A1 ou A3. Certificados digitais de tipo A1 ficam armazenados no próprio computador a partir do qual ele será utilizado.

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Certificados digitais do tipo A3 são armazenados em dispositivo portátil inviolável do tipo smart card ou token, que possuem um chip com capacidade de realizar a assinatura digital. Este tipo de dispositivo é bastante seguro, pois toda operação é realizada pelo chip existente no dispositivo, sem qualquer acesso externo à chave privada do certificado digital. Os certificados digitais serão exigidos em dois momentos distintos: a) Transmissão: antes de ser iniciada a transmissão de solicitações ao sistema eSocial, o certificado digital do solicitante é utilizado para garantir a segurança do tráfego das informações na INTERNET. Para que um certificado seja aceito na função de transmissor de solicitações este deverá ser do tipo e-CPF (e-PF) ou e-CNPJ (e-PJ). b) Assinatura de documentos: para os empregadores pessoas jurídicas, os eventos poderão ser gerados por qualquer estabelecimento da empresa ou seu procurador, mas o certificado digital assinante destes deverá pertencer a matriz ou ao representante legal desta ou ao procurador/substabelecido, outorgado por meio de procuração eletrônica e não-eletrônica. Para os empregadores pessoas físicas, os eventos deverão ser gerados pelo próprio empregador ou seu procurador ou, ainda, o procurador/substabelecido, outorgado por meio de procuração eletrônica e não-eletrônica, assinados, em todos os casos, por meio de certificado digital. Para os Órgãos Públicos, os eventos poderão ser gerados pelo representante autorizado para efetuar a transmissão das respectivas unidades administrativas. Os certificados digitais utilizados para assinar os eventos enviados ao eSocial deverão estar habilitados para a função de assinatura digital, respeitando a Política do Certificado. Está previsto para o projeto o uso de Procuração Eletrônica da RFB ou da Caixa. Os eventos que compõem o eSocial devem ser transmitidos mediante autenticação e assinatura digital utilizando-se certificado digital válido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Informações e normas a respeito da Certificação Digital, bem como a relação das Autoridades Certificadoras podem ser encontradas nos links a seguir: a) http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/senhas-eprocuracoes/senhas/certificados-digitais/orientacoes-sobre-emissao-renovacao-e-revogacao-decertificados-digitais-e-cpf-ou-e-cnpj b) http://www.certificado.caixa.gov.br/ Está prevista a utilização de procuração com diferentes níveis de perfis, conforme tabela abaixo: Vide Pagina 24 e 25 do MOS 2.4 8.2.2. Código de acesso para o Portal eSocial Os empregadores/contribuintes não obrigados à utilização do certificado digital podem gerar Código de Acesso ao Portal eSocial, como alterrnativa ao certificado digital. São eles: a) o Microempreendedor Individual – MEI com empregado, o segurado especial e o empregador doméstico; b) a Microempresa – ME e a Empresa de Pequeno Porte – EPP optantes pelo Simples Nacional que possuam até 03 empregados, não incluídos os empregados afastados em razão de aposentadoria por invalidez; e c) o contribuinte individual equiparado à empresa e o produtor rural pessoa física que possuam até 07 empregados, não incluídos os empregados afastados em razão de aposentadoria por invalidez.

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A obtenção do Código de Acesso para pessoa física exige o registro do número do CPF, data de nascimento e o número dos recibos de entrega do Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF dos dois últimos exercícios. Não possuindo as DIRPF, em seu lugar, deverá ser registrado o número do Título de Eleitor. Caso o empregador não possua as DIRPF e tampouco o título de eleitor, só poderá acessar o Portal do eSocial por meio de Certificação Digital. 8.3. Transmissão dos arquivos - sequência lógica O empregador/contribuinte/órgão público, ao transmitir suas informações relativas ao eSocial, deve considerar a sequência lógica descrita neste tópico, pois as informações constantes dos primeiros arquivos são necessárias ao processamento das informações constantes nos arquivos a serem transmitidos posteriormente. As informações relativas à identificação do empregador/contribuinte/órgão público, que fazem parte dos eventos iniciais, devem ser enviadas previamente à transmissão de todas as demais informações. Considerando que as informações integrantes dos eventos de tabelas são utilizadas nos demais eventos iniciais e, também, nos eventos periódicos e não periódicos, elas precisam ser enviadas logo após a transmissão das informações relativas à identificação do empregador/contribuinte/órgão público. Em seguida devem ser enviadas, caso existam, as informações previstas nos eventos não periódicos e, por último, as informações previstas nos eventos periódicos, conforme o sequenciamento da figura abaixo: A transmissão dos arquivos do eSocial deverá ser feita seguindo uma sequência lógica, obedecendo etapas, conforme descrito a seguir: a) Eventos Iniciais:

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◦ Informações do Empregador; ◦ Arquivos de Tabelas; ▪ Tabela de rubricas da folha de pagamento; ▪ Tabela de Lotações e Departamentos; ▪ Tabela de Cargos; ▪ Tabela de Funções; ▪ Tabela de Horários; ▪ Tabela de Estabelecimentos e Obras de Construção Civil; ▪ Tabela de Processos; ▪ Tabela de Operadores Portuários; ◦ Cadastramento inicial de vínculos; b) Eventos trabalhistas: ◦ Cadastramento Inicial; ◦ Admissão; ◦ Alteração Cadastral; ◦ Alteração Contratual; ◦ CAT; ◦ ASO; ◦ Aviso de Férias; ◦ Afastamento Temporário; ◦ Alteração de Afastamento Temporário; ◦ Retorno de Afastamento Temporário; ◦ Estabilidade Início; ◦ Estabilidade Término; ◦ Condição Diferenciada de Trabalho – Início; ◦ Condição Diferenciada de Trabalho – Término; ◦ Aviso Prévio; ◦ Cancelamento de Aviso Prévio; ◦ Atividades Desempenhadas; ◦ Comunicação de Acidente de Trabalho; c) Folha de Pagamento e Outras Informações: ◦ Abertura da Folha de Pagamento; ◦ Remuneração dos trabalhadores (um arquivo para cada trabalhador); ◦ Serviços Tomados; ◦ Serviços Prestados; ◦ Serviços tomados de cooperativa; ◦ Serviços prestados por cooperativa; ◦ Aquisição de produção rural; ◦ Comercialização da produção rural; ◦ Recursos recebidos ou repassados por/para associação desportiva de futebol; ◦ Encerramento. 8.4. Comprovante de entrega O recibo de entrega dos eventos serve para oficializar a remessa de determinada informação ao eSocial e também para obter cópia de determinado evento, retificá-lo ou excluí-lo quando for o caso. Cada evento transmitido possui um recibo de entrega. Quando se pretende efetuar a retificação de determinado evento deve ser informado o número do recibo de entrega do evento que se pretende retificar. Estes recibos serão mantidos no sistema por tempo indeterminado, porém, por segurança, é importante que a empresa guarde seus respectivos recibos, os quais comprovam a entrega e o

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cumprimento da obrigação. O protocolo de envio é uma informação transitória, avisando que o evento foi transmitido ao ambiente e que serão processadas as respectivas validações. O efetivo cumprimento da obrigação trabalhista, previdenciária e fiscal será atestado pelo recibo de entrega. É de suma importância que o empregador/contribuinte/órgão público tenha um controle para armazenamento dos números dos recibos de entrega dos eventos. 11- EVENTOS DO ESOCIAL (sequência numérica do MOS 2.4) As informações são prestadas ao eSocial por meio dos seguintes grupos de eventos: Tabelas, não periódicos e periódicos. Cada evento possui um leiaute específico. Estes leiautes podem ser encontrados no sítio do eSocial. Os leiautes fazem referência às regras de negócio. Estas podem ser encontradas no documento Regras de Validação, Anexo II do leiaute, disponibilizado no sítio do eSocial. Esta tabela apresenta as regras de preenchimento dos eventos devendo ser consultada quando da ocorrência de inconsistências ou rejeições no processamento de eventos pelo eSocial. 9.1. Cadastro do empregador/órgão público e Tabelas do Empregador – Pag. 29 do MOS 2.4

Eventos Iniciais Esses eventos contém informações sobre o empregador, como classificação fiscal e estrutura administrativa. Os dados enviados nestes eventos são aproveitados em eventos periódicos e não-periódicos, acabando com a redundância de informações. Todos ficarão concentrados aqui, no cadastramento inicial. No momento da implantação do eSocial na empresa, deve-se enviar eventos deste tipo para cadastramento inicial dos vínculos dos empregados ativos. Importante! Em algumas representações, os Eventos Iniciais e os Eventos de Tabelas serão representados como um único grupo, sob o nome dos Eventos de Tabela. Na estrutura de comunicação com os webservices, os Eventos Iniciais são classificados como “1-Evento de Tabela” mas para fins didáticos ainda é mais prático separá-los. Na versão 2.2 do eSocial, existia o evento “S-2100: Cadastramento Inicial do Vínculo”. Com a versão 2.3 do layout, as informações contidas neste evento foram absorvidas pelo evento “S-2200: Admissão do Trabalhador”. Assim sendo, o S-2100 foi removido e restou somente um Evento Inicial:

S-1000: Informações do Empregador/Contribuinte

9.2. Eventos de tabelas, validades de informações do empregador e tabelas do empregador É o primeiro grupo de eventos a ser transmitido ao Ambiente Nacional do eSocial. São eventos que identificam o empregador/contribuinte/órgão público, contendo dados básicos de sua classificação fiscal e de sua estrutura administrativa. Estes eventos complementam a estrutura da base de dados, sendo responsáveis por uma série de informações que validam os eventos não periódicos e periódicos, e buscam otimização na geração dos arquivos e no armazenamento das informações no Ambiente Nacional do eSocial, por serem utilizadas em mais de um evento do sistema ou por se repetirem em diversas partes do leiaute.

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Considerando que grande parte dos eventos utiliza as informações constantes nas tabelas do empregador, que representam um conjunto de regras específicas necessárias para a validação dos eventos do eSocial, é obrigatório transmiti-las logo após o envio do evento de Informações do Empregador/Contribuinte/órgão público e antes dos eventos periódicos e não periódicos. A perfeita manutenção dessas tabelas é fundamental para a recepção dos eventos periódicos e não periódicos e à adequada apuração das bases de cálculo e dos valores devidos. A administração do período de validade das informações é muito importante pois impacta diretamente os demais eventos que as utilizam, portanto deve ser observado o seu período de vigência. Quando da primeira informação dos itens que compõem uma tabela, deve ser preenchido obrigatoriamente o campo data de início da validade {iniValid}. Caso haja necessidade de alterar informação específica de uma tabela enviada anteriormente poderá fazê-lo enviando-se novo evento da tabela, com o item que deve ser alterado, informando a nova data de validade. Neste caso, a data de fim de validade da informação prestada anteriormente passa a ser o mês/ano imediatamente anterior ao da data de início da nova informação. Veja maiores detalhes no tópico específico sobre o assunto. Não é necessário o envio de evento específico para informar a data de fim de validade do item enviado anteriormente, no entanto o seu envio terá o mesmo efeito do procedimento anterior. As informações constantes do Evento de Tabelas são mantidas no eSocial de forma histórica, não sendo permitidas informações conflitantes para um mesmo item dentro da mesma Tabela e período de validade. Esta transmissão deve ser efetuada, preferencialmente, assim que ocorrer a alteração da informação armazenada naquela tabela, evitando-se inconsistências entre este e os eventos de folha de pagamento. Portanto, o campo data fim da validade não deve ser utilizado quando se tratar de alteração da informação. A informação da data final deve ser enviada apenas no momento em que se pretende encerrar de forma definitiva determinada informação do evento. Tais procedimentos irão ocorrer quando do encerramento de empresa, fechamento de filial, encerramento de obra de construção civil, desativação de rubrica, de lotação tributária, cargo, dentre outras. Exemplo Empresa deseja comunicar o encerramento de sua atividade. Neste caso, é necessário enviar antes o encerramento de todas as suas tabelas (S- 1005 a S-1080) e, na sequência, enviar o evento “S-1000 - Informações do empregador/contribuinte/órgão público”, com o grupo de informações relativas à alteração, com a data fim de validade, do subgrupo nova validade, preenchida.

Eventos de Tabelas

Complementando os eventos iniciais, os Eventos de Tabelas incluem informações importantes, que se repetem em diversos eventos periódicos e não-periódicos, aparecendo várias vezes no layout. Devem ser transmitidos imediatamente após os Eventos Iniciais, pois as informações aqui

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contidas são imprescindíveis para a composição do restante dos eventos do eSocial. Uma vez enviadas as informações para preenchimento destas tabelas, é necessário mantê-la perfeitamente atualizada, enviando eventos de retificação conforme ocorram alterações. Os Eventos de Tabelas possuem um campo chamado “data de início de validade” e “data de fim de validade” que estabelecem a validade das informações. Sempre que necessário enviar um evento de alteração das tabelas, deve-se alterar a data de validade. Os Eventos de Tabelas são:

S-1005: Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Unidades de Órgãos Públicos S-1010: Tabela de Rubricas S-1020: Tabela de Lotações Tributárias S-1030: Tabela de Cargos/Empregos Públicos S-1035: Tabela de Carreiras Públicas S-1040: Tabela de Funções/Cargos em Comissão S-1050: Tabela de Horários/ Turnos de Trabalho S-1060: Tabela de Ambientes de Trabalho S-1070: Tabela de Processos Administrativos/Judiciais S-1080: Tabela de Operadores Portuários

CADASTRAMENTO INICIAL DO VÍNCULO O evento “S-2200 – Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de Trabalhador” faz parte dos eventos Não Periódicos e será enviado pelo empregador/órgão público no início da implantação do eSocial, logo após o envio do evento “Eventos de Tabelas – Validades de informações do Empregador e Tabelas do Empregador”. Este cadastramento é o retrato dos vínculos dos trabalhadores existentes na data da implantação do eSocial daquele empregador/órgão público. A partir de todos os vínculos ativos, com seus dados cadastrais atualizados, servindo de base para construção do "Registro de Eventos Trabalhistas - RET", é que será possível a validação dos eventos de folha de pagamento e demais eventos enviados posteriormente.

Deverá ser transmitido até a data de início da obrigatoriedade do eSocial para aquele empregador/órgão público e antes do envio de qualquer evento periódico ou não periódico. 9.3. EVENTOS NÃO PERIÓDICOS São aqueles que não têm uma data pré-fixada para ocorrer, pois dependem de acontecimentos na relação entre o empregador/órgão público e o trabalhador que influenciam no reconhecimento de direitos e no cumprimento de deveres trabalhistas, previdenciários e fiscais como, por exemplo, a admissão/ingresso de um empregado/servidor, a alteração de salário, a exposição do trabalhador a agentes nocivos e o desligamento, dentre outros. Inclui-se neste grupo o cadastramento inicial dos vínculos dos empregados ativos, servidores ativos, mesmo que afastados, dos militares e dos beneficiários dos Regimes Próprios de Previdência Social - RPPS, que deverá ser transmitido antes da data de início da obrigatoriedade do eSocial para aquele empregador/órgão público. Tais informações serão enviadas no evento S-2200 após o envio do grupo de eventos de Tabelas. O cadastramento inicial será enviado pelo empregador/órgão público no início da implantação do eSocial, com todos os vínculos ativos, com seus dados cadastrais atualizados, e servirão de base para construção do "Registro de Eventos Trabalhistas - RET", o qual será utilizado para validação dos eventos de folha de pagamento e demais eventos enviados posteriormente.

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9.3.1. Cadastramento de Benefícios Previdenciários - RPPS O evento “S-2400 - Cadastramento de Benefícios Previdenciários – RPPS” será enviado pelo Órgão Público que tenha beneficiários vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social - RPPS ou que seja responsável pelo pagamento de complementação de benefícios previdenciários. 9.4. Prazo de envio Como regra geral, a definição dos prazos de envio dos eventos não periódicos respeita as regras que asseguram os direitos dos trabalhadores, como no caso da admissão e do acidente de trabalho, ou possibilitam recolhimentos de encargos que tenham prazos diferenciados, como na situação do desligamento. Como esses fatos/eventos passam a ter prazo específico para sua transmissão ao eSocial, vinculados a sua efetiva ocorrência, o manual apresenta em cada descrição dos eventos não periódicos seu respectivo prazo de envio. 9.5. Registro de Eventos Trabalhistas – RET

O RET é uma base de dados no ambiente nacional do eSocial que conterá as informações dos Eventos não periódicos enviados pelo Empregador. Além dos empregados, outras categorias de trabalhadores também serão objeto de informações que alimentarão o RET, como os trabalhadores avulsos, os dirigentes sindicais e algumas categorias de contribuintes individuais, como diretores não empregados e cooperados.

