e - news edição 50

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ANO 9 MAIO DE 2011 N°50 No dia 27 de maio, 250 funcionários da Engenharia e áreas convidadas estiveram reunidos no Estúdio I do Projac para mais um encontro Pós-NAB. A iniciativa tem como objetivo a Engenharia reunida no Pós-NAB Mais rapidez e capacidade de processamento era tudo o que a equipe de Relacionamento com o Mercado Publicitário queria. E eles foram atendidos: a nova versão do Sistema de Merchandising acaba de ser implementada, acompanhada de upgrade nos servidores. Ao explorar com criatividade este modelo de negócio, a TV Globo vem colhendo bons frutos: Viver a Vida atingiu uma marca surpreendente de 112 ações de merchandising, praticamente uma por capítulo. Isto significa mais trabalho para os responsáveis por capturar diariamente todas as ações exibidas nos programas da emissora, como forma de comprovação para os clientes. Priscila David, Técnica de Sistemas de TV do Departamento Velocidade máxima transmissão do conhecimento adquirido durante a maior feira internacional de broadcasting do mundo, o NAB Show. O evento foi transmitido em tempo real via intranet para toda a TV Globo, permitindo o envio de perguntas que eram respondidas pelos palestrantes. Fernando Bittencourt, Diretor da DGEN, e o jornalista Luiz Fernando Silva Pinto estavam entre os participantes. de Exibição e Distribuição, explica como o processo funciona: “A operação diária consiste na revisão de todos os programas que exibem merchandising e decupagem das ações realizadas. Em seguida, todas são geradas e exportadas para um DVD”, diz. Com o novo sistema, a capacidade de produção foi aumentada. Antes, eram gerados de três a quatro DVDs por dia, em média. Hoje, esse limite subiu para 20. Uma nova ilha de edição foi colocada à disposição da equipe. Os editores agora podem também realizar a transferência do material a partir de decks ópticos, versões digitais e mais modernas dos VTs para conteúdos em Beta, que continuam a ser utilizados. A chegada dos novos equipamentos e servidores também aceleraram os processos de renderização, proporcionando um relevante desempenho operacional. Raphael Freitas, Coordenador de Produção da CGOPC (Central Globo de Operações e Produção Comercial), aprovou as mudanças: “Comparado ao sistema antigo, tivemos um ganho extraordinário em entrega de DVDs e geração de arquivos”. Segundo ele, isso contribui para o aumento das vendas de publicidade. “Esta agilidade de informação no repasse de imagens das ações exibidas aos clientes pela área de vendas permite que novas negociações sejam feitas na sequência”, finaliza. O novo Sistema de Merchandising foi desenvolvido através da integração das equipes DEEDI (Departamento de Exibição e Distribuição), DEPED (Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento) e DEPS (Divisão de Engenharia de Projetos e Suporte). Na última edição, toda a Engenharia foi convidada a participar de um concurso que escolheria o novo nome de nosso jornal. Anderson Nilsen, Técnico de Manutenção do DIEN-BH, na Serra do Curral, aceitou o desafio e foi o grande vencedor. Além de ter batizado a publicação, ele também ganhou um iPad por ter sido o escolhido. Anderson é técnico de eletrônica e graduando em Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações. Trabalha na TV Globo há 10 anos. Sua inspiração para o nome E-News? “Foi uma escolha até bem simples e rápida, queria um nome curto e de fácil associação para todos. Foi quando pensei em 'E-News'”, explica. O iPad que ganhou vai ser usado para o lazer, mas também terá um peso importante em sua carreira: “Sou muito ligado em tecnologia, com ele vou poder explorar as novas mídias e ficar mais conectado”, diz. O escolhido Um novo tempo na Engenharia Estamos vivendo uma época de grandes mudanças na sociedade e no mundo da mídia, causadas principalmente pela evolução tecnológica. A Engenharia, agora elevada a Direção Geral, tem um papel fundamental neste momento, não só atuando para que a TV Globo se mantenha líder no mercado de TV Aberta, como também ajudando a empresa a entender todas estas tecnologias e a melhor forma de explorá- las e integrá-las. O trabalho de reestruturação da Engenharia teve como pilares quatro pontos fundamentais: a Parceria com as áreas produtoras, o foco em Produtividade, a atuação em Multiplataforma e o fomento à Inovação, seja para a operação de televisão, seja para novas mídias. Além da modernização na estrutura organizacional, novos conceitos de atuação, como a criação de um Plano de Tecnologia e a introdução de Alinhadores de processos e práticas para cada atividade, vão exigir muito trabalho e integração entre áreas a exemplo do que já temos com os Grupos de Tecnologia. Apertamos o botão de “reset” da Engenharia com hardware e software renovados. Conto com a motivação e competência de todos para elevar ainda mais o nosso nível de contribuição para o sucesso da empresa. Fernando Bittencourt

