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A Suplementação Vitamínica na Terapêutica das Doenças Articulares

282

12

24.3050Magnésio

Mg

28

181

29

63.546Cobre

Cu

28

182

30

65.409Zinco

Zn

112.411Cádmio

Cd

28

18184

50

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A Suplementação Vitamínica na Terapêutica das Doenças Articulares

Anutrição é importante para a saúde huma-

na em todos os estágios da vida12. Vitami-

nas são nutrientes essenciais* para o nosso

metabolismo, atuando como coenzimas em

muitos processos vitais18. Em se tratando da

-

tórios crônicos, ressaltamos sua importante

ação antioxidante e imunomodulatória33.

Embora deparemos com dados contraditó-

rios quanto ao uso e às doses da suplemen-

tação vitamínica na prevenção e tratamento

estudos observacionais e epidemiológicos

-

tes podem estar associadas a um aumento de

sua incidência e progressão9. Portanto, a utili-

zação de doses seguras pode ajudar a garantir

o estado nutricional, especialmente em condi-

ções de oferta inadequada de nutrientes.

A maioria dos estudos envolvendo vitaminas

-

cas foi realizada em pacientes portadores de

artrite reumatoide ou osteoartrite, as patolo-

Série Atualização Médica: Projeto e Supervisão: Limay Editora - Diretor-Presidente: José Carlos Assef Editor: Walter Salton Vieira/ MTB 12.458 - Diretor de Arte: Marcelo Marxz - Tiragem: 15.000 exemplares. Cartas redação: Rua Geórgia, 170 - Brooklin - São Paulo - SP - CEP: 04559-010 - Tel.: (11) 3186-5600/ Fax: (11) 3186-5624 ou e-mail: [email protected]

Dra. Isabela David

*O conceito inicial de nutrientes essenciais define-os como aqueles que não são produzidos pelo nosso organismo, devendo ser fornecidos a partir do meio externo, por meio de dieta ou do uso de suplementações. Posteriormente verificou-se que alguns nutrientes, como a vitamina D, podem ter produção endógena.

João Francisco Marques Neto Professor Titular de Reumatologia da Faculdade de Ciências

Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Participam dessa série:

Isabela David Especialista em Nutrologia Preventiva/ Diretora Científica

da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia)

Roberto Guarniero Professor Associado da Faculdade de Medicina da

Universidade de São Paulo do Departamento de Ortopedia e Traumatologia/Chefe da Disciplina de Ortopedia Pediátrica/ Diretor de Pesquisas do Departamento de Ortopedia e Traumatologia

André Pedrinelli Ortopedista, traumatologista e médico do esporte /

Ex-Presidente do Comitê de Artroscopia e Traumatologia Desportiva – SBOT/ Presidente da Comissão de Ensino e Treinamento da SBOT/ Professor Colaborador da FMUSP/ Diretor do Centro Médico de Excelência FIFA-IOT

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O Sistema Imune Para o entendimento da interrelação das vitaminas

com o sistema imune, faz-se necessário o esclareci-

mento do conceito de células T reguladoras (Tregs),

as quais assumiram um papel de destaque no cenário

Sabemos que o sistema imune tem o potencial de

gerar linfócitos contra autoantígenos. Os experimen-

tos, porém, sugerem que não podemos ser facilmente

imunizados contra nossos próprios tecidos. Portanto,

um mecanismo de supressão é necessário para con-

trolar células imunes potencialmente patogênicas.

Acredita-se que a autotolerância é adquirida durante o

desenvolvimento do sistema imune e que a destruição

seletiva de linfócitos para autoantígenos ocorre prima-

riamente no timo. As células Tregs surgem no timo e

são encontradas no sangue periférico e em órgãos lin-

foides secundários.

O equilíbrio homeostático do sistema imune é

atingido através de uma resposta celular e humoral

químicos ou infecciosos, induzem intensa resposta

imunológica. Essa resposta frequentemente resulta

em dano tecidual que poderia ser mais intenso se não

fosse a interferência dos mecanismos reguladores. As

células Tregs, portanto, ajudam a limitar o dano cau-

sado por uma resposta imune vigorosa31 e são consi-

deradas de fundamental importância em se tratando

aquelas de natureza autoimune.

Proteção Imune Através da Dieta Componentes dietéticos usuais, especialmente

as vitaminas A e D, os ácidos graxos essenciais ôme-

ga-3 e os probióticos são hoje reconhecidos como de

fundamental importância na proteção contra muitas 14. Por outro lado,

dietas com alto teor de gordura exercem conhecidos

efeitos deletérios14 -

matórias como o ácido araquidônico (presente princi-

palmente na carne vermelha gordurosa, gema do ovo

e laticínios integrais).