As informações dos eventos não periódicos alimentam a base de dados no Ambiente Nacional do eSocial, denominada “Registro de Eventos Trabalhistas – RET”. Todos os arquivos de eventos não periódicos, ao serem transmitidos ao eSocial, são submetidos às regras de validação e somente são aceitos se estiverem consistentes com o RET. Exemplo 1: o evento de desligamento de empregado somente é aceito se, para aquele empregado/servidor, tiver sido enviado anteriormente, o evento de admissão/ingresso. Exemplo 2: um evento de reintegração somente é aceito se o empregado/servidor já estiver desligado. O RET também é utilizado para validação da folha de pagamento, composta pelos eventos de remuneração e pagamento dos trabalhadores, que fazem parte dos eventos periódicos. Além dos empregados/servidores, também alimentarão o RET, os trabalhadores sem vínculo empregatício/estatutário pelo envio do evento Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Início – TSVE. Os TSVE incluem obrigatoriamente os trabalhadores avulsos, os dirigentes sindicais, os estagiários, os servidores cedidos em relação ao órgão público cessionário e algumas categorias de contribuintes individuais, como diretores não empregados e cooperados. Porém, todos os contribuintes individuais, mesmos os não abrangidos pelas atividades específicas obrigatórias supracitadas, podem ser incluídos como TSVE, de forma opcional. O fechamento dos eventos periódicos somente é aceito se for informada a remuneração de todos os empregados/servidores relacionados no RET como ativos, com exceção dos trabalhadores que estejam afastados sem remuneração devida. Já para os trabalhadores cadastrados por meio do evento “S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Início”, não é aplicada a

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regra acima. Para fins de validação na base do RET será considerado apenas o trabalhador ativo no respectivo período de apuração. Considera-se ativo o empregado/servidor não desligado e o trabalhador sem vínculo antes do término da prestação de serviço ou cessão. Nos casos de quarentena, conforme definido em lei, considera-se ativo até a data de término da quarentena.

Eventos Não-Periódicos Como o nome sugere, são eventos que acobertam acontecimentos que não tem uma data pré-fixada para acontecer, relacionados à direitos e deveres trabalhistas, previdenciários e fiscais. Por exemplo, a admissão de um novo empregado, alteração salarial, acidente de trabalho, demissão, entre outros eventos sem periodicidades fixas para ocorrer. Sendo periódicos, uma questão importante é em relação ao prazo de envio destes eventos para o eSocial. Cada evento não-periódico possui um prazo limite para envio após sua ocorrência. O evento “S-2210: Comunicação de Acidente de Trabalho”, por exemplo, tem um dos prazos mais apertados: 1 dia útil seguinte ao da ocorrência, ou, em caso de morte do empregado, deve ser enviado imediatamente, no mesmo dia da ocorrência. Apesar dos prazos variáveis, o Manual de Orientação do eSocial sugere o envio imediato de todos os eventos não-periódicos, sempre que possível. Os Eventos Não-Periódicos são: S-2190: Admissão de Trabalhador - Registro Preliminar S-2200: Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de Trabalhador S-2205: Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador S-2206: Alteração de Contrato de Trabalho S-2210: Comunicação de Acidente de Trabalho S-2220: Monitoramento da Saúde do Trabalhador S-2230: Afastamento Temporário S-2240: Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco S-2241: Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial S-2250: Aviso Prévio S-2298: Reintegração S-2299: Desligamento S-2300: Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Início S-2306: Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Alteração Contratual S-2399: Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Término S-2400: Cadastro de Benefícios Previdenciários - RPPS S-3000: Exclusão de eventos S-4000: Solicitação de Totalização de Bases e Contribuições S-5001: Informações das contribuições sociais por trabalhador S-5002: Imposto de Renda Retido na Fonte S-5011: Informações das contribuições sociais consolidadas por contribuinte S-5012: Informações do IRRF consolidadas por contribuinte

9.6. EVENTOS PERIÓDICOS São aqueles cuja ocorrência tem periodicidade previamente definida, compostos por informações de folha de pagamento, de apuração de outros fatos geradores de contribuições previdenciárias como, por exemplo, os incidentes sobre pagamentos efetuados às pessoas físicas quando da aquisição da sua produção rural, e do imposto sobre a renda retido na fonte sobre pagamentos realizados a pessoa física.

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Saliente-se que o eSocial recepciona e registra os fatos geradores relativos aos eventos periódicos “S-1200 – Remuneração do Trabalhador” ou “S-1202 - Remuneração de servidor vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS” utilizando-se do regime de competência, enquanto que o evento periódico “S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalho" se submete ao regime de Caixa. 9.6.1. Prazo de envio Os eventos periódicos devem ser transmitidos até o dia 07 do mês seguinte, antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior, em caso de não haver expediente bancário. 9.6.2. Movimento e período de apuração para os eventos periódicos Considerando as consequências tributárias dos eventos periódicos, com sua respectiva vinculação ao “período de apuração” do tributo devido, podemos dizer que um conjunto de eventos periódicos referentes ao mesmo período de apuração corresponde a um “movimento”. O movimento relativo à Folha de Pagamento presume-se aberto com o envio do primeiro evento “S-1200 – Remuneração do Trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social” ou “S - 1202 Remuneração do Servidor vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS”. Da mesma forma presumem-se abertos, com o primeiro envio, os eventos S-1210 a S-1280. O evento S-1299 é o Fechamento dos Eventos Periódicos – utilizado para informar ao ambiente do eSocial o encerramento da transmissão dos eventos periódicos daquele movimento, em determinado período de apuração. O evento S-1295 é um evento de contingência destinado a solicitar a totalização das Contribuições Sociais e do Imposto de Renda, com base nas informações já transmitidas para o ambiente nacional, quando houver insucesso no fechamento dos eventos periódicos pela não satisfação da REGRA_VALIDA_FECHAMENTO_FOPAG. A aceitação do evento de fechamento pelo eSocial, após processadas as devidas validações, conclui a totalização das bases de cálculo contempladas naquele movimento, possibilita a constituição dos créditos e os recolhimentos de contribuições previdenciárias. O eSocial não irá apurar as contribuições previdenciárias devidas ao RPPS para fins de constituição de crédito e geração de guias de recolhimento. No caso do FGTS, a geração da guia de recolhimento se dá com o envio do evento de fechamento dos eventos periódicos. Nos casos de exceção, o empregador pode solicitar à CAIXA, por meio de web service ou a partir de serviço online, a guia de recolhimento mesmo sem o envio do evento de fechamento. Caso seja necessário o envio de retificações ou novos eventos referentes a um movimento já encerrado, o mesmo deverá ser reaberto com o envio do evento “S-1298 - Reabertura dos Eventos Periódicos”. Efetivada uma reabertura para o movimento, torna-se necessário um novo envio do evento fechamento. Uma exceção dentre os eventos periódicos é o “S-1300 - Contribuição Sindical Patronal”, pois esse evento, embora seja periódico, não faz parte do grupo de eventos sujeitos ao fechamento. O evento de fechamento tem como objetivo sinalizar que as informações que afetam o cálculo de débitos tributários foram todas transmitidas. O evento S-1300 tem como objetivo apenas prestar informações periódicas da contribuição sindical devida, porém sem a apuração para recolhimento nem geração de guias de recolhimento. É informativo, para atender ao Ministério do Trabalho - MTb.

Todos os arquivos de eventos não periódicos, ao serem transmitidos ao eSocial,

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são submetidos às regras de validação e somente são aceitos se estiverem consistentes com o RET.

Exemplo 1

Se a empresa informa um evento de desligamento de empregado, o eSocial só irá aceitar esta informação se, para aquele empregado, já tiver sido enviado anteriormente o evento de admissão. É o tipo de situação óbvia, pois não faz sentido rescindir o contrato de um empregado que não tenha sido admitido.

Exemplo 2

Se a empresa deseja informar o afastamento temporário (por doença ou acidente, por exemplo), tal informação somente será aceita se o empregado não estiver afastado, claro, ou no caso do afastamento por acidente, já houver sido enviado o evento “S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho”.

O RET também é utilizado para validação da folha de pagamento, composta pelos

eventos de remuneração e pagamento dos trabalhadores, que fazem parte dos eventos periódicos.

Exemplo 1

Se na transmissão do arquivo da folha de pagamento a empresa inserir informações de um empregado que já tenha sido desligado (e que, portanto, já não está mais na base do RET), o eSocial só irá gerar inconsistência de informações.

Exemplo 2

Se na transmissão do arquivo da folha de pagamento a empresa inserir informações de um empregado que já tenha sido admitido durante o mês, mas não tenha sido incluso na base de dados do RET por meio do arquivo “S-2200 – Admissão do Trabalhador”, o eSocial também irá gerar inconsistência de informações. Além disso, a empresa estará sujeita à multa administrativa (que poderá ocorrer de forma eletrônica), uma vez que deixou de prestar a informação no prazo devido. DO IMPACTO IMEDIATO EM ALGUNS PROCEDIMENTOS

Fonte: Portal Tributário

O impacto do eSocial em alguns ou vários procedimentos será imediato, tendo em vista que as informações devem ser fornecidas em sua totalidade, sob pena de gerar inconsistências quando da transmissão dos arquivos.

Outra recomendação importante seria o de acrescentar ao regulamento interno da empresa um alerta quanto aos prazos de comunicação de eventos, estabelecendo a obrigação de o empregado em comunicar a empresa de forma imediata de fatos ocorridos, sob pena de ser gerando multa automática por comunicar fora do prazo legal. Isto porque o eSocial não prevê possibilidade de entrega de informação em atraso (apenas retificações), independentemente se foi a empresa ou não quem deu causa, o que pode desencadear penalidades quando da prestação de informações ao eSocial.

Dependendo da situação, como no caso de afastamento temporário, o empregado pode ser o causador do atraso na informação ao eSocial, quando deixa de informar determinado evento (doença) de imediato.

Espera-se que com o decorrer do tempo e com os efeitos práticos do eSocial em “produção”, algumas medidas sejam alteradas ou implementadas, de modo que toda a carga da nova

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obrigação acessória não seja imposta somente às empresas.

De qualquer sorte cabe à empresa exigir de seus trabalhadores o cumprimento de suas obrigações, fiscalizando e até mesmo punindo-o, em caso de descumprimento. ATUALIZAÇÃO CADASTRAL QUE AFETA DIRETAMENTE A BASE DE DADOS – RET Conforme consta do manual do eSocial as informações devem ser prestadas diretamente pela empresa obrigada, e serão devidamente armazenadas na base de dados do eSocial denominada pelo RET. Para que isso ocorra será imprescindível que se faça a atualização dos cadastros de empregados nos sistemas de folha de pagamento (e outros subsistemas) com informações sobre ASO, estabilidades, representantes sindicais, empregados com estabilidade, atividades desempenhadas pelo trabalhador, escala de férias, comunicação de acidente de trabalho, afastamentos temporários, dentre outras, para cumprir as exigências no preenchimento dos cadastros iniciais do eSocial. Estas atualizações cadastrais deverão obedecer a parametrização exigida pela plataforma eSocial, vinculando as informações cadastrais da folha de pagamento às equivalentes do eSocial. ADMISSÃO – INFORMAÇÃO ANTECIPADA O arquivo que informa a admissão contendo os dados e documentos do empregado deverão ser encaminhados com antecedência, pois a comunicação no eSocial deverá ocorrer até um dia antes da data de início do empregado.

Assim, fica definitivamente proibida a admissão de empregados por ocasião do fechamento da folha com data retroativa, pois esse procedimento acarretará num aviso do sistema validador, confessando a informação do registro fora do prazo, sujeito a penalidades.

Da mesma forma o empregado não mais poderá iniciar suas funções sem que tenha sido feito o registro em CTPS, pois o arquivo que informa a admissão exige que o número da CTPS seja informado, e sua falta gera inconsistência. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO Os cadastros na plataforma eSocial possuem campos específicos para o preenchimento das datas atualizadas dos exames admissionais, periódicos, de retorno à função e demissionais, como é o caso do arquivo “S-2220 Monitoramento da Saúde do Trabalhador”. Assim, para que a empresa possa cumprir com esta exigência, deverá manter atualizados o Programa de Controle e Saúde Ocupacional – PCMSO, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, além das demais obrigações referentes à saúde e segurança do trabalho determinadas de acordo com seu CNAE e grau de risco, pois o eSocial exige que tais institutos estejam em dia a fim de viabilizar a manutenção das informações atualizadas. AFASTAMENTO TEMPORÁRIO – MOTIVOS DE AFASTAMENTO Assim como na admissão, todos os afastamentos temporários tais como doença, licença maternidade, licença paternidade, serviço militar, deverão ter comunicação imediata na plataforma eSocial. Na prática, o cumprimento desta obrigação irá requerer um pouco mais de atenção, tendo em vista que vários fatos podem ocorrer sem que a empresa tenha conhecimento ou mesmo, seja informada com atraso em função da falta de comunicação do próprio trabalhador gerando, inclusive, a possibilidade de a empresa ser penalizada administrativamente pelo órgão

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fiscalizador. Exemplo Considerando que o empregado tenha faltado ao trabalho entre o dia 29 do mês e o dia 8 do mês seguinte e, somente após 10 (dez) dias de afastamento, comparece à empresa e apresenta o atestado de 15 dias, poderia haver duas situações:

a) A recusa do atestado por parte da empresa, já sabendo que seu aceite com efeito retroativo poderá lhe gerar penalidades, considerando assim a data do afastamento somente a partir da entrega ao setor responsável;

b) O aceite do atestado com efeito retroativo e, posteriormente, justificar junto ao órgão competente a entrega fora do prazo por parte do empregado, na tentativa de se livrar de eventual multa, já que a empresa teria até dia 7 do mês seguinte para prestar a informação. Como já relatado acima, quanto à alteração do regulamento interno, em que pese o eSocial disponha de ferramentas que possibilite a retificação dos arquivos enviados, especificamente quanto à situação apresentada, abrangida no arquivo “S-2230 Afastamento Temporário”, há que se ter total atenção quando da aplicação de multa nestes casos, para que a empresa possa usar de todos os recursos para se isentar de tal penalidade, uma vez que eventual atraso na informação decorreu da ação intempestiva do empregado.

Da mesma forma pode ocorrer com o afastamento de licença maternidade, onde a gestante acaba se afastando do trabalho alguns dias antes da data prevista para o parto e o médico, para não prejudicar a gestante quanto aos dias de faltas, opta por conceder a licença maternidade desde o primeiro dia de afastamento. TABELA DE MOTIVOS DE AFASTAMENTO

Código Descrição

01 Acidente/Doença do trabalho

03 Acidente/Doença não relacionada ao trabalho

05 Afastamento/licença prevista em regime próprio (estatuto), sem remuneração

06 Aposentadoria por invalidez

07 Acompanhamento - Licença para acompanhamento de membro da família enfermo

08 Afastamento do empregado para participar de atividade do Conselho Curador do

FGTS – art. 65, §6º, Dec. 99.684/90 (Regulamento do FGTS)

10 Afastamento/licença prevista em regime próprio (estatuto), com remuneração

11 Cárcere

12 Cargo Eletivo - Candidato a cargo eletivo - Lei 7.664/1988. art. 25, parágrafo único –

Celetistas em geral

13 Cargo Eletivo - Candidato a cargo eletivo - Lei Complementar 64/1990. art. 1°, inciso

II, alínea 1 - Servidor público, estatutário ou não, dos órgãos ou entidades da

Administração Direta ou Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos

Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público

14 Cessão / Requisição

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15 Gozo de férias ou recesso - Afastamento temporário para o gozo de férias ou

recesso

16 Licença remunerada – Lei, liberalidade da empresa ou Acordo/Convenção Coletiva

de Trabalho

17 Licença Maternidade - 120 dias e suas prorrogações/antecipações, inclusive para o

cônjuge sobrevivente

18 Licença Maternidade - 121 dias a 180 dias, Lei 11.770/2008 (Empresa Cidadã),

inclusive para o cônjuge sobrevivente

19 Licença Maternidade - Afastamento temporário por motivo de aborto não criminoso

20 Licença Maternidade - Afastamento temporário por motivo de licença-maternidade

decorrente de adoção ou guarda judicial de criança, inclusive para o cônjuge

sobrevivente

21 Licença não remunerada ou Sem Vencimento

22 Mandato Eleitoral - Afastamento temporário para o exercício de mandato eleitoral,

sem remuneração

23 Mandato Eleitoral - Afastamento temporário para o exercício de mandato eleitoral,

com remuneração

24 Mandato Sindical - Afastamento temporário para exercício de mandato sindical

25 Mulher vítima de violência - Lei 11.340/2006 - art. 9º §2o, II - Lei Maria da Penha

26 Participação de empregado no Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS (art.

3º, Lei 8.213/1991)

27 Qualificação - Afastamento por suspensão do contrato de acordo com o art. 476-A da

CLT

28 Representante Sindical - Afastamento pelo tempo que se fizer necessário, quando,

na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião

oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro

29 Serviço Militar - Afastamento temporário para prestar serviço militar obrigatório;

30 Suspensão disciplinar - CLT, art. 474

31 Servidor Público em Disponibilidade

33 Licença Maternidade - de 180 dias, Lei 13.301/2016.

34 Inatividade do trabalhador avulso (portuário ou não portuário) por período superior a

90 dias

RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO – AVISO PRÉVIO – MOTIVOS DE DESLIGAMENTO Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedência que estiver obrigada por força de lei.

