e a dança no brasil -...

15

Upload: doantu

Post on 10-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Presentes desde que o mundo é mundo, a Música e a Dança fazem parte da cultura de diferentes po-

vos. Cada um a seu modo, da Antiguida-de aos dias de hoje, Os sons e os passos podem variar, seja nos cantos profanos ou litúrgicos, nos clássicos ou popula-res, presentes na tradição que passa de geração em geração, traduzidos como “marca” de cada cultura.E é esta riqueza, diferente no Brasil e em Israel, que os jovens artistas terão pela frente ao colocarem seu conhe-cimento e sua criatividade nos traba-lhos a serem enviados para o Concur-so de Pintura e Desenho 2018 da WIZO. Professores e alunos, material para

Brasilnodançae a

músicaA

Algo comum de se ouvir sobre os brasileiros é que se trata de um povo musical. E isso não está

errado. A música sempre esteve inti-mamente ligada a diversas manifes-tações da cultura nacional. Uma das maiores influências da música brasi-leira é a africana, trazida pelos escra-vos, com seus ritmos frenéticos e ins-trumentos rudimentares. A capoeira, nossa luta marcial por excelência, traz um componente musical muito impor-tante.Os colonizadores europeus tam-bém trouxeram elementos que enri-queceram a nossa cultura, principal-mente o erudito, a dança de salão, os saraus e a música religiosa. A mis-tura dessas culturas diversas se tor-nou responsável pelo que conhece-mos como música brasileira hoje.E a dança está presente, cada uma com sua característica, fru-to da colonização e da cultura de-senvolvida em cada região do País.

É impossível contar toda a história da música e

dança brasileiras nessas páginas, e embora tenham sido selecionados os movimentos e

nomes mais importantes, muitos ainda

ficaram de fora.

cultura

3WIZO SP

font

e: d

ivul

gaçã

o

essa tarefa está disponível em diferen-tes formas, a partir desta publicação, que traz um pouco do imenso poten-cial cultural dos dois países. Porém, esta é apenas uma das fontes de pes-quisa. Leiam, troquem ideias, pois o tema deste ano tem muito a oferecer.Procurem referências, pintem, dese-nhem, coloquem sua alma criativa no papel. O encanto da música e da dança, consideradas musas na cultura grega, tamanha sua importância, estarão pre-sentes em cada traço, em cada cor dos trabalhos que chegarão à sede da Wizo.

CRIATIVIDADE É A PALAVRA-CHAVE.

Mãos à obra!

A Música

e a Dança

font

e: d

ivul

gaçã

o

font

e: d

ivul

gaçã

o

carinhoso. pixinguinha“Meu coração, não sei por que

Bate feliz quando te vê”

D o M a x i x e a o C h o r o

O primeiro ritmo musical origi-nalmente brasileiro foi o Ma-xixe, formado a partir de uma

mistura entre o “Lundu” (termo que significa umbigada e é uma espécie de samba praticado nas rodas de escra-vos) e a “Modinha” portuguesa (com-posição romântica, tocada na viola e dançada em salões). O Maxixe teve seu auge no final do sé-culo 19 e início do 20, sendo chama-do de “Tango brasileiro”. No entanto, seu ritmo e seus temas eram muito mais alegres que o tango argentino.Por volta dos anos 1880, o Maxixe era o ritmo mais popular no Rio de Janei-ro, quando começou a surgir um novo jeito de se fazer música no Brasil. O rit-mo começou a ganhar uma forma mais charmosa e chorosa de se tocar as can-

ções populares vindas da Europa. Sur-gia o Choro. O flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Calado, os pianistas Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga, e o maestro Anacleto de Me-deiros foram os pioneiros nesse ritmo urbano, que se consagrou com Pixin-guinha, a quem se deve a consolidação do Choro como gênero musical, levan-do o virtuosismo à flauta e aperfeiço-ando a linguagem do contraponto com seu saxofone. Pixinguinha chegou a or-ganizar inúmeros grupos musicais, tor-nando-se o maior compositor de Choro, chamado familiarmente de Chorinho. Com o Choro, a identidade musi-cal brasileira tomava forma e in-fluenciaria as obras de Donga e Si-nhô, pioneiros compositores do Samba, que falaremos mais adiante.

Pixinguinha e bandafonte: divulgação

font

e: d

ivul

gaçã

o

5WIZO SP4 WIZO SP

O B a l é I n d í g e n a

Na dança, os primeiros balés bra-sileiros buscaram criar identi-dade usando temas indígenas

em suas apresentações. Assim como aconteceu em outras áreas da cultura, como o indianismo na literatura.O espetáculo “Arirê e o Pássaro Fe-rido”, assinado por Naruna Corder nos anos de 1930, foi um dos pri-meiros espetáculos de dança tipi-camente brasileira apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Nesse período, as escolas de balé não buscavam a excelência na dan-ça, como nas escolas europeias. A ideia era introduzir uma ativida-de física e até mesmo dar noções de etiqueta às alunas (a maioria eram da alta sociedade carioca).Os espetáculos tornavam-se uma forma de apresentar o tra-balho desenvolvido e ao mes-mo tempo educar o público pou-co acostumado com o bailado.

A m ú s i c a e r u d i t a

Enquanto a música popular, com o Maxixe, o Choro e as raízes do Samba e do Sertanejo tomavam

conta do país, a música erudita brasi-leira também mostrava sua força com Heitor Villa-Lobos. Suas primeiras composições trazem a marca dos esti-los europeus da virada do século 19 para o século 20, sendo influenciado princi-palmente por Wagner Puccini, pelo mo-dernismo da Escola de Frankfurt e, logo depois, pelos impressionistas.

No decorrer de sua carreira, co-meçou a repudiar os moldes eu-ropeus e a descobrir uma lingua-

gem própria, que viria a se firmar nos bailados Amazonas e Uirapuru (1917). Villa-Lobos chega à década de 1920 perfeitamente senhor de seus recursos artísticos, revelados em obras como a Prole do Bebê para piano, ou o Noneto. Após participar da Semana de Arte Mo-derna de São Paulo, célebre movimen-to de 1922, chegou a apresentar suas peças em Paris e fez muito sucesso no exterior. Em 1944/45, Villa-Lobos via-jou aos Estados Unidos para reger as orquestras de Boston e de Nova York, onde foi homenageado. Em 1945 fun-dou a Academia Brasileira de Música.