Ressaltamos que, em nosso contexto, é de funda-

mental importância os efeitos destes componentes

dietéticos citados sobre as células T reguladoras, as

quais são consideradas, como já comentamos, um

elemento central do sistema imune na prevenção de

-

mente nos processos de natureza autoimune, como a

artrite reumatoide14.

Vitamina A Termo genérico utilizado para descrever a família

de componentes essenciais naturais da dieta, liposso-

lúveis, de estrutura química e atividade biológica rela-

cionadas ao álcool retinol. É encontrada em alimen-

tos como fígado, cenoura, mamão, damasco, papaya,

espinafre, agrião, brócolis, abóbora, pêssego, melão,

manga e batata-doce.

Diferentes derivados da vitamina A são fornecidos

por meio da dieta ou de suplementos, como o betaca-

roteno (pró-vitamina A), encontrado em fontes de ori-

fornecidas pelos produtos de origem animal, como o

retinol e o retinil-éster24.

O retinol é absorvido pelas células epiteliais

derivados ésteres que são transportados pelos quilo-

mícrons e armazenados no fígado. O retinol dietético

pode também ser diretamente convertido à forma

biologicamente ativa (all-trans-retinoic acid ou ATRA)

pelas células dentríticas do tecido linfoide associado

ao intestino (gut-associated lymphoid tissue), proces-

so que pode ser potencializado pela ação de probióti-

cos14. A vitamina A tem demonstrado diversas proprie-

dades imunomodulatórias14

A Suplementação Vitamínica na Terapêutica das Doenças Articulares

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A pode, por exemplo, causar um desequilíbrio entre

as células T reguladoras (Tregs), com excesso de

função das células do tipo Th1 (células T helper 1,

das células do tipo Th2 (células T helper 2, com 4,10,14. Por outro lado, níveis

elevados de vitamina A promovem o desenvolvi-

mento das células Th228. Isso tudo para ressaltar

a estreita relação da vitamina A com o sistema

imune, tendo o seu papel tanto na proteção contra

doenças como coadjuvante no seu tratamento.

No entanto, a conduta deve ser cautelosa em

relação às doses. Toxicidade e subtoxicidade têm

sido uma preocupação devido à utilização de

doses que excedem a RDA (Recommended Dieta-

ry Allowances)24. Osteoporose e fratura de quadril

estão associadas com a ingestão de vitamina A

pré-formada em doses que excedem em apenas

duas vezes a RDA24. Um interessante estudo sobre

a Dieta Mediterrânea foi publicado em 20115, em

que foram avaliados seus efeitos qualitativos sobre

o estado nutricional antioxidante e sobre algumas

citocinas envolvidas na resposta imune celular em

um grupo de indivíduos italianos saudáveis. Quan-

to maior a aderência aos padrões tradicionais

da referida dieta, maiores os níveis plasmáticos

de carotenoides, de vitamina A e de vitamina E.

-

-

tórias (como a IL-10), enquanto, com a baixa ade-

(como o TNF-alfa) e de estresse oxidativo foram

encontrados. Os autores ressaltaram o papel pro-

com maior aderência à dieta3.

O Framingham Osteoarthritis Cohort Study su-

geriu que antioxidantes da dieta, como o betaca-

roteno, a vitamina C e a vitamina E, são capazes

de reduzir o risco de progressão da osteoartrite em

joelhos, ressaltando suas excelentes propriedades

antioxidantes19.

Vitaminas do Complexo B Participam ativamente de diversas funções em

-

tórias, abordaremos alguns tópicos de interesse

que ressaltam a importância da adequada oferta

destes nutrientes através da dieta e/ou do uso de

suplementações.

No quadro a seguir, algumas vitaminas do com-

plexo B, suas principais fontes e dados relaciona-

dos à sua estabilidade.

4

Vitamina Fontes

Vitamina B1(tiamina)

Carne de porco, boi, aves e peixes, presunto cozido, castanha do Brasil,

pistache, noz pecã, avelã, caju, germen de trigo, grãos integrais (aveia), gema

de ovo e legumes.Microbiota intestinal: contribuição

pequena.Estabilidade: no cozimento, é variável;

o congelamento tem pouco efeito; tiaminase presente em peixes de água

doce crus destrói 50% da tiamina. Perda por cocção: 80%.