O aviso prévio trabalhado (ou no caso de término do contrato determinado) deverá ser

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comunicado, conforme arquivo “S-2250 – Aviso Prévio”, em até 10 (dez) dias de sua comunicação.

O aviso prévio indenizado não gera o envio deste evento. Neste caso esta informação constará somente no evento S-2299 - Desligamento.

O eSocial permite, conforme dispõe o art. 489 da CLT, a possibilidade de cancelamento do aviso prévio (arquivo “S-2250 – Aviso Prévio”), de acordo com o campo que consta do leiaute da tabela aviso prévio (abaixo demonstrada), tendo em vista que é facultada às partes a reconsideração do aviso. Motivos de Desligamento Código Descrição 01 Rescisão com justa causa, por iniciativa do empregador 02 Rescisão sem justa causa, por iniciativa do empregador 03 Rescisão antecipada do contrato a termo por iniciativa do empregador 04 Rescisão antecipada do contrato a termo por iniciativa do empregado 05 Rescisão por culpa recíproca 06 Rescisão por término do contrato a termo 07 Rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do empregado

08 Rescisão do contrato de trabalho por interesse do(a) empregado(a), nas hipóteses previstas nos arts. 394 e 483, § 1º da CLT

09 Rescisão por falecimento do empregador individual ou empregador doméstico por opção do empregado

10 Rescisão por falecimento do empregado

11 Transferência de empregado para empresa do mesmo grupo empresarial que tenha assumido os encargos trabalhistas, sem que tenha havido rescisão do contrato de trabalho

12 Transferência de empregado da empresa consorciada para o consórcio que tenha assumido os encargos trabalhistas, e vice-versa, sem que tenha havido rescisão do contrato de trabalho

13

Transferência de empregado de empresa ou consórcio, para outra empresa ou consórcio que tenha assumido os encargos trabalhistas por motivo de sucessão (fusão, cisão ou incorporação), sem que tenha havido rescisão do contrato de trabalho

14 Rescisão do contrato de trabalho por encerramento da empresa, de seus estabelecimentos ou supressão de parte de suas atividades ou falecimento do empregador individual ou empregador doméstico sem continuação da atividade

15 Demissão de Aprendizes por Desempenho Insuficiente ou Inadaptação

16 Declaração de nulidade do contrato de trabalho por infringência ao inciso II do art. 37 da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário

17 Rescisão Indireta do Contrato de Trabalho 18 Aposentadoria Compulsória (somente para categorias de trabalhadores 301 a 309) 19 Aposentadoria por idade (somente para categorias de trabalhadores 301 a 309)

20 Aposentadoria por idade e tempo de contribuição (somente categorias de trabalhadores 301 a 309)

21 Reforma Militar (somente para categorias de trabalhadores 301 a 309) 22 Reserva Militar (somente para categorias de trabalhadores 301 a 309) 23 Exoneração (somente para categorias de trabalhadores 301 a 309) 24 Demissão (somente para categorias de trabalhadores 301 a 309)

25 Vacância para assumir outro cargo efetivo (somente para categorias de trabalhadores 301 a 309)

26 Rescisão do contrato de trabalho por paralisação temporária ou definitiva da

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empresa, estabelecimento ou parte das atividades motivada por atos de autoridade municipal, estadual ou federal

27 Rescisão por motivo de força maior 28 Término da Cessão/Requisição 29 Redistribuição 30 Mudança de Regime Trabalhista 31 Reversão de Reintegração 32 Extravio de Militar 33 Rescisão por acordo entre as partes (art. 484-A da CLT – Lei 13.467/2017)

34 Transferência de titularidade do empregado doméstico para outro representante da mesma unidade familiar.

FÉRIAS – AVISO E CONCESSÃO – PRAZOS Férias é o período de descanso anual que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por ter trabalhado durante o período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo". A concessão das férias deverá ser comunicada ao empregado, por escrito, com antecedência mínima de 30 dias, mediante "aviso de férias" em 2 vias, mencionando o período aquisitivo a que se referem e os dias em que serão gozadas, dando ao empregado a ciência. O pagamento das férias, do adicional de 1/3 (um terço) constitucional e do abono pecuniário deverá ser feito até dois dias antes do início do período de gozo das mesmas. Neste momento, o empregado dará quitação do pagamento, em recibo, no qual deverão constar as datas de início e término do respectivo período. Tais informações deverão ser prestadas no prazo ao eSocial através do arquivo “S-2230 Afastamento Temporário” (código 15) e posteriormente (quando do pagamento) através do arquivo “S-1200 – Remuneração do Trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS”. Também é de conhecimento geral a prática em que várias empresas acabam emitindo o aviso e o recibo de férias e os disponibiliza ao empregado para assinatura poucos dias antes ou até mesmo no ato do pagamento, contrariando o disposto no art. 145 da CLT sem, contudo, conceder o devido gozo. Com o eSocial é prudente que a empresa faça uma programação anual com antecedência, de modo que a emissão do aviso de férias e a transmissão do arquivo, bem como o pagamento sejam feitos dentro do prazo estabelecido legalmente. A falta ou o atraso na comunicação do aviso de férias pelo eSocial, bem como na emissão e pagamento do recibo de férias gera confissão por parte da empresa. As informações geradas em atraso configuram a auto denúncia, ou seja, a própria empresa confessa na prática a violação da lei, ficando a mesma sujeita às penalidades administrativas legais. ESTAGIÁRIOS – ESTA CATEGORIA DE TRABALHADORES É INCLUSA NO ESOCIAL As obrigações acessórias como CAGED, GFIP, SEFIP e RAIS não incluíam o estagiário no rol de trabalhadores informados aos órgãos da Administração Pública.

O estágio, estabelecido pela Lei 11.788/2008 (que revogou a Lei 6.494/77), é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

Assim como há a obrigação de envio imediato para a contratação de empregado, da mesma

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forma há a obrigação quando da contratação de estagiário conforme arquivo “S-2300 Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Início” ou, quando do término do contrato do estágio, do arquivo “S-2399 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Término”. 6.3.2.8 – Serviços Tomados e Serviços Prestados Todas as informações relativas aos serviços tomados ou prestados por terceiros mediante cessão de mão de obra ou empreitada, bem como as correspondentes informações sobre retenções efetuadas pela empresa declarante e das notas fiscais emitidas também deverão ser informadas através do eSocial. Até mesmo uma empresa que não mantenha folha de pagamento de empregados ou não remunere pró-labore aos sócios, deverá apresentar informações ao eSocial caso tome ou preste serviços a terceiros. Tais informações possibilitarão aos órgãos fiscalizadores realizar um cruzamento de dados entre os entes federais, de modo a confirmar as informações prestadas pelas respectivas partes. Havendo divergência ou omissão na prestação das informações por uma das partes, as inconformidades serão automaticamente apontadas pelo ente federal, que notificará as partes inadimplentes para regularizar as informações prestadas. ESTABILIDADES NO EMPREGO – LEGAIS E CONVENCIONAIS A plataforma eSocial exige que sejam informados todos os empregados que gozam de estabilidade no emprego, conforme arquivos “S-2230 – Afastamento Temporário”.

Assim, se a empresa controla este tipo de situação de forma manual (em planilha Excel ou relação à parte), para não incorrer em erro ou esquecimento quando da transmissão dos arquivos, é prudente acionar o fornecedor do sistema de folha a fim de que este providencie campos específicos onde possam ser inseridas estas informações.

Eis a importância do mentor do eSocial, bem como da parametrização como forma de se evitar inconsistências e rejeição quando do envio dos arquivos.

Cabe ressaltar que a estabilidade no emprego pode decorrer, dentre outras, das seguintes situações legais e convencionais:

Situações de Estabilidade Norma Jurídica Acidente de trabalho Lei 8.213/91, artigo 118

Gestante

Artigo 10, II alínea "b" do Ato das Disposições Transitórias (ADCT) CF/88; Art. art. 392 e 392-A da CLT; Art. 18 da Lei 13.301/2016.

CIPA Artigo 10, II alínea "a" do Ato das Disposições Transitórias (ADCT) CF/88

Dirigente Sindical Artigo 8º, VIII da CF/88 e CLT, artigo 543 § 3º Dirigente de Cooperativa Lei 5.764/71, artigo 55 Empregado Reabilitado Lei 8.213/91, artigo 93 § 1º Membro do Conselho Curador do FGTS Lei 8.036/90, artigo 3º, § 9º Membro do Conselho Nacional da Previdência Social

Lei 8.213/91, artigo 3º, § 7º

Membro da Comissão de Conciliação Prévia

Artigo 625-B § 1º da CLT

Empregada em situação de violência doméstica

Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha.

Garantia de Emprego em vias de Aposentadoria

Garantias estabelecidas em acordos e convenções coletivas de trabalho

Estabilidade após retorno de auxílio Garantias estabelecidas em acordos e

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doença por determinado período convenções coletivas de trabalho CLÁUSULA DE QUARENTENA – OBRIGAÇÃO APÓS O DESLIGAMENTO A cláusula de quarentena, no que tange ao Direito do Trabalho, é a medida jurídica adotada pela empresa para com o empregado demitido, que visa assegurar que informações sigilosas, no aspecto técnico, estratégico ou comercial, não sejam repassadas pelo ex-empregado a outras empresas.

Considerando a alta concorrência no mercado de trabalho globalizado e o avançado desenvolvimento tecnológico que acirram esta competitividade, há informações técnicas, estratégicas, comerciais e de know-how, que durante a vigência do contrato acabam na mão de alguns empregados.

Quando um destes empregados é demitido ou pede demissão, normalmente as empresas buscam assegurar, por meio de cláusulas contratuais que garantem este direito, que tais informações não sejam repassadas a futuros empregadores ou até mesmo, que este empregado venha atuar como concorrente da antiga empresa por determinado período de tempo após o desligamento.

Para o eSocial considera-se ativo o empregado não desligado e o trabalhador sem vínculo antes do término da prestação de serviço.

Entretanto, como esta quarentena normalmente é remunerada, numa espécie de indenização por manter o trabalhador fora do mercado de trabalho, para que o empregador possa continuar informando a remuneração ao empregado (ou trabalhador sem vínculo) mesmo após seu desligamento, é imprescindível que informe no arquivo “S-2299 – Desligamento”, no caso do empregado, ou no arquivo “S-2399 - Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Término”, no caso do trabalhador sem vínculo, a data final da quarentena estabelecida na cláusula contratual. 9.6.3. Folha de Pagamento Constitui obrigação do empregador/contribuinte/órgão público “preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos”, conforme art. 225 do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/1999. A folha de pagamento deve ser elaborada mensalmente, de forma coletiva, por estabelecimento do empregador/contribuinte/órgão público, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e deverá também: a) discriminar o nome dos segurados, indicando carreira, cargo, função ou serviço prestado; b) agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, servidor público ativo vinculado ao RPPS aposentados e pensionistas e demais beneficiários dos RPPS, trabalhador avulso, contribuinte individual; c) destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade; d) destacar as parcelas integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos legais; e) indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso; f) quantificar o número de horas extras prestadas por trabalhador no período e informar o fator utilizado; e g) indicar a quantidade de horas noturnas laboradas e o percentual aplicado para a obtenção do

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valor do adicional noturno. A responsabilidade pela preparação das folhas de pagamento dos trabalhadores avulsos portuários e não-portuários é do Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO ou do sindicato de trabalhadores avulsos, respectivamente, conforme estabelecido nos arts. 264 e 278 da Instrução Normativa RFB nº 971 de 13/09/2009. O eSocial é uma nova forma de prestação destas informações da Folha de Pagamento. O evento “S-1200 – Remuneração do Trabalhador vinculado ao Regime Geral da Previdência Social “ ou “S - 1202 Remuneração do servidor vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS” concentra as informações inerentes à Folha, com interação com os eventos Tabelas e com os eventos não periódicos que interferem na remuneração mensal do trabalhador (por exemplo o S-2200 – Admissão de Trabalhador, S-2206 –Alteração de Contrato de Trabalho, ou mesmo o evento S-2230 - Afastamento Temporário). A Folha de Pagamento no eSocial é um conjunto de informações que reflete a remuneração de todos os trabalhadores que estiveram a serviço do empregador/contribuinte/órgão público naquela competência. Entretanto, cada trabalhador é tratado individualmente, de forma que a retificação da remuneração de um trabalhador não afeta os demais. A Folha de Pagamento, com eventos por trabalhador, deve ser enviada compondo um movimento com prazo para transmissão e fechamento até o dia 07 do mês seguinte ao do período de apuração, antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior, em caso de não haver expediente bancário. O movimento relativo à Folha de Pagamento presume-se aberto com o envio do primeiro evento “S-1200 – Remuneração do Trabalhador vinculado ao Regime Geral da Previdência Social “ ou “S - 1202 Remuneração do servidor vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS” para aquele período de apuração. O encerramento da transmissão dos eventos periódicos com informações da Folha de Pagamento daquele movimento é feito pelo evento “S-1299 - Fechamento dos Eventos Periódicos”. A transmissão do evento “S-1299 - Fechamento dos Eventos Periódicos” pelo eSocial, após processadas as devidas validações, conclui a totalização das bases de cálculo contempladas naquela folha de pagamento, possibilita a constituição do crédito e os recolhimentos das respectivas contribuições previdenciárias e FGTS. 9.6.4. Remuneração e Pagamento no eSocial A informação declarada como folha de pagamento no eSocial servirá de base para os cálculos da Contribuição Previdenciária, FGTS e IRRF. Seguindo a premissa de unicidade na informação originada na folha de pagamento, como regra as rubricas de remuneração da folha – regime de competência - devem ser informadas em um só evento, o “S-1200 – Remuneração do Trabalhador vinculado ao Regime Geral da Previdência Social “ou “S - 1202 Remuneração do servidor vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS”. A data de pagamento efetivo ao empregado será informada no evento “S-1210 - Pagamentos de Rendimentos do Trabalho”, acompanhada das rubricas que representam os descontos de IRRF, bem como das deduções da base IRRF (ex. pensão alimentícia), que seguem o regime de caixa. São exceções a esta regra: a) As situações de pagamento parcial – onde o valor pago na data de pagamento informada não contempla o total devido, conforme apurado no demonstrativo de valores devidos {ideDmDev} referenciado no S- 1200. b) O valor pago a título de Recibo de Antecipação de Férias, que deve ser informado no grupo [detPgtoFer] do S-1210, com sua tributação específica do IRRF. O pagamento informado neste grupo não tem vinculação e prescinde de prévia informação no S-1200. Ressaltando que os

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valores pagos a título de férias integrarão a folha da competência (S-1200), proporcionalmente aos dias de férias gozados, como base de cálculo da Contribuição Previdenciária e do FGTS. c) Os pagamentos relativos a competências anteriores ao início de obrigatoriedade, mas efetivados já na vigência do eSocial, que devem ser informados no grupo [detPgtoAnt]. O pagamento informado neste grupo não tem vinculação e prescinde de prévia informação no S- 1200. Em caso de pagamento parcial de tipo [tpPgto] = [1; 2; 3; 5], bem como no tipo 7 – Recibo de Antecipação de Férias – exceções 1 e 2 - devem ser discriminadas respectivamente no grupo [infoPgtoParc], e no grupo [detRubrFer], todas as rubricas contempladas na apuração do valor pago. Quanto aos pagamentos relativos a competências anteriores ao início de obrigatoriedade do eSocial, bem como nos casos de detalhamento de pagamentos relativos a benefícios previdenciários, nos respectivos grupos [infoPgtoAnt] e [detPgtoBenPr/infoPgtoParc], serão informadas as bases de cálculo, deduções, retenções e valores de isenção do IRRF.

