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Dr. Sebastião Cabral Filho Chefe do Serviço de Oncologia Clínica da Santa Casa de Belo Horizonte e Hospital Belo Horizonte - MG

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Page 1: Dr. Sebastião Cabral Filho Chefe do Serviço de Oncologia Clínica da Santa Casa de Belo Horizonte e Hospital Belo Horizonte - MG

Dr. Sebastião Cabral Filho

Chefe do Serviço de Oncologia Clínica da Santa Casa de Belo Horizonte e

Hospital Belo Horizonte - MG

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CONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIACONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIA

DO CÂNCERDO CÂNCER

NOÇÕES GERAISNOÇÕES GERAIS

1 – É o estudo da distribuição e das determinantes do câncer na

população humana.

2 – Incidência: Freqüência de novos casos de cânceres em uma certa

população, quando se faz o diagnostico;

3 – Prevalência número estimado de casos de câncer em pessoas vivas;

4 – Mortalidade número de óbitos por câncer;

5 – Taxas expressas pelo numero de casos por 100.000 habitantes;

6 – Exemplos: Etnia, religião, Geografia, Etc.

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CONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIACONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIA

DO CÂNCERDO CÂNCER

EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVAEPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA

1 – Distribuição de pacientes com diferentes tipos de cânceres e suas

características;

2 – Migração: Individuo – País de origem – País de destino;

3 – Hipóteses de etiologia;

4 – Comprovação das hipóteses – experimento.

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CONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIACONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIA

DO CÂNCERDO CÂNCER

LOCAL DE OCORRÊNCIALOCAL DE OCORRÊNCIA

1 – Câncer de Pulmão: Relação com o cigarro

I) Quantidade de cigarros fumados;

II) Tipo de cigarro;

III) Cachimbo;

IV) Radiação Ionizantes.

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CONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIACONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIA

DO CÂNCERDO CÂNCER

LOCAL DE OCORRÊNCIALOCAL DE OCORRÊNCIA

2 – Tumor do Estomago:

I) H. Pylori;

II) Geladeira;

III) Meio de Detecção;

IV) Meios de Tratamento.

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CONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIACONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIA

DO CÂNCERDO CÂNCER

LOCAL DE OCORRÊNCIALOCAL DE OCORRÊNCIA

3 – Carcinoma de Mama:

I) Relação com a exposição hormonal;

II) Gravidez - Amamentação;

III) Dieta (Gordura);

IV) Classe Social;

V) BRCA1 BRCA2.

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CAUSAS DO CÂNCERCAUSAS DO CÂNCERAMBIENTÁRIAAMBIENTÁRIA

I - Fumo;

II - Álcool;

III - Sol;

IV - Alimentação;

V - Trabalho.

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SÍNDROMES GENÉTICAS EM ONCOLOGIASÍNDROMES GENÉTICAS EM ONCOLOGIACLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

TIPO EXEMPLOS

Síndromes Herdadas Polipose FamiliarNeoplasias endócrinas múltiplas

Câncer Familiar Ca de mamaCa de ovárioCa de colon (sem polipose)

Predisposição genética Polimorfismo metabóliconão familiar ( Carcinogenese Endógena )

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SÍNDROMES GENÉTICAS EM ONCOLOGIASÍNDROMES GENÉTICAS EM ONCOLOGIAMECANISMOSMECANISMOS

1 - Alteração Genética.

2 - Segunda Mutação.

3 - Gens Supressores.

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ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES DE ALTO ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES DE ALTO

RISCORISCO

CÂNCER DA MAMACÂNCER DA MAMA

1 - Avaliações a partir de 35 anos ou 5 anos antes do caso

familiar mais novo.

2 - Mamografia e ultrassom da mama.

3 - Biópsias de lesões suspeitas.

4 - Mastectomia bilateral.

5 - Quimio prevenção.

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PACIENTES DE ALTO RISCOPACIENTES DE ALTO RISCOCÂNCER DE COLONCÂNCER DE COLON

1 - Para os casos familiares deve ser realizado colectomia

total.

2 - Adenomas devem ser retirados cirurgicamente.

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DIAGNÓSTICO DO CÂNCERDIAGNÓSTICO DO CÂNCERPREVENÇÃOPREVENÇÃO

I - Hábitos - Primária;

II - Diagnóstico - Secundária;

III - Tratamento - Terciária;

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TRATAMENTO DO CÂNCERTRATAMENTO DO CÂNCER CHANCES DE CURA CHANCES DE CURA

1 - Ressecção completa de tumor.

2 - Ausência de metástases.

2 - Micrometástases em número suficientemente pequeno para

serem destruídas pelo sistema imunológico.

3 - Tratamento antineoplásico ( Quimioterapia - Hormonioterapia -

Anticorpos monoclonais ).

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METÁSTASES DE CARCINOMAMETÁSTASES DE CARCINOMA

BIOPSIA DE MEDULA ÓSSEABIOPSIA DE MEDULA ÓSSEA

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TOXICIDADE EM ONCOLOGIATOXICIDADE EM ONCOLOGIA

1 - 1 de cada 250 adultos entre 15 e 35 anos são

sobreviventes do câncer;

2 - Pacientes idosos com doenças pré existentes;

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RISCO DE 2º CÂNCER DE ACORDO COM O TRATAMENTO RISCO DE 2º CÂNCER DE ACORDO COM O TRATAMENTO

DE DOENÇA DE HODGKIN - L E S GDE DOENÇA DE HODGKIN - L E S G

2º Câncer

Tipo de câncer e tratamento Probabilidade Cumulativa em 15 anos

Tumores Sólidos

RT 3,3 %

QT 2,9 %

RT + QT 4,6 %

N Engl J Med 1996; 334: 745 - 751.

