Download - VIII encontro técnico
VIII encontro técnicoarquitetura e engenharias
públicas
Bate e Pronto
Pág. 4 e 5
Presidente do Conselho DeliberativoEngenheiro Civil PAULO VICTOR MEDEIROS DA FONSECA.
Presidente do Conselho Fiscal da ANEAC, Engenheiro MARCOS AKIRA KAWANO.
Entrevistas
Pág. 6 e 16
Diretor Presidente da ANEACEngenheiro Civil FERNANDO DE CARVALHO TURINO
Depois do Expediente
Pág. 8
BandaENGENHEIRO HAVAIANAS
Artigos
Pág. 9 e 11
REVOLUÇÃO CERVEJEIRA, UMA RECEITA CASEIRA
Presidência da FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ARQUITETOS e
URBANISTAS - FNA
ANEAC em Ação
Pág. 19 e 20
ANEAC LANÇA MOVIMENTO NACIONAL EM DEFESA DA ARQUITETURA E DA ENGENHARIAS PÚBLICAS
DEZ SUGESTÕES PARA AUMENTAR A SEGURANÇA EM
EMPREENDIMENTOS MINHA CASA MINHA VIDA Simone Carolina Dias
VIII ENCONTRO TÉCNICO ARQUITETURA E ENGENHARIAS PÚBLICAS
A grande conquista desse Encontro Técnico foi entender o quão grande é a produção dos nossos profissionais espalhados por esse imenso Brasil e evidenciar a seriedade que a ANEAC tem em aglu�nar esses saberes e acima de tudo, difundi-los para mostrar rea lmente fazemos a diferença dentro da nossa empresa.
Foi através desse tema que se baseou o VIII Encontro técnico que ocorreu em Brasília, em meados de Abril de 2018. Anteriormente percebemos a n e c e s s i d a d e d e c r i a r m o s u m M o v i m e n t o d a A r q u i t e t u ra e Engenharias públicas no final de 2017, com o apoio de diversas en�dades
parceiras, base esta construída para disseminar a importância dessas a � v i d a d e s t ã o e s s e n c i a i s a o desenvolvimento urbano, ao meio ambiente e ao bem estar de uma sociedade.
O Trabalho DEZ SUGESTÕES PARA AUMENTAR A SEGURANÇA EM EMPREENDIMENTOS MINHA CASA MINHA VIDA da colega Simone Carolina Dias fez parte da meta de valorização do nosso associado. Deixamos aqui o nosso convite a todo profissional que queira apresentar aos seus colegas algum ar�go cien�fico ou tenham algum tema interessante para i n s e r i r n e s s a s p á g i n a s , co m o descobriremos no sobre Cerveja Artesanal e na seção FORA DO EXPEDIENTE com a banda de rock composta por associados da ANEAC, afinal essa Revista é de todos e para todos.
Forte abraço!
Nessa edição o espaço para os conselhos e Diretoria foi aberto para que o associado entenda a sua
importância e o trabalho de cada um, além de acreditarmos que mostrando isso, novos associados irão se dispor a par�cipar desse trabalho voluntário tão gra�ficante que é par�cipar no dia-a-dia da nossa associação.
Arquitetura e engenharias públicas e a sua importância para a sociedade tem sido o tema leme dessa gestão que a p e s a r d e c u r t a a c r e d i t a n a necessidade de valorizar a nossa atuação perante a sociedade.
Fazemos parte de uma realidade na qual esse tema está sendo cada vez mais sendo deixado de lado pelo poder público, nós como profissionais precisamos nos posicionar, e mostrar o nosso d i ferenc ia l para esse momento, a ANEAC está aqui para isso e conta com o apoio do associado para nos lembrar que essa luta é constante e é para o bem de todos os habitantes.
