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Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem em Saúde Atenção Primária Maria Miriam Lima da Nóbrega Marcia Regina Cubas Atenção Primária em Saúde

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Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem

Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem

em Saúde

em Saúde

Atenção Primária

Atenção Primária

Maria Miriam Lima da Nóbrega

Maria Miriam Lima da Nóbrega

Marcia Regina Cubas

Marcia Regina Cubas

Atenção Primária em Saúde – Diagnósticos, Resultados e Intervenções de

Enfermagem oferece ao leitor uma visão importante sobre a construção de

subconjuntos terminológicos sem descuidar da apresentação das abordagens

metodológicas e a utilização da CIPE® no contexto clínico. Isso se faz por meio

do relato da experiência dos autores com a sistematização que se impõe para os

processos de implementação da CIPE®.

A sua leitura permitirá ao leitor perceber esta produção como profunda-

mente vinculada a uma prática não só acadêmica, que encerra o processo de

construção coletiva do conhecimento, mas também clínica, que nos remete à im-

portância da sua implementação junto às pessoas, às famílias e à comunidade

como forma de dar suporte à tomada de decisão do enfermeiro.

Este livro constitui um dos primeiros exemplos internacionais sobre

“subconjuntos de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem da

CIPE® para a atenção primária em saúde”. Espero que, também sob esse ponto

de vista, este seja um livro pioneiro, abrindo caminho a muitos outros que

surgirão em todo o mundo.

Paulino Artur Ferreira de SousaEscola Superior de Enfermagem do Porto - Portugal

Classifi cação de arquivo recomendadaENFERMAGEM

www.elsevier.com.br/enfermagem

CUB

AS

• NÓ

BR

EGA

Atenção Primária em

Saúde

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Atenção Primária em Saúde

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Atenção Primária em SaúdeDiagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem

ORGANIZADORASMarcia Regina CubasMaria Miriam Lima da Nóbrega

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@ 2015, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográfi cos, gravação ou quaisquer outros.

ISBN: 978-85-352-8272-6 ISBN (versão digital): 978-85-352-8282-5

Capa Estúdio Cream Crakers

Editoração Eletrônica Thomson Digital

Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras

Rua Sete de Setembro, 111 – 16o andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Rua Quintana, 753 – 8o andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP

Serviço de Atendimento ao Cliente 0800 026 53 40 [email protected]

Consulte nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br .

NOTA Como as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração dos métodos de pesquisa, das práticas profi ssionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisadores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou a segurança de outras pessoas, incluindo aquelas sobre as quais tenham responsabilidade profi ssional. Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especifi cado, aconselha-se o leitor a cercar-se da mais atual informação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada produto a ser administrado, de modo a certifi car-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e a duração da administração, e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base em sua experiência pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as posologias e o melhor tratamento para cada paciente individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas.

Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou colaboradores, assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou propriedades envolvendo res-ponsabilidade, negligência etc. de produtos, ou advindos de qualquer uso ou emprego de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no material aqui publicado.

O Editor

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

C97a

Cubas, MarciaAtenção primária em saúde: diagnóstico, resultado e intervenções de enfermagem/ Marcia Regina

Cubas, Maria Miriam Lima da Nóbrega . - 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.

328 p. : il. ; 23 cm.

Inclui referências bibliográfi casISBN 978-85-352-8272-6

1. Cuidados primários de saúde. 2. Enfermagem. 3. Saúde. I. Nóbrega, Maria Miriam Lima da. II. Título.

14-18732 CDD: 302 CDU: 316.6

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Parte dos capítulos apresentados neste livro é o resultado de pesquisas fi nanciadas por agências de fomento em editais específi cos ou bolsa de Produtividade em Pesquisa. Algumas das

autoras receberam bolsa durante a realização de seu mestrado ou doutorado. Desta forma, cabe agradecimento às agências de fomento e instituições de ensino abaixo listadas,

pelo apoio fi nanceiro:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científi co e Tecnológico do Estado do Paraná (FA)

Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

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A U T O R E S

ORGANIZADORAS

Maria Miriam Lima da Nóbrega Enfermeira. Doutora e Professora Titular

do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública e Psiquiatria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Diretora do Centro para Pesquisa e Desenvolvimento da CIPE ® do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (CCS/UFPB), acreditado pelo CIE. Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq).

Marcia Regina Cubas Enfermeira. Doutora em Enfermagem

pelo Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Universidade de São Paulo. ProfessorAdjunto da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Bolsista Produtividade da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científi co e Tecnológico do Estado do Paraná (FA).

