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CABEÇAE PESCOÇO

CABEÇA E PESCOÇO

Classificação de Arquivo RecomendadaRADIOLOGIA

DIAGNÓSTICO POR IMAGEMRADIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO

www.elsevier.com.br/medicina

A referência completa para o melhor diagnóstico por imagem, escrita pelos maiores nomes da Radiologia nacional.

Paes JrHaetinger

EDITORES ASSOCIADOSAdemar José de Oliveira Paes JuniorRainer G. Haetinger

EDITORES DA SÉRIEC. Isabela Silva MüllerGiuseppe D’IppolitoAntônio José da Rocha

SérieColégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem


SérieC

olégio Brasileiro de R

adiologia e D

iagnóstico por Imagem

A Série Colégio Brasileiro de Radiologia é um sucesso que vem crescendo a cada novo volume lançado. É a refe-rência completa para o melhor diagnóstico por imagem, escrita pelos maiores nomes da radiologia nacional. O volume Cabeça e Pescoço vem para suprir uma demanda de pouca literatura brasileira sobre o assunto. Além disso, o conhecimento nesta área vem sendo exigido cada vez mais nos exames do dia a dia, principalmente pelo grande desenvolvimento das especialidades que prestam assistência ao paciente nos últimos anos, em que inves-tigações, estadiamentos e controles evolutivos precisam de cada vez mais detalhes, imprescindíveis para a tomada de decisão.

• Composto por 22 capítulos, amplamente ilustrado com mais de 2.500 figuras, desenhos e peças de anatomia e suas variações anatômicas baseadas em tomografia computadorizada e ressonância magnética.• Apresenta extensa e detalhada documentação das diferentes doenças que acometem esta região e assuntos extremamente atuais, como apneia obstrutiva do sono e estudos da deglutição através de videofluoroscopia.• Inclui capítulos exclusivos dedicados à anatomia da face, do pescoço e da laringe, ilustra lesões congênitas da face e do pescoço, dos ossos temporais, das glândulas salivares, das articulações temporomandibulares, da maxila e da mandíbula com informações médicas e odontológicas, órbitas, bem como traumatismo de face.• Possui capítulos individuais sobre a cavidade oral, a nasofaringe, a orofaringe, a hipofaringe e o esôfago cervical, todos fundamentados e amplamente ilustrados com excelentes esquemas anatômicos dos diferentes comparti-mentos. A tireoide e as paratireoides são apresentadas a partir dos métodos de padrão ouro de investigação. • Relata também sobre PET-CT, cada vez mais presente nos hospitais e clínicas, exigindo atualização constante e cada vez mais rápida dos profissionais de diagnóstico por imagem.• Elaborada por renomados especialistas de diferentes áreas: radiologistas, médicos nucleares, cirurgiões de cabeça e pescoço, otorrinolaringologistas, oftalmologistas, plásticos, odontólogos e bucomaxilofaciais, fonoaudiólo-gos e anatomistas, todos integrados aos capítulos dos colegas de Diagnóstico por Imagem em Cabeça e Pescoço.

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Ademar José de Oliveira Paes JuniorDoutor em Ciências na área de Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Instituto de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Médico Radiologista responsável pela área de Radiologia em Cabeça e Pescoço da Clínica Imagem e Hospital Baía Sul, Florianópolis, SC.Editor da revista Arquivos Catarinenses de Medicina, órgão de divulgação científi ca da Associação Catarinense de Medicina.Membro-titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Rainer G. HaetingerDoutor em Ciências na área de Anatomia Morfofuncional pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.Professor da Pós-graduação no Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.Médico Radiologista responsável pela Radiologia de Cabeça e Pescoço e coordenador da Tomografi a Computadorizada na Med Imagem, Hospital Benefi cência Portuguesa de São Paulo.Membro-titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.


© 2017 Elsevier Editora Ltda.Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográ�cos, gravação ou quaisquer outros.ISBN: 978-85-352-3141-0ISBN versão eletrônica: 978-85-352-8585-7

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NOTAComo as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração dos métodos de pesquisa, das práticas pro�ssionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisadores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou a segurança de outras pessoas, incluindo aquelas sobre as quais tenham responsabilidade pro�ssional.Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especi�cado, aconselha-se o leitor a cercar-se da mais atual informação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada produto a ser administrado, de modo a certi�car-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e a duração da administração, e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base em sua experiência pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as posologias e o melhor tratamento para cada paciente individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas.Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou colaboradores, assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou propriedades envolvendo responsabilidade, negligência etc. de pro-dutos, ou advindos de qualquer uso ou emprego de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no material aqui publicado.

O Editor

H157c

de Oliveira Paes Junior, Ademar J. Cabeça e pescoço / Ademar José de Oliveira Paes Junior, Rainer G. Haetinger – 1. ed. – Rio de Janeiro :Elsevier, 2017. : il. (Colégio brasileiro de radiologia e diagnóstico por imagem) Inclui bibliogra�a e índice ISBN 978-85-352-3141-0 1. Cabeça – Radiogra�a. 2. Pescoço – Radiogra�a. 3. Diagnóstico por imagem. I.José de Oliveira Paes Junior, Ademar. II. Título. III. Série.

16-36773 CDD: 616.07572 CDU: 616-073.7

04/10/2016 07/10/2016


Série Colégio Brasileiro de Radiologiae Diagnóstico por Imagem

Editores AssociadosAdemar José de Oliveira Paes JuniorDoutor em Ciências na área de Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Instituto de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Médico Radiologista responsável pela área de Radiologia em Cabeça e Pescoço da Clínica Imagem e Hospital Baía Sul, Florianópolis, SC.Editor da revista Arquivos Catarinenses de Medicina, órgão de divulgação cientí�ca da Associação Catarinense de Medicina.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Rainer G. HaetingerDoutor em Ciências na área de Anatomia Morfofuncional pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.Professor da Pós-graduação no Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.Médico Radiologista responsável pela Radiologia de Cabeça e Pescoço e Coordenador da Tomogra�a Computadorizada na Med Imagem, Hospital Bene�cência Portuguesa de São Paulo.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Editores da Série

C. Isabela Silva MüllerDoutora em Radiologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM).Coordenadora Médica do Setor de Tomogra�a Computadorizada da Del�n Imagem, Empresa do Grupo Alliar.

Giuseppe D´IppolitoProfessor adjunto e Livre-docente da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM).Médico Radiologista do Grupo Fleury, São Paulo.

Antônio José da RochaProfessor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.Doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).Diretor do Serviço de Diagnóstico por Imagem da Santa Casa de São Paulo.Neurorradiologista da DASA.


