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4 Brasília, terça-feira, 29 de abril de 2008 • CORREIO BRAZILIENSE POLÍTICA C M Y K C M Y K A popularidade e a aprovação de Luiz Inácio Lula da Silva continuam ladeira acima, conforme mostra nesta edição reportagem de Daniel Pereira. A rigor, não chega a ser notícia, já que o fato se repete consis- tentemente desde a reeleição do presidente, ano e meio atrás. De todo modo, não deixa de ser uma oportunidade pa- ra analisar a essência do fenômeno. Por que Lula vai tão bem? Ora, porque o governo é bom e porque não enfrenta oposição digna do nome. O leitor dirá que não há novidade nessa caracterização. É possível, até porque não seria razoável buscar a cada vez uma explicação diferente para o mesmo acontecimento. O governo é bom porque os resultados dele são bons. E, consi- derando que governar é principalmente a arte de manter e ampliar o apoio político a quem governa, se a maioria acha que a administração merece apoio então o governo tem lá suas qualidades. Se a oposição não está à altura dos aconte- cimentos, azar dela. Mesmo governos bem avaliados e realizadores podem, porém, sofrer uma resistência eficaz. No primeiro quadriê- nio de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, era bem difícil militar na oposição ao Plano Real, ao fim da inflação, ao dólar barato, etc. Mas o PT de Lula não se dobrou. Cuidou de entrincheirar-se nas suas bases históricas e escarafun- char cada milímetro do cenário para descobrir limitações, debilidades, problemas potenciais. O PT de Lula tinha um projeto: eleger Lula ao Palácio do Planalto. E estava disposto a atravessar o deserto para tornar viável o seu sonho. A metáfora é ainda mais adequada nesta época do ano, em que se comemora a Páscoa judaica. Moisés comandou a saída dos judeus do Egito, onde eram um povo cativo. O grande desafio, entretanto, era outro. Era chegar à Terra Pro- metida não como escravos, mas como libertos. Após o epi- sódio em que, aos pés do Monte Sinai, a turma cansou-se de esperar pelas Tábuas da Lei e começou a adorar o be- zerro de ouro, um ícone religioso egípcio, Moi- sés em fúria concluiu que uma nação de es- cravos não se converte- ria em uma nação de homens livres sem pas- sar por uma purificação geracional. O resultado foram quarenta anos de mi- gração pelo deserto do Sinai. Só depois foi per- mitido entrarem na Ter- ra Prometida. O episó- dio é bem conhecido de todos que se debruçam sobre o Velho Testamento. E tem sua utilidade na análise po- lítica da luta atual no Brasil entre o governo e a oposição. O governo do PT tem limitações importantes, também já descritas nesta coluna. O complicador mais recente é a infla- ção nos preços da comida. Estivesse o PT na oposição e não no poder, certamente os petistas apontariam o dedo acusa- dor para o Palácio do Planalto e cobrariam o possível e o im- possível. Cobrariam a aceleração da reforma agrária e uma política de segurança alimentar mais eficaz. Diriam que o presidente gastou tempo e energia demais para alavancar o biocombustível, deixando de lado a tarefa central: acelerar fortemente a produção de comida, para evitar que a previsí- vel explosão mundial da demanda colocasse em risco a fartu- ra na mesa dos brasileiros, especialmente dos mais pobres. Se o governo retrucasse com afirmações genéricas sobre a ineficácia e o anacronismo da reforma agrária tradicional, uma oposição digna do nome reagiria com estudos, estatís- ticas e especialistas em profusão comprovando a superiori- dade da agricultura familiar sobre o agronegócio na produ- ção de alimentos. E estabeleceria uma polarização, social e política, em que o poder instituído obrigatoriamente ocupa- ria o pólo dos privilegiados, dos insensíveis, dos reacioná- rios. Mas isso se houvesse oposição. O cenário político no Brasil é razoavelmente simples de des- crever. Há um líder, Lula, que produz diariamente boas notícias para as pessoas comuns. Do outro lado, um amálgama de che- fes (e candidatos a chefes) e oligarcas de expressão regional que oscilam e entre o udenismo e o adesismo. E que nada parecem ter a dizer ao país de original sobre nenhum assunto. Falta um Lula a Lula. Alguém relevante que esteja disposto a liderar o país em torno de um projeto diferente do do petista, e que esteja pronto para os sacrifícios decorrentes da opção. Sem isso, vai continuar assim. Periodicamente vamos mandar o repórter cobrir uma pesquisa. Ele irá. E dará o retorno: dirá que a popularidade do presidente cresceu ainda mais. A não ser, naturalmente, que sobrevenha uma tragédia. É disso que depende hoje a oposição brasileira. De uma catás- trofe natural. NAS ENTRELINHAS por Alon Feuerwerker À espera de uma catástrofe e-mail [email protected] FALTA UM LULA A LULA. ALGUÉM RELEVANTE QUE ESTEJA DISPOSTO A LIDERAR O PAÍS EM TORNO DE UM PROJETO DIFERENTE DO DO PETISTA, E QUE ESTEJA PRONTO PARA OS SACRIFÍCIOS DECORRENTES DA OPÇÃO CADÊ OS DEPUTADOS? Olhando, ninguém diz. Mas 130 deputados federais registraram presença na Câmara ontem. Bateram o ponto e foram cuidar de outros assuntos, porque o plenário ficou vazio. O segundo