COLABORADORES

Ana Claudia Torres de Medeiros Enfermeira. Doutora em Enfermagem

pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Fundamentação da Assistência de Enfermagem (GEPFAE).

Carina Maris Gaspar Carvalho Enfermeira. Mestre em Tecnologia em Saúde

pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Emiko Yoshikawa Egry Enfermeira. Doutora em Saúde Pública

e livre-docente em Enfermagem em Saúde Coletiva. Professor Titular do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP). Pesquisadora Produtividade A1 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq).

Fernanda Jacoboski Gasparello Enfermeira. Pós-Graduanda em Enfermagem

Urgência e Emergência pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos-RS.

Lêda Maria Albuquerque Enfermeira. Doutora em Ciências pelo

Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem da Universidade de São Paulo. Enfermeira da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba-PR.

Lúcia Helena Linheira Bisetto Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem

pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Enfermeira do Programa de Imunizações da Secretaria de Saúde do Paraná. Membro da diretoria da ABEn-PR (gestão 2014-2017).

Luciana Gomes Furtado Nogueira Enfermeira. Doutora em Enfermagem

pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB. Docente de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem São Vicente de Paula (FESVIP). Enfermeira assistencial no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HLW/UFPB).

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viii AUTORES

Maria De La Ó Ramalho Veríssimo Enfermeira. Professora Doutora da Escola de

Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), no ensino de Graduação e Pós-Graduação, níveis mestrado e doutorado. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Cuidado à Saúde da Criança.

Maria Helena Leviski Alves Enfermeira. Mestre em Educação pela

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Doutoranda em Odontologia (área de concentração Saúde Coletiva) na PUCPR. Professora Adjunta dos cursos de Enfermagem e Medicina da PUCPR.

Mariane Antunes Cavalheiro Enfermeira. Mestre em Tecnologia em Saúde

pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Coordenadora da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo Paraná. Professora Colaboradora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Marisaulina Wanderley Abrantes de Carvalho Enfermeira. Mestre em Enfermagem

pela Universidade Federal da Paraíba. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Enfermeira do Hospital Lauro Wanderley da UFPB.

Renata Valeria Nóbrega Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela

Universidade Federal da Paraíba. Gerente Executiva de Vigilância em Saúde na Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba. Professora da Faculdade Maurício de Nassau.

Soraia Matilde Marques Buchhorn Enfermeira. Doutora pela Escola de

Enfermagem da Universidade de São Paulo. Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (UFA).

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D E D I C A T Ó R I A

Este livro é dedicado aos enfermeiros e estudantes de Enfermagem que atuam na atenção primária em saúde.

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P R E F Á C I O

É para mim um grande prazer, e também uma honra, prefaciar o livro Atenção Primária em Saúde – Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem . Faço-o pela relevância, oportunidade e utilidade do seu conteúdo para a disciplina de Enfermagem. Em uma atitude de quem valoriza a relevância, excluo, como seria evidente, um posicionamento de procura de legitimação ou de validação.

A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE ® ) é referenciada pelo Conselho Internacional de Enfermeiros como um sistema de linguagem unificado que permite a classificação dos elementos da prática de enfermagem (diagnósticos, resultados e intervenções), facilitando o desenvol-vimento e o mapeamento entre os termos locais e as terminologias existentes. A construção de subconjuntos terminológicos permite aos enfermeiros integrarem mais facilmente a CIPE ® na prática clínica, utilizando-os como instrumentos de referência para a documentação dos cuidados e para a refl exão sobre a sua própria prática.

A forma como a CIPE ® vem sendo desenvolvida e aperfeiçoada demonstra bem a sua abertura às contribuições dos seus usuários. Uma das formas de poten-cializar a utilização da CIPE ® será necessariamente por meio da elaboração de subconjuntos terminológicos. Esses subconjuntos consistem em agrupamentos de enunciados diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem apropriados para áreas particulares de cuidados e que favorecem a adoção de uma linguagem unifi cada e acessível aos enfermeiros. Globalmente, podemos entendê-los como uma fonte competente de informação para apoiar o desenvolvimento e a imple-mentação de sistemas de registros eletrônicos que usem a CIPE ® .

Este livro reúne alguns resultados das pesquisas sobre o desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE ® no espaço da atenção primária em saúde. Ele está dividido em unidades e capítulos. A primeira unidade, designada “Métodos para desenvolvimento e aplicação de subconjuntos terminológicos”, apresenta as questões que sustentam o método de construção, validação e aplicação dos subconjuntos terminológicos da CIPE ® . As unidades restantes apresentam sete propostas de subconjuntos. Este conjunto de documentos sistematizados revela-se de extrema importância para a disseminação do trabalho desenvolvido na área da CIPE ® , bem como apresenta as suas contribuições para a prática clínica do enfermeiro.