Coautores

Abrão RapoportDiretor Técnico do Hospital Heliópolis (Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Estado de São Paulo). Docente Livre em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Universidade de São Paulo – USP.Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Alessandra dos Santos SilvaMembro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.Membro titular da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial.

Alessandro Severo Alves de MeloMédico Radiologista Professor associado do Departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense – UFF.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

André Yuri Rodrigues SimõesEspecialista em Imaginologia Odontológica e Radiologia pela Universidade de São Paulo – USP.Radiologista da Clínica Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem.

Angela Maria Borri WoloskerMédica Radiologista do Setor de Cabeça e Pescoço da UNIFESP e do Grupo Fleury.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e da SBNRDT.

Artur Martins Novaes CoutinhoMédico assistente dos Serviços de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e do Hospital Sírio Libanês, São Paulo. Research Fellow (pós-doutorando) do Departamento de Radiologia do Massachusetts General Hospital / Martinos Center for Bio-medical Imaging, a�liado à Harvard University e Massachusetts Institute of Technology.Doutor em Radiologia pela FMUSP.Médico Nuclear pela FMUSP e titulado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear. Bacharel em Medicina pela Universidade do Estado do Pará.

Bianca Marcondes Fisioterapeuta, com aprimoramento em Fisioterapia em Clínica Médica pelo Hospital do Servidor Estadual de São Paulo. Doutora em Ciências da Saúde com foco em distúrbios respiratórios do sono pelo Departamento de Pneumologia da FMUSP. Pós-doutora em Neuromodulação pelo Spaulding Rehabilitation Hospital, Harvard Medical School.

Carlos Eduardo Lassance CabralMédico Radiologista.Chefe do Serviço de Radiologia do Hospital do Câncer (HC I), INCA/MS.Membro-titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Carlos Fernando de Mello JuniorMembro-titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Doutor em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela Universidade de São Paulo – USP.Professor-adjunto e Coordenador da Disciplina de Radiologia da Universidade Federal da Paraíba – UFPB.Coordenador da Comissão de Residência Médica (COREME) e da Residência de Radiologia da Faculdade de Medicina Nova Esperança – FAMENE.Diretor do Centro de Estudos e Treinamento Avançado em Saúde (CETRAS).

Coautores


viii Coautores

Daniel Vaccaro Sumi Médico pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.Especialista em Imagem em Cabeça e Pescoço no INRAD-HCFMUSP.Estágio no Hôpital Beaujon – Université Paris VII.

Diogo Cunha de MedeirosEspecialista em Cabeça e Pescoço pelo Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo – INRAD-HCFMUSP.Especialista em Radiologia Oncológica pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP-FMUSP.Membro-titular da Sociedade Brasileira de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Edson Aparecido LibertiProfessor-titular do Departamento de Anatomia do ICB/USP.

Eliézia Helena de Lima AlvarengaOtorrinolaringologista e Foniatra pela Academia Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.Mestre em Otorrinolaringologia pela FMRP-USP. Doutora em Otorrinolaringologia e Pós-doutora em Disfagia pela UNIFESP-EPM. Médica colaboradora do ambulatório de disfagia do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da UNIFESP.

Elisa Gomes VieiraFonoaudióloga do Centro de Pesquisas Oncológicas CEPON Florianópolis/SC.Fonoaudióloga do Serviço de Video�uoroscopia da Deglutição/CORIS Medicina Avançada.Especialista em Disfagia e Voz pelo CFFª.Mestra e Doutora pela UFSC.Pós-Doutoranda pela Fundação Antônio Prudente/SP.

Eloisa Maria Mello Santiago GebrimDoutora em Radiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Médica Coordenadora do Grupo de Cabeça e Pescoço e do Setor de Tomogra�a Computadorizada do Departamento de Radio-logia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Médica Coordenadora do Grupo de Diagnóstico por Imagem em Cabeça e Pescoço do Hospital Sírio-Libanês. Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Fábio Mota GonzalezMédico Radiologista da Clínica Multimagem Salvador e do IHEF.Mestre em Ciências da Saúde pela Pós-graduação do Hospital Heliópolis.Residência em Diagnóstico por imagem no Hospital Heliópolis.Fellow no setor de Ressonância do INRAD-HCFMUSP.Membro-titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Flavia Issa CevascoEspecialista em Neurorradiologia e Radiologia da Cabeça e Pescoço pelo Hospital das Clínicas da FMUSP e �omas Je�erson University. Coordenadora do grupo de TC e RM do Centro de Diagnósticos Brasil, Grupo Alliar.

Gabriel Henrique BolsiR4 de Neurorradiologia DASA SP.

Gilberto Vaz TeixeiraProfessor assistente do Departamento de Cirurgia da UFSC.Médico especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Cancerologia.Doutor em Medicina pela Falculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP.Research Fellowship na Johns Hopkins University, EUA.

Helio K. YamashitaProfessor adjunto e Vice-Chefe do Setor de Cabeça e Pescoço/ORL e CBMF (Craniobucomaxilofacial). Chefe da Disciplina de Diagnóstico por Imagem em Pediatria.Setor de Neuroimagem e Cabeça e Pescoço/ORL e CBMF (Craniobucomaxilofacial).Departamento de Diagnóstico por Imagem – Escola Paulista de Medicina-UNIFESP.

Letícia RigoEspecialista em Medicina Nuclear pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Coordenadora do Serviço de Medicina Nuclear da Med Imagem e da Bene�cência Portuguesa de São Paulo.


Coautores ix

Luiz de Abreu JuniorResidência Médica em Diagnóstico por Imagem na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Professor da Disciplina de Diagnóstico por Imagem do Centro Universitário São Camilo – SP.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Médico Radiologista do Grupo Fleury e do Hospital São Luiz.

Luiz Otávio de Mattos CoelhoMédico Radiologista.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Corpo Clínico do DAPI, Curitiba – PR.

Luiz Roberto da Cunha CapellaEspecialista em Implantodontia e Imaginologia Odontológica e Radiologia.Radiologista da Clínica Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem.

Luíza Beatriz Melo MoreiraMédica Radiologista do Serviço de Radiologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado – HFSE.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Maíra de Oliveira SarpiMédica assistente do Grupo de Cabeça e Pescoço do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP.Médica do Grupo de Neurorradiologia e Radiologia de Cabeça e Pescoço do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo.Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Marcio Ricardo Taveira GarciaCoordenador Médico do Serviço de Diagnóstico por Imagem do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP.Médico Radiologista do Grupo de Cabeça e Pescoço do Departamento de Imagem do Hospital Israelita Albert Einstein.Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Marcos Santos LimaMédico assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear.Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo – HCFMUSP.Engenheiro de Computação pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – EPUSP.