Maestro João Carlos Martins fo

nte:

div

ulga

ção

Em 1956, foi criada a Escola de

Dança da Universi-dade Federal da Bahia

(UFBA), a primeira ins-tituição oficial de ensi-

no superior da dança no País. Inicialmente dirigida por

Yanka Rudzka, bailarina po-lonesa ligada ao expressionis-mo alemão. Rudzka desenvolveu um trabalho ligado à improvisação e ao candomblé, também com for-

te componente teórico. Pela escola

passaram nomes importantes da dança no Brasil, como Clyde Mor- gan, Dulce Aquino, Roger Ge-orge, Lia Robatto, Tere-sinha Argolo, o casal Vianna, Graciela Fi-gueroa, entre outros.

C a r n a v a l , s a m b a e o r á d i o

As primeiras gravações musicais no Brasil datam do início de 1900 e acabaram impulsionando

a música como negócio e como objeto de consumo e lazer. Os primeiros en-contros sociais para apreciação musi-cal aconteciam nas confeitarias, onde a alta sociedade se reunia para tomar chá, enquanto ouvia grandes músicos da época. Também entre as décadas de 1910 e 1920 era forte a presença de uma música feita longe dos grandes centros brasileiros: a Música Sertaneja. Como exemplo desta música sertaneja po-demos citar a canção Luar do Sertão,

composta por Catulo da Paixão Cea-rense e João Pernambuco. Quem nunca ouviu os versos “Não há, ó gente, ó não / Luar como esse do sertão”?O carnaval de rua, trazido pelos euro-peus para o Brasil no final do século 18, também ajudou a desenvolver a iden-tidade musical brasileira. Enquanto as classes média e alta dançavam e se fan-tasiavam nos salões, imitando os gran-des bailes de Paris, o povo organizava “cordões carnavalescos” nas ruas, com-pondo marchas e criando o ritmo mais conhecido do nosso país: o Samba. Diferente do samba que conhecemos

Elizeth Cardoso e Clovis Bornay na Unidos de Lucas, em 1967

Adoniran Barbosa noLargo São Bento (SP)

Marlene e Emilinha Borba

font

e: d

ivul

gaçã

o

font

e: d

ivul

gaçã

o

font

e: d

ivul

gaçã

o

7WIZO SP6 WIZO SP

A d a n ç a c l á s s i c a

D a n ç a s F o l c l ó r i c a s

O folclore brasileiro possui muitas danças que representam as tradi-ções e as culturas de suas regiões.

Elas surgiram da fusão das culturas euro-peia, indígena e africana e são celebradas nas festas populares espalhadas pelo País.O Boi-Bumbá, por exemplo, é a dança típi-ca do norte e nordeste. O Bumba Meu Boi possui uma origem diversificada, pois apre-senta traços das culturas espanhola, portu-guesa, africana e indígena. Até hoje, suas re-presentações atraem multidões no Festival

9WIZO SP

hoje, o Samba das marchinhas de car-naval era chamado de “Marcha Ran-cho”, inicialmente tocado através de instrumentos de sopro. Com a abolição da escravatura, muitos negros saíram da Bahia para viver no Rio de Janeiro. Esse movimento foi fundamental para a criação do Samba por volta dos anos 1910, e teve como figura importante o músico, compositor e violonista Er-nesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, que gravou Pelo Telefone, con-siderado o primeiro samba a ser lan-çado em disco no Brasil. O ritmo che-gou ao seu auge com a época de ouro do rádio brasileiro, na década de 1930. As grandes rádios possuíam orquestras que tocavam ao vivo durante os pro-gramas, que eram apresentados em te-atros e vistos por plateias lotadas. Ha-

via concursos que elegiam as melhores e mais charmosas can-toras, criando verdadei-ros deuses e deusas da música brasileira. Como primeiro meio de comuni-cação midiático do País, o rádio se tornou uma fonte univer-sal de informações e entretenimen-to. Nomes como Carmem Miran-da – que teve uma importante car-reira internacio-nal,, Ary Barroso e Pixinguinha sur-giram nessa época.

Folclórico de Parintins, no Amazonas.O Samba de Roda, criado na Bahia no século 19, representa uma dança asso-ciada à capoeira e ao culto dos orixás. Já o Frevo, típico do carnaval pernam-bucano, é caracterizado pela ausên-cia de letra, na qual os dançarinos seguram pequenos guarda-chuvas coloridos como elemento core-ográfico. O Maracatu, também de Pernambuco, tem na per-cussão pesada a base do seu ritmo. Ainda podemos citar o Baião, que tem influências das danças indígenas e da música caipira, a Quadrilha, dan-ça típica das festas juninas, baila-da em duplas de casais caracterizados com vestimentas tipicamente caipiras.O sul do Brasil também é rico em dan-

ças folclóricas. O Fandango foi trazi-do pelos portugueses para as regiões litorâneas do Paraná, onde recebeu influências indígenas, e pode ser en-contrado nos estados de Santa Catari-na, Rio Grande do Sul e São Paulo. São utilizados instrumentos como violas, pandeiro e rabeca, enquanto a letra é

improvisada. Os dançarinos fazem uma roda e dançam com passos

valsados e o ritmo é seguido com palmas e batidas dos pés.

Já a Milonga gaúcha lem-bra os passos do Tango e é

bem mais lenta e romântica. Existem ainda uma infinidade

de danças folclóricas espalhadas pelo nosso enorme território, que se

fossem listadas aqui, certamente ocu-pariam todas as páginas dessa apostila.