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xii PREFÁCIO

A sua leitura permitirá ao leitor perceber esta produção como profundamente vinculada a uma prática não só acadêmica, que encerra o processo de construção coletiva do conhecimento, mas também clínica, que nos remete à importância da sua implementação junto às pessoas, às famílias e à comunidade como forma de dar suporte à tomada de decisão do enfermeiro.

Cada unidade e cada capítulo vinculam-se à prática acadêmica de produção de um novo conhecimento e de um novo saber, mas onde se procura também destacar a sua transposição para o contexto de cuidados de forma refl etida e crítica.

Um outro aspecto relevante deste documento é a diversidade de contribuições em áreas centrais no espaço da assistência de enfermagem. Como toda obra cole-tiva, também esta precisa ser lida tendo-se em consideração a riqueza específi ca de cada contribuição e a diversidade que apresenta: na atenção primária à saúde (às pessoas que apresentam eventos adversos pós-vacinação), no espaço da assis-tência ao portador de doenças crônicas não transmissíveis (às pessoas com diabetes na atenção especializada, às pessoas com hipertensão) e no espaço da assistência em diferentes ciclos de vida (durante o desenvolvimento infantil, à criança e ao adolescente em situação de violência, a pessoa idosa).

Este livro dá ao leitor uma visão importante sobre a construção de subconjuntos terminológicos sem descuidar da apresentação das abordagens metodológicas e a utilização da CIPE ® no contexto clínico. Isto se faz por meio do relato da experiência dos autores com a sistematização que se impõe para os processos de implementação da CIPE ® . Os subconjuntos terminológicos da CIPE ® devem ser largamente divulgados para aumentar seu teste e sua validação entre países. Por isso, podemos mesmo dizer que este documento apoia a recomendação do Conselho Internacional de Enfermeiros à participação dos enfermeiros no desenvolvimento e validação de subconjuntos terminológicos, bem como à sua divulgação e uso por enfermeiros de todo o mundo.

O desenvolvimento de estruturas de dados padronizados necessita de iniciativas suportadas pelos sistemas terminológicos que tenham o propósito de criar um vocabulário comum. Esta estratégia não se restringe à necessidade de nomear novos conceitos, sendo fundamental a elaboração de subconjuntos como ferra-menta que contribua para a universalização da linguagem em enfermagem, que permita uma comunicação efetiva entre os profi ssionais.

É notório o apelo ao desenvolvimento de afi rmativas de diagnósticos, resulta-dos e intervenções de enfermagem e à necessidade de validação de conteúdos por

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PREFÁCIO xiii

especialistas da área que confi rmem a sua relevância para o ensino, para a gestão, para a investigação e para a prática clínica de enfermagem.

A validação e o refi namento de modelos de desenvolvimento de subconjuntos representam, por isso, um contributo signifi cativo para o desenvolvimento desta classifi cação para a prática de enfermagem. Ora, este documento demonstra a relevância que os subconjuntos terminológicos da CIPE ® têm na expansão da terminologia e na facilitação de seu uso na interface dos registros de saúde. Fica claro que a terminologia da CIPE ® não substitui o raciocínio e a decisão clínica do enfermeiro.

Os autores deste livro reconhecem o desafi o colocado pela extensão e com-plexidade da CIPE ® , assumindo que os subconjuntos de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem da CIPE ® são um esforço importante para a informatização dos aspectos clínicos da atenção primária em saúde. O uso da CIPE ® em sistemas de informação informatizados é fundamental e necessário para que os enfermeiros possam registrar de forma consistente as informações assistenciais, evitando a perda de signifi cado das informações em saúde.

A grande utilidade deste livro resulta precisamente de apresentar de forma simples, mas nem por isso menos rigorosa, o território novo, vasto e complexo dos subconjuntos terminológicos da CIPE ® . Partindo de um enquadramento essen-cialmente metodológico, o livro apresenta nas unidades e capítulos seguintes, de um modo sintético e ao mesmo tempo claro e de fácil compreensão, as diferentes propostas de subconjuntos terminológicos direcionados para a atenção primária.

Este livro fornece, portanto, um panorama abrangente e introdutório às ques-tões da utilização da CIPE ® , o que será certamente precioso para todos os que queiram iniciar ou atualizar conhecimentos neste domínio.

Este livro constitui um dos primeiros exemplos internacionais sobre “subcon-juntos de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem da CIPE ® para a atenção primária em saúde”. Espero que, também sob esse ponto de vista, este seja um livro pioneiro, abrindo caminho a muitos outros que surgirão em todo o mundo.