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OS EFEITOS TARDIOS DO TRATAMENTO DO OS EFEITOS TARDIOS DO TRATAMENTO DO

CÂNCER INFANTILCÂNCER INFANTIL

EFEITOS TARDIOS DA CIRURGIA

Retirada do Baço: Comprometimento da função imune com risco maior de

sepse por organismos encapsulados.

Amputação: Numerosos problemas funcionais, deformidade cosmética,

efeitos psicológicos e sociais.

Cirurgia Abdominal: Risco de obstrução intestinal.

Cirurgia Pélvica: Problemas relacionados à impotência, incontinência.

CEOMG - 2000

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EFEITOS TARDIOS DA RADIOTERAPIAEFEITOS TARDIOS DA RADIOTERAPIA

ÓRGÃO OU SISTEMA, EFEITOS E SEQUELAS :

Ossos: Diminuição do crescimento, escoliose, baixa estatura, dor lombar;

deformidade dos membros com tamanhos diferentes entre si; deformidades

cosméticas.

Músculos, Partes Moles: Atrofia, fibrose, deformidades cosméticas.

Dentes, Glândulas Salivares: Maior risco de cáries e períodontites, má-

formação de raízes, agenesias dentárias, xerostomia.

Visão: Catarata, retinopatias, queratoconjuntivites.

Cardiopulmonar: Efusão pericárdica, pericardite constrictiva, doença

coronariana precoce, fibrose pulmonar.

Sistema Nervoso Central: Déficits neuropsicológicos, mudanças

estruturais ( atrofias, calcificações, dilatações ventriculares ).

CEOMG - 2000

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CÂNCER NA INFÂNCIACÂNCER NA INFÂNCIATAXAS DE MORTALIDADE - USA TAXAS DE MORTALIDADE - USA

100.000 / POPULAÇÃO 100.000 / POPULAÇÃO

IDADE ( anos ) 1950 19751992

0-4 11,0 5,1 2,9

5-14 6,6 4,7 3,0 SEER ( NIH Pub. No 96 1195; 57 )

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TAXAS DE SOBREVIDA A 5A CRIANÇASTAXAS DE SOBREVIDA A 5A CRIANÇAS

< 15 ANOS, 1960 - 1992 (USA)< 15 ANOS, 1960 - 1992 (USA)

Ano ao diagnóstico

Local 1960 1970 1974 1977 1980 1983 1986

1963 1973 1976 1979 1982 1985 1992

Neuroblastoma 25 40 52 53 54 54 63

L. não Hodgkin 18 26 45 51 62 70 71

Sarcoma P.M. 38 60 60 69 65 78 72

Tumor de Wilms 33 70 74 77 86 86 93

CA Cancer J. Clin 1995; 45: 8

CA Cancer J. Clin 1997; 5-27

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TAXAS DE SOBREVIDA A 5A CRIANÇASTAXAS DE SOBREVIDA A 5A CRIANÇAS

< 15 ANOS, 1960 - 1992 (USA)< 15 ANOS, 1960 - 1992 (USA)

Ano do diagnóstico

Local 1960 1970 1974 1977 1980 1983 1986

1963 1973 1976 1979 1982 1985 1992

Todos os locais 28% 45% 56% 61% 65% 68% 71%

LLA 4 34 53 67 70 70 79

LMA 3 5 14 26 21 32 33

Ossos 20 30 54 52 54 58 65

SNC 35 45 54 57 51 62 61

D. Hodgkin 52 90 79 83 91 91 92

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CONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIACONSIDERAÇÃO SOBRE EPIDEMIOLOGIA

DO CÂNCERDO CÂNCER

MANEIRA DE FAZER O CALCULOMANEIRA DE FAZER O CALCULO

1 – Registro hospitalar de câncer;

2 – Registro de base populacional em câncer.

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AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIAAVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIA ALTA COMPLEXIDADE - DIAGNÓSTICOALTA COMPLEXIDADE - DIAGNÓSTICO

I - 250 casos novos para cada 100.000 habitantes / ano;

II - 20% de tumores de pele não melanoma;

III - 20% de casos resolvidos somente com cirurgia;

IV - 10 - 20% de casos sem indicação de tratamento oncológico;

V - 10 - 20% atendimentos fora do sistema SUS;

VI - Casos atendidos fora do estado.

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AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIAAVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIA ALTA COMPLEXIDADE - TRATAMENTOALTA COMPLEXIDADE - TRATAMENTO

I - Cirurgia;

II - Radioterapia;

III - Oncologia Clínica;

- Quimioterapia

- Horminioterapia

- Anticorpos

manoclonais

- Suporte clínico.

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AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIAAVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIA PARÂMETROS UTILIZADOPARÂMETROS UTILIZADO

I - 1 Centro de oncologia para cada 500.000 habitantes ( OMS );

II - 1 Centro de oncologia para cada 550.000 habitantes ( INCA );

III - Centro de oncologia - Diagnóstico e tratamento;

IV - Centro de oncologia - Prevenção e ensino;

V - Centro de oncologia - Pesquisa.

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AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIAAVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM ONCOLOGIA PARÂMETROS UTILIZADOSPARÂMETROS UTILIZADOS

População 18.000.000

Casos novos 45.000

( - ) Tumor de pele 36.000

( - ) Só cirurgia 32.400

( - ) Sem indicação 30.780

( - ) Fora do Sistema ± 27.700