drogas x educação

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A atual situação do abuso de drogas no Brasil e os motivos pelos quais chegamos a essa difícil situação.” Paulo Carvalho http://www.paulocarvalho2010.com.br

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Page 1: Drogas x Educação

“A atual situação do abuso de

drogas no Brasil e os motivos pelos quais chegamos a essa difícil

situação.”

Paulo Carvalhohttp://www.paulocarvalho2010.com.br

Page 2: Drogas x Educação

• Drogas Psicotrópicas = Substâncias, naturais ou sintéticas, cuja ação farmacológica marcante ou predominante se expressa através de alterações das funções psíquicas, modificando o comportamento do usuário.

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• Classificam-se em:

– 1 - Lícitas - medicamentosas ou não

– 2 - Ilícitas - Proibidas por lei, ou as lícitas quando usadas sem autorização legal

Page 4: Drogas x Educação

Drogas e Comportamento Violento:

• 1. A violência está intimamente ligada ao uso e abuso de álcool, suplantando esta droga, em muito, as outras;

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DROGAS DE USO e ABUSO

• OPIÁCEOS Heroína, morfina, codeína, etc.

• DEPRESSORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Benzodiazepínicos, barbitúricos, meprobamato,

Álcool, etc.

• ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRALCocaína, anfetameninas, LSD, ergotamina, mescalina, psilocibina

• CANABINÓIDESMaconha, Haxixe.

Page 6: Drogas x Educação

• ÁLCOOL:– DESINIBIÇÃO

– AGRESSIVIDADE

– HUMOR INSTÁVEL

– ATENÇÃO PREJUDICADA

– AUTO-CRÍTICA COMPROMETIDA

– PERTURBAÇÕA DO DESMPENHO PSICOMOTOR

– PREJUÍZO DA MARCHA

– DIFICULDADE DE SE MANTER DE PÉ

– FALA COMPROMETIDA

– ABAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

– VERMELHIDÃO DOS OLHOS E DA FACE

– INCOORDENAÇÃO MOTORA

– SONOLÊNCIA

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Estado físico relacionado à Alcoolemia

g/1000ml SINTOMAS

0,37 a 1,12 sem intoxicação

1,12 a 1,5 primeira fase

1,5 a 3,0 embriagado

3 a 3,75 estado de coma

3,76 a 4 dose mortal

Page 8: Drogas x Educação

CANABINÓIDES

(MACONHA, HAXIXE)

INTOXICAÇÃO AGUDA

• A - Disfunção do comportamento:

• 1 – euforia ou desinibição

• 2 – ansiedade ou agitação

• 3 – desconfiança ou ideação paranóide

• 4 – lentificação do tempo (sensação de que o tempo está passando lentamente)

• 5 – capacidade de julgamento comprometida

Page 9: Drogas x Educação

COCA

(COCAÍNA, CRACK)

INTOXICAÇÃO AGUDA

• A - Disfunção do comportamento:

• 1 – euforia e sensação de energia aumentada

• 2 – hipervigilância

• 3 – crenças ou ações grandiosas

• 4 – ofensa ou agressão

Page 10: Drogas x Educação

controle com cocaína

www.drugabuse.gov

IMAGEM DO CÉREBRO EM FUNCIONAMENTO

Page 11: Drogas x Educação

SOLVENTES VOLÁTEIS

(COLA DE SAPATEIRO, THINNER)

INTOXICAÇÃO AGUDA

• A - Disfunção do comportamento:

• 1 – apatia e letargia

• 2 – ofensa ou agressão

• 3 – labilidade de humor

• 4 – capacidade de julgamento comprometida

• 5 – comprometimento da atenção e memória

• 6 – retardo psicomotor

• 7 – interferência com o funcionamento pessoal

Page 12: Drogas x Educação

• ECSTASY provoca sensação de:

• bem-estar;

• elevação do humor;

• aumento da temperatura corporal;

• aumento a freqüência cardíaca;

• aumento da pressão arterial.

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• Pode provocar crises de pânico e depressão após o uso. • Outros sintomas muito comuns são:

– Náuseas; – Suor intenso, desidratação; – Estimulação; – Bruxismo (contração da mandíbula, com atrito entre dentes que rangem); – Aumento da percepção visual e auditiva.