Eventos Periódicos

Novamente, nome bem sugestivo: são eventos relacionados à acontecimentos periódicos, com datas fixas para acontecer, como por exemplo, o pagamento dos salários, conforme o evento “S-1200: Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social”. Falando deste evento, é importante ressaltar que ele é individual por trabalhador, isto é, deve ser emitido um evento para cada funcionário da empresa, mesmo se ele possuir mais de um vínculo empregatício. Os Eventos Periódicos são: S-1200: Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previd. Social S-1202: Remuneração de servidor vinculado a Regime Próprio de Previd. Social S-1207: Benefícios previdenciários - RPPS S-1210: Pagamentos de Rendimentos do Trabalho S-1250: Aquisição de Produção Rural S-1260: Comercialização da Produção Rural Pessoa Física S-1270: Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários S-1280: Informações Complementares aos Eventos Periódicos S-1295: Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência. S-1298: Reabertura dos Eventos Periódicos S-1299: Fechamento dos Eventos Periódicos S-1300: Contribuição Sindical Patronal

10. Situação “Sem Movimento” A situação “Sem Movimento” para o empregador/contribuinte/órgão público só ocorrerá quando não houver informação a ser enviada, para o grupo de eventos periódicos S-1200 a S-1280. Neste caso, o empregador/contribuinte/órgão público enviará o “S-1299 - Fechamento dos Eventos Periódicos” como sem movimento na primeira competência do ano em que esta situação ocorrer. Caso a situação sem movimento persista nos anos seguintes, o empregador/contribuinte deverá repetir este procedimento na competência janeiro de cada ano, exceto para empregador pessoa física, cuja informação é facultativa. No evento de fechamento será enviada a informação competência sem movimento - {CompSemMovto} com a descrição “Informar a primeira competência a partir da qual não houve movimento, cuja situação perdura até a competência atual. Preenchimento obrigatório se todos os campos a seguir mencionados forem preenchidos com [N]:{evtRemun}; {evtPgtos}, {evtPgtosNI}, {evtAqProd}, {evtComProd},{evtContratAvNP}, {evtInfoComplPer}. Mesmo que o

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empregador/contribuinte/órgão público, pessoa jurídica, NUNCA tenha remunerado qualquer trabalhador, uma vez por ano - competência janeiro – deve informar SEM MOVIMENTO no evento “S-1299 - Fechamento dos Eventos Periódicos”. NATUREZA DAS RUBRICAS DA FOLHA DE PAGAMENTO A folha de pagamento do eSocial, até para tentar uniformizar as informações independentemente do tipo de atividade da empresa, possui códigos e nomenclaturas próprias, conforme tabela abaixo: eSocial – TABELA DE NATUREZA DAS RUBRICAS DA FOLHA DE PAGAMENTO Cód Natureza da Rubrica Descrição da Natureza da Rubrica

1000 Salário, vencimento, soldo ou subsídio.

Corresponde ao salário básico contratual do empregado contratado de acordo com a CLT e o vencimento mensal do servidor público e do militar.

1002 Descanso semanal remunerado – DSR

Valor correspondente a um dia de trabalho incidente sobre as verbas de natureza variável, tais como: horas extras, adicional noturno, produção, comissão, etc.

1003 Horas extraordinárias Valor correspondente a hora extraordinária de trabalho, acrescido de percentual de no mínimo 50%.

1004 Horas extraordinárias – Indenização de banco de horas

Valor correspondente a pagamento das horas extraordinárias, inicialmente destinadas para o banco de horas e que não foram compensadas.

1005 Direito de arena Valores relativos a direito de arena decorrente do espetáculo, devidos ao atleta.

1006 Intervalos intra e inter jornadas não concedidas

Valores relativos a intervalos não concedidos de intrajornada ou interjornada.

1007 Luvas e premiações Valores correspondentes a prêmios e luvas, devidos ao atleta.

1009 Salário-família – complemento

Valor excedente ao do fixado pela previdência social para o salário-família.

1010 Salário in natura - pagos em bens ou serviços

Salário in natura, também conhecido por salário utilidade, correspondente a remunerações pagas em bens ou serviços.

1011 Sobreaviso e prontidão Valor correspondente a um percentual da hora normal de trabalho.

1020 Férias – gozadas

Valor correspondente a remuneração a que faz jus na época da concessão das férias e o adicional constitucional a que o trabalhador adquiriu direito, inclusive o adiantamento de férias, quando pagas antecipadamente.

1021 Férias - abono ou gratificação de férias superior a 20 dias

Remuneração a título de abono de férias, desde que excedente a 20 (vinte) dias do salário e concedido em virtude de cláusula contratual, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, como por exemplo, o art. 144 da CLT.

1022 Férias - abono ou gratificação de férias não excedente a 20 dias

Remuneração a título de abono de férias, desde que não excedente a 20 (vinte) dias do salário e concedido em virtude de cláusula contratual, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, como por exemplo o art. 144 da CLT.

1023 Férias - abono pecuniário Valor correspondente a conversão em dinheiro de parte dos dias de férias a que o trabalhador adquiriu direito, inclusive o adicional constitucional.

1024 Férias - o dobro na vigência do contrato

Valor correspondente a remuneração a que faz jus na época da concessão das férias, concedidas após o prazo de concessão, inclusive o adicional constitucional.

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1040 Licença-prêmio Valor relativo a licença-prêmio, em decorrência de afastamento do trabalho.

1041 Licença-prêmio indenizada Valor correspondente à conversão em dinheiro da licença-prêmio.

1050 Remuneração de dias de afastamento

Remuneração de dias nos quais o trabalhador esteja afastado do trabalho sem prejuízo de sua remuneração.

1080 Stock Option Remuneração pelo exercício de opção de compra de ações da empresa.

1099 Outras verbas salariais Outras verbas salariais não previstas nos itens anteriores.

1201 Adicional de função / cargo de confiança

Adicional ou gratificação concedida em virtude de cargo ou função de confiança.

1202 Adicional de insalubridade Adicional por serviços em condições de insalubridade. 1203 Adicional de periculosidade Adicional por serviços em condições perigosas.

1204 Adicional de transferência Adicional em razão de transferência de trabalhador, enquanto durar a transferência.

1205 Adicional noturno Adicional por trabalho em horário noturno.

1206 Adicional por tempo de serviço

Adicional em virtude do tempo de serviço (anuênio, quinquênio, etc.).

1207 Comissões, porcentagens, produção

Valor correspondente a contraprestação de serviço, normalmente baseada em um percentual sobre as vendas totais desse trabalhador.

1208 Gueltas ou gorjetas - repassadas por fornecedores ou clientes

Valores pagos diretamente por fornecedores a trabalhador a título de incentivos de vendas (gueltas) ou por clientes a título de recompensa por bons serviços prestados (gorjetas).

1209 Gueltas ou gorjetas - repassadas pelo empregador

Valores pagos relativos a gueltas ou gorjetas, por meio de repasse ao empregador.

1210 Gratificação por acordo ou convenção coletiva

Verba estabelecida em acordo ou convenção coletiva de trabalho.

1211 Gratificações

Verba não estabelecida em acordo ou convenção coletiva, mas paga para o empregado em decorrência de ajuste entre as partes ou por liberalidade do empregador, como por exemplo produtividade, assiduidade, etc.

1212 Gratificações ou outras verbas de natureza permanente

Órgão Público - Parcelas remuneratórias reconhecidamente inerentes às funções do cargo efetivo, cujo valor integra a remuneração do cargo efetivo.

1213 Gratificações ou outras verbas de natureza transitória

Órgão Público - Parcelas remuneratórias vinculadas à atividade cujo recebimento dependa de avaliação de desempenho ou determinadas condições.

1214 Adicional de penosidade Adicional pela realização de atividade árdua que exija do trabalhador esforço, atenção ou vigilância acima do comum.

1215 Adicional de Unidocência Adicional de Unidocência para Professores de 1ª a 4ª série.

1225 Quebra de caixa Valor destinado a cobrir os riscos assumidos por quem trabalha com manuseio de valores, para compensar eventuais descontos ou diferenças de numerários.

1230 Remuneração do dirigente sindical

Remuneração paga ao trabalhador afastado, durante o exercício da atividade sindical.

1299 Outros Adicionais Valores relativos a outros adicionais não previstos nos itens anteriores.

1300 PLR – Participação em Valor correspondente a participação em lucros ou

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Lucros ou Resultados resultados da empresa, de acordo com lei específica.

1350 Bolsa de estudo – estagiário

Valor devido ao estagiário em atividades práticas de complementação do currículo escolar, inclusive os valores pagos a título de recesso remunerado - Lei nº 11.788 de 25/09/2008.

1351 Bolsa de estudo – médico residente

Bolsa de estudo ao médico residente.

1352 Bolsa de estudo ou pesquisa

Remuneração a professores, pesquisadores e demais profissionais com a finalidade de estudos ou pesquisa, exceto pagamentos a estagiário e médico-residente.

1401 Abono Qualquer abono concedido de forma espontânea ou em virtude de acordo ou convenção coletiva, norma, etc.

1402 Abono PIS / PASEP Abono e/ou rendimento do PIS / PASEP repassado pelo empregador ou órgão público.

1403 Abono legal As importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário, por força da lei.

1404 Auxílio babá

Valor relativo a reembolso de despesas com babá, limitado ao menor salário de contribuição mensal e condicionado à comprovação do registro na carteira de trabalho e previdência social da empregada, do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição previdenciária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de 6 (seis) anos de idade da criança. Caso haja previsão em acordo coletivo da categoria, este limite de idade poderá ser maior.

1405 Assistência médica

Valor pago diretamente ao trabalhador a título de assistência médica ou odontológica, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico hospitalares e outras similares.

1406 Auxílio creche

O reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de 6 (seis) anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas. Caso haja previsão em acordo coletivo da categoria, este limite de idade poderá ser maior.

1407 Auxílio educação

Valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de trabalhadores e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de trabalhadores, nos termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e:

1) não seja utilizado em substituição de parcela salarial; 2) o valor mensal do plano educacional ou bolsa de

estudo, considerado individualmente, não ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário de contribuição, o que for maior.

1409 Salário família Valor do salário-família, conforme limite legal, em virtude do número de filhos menores de 14 anos, ou inválidos de qualquer idade.

1410 Auxílio – Locais de difícil acesso

Valor correspondente a transporte, habitação e alimentação fornecido ao trabalhador contratado para prestar serviço em localidade distante da sua

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residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada.

1601 Ajuda de custo - aeronauta Adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973.

1602 Ajuda de custo de transferência

Ajuda de custo em parcela única, em razão de transferência de local de trabalho.

1620 Ressarcimento de despesas pelo uso de veículo próprio

Ressarcimento de despesas ao trabalhador, pela utilização de veículo de sua propriedade.

1621

Ressarcimento de despesas de viagem, exceto despesas com veículos

Ressarcimento de despesas pagas com recursos do trabalhador em viagens a trabalho.

1623 Ressarcimento de provisão Ressarcimento de desconto efetuado em recibos de férias relativo a provisão de contribuição previdenciária e IRRF.

1629 Ressarcimento de outras despesas

Ressarcimento de outras despesas pagas pelo trabalhador, não previstas nos itens anteriores.

1651 Diárias de viagem – até 50% do salário

Diárias de viagem ao trabalhador, desde que não exceda a 50% do seu salário-base mensal.

1652 Diárias de viagem – acima de 50% do salário

Diárias de viagem superior a 50% do salário-base mensal.

1801 Alimentação Auxílio alimentação. 1802 Etapas (marítimos) Auxílio alimentação ao trabalhador marítimo. 1805 Moradia Auxílio moradia. 1810 Transporte Auxílio transporte. 2501 Prêmios Prêmios diversos.

2510 Direitos autorais e intelectuais

Valor correspondente a participação em produção científica, intelectual ou artística.

2801 Quarentena remunerada Valor equivalente a remuneração se em exercício estivesse, devida ao trabalhador desligado, em período de quarentena.

2901 Empréstimos Empréstimo ao trabalhador para posterior desconto.

2902 Vestuário e equipamentos

Valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao trabalhador e utilizados no local de trabalho para prestação dos respectivos serviços.

2920 Reembolsos diversos Valor relativo a reembolsos diversos referentes a descontos indevidos efetuados em competências anteriores.

2930 Insuficiência de saldo

Valor lançado em folha de pagamento para cobertura de excesso de descontos em relação a vencimentos, tanto o valor do vencimento no mês em que houver a insuficiência de saldo, como o respectivo desconto no(s) mês(es) posteriores.

2999 Arredondamentos Valor lançado em folha de pagamento, não superior a 99 centavos, relativo a arrendamentos.

3501 Remuneração por prestação de serviços

Remuneração (inclusive adiantamentos) a contribuintes individuais, inclusive honorários, em trabalhos de natureza eventual e sem vínculo trabalhista.

3505 Retiradas (pró-labore) de diretores empregados

Pró-labore ou retirada (remuneração) a diretores empregados (CLT).

3506 Retiradas (pró-labore) de diretores não empregados

Pró-labore ou retirada (remuneração) a diretores não empregados.

3508 Retiradas (pró labore) de proprietários ou sócios

Pró-labore ou retirada (remuneração) a proprietários ou sócios da empresa.

3509 Honorários a conselheiros Pró-labore ou retirada (remuneração) a proprietários ou

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sócios da empresa.

3520 Remuneração de cooperado

Remuneração a cooperado vinculado a cooperativa de trabalho.

4010 Complementação salarial de auxílio-doença

Complementação salarial de auxílio-doença, extensiva à totalidade dos trabalhadores.

4050 Salário maternidade Remuneração mensal da trabalhadora empregada durante a licença maternidade, quando paga pelo contratante ou órgão público.

4051 Salário maternidade – 13º salário

Valor correspondente ao 13° salário pago pelo contratante ou órgão público, no período de licença maternidade.

5001 13º salário

Valor relativo ao 13° salário de trabalhador, inclusive as médias de 13° salário (horas extras, adicional noturno, etc.), exceto se relativo à primeira parcela ou se pago em rescisão contratual - nessa opção devem ser classificadas também o valor pago mensalmente ao trabalhador avulso, a título de 13° salário.

5005 13° salário complementar Valor do 13° salário complementar relativo a diferenças apuradas não consideradas na folha de fechamento do 13° salário.

5501 Adiantamento de salário Valor relativo a adiantamento, antecipação ou pagamento parcial de folha de salários.

5504 13º salário - Adiantamento Valor relativo a adiantamento do 13° salário.

5510 Adiantamento de benefícios previdenciários

Valor relativo a adiantamento de benefícios a serem pagos pela Previdência Social Oficial.

6000 Saldo de salários na rescisão contratual

Valor correspondente aos dias trabalhados no mês da rescisão contratual.

6001 13º salário relativo ao aviso-prévio indenizado

Valor correspondente ao 13° salário incidente sobre o aviso-prévio indenizado.

6002 13º salário - proporcional na rescisão

Valor correspondente ao 13° salário proporcional pago na rescisão do contrato de trabalho, exceto o pago sobre o aviso-prévio indenizado.

6003 Indenização compensatória do aviso-prévio

Valor da maior remuneração do trabalhador, correspondente ao número de dias relativo ao aviso prévio, calculado de acordo com o tempo de serviço do empregado.

6004 Férias - o dobro na rescisão

Valor correspondente a remuneração a que faz jus a época da rescisão contratual, correspondente a férias não concedidas no prazo legal, inclusive o adicional constitucional.

6006 Férias proporcionais

Valor correspondente a 1/12 avos da remuneração a que faz jus a época da rescisão contratual, fração superior a 14 dias por mês de trabalho e a projeção do aviso-prévio indenizado, inclusive o adicional constitucional.

6007 Férias vencidas na rescisão

Valor correspondente a remuneração a que faz jus a época da rescisão contratual, correspondente a férias vencidas, mas dentro do prazo concessivo, inclusive o adicional constitucional.

6101 Indenização compensatória – - multa rescisória 20 ou 40% (CF/88)

Valor correspondente a indenização por demissão sem justa causa ou culpa recíproca (essa reconhecida pela justiça do trabalho), por ocasião da rescisão do contrato de trabalho.

6102 Indenização do art. 9º lei nº 7.238/84

Valor correspondente a indenização quando a dispensa ocorrer sem justa causa dentro dos trinta dias que antecedem a data base.

6103 Indenização do art. 14 da lei nº 5.889, de 8 de junho

Valor correspondente a indenização do tempo de serviço ao safrista, importância correspondente a 1/12

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de 1973 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.

6104 Indenização do art. 479 da CLT

Valor correspondente a metade da remuneração devida até o termino do contrato a prazo determinado em caso de rescisão antecipada.

6105 Indenização recebida a título de incentivo a demissão.

Valor correspondente a incentivo a demissão em Programas de Demissão Voluntária - PDV.

6106 Multa do art. 477 da CLT. Valor devido ao trabalhador por atraso no pagamento de rescisão do contrato de trabalho (art. 477 da CLT, § 8º).

6107 Indenização por quebra de estabilidade

Valor correspondente a indenização por desligamento durante período de estabilidade legal, ou estabilidade derivada de acordo ou convenção coletiva de trabalho.

6129 Outras Indenizações Valor correspondente a outras indenizações previstas em leis ou em Instrumentos Coletivos de Trabalho, exceto as previstas nos itens anteriores.

6901 Desconto do aviso-prévio Valor descontado do trabalhador que tenha pedido demissão e não cumpriu aviso-prévio, total ou parcialmente.

6904 Multa prevista no art. 480 da CLT

Valor descontado do empregado pela rescisão antecipada, por iniciativa do empregado, do contrato de trabalho a termo.

7001 Proventos Valor dos proventos de Aposentadoria a servidor público vinculado a Regime Próprio de Previdência Social.

7002 Proventos - Pensão por morte Civil

Valor dos proventos por morte a beneficiário de servidor público vinculado a Regime Próprio de Previdência Social.

7003 Proventos - Reserva Valor dos proventos a militar da reserva remunerada. 7004 Proventos - Reforma Valor dos proventos a militar reformado. 7005 Pensão Militar Valor da pensão a beneficiário de militar.

9200 Desconto de Adiantamentos

Valor relativo a descontos a título de adiantamentos em geral, como de salários e outros, exceto a 1ª parcela do 13° salário.

9201 Contribuição Previdenciária

Desconto a título de contribuição previdenciária.