Maria Cristina ChammasMestra e Doutora em Medicina. Diretora do Serviço de Ultrassonogra�a do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP.

Maria de Fátima G. G. TomazelliFonoaudióloga graduada pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Especialista em Motricidade Oral com enfoque em Câncer de Cabeça e Pescoço pelo Hospital do Câncer A. C.Camargo, São Paulo.Fonoaudióloga do Serviço de Video�uoroscopia da Deglutição/CORIS Medicina Avançada.Fonoaudiologia do Hospital Baía Sul.

Maria Lucia BorriMédica Neurorradiologista da Disciplina de Pediatria da UNIFESP e do Grupo Fleury.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e da SBNRDT.

Mauro Miguel DanielDoutor em Radiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Médico Coordenador do Grupo de Cabeça e Pescoço do Hospital Albert Einstein.Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Max Domingues PereiraMembro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Socidade Internacional de Cirurgia Craniofacial.Coordenador do Setor de Cirurgia Craniomaxilofacial da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP e do Pronto Socorro do Hospital São Paulo (UNIFESP) em Trauma de Face.


x Coautores

Regina Lúcia Elia GomesDoutora em Radiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Médica Supervisora da Residência Médica do Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Médica Vice-Coordenadora da Residência Médica do Departamento de Imagem do Hospital Israelita Albert Einstein.Médica Radiologista do Grupo de Cabeça e Pescoço do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi-cina da Universidade de São Paulo e do Departamento de Imagem do Hospital Israelita Albert Einstein.Especialista em Radiologia pelo MEC e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Membro da Comissão de Ensino do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Professora da Graduação em Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.

Reinaldo José de OliveiraEspecialista em Imaginologia Odontológica e Radiologia pela Universidade São Francisco.Mestre em Diagnóstico Bucal pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – USP.Radiologista da Clínica Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem.Professor titular da Disciplina de Imaginologia Odontológica e Radiologia da Faculdade de Ciências de Guarulhos.

Renato Adam MendonçaMédico Neurorradiologista.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.Doutor em Ciências pela EPM/UNIFESP.Diretor cientí�co da SPR.Médico da DASA SP.

Renato Sartori de CarvalhoResidência Médica em Diagnóstico por Imagem na Santa Casa de São Paulo.Especialista em Cabeça e Pescoço na Santa Casa de São Paulo.Assistente da Radiologia em Cabeça e Pescoço e Neurorradiologia no Hospital do Servidor Público Estadual.Colaborador assistente em Neurorradiologia no Departamento de Diagnóstico por Imagem do Hospital São Paulo.Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Ricardo Pires de SouzaDoutor em Medicina pela Universidade de São Paulo – USP.Médico do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo – EPM/UNIFESP.

Roberta Morgado Ferreira ZuppaniEspecialista em Medicina Nuclear pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP.Médica Nuclear assistente do Serviço de Medicina Nuclear e Responsável pelo Aperfeiçoamento Médico em Medicina Nuclear – Med Imagem – Bene�cência Portuguesa de São Paulo.

Roberto AbuchamMédico Oftalmologista.Assistente Doutor da FMUSP.Oncologia Ocular e Doenças da Órbita.Médico do Hospital Sírio Libanês.

Sérgio FurlanMédico Radiologista do Serviço de Diagnóstico por Imagem do Complexo Hospitalar Heliópolis, São Paulo – SP.

Túlio Augusto Alves MacedoDoutor em Radiologia pela Universidade de São Paulo.Professor adjunto de Radiologia da Universidade Federal de Uberlândia.

Ula Lindoso PassosDoutora em Radiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP.Médica assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP-HCFMUSP.Médica Radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), São Paulo.

Vera Lúcia Nocchi CardimMembro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial.Coordenadora do Serviço de Cirurgia Craniofacial do Hospital Bene�cência Portuguesa de São Paulo, credenciada pela Associa-ção Brasileira de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial como centro de treinamento.Doutora em Cirurgia Geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Coordenadora dos Capítulos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Vinicius Fernandes BarrosRadiologista pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, com especialização em Cabeça e Pescoço pela Escola Paulista de Medicina.

Dedicatórias


Coautores

Para minha esposa Andreza e para minhas �lhas Marina e Catarina, com as quais conheci o amor in�nito e incondicional, assim como o sentido da minha existência.Para os meus pais Ademar e Doraci, que me ensinaram o valor dos estudos, do trabalho e do esforço individual.

Ademar José de Oliveira Paes Junior (AJOPJ)

À minha família, Liège, Martin e Christine, verdadeiro sentido da vida.À eterna lembrança e gratidão aos meus pais, Martin e Erika.

Rainer G. Haetinger (RGH)

Dedicatórias


Coautores Agradecimentos

A ideia de elaborar um livro sobre Radiologia de Cabeça e Pescoço surgiu há poucos anos, durante um evento radio-lógico, inspirada pela presença de palestrantes estrangeiros convidados, autores de livros nos quais nos baseamos no nosso trabalho do dia a dia. Começamos a pensar em um modelo de estrutura que pudesse trazer algo novo e com uma experiência nossa. Elaboramos um esqueleto dos tópicos a serem abordados e o formato que queríamos. Fazendo uma analogia com um veleiro, a vela estava içada. Bastava uma rajada de vento para impulsionar esta aventura. Foi através do Dr. Manoel de Souza Rocha, diretor cientí�co do Colégio Brasileiro de Radiologia, e da coleção dos livros do CBR, que surgiu o impulso necessário para realizar nosso projeto. Para esta empreitada, precisávamos de um conjunto de autores competentes e experientes nos diferentes assuntos dentro da especialidade. Assim, reunimos colegas de vários estados do Brasil, de norte a sul, para tocar o barco.

Para criar um modelo diferente, convidamos colegas de ou-tras especialidades e pro�ssões, permitindo, assim, aproximar os conceitos e as nomenclaturas utilizados nas áreas médicas

clínicas, cirúrgicas, odontológicas, fonoaudiológicas, de ana-tomistas, de medicina nuclear e radiologia, além de enriquecer o conteúdo com o máximo possível de ilustrações e fotos de anatomia e embriologia.

Agradecemos imensamente a todos os que colaboraram nesta empreitada, principalmente ao Dr. Antonio Carlos Matteoni de Athayde, presidente do CBR na gestão 2015/2016, ao Dr. Manoel de Souza Rocha, diretor-cientí�co do CBR nesta gestão e presidente eleito para a gestão 2017/2018, a Adriana Antonaccio, Karina Fernandes Balhes, Ana Paula Ramos e toda a equipe da Elsevier Editora, a Dra. Isabela Silva Müller e demais Editores da Série CBR, e a todos os autores e coautores dos capítulos deste livro.