vice-presidente, Inocêncio Oliveira (PR-PE), que comandava os trabalhos, decidiu cancelar a ordem do dia, por falta de quorum para votações. O projeto mais polêmico da pauta era a medida provisória que aumenta de 9% para 15% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga pelos bancos. O relator da proposta, deputado Odair Cunha (PT-MG),pediu um dia a mais de prazo para apresentar seu parecer. Sérgio Lima/Folha Imagem EDSON LUIZ DA EQUIPE DO CORREIO O Ministério Público vai re- forçar as investigações da Polícia Federal em tor- no do vazamento sobre os gastos do ex-presidente Fer- nando Henrique Cardoso. A par- tir da próxima semana, quando o delegado Sérgio Barboza Mene- zes pedir a prorrogação do inqué- rito, por mais 30 dias, a Procura- doria da República em Brasília deverá indicar um representante para acompanhar o caso. Menezes pediu novas infor- mações do Gabinete de Seguran- ça Institucional (GSI) da Presi- dência da República sobre a clas- sificação dos documentos. Na se- mana passada, o Palácio do Pla- nalto informou que não se trata- va de papéis sigilosos. Ontem não houve nenhum depoimento e a perícia nos computadores apreendidos na Casa Civil, no iní- cio do mês, não foi concluída. Para prorrogar o inquérito por mais 30 dias, a Polícia Fe- deral deverá enviar o pedido ao Ministério Público, que dá seu parecer à Justiça. Quando isso acontecer, será nomeado um procurador da República para acompanhar as investiga- ções. Até então, apenas a PF estava conduzindo as investi- gações, apesar de o delegado ter comunicado a abertura dos procedimentos ao MP. Nessa fase, os primeiros dois depoi- mentos tomados na semana passada ficaram a cargo do de- legado do caso. Os peritos da PF não têm prazo para entregar o resultado dos exa- mes feitos em 13 computadores da Casa Civil. Sete análises devem estar concluídas, mas o delegado pediu mais detalhamento em al- gumas questões. Será a partir dos dados coletados que Menezes pretende fazer a escala de depoi- mentos, que começou na semana passada com dois funcionários não graduados do Palácio do Pla- nalto. A PF não informou o teor das declarações, nem divulgou os nomes dos interrogados. Uma das pessoas a ser chamada é Ere- nice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, e ligada à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Foi dela a ordem para a coleta dos do- cumentos relacionados a despe- sas do governo passado. Na semana passada, como antecipou o Cor- reio, o GSI encaminhou dois ofícios à PF afir- mando que os docu- mentos que faziam par- te do dossiê não eram considerados sigilosos. O delegado voltou a perguntar ao Planalto se o vazamento poderia causar danos à segu- rança do ex-presidente Fernando Henrique e do presidente Luiz Iná- cio Lula da Silva. Nova- mente, a resposta foi negativa. Menezes vol- tou a pedir novas infor- mações sobre o assun- to, mas ainda não recebeu re- torno. Fontes da PF confirmam que no inquérito o vazamento vem sendo tratado como se fos- se de papéis sigilosos. Para isso, pretende-se usar uma lei fede- ral, além do artigo 325 do Códi- go Penal Brasileiro, que apura esste tipo de crime. Fotos ilustrativas. Sem opcionais. Pintura sólida. Celta Life 1.0, 2 portas, Flexpower, 08/08, com opcional (R6A), R$ 24.990,00 à vista, trio elétrico (vidro dianteiro elétrico) grátis e mais R$ 190,00 compra CD Player. Classic Spirit 1.0, Flexpower, 08/08, com opcional (R6A), R$ 27.990,00 à vista com direção hidráulica e mais R$ 499,00 você compra trio elétrico. Tracker 2.0, 08/08, a partir de R$ 63.990,00 à vista com banco em couro grátis. Vectra GT 2.0, Flexpower, 08/08, com opcional (R6E), à vista R$ 58.990,00. Toda linha Vectra 08/08 com taxa de juros de 0,49% a.m. (6,04% a.a.), com 50% de entrada e o saldo restante em 24 meses. TAC não incluso no financiamento. Garantimos uma unidade de cada modelo anunciado. Cadastro sujeito à aprovação de crédito. Consulte condições na concessionária. Validade 29/04/2008. Liberty (ao lado do Liberty Mall) - 2102 0101 | SIA Trecho 3 - 2101 0101 58.990 a partir de R$ 63.990 Air bag duplo Teto solar elétrico Rack no teto ABS com função EBD CD player CLASSIC SPIRIT Direção hidráulica 24.990 a partir de R$ a partir de R$ VECTRA GT Air bags frontais Rodas de alumínio 16” Direção hidráulica VECTRA GT TRACKER CELTA 2 P TRio elétrico grátis Jorlan Jorlan MISSAO ZERO seu 0km com 0 de espera. seu 0km com 0 de espera. levA 27.990 a partir de R$ EXPLICAÇÕES A Comissão de Ética Pública, órgão da Presidência da República e presidido pelo ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence, deu um prazo de 10 dias para Dilma Rousseff apresentar explicações sobre o vazamento de informações sigilosas ligadas a gastos do ex-presidente FHC. O tema foi discutido em reunião de ontem do colegiado, mas o prazo começa a valer a partir da notificação da ministra, que está em missão oficial no exterior.O órgão agiu em resposta a um pedido de PSDB e do DEM. MP entra no caso sobre vazamento de dossiê DINHEIRO PÚBLICO Apesar de o Palácio do Planalto insistir que os documentos não são sigilosos, Ministério Público vai acompanhar investigação A-4 A-4