9203 Imposto de renda retido na fonte

Desconto a título de imposto de renda retido na fonte – IRRF.

9205 Provisão de contribuição previdenciária e IRRF

Desconto efetuado em recibos de férias relativo a provisão de contribuição previdenciária e IRRF.

9209 Faltas ou atrasos Desconto correspondente a faltas, atrasos no início da jornada de trabalho ou à saída antecipada do trabalhador.

9210 DSR s/faltas e atrasos Desconto correspondente ao Descanso Semanal Remunerado - DSR, calculado sobre faltas e atrasos do trabalhador.

9213 Pensão alimentícia Desconto correspondente a pensão alimentícia sobre o salário mensal, 13° salário, PLR e férias.

9214 13° salário - desconto de adiantamento

Desconto de antecipação do 13° salário.

9216 Desconto de vale-transporte

Desconto do vale-transporte referente a participação do trabalhador no custo ou em virtude de concessão do benefício em valor maior.

9217 Contribuição a Outras Entidades e Fundos

Desconto relativo a contribuições destinadas a outras entidades e fundos (Terceiros), como por exemplo, Sest, Senat, etc., devidas por algumas categorias de

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contribuintes individuais.

9218 Retenções judiciais Desconto relativo a retenções de verbas devidas a trabalhadores por ordem judicial, exceto pensão alimentícia.

9219 Desconto de assistência médica ou odontológica

Desconto referente a participação do trabalhador no custo de assistência médica ou odontológica, ou em virtude de concessão do benefício em valor maior.

9220 Alimentação – desconto Desconto referente a participação do trabalhador no custo ou em virtude de concessão do benefício em valor maior.

9221 Desconto de férias Valor correspondente a remuneração (dias) de férias do mês corrente pago no mês anterior ou adiantamento de férias.

9222 Desconto de outros impostos e contribuições

Desconto de outros impostos, taxas e contribuições, exceto Imposto de Renda Retido na Fonte, contribuição previdenciária e contribuições destinadas a outras entidades e fundos (Terceiros).

9223 Previdência complementar – parte do empregado

Desconto referente a participação do trabalhador no custo ou em virtude de concessão do benefício em valor maior.

9224 FAPI – parte do empregado

Desconto referente a participação do trabalhador no custo de Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, ou em virtude de concessão do benefício em valor maior.

9225 Previdência complementar - parte do servidor

Desconto referente a participação do trabalhador no custeio de Plano de Previdência Complementar do Servidor Público.

9226 Desconto de férias - abono Desconto correspondente ao abono de férias pago no mês anterior ou adiantamento de férias.

9230 Contribuição Sindical – Compulsória

Valor correspondente ao desconto da contribuição laboral correspondente a um dia de trabalho a título de contribuição sindical obrigatória.

9231 Contribuição Sindical – Associativa

Valor correspondente ao desconto referente a mensalidade sindical do trabalhador.

9232 Contribuição Sindical – Assistencial

Valor correspondente ao desconto da contribuição destinada ao custeio das atividades assistenciais do sindicato.

9233 Contribuição sindical – Confederativa

Valor correspondente ao desconto da contribuição destinada ao custeio do sistema confederativo.

9250 Seguro de vida – desconto Desconto referente a participação do trabalhador no custo ou em virtude de concessão do benefício em valor maior.

9254 Empréstimos consignados – desconto

Desconto de trabalhadores a título de empréstimos consignados, para repasse a instituição financeira consignatária.

9255 Empréstimos do empregador – desconto

Desconto de trabalhadores a título de empréstimos efetuados pelo empregador ao trabalhador.

9258 Convênios

Desconto relativos a convênios diversos com empresas para fornecimento de produtos ou serviços ao empregado, sem pagamento imediato, mas com posterior desconto em folha de pagamento como farmácias, supermercados, etc.

9270 Danos e prejuízos causados pelo trabalhador

Desconto do trabalhador para reparar danos e prejuízos por ele causados.

9290 Desconto de pagamento indevido em meses anteriores

Valor correspondente a desconto de verbas pagas indevidamente ao trabalhador em meses anteriores e que estão sendo descontadas no mês de referência, exceto valores relativos a assistência médica,

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alimentação, previdência complementar e seguro de vida.

9299 Outros descontos Outros descontos não previstos nos itens anteriores.

9901 Base de cálculo da contribuição previdenciária

Valor total da base de cálculo da contribuição previdenciária.

9902 Total da base de cálculo do FGTS

Valor total da base de cálculo do FGTS.

9903 Total da base de cálculo do IRRF

Valor total da base de cálculo do Imposto de Renda Retido na Fonte.

9904 Total da base de cálculo do FGTS rescisório

Valor total da base de cálculo do FGTS rescisório.

9905 Serviço militar

Valor não relativo a vencimento ou desconto, relativo à remuneração a que teria direito, se em atividade, o trabalhador afastado do trabalho para prestação do serviço militar obrigatório.

9906 Remuneração no exterior Remuneração recebida no exterior por trabalhador expatriado sobre a qual incida contribuição previdenciária e/ou IRRF e/ou FGTS.

9908 FGTS - depósito Valor do depósito do FGTS.

9910 Seguros Valor relativo a prêmio de seguro de vida em grupo pago a empresa de seguros como benefício do trabalhador.

9911 Assistência Médica

Valor não relativo a vencimento ou desconto, relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, como benefício ao trabalhador.

9930 Salário maternidade pago pela Previdência Social

Valor correspondente a remuneração mensal do(a) trabalhador(a) durante a licença maternidade, quando paga pela Previdência Social.

9931 13° salário maternidade pago pela Previdência Social

Valor correspondente ao 13° salário do(a) trabalhador(a) durante a licença maternidade, quando pago pela Previdência Social.

9932 Auxílio-doença acidentário

Valor relativo a base de cálculo do FGTS incidente sobre benefício previdenciário pago por Previdência Social Oficial a trabalhador afastado por acidente de trabalho.

9933 Auxílio-doença Valor de benefício previdenciário pago por Regime Próprio de Previdência Social.

9938 Isenção IRRF – 65 anos

Valor da parcela isenta dos rendimentos de aposentadoria e pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos por órgão público de previdência oficial ou por entidade de previdência complementar, no caso de contribuinte com idade igual ou superior a 65 anos.

9939 Outros valores tributáveis

Valor não relativo a vencimento ou desconto mas considerado como base de cálculo do FGTS, e/ou da contribuição previdenciária e/ou do Imposto de Renda Retido na Fonte inclusive suas deduções e isenções.

9950 Horas extraordinárias – Banco de horas

Quantidade (em número decimal com dois dígitos) de horas extraordinárias incorporadas ao banco de horas.

9951 Horas compensadas – Banco de horas

Quantidade (em número decimal com dois dígitos) de horas compensadas no banco de horas.

9989 Outros valores informativos Outros valores informativos, que não sejam vencimentos nem descontos.

Parametrização das Verbas da Folha de Pagamento x eSocial

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Como apresentado na tabela acima o eSocial possui uma codificação própria para as verbas da folha de pagamento, as quais inevitavelmente não irão coincidir com as verbas adotadas pela empresa.

Assim, para que a empresa possa gerar os arquivos com as informações das verbas da

folha conforme as exigências estabelecidas pelo eSocial, é necessário que se faça o “De – Para”. Este procedimento consiste em informar ao sistema da folha de pagamento da empresa a

equivalência de verbas, ou seja, vincular qual verba da folha “De” possui a mesma equivalência entre as constantes na tabela de verbas (Rubricas) do eSocial “Para”.

Verbas da Folha Pagamento

Verbas Equivalentes do eSocial

Parametrização “DE” |“PARA”

001 Salário mensal 1000 Salário, vencimento, soldo ou subsídio

001 1000

005 Horas extras 65% 1003 Horas extraordinárias 005 1003 010 DSR 1002 Descanso semanal

remunerado - DSR 010 1002

055 Aviso prévio indenizado

6003 Indenização compensatória do aviso – prévio

055 6003

062 Férias normais 1020 Férias - gozadas 062 1020 079 Adicional por tempo

de serviço 1206 Adicional por tempo de serviço 079 1206

086 Comissões 1207 Comissões, porcentagens, produção

086 1207

091 Atestado médico -15 dias empresa

1050 Remuneração de dias de afastamento

091 1050

200 Faltas 9209 Faltas ou atrasos 200 9209 201 INSS 9201 Contribuição Previdenciária 201 9201 205 IRRF s/ salários 9203 Imposto de renda retido na

fonte 205 9203

218 Vale Transporte 9216 Desconto de vale - transporte 218 9216 223 Contribuição sindical 9230 Contribuição sindical

compulsória 223 9230

230 Assist. Médica 9219 Desconto de assistência médica ou odontológica

230 9219

500 Base cálculo INSS 9901 Base de cálculo da contribuição previdenciária

500 9901

501 Base cálculo FGTS 9902 Total base de cálculo do FGTS 501 9902 502 Base cálculo IRRF 9903 Total base de cálculo do IRRF 502 9903 PARAMETRIZAÇÃO DOS ENCARGOS (RUBRICA) SALARIAL Cada verba (rubrica) salarial possui uma incidência específica de encargos que já está parametrizado no sistema da folha de pagamento. Como é responsabilidade do empregador especificar qual rubrica da folha equivale à rubrica do eSocial, total atenção dever ser dada neste aspecto, pois os eventos do eSocial servirão para compor os débitos relativos à contribuição previdenciária, a contribuição social devida a outras entidades e fundos e ao imposto de renda retido na fonte, a serem recolhidos à Receita Federal do Brasil – RFB, bem como para o recolhimento do FGTS.

Exemplo Consideramos que determinado grupo de ex-empregados ganhou na Justiça do Trabalho o direito a não descontar INSS e imposto de renda sobre adicional por tempo de serviço (a qual normalmente teria a incidência), tendo em vista o descumprimento do contrato por parte do empregador.

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Por certo, o cadastro desta rubrica na folha de pagamento está para incidir os encargos normais (conforme tabela de/para acima). Entretanto, como houve determinação judicial para não incidir encargos para este grupo de ex-empregados, nova rubrica salarial deverá ser criada na folha de pagamento. Considerando que a empresa tenha criado, por exemplo, a rubrica “800-Adicional por tempo de serviço judicial”, esta deverá estar parametrizada para que não haja incidência de INSS e imposto de renda. Esta parametrização está disposta no registro de eventos “S-1010 – Tabela de Rubricas”, conforme demonstrado no item 2 da Tabela de Rubricas. SERVIÇOS TOMADOS E PRESTADOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO DE OBRA A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, também deverão prestar informações através da plataforma eSocial. Nestes arquivos serão prestadas as seguintes informações: a) As relativas aos serviços prestados por terceiros mediante cessão de mão de obra ou empreitada, com as correspondentes informações sobre as retenções efetuadas pela empresa declarante. O preenchimento do evento por pessoa física é efetuado exclusivamente em caso de prestação de serviços em obra de construção civil cuja matrícula foi efetuada pela própria pessoa física. b) As relativas aos serviços prestados mediante cessão de mão de obra pela empresa declarante, com a identificação das empresas contratantes e das notas fiscais emitidas. O evento é de preenchimento exclusivo de PJ prestadora do serviço. c) As relativas aos serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho. As informações devem ser preenchidas pela empresa (PJ) contratante. O preenchimento do evento por pessoa física é efetuado exclusivamente em caso de prestação de serviços em obra de construção civil cuja matrícula foi efetuada pela própria pessoa física. d) As que compreendem as empresas tomadoras de serviços da cooperativa (preenchido exclusivamente por Cooperativa de Trabalho) e o detalhamento das notas fiscais de serviços prestados pela cooperativa. e) As relativas à aquisição de produção, devendo ser preenchido nas seguintes situações: Pelas Pessoas Jurídicas em geral, quando efetuar aquisição de produtos rurais de pessoa física. Por Pessoa Física (intermediário) que adquire produção de produtor rural pessoa física ou segurado especial para venda no varejo a consumidor final pessoa física; Por Entidade inscrita no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), quando a mesma efetuar a aquisição de produtos rurais no âmbito do PAA, de produtor rural pessoa física ou pessoa jurídica. f) As que se destinam a prestar informações sobre a comercialização da produção, e também pelas Agroindústrias e demais Produtores Rurais pessoa jurídica, devidamente identificadas conforme classificação tributária, com as informações relativas a comercialização da produção pelo estabelecimento identificado no registro superior. Este evento deve ser utilizado pelo produtor rural pessoa física e pelo segurado especial.

No caso da Agroindústria o evento deve apresentar o valor da receita bruta proveniente da comercialização da produção, acrescida da proveniente de outra(s) atividade(s) econômica(s) autônoma(s), se houver. Já o Produtor Rural Pessoa Jurídica deve informar no registro o valor da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural. O evento não deve ser informado

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pelo Produtor Rural Pessoa Jurídica que também se dedique a outra atividade econômica autônoma (comercial, industrial ou de serviços), pois, neste caso, não há substituição da contribuição previdenciária.

As que se destinam a informar os recursos repassados pela empresa para Associação Desportiva que Mantêm Clube de Futebol Profissional. Também é utilizado pela própria Associação Desportiva para informação dos recursos recebidos de terceiros. 11 - A. Relação dos Eventos e Requisitos – Pagina 36 a 38 do MOS 2.4 Os eventos iniciais, de tabelas, não periódicos e periódicos, que compõem o eSocial, necessitam ser transmitidos por meio de arquivos preparados de acordo com os leiautes estabelecidos para cada um. O quadro a seguir relaciona os eventos, sua obrigatoriedade e os requisitos necessários ao seu envio.

12. DATAS

12.1. Preenchimento geral dos campos com DATA

Como regra, nas situações em que não houver indicação expressa do formato do campo data, esta deverá ser registrada no formato: AAAA-MM-DD.

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No caso de “competência” (Indicativo de período de referência: 1 - Folha de Pagamento Mensal) deve se registrar AAAA-MM e para o 13º Salário (Indicativo de período de referência: 2 - Folha do Décimo Terceiro Salário) registrar AAAA. Também para Período de Apuração deve ser informado o ano/mês (formato AAAA-MM) de referência das informações.

Para os campos data não são aceitas informações de datas futuras, exceto se expressamente mencionado no próprio campo.

12.2. Registro de data inicial do evento

Na implantação do eSocial existirão eventos em que a data inicial se refere a período anterior ao início do eSocial.

Uma regra de validação básica do eSocial - REGRA EXIST INF EMPREGADOR, constante da Tabela de Regras do eSocial, determina que um evento somente pode ser recepcionado se existir informações cadastrais do empregador vigente para a data do evento, ou seja, a data do evento (ou período de apuração, no caso de evento “S-1200 – Remuneração de Trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social” e no “S-1202 - Remuneração de servidor vinculado a Regime Próprio de Previdência Social” trabalhadores RPPS”) deve estar compreendida entre o {iniValid} e {fimValid} do evento S-1000 - Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público.

No que tange ao campo início de validade {iniValid} do evento S-1000 – Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público, deve-se observar a REGRA_INFO_EMP_VALIDA_DTINICIAL, que estabelece que o campo {iniValid} deverá ser sempre igual ou posterior à data de início das atividades da empresa e para os Órgãos Púbicos será a data de criação do Ente Federativo, constante na base de dados do CNPJ. Assim, a Data de Início de Validade deve ser a [Data de Início da obrigatoriedade do eSocial para este empregador] ou, no caso do empregador ter iniciado suas atividades posteriormente à obrigatoriedade de implantação do eSocial, a [Data de Início de Atividade do Empregador] ou mesmo a [Data do seu primeiro vínculo empregatício].

Seguem abaixo alguns exemplos ilustrativos:

Exemplo 1:

Início de atividade da empresa “A” constante na base de dados do CNPJ = 01/05/2005. Início da obrigatoriedade do eSocial para este empregador = 01/01/2018.

Evento S-1000 - Informação do Empregador/Contribuinte/Órgão Público – início de validade {iniValid} = 2018-01.

Exemplo 2:

Início de atividade da empresa “B”, constante na base de dados do CNPJ = 01/05/2018. Início do eSocial 01/01/2018

Evento – S-1000 - Informação do Empregador/Contribuinte/Órgão Público – {iniValid} = 2018- 05.

12.3. Data-início-validade e Data-fim-validade nas Tabelas

Todos os eventos de tabela do eSocial, S-1005 a S-1080, incluindo ainda o evento “S-1000 - Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público”, possuem um atributo de vigência ou “Período de validade das informações” representado nos campos início de validade {iniValid} e {fimValid}, preenchidos no formato AAAA-MM.

Esses eventos de tabelas “guardarão um histórico” das informações transmitidas, vinculado ao respectivo “período de validade”.

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A regra geral para estes casos é que não deve existir outro registro na tabela com o mesmo código de identificação (chave) em período de vigência conflitante com o período informado no registro atual.