A aposta é clara! É necessário que exista uma comunicação efi ciente e sem ambiguidade entre diferentes profi ssionais e organizações, que suporte cuidados de saúde integrados e com qualidade.

Para fi nalizar este prefácio, gostaria de deixar um convite e um desafi o. O convite dirige-se a todos os leitores para que usem e aproveitem intensamente os conteúdos aqui apresentados. O desafi o é dirigido para os autores: que este livro

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xiv PREFÁCIO

seja apenas o primeiro de muitos outros, com novos conteúdos e atualizações, que se transformem em obras de referência sobre os subconjuntos terminológicos da CIPE ® .

Porto, maio de 2014 Paulino Artur Ferreira de Sousa

Doutor em Ciências da Enfermagem pela Universidade do Porto. Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem do Porto – Portugal

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S U M Á R I O

UNIDADE 1 Métodos para Desenvolvimento e Aplicação de Subconjuntos Terminológicos

1 Desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE® no Brasil 3Maria Miriam Lima da Nóbrega ■ Marcia Regina Cubas ■ Emiko Yoshikawa Egry ■ Luciana Gomes Furtado Nogueira ■ Carina Maris Gaspar Carvalho ■ Lêda Maria Albuquerque

2 Refl exões sobre a validação dos subconjuntos terminológicos da CIPE® 25Maria Miriam Lima da Nóbrega ■ Marcia Regina Cubas ■ Ana Claudia Torres de Medeiros ■ Marisaulina Wanderley Abrantes de Carvalho

3 Cuidado de enfermagem com famílias – agregando um método para aplicação da CIPE® 37Maria Helena Leviski Alves ■ Fernanda Jacoboski Gasparello

UNIDADE 2 Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem no Espaço da Assistência de Enfermagem na Atenção Primária em Saúde

4 Subconjunto terminológico da Classifi cação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) para o cuidado de enfermagem na atenção primária em saúde 63Mariane Antunes Cavalheiro ■ Marcia Regina Cubas ■ Lêda Maria Albuquerque

5 Subconjunto terminológico da CIPE® para o cuidado para com as pessoas com eventos adversos pós-vacinação 127Lúcia Helena Linheira Bisetto ■ Marcia Regina Cubas

UNIDADE 3 Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem no Espaço da Assistência a Pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis

6 Subconjunto terminológico da CIPE® para o cuidado para com as pessoas com diabetes na atenção especializada 151Luciana Gomes Furtado Nogueira ■ Maria Miriam Lima da Nóbrega

7 Subconjunto terminológico da CIPE® para o cuidado de enfermagem para com as pessoas com hipertensão 183Renata Valéria Nóbrega ■ Maria Miriam Lima da Nóbrega

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xvi SUMÁRIO

UNIDADE 4 Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem no Espaço do Cuidado de Enfermagem nos Diferentes Ciclos de Vida

8 Subconjunto terminológico da CIPE® para o cuidado de enfermagem no acompanhamento do desenvolvimento infantil 205Soraia Matilde Marques Buchhorn ■ Maria De La Ó Ramalho Veríssimo

9 Subconjunto terminológico da CIPE® para o cuidado para com crianças e adolescentes em situação vulnerável à violência doméstica 219Lêda Maria Albuquerque ■ Emiko Yoshikawa Egry ■ Marcia Regina Cubas

10 Subconjunto terminológico da CIPE® para o cuidado para com a pessoa idosa 271Ana Claudia Torres de Medeiros ■ Maria Miriam Lima da Nóbrega

Índice remissivo 305

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U N I D A D E 1Métodos para Desenvolvimento e Aplicação de Subconjuntos Terminológicos

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C A P Í T U L O 1 Desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE ® no Brasil Maria Miriam Lima da Nóbrega ■ Marcia Regina Cubas ■ Emiko Yoshikawa Egry ■ Luciana Gomes Furtado Nogueira ■ Carina Maris Gaspar Carvalho ■ Lêda Maria Albuquerque

A Classifi cação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE ® ) é uma terminologia idealizada em 1989 pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE) como resposta ao desafi o de criar uma linguagem universal para a enfer-magem capaz de possibilitar a interlocução internacional e, ao mesmo tempo, representar a diversidade de sua prática profi ssional.

