dpu em foco · esse são muito importantes, ... manifestações exacerbadas, ... que deveria ser o...
TRANSCRIPT
Em comemoração ao Dia da Defensoria (19/05) e
aos 18 anos de DPU, completados em 30 de março de
2013, a nossa unidade realizou um mutirão de
atendimento no CUCA Che Guevara, na Barra do Ceará. O
evento, que aconteceu na quarta-feira, 22 de maio,
contou com a participação de defensores, servidores e
estagiários da DPU/CE.
A equipe atendeu cerca de 70 pessoas, abrindo
processos de assistência jurídica (PAJs) e também tirando
Jornalista Responsável
Mônica Marli Gomes
Registro Profissional: 25842 RJ
Siape 1685654
EDITORIAL
Nosso Presente!
Defensoria Pública da União no Ceará
Rua Costa Barros 1227 - Aldeota - Fortaleza
Tel: (85) 3474 8750 / e-mail: [email protected]
EXPEDIENTE
Estagiária: Juliana Marques
Sugestões de pauta, críticas e elogios : [email protected]
O assunto de Destaque dessa edição é
o Dia da Defensoria, que foi comemorado com um mutirão de
atendimento na Barra do Ceará: um presente à comunidade do lugar e também à equipe da
DPU/CE.
Na seção A gente lá fora,
a estagiária Marcela Oliveira fala sobre o seu amor por
gatos e cachorros.
A Dica de leitura é do defensor
Alex Feitosa de Oliveira.
Qual é a idade da DPU? Saiba em
Nossos Números. E no
Passatempo Legal tem o Numerox.
O estagiário
Pedro Érico dá a sua opinião sobre o caso
Marcos Feliciano na coluna
E Com a palavra...
Boa leitura!
Destaque
facebook/dpuceara
twitter/dpuceara
Defensor Público-Chefe: Sérgio Luís Marques da Silveira
Defensor Público-Chefe Substituto: Karla Maria M.Timbó Pinheiro
DPU em Foco Junho, 2013 - Ano 3 - nº 13
dúvidas sobre direitos. A maioria
das demandas foi relacionada a
problemas previdenciários e
financiamento habitacional, além de
questões relativas à saúde.
Este último foi o caso da
assistida, de 83 anos, Maria Viana.
Atualmente, por um erro médico, ela
só consegue se locomover com o
auxílio de uma cadeira de rodas.
Para reverter o quadro, a senhora
está na fila de espera de uma
cirurgia, que, segundo relatou, ainda
não aconteceu por falta de material
cirúrgico. “Descobri lá no hospital que tem 189 pessoas na minha frente na fila de espera, que
não anda porque não tem material. Lá, eles me falaram do mutirão e eu vim direto para cá.
Preciso agilizar minha cirurgia, sinto muitas dores e quero minha vida de volta”, desabafa.
Segundo o defensor público-chefe da unidade, Sergio da Silveira Marques, mutirões como
esse são muito importantes, pois levam a Defensoria para mais perto de quem precisa. “Foi muito
gratificante ver a equipe da nossa unidade trabalhando unida, levando Justiça e Cidadania para
toda aquela comunidade”, comenta.
Página 2
“Preciso agilizar minha cirurgia, sinto muitas dores e quero minha
vida de volta”
Maria Viana
Página 3
Assim como Sergio Marques, os outros participantes do mutirão também gostaram muito
da experiência e destacaram diversos pontos positivos em ações como essa. “É recompensador,
principalmente por haver esse
contato direto com o assistido e
suas aflições e, de alguma forma,
poder ajudar a amenizar tal
situação”, comenta o defensor
Alex Feitosa de Oliveira que
completa: “É sempre
interessante haver esse
deslocamento da Defensoria
para os bairros, até mesmo
porque muitas das pessoas
atendidas não têm condições
físicas e informacionais de se
deslocarem até a DPU”.
Para o estagiário do 3º
Ofício Criminal, André Rocha, eventos assim proporcionam um misto de indignação e satisfação,
“Por um lado, nos deparamos com a realidade de que grande parte da população fortalezense,
além de não ter conhecimento jurídico básico para reconhecer e pleitear seus direitos, também
desconhece o trabalho e a própria existência da Defensoria Pública da União. Por outro, é
reconfortante observar que estas experiências realizadas no seio das comunidades, aonde
muitos dos direitos fundamentais não são proporcionados pelo Poder Público, asseguram que os
olhos de todo um grupo social se voltem para este serviço que lhes é disponibilizado", explica.
Participaram do mutirão os defensores Sergio da Silveira Marques, Carlos Eduardo Paz,
Alex Feitosa de Oliveira, Eduardo Negreiros, Márcia Sousa, Marcelo Barreto, Carolina Botelho e
Karla Timbó; as assistentes sociais Oscarina Paula, Luciana Magalhães, Tarcisa Gomes e Eliza
Maria; a jornalista Mônica Marli e as estagiárias Juliana Marques, Talita Pinho, André Rocha, Lara
Teles, Marcela Oliveira e Rafaela Pereira.
“É recompensador, principalmente por haver esse contato direto com o assistido e suas aflições e, de alguma forma, poder
ajudar a amenizar tal situação”
Alex Feitosa de Oliveira
A estagiária de Direito Marcela Oliveira não pensa duas vezes quando o assunto
é amparar os animais. Resgatar gatos e cachorros da rua, levá-los até ao veterinário e,
se for preciso, até mesmo conseguir abrigo temporário para eles são ações corriqueiras
no dia-a-dia da estudante. “Não tenho frescura. Mesmo estando toda arrumada, se eu
encontrar um animal machucado na rua, pego no colo, coloco no carro e vou procurar
ajuda!”, diz.