Neste sentido, todos os eventos de tabela possuem 4 grupos de informações:

a) Inclusão: utilizada para inserir novo item na tabela ou modificar um atributo de um item já existente, com uma nova vigência;

b) Alteração: utilizada para alterar os atributos de um item que estavam incorretos para um determinado período que se quer alterar;

c) Nova validade: utilizada para modificar a validade de uma ocorrência da tabela e, inclusive, para informar data fim de validade de uma ocorrência;

d) Exclusão: utilizada para excluir uma determinada ocorrência de uma tabela.

Exemplos:

a) Para inserir uma rubrica 004 na tabela de rubricas, o empregador/contribuinte/órgão público deve utilizar o grupo inclusão;

b) Para o empregador/Órgão Público modificar o atributo incidência da contribuição previdenciária da rubrica 001, a partir de 2016.01, foi utilizado o grupo inclusão, com a nova ocorrência da rubrica 001;

c) Para alterar o atributo incidência de FGTS da rubrica 003, que estava incorreto desde o início da validade, o empregador/Órgão Público deve utilizar o grupo alteração, informando a chave e alterando o atributo. Esta alteração vale para todo o período de validade informado na chave;

d) Para modificar a validade da rubrica 002, que foi informada incorretamente, o empregador/contribuinte/órgão público deve utilizar o subgrupo nova validade, do grupo alteração. Desta forma, o usuário está mantendo os atributos e modificando a validade da ocorrência;

e) Para informar o fim da validade da ocorrência da rubrica 003, sem incluir uma nova ocorrência, o empregador/contribuinte/órgão público deve utilizar o subgrupo nova validade, do grupo alteração;

f) Para excluir a rubrica 003, o empregador/contribuinte/órgão público deve utilizar o grupo exclusão.

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Todas as tabelas S-1005 a S-1080 devem estar com INÍCIO-VALIDADE maior ou igual à data de início da obrigatoriedade do eSocial para este empregador/contribuinte/órgão público ou, no caso de ele ter iniciado suas atividades posteriormente à obrigatoriedade de implantação do eSocial, a data de início de sua atividade ou mesmo a data do seu primeiro vínculo.

13. RETIFICAÇÕES E ALTERAÇÕES

O procedimento ALTERAÇÃO das informações transmitidas ao eSocial ocorre somente nos eventos de Tabelas (S-1005 a S-1080) e no evento “S-1000 - Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público”, atreladas à respectiva vigência ou período de validade. Também é prevista a alteração por meio de eventos não periódicos específicos, constantes neste manual.

Todos os demais casos de “alteração” nas informações transmitidas serão tratados pelo eSocial como procedimentos de RETIFICAÇÃO, ou mesmo de EXCLUSÃO. Esta questão será tratada com detalhes nos itens específicos deste manual.

As alterações em eventos não periódicos, e principalmente em eventos de Tabelas, podem trazer consequências nos cálculos e apurações de fechamento dos eventos periódicos. Assim sendo, é necessário rigoroso controle para que uma alteração não torne inconsistente um movimento de evento periódico já fechado para determinado período de apuração. Para cada evento, nas Informações Adicionais dos Leiautes apresentados no capítulo III, o empregador/contribuinte/órgão público encontra orientação quanto às repercussões de eventuais alterações.

13.2. Alterações de informações transmitidas em eventos não periódicos específicos

Os eventos não periódicos, relacionados abaixo, têm como função a alteração de informações relevantes para determinado vínculo do trabalhador, devendo ser utilizados nessas situações específicas:

• S-2205 - Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador

• S-2206 - Alteração de Contrato de Trabalho

• S-2306 - Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário -Alteração Contratual

NOTA: Esses eventos de alteração, também não aceitam data futura, salvo se expressamente mencionado no próprio campo.

As alterações das informações dos eventos “S-2230 - Afastamento Temporário”, “S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco” e “S-2241 – Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial” deverão ser realizadas por meio do envio desses mesmos eventos com a nova informação, pois não há evento específico de alteração das informações constantes nesses eventos.

14. RETIFICAÇÕES

As alterações de informações já transmitidas ao eSocial que não se enquadram nos itens 13.1 (Alterações de Informações de Tabelas) e 13.2 (Alterações transmitidas em eventos não periódicos específicos) são tratadas como RETIFICAÇÃO da informação já enviada.

O primeiro evento enviado com o campo indicação de retificação - {IndRetif} = 1 será recepcionado como original. No caso em que já houver um evento informado, e houver a tentativa de envio do mesmo evento como original, o eSocial devolverá mensagem com alerta desta situação e o declarante deverá verificar se:

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a) trata-se de duplicidade da informação – nesse caso, descartar o arquivo rejeitado, mantendo-se o registro já enviado;

b) trata-se de retificação de informação – deverá enviar o evento que contempla a informação a ser retificada com o campo {indRetif} = 2, constando no campo número de recibo {nrRecibo} o número do recibo do arquivo originalmente enviado a ser retificado.

Se o evento “S-1299 - Fechamento dos Eventos Periódicos” já foi enviado, encerrando o movimento para determinado período de apuração, em caso de qualquer retificação no grupo de eventos periódicos S-1200 a S-1280, para aquele período de apuração, o respectivo movimento deverá ser reaberto utilizando-se o evento “S-1298 - Reabertura dos Eventos Periódicos”, possibilitando o envio de retificações ou novos eventos referentes à remuneração dos segurados naquele período.

Enquanto o movimento estiver "aberto", o envio de um segundo evento do mesmo tipo para o mesmo período de apuração poderá ser efetuado mediante retificação. Ou seja, se a empresa enviou o primeiro evento “S-1200 – Remuneração de Trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social” (caracterizando abertura de movimento), e antes do "encerramento" daquele período decide retificar o evento encaminhado, é necessário o reenvio do evento S-1200 com indicativo de retificação, indicando o número do recibo original.

Para as informações enviadas anteriormente à entrada em produção do eSocial, por meio de procedimentos que foram por ele substituídos, por exemplo, a GFIP, as eventuais retificações devem ser encaminhadas por meio do mesmo procedimento utilizado para encaminhar a informação original. Só devem ser enviadas ao eSocial as retificações de informações que originalmente foram encaminhadas por esse mesmo sistema.

A retificação substitui integralmente o evento original, ou seja, o eSocial entende que aquela retificação passa a ser o evento original. Caso seja realizada a exclusão de um evento que foi retificado, o evento deixa de existir no eSocial.

Ao excluir um evento retificador o evento retificado não volta a ser válido.

15. TRATAMENTO DAS INCONSISTÊNCIAS GERADAS PELO ENVIO EXTEMPORÂNEO DE EVENTOS:

O evento é considerado extemporâneo (fora do prazo) quando a data de seu envio for posterior à data de sua ocorrência e outro evento com data de ocorrência posterior já tiver sido recepcionado (no caso de evento periódico, considera-se como data de ocorrência seu período de apuração).

O envio de evento extemporâneo deve observar o que segue, conforme a regra “REGRA_EVENTOS_EXTEMP”:

a) O evento não periódico extemporâneo só será recepcionado após validação com os eventos não periódicos anteriores e com o primeiro posterior de cada tipo (ex.: primeiro afastamento posterior, primeira alteração cadastral, primeira alteração contratual, primeiro desligamento, primeira CAT, etc.);

b) Quando validada pela regra do item 'a', serão recepcionados apenas os eventos não periódicos extemporâneos que atenderem:

b.1) Às regras de validação do fechamento das folhas de todo o período afetado, cujo movimento já esteja fechado se o evento extemporâneo incluir trabalhador (ou ampliar no RET o seu período de contrato ativo);

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b.2) Às regras REGRA_REMUN_JA_EXISTE_DESLIGAMENTO e REGRA_REMUN_TRAB_EXISTENTE_RET de todo o período afetado, se o evento extemporâneo excluir trabalhador (ou reduzir no RET o seu período de contrato ativo).

Período Afetado: Meses em que a alteração pode tornar as informações do RET incompatíveis com as regras de validação do fechamento da folha ou com as regras mencionadas no item b2). Exemplos: inclusão ou exclusão de evento de admissão, retificação de data de admissão, envio/retificação de evento de desligamento, etc.);

c) A retificação ou exclusão extemporânea de evento remuneratório (S-1200/S-1202/S-1207/S- 2299/S-2399) que implique modificação do valor líquido de determinado demonstrativo exigirá a exclusão prévia do correspondente evento de pagamento S-1210, quando existente. Não se aplica esta regra no caso de pagamentos parciais (S-1210, campo {indPgtoTt} = [N]}.

Esta regra só entrará em vigor após 03/2018, nos termos de Nota Técnica a ser expedida pelo Comitê Gestor do eSocial

15.1. Considerações sobre o tratamento da extemporaneidade no eSocial

15.1.1. Coerência lógica de encadeamento de eventos.

A recepção dos eventos extemporâneos (assim considerados aqueles que se enquadram na definição da REGRA_EVENTOS_EXTEMP) observa uma validação de coerência de encadeamento de eventos e não de legalidade.

Ou seja, o envio de um evento extemporâneo que potencialmente torne os eventos posteriores ilegais, não será rejeitado, desde que mantenha a coerência fática de encadeamento dos eventos.

Por exemplo: empregador que envia uma alteração contratual (S-2206) com aumento salarial para um empregado já demitido com data de ocorrência anterior ao desligamento.

Esta alteração potencialmente torna equivocados os valores previamente lançados no evento de desligamento (S- 2299), contudo, tal fato não traz qualquer incompatibilidade lógica entre os eventos e, por isso, ele será recepcionado.

Exemplo de envio extemporâneo de evento que será rejeitada por contrariar a coerência de encadeamento seqüencial de eventos: retificação de data de admissão de um trabalhador para data posterior à data de início de um afastamento deste mesmo empregado. PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE REFERENCIAL Integridade referencial é um conceito que garante que todos os inter-relacionamentos entre eventos propostos no sistema sejam respeitados, dando a certeza que as informações permanecerão hígidas. Exemplo A admissão de um empregado faz referência a um determinado item da tabela de cargos (S-1030). Como vimos anteriormente, todos os eventos Tabela do eSocial possuem um atributo de vigência (data de início e fim de validade). Neste caso, quando o evento de admissão é enviado, o sistema verifica se a data de admissão está compreendida no período de validade daquele cargo, caso contrário, o evento é recusado. Se o evento extemporâneo de retificação alterar a data de admissão do trabalhador para uma data fora do período de validade do cargo, a integridade referencial restaria violada e o evento

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recusado. O sistema realizará uma espécie de simulação de recepção dos eventos antes de sua efetiva acolhida e recusará aqueles que quebrarem a integridade inter-relacional de quaisquer outros eventos. 15.1.3. Re-aplicação da regra de fechamento da folha Para a recepção de qualquer evento extemporâneo o sistema re-aplicará a regra de fechamento da folha (REGRA_VALIDA_FECHAMENTO_FOPAG) em todo o período potencialmente afetado por aquele evento, caso a alteração proposta torne o movimento de determinado mês impossível de ser fechado, pela aplicação da regra citada, o evento será recusado. Exemplo: Empregador envia afastamento por doença não relacionada ao trabalho pelo período de um mês e fecha a folha de pagamento sem enviar a remuneração (S-1200) deste trabalhador. O fechamento será aceito porque o sistema não exige o envio de remuneração para empregado com esse tipo de afastamento. O envio extemporâneo de um evento de exclusão desse afastamento temporário seria recusado uma vez que ele tornaria o fechamento da folha daquela competência impossível sem o envio da remuneração para aquele trabalhador. Nesse caso o empregador deveria reabrir a folha de pagamento afetada para efetuar a mudança pretendida. O novo fechamento da folha só será bem-sucedido após o envio da remuneração daquele trabalhador. 15.1.4. Inalterabilidade de cálculos dos totalizadores após recepção dos eventos S-5001 e S-5002 Os eventos totalizadores por contribuinte, S-5001 e S-5002, são devolvidos na medida em que o empregador envia os eventos de remuneração e pagamento dos trabalhadores. A alteração extemporânea de qualquer item de tabela que afete esses cálculos será recepcionada pelo sistema, contudo os cálculos já efetuados e devolvidos ao empregador através dos totalizadores (S-5001 e S-5002) não serão sensibilizados. Por exemplo: empregador envia as remunerações e pagamentos efetuados a 300 (trezentos) de seus 1000 (mil) empregados. Depois disto, retira a incidência de Contribuição Previdenciária da rubrica de “salário base” a partir da competência atual e envia a remuneração dos outros 700 (setecentos) empregados. Nesse caso, apenas o salário base dos 300 empregados para os quais ele já havia enviado remuneração, terão incidência de CP. Para os demais, os cálculos levarão em conta o atributo alterado da tabela de rubricas. Para que a alteração tivesse efeito para todos os empregados, o empregador deveria excluir a remuneração dos 300 inicialmente enviados antes de fazer a alteração da incidência da referida rubrica. Cumpre ressaltar que como os cálculos dos eventos S-5011 e S-5012 levam em conta o resultado dos eventos S-5001 e S-5002, também aqueles restarão inconsistentes caso não seja feita a retificação dos eventos remuneratórios da competência enviados antes da alteração dos parâmetros de incidência da rubrica. 15.1.5. Avaliação individual dos eventos extemporâneos

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A avaliação para recepção dos eventos extemporâneos é feita de forma individual. Portanto, caso o início e fim de um afastamento tiverem sido enviados no mesmo evento, este, via de regra, poderá ser excluído extemporaneamente. Caso o início e o término de um afastamento tenham sido enviados em eventos separados, a exclusão de um desses eventos, via de regra, será recusada. Isto porque, ao tentar enviar o evento de exclusão do início do afastamento, o sistema não aceitaria pela existência de um evento posterior de retorno de afastamento incongruente com o encadeamento lógico dos eventos, já que não pode haver retorno de afastamento sem início. E, por sua vez, a exclusão do fim do afastamento só será aceita se não houver nenhum outro evento posterior incompatível com de afastamento do empregado (exemplo: outro afastamento, desligamento, aviso prévio...). 15.1.6. Limitação de efeitos dos eventos de alteração cadastral e alteração contratual Os eventos de alteração cadastral e contratual (S-2205 e S-2206, respectivamente) enviados extemporaneamente serão sempre aceitos (desde que posteriores a admissão do trabalhador), dada a sua compatibilidade com os demais eventos, ou seja, esses eventos não geram qualquer incongruência de encadeamento. Contudo, uma alteração contratual/cadastral extemporânea só terá efeito até a próxima alteração do mesmo tipo. Por exemplo: Empregador envia a admissão de um trabalhador com cargo de Vendedor em 01/01/2017 com salário igual a R$ 2.000,00. Em 01/03/2017 envia uma alteração contratual aumentando o salário para R$ 2.200,00. Em 01/06/2017 envia uma outra alteração contratual aumentando o salário para R$ 2.500,00. Em 09/2017 envia um evento extemporâneo de alteração contratual, com data de alteração em 01/02/2017, alterando o cargo desse empregado de Vendedor para Gerente. Este evento extemporâneo será aceito com sucesso, contudo, a alteração de cargo produzirá efeitos apenas até a alteração contratual seguinte, em 01/03/2017, já que, ao enviar a alteração contratual de salário, o evento reenvia todas as informações de contrato do trabalhador, inclusive do cargo, que era, à época de “vendedor”. Portanto, nesse caso, se o empregador quiser alterar o cargo do empregado a partir de 02/2017, deve efetuar a retificação em todas as subsequentes alterações contratuais para aquele empregado. 16. EXCLUSÕES DE EVENTOS Para exclusão de eventos transmitidos indevidamente, faz-se necessária a transmissão de arquivo no leiaute previsto em “S-3000 – Exclusão de Eventos”, observando as regras dispostas neste Manual. No caso de EXCLUSÃO o procedimento do empregador/contribuinte/órgão público declarante será o de enviar o evento S-3000 identificando o evento a ser excluído nos campos tipo de evento {tpEvento} e número de recibo do evento {nrRecEvt}, constando no campo {nrRecEvt} o número do recibo do arquivo originalmente enviado a ser excluído. Somente é permitida a exclusão de eventos não periódicos (S-2200 a S-2399) e periódicos (S- 1200 a S-1298). Para proceder a uma exclusão de Tabelas o empregador/contribuinte/órgão público transmitirá o evento Tabela respectivo preenchendo as informações no grupo de campos relativos a “Exclusão” (a identificação “Exclusão” consta no grupo de registros PAI do Leiaute das tabelas – ver item 1.2 do capítulo II deste manual). Exemplo

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Empresa, após todos os procedimentos de seleção de pessoal, informa o evento de admissão de empregado (S-2200) com todos os dados exigidos um dia antes da data de admissão, conforme prazo estabelecido. Entretanto, no dia seguinte o futuro empregado não comparece na empresa e liga comunicando a desistência da vaga, em razão de ter sido aprovado em concurso público. Assim, basta que a empresa faça a transmissão do arquivo “S-3000” excluindo a informação enviada no dia anterior (ver exemplo). Assim que a empresa decidir pelo novo candidato a preencher a vaga, basta informar novamente o evento admissão “S-2200 – Admissão de Trabalhador” com as informações cadastrais do novo empregado.