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Page 1: E - News Edição 50

ANO 9 MAIO DE 2011 N°50

No dia 27 de maio, 250 funcionários da Engenharia e áreas convidadas estiveram reunidos no Estúdio I do Projac para mais um encontro Pós-NAB. A iniciativa tem como objetivo a

Engenharia reunida no Pós-NAB

Mais rapidez e capacidade de processamento era tudo o que a equipe de Relacionamento com o Mercado Publicitário queria. E eles foram atendidos: a nova versão do Sistema de Merchandising acaba de ser implementada, acompanhada de upgrade nos servidores.

Ao explorar com criatividade este modelo de negócio, a TV Globo vem colhendo bons frutos: Viver a V ida a t ing iu uma marca surpreendente de 112 ações de merchandising, praticamente uma por capítulo. Isto significa m a i s t r a b a l h o p a r a o s responsáveis por capturar diariamente todas as ações exibidas nos programas da emissora, como forma de comprovação para os clientes.

Priscila David, Técnica de Sistemas de TV do Departamento

Velocidade máxima

transmissão do conhecimento adquirido durante a maior feira internacional de broadcasting do mundo, o NAB Show.

O evento foi transmitido em tempo real via intranet para toda a

TV Globo, permitindo o envio de perguntas que eram respondidas pelos palestrantes. Fernando Bittencourt, Diretor da DGEN, e o jornalista Luiz Fernando Silva Pinto estavam entre os participantes.

de Exibição e Distribuição, explica como o processo funciona: “A operação diária consiste na revisão de todos os programas que exibem merchandising e decupagem das ações realizadas. Em seguida, todas são geradas e exportadas para um DVD”, diz. Com o novo sistema, a capacidade de produção foi aumentada. Antes, eram gerados de três a quatro DVDs por dia, em média. Hoje, esse limite subiu para 20.

Uma nova ilha de edição foi colocada à disposição da equipe. Os editores agora podem também realizar a transferência do material a partir de decks ópticos, versões digitais e mais modernas dos VTs para conteúdos em Beta, que continuam a ser utilizados. A chegada dos novos equipamentos e servidores também aceleraram os processos de renderização, proporcionando um relevante desempenho operacional.

Raphael Freitas, Coordenador de Produção da CGOPC (Central Globo de Operações e Produção Comercial), aprovou as mudanças: “Comparado ao sistema antigo, tivemos um ganho extraordinário em entrega de DVDs e geração de arquivos”. Segundo ele, isso contribui para o aumento das vendas de publicidade. “Esta agilidade de informação no repasse de imagens das ações exibidas aos clientes pela área de vendas permite que novas negociações sejam feitas na sequência”, finaliza.

O novo S i s tema de Merchandising foi desenvolvido através da integração das equipes DEEDI (Departamento de Exibição e Distribuição), DEPED (Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento) e DEPS (Divisão de Engenharia de Projetos e Suporte).

Na última edição, toda a

Engenharia foi convidada a participar de

um concurso que escolheria o novo nome

de nosso jornal. Anderson Nilsen,

Técnico de Manutenção do DIEN-BH, na

Serra do Curral, aceitou o desafio e foi o

grande vencedor. Além de ter batizado a

publicação, ele também ganhou um iPad

por ter sido o escolhido.

Anderson é técnico de eletrônica

e graduando em Engenharia Eletrônica e

de Telecomunicações. Trabalha na TV

Globo há 10 anos. Sua inspiração para o

nome E-News? “Foi uma escolha até bem

simples e rápida, queria um nome curto e

de fácil associação para todos. Foi

quando pensei em 'E-News'”, explica.

O iPad que ganhou vai ser usado

para o lazer, mas também terá um peso

importante em sua carreira: “Sou muito

ligado em tecnologia, com ele vou poder

explorar as novas mídias e ficar mais

conectado”, diz.

O escolhido

Um novo tempo na EngenhariaEstamos vivendo uma época de grandes mudanças na sociedade e no mundo da mídia, causadas

principalmente pela evolução tecnológica. A Engenharia, agora elevada a Direção Geral, tem um papel fundamental neste momento, não só atuando para que a TV Globo se mantenha líder no mercado de TV Aberta, como também ajudando a empresa a entender todas estas tecnologias e a melhor forma de explorá-las e integrá-las.

