UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE
DST/AIDS, HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE
Nome do aluno: SANDRA TORRES
PROJETO DE INTERVENÇÃO: Qualificação do processo de trabalho e
das práticas profissionais do cuidado em sífilis através da educação
permanente
Natal/RN, Abril de 2017.
SANDRA TORRES
PROJETO DE INTERVENÇÃO: Qualificação do processo de trabalho e
das práticas profissionais do cuidado em sífilis através da educação
permanente
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização sobre Gestão das Políticas de DST/ AIDS, Hepatites Virais e Tuberculose da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de especialista.
Orientadora: Profª Miranice Nunes dos Santos Crives
Natal/RN, Abril de 2017.
RESUMO
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa, que pode ser transmitida pela via sexual ou
verticalmente durante a gestação. Apesar de possuir diagnóstico e tratamento fáceis, continua
sendo um grave problema de saúde pública em nosso país. O aumento significativo de sua
incidência na cidade de Cáceres, sudoeste do Estado de Mato Grosso em adultos, gestantes e
na forma congênita, motivou a elaboração deste projeto de intervenção voltado a educação
permanente direcionado aos profissionais da atenção básica do município, que tem por
objetivo atualizar a equipe de saúde no manejo da sífilis e qualificar o cuidado do usuário.
Pretende-se realizar uma oficina, em que facilitadores num primeiro momento buscarão
identificar as principais dificuldades encontradas pelos profissionais e possíveis abordagem
inadequadas da doença. Uma vez reconhecidos tais problemas, serão oferecidas aulas
contemplando diversos temas para sanar tais dificuldades.
Espera-se com este projeto de intervenção, alcançar a diminuição da incidência de sífilis, e
contribuir com práticas adequadas de diagnóstico, tratamento e condução adequados da sífilis
conforme os protocolos e diretrizes recomendados pelo Ministério da Saúde; pretende-se
ainda, utilizar o conhecimento e experiência dos profissionais de saúde como estratégia de
transformação do processo de trabalho, melhorando assim a qualidade de assistência no pré-
natal e consequente prevenção da transmissão vertical e redução dos casos de sífilis
congênita.
Palavras chave: capacitação em saúde, sífilis, projeto de intervenção
LISTA DE ABREVIATURAS
CAPS Centros de Apoio Psicossocial
CEO Centro de Especialidades Odontológicas
CER Centro de Reabilitação
CPSI Centro de Apoio Psicossocial Infantil
CRS Centro de Referencial em Saúde – CRS
CTA Centro de Testagem e aconselhamento
HIV vírus da imunodeficiência humana
IST Infecção Sexualmente Transmissível
LILACS Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MS Ministério da Saúde Brasil
MT Mato Grosso
OMS Organização Mundial da Saúde
PAM Pronto Atendimento Médico de Urgência/Emergência
PCDT Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
SAE Serviço de Atenção Especializada
SAE Serviço de Atenção Especializada em DST/AIDS
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SINAN Sistema Nacional de Agravos Notificáveis
SUS Sistema Único de Saúde
UNASUS Universidade aberta do SUS
UNEMAT Universidade Estadual de Mato Grosso
USF Unidades de Saúde da Família
VDRL Venereal Disease Reserch Laboratory
SUMÁRIO
1.0. INTRODUÇÃO..................................................................................................................6
2.0. OBJETIVOS ....................................................................................................................13
2.1 Objetivo geral.............................................................................................................13
2.2 Objetivo específico.....................................................................................................13
3.0. METODOLOGIA...........................................................................................................13
3.1. Cenário do projeto de intervenção.................................................................................13
3.2. Elementos do plano de intervenção................................................................................14
3.3. Fragilidades e oportunidades..........................................................................................19
3.4. Processo de avaliação.....................................................................................................19
4.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................20
5.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................21
6.0. APÊNDICE...................................................................................................................23
7.0. ANEXOS.......................................................................................................................25
1.0. INTRODUÇÃO
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de caráter sistêmico,
curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Caracteriza-se
por períodos de “atividade e latência; pelo acometimento sistêmico disseminado e pela
evolução de complicações severas no ser humano quando não tratada, ou tratada
inadequadamente” (AVELLEIRA, 2006, P. 111).
Mesmo possuindo um tratamento eficaz e de baixo custo, a sífilis tornou-se uma
doença reemergente, considerada hoje como um importante agravo em saúde pública, pois
além de ser infectocontagiosa, de afetar mulheres em idade fértil e grupos populacionais
específicos, como homens que fazem sexo com homens e profissionais do sexo, aumenta
significativamente o risco de se contrair a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV, do inglês human immunodeficiency virus), uma vez que a entrada do vírus é facilitada
pela presença das lesões sifilíticas (HORVÁTH, 2011; BRASIL, 2015a).