16.1 Regras Para Exclusão dos Eventos Periódicos

A exclusão dos eventos periódicos deve obedecer às seguintes regras: Não é possível excluir nenhum dos eventos periódicos – S-1200 a S-1280 – relativos à um período de apuração que se encontre "encerrado", ou seja, para o qual já exista evento “S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos”, antes do envio do evento de reabertura respectivo “S-1298 – Reabertura dos Eventos Periódicos”. A exclusão de alguns tipos de eventos não periódicos pode ser rejeitada em algumas situações, as quais constam nas regras do próprio evento (exemplo: não é possível excluir um evento de admissão se já houver outro evento trabalhista posterior para o mesmo CPF/Vínculo). Em caso de exclusão de qualquer evento trabalhista e do evento de remuneração, as informações de CPF e NIS do trabalhador, indicados no evento de exclusão, devem ser os mesmos que constam no evento objeto de exclusão. A exclusão do Evento Retificado o exclui como um todo, pois as retificações cobrem o original sem controle de histórico. 17. CONSULTA DAS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS O empregador/contribuinte/órgão público declarante poderá recuperar as informações transmitidas “baixando” os arquivos enviados, utilizando-se da ferramenta eSocialBX. Esta solicitação/consulta pode ser feita por arquivo ou por lote. Os parâmetros para recuperação destes arquivos são: • CNPJ ou CPF; • Tipos de arquivos; • Datas inicial e final; • Arquivos com inconsistência. 18. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE OS EVENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO – SST São definidos como eventos de Saúde e Segurança do Trabalhador – SST os abaixo elencados: • S-1060 - Tabela de Ambientes de Trabalho; • S-2210 - Comunicação de Acidente de Trabalho; • S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador; • S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco; • S-2241 - Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial.

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Tais eventos estão diretamente relacionados à SST, porém existem dados em outros eventos que serão utilizados para compor as informações existentes nos formulários substituídos, tais como o PPP e a CAT. Desta forma, o fluxo do eSocial, no que tange às informações de SST, é estruturado da seguinte forma:

No grupo de “Reconhecimento dos Fatores de Risco e Monitoramento Biológico”, destacado no fluxo acima, estão incluídos os seguintes eventos:

• Evento S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho: Será descrito, para a criação de uma tabela a ser usada pelo empregador/contribuinte em eventos posteriores, os ambientes existentes na empresa e os fatores de risco a ele associados (utilizar tabela 23), atribuindo-se um código a este ambiente. Neste momento, não haverá vinculação de qualquer trabalhador, sendo uma informação geral, que será utilizada em momento posterior. A atribuição de um código para cada ambiente evitará a redundância das informações, evitando que seja exigida a descrição do ambiente para cada trabalhador.

• Evento S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador: Neste evento será feito o acompanhamento da saúde do trabalhador durante o seu contrato de trabalho, com as informações relativas aos atestados de saúde ocupacional (ASO) e seus exames complementares. Tal informação corresponde àquela exigida no Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP.

• Evento S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco: Registrará a vinculação de cada trabalhador aos ambientes em que exercem atividades (códigos do evento S-1060). Será individualizado a quais fatores de risco existentes no ambiente o trabalhador está exposto, bem como a descrição das proteções coletivas e individuais utilizadas e sua eficácia. Neste momento, ainda não ocorreu o reconhecimento do direito aos adicionais de insalubridade e periculosidade e nem mesmo o reconhecimento de exposição a condições especiais de trabalho para fins de aposentadoria especial. Em um ambiente podem existir diversos fatores de risco, mas o trabalhador estar exposto a apenas alguns ou nenhum deles.

• Evento S-2241 – Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial: Neste evento o empregador/contribuinte/órgão público informará se as exposições declaradas no evento S-2240

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acarretam o direito ao pagamento os adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou se reconhece a exposição a fatores de risco que ensejem o pagamento do adicional previsto na legislação para o custeio da aposentadoria especial.

Para melhor sistematização das informações acima, podemos representá-las no seguinte fluxo:

Importante esclarecer que nos eventos acima elencados é constituído o histórico das exposições a fatores de risco, sendo que a efetiva declaração da empresa de que deve os adicionais de insalubridade e periculosidade será feita no evento “S-1200 – Remuneração do Trabalhador”, quando informar o código relativo a tal parcela (conforme código criado no evento “S-1010 – Evento de Tabela de Rubricas”, bem como a declaração relativa ao adicional para o Financiamento da Aposentadoria Especial - FAE, quando informará o grau de exposição, utilizando-se dos códigos previstos na tabela 2. Por fim, importante destacar que a tabela 23 é bastante ampla, haja vista sua finalidade de promover o monitoramento efetivo do ambiente de trabalho e da exposição a fatores de risco. Entretanto, tal tabela inclui todos os agentes nocivos arrolados na legislação previdenciária, para fins de aposentadoria especial, e nas Normas Regulamentadoras que disciplinam o pagamento do adicional de insalubridade e periculosidade, permitindo a perfeita correlação entre os fatores de risco e o direito a tais adicionais e/ou reconhecimento da exposição a condições especiais de trabalho para fins de aposentadoria especial e o respectivo custeio. O evento “S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco” é responsável pela individualização e vinculação do trabalhador a determinado ambiente. Os fatores de risco declarados em um ambiente descrito no evento de tabela “S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho” não necessariamente atingem a todos nele presentes, e se atingir, é possível que as intensidades, concentrações e doses não sejam uniformes a todos em todo o ambiente. Por isso a necessidade dessa individualização, que alcança as medidas de proteção coletiva e individual também por trabalhador. Já o evento “S-2241- Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial” individualiza a exposição descrita no evento S-2240 combinando com demais requisitos específicos de forma a ensejar pagamento de insalubridade, periculosidade ou o recolhimento do FAE (Financiamento Aposentadoria Especial). Essa combinação de requisitos diz respeito à subsunção da norma ao caso concreto. Ou seja, é possível que no ambiente haja fatores de risco declarados na Tabela S-1060 e individualizados por trabalhador no evento S-2240, com algumas combinações possíveis: a) Sem insalubridade ou exposição a condições especiais de trabalho para fins de aposentadoria

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especial: o fator de risco individualizado não ultrapassa os limites de tolerância (ou consta de lista de atividades) ensejadores de adicionais de insalubridades ou ainda ficam aquém daqueles que determinam a incidência de norma tributária – previdenciária (aposentadoria especial). b) Com insalubridade ou exposição a condições especiais de trabalho para fins de aposentadoria especial: o fator de risco individualizado ultrapassa os limites de tolerância (ou consta de lista de atividades) ensejadores de adicionais de insalubridades, bem como ativa norma tributária – previdenciária (aposentadoria especial). c) Sem insalubridade, mas com exposição a condições especiais de trabalho para fins de aposentadoria especial. O fator de risco individualizado não ultrapassa os limites de tolerância (ou não consta de lista de atividades) ensejadores de adicionais de insalubridades, todavia ativa norma tributária – previdenciária (aposentadoria especial). d) Com insalubridade, mas sem exposição a condições especiais de trabalho para fins de aposentadoria especial: o fator de risco individualizado ultrapassa os limites de tolerância (ou consta de lista de atividades) ensejadores de adicionais de insalubridade, todavia não ativa norma tributária – previdenciária (aposentadoria especial). e) Com insalubridade, com exposição a condições especiais de trabalho para fins de aposentadoria especial e com periculosidade: o fator de risco individualizado ultrapassa os limites de tolerância (ou consta de lista de atividades) ensejadores de adicionais de insalubridades, bem como ativa norma tributária – previdenciária (aposentadoria especial) e periculosidade. Essa lista de combinações não é exaustiva, mas apenas exemplificativa, para demonstrar a finalidade última do evento S-2241. Lembrando que o eSocial foi estruturado para captar as informações relativas ao trabalhador em quaisquer situações, ainda que discutíveis do ponto de vista jurídico. Tais situações devem estar contempladas nas combinações possíveis. Por exemplo, discute-se a cumulatividade de insalubridade e periculosidade, mas se há a ocorrência de ambos, por qualquer motivo, estas informações devem ser registradas no eSocial. 18.1 EVENTOS DE SST NO ÂMBITO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS – VIDE PAGINA 53 A 56 DO MOS 2.4.

CAPÍTULO II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS 1 . Entendendo a representação do leiaute neste Manual O leiaute de cada evento contém duas tabelas específicas:

a) a primeira é a tabela de resumo dos registros; e b) c) a segunda é a tabela que contém o detalhamento dos registros e seus elementos,

relacionando campo a compo, conforme se depreende do detalhamento abaixo: d)

...vide páginas 57 a 62 do MOS 2.4

CAPÍTULO III – ORIENTAÇÃO ESPECÍFICA POR EVENTO – Páginas 63 a 183 do MOS EXEMPLO: S-2260 – CONVOCAÇÃO PARA TRABALHO INTERMITENTE Conceito do evento: este evento tem como objetivo registrar a convocação para prestação de serviços do empregado com contrato de trabalho intermitente. Visa, portanto, formalizar e informar ao eSocial os termos pré-pactuados de cada convocação para prestação de serviços.

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Quem está obrigado: o empregador, sempre que ocorrer a convocação do empregado para a prestação de serviços de natureza intermitente. Este evento é exclusivo para trabalhadores admitidos com Categoria [111] – “Empregado com Contrato de Trabalho Intermitente”. Prazo de envio: deve ser enviado antes do início da prestação de serviços para a qual o empregado está sendo convocado. Pré-requisitos: envio do evento S-2200 – Cadastramento Inicial e Admissão/Ingresso de Trabalhador. Informações adicionais: 1) Pela natureza da contratação, o trabalhador intermitente deve ser identificado por categoria própria (categoria [111] da Tabela 1 do eSocial) no evento S-2200 e o seu contrato de trabalho tem especificidades relativas às regras contratuais aplicáveis a cada convocação, que devem ser informadas exclusivamente neste evento. 2) A convocação para trabalho intermitente deve conter as seguintes informações: - identificação do trabalhador convocado; - código da convocação (atribuído pelo empregador); - data do início e do fim da prestação do serviço intermitente; - jornada de trabalho a ser cumprida; - local da prestação dos serviços. 3) A jornada deve ser informada da seguinte forma: a) se a jornada for uniforme pelo período convocado e os dias de prestação de trabalho forem contínuos, o empregador deve informar a jornada no campo {codHorContrat} indicando o código do horário cadastrado previamente na Tabela de Horários/Turnos de Trabalho - S-1050; b) se, para o período convocado, a jornada for variável e/ou os dias de trabalho forem descontínuos, o empregador deve descrever a jornada no campo {dscJornada}. 4) O local de trabalho deve ser informado da seguinte forma: a) se o empregado for convocado para trabalhar no mesmo endereço do estabelecimento ao qual está vinculado, informar código 0 no campo {indLocal}; b) se o empregado for convocado para trabalhar em atividade externa ou em locais diferentes durante o período da convocação, informar código 2 no campo {indLocal}; c) se o empregado for convocado para trabalhar em local fixo durante todo o período convocado, em endereço diferente do estabelecimento a que está vinculado, o empregador deve preencher o endereço no grupo {localTrabInterm}. 5) O código {codConv} deve ser arbitrado pelo empregador para identificar a convocação, servindo como chave do evento. Permite a distinção da convocação para referência em eventos remuneratórios (S-1200 e S-2299). 6) O prazo legal para pagamento da remuneração do trabalhador intermitente é o final de cada prestação de serviços, que pode ocorrer mais de uma vez dentro do mesmo período de apuração. Portanto, nos eventos remuneratórios (S-1200 e S-2299), o empregador deve informar em distintos demonstrativos os vencimentos/descontos referentes a cada período de prestação de serviços, cujas datas de pagamento devem ser refletidas no evento de pagamento (S-1210). Em cada demonstrativo deve ser informado o código da convocação, no grupo [infoTrabInterm].

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7) As regras de fechamento da folha excetuam o envio da remuneração de empregados de categoria “[111] – Contrato de Trabalho Intermitente”, já que, para esse tipo de empregado pode não haver prestação de trabalho e consequente remuneração, ainda que ele esteja ativo. 8) Em caso de eventual prorrogação do período de trabalho, deve ser enviado novo evento de convocação, não sendo permitida retificação da anterior para dilação do período de trabalho.

19 - DCTFWeb

Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos

1. O QUE É DCTFWEB

DCTFWeb é a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos. Trata-se da obrigação tributária acessória por meio da qual o contribuinte confessa débitos de contribuições previdenciárias e de contribuições destinadas a terceiros. DCTFWeb é também o nome dado ao sistema utilizado para editar a declaração, transmiti-la e gerar a guia de pagamento.

A nova declaração e seu sistema substituem a GFIP e o SEFIP. Essa substituição se dá em conjunto com as escriturações digitais mencionadas no parágrafo a seguir. Da mesma forma como ocorria com a GFIP, as informações prestadas na DCTFWeb têm caráter declaratório, ou seja, constituem confissão de dívida. É, portanto, instrumento hábil e suficiente para a exigência das contribuições não recolhidas.

A DCTFWeb é gerada a partir das informações prestadas no eSocial e na EFD-Reinf, escriturações digitais integrantes do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Transmitidas as apurações, o sistema DCTFWeb recebe, automaticamente, os respectivos débitos e créditos, realiza vinculações, calcula o saldo a pagar e, após a entrega da declaração, possibilita a emissão da guia de pagamento.

A aplicação fica disponível no Atendimento Virtual (e-CAC) da Receita Federal, acessível pelo endereço idg.receita.fazenda.gov.br. O formato utilizado, plataforma web, permite uma maior integração com os sistemas da RFB, facilitando o preenchimento da declaração e diminuindo a ocorrência de erros.

É possível, por exemplo, importar informações de compensações, parcelamentos, guias de arrecadação pagas, entre outros.

Além disso, não é necessário fazer o download e instalação de Programa Gerador de Declaração (PGD) ou Programa Validador e Assinador (PVA) na máquina do usuário. Basta acessar o portal na Internet e usufruir todas as funcionalidades da aplicação. Cabe destacar também que a interface gráfica amigável permite uma navegação intuitiva, facilitando o acesso às diversas ferramentas disponíveis.

1.1. Fluxo de informações A ilustração abaixo resume o fluxo de informações entre as escriturações do eSocial e da EFD-Reinf com o sistema DCTFWeb.

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O sistema DCTFWeb foi desenvolvido de forma a modernizar o cumprimento das obrigações tributárias, diminuindo a ocorrência de erros e aumentando a segurança na prestação das informações. A nova sistemática de integração entre escrituração, declaração e emissão da guia de pagamento representa um marco no relacionamento entre o contribuinte e a Administração Tributária, e tende a se estender a outros tributos federais.

2. QUEM ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR

Conforme disposto no art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.787, de 7 de fevereiro de 2018, deverão apresentar a DCTFWeb:

“I - as pessoas jurídicas de direito privado em geral e as equiparadas a empresa nos termos do § 1º;

II - as unidades gestoras de orçamento dos órgãos públicos, das autarquias e das fundações de quaisquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;

III - os consórcios de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, quando realizarem, em nome próprio: a) a contratação de trabalhador segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); b) a aquisição de produção rural de produtor rural pessoa física; c)

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o patrocínio de equipe de futebol profissional; ou d) a contratação de empresa para prestação de serviço sujeito à retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

IV - as entidades de fiscalização do exercício profissional (conselhos federais e regionais), inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);

V - os fundos especiais criados no âmbito de quaisquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios bem como dos Ministérios Pú- blicos e dos Tribunais de Contas, quando dotados de personalidade jurídica sob a forma de autarquia;

VI - os organismos oficiais internacionais ou estrangeiros em funcionamento no Brasil, quando contratarem trabalhador segurado do RGPS;

VII - os Microempreendedores Individuais (MEI), quando:

a) contratarem trabalhador segurado do RGPS;

b) adquirirem produção rural de produtor rural pessoa física;

c) patrocinarem equipe de futebol profissional; ou

d) contratarem empresa para prestação de serviço sujeito à retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991;

VIII - os produtores rurais pessoa física, quando:

a) contratarem trabalhador segurado do RGPS; ou

b) comercializarem a sua produção com adquirente domiciliado no exterior, a consumidor pessoa física, no varejo, a outro produtor rural pessoa física ou a segurado especial;

IX - as pessoas físicas que adquirirem produção de produtor rural pessoa física ou de segurado especial para venda, no varejo, a consumidor pessoa física; e

X - as demais pessoas jurídicas que estejam obrigadas pela legislação ao recolhimento das contribuições previdenciárias de que trata o art. 6º.

§ 1º Equiparam-se a empresa, para efeitos do disposto nesta Instrução Normativa, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a trabalhador segurado do RGPS que lhes presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.

§ 2º A DCTFWeb das pessoas jurídicas deverá ser apresentada de forma centralizada pelo respectivo estabelecimento matriz e identificada com o número de inscrição deste no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ressalvadas as unidades gestoras dos órgãos públicos da administração direta de quaisquer dos poderes da União, quando inscritas no CNPJ como filiais.