A estrutura padronizada de termos e defi nições da CIPE ® permite a coleta e a documentação sistemáticas dos elementos da prática de enfermagem, ou seja, o que os enfermeiros fazem (intervenções de enfermagem) com relação a certas necessidades humanas (diagnósticos de enfermagem) para produzir determinados resultados (resultados de enfermagem). 1

Por sua natureza, a CIPE ® é um instrumento dinâmico e mutável, sendo cons-tantemente atualizada tanto na sua estrutura quanto em seus termos. 2 Até o ano de 2013, foram elaboradas oito versões da classifi cação: CIPE ® Versão Alfa, em 1996; CIPE ® Versão Beta, em 1999; CIPE ® Versão Beta-2, em 2001; CIPE ® Versão 1.0, em 2005; CIPE ® Versão 1.1, em 2008; CIPE ® Versão 2.0, em 2009; CIPE ® Versão 2011, em 2011; e CIPE ® Versão 2013, em 2013.

Inicialmente, a CIPE ® apresentava uma estrutura com duas classifi cações: a Classifi cação dos Fenômenos de Enfermagem, em uma estrutura monoaxial, e a Classifi cação das Ações de Enfermagem, em uma estrutura multiaxial. A versão Beta manteve as duas classifi cações, ambas representadas por um modelo multiaxial de oito eixos, e passou a denominar a Classifi cação de Ações como Classifi cação de Intervenções.

Entendendo a difi culdade para a utilização de dois modelos e na perspectiva de evitar redundâncias e ambiguidades, o CIE, ao lançar a versão 1.0, propôs a primeira modifi cação signifi cativa da CIPE ® relacionada ao seu modelo estrutural. A classifi cação passou a ser representada por um novo grupo de eixos que unifi cou

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4 UNIDADE 1

os 16 eixos das versões anteriores e foi denominado Modelo de Sete Eixos. 1 Além disso, incluiu a classifi cação em um recurso computacional de representação de conhecimento, a saber, uma ontologia.

Desta forma, os termos contidos no Modelo de Sete Eixos, ao serem com-binados, produzem os enunciados de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem, tendo como base a norma de referência para elaboração de terminologias de enfermagem, a ISO 18.104, publicada em 2003 3 e atualizada em 2014.

É também a partir da versão 1.0 que o CIE, no sentido de facilitar o uso da classifi cação, propõe o desenvolvimento de conjuntos de enunciados de diagnós-ticos, resultados e intervenções de enfermagem direcionados a determinadas con-dições de saúde, especialidades de saúde ou contextos de cuidados e fenômenos de

Figura 1-1 Elementos da prática de enfermagem representados pela Classifi cação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE ® .

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1—DESENVOLVIMENTO DE SUBCONJUNTOS TERMINOLÓGICOS DA CIPE®... 5

enfermagem. A este conjunto o CIE dá o nome de subconjuntos terminológicos ou catálogos CIPE ® . 1

Diante da necessidade de optar pela utilização do termo catálogos ou subcon-juntos, o CIE, em 2010, preconizou que todos os conjuntos de enunciados de diagnósticos, resultados e intervenções da CIPE ® sejam chamados de subcon-juntos. 4 Por este motivo, neste livro, será utilizada a denominação subconjunto terminológico.

Para organizar a elaboração de subconjuntos, o CIE publicou, em 2008, um guideline contendo 10 passos. 5 Dois anos depois, Coenen e Kim, 6 por sua vez, propuseram um método para o desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE ® constituído por seis passos.

Embora os dois métodos listem os passos em um roteiro, em nenhum deles há uma descrição detalhada de sua operacionalização, o que difi culta a unifor-mização dos subconjuntos construídos. Além disso, ao acessar os subconjuntos publicados pelo CIE, constata-se que não há descrição do método utilizado para sua elaboração, impossibilitando, por exemplo, a reprodutibilidade do estudo de formulação do subconjunto.

A proposta do método apresentado neste capítulo considerou que: 1. Embora exista um guideline , o próprio CIE incentiva e reforça a utilização de

várias perspectivas e processos no desenvolvimento de subconjuntos. 2. Não há um modelo teórico ou conceitual específi co para organização dos

enunciados de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. 3. Falta uma padronização detalhada do método utilizado para o desenvolvi-

mento de subconjuntos terminológicos da CIPE ® . Sendo assim, imbuído da necessidade de colaborar com o CIE e de padronizar o

desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE ® no Brasil, este capítulo tem como objetivo detalhar o método utilizado para a elaboração dos subconjuntos construídos para utilização na atenção primária em saúde.

Antes de detalhar o método, destacamos que o desenvolvimento de subcon-juntos terminológicos da CIPE ® tem sido objeto de pesquisa em programas brasileiros de pós-graduação. Pela natureza deste espaço de produção de conhe-cimento, as investigações são cercadas por um rigor metodológico, sendo dado especial destaque ao percurso do método.

O método aqui descrito faz parte das atividades de uma disciplina do Programa de Pós-graduação em Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na qual foi proposto analisar os processos de desenvolvimento dos subconjuntos publicados e os desenvolvidos no referido programa.