Também pode ser transmitida verticalmente, quando o feto é infectado via placentária
pelo Treponema pallidum, em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença em
gestante não tratada ou tratada inadequadamente. A sífilis congênita é a forma que mais
preocupa e chama atenção, pois é responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade,
podendo chegar a 40% a taxa de abortamento, óbito fetal e morte neonatal (LUMBIGANON
et al., 2012; BRASIL, 2015).
Atualmente o Brasil está vivendo uma epidemia de acordo com o último Boletim
Epidemiológico de Sífilis (2016) publicado pelo Ministério da Saúde (MS). Entre os anos de
2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes 20,9% e
congênita, de 19% em nosso país.
Somente em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi
de 65.878. No mesmo período, a taxa de detecção foi de 42,7 casos por 100 mil habitantes, a
maioria em homens, 136.835 (60,1%). No estado de Mato Grosso (MT) a taxa de detecção
para o mesmo ano foi de 26,2 casos por 100 mil hab. Em Cáceres, município onde será
desenvolvido o presente projeto de intervenção, a taxa de detecção de sífilis adquirida no ano
referido foi de 53,7/100 mil hab., mostrando-se superior a taxa nacional e estadual. Cabe
ainda ressaltar que em 2016, essa taxa foi ainda maior com 60,8 casos por 100 mil habitantes,
o que revela um grave problema de saúde pública no município que precisa ser enfrentado.
6
Em 2015, no Brasil, observou-se uma taxa de detecção de 11,2 casos de sífilis em
gestantes/mil nascidos vivos. Mato Grosso apresentou uma taxa menor que a nacional com
6,1casos de sífilis em gestantes/mil nascidos vivos, mas Cáceres, porém, apresentou uma taxa
de 8,9 casos, ou seja, número superior a taxa estadual. Para 2016, Cáceres aumentou ainda
mais sua taxa de detecção, apresentando 14,1 casos em gestantes/mil nascidos vivos.
Figura 1 – Taxa de detecção de sífilis em gestantes (mil nascidos vivos), por ano de diagnóstico, Cáceres, 2005 – 20161.
No Brasil, em geral, nos últimos 10 anos, em especial a partir de 2010, houve um
progressivo aumento na taxa de incidência de sífilis congênita: em 2006, a taxa era de 2,0
casos/mil nascidos vivos; e em 2015, subiu para 6,5 casos/mil nascidos vivos. Mato Grosso e
Cáceres, neste caso, estão abaixo da média nacional, apresentando 3,7 e 2,5 casos/mil
nascidos vivos respectivamente. Porém, já em 2016 a incidência para sífilis congênita no
município subiu para 7,09 casos/mil nascidos vivos.
1 Fonte: SINAN – Vigilância epidemiológica de Cáceres.
7
Figura 2 – Taxa de incidência de sífilis congênita em menores de um ano de idade (mil nascidos vivos), por ano de diagnóstico, Cáceres, 2000-20152.
Cabe aqui ressaltar que o Brasil é signatário junto à OPAS/OMS3 para a eliminação da
transmissão vertical do HIV e da sífilis nas Américas. Em 2014, a OPAS (Organização Pan-
Americana de Saúde) criou o Comitê Regional para Validação da Eliminação da Transmissão
Materno-Infantil do HIV e sífilis. Algumas das metas que devem ser alcançadas para que esse
Comitê certifique os países signatários, e conforme protocolo do MS, incluem:
Taxa de transmissão vertical do HIV ≤ 2%, ou incidência de até 0,3 casos por 1.000
nascidos vivos;
Taxa de incidência de sífilis congênita ≤ 0,5 casos/1.000 nascidos vivos;
Cobertura de pré-natal (pelo menos 1 consulta) ≥ 95%;
Cobertura de testagem para HIV e sífilis em gestantes ≥ 95%;
Cobertura de tratamento com ARV em gestantes HIV+ ≥ 95%; e
Cobertura de tratamento com penicilina em gestantes com sífilis ≥ 95%.
Vale destacar que Cáceres apresentou em 2015 e 2016 uma taxa de detecção de 2,5 e
7,09 casos/mil nascidos vivos de sífilis congênita, ou seja número acima do recomendado pelo
Ministério da Saúde, que seria menor de 0,5 casos/mil nascidos vivos.
Conforme o Manual de indicadores e parâmetros da saúde - Mato Grosso (2010)4,
o município que apresentar de 1 a 5 casos confirmados de sífilis congênita por mil nascidos
vivos, é classificado como médio. Seguindo este critério, Cáceres possui classificação média
2 Fonte: SINAN Vigilância epidemiológica de Cáceres.3 OMS Organização Mundial da Saúde4 Disponível em: www.saude.mt.gov.br/arquivo/2901. Acesso em: 10/04/2017.
8
em 2015 pois diagnosticou 4 casos, e classificação alta e em 2016 com o diagnóstico de 8
casos de sífilis congênita.