Boi-Bumbáfonte: divulgação

9WIZO SP8 WIZO SP

Tradicional quadrilha de Festa Juninafonte: divulgação

A T r o p i c á l i a e o R o c k n ’ r o l l

Quando a televisão chegou ao

País, na década de 1950, um novo mo-

vimento nascia no Rio de Janeiro e conquistaria

o mundo. O pontapé inicial da Bossa Nova foi dado por Elizeth Cardo-so, ao gravar o LP intitulado “Canção do Amor Demais”. Logo artistas como João Gilberto, Vinicius de Moraes e Tom Jo-bim surgiram, inovando a música bra-sileira. Eram músicas inovadoras, pois suas composições tratavam de assun-tos de caráter apreciativo, exaltação da beleza, criadas a partir de associações entre palavras esteticamente seme-lhantes, e sua elaboração harmônica era muito desenvolvida, abusando de escalas e sonoridades não usadas até então nos outros estilos brasileiros.A Bossa Nova se tornou uma referência da música nacional. Em 1962, um show intitulado “New Brazilian Jazz Music”

Logo após a MPB, outros dois mo-vimentos tomavam espaço: a Tro-picália e a Jovem Guarda. O movi-

mento tropicalista caracterizou-se por associar numa mistura de elementos da cultura pop e os baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil foram os princi-pais expoentes desse movimento, que misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais, e chegou a outras áreas da cultura: o teatro, o cinema e as ar-tes plásticas. Nomes como Gal Costa e Tom Zé também contribuíram para esse movi-mento. Já a Jovem Guarda era dire-tamente influenciada pelo Rock produzido no exte-

aconteceu em Nova York, colocando os grandes nomes do gênero em evi-dência em outros países. Tom Jobim foi um dos artistas profundamente be-neficiado com esse show, vendeu mui-tas de suas músicas para versões em inglês e acabou vivendo nos Estados Unidos por muitos anos. “Garota de Ipanema”, composição de Tom e Vini-cius, ganhou versões em diversas lín-guas e, até hoje, é uma das canções brasileiras mais conhecidas no mundo. Os canais de televisão faziam grandes festivais em teatros, onde apresenta-vam muitos artistas ao público a cada edição. A MPB (música popular brasi-leira) estava se formando, tanto como movimento cultural e de protesto con-tra a ditadura militar no País, e apre-sentou ao público nomes como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Edu Lobo. A transição para a década de 1970 foi mar-cada pela consolidação da MPB, termo que sugeria um tipo de músi-ca mais sofisticada do que a feita em outras tendências também populares dentro da música brasileira. Com o passar dos anos mais ar-tistas despontavam, entre eles Elis Regina, uma das maiores intérpretes da his-tória da música brasileira.

rior, principalmente nos Estados Uni-dos e na Inglaterra, embora no Brasil ele recebeu características próprias. Teve como grandes nomes Roberto Carlos – que em 2011 esteve em Israel, onde cantou até em hebraico –, Eras-mo Carlos, Wanderléa, José Ricardo, Wanderley Cardoso e os conjuntos Re-nato e Seus Blue Caps, Golden Boys

e The Fevers, entre outros.

A TV, a Bossa Nova e os grandes fest iva is

11WIZO SP10 WIZO SP

Hoje, no Brasil, assim como em todo mundo, a música brasilei-ra é heterogênea, e seus vários

gêneros se misturam: existe o samba--rock, o sertanejo pop, o funk carioca. Alguns artistas pop mantém a dança como qualidade criativa, como a canto-ra Anitta. Na MPB, artistas como Liniker tentam reinventar o gênero e, no rock,

13WIZO SP

No entanto, o Rock buscava uma identidade nacional, com a psicode-lia dos Mutantes (também uma cria da Tropicália) – que revelava a ma-drinha do Rock nacional, Rita Lee – e dos Secos e Molhados – liderado por Ney Matogrosso, ou com a ousadia de grupos paulistanos como o Joelho de Porco e Premeditando o Breque. Também surgia Tim Maia e sua Soul Music envolvente, Jorge Ben – que depois viraria Jorge Benjor, e sua mú-sica swingada tipicamente carioca, que representava a alegria e o coti-diano da população do Rio de Janeiro.Durante os anos oitenta nascia den-tro do Rock brasileiro o movimento BRock, com o surgimento de artistas como Blitz, Paralamas do Sucesso, Titãs, Ultraje a Rigor, RPM e Legião Urbana, além de bandas do movi-mento punk, que faziam um som

A dança contemporânea também não se define em movimentos específicos. Diferente da dança clássica e da mo-derna, não possui um código que seja facilmente identificado, por isso, as vezes pode causar um estranhamen-to do tipo: “isso é mesmo dança?” Usa métodos como Laban, Contato-Impro-visação, além de técnicas somáticas e de conscientização do corpo e mo-vimento como Eutonia, Feldenkrais, Movimento Autêntico, Klauss Vianna (no Brasil) entre outras. Se relaciona fortemente com o teatro e seus ele-mentos, além de usar vídeo, fotogra-fia e outras formas de comunicação.Os grandes festivais de música do mun-do, como o Lollapalooza e o Dekmantel têm aportado no Brasil regularmente, trazendo artistas internacionais e re-velando novos nomes da música brasi-leira. E os festivais criados por aqui têm sido exportados pelo mundo, como o Rock in Rio, que já tem mais de 30 anos, e hoje possui uma edição em Portugal.

mais pesado e de protesto, como o gaúcho Replicantes, os paulistanos Ratos de Porão e Inocentes. No final da década de 1980, gêneros popu-lares ou regionais como o Sertane-jo, o Pagode e o Axé Music passa-ram a ocupar espaço considerável nas emissoras de rádio FM e canais de TV, produzindo ídolos como Ive-te Sangalo, revelada na banda Eva, ou Zezé de Camargo e Luciano. Ao mesmo tempo, a MTV Brasil ga-nhava influência entre os jovens, revelando bandas, entre elas Rai-mundos, de Brasília, e artistas como Chico Science, de Pernam-buco, que usava o Maracatu como base para seu Rock pesado. O Rap da periferia paulistana também ga-nhava voz com Mano Brown e seu Racionais MC’s, abrindo a porta para a consolidação desse gênero.

D i a s d e h o j e

diversas bandas das mais variadas ver-tentes, como o psicodélico Boogarins e o energizado BaianaSystem, têm fei-to muito sucesso. O funk abre espaço para revelações adolescentes mostra-rem seu talento, como a MC Loma, que do dia para noite se tornou conhecida, com milhões de visualizações em seus vídeos no YouTube.