Vitamina B2(riboflavina)

Fígado, amêndoa, levedo de cerveja, soja, leite, queijos, carne bovina magra

(vitela), cordeiro, ovos, mariscos e vegetais verdes (espinafre, folha de

beterraba). Estabilidade: sensível à luz. Perda por cocção: 75%.

Vitamina B3(niacina)

Fígado, frango, carne bovina (especialmente vitela), carneiro, peixes

(cavala, truta, salmão), amendoim, levedo de cerveja, semente de girassol,

entre outras.Leite e ovos: pobres em niacina, mas ricos em triptofano, seu precursor (60 mg de triptofano = 1 mg de niacina).

Vegetais e frutas: fontes pobres.Microbiota intestinal: contribuição

pequena. Estabilidade: resistente ao calor, luz, ar, ácidos e álcalis.

Perda por cocção: 75%.

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Sabemos que a proteção antioxidante é essen-

os sintomas e melhorando a capacidade funcional.

Entre os sistemas de defesa antioxidante do organis-

mo, destaca-se o da glutationa.

A glutationa redutase é uma enzima que tem o

papel de manter a glutationa em seu estado redu-

zido, necessário para a sua proteção antioxidante.

Maiores níveis de glutationa redutase eritrocitária

(EGR ou erithrocyte glutathione reductase) são es-

perados em pacientes com artrite reumatoide em

resposta ao estresse oxidativo crônico decorrente da

coenzima da glutationa redutase, está associada ao 20. Um

estudo de 200216

selênio na evolução da osteoartrite induzida meca-

nicamente em ratos. A atividade da enzima glutatio-

na peroxidase (selênio-dependente) e a expressão

de enzimas antioxidantes foram analisadas. Todos

os ratos do grupo controle apresentaram lesões de

graus mais avançados (3 e 4), enquanto aqueles com

dieta rica nos nutrientes acima descritos apresenta-

ram lesões, em aproximadamente, 65% dos casos, a

maioria grau 216.

Quanto à niacina ou ácido nicotínico (vitamina B3

ou PP), é importante lembrar que a sua forma ativa,

NAD ou nicotinamida-adenina-dinucleotídeo, é uma

coenzima presente em todas as células, usada como

transportadora de elétrons nas reações metabólicas

de oxiredução. O triptofano é um aminoácido es-

sencial, o único precursor da biossíntese endógena

do NAD25, envolvido nos mecanismos de tolerância

desenvolvido pelas células T (Tregs); inclusive, con-

sidera-se a relação do fato de que tanto as doenças

na pelagra são mais comuns em mulheres23.

A depleção do NAD mediada pela ativação da

PARP1 (poli-ADP-ribose-polimerase1) é um dos me-

canismos mais conhecidos de necrose tecidual23.

A elevação crônica do TNF-alfa, levando a eventos

necróticos nas doenças autoimunes, provavelmente

ocorre por uma combinação de ativação persistente

da PARP1 e de IDO (indoleamina 2, 3-dioxigenase),

ambos depletores de NAD23. Desta forma, doses far-

macológicas de precursores do NAD, como triptofano

ou niacina, podem fornecer benefícios terapêuticos

em doenças autoimunes, como artrite reumatoide e

esclerose múltipla23. O PARP1 pode ainda ser inibido

pelo resveratrol através de mecanismos não relacio-

nados ao NAD.

Quanto ao ácido pantotênico ou vitamina B5, a

maioria dos estudos encontrados na literatura cien-1,6 e, em geral, mantém a correlação

-

-

minas do complexo B, o mais importante é ressaltar

a sua interrelação no metabolismo intermediário e

Fonte: Biodisponibilidade de Nutrientes. Cozzolino, SMF. 3a. Edição. Ed. Manole, 2009.

A Suplementação Vitamínica na Terapêutica das Doenças Articulares

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Vitamina B5(ácido

pantotênico)

Abundante na natureza, encontrada em todos os tecidos animais e vegetais.

Algumas fontes: fígado, sementes de girassol, iogurte, salmão, frango, peru, noz pecã, amendoim, abacate, ostras, coração bovino e cogumelos.

Microbiota intestinal: grande contribuição. Estabilidade: sensível ao cozimento e congelamento. Perda por

cocção: 50%.

