É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

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É possível reduzir o impacto das adversidades na infância? Marcelo da Rocha Carvalho

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Health & Medicine


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Page 1: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Marcelo da Rocha Carvalho

Page 2: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Marcelo da Rocha CarvalhoPsicólogo Clínico e Terapeuta Comportamental Infantil pela

Universidade Católica de Santos (SP)

Psicoterapeuta Comportamental e Cognitivo, Especialista pela USP

Professor Convidado e Supervisor Clínico da Pós-Graduação em Terapia Comportamental e Cognitiva pela FMUSP/AMBAN/HC

Especialista em Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute e Universidade de Flores

MBA Qualidade Vida e Promoção da Saúde pela Universidade São Camilo/ABRAMGE/ABQV

[email protected]

Page 3: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

http://migre.me/vuIXR

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Page 5: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Desamparo Aprendido?

Adversidades na Infância?

Transtorno de Estresse Pós-Traumático?

Estresse Agudo?Trauma Emocional?

???

Page 6: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Martin Seligman Desamparo aprendido é um comportamento em

que um organismo forçado a suportar estímulos aversivos, dolorosos ou desagradáveis se torna incapaz de evitar (ou não deseja evitar) encontros posteriores com tais estímulos, mesmo que seja possível evitá-los.

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Page 8: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Risco progressivos dos ACES influenciarem a Saúde e o Bem

Estar ao longo da vidaMorte Prematura

Doenças, incapacidade e

problemas sociais

Adoção de comportamentos de risco para saúde

Prejuízos sociais, emocionais e cognitivos

Neurodesenvolvimento comprometido

Experiências de Adversidades na InfânciaNascimento

Morte

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Necessidades que estimulam saúde mental, resiliência e antagonizam

ACES

Necessidade de auto-

realização:

alcançar seu maior potencial/desempen

ho, incluindo

atividades criativasNecessidades de autoestima:

prestígio e sentimento de realização

Necessidade de pertencimento e amor: relações íntimas, amigos, grupos sociais

Necessidades quanto a segurança

Necessidades Fisiológicas: alimentação adequada, cuidado e descanso

Individuação

Necessidades psicológicas

Necessidades básicas

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Page 11: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Promoção da Saúde e Prevenção ACES

ACES Nível de Prevenção

Resposta esperada

Programas psicológicos

Ambiente propício para ACES

PrimáriaFocada na Família e genitores ou rede de apoio

Orientação a condições que possam proteger o grupo e/ou indivíduo

Identificação de GruposCriação de orientação sobre os temas de riscos para ACES

ACES mas sem manifestação clara

SecundáriaFocada na criança ou adolescente e família

Diagnóstico pré-sintomático e tratamento

Acompanhamento psicológico e programas de desenvolvimento pessoal

Transtorno Mental associado a ACES

TerciáriaFocada no paciente

Diagnóstico da limitação/incapacidade e acompanhamento

Psicoterapia, grupos de apoio, psicofarmacoterapia

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Em algum lugar na Dinamarca…

https://www.cdc.gov/violenceprevention/acestudy/about_ace.html

Page 13: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Modelo Cognitivo Comportamental

Sintomas Fisiológicos

Experiência Subjetiva

Respostas Comportamentais

Avaliação Cognitiva Mal

Adaptada

Crenças Mal Adaptadas

Processos de Atenção

Gatilho

Page 14: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Modelo Cognitivo Comportamental

Sintomas Fisiológicos

Experiência Subjetiva

Respostas Comportamentais

Avaliação Cognitiva Mal

Adaptada

Crenças Mal Adaptadas

Processos de Atenção

Gatilho

Modificação da Situação

Meditação, Relaxamento, Respiração Profunda

Modificação da Atenção

Psicoeducação e Reestruturação

Cognitiva

Modificação Comportamental

Ativação Comportamental

Exposição

Aceitação

Relaxamento e Respiração Profunda

Diminuição da Reatividade

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Page 16: É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?

Terapias Psicológicas baseadas em evidências

Tratamentos existentes para crianças traumatizadas com resultados evidenciados por pesquisas: TF CBT – Trauma-Focused Cognitive Behavioral Therapy CPP – Child Parent Psychotherapy PCIT – Parent Child Interaction Therapy Terapia Cognitiva Focada nos Esquemas (disfuncionais

desadaptativos precoces) Terapia Comportamental Dialética

Crianças com 04 ou mais ACES respondem bem ao tratamento como crianças com menos adversidades.

Os terapeutas que seguem protocolos cuidadosamente adquirem melhores resultados. (!)

Os tratamentos podem garantir tanto as crianças como ao seus pais bons resultados em saúde mental.

Os tratamentos demonstram restaurar a biologia normal do sistema de resposta de stress de forma destacada: com redução do estado de apreensão.

Ghosh Ippen C., et al.,(2011) Child Abuse & Neglect, doi:10.1016/j.chiabu.2011.03.009

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N= 681 pacientes com formas crônicas de depressão maior. Intervenção: Nefazodona (AD). Sistema de TCC em Psicoterapia (Cognitive Behavioral Analysis System of Psychotherapy – CBASP). Combinação de ambos.

Psicoterapia essencial elemento no tratamento de pacientes com depressão crônica importante com história de trauma na infância.

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Referências Coêlho, B. M., Andrade, L. H., Borges, G., Santana, G. L., Viana, M. C., & Wang, Y.

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Nanni, V., Uher, R., & Danese, A. (2012). Childhood maltreatment predicts unfavorable course of illness and treatment outcome in depression: a meta-analysis. American Journal of Psychiatry.

Nemeroff, C. B., Heim, C. M., Thase, M. E., Klein, D. N., Rush, A. J., Schatzberg, A. F., ... & Rothbaum, B. O. (2003). Differential responses to psychotherapy versus pharmacotherapy in patients with chronic forms of major depression and childhood trauma. Proceedings of the National Academy of Sciences, 100(24), 14293-14296.

Walkup, J. T., Albano, A. M., Piacentini, J., Birmaher, B., Compton, S. N., Sherrill, J. T., ... & Iyengar, S. (2008). Cognitive behavioral therapy, sertraline, or a combination in childhood anxiety. New England Journal of Medicine, 359(26), 2753-2766.