Alguns festivais locais como o João do Rock, em João Pessoa, e o Bananada, em Goiânia, também ajudam a revelar talentos e valorizar os artistas locais.Na dança, o Grupo Corpo, criado em Belo Horizonte, é um dos mais atuan-tes. Hoje, com 35 coreografias e mais de 2.200 récitas na bagagem, a compa-nhia mineira de dança contemporânea, mantém dez balés em repertório e faz uma média de 70 récitas anuais, apre-sentando-se em lugares tão distintos quanto a Islândia e a Coreia do Sul, Es-tados Unidos e Líbano, Itália e Cinga-pura, Holanda e Israel, França e Japão, Canadá e México. Também a Compa-nhia Cisne Negro, criada por Hulda Bit-tencourt há mais de 40 anos, tem se reinventado e apostado na aproxima-ção com o pop. Recentemente, fez um espetáculo em homenagem ao músico britânico David Bowie. Em São Paulo, o Balé da Cidade, do Theatro Municipal, criado em 1968, continua na ativa e sem-pre com espetáculos novos em cartaz.

13WIZO SP12 WIZO SP

LinekerFonte: divulgação

MC

Lom

a F

onte

: div

ulga

ção

Alfa

iata

ria

de g

esto

s Fu

nart

e SP

Gal

Opp

ido

Font

e: d

ivul

gaçã

o

15WIZO SP14 WIZO SP

Israelemdançae a

músicaA

No Monte Sinai, quando Moisés desceu, após receber os Dez Mandamentos, “o som do sho-

far era por demais forte e todo o povo do acampamento tremeu”. Esta frase bíblica revela que o shofar (feito de um chifre de carneiro) é um dos mais an-tigos instrumentos de sopro utilizados pelo homem e continua sendo utilizado hoje, em cerimônias religiosas, datas significativas, como era há milhares de anos, quando a colheita das uvas e dos cereais era acompanhada por cânticos. Seu uso é citado 70 vezes no Velho Tes-tamento.

Em outra passagem bíblica, após a pas-sagem pelo Mar Vermelho, a irmã de Moisés, Miriam, e todas as mulheres mostraram sua alegria dançando ao som de pandeiros, instrumentos femi-ninos na época.Estes dois episódios mostram como a Música e a Dança faziam parte do dia a dia de Israel antigo e estão na alma do povo judeu em todas as épocas. Para louvar a Deus, celebrar festas, sejam elas em família ou em comunidade. A música teve no Rei David, que viveu há mais de três mil anos, um de seus mais importantes representantes. Desde

menino no campo, ainda pastor de ovelhas, até se tornar um músico e poe-ta. É famosa a imagem do Rei David e seu kinor, instrumento de nove cordas, similar a uma harpa, com seu som característico, que levava aos sentimentos mais nobres. Era o instrumento que o acompanhava quando criava os Salmos, cânticos de louvor, a maioria deles dados como de sua autoria.

A m ú s i c a n a A n t i g u i d a d e

Era comum os sacerdotes usarem instrumentos musicais acompanhando as rezas no Templo. Entre eles:

“Cantem ao Senhor um novo cântico; cantem ao Senhor todos os habitantes da Terra! Can-tem ao Senhor, bendigam o Seu Nome; cada dia proclamem a Sua salvação!” Estas pa-lavras, do Salmo 96, refletem quanto a música é parte da vida do povo judeu.

Címbalo.prato metálico, usado para percussão.

Flauta.no naipe dos sopros, de tamanho menor.

HARPA.instrumento de cordas e som melodioso.

Lira.cordas, similar a harpa, porém de tamanho menor.Tamborim.instrumento de percussão, marcando o ritmo.

Trombeta.instrumento de sopro e som muito alto.

Fonte: divulgação

arte

Zubin MehtaFonte: divulgação

Orquestra Filarmônica de IsraelFonte: divulgação

17WIZO SP16 WIZO SP

Passados os séculos, a Música vinda dos tempos bíblicos se transformou e, hoje, ocupa lu-

gar de destaque na cena cultural do Estado de Israel. Ela é variada, con-temporânea e, muitas vezes, avan-çada no tempo. E traz influências de todo o mundo: iemenita, árabe, gre-ga, jazz, pop e rock, mais as tradicio-nais melodias chassídicas fazem o cenário musical desse território si-tuado no Oriente Médio. As canções folclóricas israelenses, os “Sons da Terra de Israel”, lidam com as experi-ências dos pioneiros desde o século 19, na construção da pátria judaica. Após a I Guerra Mundial, havia músi-cos, muitos amadores, entre os entu-siastas pioneiros judeus. Tentativas

foram feitas de formar uma orques-tra, um coral e uma companhia de ópera. Porém, essa atividade só se tornou importante na década de 1930, quando compositores, instru-mentistas, professores tiveram que deixar a Europa, perseguidos pelo nazismo, que não lhes permitia exer-cer suas atividades normais nos paí-ses em que nasceram.A Orquestra Filarmônica de Israel apresentou seu primeiro concerto em Tel Aviv, em 1936, doze anos antes da proclamação da independência do Estado de Israel. Seu fundador, Bro-nislaw Huberman, era violinista na Polônia, onde nasceu e foi obrigado a fugir por ser judeu. Com mais de 200 concertos realizados a cada ano, a

O s s o n s d e t o d o s o s t e m p o s

Orquestra ganhou fama mundial com seu maestro, o indiano Zubin Mehta, devotado, consagrado e aplaudido a cada apresentação, como quando os músicos passam por diferentes cida-des brasileiras.Em uma dessas turnês (2005), o ma-estro Mehta conheceu o Instituto Bacarelli, na favela paulistana de He-liópolis. Impressionado com o con-trabaixista Adriano Chaves, ofereceu uma bolsa para ele estudar em Israel, na Buchmann-Mehta School of Mu-sic. Um dos concertos dessa tempo-rada uniu a Sinfônica de Heliópolis e a Orquestra Jovem da Filarmônica de Israel, que contava com sete brasilei-ros. Em Paulínia, interior do Estado de São Paulo, em um concerto com sete brasileiros.Pouco depois foi criada uma orques-tra radiofônica, cujos concertos atraiam milhares de ouvintes. Hoje, ela é a Orquestra Sinfônica de Jeru-salém, se apresentando em palcos pelo país e internacionalmente, in-clusive no Brasil. Em seguida surgiram a Orquestra de Câmara de Israel, a Sinfonieta de Beer Sheva e as orquestras de Haifa, Na-tânia, Holon, Ramat Gan, Rishon Let-zion, cidades menores, porém cultu-ralmente avançadas. Havia também a Orquestra Israel Kibutz, com artistas que trabalhavam a terra durante o dia e se dedicavam à música nas ho-