EDITORIAL
Contato: [email protected], [email protected]
DIRETORIA: Diretor Presidente: Fernando de Carvalho Tur inoDiretora V ice-Pres idente: He la ine Cou�nho CardosoDiretor Secretário: Gian Franco SalamoniDiretor Tesoureiro: David Barbosa CastroDiretores Regionais: Erieldon Bezerra Leão, Rodrigo de Menezes Fernandes, Manoel de Menezes Feitosa, Geraldo Aires da Silva Junior, Rogério Mendes do Carmo, Daniel Virgilio Dangelo Rocha, Sergio Luiz Grande, Carlos Humberto Maciel, Getulio Tedeschi, Marcio Roberto Barata dos Santos, Aline Faria Siqueira, Afonso Felipe Dias Kalil, Bruno Lourenço Ribeiro de Novaes Mendonça e Bruno da Rocha Junqueira.
Site: www.aneac.org.br
Jornal ANEAC em Perspec�vaPeriódico bimestral da ANEAC – Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa Econômica Federal
Sede: SBS Quadra 2, Bloco Q, Lote 3 – Edi�cio João Carlos Saad
CONSELHO DELIBERATIVO: PRESIDENTE: Paulo Victor Medeiros da Fonseca Vice-Presidente: Daniel Meinberg S c h m i d t d e A n d ra d e S e c r e t á r i o : C i r o C o r m a c k JúniorConselheiro: Antônio Pelli NetoConselheira: Suzy Barbosa Melo Moreno
CONSELHO EDITORIAL: Gian Franco Salamoni; Flávia Virgínia; Aline Faria Siqueira; Fernando de Carvalho Turino (Presidente)
DIAGRAMAÇÃO E DIREÇÃO DE ARTE: Pedro Henrique da Silva Pinheiro
PRODUÇÃO E EDIÇÃO: Gian Franco Salamoni; Flávia Virgínia da Silva; Aline Faria Siqueira
COORDENADOR EDITOR-CHEFE: Gian Franco Salamoni
CONSELHO FISCAL: PRESIDENTE: Marcos Akira KawanoVice-Presidente: Ronaldo Ferreira dos Reis Secretário: Ruy Lopes Te i x e i r a F i l h o C o n s e l h e i r o : D e n i l t o n d e J e s u s CaldasConselheiro: Alfredo Paulo Coppini
ALINE FARIA SIQUEIRADiretora
Paulo Victor, qual é o papel do Conselho Delibera�vo?
D e s d e o p r i m e i ro d i a d e C A I X A , acompanho a ANEAC. Cada vez mais tenho respeito por todos que estão a frente e t ra n q u i l i d a d e e m fa ze r p a r t e d a associação. As gestões estão cada vez mais profissionais, sérias e sóbrias. É um processo de crescimento conjunto e é
Quais são suas expecta�vas em relação ao movimento em defesa da Arquitetura e Engenharias Públicas?
Carrego com muito orgulho o sobrenome “CAIXA” que essa gigante me deu. O papel que a CAIXA tem como o grande agente de desenvolvimento urbano é singular no mundo e extremamente importante para o Brasil.
Algo que enxergávamos como possível para essa gestão e vamos deixar de missão para a próxima é a transmissão por vídeo streaming dos Encontros Técnicos e Assembleias.
Então, independente do que (ou de quem) venha pela frente, precisamos estar juntos, retos e verdadeiramente eficazes. Tenho convicção que daqui a 20 anos estaremos desenvolvendo o nosso trabalho de forma diferente, mais ágil, mais remoto e com melhor retorno financeiro, mas carregando a mesma essência, na mesma CAIXA 100% pública.
Engenheiro Civil PAULO VICTOR MEDEIROS DA FONSECA.
Como o você avalia a sua gestão à frente do CD?
Ainda temos muito a fazer nesse ano: além das eleições gerais, teremos as primeiras assembleias virtuais e par�cipação na concre�zação do Regimento Interno, conforme definido na úl�ma AGO.
Como o você avalia a atual gestão da ANEAC?
Apesar de nunca duvidar da capacidade de nossos colegas, ainda consegui me surpreender posi�vamente com o que vivemos até o momento.