Com relação a atenção durante o pré-natal, em Cáceres, no ano de 2015, 42,8% das
gestantes foram diagnosticadas com sífilis no 3º trimestre de gestação, enquanto que em 2016,
este número subiu para 50%. Informação que revela um diagnóstico tardio da doença nas
gestantes do município.
No que se refere aos casos de sífilis congênita, a análise do banco de dados do Sistema
Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN) de Cáceres de 2015 e 2016, demonstra que em
75% e 37,5% dos casos notificados, a gestante havia realizado o pré-natal. A doença tinha
sido diagnosticada durante a gravidez em 75% e 12,5% dessas mulheres. Quanto ao esquema
de tratamento, em 2015, 100% receberam tratamento inadequado, e em 2016, 75% das
gestantes também receberam tratamento inadequado.
Figura 3 – Casos de sífilis congênita segundo esquema de tratamento da mãe por ano de diagnóstico, Cáceres 2000 – 20165.
Cabe aqui salientar que o MS adotou a penicilina como droga de escolha efetiva no
combate a sífilis, e considera como tratamento inadequado:
• Tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja a penicilina; ou
• Tratamento incompleto, mesmo tendo sido feito com penicilina; ou
• Tratamento inadequado para a fase clínica da doença; ou
• Tratamento instituído no prazo de até 30 dias antes do parto; ou
5 Fonte: SINAN – Vigilância epidemiológica de Cáceres.9
• Parceiro(s) sexual(is) com sífilis não tratado(s) ou tratado(s) inadequadamente.
Segundo Bittencourt (2012 p.3),
Alguns estudos mostram que o alto índice de sífilis congênita está relacionado à inadequada assistência pré-natal, pois em muitos casos as mães são tratadas com esquemas terapêuticos diferentes do preconizado pelo Ministério da Saúde entre outros fatores como o não tratamento do parceiro.
Quanto ao tratamento dos parceiros, em 2015, entre as gestantes que realizaram o pré-
natal, em 100% dos casos o parceiro não foi tratado. Já em 2016, somente 12,5% dos
parceiros receberam tratamento, enquanto que 75% não foram tratados, e 12,5% dos casos
essa informação consta ignorada/em branco.
Figura 4 – Casos de sífilis congênita segundo informações sobre tratamento do parceiro da mãe por ano de diagnóstico, Cáceres 2001 – 20166.
Vale ressaltar que o número de casos da doença pode ser ainda maior no município de
Cáceres, do que os dados demonstrados aqui, pois segundo, já foram realizados estudos que
demonstraram falhas na notificação da doença no SINAN, levando-nos à ideia da existência
de subnotificação (DANTAS, 2008).
O Brasil possui as condições suficientes em relação a legislação, tecnologia, insumos e
profissionais de saúde para alcançar a meta de redução da sífilis, bem como da transmissão
vertical da doença que são disponibilizados pelos governos federal, estaduais e municipais. A
análise dos indicadores, porém, vem demonstrando, através do aumento do número de casos,
condições favoráveis à transmissão da sífilis e deficiências na atenção à saúde da mulher,
6 Fonte: SINAN – Vigilância epidemiológica de Cáceres.10
especialmente no período pré-natal, quando as gestantes infectadas poderiam ser
oportunamente identificadas e tratadas adequadamente.
Para controlar a doença, é preciso implementar algumas ações consideradas
importantes e até mesmo imprescindíveis dentro da rede de saúde pública. É necessário
aumentar a cobertura do pré-natal, fazer uma captação prévia das gestantes; realizar um
diagnóstico precoce, garantir um tratamento oportuno e adequado das pessoas contaminadas,
principalmente gestantes e suas parcerias sexuais com sífilis durante o pré-natal; garantir
acesso facilitado aos testes para sífilis de triagem (quantitativo) por meio de teste rápido ou do
VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e teste treponêmico (qualitativo) para
confirmação do diagnóstico. Paralelamente a isso, desenvolver ações de prevenção, bem
como atividades de educação permanente junto aos profissionais de saúde da atenção básica e
hospitais.
Diante do exposto, e considerando principalmente a situação epidemiológica que se
encontra em Cáceres-MT, somado a uma taxa de detecção de 7,09 casos/mil nascidos vivos
de sífilis congênita no ano de 2016, ou seja, número acima do recomendado pelo Ministério
da Saúde, que seria menor de 0,5 casos/mil nascidos vivos, justifica-se a necessidade da
elaboração desse projeto de intervenção, voltado a educação permanente, a ser desenvolvido
no referido município.
Num primeiro momento, foi realizado uma busca por trabalhos científicos que
objetivassem a pesquisa acerca do conhecimento dos profissionais de saúde sobre sífilis.
Foram encontrados 6 trabalhos que demonstraram que os profissionais de saúde da atenção
básica possuíam conhecimento insuficiente sobre a doença, sobretudo em gestantes com
VDRL reagente, já que estas foram conduzidas inadequadamente durante o pré-natal por uma
parcela destes, ou ainda divergiram quanto aos protocolos recomendados pelo MS.
