duetos agosto 11_2013

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Duetando a “Alma” com Gui Oliva Procurando a poesia com Lêda Mello Fragmentos resposta poética edição de Sônia Pallone Duetando Vícios e Viços Walter Pereira Pimentel Vou e Vai Gui Oliva O vai-e-vem do papel com Sylvia Cohin Sobre novos e velhos encantos com Rosângela do Valle Dias Libertando o coração com Gui Oliva Poetando o “SE” com Gui Oliva Sentindo o coração da poeta Vera Mussi Acróstico da PAZ... seguindo o poeta Alceu Fragmentando o tempo com Jorge Linhaça “A minha oferta...” com Vera Mussi Pedido de Socorro entrelace de Sylvia Cohin Duetando o “Vale à pena...”, Gui Oliva e Michèle Christine Duetando com Gui Oliva Cadê? Por quê? com Taí... porque... Louvação Entrelace de Vera Mussi e Sylvia Cohin Os meus dedos errantes (Eugênio de Sá) e Os teus dedos (Susana Custódio) Fervendo, em décimas (Eugênio de Sá) e Ferve ao poeta... em décimas (Carmo Vasconcelos) Haverás (J. G. Martinez) e Haverei (Rose Mari) Foste Tudo,Não Foste Nada (E. Possídio) Glosa de Lêda Mello Florescer (Mercília Rodrigues) & Simplificar (Lêda Mello) Não Sei (Sylvia Cohin) & Tampouco Sei (Gui Oliva) Lágrima(Carmo Vasconcelos) & Tua lágria (Zéferro) A nau que naveguei Odir Milanez e Eugênio de Sá

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Page 1: Duetos agosto 11_2013

Duetando a “Alma” com Gui Oliva

Procurando a poesia com Lêda Mello

Fragmentos – resposta poética – edição de Sônia Pallone

Duetando Vícios e Viços – Walter Pereira Pimentel

Vou e Vai – Gui Oliva

O vai-e-vem do papel – com Sylvia Cohin

Sobre novos e velhos encantos com Rosângela do Valle Dias

Libertando o coração com Gui Oliva

Poetando o “SE” com Gui Oliva

Sentindo o coração da poeta Vera Mussi

Acróstico da PAZ... seguindo o poeta Alceu

Fragmentando o tempo com Jorge Linhaça

“A minha oferta...” com Vera Mussi

Pedido de Socorro – entrelace de Sylvia Cohin

Duetando o “Vale à pena...”, Gui Oliva e Michèle Christine

Duetando com Gui Oliva – Cadê? Por quê? com Taí... porque...

Louvação – Entrelace de Vera Mussi e Sylvia Cohin

Os meus dedos errantes (Eugênio de Sá) e Os teus dedos (Susana

Custódio)

Fervendo, em décimas (Eugênio de Sá) e Ferve ao poeta... em

décimas (Carmo Vasconcelos)

Haverás (J. G. Martinez) e Haverei (Rose Mari)

Foste Tudo,Não Foste Nada (E. Possídio) – Glosa de Lêda Mello

Florescer (Mercília Rodrigues) & Simplificar (Lêda Mello)

Não Sei (Sylvia Cohin) & Tampouco Sei (Gui Oliva)

Lágrima(Carmo Vasconcelos) & Tua lágria (Zéferro)

A nau que naveguei – Odir Milanez e Eugênio de Sá

Page 2: Duetos agosto 11_2013

L

TRANSMUDAÇÃO D´ALMA

Gui Oliva

minh´alma vive em elegia,

canta o canto dos teus versos

com amor, e se refaz a cada dia,

transmuda-se do lúgubre em lume

Santos/SP 28/04/07

APELO D'ALMA

Michèle Christine

Que se levante em reza-ladainha

sem tristeza e nostalgia,

louvação de adeus à elegia.

Que se levante em reza-ladainha

Page 3: Duetos agosto 11_2013

com firmeza e harmonia.

louvação à chegada da alegria.

Que se conserve como reza-ladainha

festejando o renascer do dia-a-dia,

a beleza mais-valia da poesia.

Que se conserve, poeta, o seu lume,

o seu dom vaga-lume,

candeia dessa vida-caminhante

paz da nossa alma inconstante.

Belo Horizonte, nov./2007

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Page 4: Duetos agosto 11_2013

CADÊ POESIA?

Lêda Mello

Seguir é preciso.

Sentir, nem tanto!

Seguir sem sentir,

talvez, é preciso.

Apagar saudade,

esquecer lembranças...

Secura, deserto

nas entranhas da alma.

Os sonhos não brotam,

não nascem os versos.

Sem sonhos, sem versos,

cadê poesia?

Arapiraca (AL) - Brasil, 07.05.2007

Início

Page 5: Duetos agosto 11_2013

TUA MORADA... A POESIA!

Michèle Christine

Abre a tua alma, canta,

sente que ela não está vazia!

Tem lume de verso que encanta,

tem oásis de rimas, tem magia!

Embale-a com teus sonhos de poeta,

plantados com sementes de alforria!

Esquece essa lembrança irriquieta,

dê asas de condor a alegria.