Estou sa�sfeito com nossa gestão pois, até aqui, já conseguimos fazer a primeira e l e i ç ã o e l e t r ô n i c a , e s t a m o s n o s co m u n i ca n d o d i reta m e nte co m o associado por malas diretas, �vemos a primeira assembleia que oportunizou a todos os REs irem nela, inclusive os imponderado com votos conforme preconiza o Estatuto , nos disponibilizamos a contatos mais diretos com os associados via whatsapp, implantamos o sistema de oi�vas com réplicas para verdadeiramente entender o interesse do associado, realizamos convênio com a FUNCEF para d e s c o n t o m e n s a l d o s a s s o c i a d o s aposentados, testamos um novo formato para d iscussões nas Assemble ias , r e a l i z a m o s a c o n d u ç ã o d e d u a s Assembleias Gerais Ordinárias e uma Assembleia Geral Extraordinária em um curto período de gestão.
Espero que todos nós entendamos o momento que estamos passando no país, e que cons igamos demonstrar para sociedade o quão importante é termos uma arquitetura e engenharia pública
robusta para desenvolvimento perene no país. Não há país no mundo que tenha se desenvolvido sem ser por uma ação forte e eficaz do Estado.
Importante inicialmente deixar claro que a gestão não é minha. Somos 6 conselheiros, sendo 5 �tulares e do Marcos como
suplente, que assumiu na ocasião da Assembleia Geral em 2017, eleitos individualmente e, apesar de termos pensamentos bem diferentes, de não nos conhecermos previamente à posse, a paixão por uma ANEAC forte nos uniu e nos faz funcionar como Conselho.
A ANEAC tem papel importante como agregadora de classes no ambiente da arquitetura e engenharia pública, espero que consigamos desempenhar bem esse papel.
importante que cada gestão melhore o que vinha sendo feito pela anterior.
Como o você vê o futuro da Engenharia e Arquitetura na CAIXA?
Não diferente do caminho que já vinha sendo seguido, creio que essa gestão pela diretoria da ANEAC, na minha percepção, teve o grande avanço de conseguir escutar o associado e tomar para si as vontade desse através das Assembleias Gerais. Nem sempre concordando ou entendendo como a possível para o momento, mas respeitando mais a opinião dos associados.
Fugindo um pouco da definição ipsis li�eris do que consta no nosso estatuto, podemos dizer que o Conselho Delibera�vo é o órgão da ANEAC responsável por prover equilíbrio e harmonia dentro de nossa Associação, esclarecendo e decidindo sobre casos omissos que respeitem a essência de nosso estatuto.
Ninguém no nosso país, quiçá, no mundo, possui a capilaridade e exper�se que nós temos em fazer o que fazemos: seja provendo condições de trabalho para que agências façam até CPF, seja dando funcionalidade a diversas ações do governo federal , seja fomentando moradias dignas, seja dando segurança ao agronegócio, seja cuidando para que Pessoas em cadeiras de rodas tenham condições de se movimentar pelas cidades ou até mesmo fazer a Agência Chico Mendes chegar a cidades ribeirinhas. C o m o c i d a d ã o s , p r e c i s a m o s d o s engenheiros, arquitetos e administradores de rede trabalhando na CAIXA 100% pública fomentando para chegarmos no Brasil que precisamos.
Engenheiro Civil PAULO VICTOR MEDEIROS DA FONSECA.
BATE E PRONTO
Engenheiro MARCOS AKIRA KAWANO.
Kawano, quais são as competências do CF?
Os principais proveitos da existência do Conselho Fiscal são de uma instância que examina as contas de forma detalhada e q u e p r o p o r c i o n a i n f o r m a ç õ e s e confiabilidade para as deliberações da Assembleia Geral.
O estatuto da ANEAC estabelece ao Conselho Fiscal a competência de analisar e emi�r parecer sobre os balancetes, o balanço anual e a prestação de contas da Diretoria, no exercício do dever de fiscalizar a gestão da ins�tuição e do exame de quaisquer documentos per�nentes.