Em um segundo momento, foi realizado uma pesquisa sobre estudos que buscavam
avaliar a eficiência da intervenção educacional sobre sífilis junto aos profissionais de saúde.
Foi encontrado um estudo que comprovou que o treinamento direcionado aos profissionais da
atenção básica foi primordial, visto que verificou-se um aumento de conhecimento sobre a
doença em questionário aplicado pós treinamento, bem como interferiu positivamente
auxiliando na redução das taxas de transmissão vertical da sífilis congênita (LAZARINI F.
M., 2017).
O aparecimento de casos de sífilis congênita na população é de importância
significativa, tendo em vista o MS considera a taxa desse agravo como um indicador de
11
avaliação da atenção básica à saúde, que reflete diretamente a qualidade da assistência
perinatal, em particular a atenção pré-natal, disponível a população (DANTAS, 2008).
Segundo Ramalho (2016), o controle da Sífilis Congênita requer um maior
comprometimento e capacitação dos profissionais que atuam na Atenção Primária, uma vez
que é nesse nível de assistência que se dá o primeiro contato da gestante com o serviço e, por
vezes, constitui a única oportunidade da testagem para sífilis. O conhecimento específico
sobre a sífilis na gestação pode qualificar a assistência prestada às mulheres, o acesso aos
manuais técnicos sobre prevenção da sífilis congênita e a participação em treinamentos pode
estar associado ao tratamento adequado de essas gestantes (DOMINGUES apud RAMALHO,
2011).
Ainda segundo Gomes (apud ANDRADE, 2013), o desconhecimento da equipe de
saúde acerca do manejo da SC, demanda maior atenção dos responsáveis pelas políticas
públicas (Andrade et al., 2011). Estes profissionais devem estar plenamente capacitados, uma
vez que são responsáveis diretos pela implantação das ações preconizadas para o controle e a
prevenção da transmissão vertical da sífilis.
Posto isto, a participação em treinamentos e o acesso fácil a publicações relacionados
a prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequados dos casos de sífilis em
adultos e gestantes, constituem uma importante estratégia para organizar o trabalho em
equipe, atualizar as condutas de prática clínica e qualificar o atendimento aos usuários.
Ramalho (2016, p. 52) mostra-nos que “a realização de capacitações periódicas
adequadas à realidade dos serviços é importante para que os profissionais reconheçam a
magnitude do agravo, para a adesão aos protocolos e a valorização dos profissionais de saúde
como parte ativa no processo de combate a cadeia epidemiológica da sífilis”.
Nessa perspectiva, o atual cenário, preocupante do município de Cáceres em relação a
sífilis, motivou e justificou a elaboração deste projeto de intervenção voltado ao processo de
educação permanente sobre prevenção, diagnóstico e tratamento adequado da sífilis
direcionado aos profissionais da rede pública de serviços de saúde de Cáceres. Pretende-se
com isso, utilizar o conhecimento e experiência dos profissionais de saúde como estratégia de
transformação do processo de trabalho e de práticas cotidianas, visando contribuir para
melhoria da qualidade das ações e dos serviços de saúde ofertados a população e redução dos
altos e preocupantes dados epidemiológicos de sífilis, principalmente na forma congênita e
suas complicações.
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2.0. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Implantar processo de educação permanente para refletir e organizar o processo de
trabalho em equipe, visando contribuir para qualificar o cuidado dos usuários (as) com sífilis.
2.2 Objetivo específico
- Identificar junto aos profissionais de saúde e discutir as principais dificuldades para
desenvolver o cuidado de usuários (as) com sífilis na atenção básica;
- Realizar uma oficina de atualização em sífilis para discutir conhecimentos e trocar
experiências sobre diagnóstico, tratamento e acompanhamento da sífilis adquirida e
gestacional, buscando reorientar a conduta profissional de acordo com os protocolos
preconizados pelo MS;
- Apresentar e discutir com os profissionais os fluxogramas de diagnóstico da sífilis
definidos pelo Ministério da Saúde, e definir um fluxograma adequado à realidade que
viabilize o acesso ao diagnóstico seguro da sífilis.
3.0. METODOLOGIA
3.1. Cenário do projeto de intervenção
A implementação do projeto de intervenção será realizada no município de Cáceres,
cidade polo, localizado na mesorregião Centro-Sul do estado de Mato Grosso e na
microrregião do Alto Pantanal. Situa-se a uma distância de 220 km da capital Cuiabá e faz
fronteira com a Bolívia. Em 2016, possuía uma população estimada de 90.881 habitantes
segundo dados do IBGE.