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Page 1: e-mail vazamento de dossiêDo outro lado, um amálgama de che-fes (e candidatos a chefes) e oligarcas de expressão regional que oscilam e entre o udenismo e o adesismo. E que nada

4 • Brasília, terça-feira, 29 de abril de 2008 • CORREIO BRAZILIENSE

POLÍTICA

C M Y K C M YK

A popularidade e a aprovação de Luiz Inácio Lula daSilva continuam ladeira acima, conforme mostranesta edição reportagem de Daniel Pereira. A rigor,não chega a ser notícia, já que o fato se repete consis-

tentemente desde a reeleição do presidente, ano e meioatrás. De todo modo, não deixa de ser uma oportunidade pa-ra analisar a essência do fenômeno. Por que Lula vai tãobem? Ora, porque o governo é bom e porque não enfrentaoposição digna do nome.

O leitor dirá que não há novidade nessa caracterização. Épossível, até porque não seria razoável buscar a cada vezuma explicação diferente para o mesmo acontecimento. Ogoverno é bom porque os resultados dele são bons. E, consi-derando que governar é principalmente a arte de manter eampliar o apoio político a quem governa, se a maioria achaque a administração merece apoio então o governo tem lásuas qualidades. Se a oposição não está à altura dos aconte-cimentos, azar dela.

Mesmo governos bem avaliados e realizadores podem,porém, sofrer uma resistência eficaz. No primeiro quadriê-nio de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, era bemdifícil militar na oposição ao Plano Real, ao fim da inflação,ao dólar barato, etc. Mas o PT de Lula não se dobrou. Cuidoude entrincheirar-se nas suas bases históricas e escarafun-char cada milímetro do cenário para descobrir limitações,debilidades, problemas potenciais. O PT de Lula tinha umprojeto: eleger Lula ao Palácio do Planalto. E estava dispostoa atravessar o deserto para tornar viável o seu sonho.

A metáfora é ainda mais adequada nesta época do ano,em que se comemora a Páscoa judaica. Moisés comandou asaída dos judeus do Egito, onde eram um povo cativo. Ogrande desafio, entretanto, era outro. Era chegar à Terra Pro-metida não como escravos, mas como libertos. Após o epi-sódio em que, aos pésdo Monte Sinai, a turmacansou-se de esperarpelas Tábuas da Lei ecomeçou a adorar o be-zerro de ouro, um íconereligioso egípcio, Moi-sés em fúria concluiuque uma nação de es-cravos não se converte-ria em uma nação dehomens livres sem pas-sar por uma purificaçãogeracional.