Que este livro seja um bom norte para todos, radiologistas e não radiologistas. Naveguem pelas próximas páginas para vi-sitar sítios conhecidos e desbravar novos horizontes, de vento em popa. Boa viagem!

Os editores


Coautores Apresentação da Série

Prezados colegas,

O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Ima-gem, dentro da sua missão de reciclar a classe radiológica e ajudar na formação do residente e aperfeiçoando na especiali-dade, vem lançar o 8º módulo da 1ª edição da nossa série, de grande sucesso. Nacionalmente dois dos nossos livros, Coluna Vertebral e Encéfalo, ganharam o prêmio Jabuti; internacio-nalmente, eles estão em estandes de livrarias nos eventos da radiologia nos países da América Latina e com muito boa ven-dagem, conforme informam os livreiros destes locais.

O tema deste, Cabeça e Pescoço, assim como os demais, também muito interessante e está no dia a dia de praticamente todos nós. Não importando o método que realizemos, ressal-tamos que todos os métodos de diagnóstico por imagem são abordados neste tomo.

Mantendo a mesma preocupação que temos com as demais publicações, este segue nosso padrão, com papel e material foto-grá�co de qualidade, e conteúdo cientí�co prazeroso, levando a uma leitura fácil, produtiva, seja para quem se inicia na especia-lidade, seja para quem se recicla ou busca tirar dúvidas na rotina.

Desejamos, então, que tenham uma excelente leitura, des-frutem deste; e os que não conhecem, busquem conhecer os demais volumes da 1a edição e o volume inicial da segunda edição, cujo tema é Tórax.

Não poderia �nalizar, sem deixar de agradecer a todos os envolvidos no processo de elaboração desta obra, nosso muito obrigado.

Antonio Carlos Matteoni de AthaydePresidente do CBR


Coautores Conhecendo a Proposta da Série

O convite para coordenar o projeto de uma Série de livros do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, elaborada para preencher uma lacuna na literatura nacional, abrangendo diversas especialidades radiológicas, foi recebido com muita honra e convicção do sucesso garantido da obra. Embora seja grande o desa�o editorial de um projeto desse porte, com uma especialidade médica que tem se destacado nos últimos anos na evolução tecnológica, o nosso trabalho como editores da Série tem sido facilitado pela participação ímpar de diversos radiologistas de todo o País e pro�ssionais de outras especialidades.

O objetivo principal da Série é fornecer uma revisão abran-gente, mas não muito extensa, das áreas mais importantes da Radiologia, com o intuito de auxiliar na formação de re-sidentes e aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, e servir de consulta rápida, prazerosa e precisa para radiologistas de todas as áreas, bem como para médicos clí-nicos e cirurgiões de diversas especialidades a�ns dentro da

realidade da medicina brasileira. Cada livro da Série é bastante ilustrado com a qualidade já reconhecida da Elsevier Brasil e abrange os tópicos essenciais para o aprendizado e revisão, in-cluindo anatomia básica, achados clínicos e laboratoriais rele-vantes, resumo dos achados histológicos ou de �siopatologia, além de descrição prática dos achados nos diversos métodos de imagem aplicáveis a cada área, com algoritmo diagnóstico e recomendações de conduta clínica. Já foram lançados sete livros de primeira edição (tórax, gastrointestinal, encéfalo, coluna, musculoesquelético, urinário e oncologia) e um de segunda edição (tórax). Cabeça e Pescoço é o oitavo módulo de 1ª edição lançado desta premiada Série Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, vencedora de dois prêmios Jabutis, o maior da literatura brasileira.

C. Isabela Silva Müller Giuseppe D’Ippolito

Antônio José da Rocha


Coautores Apresentação

No decorrer dos anos de minha prática em Neurorradiologia, atuando como professor universitário em um grande hospital de treinamento de residentes e fellows, tive a felicidade de par-ticipar e vivenciar a grande e rápida transição da Radiologia de Cabeça e Pescoço, a qual, em apenas duas décadas, evoluiu para um patamar até então jamais imaginado.

Desde os primeiros anos escolares, nossos mestres in�uen-ciam de maneira surpreendente nossa formação pro�ssional, nossas ideias e ambições, e, sem dúvida, também nossas vitó-rias. Tive a felicidade de conviver e aprender diretamente com muitos pioneiros e atuais líderes da especialidade. Suas in�u-ências foram marcantes e me inspiraram na busca constante por mais conhecimento.

A especialidade da Radiologia teve sua origem no �nal do século XIX com a descoberta do Raio X, em 8 de novembro de 1895, por Wilhelm Conrad Roentgen, professor de física na Universidade de Würzburg (Alemanha). Nas primeiras dé-cadas, a radiogra�a convencional era utilizada para detectar fraturas e corpos estranhos. Nos anos seguintes, sua aplicação para o diagnóstico de doenças na área de cabeça e pescoço foi limitada à avaliação dos contornos internos das vias aerodi-gestórias e à análise dos tecidos adjacentes, avaliando as dife-renças entre as densidades óssea, muscular, aérea e de gordura. Incidências radiográ�cas especiais foram desenvolvidas para demonstrar patologias nos seios da face, ossos temporais e na base de crânio.

O surgimento da tomogra�a computadorizada, em 1972, e da ressonância magnética uma década depois foi, sem dú-vida, um salto quântico na história da medicina diagnóstica por imagem. Desde então, a Radiologia de Cabeça e Pescoço tornou-se um campo ainda mais fascinante. Atualmente, estas tecnologias revolucionárias permitem diagnosticar, caracteri-zar e localizar tumores, lesões císticas e processos in�amató-rios com grande precisão, assim possibilitando o diagnóstico precoce e, consequentemente, o tratamento imediato de várias patologias que acometem a região da cabeça e pescoço.

Mais tarde, as técnicas diagnósticas de Medicina Nuclear e PET-CT tornaram-se modalidades indispensáveis e igualmen-te importantes no diagnóstico e no exercício da Oncologia, por exemplo, auxiliando no estadiamento inicial de tumores,

na avaliação da resposta durante o tratamento e na vigilância pós-tratamento.