19WIZO SP18 WIZO SP

ras de lazer. Já no final dos anos 1980, a Nova Ópera de Israel mostrava seu alto nível profissional.Na década seguinte, a chegada de milhares de imigrantes da antiga União Soviética mudou radicalmen-te a vida musical. A cada avião que pousava, músicos profissionais des-ciam com seus instrumentos. Quem não carregava nada... era maestro ou pianista. Grupos corais também fazem parte desse cenário, com encontros como os festivais Litúrgico, Zimriá, o de Jazz do Mar Vermelho, dos kibutzim (aldeias agrícolas) Ein Guev e Kfar Blum e o de música vocal nas igrejas de Abu Gosh, cidade próxima a Jeru-salém com a maioria de seus morado-res árabes muçulmanos. Locais histó-

ricos recebem recitais durante o ano, como os anfiteatros romanos restau-rados de Cesareia e Beit Shean. Salas de concerto, como o Auditório Mann, em Tel Aviv, e o Centro Internacional de Convenções, em Jerusalém, têm programações anuais. O Festival de Israel reúne espetáculos de música, teatro e dança, recebendo grupos de todo o mundo por três semanas na primavera, anualmente, tornando Je-rusalém uma atração cultural.Roberto Carlos, em sua apresentação na Piscina do Sultão, em Jerusalém, junto às muralhas da Cidade Velha, próximo aos lugares sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, reu-niu mais de cinco mil pessoas, que cantaram com ele Jerusalém Shel Zahav (Jerusalém de Ouro).

Fatos interessantes: Israel participa do Festival Eurovisão da Canção des-de 1973 e, este ano, em Portugal, foi o vencedor pela terceira vez, com a cantora Netta Barzilai, cantando Toy. Preferida desde o início, ela surpre-endeu os 43 países concorrentes com seu estilo extravagante. Em 1973 e 1977, Israel foi representado por Hanna Dresner-Tzach, que viveu sua infância no Rio de Janeiro.Violinistas clássicos como Pinchas Zuckerman, Shlomo Mintz e Itzhak Perlman se apresentam regularmen-te no país e em excursões pelo mun-do, incluindo apresentações para plateias brasileiras. David Broza, Eric Einsntein, Ehud Manor estão entre os inúmeros can-tores conhecidos em Israel e no Ex-terior. Shlomo Artzi é famoso por sua maratona de shows, alguns deles com duas a três horas de duração. Dana International, Ofra Haza, Ilanit, Yardena Arazi, Shoshana Damari, Chava Alberstein, Noa e a sempre lembrada Naomi Shemer (autora de Jerusalém de Ouro) são famosas por suas interpretações. Rita é a atual Estrela Pop de Israel, onde vive desde os oito anos de idade. Em seus shows ela canta tanto em hebraico como em parsi, o idioma falado no Irã, onde nasceu. Seus discos são vendidos até em Teerã, algo fora do comum.

Wonge Bergmann no Festival de IsraelFonte: divulgação

Of Ivory and Flesh no Festival de IsraelCrédito: Hervé Centre

57º Festival de Israel em Jerusalem

Fonte: divulgação Netta Barzilai eShlomo Artzi

Fonte: divulgação

Cantora RitaFonte: divulgação

Dana InternationalFonte: divulgação

21WIZO SPWIZO SP

Os ritmos brasileiros caíram no gosto do israelense nas dé-cadas de 1970 e 1980, impul-

sionados pela Copa do Mundo de Fu-tebol. Samba, bossa nova, MPB, axé e forró eram ouvidos na programação diária das TVs e rádios. Gravações de versões musicais brasileiras ou músi-cas compostas nos ritmos nacionais eram sucessos.Chegaram os anos 1990 e a lambada também atravessou o oceano. O po-pular Ai, se eu te pego, fez o nome de Michel Teló ser conhecido. Gal Costa, Banda do Zé Pretinho, Armandinho, Yamandú Costa, Gilberto Gil, Dja-van, Daniela Mercury fizeram shows em Israel, alguns deles repetidas ve-zes e sempre com grandes lotações. Existe até um endereço no Facebook “I want Ivete Sangalo in Israel” (ht-tps://www.facebook.com/I-want-Ive-te-Sangalo-in-Israel-יטוויא-תא-הצור-ינא-םג- dos ,(634076483360779-לארשיב-ולגנס-

fãs chamando a cantora baiana.Dá para imaginar um funk carioca cantado em hebraico? Pois dá! Os is-raelenses Stalic e Ben-El lançaram a faixa Tudo Bom, fazendo um grande sucesso. Quem não fala hebraico re-conhece palavras como “Carnaval”, “São Paulo”, “Brasil”, “cachaça”, “ba-tucada”.Bá Freyre (José Zilmar de Queiro-ga Freire) vive em Israel desde 1992 e propaga os sons que aprendeu na Paraiba: baião, xote e forró, além dos ritmos famosos. Para ele, os ritmos nordestinos têm afinidade com a mú-sica oriental, chamada mizrahi, em hebraico. Ela é tradicional dos ára-bes-israelenses e dos judeus sefara-ditas, do Oriente Médio e do Norte da África. Para ele, o baião tem essa influência. Por isso, ele usa instru-mentos como a darbuka, o tambor árabe, muito popular em Israel, nas suas composições.

N o e m b a l o b r a s i l e i r o

Nas Forças de Defesa de Israel (de-nominação do exército do país), os jovens – homens e mulheres

– são recrutas, oficiais, pilotos de caça, combatem... e também são músicos.A Orquestra das Forças de Defesa de Is-rael foi criada em 1948, mesmo ano em que o Estado se tornou independente. Tizmoret Tzahal em hebraico, a Orques-tra é formada por músicos e cantores no serviço obrigatório e se apresenta em cerimônias militares, visitas oficiais

e em eventos comunitários. De pequenas orquestras anteriores a 1948, como a Orquestra da Brigada e A Banda do Corpo da Artilharia, foi Itzhak Muse, um novo imigrante da ex-União Soviética, que tocava instrumentos de sopro, o primeiro maestro do novo con-junto musical.Muitos são os soldados talentosos que terminam seu serviço regular e conti-nuam nesse caminho na Rádio Galei Tzahal, a rádio oficial.