Com relação a rede local de serviços de Saúde, Cáceres conta com uma rede de
atenção à saúde pública, complementada pela rede privada. Possui uma área de 54% coberta
pelo Programa de Saúde da Família, somando um total de 14 equipes. Sob a administração do
município, são ofertados a população os seguintes serviços que fazem parte do Sistema Único
de Saúde (SUS):
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11 Unidades de Saúde da Família – USF
03 Unidades de Saúde da Família localizadas na zona rural – USF rural
01 Pronto Atendimento Médico de Urgência/Emergência - PAM,
01 Centro de Testagem e aconselhamento - CTA/Serviço de Atenção Especializada - SAE,
01 Centros de Apoio Psicossocial - CAPS,
01 Centro de Apoio Psicossocial Infantil – CPSI,
01 Centro de Reabilitação - CER,
01 Centro de Especialidades Odontológicas – CEO,
01 Ambulatório da Mulher
01 Centro de Referencial em Saúde – CRS (Popularmente conhecido como Postão)
01 Ambulatório da Criança
01 Ambulatório de Dermatologia
O município dispõe ainda de 2 hospitais conveniados ao SUS que são referência para
toda região sudoeste do estado de Mato Grosso, são eles: Hospital Regional DR Antônio
Fontes, destinado a atendimentos de trauma, urgência e emergência, e o Hospital e
Maternidade São Luís, sendo esta maternidade, a referência para gestação de alto risco da
região, possui caráter filantrópico, também oferece atendimento particular.
3.2. Elementos do plano de intervenção
A partir da análise epidemiológica da série histórica dos casos de sífilis registrados no
SINAN do município de Cáceres, que demonstrou o crescente número de casos da doença,
ficou notório que os profissionais de saúde que atuam na rede pública, necessitam passar por
um processo de educação em saúde relacionados a doença.
Neste sentido, o presente projeto de intervenção apresenta como proposta de educação
permanente, a realização de uma oficina de atualização em Sífilis direcionada aos
profissionais de saúde, objetivando garantir assim um diagnóstico precoce, acompanhamento
e tratamento adequados da sífilis adquirida, sífilis gestacional e congênita para a contenção da
doença.
Para a construção deste projeto de intervenção, foram coletadas as informações no
banco de dados do SINAN da Vigilância Epidemiológica do Município, no site eletrônico do
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Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, além pesquisa de literatura relacionados ao
tema em sites de busca, tais como: Universidade aberta do SUS (UNASUS), Scientific
Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS), bem como publicações do MS.
A busca por artigos que servissem de base para o desenvolvimento deste projeto de
intervenção foi realizada nos meses de fevereiro a Abril de 2017, utilizando-se os seguintes
descritores: sífilis, sífilis gestacional, sífilis congênita, projeto de intervenção, capacitação
profissional em saúde, educação permanente (CUTINO, 2016).
Para a execução do projeto de intervenção foi traçado o seguinte plano:
- Definir a data e o local para o encontro com os profissionais de saúde da Atenção básica;
- Definir a Comissão organizadora;
- Elaborar um roteiro de trabalho;
- Escolher os assuntos que serão abordados a oficina;
- Buscar parcerias junto as universidades locais para a realização da Oficina;
- Buscar patrocinadores;
- Buscar e convidar profissionais técnicos do SUS, com experiência na área de DST/AIDS,
atualizados com os protocolos de diagnóstico e tratamento do Ministério da Saúde para
ministrar as aulas;
- Elaborar a programação da Oficina;
- Providenciar a divulgação junto aos profissionais de saúde sobre a Oficina;
- Providenciar alimentação, hospedagem e transporte para os professores convidados.
- Buscar fornecedores de crachás, equipamentos eletrônicos, coffee break
- Providenciar material gráfico
- Definir orçamento
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Objetivos específicos Ações Prazos Metas
- Identificar junto aos
profissionais de saúde e discutir
as principais dificuldades para
desenvolver o cuidado de
usuários (as) com sífilis na
atenção básica;
- Realizar uma roda de conversa, e
solicitar aos profissionais de saúde que
exponham/enumerem suas
dificuldades no cuidado ao usuário (a)
com sífilis encontradas em sua prática
diária.
Outubro de
2017
- Especificar os problemas que dificultam a
prestação de cuidado ao usuário (a) com
sífilis.
- Realizar uma oficina de
atualização em sífilis para
discutir conhecimentos e trocar
experiências sobre diagnóstico,
tratamento e acompanhamento
da sífilis adquirida e
gestacional, buscando
reorientar a conduta
profissional de acordo com os
protocolos preconizados pelo
MS;
- Apresentar os Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas (PCDT),
conforme orientação do MS,
relacionados a Sífilis atualizados
- Distribuir um exemplar para cada
equipe de saúde da família do último
PCDT de sífilis publicado pelo MS
Outubro de
2017
- Tratamento adequado dos casos de sífilis,
principalmente em gestantes e consequente
redução da forma congênita no município
- Conhecimento por parte dos profissionais
acerca do PCDT mais atualizado do MS
- Profissionais de saúde da Atenção Básica
habilitados e atualizados em relação ao
diagnóstico e tratamento da sífilis com vistas
a melhorar a qualidade do atendimento pré-
natal
- Discussão de casos clínicos - Identificar possíveis dúvidas ou falta de
domínio, por parte dos profissionais que
atuam na Atenção Básica, a fim de realizar
16
trocas de experiências e contribuir para sanar
possíveis dificuldades no manejo da sífilis
- Consolidação de conhecimento e
contribuição para execução na prática diária
- Relacionar as ações desenvolvidas pelos
profissionais no acompanhamento de uma
gestante com sífilis conforme as
recomendações do MS
- Incentivar o pré-natal do homem - Fortalecimento do pré-natal do parceiro
- Garantir o tratamento adequado da sífilis no
parceiro sexual, evitar a reinfecção da
gestante e interromper a cadeia de
transmissão.