No início do processo da prática de Radiologia de Cabeça e Pescoço, aprendemos que um dos primeiros obstáculos en-contrados está relacionado com o conhecimento limitado da anatomia e da embriologia desta área complexa, ambas fun-damentais para o exercício da especialidade. Por isso, os dois primeiros capítulos deste livro estão dedicados a estes tópicos. É de fundamental importância, também, o conhecimento dos pares cranianos, que têm suas origens no sistema nervoso cen-tral, cursando pelos foramens e �ssuras na base do crânio até seu ponto �nal.

Em cada capítulo deste livro, os autores propõem-se a ana-lisar de forma sistemática a região da cabeça e pescoço, tendo em vista a revisão da anatomia normal, embriologia e as alte-rações típicas detectadas por imagens na presença de diversas patologias.

É com imensa honra e prazer que escrevo a apresentação do primeiro livro sobre cabeça e pescoço da série promovida pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Parabenizo a inicia-tiva do CBR em sua nobre missão de difundir conhecimentos cientí�cos e estimular o aperfeiçoamento pro�ssional.

Para os autores deste livro, atuais e futuros líderes da ra-diologia brasileira, expresso minha grande admiração por sua dedicação e esforço e pelas incalculáveis horas dedicadas à produção deste belo trabalho. Sua contribuição à ciência é inestimável.

Aos colegas brasileiros interessados no aprendizado e aos atuais praticantes da especialidade de cabeça e pescoço, abra-cem com entusiasmo os ensinamentos contidos neste livro.

Samir E. Noujaim, M.D., F.A.C.R. (Fellow of the American College of Radiology)

Graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Medicina

Clinical Director Head & Neck Imaging, Neuroradiology. Professor, Oakland University William

Beaumont School of MedicineWilliam Beaumont HospitalsRoyal Oak, Michigan – USA


Coautores Prefácio

Um novo livro em Medicina é o resultado de uma compilação do aprendizado adquirido ao longo da vida, gerando sempre grande expectativa a respeito de novas informações na área em questão. Este livro sobre Radiologia de Cabeça e Pescoço traduz �elmen-te a personalidade dos autores: informações precisas, material de alto grau de qualidade e, acima de tudo, con�abilidade. O livro, com 22 capítulos escritos por autores do mais alto nível cien-tí�co, contém inúmeras informações, não somente na área da radiologia, mas também sobre embriologia e anatomia da região cervical, lesões congênitas dessa mesma região e, obviamente, excepcional avaliação por imagem de todas as regiões de cabeça e pescoço, realizadas pelo que há de melhor em tecnologia.

É importante destacar os capítulos sobre face, espaços cervi-cais, avaliação de pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono e video�uoroscopia para o estudo dos distúrbios da deglutição, entre outros.

Tenho certeza de que os leitores terão uma oportunidade ímpar de aumentar seus conhecimentos a partir da leitura des-te novo compêndio, que veio preencher uma lacuna na área da Radiologia associada à Anatomia e suas aplicações clínicas e cirúrgicas.

Boa leitura.

Dr. Aldo StammProfessor A�liado

Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina/EPM, Universidade

Federal de São Paulo/UNIFESPDiretor do Centro de Otorrinolaringologia de São Paulo

Complexo Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos – São Paulo – SP


Coautores Sumário

1.1 Desenvolvimento da Face, 1 Edson Aparecido Liberti Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

1.2 Anatomia, Variantes Anatômicas e Fisiologia do Nariz e dos Seios Paranasais, 10 Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior Edson Aparecido Liberti

2 Anatomia do Pescoço, 65 Gilberto Vaz Teixeira Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

3 Malformações Craniofaciais e Cervicais, 79 PARTE I: Malformações da Face, 79 Vera Lúcia Nocchi Cardim Alessandra dos Santos Silva Rainer G. Haetinger

PARTE II: Lesões Cervicais Congênitas, 117 Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

4 Nariz e Seios Paranasais, 133 PARTE I: Doença Inflamatória dos Seios Paranasais e do Nariz, 133 Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

PARTE II: Neoplasias Benignas e Malignas e Condições Semelhantes a Tumores que Afetam o Nariz e os Seios Paranasais , 181 Ademar José de Oliveira Paes Junior Rainer G. Haetinger

5 Osso Temporal, 233 Luiz Otávio de Mattos Coelho Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

6 Glândulas Salivares, 303 Luiz de Abreu Junior Renato Sartori de Carvalho Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

7 Complexo Maxilomandibular e Lesões Odontogênicas, 343 Luiz Roberto da Cunha Capella André Yuri Rodrigues Simões Reinaldo José de Oliveira


8 Articulações Temporomandibulares, 383 Carlos Fernando de Mello Junior Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

9 Trauma Craniofacial, 399 Angela Maria Borri Wolosker Max Domingues Pereira Maria Lucia Borri

10 Cavidade Oral, 421 Ricardo Pires de Souza Ademar José de Oliveira Paes Junior Angela Maria Borri Wolosker Sérgio Furlan Abrão Rapoport

11 Nasofaringe, 421 Regina Lúcia Elia Gomes Daniel Vaccaro Sumi Marcio Ricardo Taveira Garcia Eloisa Maria Mello Santiago Gebrim

12 Orofaringe, 481 Ademar José de Oliveira Paes Junior Rainer G. Haetinger

13 Hipofaringe e Esôfago Cervical, 519 Carlos Eduardo Lassance Cabral Alessandro Severo Alves de Melo

14 Laringe, 533 Eloisa Maria Mello Santiago Gebrim Mauro Miguel Daniel Flavia Issa Cevasco Maíra de Oliveira Sarpi

15 Apneia Obstrutiva do Sono, 561 Ula Lindoso Passos Eloisa Maria Mello Santiago Gebrim Bianca Fernandes Marcondes Diogo Cunha de Medeiros

16 Linfonodos Cervicais, 571 Ademar José de Oliveira Paes Junior Fábio Mota Gonzalez Rainer G. Haetinger

17 Espaços Cervicais Supra-Hióideos e Infra-Hióideos, 623 Ricardo Pires de Souza Vinicius Fernandes Barros Helio K. Yamashita Ademar José de Oliveira Paes Junior

18 Glândula Tireoide, 675 Túlio Augusto Alves Macedo Maria Cristina Chammas

19 Paratireoides, 695 Túlio Augusto Alves Macedo Maria Cristina Chammas

xxiv Sumário


20 PET-CT em Cabeça e Pescoço, 703 Letícia Rigo Artur Martins Novaes Coutinho Roberta Morgado Ferreira Zuppani Marcos Santos Lima

21 Videofluoroscopia e Estudo da Deglutição, 733 Elisa Gomes Vieira Eliézia Helena de Lima Alvarenga Maria de Fátima G. G. Tomazelli Ademar José de Oliveira Paes Junior