Jovens israelenses e palestinos constroem pontes através da mú-sica. Eles desenvolvem ferramen-

tas criativas nãoviolentas para ampli-ficar suas vozes e influenciar os que estão ao seu redor. Entre os projetos mais recentes des-taca-se o Heartbeat, cujos músicos se tornam agentes de mudança. Imagi-nam possibilidades, indagam, abordam publicamente seus problemas, como a

violência e a desigualdade. Um de seus clipes – Bukra Fi Mishmish – mistura diferentes estilos como o hip hop, reggae e estilos locais, com a men-sagem pela paz: “Vamos quebrar as pa-redes, derrubar as bandeiras e, então, vamos descobrir um mundo onde tudo é possível. Quando entendemos que nós somos todos os seres humanos, em seguida, para sempre e sempre sere-mos capazes de viver”, cantam eles.

S o l d a d o s t o c a m e c a n t a m

M ú s i c a p e l a P a z

Stalic e Ben-ElFonte: divulgação

20

23WIZO SPWIZO SP22

independência do Estado, em 1948, a modalidade alcançou nível profissio-nal.A maioria dos grupos de dança têm sua sede em Tel Aviv, cidade onde a cultura está presente em cada canto. Uma cidade conectada com o Ociden-te, na qual a juventude encontra am-

biente para mostrar sua arte.O Balê de Israel, formado por Berta Yampolsky e Hillel Markman, iniciou como um estúdio de dança clássica e, hoje, apresenta obras clássicas e con-temporâneas criadas por Yampolsky e balês de coreógrafos internacionais.A Companhia de Dança Bat-Dor, que

teve como fun-dadoras a Ba-ronesa Be-thsabée de Rothschild e a bailari-na Jeannet-te Ordman. Estreou em 1968 e tem de-senvolvido um grande repertório de obras modernas, com a visita de vários reno-mados coreógrafos internacionais. Uma das mais famosas é a Companhia de Dança Batsheva, fundada em 1964 pela famosa bailarina Martha Graham e, também, a Baronesa Bethsabée de Rotschild. O documentário Gaga – O Amor Pela Dança mostra a importân-cia dessa Companhia através da traje-tória do coreógrafo e bailarino Ohad Naharin. Após se destacar interna-cionalmente nos anos 1970 e 1980 nos Estados Unidos, nas famosas compa-nhias de Martha Graham e Maurice Béjart, Naharin voltou a Israel para dirigir a Batsheva e fazer parte desse que é um dos mais considerados gru-pos de dança do mundo.O Teatro de Dança Inbal se dedica a levar aos palcos a tradição judaica e o folclore de vários grupos étnicos presentes na sociedade local – judeus e não judeus – como do Marrocos, Iêmen,

Assim como o grande número de orquestras formadas em Isra-el, a dança é uma forma de arte

presente nos tempos bíblicos. Desen-volvida desde a década de 1940 em Isra-el, reúne fontes históricas e modernas, inspiração bíblica e estilos contempo-râneos. Em 1944, o 1º. Festival de Dan-ça Folclórica, no Kibutz Dália, marcou o surgimento da nova vida cultural.Chassídica, yemenita, drusa, russa, curda, debka, ladina, a variedade de danças folclóricas representa a diver-sidade da cultura israelense.Típica do país, alegre, a Hora tem sua origem na dança romena, adotada pelos pioneiros simbolizando a nova

vida na Terra de Israel. A coreo-grafia em círculo, com os braços entrelaçados e passos simples permite que todos se igualem e participem alegremen-te. Seu começo foi nos

kibutzim, com movimen-tos baseados no pastoreio

e no trabalho da terra. A força das danças populares levou a buscar o folclore das minorias

étnicas que compunham a população, unindo o pas-

sado e o presente.Tradicional, po-

pular, moderna, a dança traduz tam-bém a diversidade da população isra-elense e a cultura que os imigrantes carregam de seu passado, de onde vieram. Assim, a influência de core-

ografias de origem sefaradita fazem parte das apresentações de dança ao lado de cenas da vida judaica dos as-quenazitas nos vilarejos europeus de antes das duas guerras mundiais.Professores recém-chegados de cen-tros europeus introduziram a dança artística na década de 1920 e com a

A d i v e r s i d a d e d a d a n ç a

25WIZO SP24 WIZO SP

RELAÇÃO DE LINKS PARA CONSULTA BRASIL E ISRAELENDEREÇOS PARA CONSULTA

https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/cinema/noti-cia/2017/04/documentario-gaga-o-amor-pela-danca-destaca--trajetoria-do-coreografo-israelense-ohad-naharin-9768045.htmlhttps://www.google.com.br/search?q=Teatro+Suzanne+-Dellal+fotos&sa=X&tbm=isch&tbo=u&source=univ&ve-d=2ahUKEwiq1_LTk7ncAhWJHJAKHbvQBEEQ7Al6BAg-GEA0&biw=1024&bih=639#imgrc=c4OcmIS3FyB9jM:https://www.google.com.br/search?q=ohad+naharin+fo-tos&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=2ahUKE-wjc9sqFlrncAhVETZAKHYnwArwQ7Al6BAgFEA0&-biw=1024&bih=590#imgdii=iBvs_lpdcPtPQM:&imgrc=Aie-4TQaDBcS4LM:https://pt.scribd.com/document/184833128/Dancas-Israeli-tas-docxhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Israelhttps://www.google.com.br/search?q=musica+israelense+fa-mosa&sa=X&ved=0ahUKEwjcuuySh_XbAhVKDZAKHR-5gCZQQ1QIIrwEoAg&biw=1024&bih=639https://www.google.com.br/search?q=cantores+de+israel&o-q=cantores+de+israel&aqs=chrome..69i57j69i59j69i60j69i61l-2j0.4191j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link ht-tps://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/05/favorita-can-tora-israelense-netta-vence-festival-de-musica-eurovision.shtml ou as ferramentas oferecidas na página.http://www.maestrokeilerrego.com.br/site/chiquinha-gonza-ga-a-primeira-maestrina-do-brasil/https://www.brasil247.com/pt/247/cultura/48528/A-maior-ex-posi%C3%A7%C3%A3o-j%C3%A1-feita-sobre-Pixinguinha.htmhttp://modaballet.blogspot.com/2016/04/danca-indigena.htmlhttp://agendaculturaldorecife.blogspot.com/2013/10/orques-tra-sinfonica-brasileira-e-lenine.htmlhttps://glamurama.uol.com.br/joao-carlos-martins-e-marce-lo-bratke-fazem-homenagem-a-mozart-no-theatro-munici-pal/https://wwwold.joinville.sc.gov.br/noticia/2238-Bailari-nos+brasileiros+do+Bolshoi+Brasil+s%C3%A3o+premia-dos+com+ouro+na+Turquia.htmlhttps://extra.globo.com/noticias/carnaval/80-anos-de-desfile/serie-especial-capitulo-4-profissionais-da-belas-artes-chegam--ao-salgueiro-mudam-visual-das-escolas-3841328.htmlhttp://www.boqnews.com/etc/acervo-de-adoniran-barbosa-