Vitamina B6(piridoxina, piridoxal e

piridoxamina)

Fígado, banana, salmão, batata, suco de ameixa e de tomate, avelã, camarão,

carne de boi, frango, castanhas, abacate, manga, melado, semente

de girassol, entre outras.Microbiota intestinal: contribuição

pequena. Estabilidade: estável ao calor e meio ácido; instável a álcalis, luz e

congelamento. Perda por cocção: 40%.

Vitamina B12(cobalamina)

Fígado, mariscos, ostras, coração, peixes (atum, salmão, arenque, truta), caranguejo, camarão, carne vermelha, frango, leite e derivados, ovos, outros.

Estabilidade: é instável quando aquecida em meio ácido ou alcalino.

Perda por cocção: 10%.

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seus inúmeros papéis na manutenção da vida. Em

geral, elas estendem a sua importância nos níveis

orgânicos adequados para a manutenção da saú-

de e bem-estar, redução de risco de doenças e co-

adjuvantes em seus tratamentos.

Vitamina E É um dos antioxidantes mais aclamados, com-

preendendo um complexo de substâncias conhe-

cidas como tocoferois (alfa, beta, gama, delta) e

tocotrienois. Suas principais fontes são os óleos

vegetais (soja, arroz, algodão, milho, girassol, trigo,

oliva), as sementes oleaginosas (girassol e nozes,

principalmente), leguminosas (amendoim), gér-

men de trigo, abacate e vegetais folhosos, como o

espinafre.

Sempre devemos estar atentos que a suple-

mentação vitamínica confere maior proteção ao

do que àquele com níveis adequados e seguros de

nutrientes. Já foi comentado que indivíduos com

-

antioxidante7,21. Deste modo, a suplementação

assume um papel relevante em seu acompanha-

mento, com evolução favorável evidenciada por

meio da redução dos sintomas clínicos e melhora

da atividade funcional.

Estudo realizado em 2009 com ratos, publicado

no Journal of Medicinal Food11, mostra que a artri-

te reumatoide foi induzida após um período de 4

semanas durante a qual os animais receberam

assim como o benefício da suplementação antioxi-

dante com vitamina E ou quercetina, uma substân-

-

tórias (TNF-alfa e interleucina-1-beta), óxido nítrico

-

matórios avaliados. A suplementação antioxidante

-

matórios ao padrão do grupo controle. Todavia, no

-

mentação não mostrou os mesmos benefícios.

Já a suplementação da vitamina E tam-

bém se mostrou protetora em pacientes com

osteoartrite2,13,15,17,27,30 inclusive em estudos

randomizados duplo-cegos, considerados de

maior consistência8,26, diminuindo os sintomas

-

lar e/ou reduzindo as doses de medicamentos

utilizados em seu tratamento.

Vitamina C A vitamina C ou ácido ascórbico é um antioxi-

dante de composição química hidrossolúvel, lar-

gamente utilizado na forma de suplementações.

É encontrada em diversos alimentos de origem

vegetal, sendo muito sensível e facilmente des-

truída pelo calor. Suas principais fontes são:

abacaxi, acerola, agrião, goiaba, laranja, limão, kiwi,

pimentão, rúcula, cebola, repolho, espinafre, caju,

morango, mamão papaya, entre outras.

Um estudo epidemiológico longitudinal25, conhe-

cido como Clearwater Osteoarthritis Study (COS),

acompanhou pacientes por mais de 22 anos (desde

1988 até a data de publicação). O estudo concluiu

que a utilização de suplementos de vitamina C pro-

vavelmente conferiu proteção quanto à incidência

de osteoartrite (novos casos), sendo menos nítidos

os seus benefícios na redução de sintomas em pa-

cientes com osteoartrite já instalada. No entanto,

a vitamina C é essencial para a manutenção e oti-

mização do estado nutricional em pacientes com

desempenha inúmeras funções no organismo, par-

ticularmente pela sua ação antioxidante e por esti-

mular o sistema imunológico. Discute-se também o

pós-operatórias em casos de artroplastias34.

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Um importante estudo de coorte foi publicado no

Arthritis Research & Therapy em 200732, no qual foi

avaliada a ingestão de vitaminas antioxidantes por

meio da dieta e do uso de suplementações de 297

adultos saudáveis, sem dor ou lesão em joelhos.

Aproximadamente 10 anos depois, o volume da car-

tilagem (cartilage volume), área óssea (bone area),

defeitos cartilaginosos (cartilage defects) e lesões

em medula óssea (bone marrow lesions) em seus

joelhos foram investigados através de ressonância

magnética.