Regresse ao teu rumo, ao teu repouso,

tua ribalta em vigia está armada.

Abrace a poesia, ela é teu pouso

A poesia é tua morada...

Belo Horizonte (MG) - Brasil, 08/05/2007

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Page 6: Duetos agosto 11_2013

Fragmentos

Michèle Christine

"...Repudiar o impossível... é impossível...

Ele não deixa o relógio parar;

as horas viram danças exaustivas que suam tristezas

e o corpo reage às vigílias e vive com as estrelas.

A esperança se veste de vontade

e transborda a espera em emoção

Seu espaço vira vida,

roda-vida, roda-viva...

O avesso enquanto lassidão

vira o direito da vibração..."

2007

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Page 7: Duetos agosto 11_2013

Meu vício

Walter Pereira Pimentel

Em ti começa o meu vício

Minha fome de amor

Minha alegria, minha dor

Meu suplício...

Te seduzir, te conquistar

Foi promessa, foi feitiço

Sabes disso

Não podes negar

Aceita-me então como sou

Sem tirar nem pôr

Minhas "fomes", meus desejos

Saciarei em ti, deixa acontecer

O tão sonhado beijo

Embriaga-me de prazer!

Page 8: Duetos agosto 11_2013

Meu Viço

Michèle Christine

Tu não és mais o meu vício,

tampouco meu desperdício,

ou minha dor, minha promessa,

ou o meu suplício.

Não és alfa, nem beta, nem gama.

És meu inteiro, meu braseiro, minha rima.

Timoneiro da minha rotina, lamparina.

Minha gana, meu calor e minha cama.

És minha veste, meu calçar e meu intento,

meu presente, luar fervente, meu tempo...

meu beijo com gosto de uva,

meu perfume com cheiro de chuva.

És minha paixão, minha chama,

pelerine suada de flama, meu bulício indecente,

minha carícia inocente.

Meu fermento e minha preguiça.

Meu mundo inteiriço...

meu viço.

Belo Horizonte, 23/06/2007

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Page 9: Duetos agosto 11_2013

VOU

Gui Oliva

VAI

Michèle Christine

Versejar,

pode ser mau

o verso, mas é meu

Voar vôo viageiro

de vida-viva, veleiro,

pois que é valentia, valsa, valia.

É verdadeiro.

Vício

que corrói alma,

mas ela não esqueceu

É ventura! Viveza de anjo,

vermelho-vinhedo,

varanda-de-renda ao vento ventoso.

Vontade

que apazigua, acalma

e me mantém

Vogar ditoso.

Viva Versejo, verso,

ventura vespertina,

verde-oliva, várzea verdejante,

vesperal com viso de verão.

Page 10: Duetos agosto 11_2013

não me vejo

em apogeu,

só tento voar

É vocação!

Voejo Valor de poeta,

minha veneração.

Volátil

vou versejar

vício vontade viva

voejo volátil

08/08/2008

15/07/2008

Início

Page 11: Duetos agosto 11_2013

A REVOLTA DO PAPEL

Sylvia Cohin

O PAPEL QUE VOLTA

Michèle Christine

Peço licença ao papel

e rabisco algumas linhas,

(uma daquelas cartinhas)

para o meu Papai Noel...

Há que pedir licença,

(que seja dita a verdade)

que o papel é só descrença

e lhe dói a nulidade...

Para Sylvia Cohin

presente da Michèle

Dezembro/2006

Constrangida e cautelosa

vou escrevendo e riscando

Da lonjura do além-mar

"teu papel" entrou-me à casa

Page 12: Duetos agosto 11_2013

toda verve caudalosa

que o papel vai rejeitando...

com rabiscos de desejos

e traçados de esperança.

“Feliz Natal e Ano Novo,

Dinheiro, paz e saúde,

Feliz enfim o meu povo

livre de toda inquietude...”

“Reina Amor na humanidade,

Acaba a Pobreza no Mundo,

O que se fala é verdade...

O Bem anda mais Fecundo...”

Dos rabiscos e traçados,

constrangimento e cautela,

nasce tua carta singela

ao Pai Noel que espera

sem cansaço e sem estorvo

acatar tua quimera.

Vejo o papel amarelo

a fitar-me com descrença...

como quem ri do anelo

querendo que o convença...

Em além-mar volta o velho,

brejeiro no seu vermelho

de boné, bota e bengala

e o teu mundo desembala:

“Todo Homem é Irmão

e Reina a Paz sobre a Terra,

Já não se fala de Guerra

A Justiça ergueu a mão!”

muito papel confiante...

papel cor, tons do amor...

papel branco, esperanto...

ousando te convencer

muito neles escrever

poemas, versos e canto.

Nas linhas da minha carta

noto um movimento brando

Do teu pedido, um trato:

teu mundo novo é o retrato

Page 13: Duetos agosto 11_2013

cada palavra se aparta,

outra palavra buscando...

E olhando estarrecida

a revolta do papel,

leio a carta assim nascida

para o meu Papai Noel:

do teu poetar, do teu canto.

Do teu canto... um recanto.

Do teu poetar... sacrossanto acalanto.