O resultado foramquarenta anos de mi-gração pelo deserto doSinai. Só depois foi per-mitido entrarem na Ter-ra Prometida. O episó-dio é bem conhecido detodos que se debruçamsobre o Velho Testamento. E tem sua utilidade na análise po-lítica da luta atual no Brasil entre o governo e a oposição.

O governo do PT tem limitações importantes, também jádescritas nesta coluna. O complicador mais recente é a infla-ção nos preços da comida. Estivesse o PT na oposição e nãono poder, certamente os petistas apontariam o dedo acusa-dor para o Palácio do Planalto e cobrariam o possível e o im-possível. Cobrariam a aceleração da reforma agrária e umapolítica de segurança alimentar mais eficaz. Diriam que opresidente gastou tempo e energia demais para alavancar obiocombustível, deixando de lado a tarefa central: acelerarfortemente a produção de comida, para evitar que a previsí-vel explosão mundial da demanda colocasse em risco a fartu-ra na mesa dos brasileiros, especialmente dos mais pobres.

Se o governo retrucasse com afirmações genéricas sobrea ineficácia e o anacronismo da reforma agrária tradicional,uma oposição digna do nome reagiria com estudos, estatís-ticas e especialistas em profusão comprovando a superiori-dade da agricultura familiar sobre o agronegócio na produ-ção de alimentos. E estabeleceria uma polarização, social epolítica, em que o poder instituído obrigatoriamente ocupa-ria o pólo dos privilegiados, dos insensíveis, dos reacioná-rios. Mas isso se houvesse oposição.

O cenário político no Brasil é razoavelmente simples de des-crever. Há um líder, Lula, que produz diariamente boas notíciaspara as pessoas comuns. Do outro lado, um amálgama de che-fes (e candidatos a chefes) e oligarcas de expressão regional queoscilam e entre o udenismo e o adesismo. E que nada parecemter a dizer ao país de original sobre nenhum assunto.

Falta um Lula a Lula. Alguém relevante que esteja disposto aliderar o país em torno de um projeto diferente do do petista, eque esteja pronto para os sacrifícios decorrentes da opção.Sem isso, vai continuar assim. Periodicamente vamos mandaro repórter cobrir uma pesquisa. Ele irá. E dará o retorno: diráque a popularidade do presidente cresceu ainda mais.

A não ser, naturalmente, que sobrevenha uma tragédia. Édisso que depende hoje a oposição brasileira. De uma catás-trofe natural.

NAS ENTRELINHAS

por Alon Feuerwerker

À espera de uma catástrofe

e-mail [email protected]

FALTA UM LULA ALULA. ALGUÉMRELEVANTE QUEESTEJA DISPOSTO A LIDERAR O PAÍS EM TORNO DE UMPROJETO DIFERENTEDO DO PETISTA, E QUE ESTEJA PRONTOPARA OS SACRIFÍCIOSDECORRENTES DA OPÇÃO

CADÊ OS DEPUTADOS?

Olhando, ninguém diz. Mas 130 deputadosfederais registraram presença na Câmaraontem. Bateram o ponto e foram cuidar deoutros assuntos, porque o plenário ficouvazio. O segundo vice-presidente, Inocêncio

Oliveira (PR-PE), que comandava ostrabalhos, decidiu cancelar a ordem do dia,por falta de quorum para votações. Oprojeto mais polêmico da pauta era amedida provisória que aumenta de 9% para

15% a alíquota da Contribuição Social sobreo Lucro Líquido (CSLL) paga pelos bancos.O relator da proposta, deputado OdairCunha (PT-MG), pediu um dia a mais deprazo para apresentar seu parecer.

Sérgio Lima/Folha Imagem

EDSON LUIZDA EQUIPE DO CORREIO

OMinistério Público vai re-forçar as investigaçõesda Polícia Federal em tor-no do vazamento sobre

os gastos do ex-presidente Fer-nando Henrique Cardoso. A par-tir da próxima semana, quando odelegado Sérgio Barboza Mene-zes pedir a prorrogação do inqué-rito, por mais 30 dias, a Procura-doria da República em Brasíliadeverá indicar um representantepara acompanhar o caso.

Menezes pediu novas infor-mações do Gabinete de Seguran-ça Institucional (GSI) da Presi-dência da República sobre a clas-sificação dos documentos. Na se-mana passada, o Palácio do Pla-nalto informou que não se trata-va de papéis sigilosos. Ontem nãohouve nenhum depoimento e aperícia nos computadoresapreendidos na Casa Civil, no iní-cio do mês, não foi concluída.