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8 UNIDADE 1

PRÉ-REQUISITOS

Consideram-se como pré-requisitos para o desenvolvimento de um subconjunto metodológico da CIPE ® :

1. Identifi cação da clientela a que se destina e/ou a prioridade de saúde. 2. Escolha do modelo teórico que vai estruturar o subconjunto. 3. Justifi cativa da sua importância para a enfermagem. Deve-se atentar para a defi nição que o CIE propõe para cliente e para prio-

ridade de saúde: 5 � Cliente é defi nido como o sujeito a quem o diagnóstico se refere ou o bene-

fi ciário da intervenção de enfermagem, podendo ser incluídos indivíduos, famílias e comunidades que recebem cuidados de enfermagem.

� Prioridades de saúde são as condições de saúde, ambientes ou especialidades de cuidado clínico, e os fenômenos de enfermagem.

Figura 1-3 Etapas metodológicas para o desenvolvimento dos subconjuntos termi-nológicos da CIPE ® .

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U N I D A D E 2Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem no Espaço da Assistência de Enfermagem na Atenção Primária em Saúde

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C A P Í T U L O 4 Subconjunto terminológico da Classifi cação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) para o cuidado de enfermagem na atenção primária em saúde * Mariane Antunes Cavalheiro ■ Marcia Regina Cubas ■ Lêda Maria Albuquerque

Introdução

Diante da evolução histórica ocorrida no sistema de saúde brasileiro, principal-mente em decorrência da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) e de suas estratégias de mudança de modelo assistencial, o enfermeiro, como profi s-sional, insere-se em uma equipe multidisciplinar e busca a orientação de suas ações por meio de metodologias com potencial para um desempenho de suas funções de maneira competente, científi ca e que torne sua prática visível. 1 Dentre elas, está o uso de terminologias para defi nir a prática da enfermagem no contexto da Atenção Primária em Saúde.

Com o intuito de dar sua contribuição, a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), entre 1996 a 2000, elaborou e desenvolveu o projeto da Classifi cação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC). Um dos objetivos desse projeto era identifi car os termos usados pela enfermagem

* Extraído de dissertação defendida e aprovada em 2014. Cavalheiro MA. Subconjunto terminoló-gico da Classifi cação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE ® ) para assistência de enfermagem na atenção primária à saúde [dissertação]. Curitiba (PR): Pontifícia Universidade Católica do Paraná; 2014. Resultado parcial de pesquisa vinculada ao projeto “Subconjunto terminológico da CIPE ® direcionado à atenção básica de saúde e sua representação por meio de uma ontologia”, fi nanciado pelo Programa de Bolsa Produtividade da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científi co e Tecnológico do Paraná (FA). Mariane Antunes Cavalheiro foi bolsista institucional da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

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4— SUBCONJUNTO TERMINOLÓGICO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL... 65

O modelo de assistência à saúde no Brasil prevê que a Atenção Primária em Saúde se constitua a porta de entrada de toda Rede de Atenção a Saúde, sendo que o contato inicial e preferencial do usuário deve ocorrer neste espaço. É fundamental que a gestão do cuidado seja direcionada seguindo princípios e diretrizes do SUS, 8 em especial a universalidade, acrescida da operacionalização do acolhimento e do vínculo, de forma a garantir a integralidade das ações.

Nesta complexidade, a integração dos conceitos na prática é um desafi o para os profi ssionais de enfermagem que atuam nesta área de atenção; no entanto, torna-se possível quando são agregados conhecimentos oriundos de teorias da Enfermagem e da Saúde Coletiva. Entender a extensão de conceitos de risco, vulnerabilidade e resiliência pode ampliar a análise das condições da população de uma determinada área de abrangência, bem como a escolha do referencial teórico com abrangência nas diferentes fases do desenvolvimento humano levando em consideração as necessidades humanas individuais, coletivas e sociais da população.

De acordo com o modelo teórico proposto para a organização do subconjunto, é necessário uma interface entre os conceitos de Necessidades Humanas, Atenção Primária em Saúde, Gestão e Exercício de Cuidado.

Como usuário da atenção primária, o indivíduo busca a promoção da saúde, a proteção e prevenção de doenças, a reabilitação e a redução de danos. Para

Figura 4-1 Modelo teórico baseado nas Necessidades Humanas para atendimento ao usuário da Atenção Primária em Saúde e sua interface com a gestão e exercícios de cuidado.