22 Órbitas e Vias Ópticas, 747 Renato Adam Mendonça Roberto Abucham Gabriel Henrique Bolsi Rainer G. Haetinger Ademar José de Oliveira Paes Junior

Índice, 819

Sumário xxv


Coautores Siglas

[18F]FDG – 2-� úor-18-�uoro-2-deoxi-D-glicose 3D – tridimensionalACO – anticontraceptivo oralACTI – adenocarcnoma tipo intestinalAD – ameloblastoma desmoplásicoADC – coe�ciente de difusão aparenteAJCC – American Joint Committee of CancerANJ – angio�broma nasal juvenisAP – adenoma pleomór�coAP – artrite psoriáticaAPC – ângulo pontocerebelarAR – artrite reumatoideASHA – American Speech-Language-Hearing AssociationATM – articulação temporomandibularAVC – acidente vascular cerebralAVE – acidente vascular encefálicoBI-RADS – Breast Imaging-Reporting and Data SystemCAC – carcinoma adenoide císticoCCEM – carcinoma de células escamosas do seio maxilar CEC – carcinoma espinocelularCEE – carcinoma de células escamosasCS – condrossarcomaCSL – canal semicircular lateralCSP – canal semicircular posteriorCSS – canal semicircular superiorCZM – complexo zigomaticomaxilardp – desvio padrãoEA – espondilite anquilosanteEB – espaço bucalEBV – vírus Ebstein-BarrEC – espaço carotídeoECP – espaço cervical posteriorEM – esclerose múltiplaEM – espaço mastigadorENB – estesioneuroblastomaENETS – European Neuroendocrine Tumour SocietyEP – espaço parotídeoEPF – espaço parafaríngeoERF – espaço retrofaríngeoESM – espaço submandibularFAV – fístula arteriovenosaFCC – fístula carotidocavernosaGPA – granulomatose com poliangeíteGRCG – granuloma reparativo de células gigantes GTT – gastrostomiaHC – hipotireoidismo congênitoHCL – hemangioma capilar lobularHOSP – hematoma orbitário subperiosteal

HPV – papilomavírus humanoHSA – hemorragia subaracnoideIVAS – infecção de vias aéreas superioresLES – lúpus eritematoso sistêmicoLH – linfoma de HodgkinLNH – linfoma não HodgkinLNHDGCB – linfoma não Hodgkin difuso de grandes células BMAE – meato acústico externoMAI – meato acústico internoMIBG – metaiodobenzilguanidinaMIP – maximal intensity projectionMPCH – microcefalia autossômica primáriaNF – neuro�bromatoseOMS – Organização Mundial da SaúdeOS – osteossarcomaPAAF – punção aspirativa por agulha �naPCV – paralisia de corda vocalPEM – plasmocitoma extramedularPET – tomogra�a por emissão de pósitronsPET-CT – tomogra�a por emissão de pósitrons associada a tomogra�a computadorizadaPNET – tumor neuroectodérmico primitivoPTH – paratormônioREAL – Revised European and American LymphomaRM – ressonância magnéticaRN – recém-nascidoRX – raio XSAHOS – síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sonoSE – sarcoma de EwingSIIO – síndrome in�amatória idiopática da órbitaSPECT – tomogra�a por emissão de fóton únicoSUV – standardized uptake valueTC – tomogra�a computadorizadaTCE – traumatismo cranioencefálicoTCG – tumor de células gigantesTI-RADS – �yroid Imaging-Reporting and Data SystemTMBNP – tumor maligno de bainha de nervo periférico TNE – tumor neuroendócrinoTNM – classi�cação de tumores malignosTQT – traqueostomiaTSH – hormônio tireoestimulanteTSSC – trombose séptica do seio cavernosoTVOS – trombose da veia oftálmica superiorUH – unidades Houns�eldUS – ultrassomVFD – video�uoroscopia da deglutiçaoWHO – World Health Organization


Capítulo 1.1 PARTE I: Desenvolvimento da Face 1

Edson Aparecido LibertiRainer G. Haetinger

Ademar José de Oliveira Paes Junior

1

A quarta e a quinta semanas do período embrionário são as fases onde ocorrem os principais eventos do desenvolvimento da face. No início da quarta semana, observa-se logo abaixo da proemi-nência frontonasal do embrião o estomodeu (boca primitiva). Formado durante a 3a semana, o estomodeu é separado da faringe

PARTE I:

Desenvolvimento da Face

C A P Í T U L O1.1

primitiva (parte cranial do intestino anterior) pela membrana oro-faríngea, uma estrutura bilaminar constituída pelo ectoderma do estomodeu, e pelo endoderma da faringe. A membrana faríngea rompe-se por volta do 26o dia e permite que o líquido amniótico passe pela boca primitiva e penetre na faringe (Fig. 1-1).

FIGURA 1-1. Vista anterior de embrião com 24 dias (A) e 28 dias (B). Nota-se a proeminência frontonasal (*) e o estomodeu (seta) e, aos 28 dias, a membrana orofaríngea rompida (linha pontilhada em B) (Ilustrações: Eliana Lucas).

A B

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2 Capítulo 1.1 PARTE I: Desenvolvimento da Face

Nas paredes laterais da faringe primitiva observam-se quatro sulcos, as bolsas branquiais (ou faríngeas), evaginações endodér-micas que se desenvolvem em forma de bolha e que têm como correspondentes no ectoderma do embrião os sulcos branquiais (ou fendas faríngeas). As bolsas e os sulcos branquiais também são separados por uma estrutura bilaminar, as membranas farín-geas, cuja camada externa é o ectoderma dos sulcos, e a interna, o endoderma das bolsas. No adulto, apenas uma dessas mem-branas persiste para formar a membrana timpânica, visível já na sexta semana.

Delimitados pelas bolsas e pelos sulcos faríngeos, encontram-se os arcos branquiais (ou faríngeos), saliências laterais na superfície do embrião derivadas do mesoderma frouxo e que sustentam as paredes laterais da faringe primitiva. Aos 28 dias, podem-se obser-var quatro dos seis arcos branquiais, uma vez que o quinto geral-mente está ausente, e os componentes cartilagíneos do quarto e sexto arcos fusionam-se. Um arco branquial típico apresenta uma haste cartilagínea que constitui o seu esqueleto, uma artéria (do arco aórtico), um componente muscular de onde se originam os músculos da cabeça e do pescoço, e um nervo, responsável por suprir a mucosa e os músculos derivados dos arcos (Fig. 1-2).

