O JOANINO Nº 918 – 20 a 26 de novembro de 2016
XXXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
A Palavra de Deus, neste último domingo do ano litúrgico, convida-nos a tomar consciência da
realeza de Jesus. Deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos
reis deste mundo: é uma realeza que se exerce no amor, no serviço, no perdão, no dom da vida.
A primeira leitura apresenta-nos o momento em que David se tornou rei de todo o Israel. Com
ele, iniciou-se um tempo de felicidade, de abundância, de paz, que ficou na memória de todo o
Povo de Deus. Nos séculos seguintes, o Povo sonhava com o regresso a essa era de felicidade e
com a restauração do reino de David; e os profetas prometeram a chegada de um descendente de
David que iria realizar esse sonho.
O Evangelho apresenta-nos a realização dessa promessa: Jesus é o Messias/Rei enviado por
Deus, que veio tornar realidade o velho sonho do Povo de Deus e apresentar aos homens o
“Reino”; no entanto, o “Reino” que Jesus propôs não é um Reino construído sobre a força, a vio-
lência, a imposição, mas sobre o amor, o perdão, o dom da vida.
Iª Leitura: Is 2, 1 - 5;
Salmo Responsorial: Salmo 121 (122);
IIª Leitura: Rom 13, 11 - 14;
Evangelho: Mt 24, 37 - 44.
LITURGIA DA PALAVRA
I Domingo do Advento
27 de novembro de 2016
Primeira Leitura: Leitura do Livro de Isaías
Visão de Isaías, filho de Amós, acerca
de Judá e de Jerusalém: Sucederá, nos
dias que hão-de vir, que o monte do tem-
plo do Senhor se há-de erguer no cimo
das montanhas e se elevará no alto das
colinas. Ali afluirão todas as nações e
muitos povos acorrerão, dizendo: «Vinde,
subamos ao monte do Senhor, ao templo
do Deus de Jacob. Ele nos ensinará os
seus caminhos e nós andaremos pelas
suas veredas. De Sião há-de vir a lei e de
Jerusalém a palavra do Senhor». Ele será
juiz no meio das nações e árbitro de
povos sem número. Converterão as espa-
das em relhas de arado e as lanças em
foices. Não levantará a espada nação con-
tra nação, nem mais se hão-de preparar
para a guerra. Vinde, ó casa de Jacob,
caminhemos à luz do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: Vamos com alegria para a casa do
Senhor. Segunda Leitura:
Leitura da Epístola do apóstolo São
Paulo aos Romanos
Irmãos: Vós sabeis em que tempo esta-
mos: Chegou a hora de nos levantarmos
do sono, porque a salvação está agora
mais perto de nós do que quando abraçá-
mos a fé. A noite vai adiantada e o dia
está próximo. Abandonemos as obras das
trevas e revistamo-nos das armas da luz.
Andemos dignamente, como em pleno
dia, evitando comezainas e excessos de
bebida, as devassidões e libertinagens, as
discórdias e ciúmes; não vos preocupeis
com a natureza carnal para satisfazer os
seus apetites, mas revesti-vos do Senhor
Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.
Aleluia: Salmo 84, 8
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericór-
dia e dai-nos a vossa salvação.
Evangelho: Mt 24, 37 - 44.
COM MISERICÓRDIA
O terceiro Ano Santo extraordinário da
Igreja Católica está a chegar ao fim. Se
levarmos em contar que já há mais de 700
anos de jubileus, percebemos desde logo
que foi uma oportunidade histórica. Para
lá da mera análise “estatística”, no entan-
to, percebemos que foi um ano central
para definir o pontificado de Francisco
em volta da sua palavra-chave: Misericór-
dia.
A própria compreensão do conceito está
em constante aperfeiçoamento, necessa-
riamente. A Teologia tem de estar por
dentro da condição humana e ao serviço
de cada pessoa, oferecendo respostas às
suas buscas existenciais. A misericórdia é
particularmente relevante para evitar
qualquer atitude de superioridade em
relação àquele que pode estar a precisar
de auxílio ou numa condição considerada
menos digna, qualquer que seja. Do ponto
de vista católico, todos, sem exceção,
estão necessitados da misericórdia divina.
12 meses passados, obviamente, há
muito por fazer. As Portas Santas fecham
-se e o mundo continua à espera desta
mensagem de misericórdia, concretizada
nas mais diversas obras. Uma reserva
moral e espiritual num mundo em que a
modernidade, tantas vezes, se tem revela-
do anti-humana, promotora de uma cultu-
ra de morte (como lembrava João Paulo
II), da ditadura do relativismo (uma
a modernidade (entenda-se também
aqui o tempo que vivemos) é o mais per-
feito do mundo. À Igreja Católica compe-
te ser “reserva” de sabedoria, de valores
e, claro está, de misericórdia, mesmo
quando à primeira vista as suas posições
sejam recusadas.
Como dizia o próprio Chesterton,
“apenas a Igreja Católica pode salvar o
homem da escravidão destruidora e rebai-
xante de ser filho da sua época”. Octávio Carmo
LEGALISMO
O Papa reagiu em entrevista divulgada
hoje às críticas de quatro cardeais ao seu
pontificado, considerando que a Igreja
Católica deve rejeitar o “legalismo”.
“A Igreja é o Evangelho, não um cami-
nho de ideias, um instrumento para as
afirmar”, referiu Francisco ao „Avvenire‟.