Teu Novo Mundo... sem pranto... só

encanto!

“Pra poupar-te de cansaço

E não te causar estorvo,

Um só pedido eu te faço:

Traz pra mim um Mundo Novo?”

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Page 14: Duetos agosto 11_2013

NOVOS ENCANTOS…

Rosângela do Valle Dias

Sem mistérios, sem silêncios!

Naquele bosque, imensidão de esperança...

Quietude na passagem da brisa!

Novos encantos ...

Dentro de mim,

um coração,

até então, adormecido,

pulsa forte,

encantado, ritmado, iluminado...

Caminho entre as árvores

à procura do meu refúgio.

As folhas, caídas,

sussurram sob meus pés,

como se quisessem me mostrar,

como se pudessem me levar

Page 15: Duetos agosto 11_2013

por um atalho seguro,

à fonte dos meus desejos,

ao meu oceano de sedução

em ondas de êxtases!

Mais quereres,

mais encantos,

mais prazeres...

Sem mistérios ...

BH/MG -17/abril/2007

VELHOS ENCANTOS...

Michèle Christine

Com mistérios, com silêncios!

Naquele bosque, densa desilusão...

Lamentos do vento... um pranto!

Desencanto...

Em mim,

um corpo,

morada da solidão,

que estremece,

descompassado, dorido, sem expressão...

Olho os rabiscos de sol entre os galhos

e procuro a cadência da calmaria.

Page 16: Duetos agosto 11_2013

O ruído das folhas secas,

barulham nostalgia,

mostrando insistente agonia,

que chora os olhos e soluça a garganta.

Vontade que avança e canta

de saciar meus desejos,

de querer outros beijos,

de delírios, de lirismo,

de conto de amor!

Mais querência,

mais ardência,

mais paixão...

Sem mistério,

sem silêncio,

sem dor.

BH/MG - 19/abril/2007

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Page 17: Duetos agosto 11_2013

Liberte

Gui Oliva

Deixe livres sons melodiosos...

pela madrugada afora

compasse o coração

bem ritmado e, assim,

sob ela enluarada

seja, finalmente,

o regente dele agora.

Santos/SP 25/03/06

Coração liberto...

Michèle Christine

Nem as luas enluaradas

nem os dias de sol, o rouxinol

ou o girassol...

nem jardins, nem perfumes,

Page 18: Duetos agosto 11_2013

nem lágrimas e queixumes,

farão compassar meu coração.

Ele não tem siso, nem guiso,

é impreciso.

Faz rondas, sonda e avança ondas...

engenha caminhos da sedução.

E sendo seu próprio agente,

concludente

queima-se, constantemente,

nos braços da paixão.

Início

Page 19: Duetos agosto 11_2013

SE

Gui Oliva

Se a vida te acaricia,

amor amigo a ti devota,

a morte não o elimina

frente a ela procura rima,

e também não te aquieta

diante dela verseja,

com versos espanta a dor,

chora em canto

és poeta!

Santos/SP 30/06/07

Page 20: Duetos agosto 11_2013

SE

Michèle Christine

Se algum dia me vires partindo, poeta,

dá-me os teus versos,

coloca-os entre as minhas mãos.

Partirei suave e quieta.

Voarei borboleta

nascida dos retalhos coloridos,

vividos e amados

que a inspiração da tua poesia interpreta.

Ou serei violeta

no canto de um jardim de poesia, sem agonia,

porque sempre fostes meu contentamento,

minha graça, meu alimento.

E naquele canto fica sem tempo... só no vento,

tudo aquilo que mais me fez feliz.

Abristes o meu coração de aprendiz

e restaurastes todo o amor que nele sempre desfiz.

Belo Horizonte, MG-30/12/2007

Início

Page 21: Duetos agosto 11_2013

Um coração que sente

para a Vera Mussi

Sylvia Cohin

As notas esvoaçam a trinar

e depressa ou lentamente,

espalham a magia pelo ar

num canto ora feliz, ora dolente...

Um coração não pára de pulsar

senão quando se assusta ou sofre,

de mal de amor fica doente,

ou guarda em segredo como um cofre,

o que lhe custa confessar...

Mas também pára embevecido

ante a grandeza do Mistério

e em reverência emocionante,

tenta guardar a natureza do instante.

Tudo percebe à sua volta,

Page 22: Duetos agosto 11_2013

mas porque sente, tudo sabe.

Pensa... e se há revolta,

acautela-se, pulsando mansamente...

fechando d'alma os olhos,

Alma tão grande que nem lhe cabe...

Procura longe, muito além,

no horizonte sem escolhos,

um novo alento p'ra pulsar serenamente...

Eu já nem sei, mas se pressinto bem,

"é feminino todo coração"

que sente como este.

Azul é seu olhar tão transparente,

calmaria e sobressalto...

onde pousa, deixa um toque de emoção

e segue solfejando ora em contralto

ou em surdina,

desordenado diapasão

do velho coração de uma menina.

Sylvia Cohin

Portugal, 19.09.2007

Conheço este coração sentido

(Michèle Christine)

Este coração que sente,

Page 23: Duetos agosto 11_2013

é um coração que está presente,

com guerra, com paz, com dor...

o pulsar é sempre pelo amor.