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que este atendimento ocorra de maneira integral, é necessário que o cuidado ocorra de modo individualizado e sistematizado, garantindo o acesso universal ao usuário. Neste sentido, o acolhimento e o vínculo devem ser realizados pelos profi ssionais, levando-se em consideração: o ciclo de vida, o gênero e a condição mórbida do usuário.

A proposta do subconjunto desenvolvido neste estudo considerou os conceitos ora citados, foi classifi cada segundo a Teoria das Necessidades Humanas proposta por Wanda Horta 7 e adaptada seguindo a ordem de prioridades: necessidades psicobiológicas, necessidades psicossociais e necessidades psicoespirituais.

Subconjunto de diagnósticos de enfermagem / resultados de enfermagem / intervenções de enfermagem

Necessidades humanas psicobiológicas OXIGENAÇÃO

Diagnóstico de enfermagem

Alergia respiratória

Resultado de enfermagem

Padrão respiratório melhorado Padrão respiratório normal

Intervenções de enfermagem

Auxiliar na identifi cação dos agentes desencadeadores do processo alérgico, como: brinquedos de pelúcia, roupas de lã, animais, alimentos

Auxiliar no estabelecimento de estratégias para a redução dos agentes desen-cadeadores

Orientar quanto à importância de ingestão de líquidos Orientar mãe ou cuidador a observar sinais e sintomas de piora do quadro

alérgico: cianose, gemência, prostração, febre Orientar quanto à importância de ambiente limpo, arejado e ventilado Orientar quanto à limpeza domiciliar Orientar quanto à presença de animal doméstico no ambiente interno da casa Orientar quanto à importância de manter as vias aéreas limpas Promover o aleitamento materno

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Estimular a ingestão de líquidos Estimular a participação em ofi cinas Investigar os hábitos alimentares do usuário e da família Orientar a busca de rotina para as refeições Orientar a dieta alimentar em relação a quantidade, frequência e qualidade Orientar sobre os hábitos alimentares saudáveis Relacionar peso, altura e massa corporal CLIENTE: GESTANTE

Avaliar o estado nutricional da gestante Discutir o estabelecimento de metas de inclusão de alimentos saudáveis Encaminhar a gestante para ofi cinas educativas Encaminhar para consulta médica se houver sobrepeso, baixo peso ou des-

nutrição Investigar os hábitos alimentares da usuária e da família Monitorar gráfi co de peso e idade gestacional Orientar quanto à importância de não ingestão de líquidos durante as refeições Orientar quanto à importância de adotar um intervalo de 2 ou 3 horas entre

as refeições Orientar a busca de rotina para as refeições Orientar a dieta alimentar em relação a quantidade, frequência e qualidade

Diagnóstico de enfermagem/Resultado de enfermagem

Ingestão adequada de alimentos

Intervenções de enfermagem

Reforçar que a alimentação deve ser variada e em quantidade apropriada Reforçar a orientação quanto à alimentação e ingestão de líquidos Relacionar peso, altura e massa corporal

Diagnóstico de enfermagem

Ingestão insufi ciente de alimentos

Resultado de enfermagem

Ingestão sufi ciente de alimentos Ingestão adequada de alimentos

Intervenções de enfermagem

Estimular a ingestão de frutas, verduras e fi bras Identifi car os fatores desencadeadores da ingestão insufi ciente

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U N I D A D E 4Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem no Espaço do Cuidado de Enfermagem nos Diferentes Ciclos de Vida

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C A P Í T U L O 8 Subconjunto terminológico da CIPE ® para o cuidado de enfermagem no acompanhamento do desenvolvimento infantil * Soraia Matilde Marques Buchhorn ■ Maria De La Ó Ramalho Veríssimo

Introdução

A vigilância do Desenvolvimento Infantil (DI) faz parte da atenção integral à saúde da criança e compreende ações para a promoção do desenvolvimen-to e a detecção de riscos e de desvios de forma precoce. Efetiva-se mediante acompanhamento e avaliações sistemáticas da criança, bem como por meio das orientações sobre os cuidados para com ela, devendo ser realizada em todo atendimento de saúde. 1,2

Sabe-se que os primeiros anos de vida são particularmente importantes, pois é uma fase de grande potencialidade para o desenvolvimento de todas as funções. Por outro lado, é também uma fase de grande vulnerabilidade e risco, visto que nesse período há grande atividade cerebral, durante o qual são desenvolvidas funções específi cas em vários domínios, que serão a base para a aquisição de atividades cada vez mais complexas. 3,4

Dada a intensa sinaptogênese que ocorre nesse período, o diagnóstico precoce de riscos e anormalidades, bem como a intervenção efetiva antes dos 5 anos, são decisivos para o bom prognóstico de desenvolvimento das crianças. A neuroplas-ticidade – capacidade do sistema nervoso de se modifi car pela experiência – deste

* Extraído de tese defendida e aprovada em 2014. Buchhorn SMM. Construção de um catálogo CIPE® (Classifi cação Internacional para a Prática de Enfermagem) para o acompanhamento do desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos de idade [tese]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2014.