Para prorrogar o inquérito

por mais 30 dias, a Polícia Fe-deral deverá enviar o pedidoao Ministério Público, que dáseu parecer à Justiça. Quandoisso acontecer, será nomeadoum procurador da Repúblicapara acompanhar as investiga-ções. Até então, apenas a PFestava conduzindo as investi-gações, apesar de o delegadoter comunicado a abertura dosprocedimentos ao MP. Nessafase, os primeiros dois depoi-mentos tomados na semanapassada ficaram a cargo do de-legado do caso.

Os peritos da PF não têm prazopara entregar o resultado dos exa-mes feitos em 13 computadoresda Casa Civil. Sete análises devemestar concluídas, mas o delegadopediu mais detalhamento em al-gumas questões. Será a partir dosdados coletados que Menezespretende fazer a escala de depoi-mentos, que começou na semanapassada com dois funcionáriosnão graduados do Palácio do Pla-nalto. A PF não informou o teor

das declarações, nem divulgou osnomes dos interrogados. Umadas pessoas a ser chamada é Ere-nice Guerra, secretária-executivada Casa Civil, e ligada à ministrada Casa Civil, Dilma Rousseff. Foidela a ordem para a coleta dos do-cumentos relacionados a despe-sas do governo passado.

Na semana passada,como antecipou o Cor-reio, o GSI encaminhoudois ofícios à PF afir-mando que os docu-mentos que faziam par-te do dossiê não eramconsiderados sigilosos.O delegado voltou aperguntar ao Planaltose o vazamento poderiacausar danos à segu-rança do ex-presidenteFernando Henrique edo presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva. Nova-mente, a resposta foinegativa. Menezes vol-tou a pedir novas infor-mações sobre o assun-

to, mas ainda não recebeu re-torno. Fontes da PF confirmamque no inquérito o vazamentovem sendo tratado como se fos-se de papéis sigilosos. Para isso,pretende-se usar uma lei fede-ral, além do artigo 325 do Códi-go Penal Brasileiro, que apuraesste tipo de crime.

Fotos ilustrativas. Sem opcionais. Pintura sólida. Celta Life 1.0, 2 portas, Flexpower, 08/08, com opcional (R6A), R$ 24.990,00 à vista, trio elétrico (vidro dianteiro elétrico) grátis e mais R$ 190,00 compra CD Player. Classic Spirit 1.0, Flexpower, 08/08, com opcional (R6A), R$ 27.990,00 à vista com direção hidráulica e mais R$ 499,00 você compra trio elétrico. Tracker 2.0, 08/08, a partir de R$ 63.990,00 à vista com banco em couro grátis. Vectra GT 2.0, Flexpower, 08/08, com opcional (R6E), à vista R$ 58.990,00. Toda linha Vectra 08/08 com taxa de juros de 0,49% a.m. (6,04% a.a.), com 50% de entrada e o saldo restante em 24 meses. TAC não incluso no financiamento. Garantimos uma unidade de cada modelo anunciado. Cadastro sujeito à aprovação de crédito. Consulte condições na concessionária. Validade 29/04/2008.

Liberty (ao lado do Liberty Mall) - 2102 0101 | SIA Trecho 3 - 2101 0101

58.990a partir de R$

63.990Air bag duploTeto solar elétricoRack no tetoABS com função EBDCD player

CLASSIC SPIRITDireção hidráulica

24.990a partir de R$

a partir de R$

VECTRA GTAir bags frontais

Rodas de alumínio 16”

Direção hidráulica

VECTRA GT

TRACKER

CELTA 2 PTRio elétrico grátisJorlanJorlan

MISSAO ZEROseu 0km com 0 de espera.seu 0km com 0 de espera.

levA

27.990a partir de R$

EXPLICAÇÕESA Comissão de Ética Pública, órgãoda Presidência da República epresidido pelo ex-ministro do STFSepúlveda Pertence, deu um prazode 10 dias para Dilma Rousseffapresentar explicações sobre ovazamento de informações sigilosasligadas a gastos do ex-presidenteFHC. O tema foi discutido emreunião de ontem do colegiado, maso prazo começa a valer a partir danotificação da ministra, que estáem missão oficial no exterior. Oórgão agiu em resposta a umpedido de PSDB e do DEM.

MP entra no caso sobrevazamento de dossiê

DINHEIRO PÚBLICOApesar de o Palácio do Planalto insistir que os documentos não são sigilosos, Ministério Público vai acompanhar investigação

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