Amor grande, de maior valia,

amor que canta, encanta, que é vida.

Amor que cala, que chora sem guarida.

Amor-amar-amando, amor-doído-ferida.

Se o olhar é calmaria de azul,

o peito é carmesim de paixão,

é nesta dança-mudança

que conheci a Vera-poeta, mulher, esperança.

Poeta que poeta vida, mulher que compassa a lida

o verde da esperança pinta a sua travessia.

Com calmarias, ventos ou ventanias,

a vida lhe dá chegadas e saídas,

aconchegos, medos e enredos...

na poesia.

Michèle Christine

Brasil, 27.09.2007

Início

Page 24: Duetos agosto 11_2013

Se o homem cultivar o Perdão

À luz da virtude do Amor,

Sem lhe faltar com o Zelo,

Será revelado o segredo

E o mundo terá solução.

Alceu Sebastião Costa

São Paulo, 15 de Junho de 2000.

Resposta ao Acróstico da Paz

Page 25: Duetos agosto 11_2013

Eu cultivo o Perdão,

no coração tenho Amor;

pela natureza o Zelo,

pelas pessoas afeição,

e ao meu Deus devoção.

Se é pra revelar o segredo

de como amanhecer a PAZ...

afirmo com convicção:

FAÇO PARTE DA SOLUÇÃO!

Michèle Christine

Belo Horizonte - MG

Início

Page 26: Duetos agosto 11_2013

Fragmentos do tempo

Jorge Linhaça

Desfaz-se o tempo

dilui-se o momento

esvai-se no vento

Minutos perdidos

segundos esquecidos

instantes rompidos

Horas vazias

dias de utopias

meses de fantasias

Séculos fragmentados

décadas dispersas

anos pulverizados

Page 27: Duetos agosto 11_2013

Distorção dos sentidos

ilusão semi-ótica

tic-tacs não mais ouvidos

Fragmentos do tempo

Michèle Christine

Tomara que o tempo

guarde meu momento

no pensamento.

Minutos renascidos,

segundos tecidos

de instantes coloridos.

Horas de alegria

dias de energia,

meses de harmonia.

Século oportuno

décadas em uno

anos de aprumo.

Beijos respondidos,

sonhos atrevidos

e ouvidos

no tic-tac dos sentidos.

Início

Page 28: Duetos agosto 11_2013

Convite que faço a

Querida Poeta Amiga Michéle

Visite o Site

http://www.veramussi.com.br/

Comemorando meio ano de existência

,

plenamente feliz!

Aceitei teu convite ao site e,

em lá caminhando, me encontrei.

É honra, é graça!

A minha oferta ...

Um Poema ao Amor

"A minha oferta" ...

Amor em poema

Vera Mussi Michéle Christine

Nos intervalos...

Lindos sonhos imaginários

Novos cenários!

"A minha oferta" ...

à poeta

transcede

o breve.

Tantos retalhos...

Embutidos nas páginas

Do Livro da Vida.

É sempiterna e fraterna,

branca preciosa,

cor da paz.

Page 29: Duetos agosto 11_2013

Pertinaz.

Audaz.

Entre versos e rendas

Poesias inspiradas

Sob encomenda

Em rimas matizadas...

Nas cores de um céu de anil...

"Estrela das neves"

ou lume de verão,

circunscreve

o céu, o vento,

o tempo.

Tudo por mim

Idealizado

Todos os meus dias

Encantados...

Tantos versos espalhados

Pelo Universo - Fim

Por Deus

Sempre iluminados !

A minha oferta

à poeta

tem beleza nobre de flor,

talismã supremo do amor.

Tem mistério de fada,

luz de lua prateada,

floração alpina

divina obra-prima.

Nos etéreos espaços

Brilham as estrelas reluzentes

Tantos abraços...

Transcendentes

Ternos beijos...

De um anjo azul...

Todos os desejos mil !

Entre blocos rochosos

a persistência da lida.

Entre ecos verdejantes,

perfumados e alados,

a singeleza da vida.

Afetos de raro sabor

Um poema ao Amor

"Quase primaveril ..."

A minha oferta

aos poetas

são ramos, muitos ramos

de "Edelweiss"...

especiais,

Colhidos na emoção

Page 30: Duetos agosto 11_2013

do meu coração.

"Do coração é a razão dos amigos"

Carinho e Gratidão

Vera Mussi

1º de Setembro/2008

"Do coração é a razão dos

poetas"

Parabéns Vera, Parabéns poetas

que congregam a festa de

existência do

http://www.veramussi.com.br/

Carinhos meus,

Michèle

12 de Setembro/2008

Início

Page 31: Duetos agosto 11_2013

PEDIDO DE SOCORRO

Michèle Christine & Sylvia Cohin

Pedi socorro ao poeta

para que alguma inspiração,

levasse ao destino certo

o meu afeto completo...

recoberto de gratidão.

Nasceu da mão duma esteta

e um sopro de monção

espalhou em céu aberto,

o poema que decerto

pousou no meu coração...