Índia, Geórgia, Buchara, Etiópia, dos folclo-res persa, druso e curdo, das comunidades chassídica e árabe. O Inbal alia temas bíbli-cos com os movimentos da dança moderna.No norte, perto da fronteira com o Líbano, no Kibutz Ga’aton, Yehudit Arnon criou, em 1970, a Companhia de Dança Contemporâ-nea Kibutz (KCDC). De um grupo de jovens amadores, transformou-se em uma das prin-cipais companhias de dança contemporânea, com reconhecimento internacional.Fundado em 1992 pelos bailarinos Noa We-theim e Adi Sha’ai, a Vertigo tem um reper-tório inovador. Em 1997 foi criada a Escola de Dança Vertigo, em Jerusalém, oferecendo aulas para amadores e profissionais.O Centro de Dança e Teatro Suzanne Dellai, criado em 1989, tem sua sede no renovado bairro de Neve Tsedek, em Tel Aviv, e se tor-nou o mais importante do país.Desde 1988, a cidade de Carmiel, na Galileia, tornou-se famosa pela realização anual de um festival internacional de dança folclórica, reunindo companhias de todo mundo.Escolas e cursos se espalham de norte a sul, assim como a Biblioteca e o Arquivo de Dan-ça de Israel, centros de estudo e pesquisa que publicam livros sobre o tema, além do Anuário da Dança de Israel. Em cada cidade, kibutz, grupos menores se dedicam à dan-ça como parte do desenvolvimento desde a mais tenra idade, como uma atividade de la-zer . Chegando, assim, aos grandes grupos e alcançando aplausos das mais variadas pla-teias.

Organização Feminina WIZO de São PauloGestão 2017 – 2020

ExecutivoSulamita Tabacof Presidente de HonraNava Shalev Politi PresidenteMaria Cristina PeppiFrida Kier WeingartenSonia H. KhafifVice-presidentes

Ana Teresa Boucvar TesoureiraIza Mansur Assessora de GestãoMirta Landsman Assistente Executiva________________________________

-esta-de-volta-a-capital-agora-na-galeria-do-rock/http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/suplementos/gente/yes-nos-temos-carmen-1.1224729http://aeradoradioteatro.blogspot.com/2017/06/as-rainhas-do-ra-dio.htmlhttp://www.samicultura.com.br/pt-br/festa-de-boi-bumba-em-pa-rintins-do-ano-2016http://dontrefer.me/festival-in-brazil/records-vietking-throughout--festival-in-brazil/https://becodasgarrafasrio.wordpress.com/vinc3adcius-de-moraes--tom-jobim-1-sh151/http://www.cursoderedacao.net/elis-como-os-nossos-pais/https://veja.abril.com.br/galeria-fotos/o-cantor-jair-rodrigues/https://resistenciaemarquivo.wordpress.com/2014/04/11/e-proibi-do-proibir-diz-a-tropicalia-no-festival-da-cancao/https://oglobo.globo.com/cultura/tropicalia-comemora-50-anos-re-lembre-21947979https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/vestibular/noticia/2014/07/Aula-show-apresenta-disco-Tropicalia-para-vesti-bulandos-da-UFRGS-4559036.htmlhttp://www.premiodamusica.com.br/as-7-musicas-mais-iconicas--do-secos-e-molhados-com-ney-matogrosso/https://veja.abril.com.br/entretenimento/mc-loma-e-envolvimento--passa-anitta-e-vai-malandra-no-spotify/https://cultura.estadao.com.br/blogs/divirta-se/liniker/http://mpumalanga.com.br/o-reconcavo-baiano/https://www.tau.ac.il/events/concert-4-6-18https://www.jerusalemnet.co.il/article/55748http://www.mefik.co.il/page.asp?page_parent=14729https://coletivojudaico.wordpress.com/2013/08/23/sucesso-das--apresentacoes-da-orquestra-filarmonica-de-israel-sob-a-regencia--de-zubin-mehta/#jp-carousel-3026http://opusmagazine.co.il/report/mehta-review-ipo-1/https://www.kan.org.il/item/?itemid=28409https://www.motke.co.il/index.php?idr=400&p=2010475http://patiphon.co.il/PR/PRSingle_v1.aspx?code=-sep2017WOY&rid=3http://rotter.net/forum/scoops1/347379.shtmlhttps://www.kan.org.il/item/?itemid=28979https://www.20il.co.il/https://www.thoughtco.com/martha-graham-quotes-3525392http://www.hotpep.com/dancers.htmlhttp://dancamoderna.com.br/2014/musa-moderna-martha--graham-um-pouco-da-sua-historia/

EXPEDIENTE

Concurso WIZO de Pintura e Desenho 2018

DiretorasRosa Goldenberg MottaTania Plapler Tarandach

Jornalista ResponsávelDaniel Waismann (MTB 39408)Projeto e Diagramação Andréia ManczykImpressão Eskenazi Indústria Gráfica OnlineRedação Rua Minas Gerais 36 – CEP 01224.010 São Paulo – Brasil | Fone (11) 3257.0100 Fax (11) 3256.3099 www.wizosp.org.br

Ohad NaharinFonte: divulgação

ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO (DEVE SER COLADA ATRÁS DO TRABALHO NA PARTE SUPERIOR DIREITA)

AUTORIZAÇÃO DE UM DOS PAIS OU RESPONSÁVEL

CONCURSO WIZO DE PINTURA E DESENHO 2018 BRASIL-ISRAEL: MÚSICA E DANÇA

Apoio Cultural: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

NOME DA ESCOLA:..................................................................................................................................................... ENDEREÇO:.................................................................................................................................................................... CEP:...............................................CIDADE:................................................................................................................... TEL(..........)............................................EMAIL............................................................................................................... PROFESSOR:.......................................................................................................................... .......................................... MATÉRIA QUE LECIONA:............................................................................................................................................ DIRETORIA REGIONAL DE ENSINO: ........................................................................................ ................................ ALUNO:............................................................................................................................................................................ IDADE:...........................................................SERIE:....................................................................................................... ENDEREÇO:..................................................................................................................................................................... CEP:..............................................CIDADE:..................................................................................................................... TEL ( )................................................EMAIL:............................................................................................................