O trabalho de reestruturação da Engenharia teve como pilares quatro pontos fundamentais: a Parceria com as áreas produtoras, o foco em Produtividade, a atuação em Multiplataforma e o fomento à Inovação, seja para a operação de televisão, seja para novas mídias.

Além da modernização na estrutura organizacional, novos conceitos de atuação, como a criação de um Plano de Tecnologia e a introdução de Alinhadores de processos e práticas para cada atividade, vão exigir muito trabalho e integração entre áreas a exemplo do que já temos com os Grupos de Tecnologia.

Apertamos o botão de “reset” da Engenharia com hardware e software renovados. Conto com a motivação e competência de todos para elevar ainda mais o nosso nível de contribuição para o sucesso da empresa.

Fernando Bittencourt

Page 2: E - News Edição 50

E s t a e n g e n h e i r a d a computação, pós-graduada em Engenharia de Manutenção, chegou à TV Globo há 27 anos, como estagiária técnica na área de manutenção de câmeras portáteis.

Marly se orgulha de ter sido uma das primeiras mulheres a chegar à Engenharia: “Na época,

Futebol do futuro

CONSELHO EDITORIAL

Carlos Brito Nogueira (APPE)Celso Araújo (DEEN)Cezar Rossi (DIEN-SP)Eduardo Ferreira (DEPC)Josemar Cruz (DEPC)Lucas Ribeiro (DEJE)Maurício Félix (DEPS)

EXPEDIENTE

Paulo Henrique Castro (DEEN)Rodrigo Nascimento (APPE)Adriana Rohrs (CGPRH)Raquel Andrade (CGPRH)

CONTEÚDO E DIAGRAMAÇÃO www.palavrachave.net

E-MAIL INTERNOCgenews

E-MAIL [email protected]

Em 2011, as surpresas nos jogos de futebol exibidos na tela da Globo não ficarão restritas às quatro linhas. Além de torcer pelos seus times de coração, os telespectadores podem agora acompanhar estatísticas e análises táticas dos jogos a que estão assistindo, tornando a experiência ainda mais emocionante.

A novidade é possível graças à parceria fechada entre a TV Globo e uma empresa israelense que desenvolveu a tecnologia de acompanhamento de jogadores. O sistema fornece conteúdo detalhado dos jogos, incluindo estatísticas do time e de posse da bola do jogador, distância percorrida em campo, velocidade média e mapas das áreas onde os jogadores passam a maior parte do tempo.

Thiago Miranda, Técnico de Sistema de TV do Departamento de Operação Externa (DOPEX) foi um dos profissionais treinados para utilizar o sistema. “Equipes de Operações e Suporte Técnico estiveram reunidas durante 15 dias no início do ano, sendo treinadas por profissionais da empresa parceira”, diz.

De acordo com Thiago, a TV Globo é a única emissora na América do Sul a utilizar a tecnologia. “Além disso, inovamos ao combiná-la com outros sistemas que já utilizávamos

A Engenharia da TV Globo sempre foi um território declaradamente masculino. Mas isso é coisa do passado. Aos poucos, suas portas foram abertas para as

mulheres que, derrubando barreiras, conquistaram seu espaço. Entre equipamentos, turnos e planilhas, engenheiras, operadoras de VT,

projetistas e câmeras deixam para trás olhares desconfiados e dedicam-se ao que sabem fazer melhor: o seu trabalho.

Conheça algumas representantes deste seleto grupo que escolheu a Engenharia como a sua segunda casa:

Com um toque feminino

Marly Galvão, Engenheira de Suporte e Manutenção

Na Rede Globo desde 79, essa jornalista de formação preferiu ficar por trás das câmeras. Há 11 anos no setor de Exibição, chegou a ser uma das duas únicas mulheres na equipe. “Foi um pouco difícil furar esse cerco puramente masculino. E a profissão de operador de VT sempre foi estritamente masculina”, ressalta.

Mas a paixão pelo que faz sempre foi mais forte. E, com o passar do tempo, Lilia teve a confirmação de que isso faz toda a diferença: em 2002, recebeu o Prêmio Destaque da Engenharia, tornando-se a primeira em sua área a ser contemplada. “Para mim, foi a glória. Mostrou que tudo valeu a pena”.