Então me sussurou aos ouvidos

Quintana de tempos já vividos:

"Ser poeta não é dizer grandes coisas,

mas ter uma voz reconhecível

dentre todas as outras"...

ao coração que é sensível.

De Quintana em tempos idos

versos de saber colhidos

que ignorar é impossível,

como as rimas que aqui poisas

nesse tom inesquecível!

Page 32: Duetos agosto 11_2013

Assim, recebam, Syl e Gui

esta trova de agradecimento

pelo som que me traz o vento

quando recebo, nas suas palavras,

outras... que me dão alento.

Assim, recebe co'a Gui

este mimo onde acrescento

um aplauso muito atento

ao poema com que lavras,

gratidão e sentimento!

Beijosssssssssss

Syl

02.01.2008

Início

Page 33: Duetos agosto 11_2013

VALE

Gui Oliva

Já dedilhou o poeta Fernando Pessoa

"tudo vale à pena se a alma não é pequena"

Assim, vale à pena ouvir de novo

e muito a pena vale, toda vez que fale

do amor e ao versejar o escancare.

Vale? indagam na Espanha toda vez

que, dialogando contigo alguém esteja,

e mais vale se for troca de conversa

sobre um amor que já se fez.

Vale recordar o sonho não desfeito,

vale lembrar o ótimo, o bom

e até vale quando indevido é o efeito,

vale não esquecer que a vida são momentos

que passam, e em átomo de segundos

se dão rarefeitos,

vale no entanto sentí-los mais do que perfeitos,

vale a correnteza de toda aquela água

que corre como se descesse vale de lágrimas.

Vale relembrar sim todo aquele aguaceiro,

Page 34: Duetos agosto 11_2013

vale represar o choro, vale imaginar amor novo,

vale, mas sem esquecer que da vida, no seu todo...

serás sempre simples passageira ou passageiro!

Santos/ 04/02/07

www.vidaemcaminho.com.br

SIM... VALE

Michèle Christine

E Mário Quintana soprou: "quero , um dia, dizer às pessoas

que nada foi em vão... e que valeu a pena".

Como vale à pena o pensamento e a ação

ou a gota-serena na açucena

e os voos silenciosos

das misteriosas falenas.

Vale a vez, o talvez e o fez,

vale a palavra, o aceno, a poesia.

Da paixão vale até a insensatez

e do amor vale-mais a alegria.

Vale a roda-do-tempo de todos os momentos:

tempo de chuva e de calor-sem-ventos,

tempo da dança, primavera-de-flores,

vale a conquista e vale o mal-de-amores.

Vale floretear o dia e o aquietar das boas-noites,

como valem o tanto, o quanto e o enquanto

dos açoites sensuais das entrenoites.

Vale o sorriso, o siso e o improviso,

vale sonhar com o paraíso.

Vale o presente, vivente. Vale o passado, lembrado.

Page 35: Duetos agosto 11_2013

Vale o futuro afortunado.

Sim, " tudo vale à pena, se a alma não é pequena".

BH, 24/11/2009

http://michelechristine.wordpress.com/

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Page 36: Duetos agosto 11_2013

Cadê? Por quê?

Cadê? procuro por toda sesmaria

como achar em verso amor,

sem que eu dispense a teimosia

de não apagar este calor!

Por quê? não festejo mais o sonho

e brota meu verso à revelia,

razão indaga... coração tristonho

cadê, dos versos que rimas, a magia?

Gui Oliva

Page 37: Duetos agosto 11_2013

08/05/07

www.vidaemcaminho.com.br

Taí... porque...

Taí! em algum canto do jardim

meu verso encantado de amor

que implora nas notas de um flautim

tua presença, teu cheiro, teu sabor.

Porque o sonho se abre num sorriso

e do sorriso é que brota a inspiração

a mente crê ... que do coração alegre

nascem os versos mais mágicos da paixão.

Michèle Christine

26/05/2010

www.michelechristine.wordpress.com

Ilustração conservada de Olga Kapatti

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Page 38: Duetos agosto 11_2013

" LOUVAÇÃO "

Sol da Minha Vida

vera mussi

&

Norte da Minha Vida

sylvia cohin

Não está distante... nem muito longe,

ao contrário,

Page 39: Duetos agosto 11_2013

Luz da minha vida... meu relicário...

bem perto deste coração amante!

Verdade histórica...

Força que me leva adiante,

Coragem estóica.

Minha grande vitória

Norte de minha história

Sol que aquece as intenções gélidas,

Lume que esfuma as palavras pérfidas...

Sol que derrete o mel do amor menino

das emoções crianças...

Farol que acena ao meu destino

a sábia luz de temperanças...

Dor suave que passa ao som da voz

das primeiras esperanças...

Curso que leva à foz

a tristeza de lembranças...

Calor que enxuga lágrimas choradas,

gotas de cristal embalsamadas!

Abrigo de duras jornadas,

de intempéries inesperadas!

Manto de Luz que abençoa e cura.

Bendita chuva de Graça pura.

Page 40: Duetos agosto 11_2013

Amor integral!

Certeza incondicional!

És tu meu Deus, o Sol dos meus dias

Luz de minhas travessias...