Em uma entrevista ao maior jornal cató-
lico da Itália, o "Avvenire", o pontífice
argentino foi questionado sobre uma carta
que recebeu de cardeais, tornada pública,
questionando a exortação apostólica
"Amoris laetitia" ("A alegria do amor"),
após as duas assembleias do Sínodo dos
Bispos sobre a família (2014 e 2015), e
disse que isso não lhe “tira o sono”.
Os cardeais Walter Brandmüller, Joa-
chim Meisner, Carlo Caffarra e Raymond
L e o B u r k e d i r i g i r a m c i n c o
„dubia‟ (dúvidas), perguntas formais que
procuram determinar se pontos da exorta-
ção apostólica vão contra ensinamentos
da Bíblia e do magistério dos anteriores
Papas no que diz respeito, por exemplo,
ao acesso dos católicos divorciados que
se voltaram a casar civilmente aos Sacra-
mentos.
Francisco sustenta que é necessário
“distinguir o espírito com que se manifes-
tam as opiniões”, porque algumas críticas
ajudam a avançar, mas noutras há sinais
de “rigorismos que escondem uma falha,
o querer esconder dentro de uma armadu-
ra a própria insatisfação triste”.
A entrevista analisa as reações à
„Amoris laetitia‟, sublinhando que algu-
mas nascem "de um certo legalismo que
pode ser ideológico".
Segundo o Papa, há quem não com-
preenda que “no fluxo da vida é preciso
discernir”, querendo ver tudo como
“branco ou preto”.
Entre os temas tratados esteve também
a recente viagem do Papa à Suécia para
assinalar os 500 anos da reforma protes-
tante.
“O proselitismo entre cristãos é um
pecado grave, a Igreja não é uma equipa
de futebol à procura de adeptos”, refere
Francisco. OC
CONSISTÓRIO
O Papa vai presidir este sábado ao ter-
ceiro consistório do seu pontificado, para
criar 17 cardeais, dos quais 13 eleitores
(com menos de 80 anos), reforçando o
papel das “periferias” no Colégio Cardi-
nalício.
Desde 2013, quando os cardeais eleito-
res da Europa representavam 56% do
total, Francisco tem vindo a alargar as
fronteiras das suas escolhas, com uma
mudança mais visível no peso específico
da África, Ásia e Oceânia.
Quando foi eleito, o atual Papa tinha
como colaboradores apenas 22 cardeais
eleitores destes três continentes; no sába-
do vão passar a ser 33, um número prati-
camente igual ao da América (34 eleito-
res, entre América do Norte, Central e do
Sul), ou seja, cerca de 28% dos partici-
pantes num eventual conclave.
FICHA TÉCNICA Propriedade: Paróquia de S. João da Ribeira • Diretor: Pe. Manuel de Almeida e Sousa
• Publicação: Semanal • Tiragem: 350 Ex. tel. 258 944 132 E-mail: [email protected] • Site: www.paroquias-ribeira-fornelos-serdedelo.com
Dia Hora Intenções
Ter. 22
18:00 - Almas do Purgatório - m. c. Maria de Fátima Monteiro Correia (pg).
Qua. 23
18:00 - Manuel Martins de Sá e Familiares - m. c. Esposa e Filhos (pg); - Rosalina Lopes d’Almeida, Marido e Familiares - m. c. filha Guilhermina.
Qui. 24
18:00
- Laura Velho de Lima e João Fernandes Lima (50/50) - m. c. Irmã (pg); - Arminda de Jesus Magalhães da Silva (20/20) - Rol (pg); - IIº Aniv. - José Vieira de Melo - m. c. Família.
Sáb. 26
17:00
19:15
Igreja da Cruz de Pedra: - Joaquim Vieira Fernandes, Sogro e Cunhado - m. c. Esposa; - Manuel Francisco de Oliveira Pimenta, Pais e Sogros - m. c. Delfina Morais Pimenta. Igreja de Santa Catarina: - Anselmo Cerqueira Bota, Pais e Sogros - m. c. Esposa; - Maria dos Prazeres Martins e Familiares - m. c. José Maria; - António Dias Martins e Esposa - m. c. Sobrinhos (pg); - Cândida Martins de Lima (aniv. Fal.) e Marido - m. c. filha Maria da Conceição.
Dom 27
07:00
14:30
Igreja Paroquial: - João Correia Amorim, Esposa e Familiares - m. c. Ana Araú-jo Amorim (20); - João Correia da Silva e Gracinda Araújo Amorim (25/30) - m. c. Ana Araújo Amorim (pg). Igreja de Santa Catarina: - Santa Catarina - m. c. Filomena Gonçalves (pg); - Santa Catarina - m. c. Rosa Maria Faria Lourenço; - Emília Lopes Gonçalves (aniv) - m. c. Gracinda; - Santa Catarina, João Ferreira, Esposa e filha Hermínia - m. c. Fátima Ferreira; - Isolina Gonçalves (aniv. Fal), Joaquim da Costa e Familia-res - m. c. Filomena Gonçalves (pg); - Rosa Matos Reis, Marido, Filhos, Netos e Familiares - m. c. César Armada (pg); - Maria Fernandes Pereira, José Gonçalves Cerqueira, Gracinda Cerqueira e Franklim Abreu - m. c. Conceição Abreu; - António Gomes (23/30) - m. c. Esposa (pg); - Cândida de Matos Dias (7/30) - m. c. Família (pg); - Agostinho Martins Marques Armada (aniv. Nasc.) e Familiares - m. c. Esposa (pg); - António Rodrigues Armada (aniv. Fal.) e Familiares - m. c. Delfina Rosa Dias.
Boa semana!
Avisos