Resultado parcial de pesquisa vinculada ao projeto “Qualifi cação das práticas do enfermeiro na promoção do desenvolvimento infantil integral”, fi nanciado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

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8—SUBCONJUNTO TERMINOLÓGICO DA CIPE® PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM... 209

Para Brazelton e Greespan, 5 o atendimento das necessidades da criança con-tribui para a formação de cidadãos mais aptos a construir e a viver em uma socie-dade mais economicamente sustentável, mais cooperativa, menos violenta e mais produtiva, o que justifi ca os esforços em todos os níveis para esse atendimento.

Figura 8-1 Modelo teórico para acompanhamento do desenvolvimento infantil.

Subconjunto de diagnósticos de enfermagem / resultados de enfermagem / intervenções de enfermagem

Gerais Diagnóstico de enfermagem / Resultado de enfermagem

Desenvolvimento infantil efi caz

Intervenções de enfermagem

Elogiar a mãe ou o cuidador Informar à mãe ou cuidador a importância do brincar para a criança Informar à mãe ou cuidador o resultado da avaliação Oferecer informações antecipadas sobre as características do DI Planejar novo agendamento para avaliação do DI Reforçar para a mãe ou cuidador como estimular a criança e a importância disto

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214 UNIDADE 4

Informar o cuidador sobre redes de apoio Orientar o cuidador a criar oportunidades e atividades de comunicação para

a criança de acordo com a idade Planejar novo agendamento para avaliação do DI Reforçar para a mãe ou cuidador o estímulo à fala com a criança

Desenvolvimento da área adaptativa Diagnóstico de enfermagem / Resultado de enfermagem

Aprendizagem cognitiva efi caz

Intervenções de enfermagem

Elogiar a mãe ou o cuidador Informar à mãe ou cuidador o resultado da avaliação Oferecer informações antecipadas sobre as características do DI Planejar novo agendamento para avaliação do DI Reforçar a importância do brincar para o DI

Diagnóstico de enfermagem

Risco de aprendizagem cognitiva prejudicada

Resultados de enfermagem

Risco diminuído de aprendizagem cognitiva prejudicada Aprendizagem cognitiva efi caz

Intervenções de enfermagem

Apoiar a família Avaliar a resposta psicossocial à instrução dada ao cuidador Elogiar a mãe ou o cuidador Envolver o cuidador no desenvolvimento da capacidade de adaptação e apren-

dizado da criança Estimular a família a permitir a independência da criança Informar à mãe ou cuidador o resultado da avaliação Observar a dinâmica familiar Orientar o cuidador a transmitir segurança à criança Planejar novo agendamento para avaliação do DI Promover um ambiente seguro e estimulante para a criança Promover o vínculo da criança com o cuidador Reforçar para a mãe ou cuidador o estímulo ao aprendizado da criança

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Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem

Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem

em Saúde

em Saúde

Atenção Primária

Atenção Primária

Maria Miriam Lima da Nóbrega

Maria Miriam Lima da Nóbrega

Marcia Regina Cubas

Marcia Regina Cubas

Atenção Primária em Saúde – Diagnósticos, Resultados e Intervenções de

Enfermagem oferece ao leitor uma visão importante sobre a construção de

subconjuntos terminológicos sem descuidar da apresentação das abordagens

metodológicas e a utilização da CIPE® no contexto clínico. Isso se faz por meio

do relato da experiência dos autores com a sistematização que se impõe para os

processos de implementação da CIPE®.

A sua leitura permitirá ao leitor perceber esta produção como profunda-

mente vinculada a uma prática não só acadêmica, que encerra o processo de

construção coletiva do conhecimento, mas também clínica, que nos remete à im-

portância da sua implementação junto às pessoas, às famílias e à comunidade

como forma de dar suporte à tomada de decisão do enfermeiro.

Este livro constitui um dos primeiros exemplos internacionais sobre

“subconjuntos de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem da

CIPE® para a atenção primária em saúde”. Espero que, também sob esse ponto

de vista, este seja um livro pioneiro, abrindo caminho a muitos outros que

surgirão em todo o mundo.

Paulino Artur Ferreira de SousaEscola Superior de Enfermagem do Porto - Portugal

Classifi cação de arquivo recomendadaENFERMAGEM

www.elsevier.com.br/enfermagem

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Atenção Primária em

Saúde

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