Aluno menor de 18 anos de idade deverá ter a autorização do pai ou responsável para participar em todas as fases do CONCURSO WIZO DE PINTURA E DESENHO 2018

BRASIL-ISRAEL: MÚSICA E DANÇA Apoio Cultural: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

AUTORIZO MEU (MINHA) FILHO (FILHA)......................................................................... ...................................., A PARTICIPAR DO CONCURSO WIZO DE PINTURA E DESENHO 2018 E A CUMPRIR TODAS AS ETAPAS ESTIPULADAS NO REGULAMENTO. NOME COMPLETO DO RESPONSÁVEL...................................................................................................................... RG: .......................................................................................................................................................................... .......... TEL (11) ........................................................................................................................................................................... LOCAL:....................................................................................................DATA.............................................................. ............................................................................................................................. ............

ASSINATURA DO RESPONSÁVEL

A Organização Feminina WIZO de São Paulo expede o presente comunicado com o objetivo de divulgar o Concurso WIZO de Pintura e Desenho 2018.

OBJETIVO: a) Incentivar a criatividade e a produção artística de alunos da rede pública de ensino do Estado de São Paulo que, orientados por seus professores, ampliarão seus conhecimentos sobre dois povos separados pela distância, porém próximos em suas afinidades e diversidades.b) Promover a apreciação artística e estética das produções sobre o tema em questãoc) Valorizar o desenho e a pintura como importante canal de comunicação e expressão.

PARTICIPAÇÃO: Alunos do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual

TEMA PARA 2018: “Brasil-Israel: Música e Dança”Presentes desde que o mundo é mundo, a Música e a Dança fazem parte da história de diferentes povos. Cada um a seu modo, da Anti-guidade aos dias de hoje, Os sons e os passos podem variar, seja nos cantos profanos ou litúrgicos, nas criações clássicas ou populares, presentes na tradição que passa de geração em geração, traduzidos como “marca” de cada cultura.E é esta riqueza, diferente no Brasil e em Israel, que os jovens artistas terão pela frente ao colocar seu conhecimento e sua criatividade nos trabalhos a serem enviados para o Concurso de Pintura e Desenho 2018 da WIZO.

APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS: Produção individual de pintura ou desenho em cartolina, papel ou tela sem moldura, sem dobras ou rasuras, medindo no máximo 50 cm x 70 cm. Com exceção de colagens, poderão ser utilizadas diversas técnicas como óleo, acrílico, guache, aquarela, nanquim, lápis, lápis de cera, mosaico, etc. A Equipe Docente/Coordenação Pedagógica da escola, selecionará até no máximo 10 (dez) dos melhores trabalhos de sua unidade e os remeterá à sede da Organização Feminina WIZO, em São Paulo.

IDENTIFICAÇÃO: No verso de cada trabalho, na parte superior direita, deverá ser colada uma etiqueta com as seguintes informações (modelo na página seguinte):Dados da Escola: nome completo, endereço, CEP, número de telefone com o código de área e indicação da respectiva Diretoria de EnsinoDados do Professor: nome completo e matéria que lecionaDados do aluno: nome completo, idade, série em curso, endereço, CEP e telefone com código de área Os alunos menores de18 anos deverão enviar autorização de um dos pais (modelo na página seguinte)

Atenção: A falta de uma das informações acima levará à não aceitação do trabalho enviado.

DATA E LOCAL DE ENTREGA DOS TRABALHOS: Os trabalhos deverão ser entregues até o dia 15 de outubro de 2018 na Organização Feminina WIZO de São Paulo à R. Minas Gerais, 36. CEP 01244. 010 São Paulo – SP, por correio ou pessoalmente. Não será considerada válida a data de despacho no correio no próprio dia 15. Informações pelo telefone (11) 3257.0100 ou por email [email protected]

CLASSIFICAÇÃO DOS TRABALHOS: O Júri Oficial, composto por um representante da Secretaria de Estado da Educação, artistas plásticos, membros e dirigentes da WIZO, selecionará e classificará os 3 (três) trabalhos vencedores, assim denominados 1º, 2º e 3º colocados. Poderão ainda ser selecionados trabalhos para recebimento de Menção Honrosa. O Júri Aberto, composto por integrantes da WIZO e convidados de outras organizações, selecionará 1 (um) trabalho que receberá o Prêmio Júri Aberto.A partir de 2014 foi instituído o Prêmio EJA, uma classificação especial para alunos adultos, inscritos nesse programa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO: A Cerimônia de Premiação será realizada no mês de Novembro, em data e local a serem comunicados através de convite postal enviado a todas as escolas participantes do Concurso WIZO e anunciada no site da instituição www.wizosp.org.br

PRÊMIOS1º Prêmio: o aluno vencedor, escolhido pelo Júri Oficial, e o professor que orientou o trabalho receberão passagens áreas de ida e volta a Brasília – DF, com hospedagem e visita por 3 (três) dias. O aluno receberá também 1 (um) aparelho eletrônico e 1 (um) kit de pintura. 2º e 3º lugares, Júri Aberto e Menção Honrosa: os alunos receberão 1 (um) aparelho eletrônico e 1 (um) kit de pintura.Todos os alunos premiados receberão uma medalha. Os professores também serão agraciados com prêmios. Haverá ainda distribuição de brindes e sorteio de uma bicicleta entre os alunos participantes da Solenidade de Premiação. Todas as escolas inscritas receberão Certificados de Participação.

OBSERVAÇÕES: Os casos omissos neste comunicado serão resolvidos pela Comissão Organizadora do Concurso. Os trabalhos recebidos não serão devolvidos e passarão a compor o acervo da Organização Feminina WIZO de São Paulo com direitos de reprodução, exposição e/ ou utilização conforme critérios por ela considerados oportunos.