- Estimular a realização da notificação,
bem como o preenchimento adequado
e investigação dos casos de sífilis em
formulário próprio do SINAN.
- Conhecer e acompanhar os casos;
sistematizar os dados e conhecer o perfil
epidemiológico do agravo no município;
monitorar o tratamento da gestante e, assim,
evitar os casos de sífilis congênita.
- Aumento das notificações de sífilis no
adulto e gestantes pelas Unidades Básicas de
17
Saúde
- Apresentar e discutir com os
profissionais os fluxogramas de
diagnóstico da sífilis definidos
pelo Ministério da Saúde, e
definir um fluxograma
adequado à sua realidade que
viabilize o acesso ao diagnóstico
seguro da sífilis.
- Apresentar o fluxograma de
diagnóstico da sífilis preconizados
pelo MS.
- Apresentar o Teste rápido como
opção de diagnóstico
- Discutir o fluxograma de
diagnóstico, conforme orientação do
MS, a ser adotado no munício.
- Distribuir um exemplar para cada
equipe de saúde da família do Manual
Técnico para diagnóstico da sífilis
publicado pelo MS em 2016
Outubro de
2017
- Diagnóstico adequado conforme fluxograma
definido pelo MS
- Adequação do fluxo de exames relacionados
a sífilis no município
- Ampliação da cobertura de diagnóstico
- Diagnóstico precoce e tratamento oportuno
18
3.3. Fragilidades e oportunidades
Dentre as situações potenciais que poderão vir a fragilizar a execução deste projeto de
intervenção destacam-se:
- Baixo interesse de alguns profissionais de saúde em participar da Oficina;
- Dificuldade de encontrar profissionais que possam se deslocar até Cáceres para ministrar as
aulas.
Com relação as circunstâncias que poderão fortalecer a execução do projeto de
intervenção, podemos elencar:
- Parceria com o curso de enfermagem e liga de infectologia de Medicina da Universidade
Estadual de Mato Grosso (UNEMAT) para apoio técnico na organização do evento;
- Serviço gráfico disponibilizado pela Unemat;
- O planto de Trabalho Anual do CTA/SAE que prevê a execução de uma oficina sobre sífilis
no ano de 2017;
- Recurso financeiro proveniente de um incentivo anual para o CTA/SAE, disponibilizado
pelo governo federal.
3.4. Processo de avaliação
De modo geral, pretende-se com a avaliação realizar uma comparação, do panorama
que constitui o período pré e pós a implementação de um projeto de intervenção, para com
isso obter respostas acerca da efetividade das medidas implementadas.
A implantação do projeto de capacitação para os profissionais que atuam na atenção
básica no manejo da sífilis, inicia-se como experiência no município de Cáceres, adotando
uma metodologia de auto-aprendizagem. Tem como objetivo identificar o contexto de
trabalho das equipes; identificar possíveis dificuldades encontradas pelos profissionais acerca
do manejo da doença, bem como avaliar a contribuição deste projeto de intervenção na
aquisição de novos conhecimentos que possam se refletir na qualidade de assistência diária
prestada aos usuários (as) com sífilis e na redução dos casos de sífilis congênita.
Espera-se com este projeto torna-lo instrumento de tomada de decisões, além de
colaborar em análises futuras para outros projetos da mesma natureza e subsidiar na
elaboração ou implementação de políticas públicas para área se saúde.
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A avaliação deve servir como instrumento, para direcionar ou redirecionar a execução
de ações, atividades, programas e por conseguinte, deve ser executada por todos os sujeitos
envolvidos no processo, ou seja usuários, gestores e profissionais de saúde.
Como estratégia de avaliação do processo de implantação do Projeto de Intervenção
em Cáceres pretende-se:
- Monitorar as mudanças realizadas no processo de trabalho e nas práticas diárias do
manejo da sífilis através de rodas de conversas com os profissionais participantes do projeto
de intervenção.
- Realizar uma auto avaliação junto aos profissionais sobre o processo de trabalho;
- Realizar rodas de conversas com as usuárias gestantes para discutir sobre as
possíveis mudanças no atendimento realizado pelos profissionais;
- Acompanhar através dos registros de notificação da sífilis o número de casos, bem
como a eficiência do tratamento da gestante com sífilis com o intuito de prevenir a
transmissão vertical da doença, bem como o impacto do projeto de intervenção.