• Quando ingerido com álcool o ecstasy pode causar, além de alucinações, choque cardiorrespiratório.

• Além da desinibição, a droga estimula a pessoa a dançar continuamente, sem descanso. A pessoa fica submetida a um estímulo constante e por isso fala, dança e pula sem parar, como um motor de carro que trabalha sempre em alta rotação. O resultado no organismo é o superaquecimento, como ocorreria num motor. Os locais fechados, como boates e clubes contribuem para a hipertermia.

• A maior parte das mortes registradas foi decorrência disso. A pessoa movimenta-se sem parar, sua abundantemente, o corpo esquenta demais (pode chegar a 42ºC) e a desidratação é fulminante. A necessidade de tomar água é tal que muitas vezes a pessoa bebe a do vaso sanitário para tentar se refrescar. A droga também é extremamente tóxica para o fígado, que pode até parar de funcionar.

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EFEITOS DO CRACK NO ORGANISMO

Boca: Porta de entrada da droga, sofre com queimaduras, inflamações na gengiva, cáries e perda de dentes.Sistema digestivo: Como o organismo passa a trabalhar em função da droga, o dependente não tem vontade de comer e emagrece muito rápido. Por isso, fica desnutrido. Úlceras gástricas e diarreias também são frequentes.Sistema reprodutor: Quem usa crack fica mais exposto a comportamentos sexuais de risco. Pesquisa da Unicamp com 252 usuários de cocaína e crackmostrou que 20% tinham o vírus HIV e 67% dos entrevistados nunca usaram preservativo nas relações sexuais. O dependente pode perder o interesse por sexo ou apresentar impotência.Dedos: De tanto acender o cachimbo de crack, muitos queimam os dedos a ponto de deformá-los.Cérebro: O uso crônico leva a danos cerebrais. A droga compromete a atenção, a fluência verbal, a memória e as capacidades de aprendizagem, concentração e planejamento. Paranoias também são comuns. Se ouve um barulho, o dependente pode pensar tratar-se de um helicóptero que o está perseguindo, por exemplo. Surtos psicóticos, perda de valores éticos e agressividade são outros comportamentos observados.Pulmões: São os primeiros órgãos expostos às substâncias do crack. Tosse por irritação dos brônquios e chiados no peito podem aparecer dentro de minutos ou após várias horas de uso. Há casos de edema pulmonar.Sistema cardiovascular: São comuns sintomas de taquicardia, aumento da pressão arterial e até arritmias, especialmente quando a droga é combinada com álcool. Isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC) ou a um infarto agudo do miocárdio, mesmo em pessoas jovens.

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Crime OrganizadoVarejo US$ 400 bi

Atacado US$ 130 bi

Plantação US$ 18,2 bi

Armamento US$ 350 bi

Seres Humanos US$ 200 biUS$1.098,2 bi

Fonte: UNODC - 2005

Fonte: Jornal O Globo - 31/03/2006

REALIDADE NO MUNDO

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• Narcodólar

• Petrodólar

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Fonte: Revista PODER nº 18

Los Angeles: US$90.000

Nova York: US$70.000

Miami: US$50.000

Nova York: US$24.500

Miami: US$23.000

Los Angeles: US$16.000

Colômbia: US$ 3.024

Cocaína pura

no laboratórioPasta de cocaína

na plantação

US$ 951/Kg

US$ 1.404/Kg

PREÇO NO ATACADO/ Kg

PREÇO NO VAREJO/ Kg

Cocaína

CADEIA DE FATURAMENTO

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Município: 6 milhões de habitantes.

Região Metropolitana: 11 milhões de habitantes.

1.058 escolas municipais com 750.000 alunos.

137 unidades de saúde.

Aceitação social crescente ao consumo.

Muita informação e pouca ação preventiva e educativa

sobre o problema das drogas.