Logo no início da atual gestão, após a posse, ocorreu uma reunião entre Diretoria e Conselhos, em que �vemos a oportunidade de expor as nossas principais recomendações. Percebo que h o u v e c e r t o a l i n h a m e n t o d e entendimentos com a Diretoria. Posso citar as ações como a centralização da conta bancária e da contabilidade em Brasília, a prestação de contas mensal, a padronização de cotação de preços, a renegociação de contratos em andamento e a regularização estatutária. Outra recomendação acatada foi a contratação de auditória contábil, que é um trabalho específico, restrito e complementar aos trabalhos do Conselho Fiscal.
Quais foram os avanços da atual gestão em relação ao financeiro da ANEAC?
Vale destacar que o Conselho Fiscal atua d e f o r m a i n d e p e n d e n t e , desempenhando a fiscalização das finanças e do patrimônio da en�dade, e que busca contribuir para a melhoria da gestão financeira e dos controles internos da associação, de modo a detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer.
Vejo que ações complementares foram implantadas pela Diretoria ao longo da
atual gestão, par�ndo das recomendações e apontamentos con�dos nos pareceres do Conselho Fiscal.
Outro avanço importante foi a criação de um grupo de trabalho na Assembleia Geral de 2017 para a elaboração do regimento i n t e r n o d a g e s t ã o fi n a n c e i ra d a associação. Este regimento busca e s t a b e l e c e r o s p r o c e d i m e n t o s relacionados ao orçamento da associação, às receitas, às despesas, à conta bancária, à prestação de contas e às contratações. Regulamenta os atos exercidos pela Diretoria, pelo Conselho Delibera�vo, pelo Conselho Fiscal e pela Assembleia Geral, quanto às ro�nas relacionadas.
Como o senhor avalia a atual gestão da ANEAC?
Esta atual gestão do Conselho Fiscal está buscando analisar as contas dentro do prazo em torno de 30 dias a par�r da disponibilização da prestação de contas pela Diretoria, emi�ndo o parecer ao final dos trabalhos. Analisamos as contas remotamente e concluímos com a elaboração de um parecer, após levar em consideração a opinião e o consenso entre os conselheiros.
Destaco o trabalho ponderado, perspicaz e diligente de dois conselheiros fiscais em seu primeiro mandato, Alfredo Coppini e Denilton Caldas, e a sabedoria e a prudência do companheiro de segundo mandato, Ronaldo Reis, Vice-Presidente do Conselho F isca l . D ir i jo o meu reconhecimento ao trabalho dos colegas do Conselho Fiscal, com a demonstração de comprome�mento e responsabilidade.
E n c a m i n h o, d a m e s m a fo r m a , o agradecimento ao Presidente do Conselho Fiscal da gestão anterior, Frederico
Holanda, o qual trouxe uma série de contribuições para a melhoria da gestão financeira da ANEAC e que procuramos dar con�nuidade na atual gestão.
Quais foram os desafios encontrados pelo senhor à frente do CF?
Atualmente, com orçamento anual da ANEAC em torno de um milhão de reais, o principal desafio foi criar um padrão de gestão financeira, com a finalidade de facilitar o trabalho tanto da Diretoria como do Conselho Fiscal. Boa parte deste padrão se concre�zou com o alinhamento do pensamento da Diretoria, como já mencionado.
Ao longo do atual mandato, como prioridade zero, tracei a meta de criar o regimento interno para estabelecer os pr inc ipa is procedimentos . Com a contribuição dos conselheiros fiscais e outros associados no grupo de trabalho, conseguimos elaborar uma minuta do regimento, sendo apresentada na úl�ma Assembleia Geral de 2018, e que, após a redação final, será subme�da ainda neste ano à Assembleia Virtual para entrar em vigor.
Quais são os próximos passos do CF?
Naturalmente, tenho minhas opiniões sobre a atual gestão da ANEAC como um todo. Porém, não cabe a mim julgar. Prefiro ater-me a responder a esta pergunta somente sobre a gestão do Conselho Fiscal, em respeito aos demais colegas.
Por fim, adicionamos alguns assuntos per�nentes na redação do regimento i n t e r n o d a g e s t ã o fi n a n c e i r a e submeteremos à apreciação da Diretoria e Conselho Delibera�vo. Tenho a convicção de que este regimento interno será um importante legado para contribuir com as próximas gestões da ANEAC.
