ZÉ MALANDROReconto escrito por Sávio Silva de Melo
Edição feita por: Lucas Porcino
Era uma vez, uma pessoa chamada Zê Malandro.
Zê Malandro era um folgado, não trabalhava e só jogava
baralho.
Um dia, a morte bateu em sua porta e disse:
- Me dê um pouco de comida.
Zê Malandro falou:
- Eu só tenho um pedaço de pão duro.
A morte aceitou e os dois dividiram aquele pedaço de pão.
Depois de comerem o pão, a morte perguntou:
-o que você quer em troca do pão?
Zé malandro, muito esperto, disse:
-Não quero nada. Hoje não quero nada.
O tempo passou e a dona morte retornou a casa
do Zé Malandro. Mas desta vez não era para
pedir pão.
A morte bateu na porta da casa e Zé atendeu. A
morte desse:
- A sua hora chegou Zé!
O Zé Malandro lembrou-se que a morte lhe devia um favor e agora
resolver cobrar:
- Dona Morte, como meu último pedido, suba naquela árvore, bem
alta lá fora. Pegue o fruto mais maduro e gostoso e traga para mim.
A Dona Morte, lembrado que devia um favor ao Zé Malandro, fez o
que ele pediu. Mas, a Dona Morte esqueceu que tinha medo de
altura e não conseguiu descer da árvore.
Apavorada, a morte chamou por Zé Malandro
Zé Malandro disse:
- Você só desce desta árvore se permitir que eu viva por toda a
eternidade.
A morte pensou, pensou e balançou a cabeça positivamente.
E dizem que até hoje Zé Malandro continua por ai, jogando seu
baralho pelos bares.