É preciso saber fazer, saber por que fazer e querer fazer

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Competências organizacionais e vantagens competitivas. É preciso saber fazer, saber por que fazer e querer fazer. Gisele Dos Santos Ferreira Universidade Presbiteriana Mackenzie Curso in Company Unibanco/Itaú Especialização em Gestão Empresarial TURMA I (1/3) Disciplina: Estratégia Empresarial Professora: Gisele Di Dio Hoje em dia as organizações buscam cada vez mais a competitividade sustentável que é o fato de executarem suas atividades com excelência, atribuindo valores à instituição que sejam insubstituíveis, difíceis de imitar e originais, através de uma estratégia criativa e única. Para tanto a organização deve focar seus esforços analisando os recursos que ela dispõe. Os recursos podem ser tangíveis, ou seja, aqueles que compreendem o financeiro, infra-estrutura, pessoal ou eles podem ser recursos intangíveis, ou seja, conhecimento do processo, capacidade de inovação, as capacidades gerenciais e etc. Os recursos são fontes das capacidades da empresa, as capacidades, conforme Mintzberg são as atividades que a empresa executa com excelência que a diferencia e a deixa com vantagem frente aos seus concorrentes, atribuindo valor aos seus bens e serviços por um longo período. A interação desses recursos é fonte das competências organizacionais essenciais da empresa, sobre as quais as vantagens competitivas são calcadas. Segundo (HITT; IRELAND e HOSRISSON, 2002) as competências “baseiam-se no desenvolvimento, transporte e intercâmbio de informações e conhecimentos através do capital humano da empresa”. Competências organizacionais são as habilidades que a empresa tem de organizar para se chegar a uma proposição desejada. As empresas que investem

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Importância das competências para se atingir a vantagem competitiva sustentável.

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Page 1: É preciso saber fazer, saber por que fazer e querer fazer

Competências organizacionais e vantagens competitivas. É preciso saber fazer, saber por que fazer e querer fazer.

Gisele Dos Santos Ferreira

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Curso in Company – Unibanco/Itaú Especialização em Gestão Empresarial – TURMA I (1/3)

Disciplina: Estratégia Empresarial

Professora: Gisele Di Dio

Hoje em dia as organizações buscam cada vez mais a competitividade

sustentável que é o fato de executarem suas atividades com excelência, atribuindo

valores à instituição que sejam insubstituíveis, difíceis de imitar e originais, através

de uma estratégia criativa e única.

Para tanto a organização deve focar seus esforços analisando os recursos

que ela dispõe. Os recursos podem ser tangíveis, ou seja, aqueles que

compreendem o financeiro, infra-estrutura, pessoal ou eles podem ser recursos

intangíveis, ou seja, conhecimento do processo, capacidade de inovação, as

capacidades gerenciais e etc.

Os recursos são fontes das capacidades da empresa, as capacidades,

conforme Mintzberg são as atividades que a empresa executa com excelência que a

diferencia e a deixa com vantagem frente aos seus concorrentes, atribuindo valor

aos seus bens e serviços por um longo período. A interação desses recursos é fonte

das competências organizacionais essenciais da empresa, sobre as quais as

vantagens competitivas são calcadas.

Segundo (HITT; IRELAND e HOSRISSON, 2002) as competências

“baseiam-se no desenvolvimento, transporte e intercâmbio de informações e

conhecimentos através do capital humano da empresa”.

Competências organizacionais são as habilidades que a empresa tem de

organizar para se chegar a uma proposição desejada. As empresas que investem

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tempo e esforços na avaliação de suas competências terão à sua disposição

informações valiosas para apoiar as tomadas de decisão estratégicas.

Segundo (Prahalad e Hamel, 1990) as competências combinam

conhecimento e habilidade; representam tanto a base dos conhecimentos tácitos

quanto o conjunto de habilidades, necessários para a realização de ações

produtivas. As competências compreendem a soma dos conhecimentos presentes

nas habilidades individuais e nas unidades organizacionais. Elas somente serão

consideradas como essencial se passar pelos seguintes testes: valor percebido

pelos clientes, diferenciação entre concorrentes e capacidade de expansão.

Os elementos que constituem a competência são: Conhecimentos,

habilidades, experiência, juízos de valor, atitudes e traços de personalidade.

As competências diferenciam a empresa das demais e geram vantagem

competitiva, mas para que isso ocorra, a organização deve identificar quais suas

melhores competências, promover essa conscientização e incentivar discussões a

respeito delas para que as mesmas possam ser identificadas como substanciais à

organização.

Para identificar o valor de uma competência e necessário se observar o

caráter tácito, robustez, fixação e consenso da competência. O caráter tácito, ou

seja, implícito, significa que ela não é facilmente copiada, pois não se trata de um

processo metódico e sim habilidades geradas da experiência.

O caráter de robustez que também deve ser verificado significa que ela tem

mais chances de manter seu valor diante de mudanças, apresenta pouca

vulnerabilidade frente ao meio. O caráter de fixação, ou seja, a capacidade de se

fixar, não apresentar mobilidade, significa que a competência não pode trafegar

entre empresas.

E o principal caráter é realmente o consenso, que se trata das percepções

em comum na unidade organizacional, obtendo uma visão adequada da força das

competências existentes na empresa e identificar pontos de vulnerabilidade dessas

competências.

Segundo Brandão e Guimarães (2001), a gestão de competências faz parte

de um sistema maior de gestão organizacional. Trata-se de um processo contínuo

que toma como referência a estratégia da empresa e direcionam suas ações de

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recrutamento e seleção, treinamento, gestão de carreira, avaliação de desempenho

e formalização de alianças estratégicas, entre outras, para captação e

desenvolvimento das competências necessárias para atingir seus objetivos.

Resumindo, para que uma empresa alcance competitividade é necessário

que haja um envolvimento em todos os níveis da empresa a fim de que se encontre

uma sustentabilidade estratégica, que se reconheça as competências que realmente

possam gerar vantagens. Do ponto de vista de Brandão e Guimarães (2001) É

preciso saber fazer, saber para que é feito, e o que é fundamental para todas

organizações, o querer fazer.

REFERÊNCIAS:

KING, ADELAIDE WILCOX; FOWLER, SALLY W. ; ZEITHAML, CARL P.

Competências organizacionais e vantagem competitiva: O desafio da gerência

intermediária. RAE - Revista de Administração de Empresas. Jan./Mar. 2002

CANTERI, SANDRA BATISTEL. Vantagem competitiva: gestão de recursos,

habilidades e competências. PUC-PR.