FIGURA 1-2. Embrião com 28 dias. A, Vista lateral evidenciando os arcos branquiais, delimitados pelos sulcos branquiais. B, Vista interna em corte sagital, onde se observam as bolsas branquiais (a linha pontilhada indica o local de inserção da membrana orofaríngea). C, Vista interna de corte da parte anterior da faringe primitiva, realizado de acordo com a linha tracejada em A. As setas indicam os sulcos e as bolsas branquiais. D, Constituição das membranas faríngeas entre os arcos branquiais, a partir do endoderma das bolsas (verde) e do ectoderma dos sulcos branquiais (vermelho). E, Metade direita da região dos arcos branquiais de um embrião com 6 semanas, destacando-se a formação da membrana timpânica (seta). (Ilustrações: Eliana Lucas)

A B

C D E



No 24o dia do primeiro arco branquial (ou arco mandibu-lar) destacam-se de cada lado do estomodeu duas saliências superiores, as proeminências maxilares, e duas inferiores, as proeminências mandibulares. Nessa fase é possível distin-guir-se o segundo arco branquial (ou hióideo). Em torno do 28o dia, as proeminências mandibulares fusionam-se e, como já citado, quatro arcos branquiais são visíveis. Dentre

as cartilagens no interior dos arcos, destacam-se a cartilagem do primeiro arco (de Meckel), a cartilagem do segundo arco (de Reichert) e as inominadas, do terceiro e quarto arcos. Em cada lado da região anterior da proeminência frontonasal localizam-se os placoides nasais, espessamentos convexos de ectoderma que posteriormente apresentam-se como uma de-pressão plana (Fig. 1-3).

A B

C D

FIGURA 1-3. Vistas anterior e lateral de embriões com 24 dias (A e B) e 28 dias (C e D). Observam-se, aos 24 dias, o primeiro e segundo arcos faríngeos, e os pares de proeminências maxilar (Pmax) e mandibular (Pmand), oriundas do primeiro arco. Aos 28 dias, nota-se a presença dos placoides nasais (pn) e os placoides ópticos (po), local de origem da lente ou cristalino do olho. No interior do Pmand do primeiro arco e do segundo arco encontram-se, respectivamente, as cartilagens de Meckel e de Reichert. (Ilustrações: Eliana Lucas)

Pmax

Pmand

Pmax

Pmand

pn

1

2

po

1

1

2

34

Entre o 31o e o 35o dias, a região dos placoides nasais sofre alterações signi�cativas devido ao espessamento do mesênqui-ma que os contorna, formando-se assim as saliências nasais medial e lateral. Os placoides situam-se no fundo dessas de-pressões, as fossetas nasais, de onde se originam as narinas e as cavidades nasais. Ao se deslocarem medialmente devido à

proliferação do seu mesênquima, as proeminências maxilares vão em direção às saliências nasais; as mediais, mais desenvol-vidas, projetam-se para a linha mediana. As margens do pri-meiro sulco branquial assumem um aspecto crenado devido ao aparecimento das saliências auriculares, primórdios da orelha e do meato acústico externo (Fig. 1-4 e 1-5).



A B

C D

FIGURA 1-4. Vistas anterior e lateral de embriões com 31 dias (A e B) e 35 dias (C e D). Aos 31 dias, as saliências nasais (setas) contornam as fossetas nasais (*), no interior das quais se encontram os placoides nasais. Com 35 dias, observam-se anteriormente as saliências nasais médias (setas) desenvolvidas e aproximando-se da linha mediana. Lateralmente, destacam-se as saliências auriculares (setas). (Ilustrações: Eliana Lucas)

FIGURA 1-5. Embrião com 40 dias, em vista anterior (A) e inferior (B) para demonstração da formação do palato e do nariz. A Figura A mostra os processos nasais laterais (pnl) e a proeminência frontonasal (*) e a Figura B mostra uma seta penetrando pela narina e saindo pela coana primitiva (cp). Os processos palatinos laterais (ppl) estão se formando. (Ilustrações: Eliana Lucas)

pnl

cp

ppl

Por volta do 48o dia, as saliências maxilares encontram-se com as saliências nasais mediais e laterais, das quais ainda permanecem separadas por sulcos bem marcados. Posteriormente, as saliências maxilares em desenvolvimento se unem com as saliências nasais mediais que, comprimidas entre si, fusionam-se na linha media-

na. Esse processo dá origem ao segmento intermaxilar, composto pelas partes labial, correspondente ao �ltro; pré-maxilar, onde se implantam os incisivos superiores; e palatina, que forma o palato primário. Na região posterior e profunda de cada saliência maxilar destacam-se os processos palatinos laterais (Fig. 1-6).

A B



A B

lab

pm

pp

sn

ppl

FIGURA 1-6. A, Saliências nasais mediais fusionadas (*), em embrião de 48 dias (a linha tracejada indica o corte para a visualização da figura B). B, Região correspondente à parte superior da boca, evidenciando-se o segmento intermaxilar (delimitado pelo triângulo), com as partes labial (lab), pré-maxilar (pm) e palatina (pp) e os processos palatinos laterais (ppl). Na linha mediana está o septo nasal (sn) em formação. (Ilustrações: Eliana Lucas)

Os processos palatinos laterais dirigem-se às regiões laterais da língua, enquanto que para a sua parte mediana projeta-se o septo nasal, originado das saliências nasais mediais fundidas. À medida que a língua cresce e se desloca anterior e inferiormen-te, os processos palatinos assumem uma posição horizontal e

desenvolvem-se rumo à linha mediana, onde se fundem para formar o palato secundário. A parte anterior do palato secun-dário se une ao palato primário e o mesênquima do primeiro e segundo arcos branquiais migra para a sua parte posterior, a �m de constituir o palato mole (Fig. 1-7 e 1-8).