A orgulhosa operadora de VT olha para trás e diz que faria tudo novamente: “Você tem que ter talento e conquistar o seu espaço. Aos poucos, as barreiras foram caindo. Hoje, já somos várias”, finaliza.

(continua)

Lilia Tavares,Operadora de VT

Na TV Globo há oito anos, a Projetista de Instalações formada em Desenho Industrial, trabalha em uma área com mais de 200

Mônica Queiroz, Projetista de Instalações

Uma rosa pendurada em uma câmera anuncia que Cristina Leccioli está na área. Na TV Globo há 15 anos, é a única mulher a trabalhar como Operadora de Câmera na emissora.

Mas esse pioneirismo não aconteceu sem muito esforço para derrubar barreiras. “Todo mundo me olhava com cara de ET. Pensavam logo – o que essa menina veio fazer aqui?”, diz.

O sonho de trabalhar nessa área era antigo. “Queria fazer algo que fosse mais técnico, que exigisse mais de mim. Fiz alguns cursos com a Tizuka Yamasaki e confidenciei que gostaria de ser câmera. Ela me deu o maior apoio”, conta.

Cris se orgulha de sua longa trajetória e acha que agora as portas estão ainda mais abertas para as mulheres na Engenharia. “O caminho agora é menos tortuoso. Os próprios homens estão mais acostumados com isso”, diz.

Cristina Leccioli, Operadora de Câmera de Produção

Jornalismo móvelUm telefone na mão e

muitos furos de reportagem. É isso o que as equipes do Setor de Pesquisa e Desenvolvimento (SPEDE) e do Jornalismo esperam do Globo Fone.

O sistema, desenvolvido para operar em um smartphone, vai permitir que imagens sejam gravadas e transmitidas pelo repórter, com muito mais agilidade.

Cleveland Albuquerque, Supervisor do Setor de Pesquisa e Desenvolvimento, explica como o Globo Fone funciona: “através das câmeras do smartphone, o repórter poderá gravar a matéria, em diversas resoluções, inclusive alta definição. Em seguida, esse vídeo pode ser editado e enviado, utilizando a internet, 3G ou sem fio, diretamente para a emissora, no Rio de Janeiro ou em São Paulo”, diz.

Antes da transmissão, o

vídeo é comprimido, com a ajuda de um codec. Quando chega ao servidor da Rede de Contribuição, o material gerado é convertido para que possa ser lido pelos equipamentos nas ilhas de edição. “Os vídeos já chegam com retranca e campos específicos preenchidos pelo repórter, para que seja mais fácil identificá-los”, esclarece Cleveland.

As equipes de jornalismo já

nas transmissões, tal como o Super Tira Teima, o que nos permite gerar gráficos 3D e criar animações para análise pelo nosso time de comentaristas”, explica.

O sistema de traqueamento, como é conhecido, foi testado durante os Campeonatos Carioca e Paulista de Futebol e a Copa do Brasil. “Agora estamos a todo vapor, prontos para o Campeonato Brasileiro”, finaliza .

era um diferencial ter alguém do sexo feminino na área técnica. As pessoas me olhavam de forma diferente, mas sempre fui muito bem tratada”, conta. De lá para cá, muita coisa mudou. “Com o tempo, novas mulheres foram chegando, sempre bem qualificadas. Já não temos mais nada a provar”, diz.

Sua receita de sucesso parece ter surtido efeito: “acredito no diferencial que a figura feminina traz ao ambiente técnico, proporcionando um olhar crítico e atento aos detalhes de planejamento dos projetos e na organização dos laboratórios de manutenção. Com o passar dos anos, troquei a mala de ferramentas pelos softwares e aplicativos de Engenharia”.

pessoas. O número de mulheres mal chega a uma dezena.

Mas ela não se sente intimidada por isso, pelo contrário: “Sempre trabalhei em área de engenharia, já estou acostumada. E, para ser sincera, eu até prefiro trabalhar com homens. Acho que eles são menos complicados”, brinca.

Sobre o ambiente competitivo, Mônica diz que também encara de forma diferente. “Não sei se é porque eles nem consideram que nós estamos na disputa”, provoca.

receberam treinamento para utilizar a nova tecnologia que, em um futuro bem próximo, também permitirá transmissões ao vivo. “Ganhamos ainda mais mobilidade e agilidade em nossas coberturas. Agora, um repórter, com um celular na mão e rede 3G, poderá estar em qualquer lugar, a qualquer hora”, comemora o supervisor.