§ 3º Deverão apresentar a DCTFWeb identificada com o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do titular ou responsável:

I - o contribuinte individual, inclusive o titular de serviço notarial e registral, e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, na hipótese prevista no § 1º;

II - os produtores rurais pessoas físicas nas hipóteses previstas no inciso VIII do caput; e

III - as pessoas físicas de que trata o inciso IX do caput, que adquirirem produção de produtor rural pessoa física ou de segurado especial para venda, no varejo, a pessoa física.

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§ 4º Para fins do disposto no inciso II do caput, considera-se unidade gestora de orçamento aquela autorizada a executar parcela do orçamento da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios.

§ 5º As informações relativas às sociedades em conta de participação (SCP) devem ser apresentadas pelo sócio ostensivo, em sua própria DCTFWeb.”

2.1. Dispensa de apresentação

A IN RFB nº 1.787, de 2018, dispõe, em seu art. 3º, que estão dispensados da apresentação da DCTFWeb:

“I - os contribuintes individuais que não têm trabalhador segurado do RGPS que lhes preste serviços;

II - os segurados especiais;

III - os produtores rurais pessoa física não enquadrados nas hipóteses previstas no inciso VIII do caput do art. 2º,

IV - os órgãos públicos em relação aos servidores públicos estatutários, filiados a regimes previdenciários próprios;

V - os segurados facultativos;

VI - os consórcios de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 1976, não enquadrados nas hipóteses previstas no inciso III do caput do art. 2º;

VII - os MEI, quando não enquadrados nas hipóteses previstas no inciso VII do caput do art. 2º,

VIII - os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;

IX - as comissões sem personalidade jurídica criadas por ato internacional celebrado pela República Federativa do Brasil e 1 (um) ou mais países, para fins diversos;

X - as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 625-A do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943;

XI - os fundos de investimento imobiliário ou os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil (Bacen), cujas informações, quando existirem, serão prestadas pela instituição financeira responsável pela administração do fundo; e

XII - os organismos oficiais internacionais ou estrangeiros em funcionamento no Brasil que não tenham trabalhador segurado do RGPS que lhes preste serviços.”

3. TRIBUTOS DECLARADOS NA DCTFWEB

Na DCTFWeb devem ser declarados os seguintes tributos:

I) Contribuições previdenciárias a cargo das empresas (incidentes sobre a folha de pagamento), dos empregadores domésticos e dos trabalhadores, conforme disposto nas alíneas “a”, “b” e “c”, respectivamente, do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/91;

II) Contribuições previdenciárias instituídas sobre a receita bruta a título de substituição daquelas incidentes sobre a folha de pagamento, tais como a Contribuição Patronal Sobre a Receita Bruta

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(CPRB), prevista na Lei nº 12.546/2011, e as contribuições devidas pelo produtor rural pessoa jurídica, pela agroindústria e pela associação desportiva que mantém clube de futebol;

III) Contribuições destinadas a outras entidades e fundos (terceiros), de que tratam os arts. 149 e 240 da Constituição Federal/88.

4. COMO ENTREGAR A DECLARAÇÃO

Antes de abordar temas relativos ao conteúdo da DCTFWeb, seguem informações importantes sobre a entrega da declaração.

4.1. Forma de entrega A DCTFWeb pode ser editada e transmitida por meio do sistema da declaração, acessível no Atendimento Virtual (e-CAC) da Receita Federal: idg.receita.fazenda.gov.br. Orientações sobre como acessar o sistema, necessidade de certificado digital e possibilidade de se usar código de acesso podem ser consultadas na seção 7. Acesso ao sistema. Informações sobre como transmitir a DCTFWeb se encontram na seção 15. Transmissão da DCTFWeb.

4.2. Prazo de entrega

A DCTFWeb, de regra, tem periodicidade mensal e deve ser transmitida pela Internet até as 23h59min59s (horário de Brasília) do dia 15 do mês seguinte ao da ocorrência dos fatos geradores (Ex.: DCTFWeb de janeiro/2018 deve ser entregue até dia 15 de fevereiro/2018).

Caso o dia 15 não seja dia útil, a entrega deverá ser antecipada para o dia útil imediatamente anterior.

Excetuam-se da regra de periodicidade mensal:

1) DCTFWeb 13º Salário (Anual): declaração relativa à Gratificação Natalina, transmitida uma vez por ano até o dia 20 de dezembro de cada exercício, a partir de informações prestadas no eSocial;

2) DCTFWeb Espetáculo Desportivo (Diária): declaração relativa a espetáculos desportivos de que participe associação desportiva que mantém clube de futebol profissional. Deve ser transmitida até o 2º (segundo) dia útil após a realização do evento. Caso ocorra mais de um evento no mesmo dia, as informações devem ser agrupadas. Os dados que alimentam a DCTFWeb Diária são originados da EFD-Reinf.

4.3. Ausência de informações a serem prestadas

No período de apuração em que não houver fatos geradores a declarar, a DCTFWeb deve ser gerada com o indicativo “sem movimento”, a partir do preenchimento e transmissão dos eventos periódicos de fechamento das escriturações digitais. Mais detalhes sobre a DCTFWeb Sem Movimento são descritos na seção 19. DCTFWeb Sem Movimento.

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4.4. Entrega em situações especiais

A empresa incorporada, incorporadora, fusionada, cindida ou extinta deve apresentar a DCTFWeb contendo os dados referentes aos tributos cujos fatos geradores tenham ocorrido sob a sua responsabilidade.

Havendo necessidade de retificação de uma declaração de empresa incorporada, fusionada, cindida ou extinta, as escriturações digitais e respectiva DCTFWeb devem ser enviadas no CNPJ originário da empresa incorporada, fusionada, cindida ou extinta.

5. PENALIDADES E ACRÉSCIMOS LEGAIS

Nesta seção, são abordadas as penalidades para o contribuinte que deixar de apresentar a DCTFWeb, entregá-la fora do prazo, ou apresentá-la com incorreções ou omissões. Ao final, discorre-se sobre os acréscimos legais decorrentes do pagamento em atraso dos débitos confessados.

5.1. Multa por Atraso na Entrega da Declaração (MAED)

A Multa por Atraso na Entrega da Declaração é devida quando o contribuinte que estiver obrigado a apresentar a DCTFWeb deixar de entregá-la ou se a enviar após o prazo estipulado. Assim que transmitir a declaração em atraso, a aplicação gera automaticamente, além do Recibo de Entrega, a Notificação de Lançamento da multa e o respectivo DARF.

O valor da multa corresponde a 2% (dois por cento) ao mês calendário ou fração, incidente sobre o montante das contribuições informado na DCTFWeb, ainda que integralmente pago, limitado a 20% (vinte por cento), e observado o valor da multa mínima.

Para efeito de aplicação da MAED, é considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração. Como termo final, a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, a data da lavratura do auto de infração.

5.2. Multa por Incorreções ou Omissões

O contribuinte que apresentar a DCTFWeb com incorreções ou omissões fica sujeito à multa no valor de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas, observada a multa mínima.

Omitir informações com objetivo de suprimir ou reduzir contribuição previdenciária, caracteriza, em tese, a prática de sonegação de contribuição previdenciária, conforme art. 337-A do Código Penal.

5.3. Multa mínima

A multa mínima a ser aplicada na hipótese de atraso na entrega da declaração será de R$ 200,00 (duzentos reais), em se tratando de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores, e de R$ 500,00 (quinhentos reais) nos demais casos.

A multa mínima terá redução de 90% (noventa por cento) para o MEI e de 50% (cinquenta por cento) para a ME e a EPP enquadradas no Simples Nacional.

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5.4. Reduções

Observado o valor da multa mínima, as multas serão reduzidas em:

a) 50% (cinquenta por cento), quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;

b) 25% (vinte e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.

5.5. Impugnação

Caso não concorde com o lançamento, o contribuinte poderá impugná-lo no prazo de 30 (trinta) dias, contado do recebimento da notificação de lançamento, em petição dirigida ao Delegado da Receita Federal do Brasil de Julgamento, protocolizada em unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de sua jurisdição, nos termos do disposto nos arts. 14 a 16 do Decreto nº 70.235, de 1972.

5.6. Acréscimos Legais

Os débitos não pagos nos prazos previstos na legislação específica são acrescidos de:

a) Multa de mora calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, a partir do 1º (primeiro) dia útil subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento, limitada a 20% (vinte por cento) do valor do imposto ou contribuição não recolhido;

b) Juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º (primeiro) dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

6. FLUXOGRAMA GERAL DO SISTEMA DCTFWEB

No fluxograma são exibidos os passos necessários para a transmissão da declaração e emissão da respectiva guia de recolhimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Site: http://www.previdencia.gov.br/,

Site http://www.planalto.gov.br

Site http://www.esocial.gov.br

http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-

demonstrativos/DCTFWeb/manual-dctfweb-20-02-2018.pdf

ESOCIAL – ENTENDA O EVENTO S-1280 – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES AOS EVENTOS PERIÓDICOS

O QUE É? PARA QUE SERVE?

Fonte: MGP consultoria

Esse evento informa elementos que afetem o cálculo da contribuição previdenciária patronal sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas por empregadores, em função da desoneração de folha de pagamento e atividades concomitantes dos optantes do Simples Nacional com tributação previdenciária substituída e não substituída. Esse evento não é aplicável às informações relativas aos servidores vinculados ao RPPS.

Estão obrigadas:

a) As empresas que desenvolvem as atividades ou a venda de produtos relacionados no art. 7º e/ou no art.8º da Lei nº 12.546/2011;

b) O Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO (classificação tributária 9 na Tabela 8 – Classificação Tributária do eSocial), em relação aos Operadores Portuários sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, dos artigos 7º a 9º da Lei nº 12.546/2011; e

c) As empresas optantes pelo Simples Nacional que exercerem atividades concomitantes, ou seja, aquelas cuja mão-de-obra é empregada de forma simultânea em atividade enquadrada no anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos demais anexos (I, II, III e V) da Lei Complementar nº 123/2006.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm

Devem informar:

a) O indicativo e o percentual da contribuição patronal a ser aplicado sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, para os contribuintes enquadrados nos artigos 7º a 9º da Lei nº 12.546/2011, conforme classificação tributária indicada no evento de Informações Cadastrais do empregador;

b) O CNPJ dos Operadores Portuários sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, dos artigos 7º a 9º da Lei nº 12.546/2011, além do indicativo e o percentual da contribuição patronal a ser aplicado sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas pelos operadores portuários. Esta informação deve ser enviada exclusivamente pelo Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO (classificação tributária 9 na Tabela 8 – Classificação Tributária do eSocial), quando houver a contratação de trabalhadores avulsos por Operadores Portuários sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, prevista nos artigos 7º a 9º da Lei nº 12.546/2011.

c) O fator a ser utilizado para cálculo da contribuição patronal do mês e do 13º salário dos trabalhadores envolvidos na execução das atividades enquadradas no Anexo IV em conjunto com as dos Anexos I a III e V da Lei Complementar nº 123/2006, para contribuintes enquadrados no

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regime de tributação do Simples Nacional com tributação previdenciária substituída e não substituída.

QUANDO DEVE SER ENVIADO?

Deve ser enviado até o dia 7 do mês seguinte ou antes do envio do fechamento dos eventos periódicos (evento “S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos”), o que ocorrer primeiro. Deve ser feito após o envio dos eventos “S-1000 – Informações do Empregador” e “S-1080 – Tabela de Operadores Portuários”, (no caso de Órgão Gestor de Mão de Obra). Antecipa-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário.

O QUE MAIS POSSO SABER?

1º) Neste evento são prestadas informações pelo empregador cuja classificação tributária na Tabela 8 – Classificação Tributária é o código 03, ou seja, empresa enquadrada no regime de tributação do Simples Nacional, cuja tributação previdenciária patronal incidente sobre a folha de pagamento seja parte substituída pela contribuição incidente sobre o faturamento e parte não substituída.

2º) Os contribuintes sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta – CPRB, instituída pela Lei nº 12.546/2011 e alterações posteriores, devem informar neste evento o indicativo e o percentual a ser aplicado sobre a alíquota da contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração – parte patronal. A CPRB substitui as contribuições patronais destinadas à previdência social, incidentes sobre a remuneração dos segurados empregados e contribuintes individuais;

3º) O Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO (classificação tributária 9 na Tabela 8 – Classificação Tributária do eSocial), deve informar o CNPJ dos Operadores Portuários sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, dos artigos 7º a 9º da Lei 12.546/2011, além do indicativo e percentual da contribuição patronal a ser aplicado sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas pelos operadores portuários;

4º) As empresas enquadradas nos art. 7º e 8º da Lei 12.546/2011, desoneradas da contribuição patronal sobre a folha de pagamentos, devem prestar as seguintes informações neste evento:

a) Se a contribuição patronal está total ou parcialmente substituída;

b) Percentual de redução da contribuição patronal relativo as atividades não relacionadas nos art.7º ou 8º da Lei 12.546/2011.

5º) Se a atividade for totalmente desonerada deverá ser informado Zero, no campo de percentual de redução da alíquota patronal {percRedContrib}. Caso a empresa se dedique a outras atividades ou a venda de outros produtos não relacionados nos artigos 7º e 8º da Lei 12.546/2011, a contribuição previdenciária patronal será ajustada ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades ou produtos não desonerados e a receita bruta total.

Exemplo: Cálculo do percentual relativo as atividades não desoneradas:

a) Valor da receita bruta total=R$ 100.000.000,00

b) Valor da receita bruta das atividades desoneradas = R$ 60.000.000,00

c) Valor da receita bruta das atividades não desoneradas = R$ 40.000.000,00

d) Cálculo do coeficiente de ajuste: R$ 40.000.000,00: R$ 100.000.000,00= 0,4

e) Alíquota Patronal ajustada: 20% x 40% = 8%

f) Este percentual deve ser informado no campo correspondente com cinco dígitos sendo duas casas decimais, no seguinte formato: 00800.

6º) O Órgão Gestor de Mão de Obra deve informar, no campo lista de operadores portuários

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{indSubstPatrOpPort} deste evento, em relação aos seus operadores portuários enquadrados nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011:

a) Se a contribuição patronal do operador portuário está total ou parcialmente substituída;

b) Percentual de redução da contribuição patronal relativo às atividades do operador portuário não relacionadas nos art. 7º ou 8º da Lei nº 12.546/2011.

7º) No campo {percRedContrib} deverá ser informado, pelo Órgão Gestor de Mão de Obra, o percentual de redução da contribuição patronal relativo às atividades dos operadores portuários, não relacionadas nos art. 7º ou 8º da Lei 12.546/2011, que é o valor resultante da razão entre a receita bruta de atividades ou produtos não desonerados e a receita bruta total.

8º) Para o cálculo da contribuição previdenciária será aplicado o percentual encontrado nos itens acima, sobre a alíquota patronal de 20% (vinte por cento) e o valor encontrado será aplicado sobre as remunerações dos segurados empregados, avulsos e contribuintes individuais.

9º) As empresas optantes pelo Simples Nacional que exercerem atividades concomitantes terão recolhimento previdenciário patronal proporcional à parcela da receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006, em relação à receita bruta total recebida pela empresa;

10º) No campo fator utilizado no mês {fatorMes}, o cálculo mensal da contribuição patronal dos trabalhadores envolvidos na execução das atividades enquadradas no Anexo IV, em conjunto com as dos Anexos I a III e V da Lei Complementar nº 123/2006, será obtido pela fração cujo numerador é a receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV, e o denominador é a receita bruta total auferida pela empresa.

Exemplo: Apuração do fator para cálculo da contribuição devida – no mês

a) Valor da receita bruta total = R$ 100.000,00

b) Valor da receita bruta das atividades do Anexo IV = R$ 60.000,00

c) Valor da receita bruta das atividades dos Anexos I a III e V = R$ 40.000,00

d) Cálculo do coeficiente de ajuste: R$ 60.000,00: R$ 100.000,00 = 0,6, que corresponde a 60%

Este fator deve ser informado no campo correspondente com cinco dígitos sendo duas casas decimais, no seguinte formato: 06000.

11º) No campo {fator13}, o cálculo do 13º Salário da contribuição patronal dos trabalhadores envolvidos na execução das atividades enquadradas no Anexo IV, em conjunto com as dos Anexos I a III e V da Lei Complementar nº 123/2006, será obtido pela fração cujo numerador é a receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV, e o denominador é a receita bruta total auferida pela empresa.

Exemplo Prático: Apuração do fator para cálculo da contribuição devida – no 13º Salário

a) Valor da receita bruta total anual =R$1.200.000,00

b) Valor da receita bruta anual das atividades do Anexo IV = R$ 660.000,00

c) Valor da receita bruta anual das atividades dos Anexos I a III e V = R$ 540.000,00

d) Cálculo do coeficiente de ajuste: R$ 660.000,00: R$ 1.200.000,00 = 0,55 – que corresponde a 55%

Este fator deve ser informado no campo correspondente com cinco dígitos sendo duas casas decimais, no seguinte formato: 05500.