Todas as alegrias

A Fé que me sustenta

O Maná que me alimenta

Envias os sinais, acenos de conforto...

Nau que me conduz ao porto...

Toda harmonia que os Teus Olhos

podem ver,

E o Teu Sagrado Coração pode sentir

por mim,

Tu me desvias dos escolhos

e das procelas por vir...

Todas as graças derramadas

sobre mim

Tu és o Amor que jorra enfim

Para um lindo viver!

Promessa de Alvorecer!

Tantas bençãos

De tuas mãos

Page 41: Duetos agosto 11_2013

Tanto SOL na minha vida

Jamais terá fim!

És a última guarida

Canto de Paz em mim!

Eu Te louvo, meu Deus

Senhor dos dias meus!

SOL de teus filhos amantes,

Guia dos meus pés errantes

renascidos nesse amor transcendente,

O meu rumo permanente!

Ave Maria!

Ave!

"Eis aqui a serva do Senhor"

- Ensina-me o teu Amor!

"Faça-se em mim segundo a tua palavra "

- Faz de mim a tua lavra!

Amém!

Convém!

Amém!

Por mim,

Amém!

Por quem...

Amém!

Page 42: Duetos agosto 11_2013

VERA MUSSI

SYLVIA COHIN

17.12.2005

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Page 43: Duetos agosto 11_2013

Os meus dedos errantes

Eugénio de Sá

Os meus dedos, amor, dedos errantes Úteis partes de mim, mas que eram teus

Sem o altar do teu corpo são ateus Não se enternecem a orar como antes

São as extremidades destas mãos cativas Da saudade que as tuas lhes deixaram;

Os meus dedos nos teus, como brincaram Entrelaçados eles e nossas vidas

É triste que hoje os saiba acarinhados

Por outros que talvez não te amem tanto Enquanto estes meus sofrem, ignorados

Mas sensações perduram, entretanto;

Nestas mãos que te amaram sem pecado Ficaram as memórias do encanto!

Page 44: Duetos agosto 11_2013

Os teus dedos

Susana Custódio

Esses teus dedos, dedos vacilantes Partes úteis de ti que foram minhas Dedos com que ainda me acarinhas

Mas que estarão perdidos e distantes

Estas mãos hoje inertes e cativas Das carícias que em mim me deleitaram; Os nossos dedos, como eles brincaram

Longe se encontram eles e nossas vidas

Ah, como eles foram tão acarinhados Pois só tu me amas-te, casta e ternamente

Devem sofrer horrores, ignorados

Mas perduraram tantas sensações Nestas mãos que te amaram, sem pecado

Onde latejam tantas recordações!

Portugal - Fevereiro 2011

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Page 45: Duetos agosto 11_2013

Fervendo, em décimas

Eugénio de Sá

A cem graus ferve a água e dá o mote

Às fervuras que temos nesta vida

Ferve em tristeza uma causa perdida

Ou de um perdido amor ferve o derrote

Fervem uns olhos lindos ao dichote

Ferve numa quezília o palavrão

Ferve uma mãe que morre d’aflição

Ao ver em perigo o filho desvalido

A raiva ferve aos atos sem sentido

Ferve o ouvido ao som de uma emoção.

Ferve na carne o sol em combustão

Que nos dota de tom a branca pele

Ferve d’insuportável e repele

Uma mordaz e vil insinuação

Fervem no ar as notas da canção

Que nos recorda uma ilusão perdida

Fervem em pranto memórias da vida

Que nos trazem ruídos de saudade

Ferve o desejo num corpo sem idade

Page 46: Duetos agosto 11_2013

Pois sem idade é todo o coração.

E se o ciúme ferve e dói na carne

Ao falso anúncio de traição fatal

Mais ferve a injustiça de um Natal

Que um velho passa só e abandonado

Porque é dos velhos esse triste fado

Como dos jovens é a inconsciência

Quando lhes ferve o vício em consistência

Mas se ferve o amor não se derrama

Se o soubermos manter como uma chama

Que se alimenta da nossa paixão.

Brasil/Setº/08

Ferve ao Poeta... em décimas

Carmo Vasconcelos

Fervem-lhe os sãos direitos esquecidos

Aos homens, às mulheres e às crianças

Ferve-lhe um amanhã nulo de esperanças

Para os entes mais desfavorecidos

Ferve-lhe a justiça surda e cega

Que à solta deixa ímpios e ladrões

Ferve-lhe a impunidade que lhes lega

E mete os indigentes nas prisões

– Inocentes se roubam um milhão

Culpados se com fome roubam pão!

Fervem-lhe ao rubro os luxos desmedidos

Vaidades sem acerto e probidade

Fervem-lhe os que de tudo desprovidos

Dia-a-dia morrem em mendicidade

Fervem-lhe as verdes matas derrubadas

Para servir aos reis da construção

Ferve-lhe o planeta que sem espadas

Mortífero se insurge à poluição

– Homens possessos dum agir macabro

Conducentes do mundo ao descalabro!

Page 47: Duetos agosto 11_2013

Ferve-lhe na pena o sangue do poeta

Gritam-lhe a dor as letras em cachão

Ferve-lhe n’alma a mágoa secreta

E na mente a denúncia p’la razão!