Concluiu-se que o consumo de vitamina C foi

associado com uma redução no tamanho do osso

(bone size) e do número de lesões na medula óssea

(bone marrow lesions), sendo que ambos têm rela-

ção com a patogênese da osteoartrite em joelhos.

Conclusão O reconhecimento do papel de fatores nutricio-

nais na saúde óssea e articular foi assumindo um

valor cada vez maior nas últimas décadas22. Nume-

rosos estudos relacionaram a ingestão de vitaminas

por meio da dieta e/ou do uso de suplementações

evidências do estresse oxidativo em decorrência

destes quadros têm sido largamente documenta-

das, com aumento do malondialdeído eritrocitário

ou urinário (MDA), aumento da atividade das enzi-

mas antioxidantes (superóxido dismutase, glutatio-

na peroxidase, catalase, entre outras) e diminuição

dos níveis de antioxidantes, como vitamina C, vita-

mina E e glutationa21,29. Manter níveis adequados

de antioxidantes torna-se, portanto, essencial no

acompanhamento clínico do paciente. A interrela-

-

ca a utilização de multivitamínicos em se buscando

a otimização do estado nutricional.

Nos dias de hoje, envolvidos por um processo

surpreendente de aquisição de conhecimento em

decorrência dos avanços da ciência e da tecnolo-

gia das últimas décadas, aprendemos cada vez

mais sobre a nutrição a nível celular e molecular12.

Vão sendo desvendadas as interações entre ge-

nes e nutrientes e uma nova ciência nutricional vai

emergindo, mais ampla, provendo-nos com as fer-

ramentas necessárias para clarear a interrelação

entre saúde e nutrição11.

Assim, esperamos que, com o tempo, possamos

cada vez mais assegurar um estado nutricional ade-

quado aos indivíduos, reduzindo o risco de doenças

crônicas, auxiliando no tratamento de doenças já

instaladas e promovendo um envelhecimento com

melhor qualidade de vida.

A Suplementação Vitamínica na Terapêutica das Doenças Articulares

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A Importância da Suplementação

Informações adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação.

Artrotabs® – suplemento vitamínico mineral. Composição: Porção máxima diária de 1 comprimido. Ingredientes: Magnésio (Magnésio Chelazome(2) e Dimagnésio malato), Vitamina C (Ácido ascórbico), Niacina (Vitamina B3), Vitamina E (d-alfa-tocoferol), Zinco (Zinco Chelazome(2)), Ácido pantotênico (Vitamina B5), Manganês (Manganês Chelazome(2)), Riboflavina (Vitamina B2), Piridoxina (Vitamina B6), Tiamina (Vitamina B1), Cobre (Cobre Lisina(3)), Selênio (Selênio Complex(4)), Cianocobalamina (Vitamina B12). Aditivos: estabilizante – celulose microcristalina, Croscarmelose sódica; glaceante – Ácido esteárico; anti umectante – Dióxido de silício; Coadjuvantes: lubrificante – Estearato de magnésio. Corante: Laca amarelo crepúsculo - Não contém glúten.

Indicações: Artrotabs é um suplemento vitamínico-mineral. Sua utilização permite a otimização das terapias convencionais, atuando como coadjuvante no tratamento de doenças articulares e permitindo a adequada nutrição dos sistemas biológicos envolvidos na redução dos sintomas e recuperação do paciente. Recomenda-se adequar as doses de acordo com suas necessidades diárias. A ingestão usual é de 1 comprimido de Artrotabs® ao dia, ou a critério médico/nutricionista. Artrotabs® deve ser mantido em sua embalagem original. Os suplementos de vitaminas e minerais são sensíveis à umidade, por isso evite manipular todos os comprimidos de uma vez. Gestantes, nutrizes e crianças até 3 (três) anos, somente devem consumir este produto sob orientação do médico ou nutricionista. Pessoas hipersensíveis aos componentes da formulação devem evitar o consumo deste produto.

Referências Bibliográficas: (1) Monografia do produto. (2) Bula do produto. (3) Ashmead HD, Graff D, Ashmead H. Intestinal Absorption of Metal Ions Chelates. Springfield: Charles C. Thomas. 1985.

A ação antioxidante que inibe1

Fórmula balanceada de minerais quelatos e 1,2

Ausência de efeitos colaterais1,3

1,2

crônico-degenerativos das

reumatoide, osteoartrite,e também para esportistase obesos2

1,2

1 comprimido ao dia

1,2

1 frasco com 30 comprimidos

ArtroTabs Anuncio_v10.indd 1 05/01/2012 10:00:37

4500

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