REALIDADE DO RIO DE JANEIRO

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RIO – Cidade de Contrastes

Page 24: Drogas x Educação

Presença

do

Narcotráfico

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Fonte: Jornal O Dia

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Organização Mundial de Saúde

• A OMS – Organização Mundial de Saúde - já considera o abuso de drogas um importante problema de saúde pública; segundo seus últimos relatórios que mapearam a situação mundial, incluindo o Brasil. A OMS fez um alerta sobre a necessidade de implantação real de políticas públicas de enfrentamento do problema.

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OMS E BRASIL

• Em relação ao Brasil, o consumo de álcool é o que mais preocupa a organização. A OMS afirma que não tem como exigir, mas pode indicar para o governo federal que um primeiro caminho é controlar a publicidadesobre bebidas alcoólicas.

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OMS E BRASIL

• Na escala, o abuso de drogas lícitas ( álcool, tabaco, medicamentos, etc) é muito preocupante; seguindo-se de drogas ilícitas (maconha, cocaína/crack, solventes, drogas sintéticas, etc).

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Pesquisas no Brasil

• Dados do último levantamento nacional sobre uso abusivo de substâncias, realizado pelo CEBRID/UNIFESP, mostram que:

• A faixa etária de início de uso caiu. Crianças começam a consumir, o que gera graves complicações para seus desenvolvimentos e, dependendo da substância abusada, danos irreversíveis. (CEBRID)

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Pesquisas no Brasil

• O número de mulheres usuárias aumentou e isso se torna um grave problema, visto que muitas são mães e/ou gestantes e o abuso tem influência direta sobre o desenvolvimento físico, psíquico e social da prole. (CEBRID/CLAVES –FIOCRUZ/CEAD-IFF)

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Síndrome alcoólica fetal

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Pesquisas no Brasil

• O uso abusivo de drogas é comprometedor da estabilidade emocional e social das famílias afetadas; sendo por vezes acompanhados de violência doméstica, uma violência silenciosa mas de efeitos graves. (CEAD-RJ)

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Pesquisas no Brasil: Alerta ao Rio de Janeiro

• O crack vem se tornando um importante problema nas grandes metrópolis e principalmente no Rio de Janeiro.

• Em 2003, os 1os casos começaram a chegar aos ambulatórios públicos da nossa capital.

• Relatórios foram passados as autoridades da época. Nenhuma providência foi tomada.

• De 2003 a 2007, o número de casos aumentou e vimos se instalar a venda e consumo no Rio de Janeiro.

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RJ: Falta enfrentamento!

• Nesta mesma época, ao contrário da indicação de especialistas, ao invés de incentivos, o estado do Rio de Janeiro teve fechado, sem maiores explicações, o ambulatório do CEAD (Conselho Estadual Anti-drogas) que concentrava o maior número de atendimentos à usuário de todos os tipos de drogas, inclusive o crack.

• Parte desses pacientes, por esforço desesperado dos profissionais da área foram relocados em ambulatórios/caps-ads parceiros mas ainda não haviam caps-ads (Centros de atenção psicossocial – álcool e drogas) suficientes para acolher os mais de 1000 pacientes atendidos pelo Cead. Muitos ficaram sem tratamento e uma boa parte retornou ao uso.

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Ações de enfrentamento:

• O dado positivo que temos é o sucesso da lei secapara inibição de uso de álcool e direção. Essa é a prova de que quando existe vontade política os pesquisadores e especialistas são ouvidos. Isso minimiza o problema mas não resolve a questão do alcoolismo.

• Outro ponto positivo foi a mudança na legislação de drogas, onde o uso abusivo passa a ser abordado sob o ponto de vista da saúde e não mais criminal.

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O que fazer?

• Investir na prevenção ao uso indevido;

• Investir na preparação de agentes de prevenção nas escolas, associações de moradores, etc;

• Investir em programas de saúde da família;

• Investir em educação, saúde e esporte;

• Agilizar a implantação de centros de tratamento;

• Controlar a propaganda de substâncias lícitas;

• Reprimir o tráfico.

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DROGAS:

BREVE HISTÓRICO MÉDICO-JURÍDICO

– LEGISLAÇÃO DE DROGAS NO BRASIL:– ORDENAÇÕES FILIPINAS (LIVRO V, TÍTULO LXXXIX):

– “QUE NINGUÉM TENHA EM CASA ROSALGAR (VENENO), NEM O VENDA, NEM OUTRO MATERIAL VENENOSO”

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• Código Penal do Império (1830):

– Nada mencionava sobre proibição do consumo ou comércio de entorpecentes.