Ferve-lhe a impotência pela justiça

D’ alçar a moralidade em declínio

Ferve-lhe a mão pra comandar a liça

Em resgate da Paz em extermínio

- Na pena a garra de abolir o imundo...

Ao Poeta a força de mudar o Mundo!

Lisboa/Portugal Fevº/2008

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Page 48: Duetos agosto 11_2013

HAVERÁS... José Geraldo Martinez

Haverás de viver em mim,

tal qual as neblinas nas grandes serras...

Viverás sem fim e tornarás, assim,

as flores de todas as primaveras!

Haverás de viver em mim,

tal qual os peixes no grande mar...

Quais madrugadas misteriosas e silentes,

buscando mansamente o dia chegar!

Haverás de viver feito as aves,

que voam ao céu fugitivas...

O sol que humildemente busca o poente,

para que a noite se cubra vida!

Eternamente feito a lua a beijar

o grande lago...

Sempre assim e cá dentro de mim, docemente,

tal sereno adormecido nos cravos!

Haverás de viver em mim sem tempo...

Como vivem as chuvas livremente!

Qual estrelas no cosmo, olhos do mundo,

Page 49: Duetos agosto 11_2013

a brilharem no firmamento...

Quando esta vida me calar e

a morte chegar com toda aspereza...

Serei toda a saudade que ficar,

tal qual foste para mim todo amar,

a própria natureza!

06/6/2011

HAVEREI... Rose Mori

Haverei de estar em ti

como a água que brota da fonte,

saciando o tempo de tua sede...

Haverei de estar em ti

como um fogo ardente

que não se extingue jamais...

Haverei de estar em ti

como o ar que respiras

e que refrigera tua alma...

Haverei de estar em ti

como a raiz do grande carvalho

que te abriga do sol inclemente...

E se um dia a vida te calar,

ainda assim,

haverei de estar em ti,

como a terra que te receberá...

Haverei de estar em ti

hoje e eternamente,

como a própria natureza.

06/06/2011

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Page 50: Duetos agosto 11_2013

Foste Tudo...

Não Foste Nada...

Emília Possídio

Foste silêncio nas longas esperas,

pergunta sem resposta (presa) ao coração,

obra inacabada ultrapassando eras

esquecida na estante da ilusão.

Foste tristeza nos jardins do mundo,

onde a açucena não pariu a flor

e o sorriso, num rosto moribundo,

perdeu-se na noite, morreu sem cor.

Foste incerteza em caminhos duros,

dúvida...Quisera eu - fosses verdade!

Foste nuvem vagando nos escuros

das noites sem nenhuma claridade.

Foste solidão, campo abandonado,

fenecer do amarelo dos trigais

impedidos de crescer no prado,

por teus passos sem rumo e marginais.

Foste tudo, naquela madrugada,

mas não ouviste o som dos madrigais!

Page 51: Duetos agosto 11_2013

(Emília Possídio)

Recife (Pe) - Brasil

Glosa de Lêda Mello

Mote:

Foste silêncio nas longas esperas,

pergunta sem resposta (presa) ao coração,

obra inacabada ultrapassando eras

esquecida na estante da ilusão.

GLOSA:

Vieste à minha vida e te fiz senhor,

Tudo te dei no nada das quimeras.

Eu fui palavra expressando amor,

Foste silêncio nas longas esperas.

Nesse intervalo de uma vida inteira,

Do tudo que sonhei foste a fração,

Elo perdido n'alma prisioneira,

Pergunta sem resposta (presa) ao coração.

Trecho de um livro que não foi escrito,

Gotas de chuva em céus de primaveras,

Tela esquecida no tempo infinito,

Obra inacabada ultrapassando eras.

Do tudo que sonhei, sincero e franco

E dei abrigo no meu coração,

Restou o nada de uma folha em branco

Esquecida na estante da ilusão.

(Lêda Mello)

Arapiraca (AL) - Brasil

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Page 52: Duetos agosto 11_2013

FLORESCER

Mercília Rodrigues

A margem do rio cobre-se de flores.

Exalam perfumes, talvez por gratidão.

Belezas anônimas medradas em cores,

São, por certo, o amor na imensidão!

Permanecem em ciclo quase ínfimo,

Mas derramam no solo a semente,

Morrem na terra, em louvor íntimo,

Para renascer florzinha humildemente!

Por que temos um olhar impuro?

Por que nossa mente é obscura?

Somos almas pelo Pai criadas,

Para galgar cada patamar da altura.

Também fechamos a porta da estrada,

Levando em nossa bagagem de aprendiz.

Errar e aprender muito,

Mas é com pouco que se é feliz!

[email protected]

Page 53: Duetos agosto 11_2013

SIMPLIFICAR Lêda Mello

Vejo o rio, na mansidão das suas águas.

Segue, sem pressa, para o seu destino,

Na certeza de que há um berço de mar

Esperando para o acolher e acalentar.

Observo as flores do jardim.

Simples ou nobres... Não importa.

Não importa a cor, o formato, o perfume.