Marcela conta que, por onde passa, procura manter os olhos abertos e atentos,
pois se avistar um bichinho e notar que ele está ferido, doente ou com fome, põe a
mão na massa.
Página 4
Em defesa dos animais
A gente lá fora
Página 5
“É impossível ver um animal precisando de ajuda e não me envolver, é uma
coisa que mexe muito comigo, comparo os animais às crianças, ambos são indefesos.
Nós, enquanto racionais, devemos protegê-los”, comenta.
A estudante explica que depois do resgate os bichos precisam de um lugar
seguro para passar o período de recuperação, mas que nem sempre é fácil encontrar
alguém disposto a ajudar. Por isso ela acaba levando-os para casa, o que, algumas
vezes, é motivo de briga. ”Fico me revezando para dar atenção a minha a filha, a meu
namorado e aos animais (risos). Nem sempre eles levam numa boa essa situação”,
brinca. Atualmente Marcela está abrigando dois gatinhos. “Quando encontrei os dois
filhotinhos, eles estavam desnutridos. Não consegui resistir, levei pra casa”, conta.
Você também quer ajudar os animais de rua?
Aí vão algumas dicas:
Dar água ou ração para um animal de rua fará muita diferença, pois deixará o bichinho mais forte para que possa seguir
seu caminho;
Caso o bichinho se encontre ferido e você não tenha como levá-lo ao
veterinário, bata uma foto e procure divulgar através das redes sociais.
Quem sabe aparece alguém disposto a socorrê-lo?
“Fazer o bem é algo contagiante” Marcela Oliveira.
“O livro é uma critica ao individualismo
contemporâneo com uma abordagem favorável
ao estado do bem estar. Indico a obra para todos
aqueles que têm interesse em vislumbrar uma visão
global da realidade.”
Alex Feitosa de Oliveira (Defensor do 5º Ofício Cível)
Página 6
O Mal Ronda a Terra Tony Judt
Esse número indica a idade da Defensoria Pública da União. Nossa instituição
foi implementada pela Lei 9.020, de 30 de março de 1995, em caráter emergencial e
provisório, situação que perdura até hoje.
Atualmente, a DPU atua em todas as capitais do país e em algumas cidades do
interior, com 481 cargos de defensor público federal distribuídos pelas 58 unidades do
órgão.
Milhares de pessoas em todo o país procuram diariamente a Defensoria Pública
da União para defenderem , judicialmente ou extrajudicialmente, seus direitos quando
em conflito com interesses da União Federal, suas Autarquias, Fundações e Empresas
Públicas.
18
Dica de Leitura
Nossos Números
Página 7
Passatempo Legal Numerox
Resposta:
Você conhece os números que fazem parte da história
da Defensoria Pública da União?
Atendendo ao comando do art. (A) da Constituição Federal e da Lei
Complementar n.º (B) / (C), a Defensoria Pública da União foi implantada pela Lei nº
(D) de (E) de março de (F), completando (G) anos de sua existência no corrente ano de
(H), com (I) cargos de defensores públicos federais distribuídos em (J) unidades de
atendimento em funcionamento em todas as capitais dos Estados e em processo de
interiorização gradual para atender à população dos mais distantes municípios
brasileiros.
A unidade cearense da DPU, que conta com (L) defensores públicos federais,
está situada em Fortaleza, na Rua Costa Barros (M), no telefone (N).
Uma dica: m
uitas das
resposta
s estão
nessa
edição do
DPU em foco.
Merece chamar a atenção para recente polêmica que vem diariamente estampando as
notícias dos jornais e motivando atos públicos ao redor do país. Falo da escolha, pela Câmara
dos Deputados, de Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos daquela
Casa.
Manifestações exacerbadas, que pregam a utopia libertária de ausência completa de
preconceito, foram disseminadas por todo território nacional, visando constranger a
permanência de Marco Feliciano na Presidência da Comissão, por este ser, dentre outras
razões, contrario a união homoafetiva.
Longe de emitir juízo de valor sobre o cerne principal que funda a controvérsia
estabelecida, considero, entretanto, que a crítica alastrada sobre sua permanência ou não se
esvaziou, tornando-se, de certa forma, reacionária e sectária, visto que aqueles que pregam a
liberdade de escolha da opção sexual utilizam-se dos mesmos expedientes discriminatórios
que tanto combatem.
O debate, que deveria ser o fundamento natural e o legado de nossa democracia, está
fragmentado e imediatista. Discurso clientelista e de conveniência, como sabemos, não é o
meio mais adequado de se construir uma sociedade mais justa, digna, igual, solidária...
Busca-se a todo tempo, por razões de pura intolerância, tolher a liberdade mais
cristalina, que é a de pensamento e a de expressão. Não restam dúvidas que os excessos no
uso dessa garantia devem ser combatidos. No entanto, pelo que é manchete, penso que a
solução seria aprofundar no tema, com seriedade, ouvindo todas as minúcias ideológicas, e
não expurgar de um grupo aquele que pensa diferente. Caso fosse esta a solução, incorreria
os “libertários antipreconceito” (friso: de qualquer natureza) no mesmo pecado da
intolerância. Grande contradição!
Não há intérpretes superiores do valor moral no Estado Democrático de Direito, e a
defesa dos legítimos interesses de um grupo, ainda que oprimido pela força da maioria, não
pode sobrepor ao direito de livre manifestação (razoável) de pensamento.
Portanto, o ideal democrático, que não deve ser confundido com a prevalência de um
pensamento sobre o outro, é a convivência harmônica entre todos, quaisquer que sejam a
natureza das diferenças.
Com a palavra...
A liberdade contra a liberdade Pedro Érico (estagiário do 2º Ofício Criminal)