• Código da Primeira República (1890):

– Título III – Dos crimes contra a Tranqüilidade Pública:

• Exercício irregular da medicina;

• Prática da magia e do espiritismo; curandeirismo;

• Envenenamento de fontes públicas;

• “expor à venda, ou ministrar substâncias venenosassem legítima autorização e sem as formalidades prescritas nos regulamentos sanitários”

Page 40: Drogas x Educação

Nas primeiras décadas do Século XX:Uso de entorpecentes livremente, em

especial pelas camadas sociais mais elevadas e intelectuais – ópio; cocaína; heroína. Não havia normas proibitivas.

Adauto Botelho – ‘Vícios Sociais Elegantes”

1937

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Page 42: Drogas x Educação
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Page 44: Drogas x Educação

• CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS PENAIS (1932):

– TIPIFICAÇÃO E CRIMINALIZAÇÃO DE:

– “CONDUTAS CONTRA A SAÚDE PÚBLICA”

– O CAPUT DO ART. 159 DO COD. 1890 GANHA DOZE PARÁGRAFOS. ALÉM DA PENA DE MULTA, CRIA-SE A PENA DE PRISÃO CELULAR PARA TAIS CONDUTAS.

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DECRETOS 780 – 1936

E

2.953 – 1938

• GRANDE IMPULSO NA CRIMINALIZAÇÃO NAS CONDUTAS LIGADAS AO USO, ABUSO E DEPENDÊNCIA DE DROGAS.

Page 46: Drogas x Educação

• DECRETO-LEI 2.848 – 1940 – CÓDIGO PENAL

– ART. 281 – CRIMINALIZAÇÃO DO COMÉRCIO CLANDESTINO OU FACILITAÇÃO DO USO DE ENTORPECENTES.

• DÉCADA DE 50 – DISCURSO COESO SOBRE DROGAS ILEGAIS E NECESSIDADE DE SEU CONTROLE REPRESSIVO

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• DECRETO-LEI 159 DE 1967:

– IGUALA AOS ENTORPECENTES AS SUBSTÂNCIAS CAPAZES DE CAUSAR DEPENDÊNCIA (proibição das anfetaminas)

– DECRETO-LEI 385 – 1968 = CRIMINALIZA O USUÁRIO

– IGUALANDO-O AO TRAFICANTE

• LEI 5726 – 1971 – MANTÉM A CRIMINALIZAÇÃO DO

USUÁRIO E OBRIGA INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA DO

DEPENDENTE (TOXICÔMANO)

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• LEI 6368 – 1976

– PRIMEIRA TENTATIVA DE DIFERENCIAR O TRAFICANTE DO USUÁRIO E DO DEPDENDENTE –SANCIONA O PORTADOR DE DROGA PARA O PRÓPRIO USO COM PENA DE DETENÇÃO.

• LEI 11343 – 2006

• ABOLE A PENA DE PRISÃO PARA O USUÁRIO –NOVA TÉCNICA SANCIONATÓRIA

Page 49: Drogas x Educação

• LEI 11.343/2006

– Não há pena de prisão.

• ART. 28 – “Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, será submetido às seguintes penas:

– I – advertência sobre os efeitos das drogas;

– II – prestação de serviços à comunidade;

– III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo

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• Lei 11343/2006

• Art. 45 – É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse entendimento.

Page 51: Drogas x Educação

“As drogas são um grande mal para a humanidade. Paulo Carvalho é um abnegado com propostas efetivas para evitar que os jovens se deixem levar

pelo mal. Estou com ele nessa luta!”

Dep. Federal Indio da Costa – Relator do Ficha Limpa

Page 52: Drogas x Educação

Caminhada em prol da família e prevenção às drogas – 30.05.2010

Page 53: Drogas x Educação

Manifesto pela criação da Secretaria Estadual de Prevenção

às Drogas.

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Paulo Carvalho

Saúde é prioridade!