São, igualmente, belas, na harmonia de quem sabe

Que as diferenças se completam.

Passeio entre os irmãos de caminhada.

Não temos tempo para enxergar o outro,

Não há o espaço do olhar para dentro de si.

Não há tempo...

Apressados para chegar (aonde?),

Não olhamos, não enxergamos, não vivemos.

Não aprendemos com a sabedoria do rio

Ou com a harmonia das flores.

Buscamos no emaranhado do complexo

O que só será encontrado na simplicidade.

E somente chegados à última curva do caminho,

Ao lançarmos um olhar ao que ficou para trás,

Percebemos quanta vida foi gasta sem proveito.

Basta-nos tão pouco para sermos felizes!

Arapiraca (AL) - Brasil

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Page 54: Duetos agosto 11_2013

Não sei.....

Sylvia Cohin

(uma alusão a nossos papos inesquecíveis...)

Não sei se penso ou se digo,

mas sinto...

Não sei se quero ou desdenho,

não minto...

Do morse de meus dedos

voejam segredos.

Escondem-se entre linhas,

espaços brancos que recheio...

São traços, são bainhas,

pespontos onde chuleio

pensamento ou devaneio...

Não sei se devo...

Devia?

Que respondam os meus dedos

esses cofres que sem medos

Afoitos ou reservados...

Page 55: Duetos agosto 11_2013

Insolentes destemidos...

Costuram tantos 'tecidos'

que exprimindo-se agitados,

Falam do que eu nem sabia...

Brasil, 17.11.2008

TAMPOUCO SEI

Vou duetar... nem sei se devo

pois virou moda... só aludo

a sentença : dueto proibido.

Teimosa, antecipo... escrevo

mas o segredo não desnudo

quando se proíbe...vira querido.

Assim, só enviarei... quase do prelo

versos do Não Sei... mas só cuido

ressaltar tudo que tem de belo!

Gui Oliva

(em novembro/08 – julho/12)

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Page 56: Duetos agosto 11_2013

A Lágrima!

Carmo Vasconcelos

Não sei por que uma lágrima rolou,

teimosa e repentina plo meu rosto, se na minha alma mora um sol de agosto

e no meu peito um amor que despontou…

Por que tal emoção me transtornou tal uma iluminura de sol-posto?

Se em vez de partitura de desgosto, foi um concerto de anjos que chegou…

E nesse acorde de harpas promissor,

foi como o mundo então rodasse em cor, alagando os meus olhos por te ter…

E a lágrima incontida transbordou,

e de ânsias liquefeita deslizou, buscando os beijos teus para a sorver!

` Carmo Vasconcelos

Lisboa/Portugal 27/Outº/2012

Page 57: Duetos agosto 11_2013

Tua lágrima Zéferro

A lágrima que rola em belo rosto

É pérola que cai qual uma dádiva E tú que és o meu sol de agosto

Trouxeste-me ventura em um átimo

Porque tu és o meu farnel de flores Encantas minha vida qual jardim E Deus o criador de mil amores

Guardou deles o mais belo pra mim

Tu és minha certeza de ventura Meu remanso de paz e de harmonia Me trazes tanto amor tanta doçura Que só posso te dar minha poesia

Tua lágrima veio ao meu peito

E fez de mim dos deuses o eleito

Zéferro, 4-jul-13

S. Paulo – Brasil

http://www.carmovasconcelos-fenix.org/Enlaces/CV-Enlaces.htm http://www.carmovasconcelos-fenix.org/Enlaces/J-F-%20MARQUES_ZE-FERRO/CV-Enlaces-JFM6.htm

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Page 58: Duetos agosto 11_2013

A NAU QUE NAVEGUEI

Odir Milanez

A nau, em que me fiz navegador

no mar dos menestréis do nunca mais,

encalhou nos calhaus do chão do cais,

devastada das ondas ao fragor.

Só meus versos restaram, sem valor.

Sequer o vento os viu nos vendavais.

Nem mesmo as ondas, rudes nos caudais,

ouviram minha voz cantando amor.

A nau que naveguei eis destruída.

Pereceram meus sonhos no porão.

Dos velames ventosos, tristes troços...

Aos sonetos sensuais a que dei vida,

só vestígios inversos, sem razão.

Como dói ver meus versos em destroços!

JPessoa/PB

13.07.2013

oklima

Page 59: Duetos agosto 11_2013

A NAU QUE NAVEGUEI

Eugénio de Sá

Da minha nau, resta a quilha na lama

E uns quantos pedaços arqueados

Das côncavas cavernas dos costados,

Nada que lembre o que lhe deu a fama.

Com ela naveguei, tendo a bombordo

Toda a costa africana ocidental

Depois de haver deixado Portugal

O meu reino adorável que recordo.

Fui ressumando versos na amurada

No coração; a saudade da amada

No horizonte; o olhar deslumbrado.

Todas as tardes, no castelo da popa

Sempre pousava uma branca gaivota

Na espera de escutar o som de um fado.

Sintra, Portugal

14.07.2013

Podes ser lindo ou medonho

Mar salgado e infinito

Mas fazes parte do sonho

Desse sonho tão bonito!

E.Sá

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