- Produção e análise de relatórios produzidos pelos profissionais de saúde em relação a
prevenção, diagnóstico e tratamento.
4.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Sífilis, uma doença que historicamente foi descrita como vingança dos nativos do
Novo Mundo aos seus colonizadores europeus, é nos dias atuais bem conhecida, na sua forma
de contágio, evolução clínica e tratamento. É de fácil diagnóstico (clínico e laboratorial) e
tratamento; no entanto essa facilidade não se traduziu em redução dos indicadores da doença,
que se mostram em níveis crescentes e epidêmicos, e seu controle, nos dias de hoje, se tronou
um enorme desafio para a saúde.
Acreditamos que projetos de intervenções voltados a educação em saúde sobre sífilis,
envolvendo profissionais de saúde que atendem no município, tanto na rede básica quanto na
rede hospitalar, aumentem as chances de controle da doença em suas diversas formas. Com a
elaboração e implantação deste projeto de intervenção espera-se fazer uma abordagem
oportuna a um dos problemas prioritários que hoje acometem o município, contribuindo assim
para o manejo apropriado da doença, para uma assistência adequada de pré-natal bem com a
redução no número de casos de sífilis congênita como objetiva o MS.
20
Cabe ressaltar que o aumento de casos da doença, comprova a necessidade de
investimento em projetos de educação direcionadas aos profissionais que atuam nas unidades
de saúde da família do município, a fim de se obter um atendimento padronizado e efetivo que
alcance o propósito da erradicação da sífilis no mundo conforme proposto pela OMS.
Este projeto será de grande utilidade para “[...] controlar os casos da doença, trabalhar
a redução de danos evitáveis aos recém-nascidos e até mesmo aos casais, desonerando o
Estado com gastos para uma doença que é altamente prevenível com ações simples durante o
período de pré-natal” (RAMALHO, 2014, p. 12). Trazendo para o nosso microcosmos,
Cáceres, com população relativamente pequena e uma rede saúde pública enxuta, este projeto
mostra-se perfeitamente factível.
Há que se lembrar, ainda, que além do problema de saúde pública, a crescente
incidência de sífilis torna-se problema social, uma vez que pode incapacitar para o mercado
de trabalho pacientes em idade produtiva, e, nos casos de sífilis congênita as sequelas
determinam um indivíduo dependente de todo um aparato social do Estado. Essas duas
situações oneram ainda mais o já combalido sistema previdenciário e de seguridade social do
Brasil.
5.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AVELLEIRA JCR, BOTTINO G. Sífilis: Diagnóstico, tratamento e controle. An Bras Dermatol. 2006;81(2):111-26.
BITTENCOURT, Rudinei Robson de. & PEDRON Cecília Drebes. Sífilis: abordagem dos profissionais de saúde da família durante o pré-natal. Journal of nursing health – Faculdade de Enfermagem – UFpel. Pelotas (RS) jan/jun;2(1), 09-17, 2012.
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______. Ministério da Saúde. Transmissão vertical do HIV e sífilis: estratégias para redução e eliminação. Equipe Ministério da Saúde / Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST e Aids, 2014.
______. Ministério da saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
21
______. Ministério da Saúde. Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016a.
______. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico da Sífilis/Secretaria de vigilância em saúde. V.47, n; 35. 2016b.
______. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2016c.
______. Ministério da Saúde. Combate à sífilis congênita: agenda de ações estratégicas para a redução de da Sífilis Congênita no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2016d.
CUTINO, Roberto Rojas. Projeto de intervenção visando diminuir o índice de doenças sexualmente transmissíveis na ESF CDI 2/Sete Lagoas/Minas Gerais. Universidade Federal de Minas Gerais: curso de especialização estratégia saúde da família, 2016.
DANTAS, Janmilli da Costa. Conduta de profissionais que realizam a consulta pré-natal na estratégia saúde da família quanto à detecção, tratamento e acompanhamento da gestante com sífilis. Mestrado em Enfermagem – Programa de Pós-graduação em Enfermagem/Centro de ciências da saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, NATA-RN, 2008.
DOMINGUES Soares Madeira et. al. Manejo da sífilis na gestação: conhecimentos, práticas e atitudes dos profissionais pré-natalistas da rede SUS do município do Rio de Janeiro. In: Ciência & Saúde Coletiva, vol. 18, núm. 5, maio, 2013.
FERREIRA Leila Mara; FERRARI Tatiane. Conhecimento dos profissionais da saúde sobre sífilis congênita: revisão de literatura. XI Semana Acadêmica e II Mostra Científica de Enfermagem, 2016.