A B

C D

FIGURA 1-7. Desenvolvimento do palato a partir do �nal da sexta se-mana. A e B, Projeção rumo à língua (ln) dos processos palatinos laterais (pal) e do septo nasal (sn). C, Proces-sos palatinos laterais (pal) em dire-ção à linha mediana (setas). D, Palato mole (pm) em formação (setas). A linha traçada indica a união dos pa-latos primário (ppr) e secundário (pps). (Ilustrações: Eliana Lucas)

pal

sn

ppr

pal

pm

pps

pal

sn

ln



FIGURA 1-8. A e B, Fase quase �nal da formação do palato, com os tecidos moles já fechados, porém ainda faltando a união óssea do palato com o septo nasal na linha mediana. (Ilustrações: Eliana Lucas)

A B

QQ Desenvolvimento da Língua

A língua origina-se a partir de elevações produzidas na farin-ge primitiva, decorrentes da proliferação do mesoderma da parte interna dos arcos branquiais. Desta forma, do primeiro arco branquial, relativamente à proeminência mandibular, destacam-se uma saliência mediana situada rostralmente ao forame cego denominada tubérculo ímpar e, de cada lado deste, as saliências linguais laterais. Como o tubérculo ímpar não forma nenhuma estrutura reconhecível na língua adulta,

o corpo da língua (2/3 anteriores do órgão) resulta do amplo desenvolvimento das saliências laterais. Para a formação da raiz da língua (terço posterior) contribuem outras duas sa-liências medianas localizadas caudalmente ao forame cego: a cópula e a eminência hipobranquial, oriundas, respecti-vamente, do segundo arco branquial e do terceiro e quarto arcos branquiais (Fig. 1-9). Muito embora a língua derive de arcos branquais, que apresentam um componente muscular próprio, a musculatura da língua é oriunda dos três somitos occipitais.

A B

C

I

II

III

IV

I

II

III

IV

ti

cp

eh

FIGURA 1-9. Desenvolvimento da língua. A, Tubérculo ímpar e saliências linguais laterais (*) em embrião de aproximadamente 4 sema-nas. B, No sentido rostrocaudal, as saliências medianas que participam da formação da língua: tubérculo ímpar (ti), cópula (cp) e emi-nência hipobranquial (eh). As setas indicam o forame cego (entre ti e cp) e a fenda laringo-traqueal (abaixo de eh). C, A língua formada, com as cores indicando a participação de cada arco branquial. (Ilustrações: Eliana Lucas)



V VII XII

IX X

Quatro pares de nervos cranianos suprem a musculatura oriun-da dos arcos branquiais. Desta forma, o nervo trigêmeo (V) des-tina-se aos músculos do primeiro arco e o nervo facial (VII), aos do segundo arco. A inervação para o terceiro arco é proveniente

do nervo glossofaríngeo (IX), enquanto que a do quarto arco é re-alizada pelos ramos laríngeos superior e recorrente do nervo vago (X). Um par adicional, o nervo hipoglosso (XII), é o responsável por inervar a musculatura da língua (Fig. 1-10 e 1-11).

FIGURA 1-10. Inervação dos componentes musculares dos arcos branquiais de um embrião com 5 semanas. Vista lateral, onde se evidencia a inervação dos componentes musculares dos arcos branquiais, inclusive da língua (estruturas a-e). V- Nervo trigêmeo. VII- Nervo facial. IX- Nervo glossofaríngeo. X- Nervo vago. XII- Nervo hipoglosso. (Ilustrações: Eliana Lucas)

Ramo oftálmico do V nervo Ramos alveolares superiores do ramo maxilar do V nervo Ramos linguais do ramo mandibular do V nervo Ramos alveolares inferiores do ramo mandibular do V nervo

V nervo (trigêmeo)

VII nervo (facial)

IX nervo (glossofaríngeo)

X nervo (vago)

Corda do tímpano

XII (hipoglosso)

Ramo lingual do IX nervo

Ramo faríngeo do IX nervo

Nervo laríngeo recorrente

FIGURA 1-11. Inervação dos componentes musculares dos arcos branquiais em embrião em torno de 11 semanas. (Ilustrações: Eliana Lucas)



QQ Estruturas Derivadas dos Arcos Branquiais

PRIMEIRO ARCO BRANQUIAL

O primeiro arco branquial constitui o arco mandibular, que consiste do processo maxilar e do processo mandibular, com a cartilagem de Meckel. Esta cartilagem é substituída por osso e dá origem à cabeça do martelo e ao corpo e ramo curto da bigorna, bem como a uma pequena parte da mandíbula, en-quanto a maior parte da mandíbula é formada por ossi�cação completa. Deste arco derivam os músculos pterigoideos (me-dial e lateral), temporal, masseter, ventre anterior do digástri-co, tensor do tímpano e tensor do véu palatino.

SEGUNDO ARCO BRANQUIAL

O segundo arco branquial corresponde ao arco hióideo, com a cartilagem de Reichert, da qual derivam o cabo do martelo, o ramo longo da bigorna, o estribo, o processo estiloide do tempo-ral, o ligamento estilo-hióideo, o corno menor e a parte superior do osso hioide. Deste arco derivam os músculos estapédio,

estilo-hióideo, ventre posterior do digástrico e todos os múscu-los faciais da mímica.

TERCEIRO ARCO BRANQUIALO terceiro arco branquial forma a parte inferior do corpo e a asa maior do hioide. Deste arco derivam os músculos estilofa-ríngeo e parte do constritor superior da faringe.

QUARTO E SEXTO ARCOS BRANQUIAISOs componentes cartilagíneos do quarto e do sexto arcos fundem-se para formar as cartilagens tireóidea, cricóidea, ari-tenóidea, corniculada e cuneiforme da laringe. Os músculos derivados do quarto arco são o cricotireóideo, levantador do véu palatino e constritores da faringe. Os do sexto arco são os intrínsecos da laringe.

O quinto arco branquial é rudimentar e não apresenta derivados no embrião. As estruturas cartilagíneas, ósseas e musculares dos arcos branquiais estão demonstradas na Fig. 1-12.

FIGURA 1-12. Origens da cadeia ossicular de acordo com os respectivos arcos branquiais. (Ilustração: Margareth Baldissara)

bigorna

martelo

estribo

hioidecartilagemtireóidea

cricoide anéistraqueais

cartilagemde Meckel

Arco I

Arco IIArco III

Arco IV

Arco V

cartilagem deReichert



LITERATURA RECOMENDADA1. Anon JB, Rontal M, Zinreich SJ. Anatomy of the Paranasal Sinuses,

�ieme, New York, 1996, (199 p.)2. Moore KL, Persaud TVN. Embriologia Clínica. 5ª. Ed., Rio de

Janiero: Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. 1994. (448p.)3. Moore KL, Persaud TVN. Embriologia Básica. 8ª. Ed., Rio de

Janiero: Elsevier, 2013, 365p.

4. Arey LB. Developmental Anatomy. 6th. Ed., Philadelphia: W.B. Saunders, 1954, 680p.

5. Sicher H, Du Brull EL. Anatomia bucal. 6ª. Ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977, 511p.

6. Fehrenbach M, Herring SW. Anatomia Ilustrada da Cabeça e do Pescoço. 1ª. Ed., São Paulo: Manole, 1998, 335p.

7. Aprile H, Figún ME, Garino RR. Anatomía Odontológica. 4ª. Ed., Buenos Aires: El Ateneo, 1967, 781p.


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