GOMES, Suely Ferreira. Conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos e enfermeiros das unidades de saúde da família sobre sífilis em gestantes na cidade do Recife-PE. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Pernambuco/UFPE. Programa de Pós-graduação integrado em Saúde Coletiva: Recife-PE, 2013.
LAZARINI F. M., BARBOSA D. A. Educational intervention in Primary Care for the prevention of congenital syphilis. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2017.
RAMALHO, Agda Alves. Sífilis congênita: estratégias para redução de incidência no município de Rondonópolis-MT. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Santa Catarina: Florianópolis-SC, 2014.
RAMALHO, Mariana O. de Alencar. Avaliação da assistência pré-natal com ênfase na sífilis gestacional na estratégia de saúde da família do Recife. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de Pernambuco/UFPE. Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente: Recife-PE, 2016.
22
WEBGRAFIA
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DATASUS – Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/cnv/popmt.def. Acesso em: Acesso em: 10/04/2017.
Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais. Disponível em: http://www.aids.gov.br. Acesso em: 20/03/2017.
Doenças e Agravos Transmissíveis Agudos – DATA. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/web/sms/vigilancia-epidemiologica-da. Acesso em: 10/04/2017.
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Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Disponível em: lilacs.bvsalud.org/. Acesso em: 10/04/2017.
Scientific Electronic Library Online – Scielo. Disponível em: www.scielo.org. Acesso em: 10/04/2017.
SINAN – Sistema de Informação de Agravos e Notificações. Disponível em: http://sinan.saude.gov.br/sinan/login/login.jsf. Acesso em: 10/04/2017.
Universidade aberta do SUS. Disponível em: www.unasus.gov.br. Acesso em: 10/04/2017.
6.0. APÊNDICE
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CRONOGRAMA
Atividades Fev 2017
Mar 2017
Abr 2017
Mai 2017
Jun 2017
Jul 2017
Ago 2017
Set 2017
Out 2017
Nov 2017
Revisão de Literatura X X XElaboração do projeto X X XEntrega do Projeto XApresentação do Projeto aos Gestores XPreparação e organização da oficina X X XSeleção dos profissionais da atenção básica para participar do projeto de intervenção
X
Envio do convite aos participantes XPrimeira reunião com os profissionais:Apresentação do projeto e roda de conversa com os profissionais da atenção básica para identificar possíveis dificuldades
X
Implementação do projeto:Realização de duas oficinas, em dias diferentes, com duração de 4 horas, para atualização e qualificação no manejo da sífilis.
X
Avaliação sistemática XElaboração do Relatório para o gestor XAvaliação x
24
7.0. ANEXOS
Idade gestacional no momento do diagnóstico de sífilis, segundo ano de diagnóstico, Cáceres, 2007 – 20167.
Porcentagem de gestantes com sífilis, segundo esquema de tratamento prescrito por ano de diagnóstico, Cáceres, 2012 – 20168.
7Fonte: SINAN – Vigilância epidemiológica de Cáceres.8 Fonte: SINAN – Vigilância epidemiológica de Cáceres.
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Casos de sífilis congênita segundo informação sobre realização de pré-natal da mãe por ano de diagnóstico, Cáceres 2007 – 20169.
Casos de sífilis congênita segundo o momento do diagnóstico da sífilis materna por ano de diagnóstico, Cáceres 2007 – 201610.
ORÇAMENTO9 Fonte: SINAN – Vigilância epidemiológica de Cáceres. 10 Fonte: SINAN – Vigilância epidemiológica de Cáceres.
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Especificação do Material Quantidade Preço Unit. R$ Preço Total
Papel Resma A4 4 21,90 87,60
Toner para impressora Brother 8157
preto
2 299,00 598,00
Caixa de caneta com 50 Un 4 34,10 136,4
Clips nº 3
Caixa com 100 Un
2 3,10 6,20
Pen drive 32 GB 1 79,00 79,00
Crachás para identificação 50 1,71 85,50
Pasta de papel com elástico 50 2,30 115,00
Caixa de Pincel para quadro branco de
4 cores
1 20,30 20,30
Serviço gráfico
Impressão do Manual de diagnóstico da
Sífilis
25 25,00 625,00
Serviço gráfico Impressão Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Prevenção da Transmissão Vertical de
HIV, Sífilis e Hepatites Virais
25 25,00 625,00
Serviço gráfico Impressão do Caderno
de Boas práticas de aplicação de
penicilina do MS
25 25,00 625,00
Pacote de papel Couchê com 50 Um 1 10,90 10,90
Coffee break
Garrafão de Água 8 10,00 80,00
Guardanapo pacote com 50 Un 10 3,45 34,50
Pacote copo descartável com 100 um 4 5,70 22,80
Sabonete em barra 8 2,00 16,00
Papel Toalha para mãos (pacote com
1000 folhas)
3 11,00 33,00
Transporte 4 250,00 1.000,00
Alimentação 120 2,50 300,00
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Hospedagem 4 80,00 320,00
Total 4.820,20
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