Na úl�ma reunião do Conselho Fiscal, elaboramos uma ata conclusiva das contas de 2017, que contr ibuirá para as deliberações da Assembleia Virtual sobre as contas. Além disso, as contas do primeiro semestre de 2018 foram analisadas e estamos redigindo a ata com a c o n s o l i d a ç ã o d a s p e n d ê n c i a s , apontamentos e recomendações deste período.
com o Presidente do Conselho Fiscal (CF) da ANEAC, Engenheiro MARCOS AKIRA KAWANO.
BATE E PRONTO
1. Presidente Turino, recentemente a
ANEAC realizou seu VIII Encontro
Técnico com diversos especialistas nas
áreas de
O tema do Encontro Técnico fo i
Arquitetura e Engenharia públicas e na
organização do evento procuramos
iden�ficar palestrantes que pudessem
abordar assuntos aderentes ao assunto e
iden�ficamos profissionais externos à
Caixa e colegas pertencentes ao nosso
quadro de profissionais. Avaliamos o
e n c o n t r o c o m o u m a g r a n d e
oportunidade de mostrarmos o quanto
somos capazes de produzir trabalhos que
extrapolam em muito as nossas ro�nas
diárias, demonstrando aquilo que a
bastante tempo preconizamos, de que
podemos ampliar em muito a nossa área
de atuação, principalmente no que diz
respeito ao assunto desenvolvimento
urbano.
2.Qual tema você acha que despertou
mais interesse do público?
Não temos como avaliar o encontro sob
este aspecto, já que os temas �veram
todos uma finalidade específica, desde
o s m a i s v o l t a d o s a s a � v i d a d e s
técnico/administra�vas de nossa
atuação, como foram os casos da
palestra dos representantes da CORED e
a palestra sobre a Norma Brasileira de
Avaliação, abordando a recente proposta
de reformulação da Parte 1 e a sua
consequente influência nas a�vidades da
Caixa. Mas a diversificação dos temas
também foi importante, pois se abordou
a s s u nto s co m o a e n e rg i a s o l a r,
transportes, BIM, racionalidade de
projetos habitacionais, ou seja, acho que
todos despertaram interesse dos
par�cipantes.
Engenharia e Arquitetura, cada um
abordando temas referentes às suas
áreas de atuação. Como você avalia o
desempenho do encontro como um
todo?
3. Na sua gestão, o lema Caixa 100%
Pública ganhou forte destaque entre os
associados. Você poderia explicar como
a oposição à priva�zação pode levar à
m e l h o r i a d a s c o n d i ç õ e s d e
desenvolvimento socioeconômico do
Brasil?
Na mesa redonda, a�vidade que deu
início ao Encontro Técnico, foram
tratados os assuntos que levaram a
análise da campanha Caixa 100% pública,
p r i n c i p a l m e n t e s o b a ó � c a d a
importância das empresas públicas, e de
modo especial, os bancos no processo de
desenvolvimento econômico e social do
país. Tivemos a oportunidade de
debatermos também a organização
polí�ca do país e a sua influência no
desempenho das empresas estatais e
como se fazer necessária uma reforma
polí�ca ampla para que a sociedade
brasileira seja mais significa�vamente
representada. A questão da priva�zação
foi amplamente abordada na palestra do
Economista Paulo Jager, do Dieese,
fazendo uma avaliação não só do que
ocorreu no Brasil, como também o que
v e m o c o r r e n d o n o e x t e r i o r ,
comprovando que determinadas
a�vidades não devem ser priva�zadas,
pois só empresas estatais tem condições
e caracterís�cas para atuarem. E isto é
fundamental para o desenvolvimento
socioeconômico do país.
4. Quais são as estratégias para
conscien�zar o grande público em
relação à Defesa da Caixa e contra o
desmonte do setor público que vem
ocorrendo no País?
Quando se iniciou o programa de
priva�zação de empresas públicas no
país no final da década de 1990 a
p o p u l a ç ã o b ra s i l e i ra n ã o � n h a
informações nem esta�s�cas sobre a
eficácia deste processo, apenas a ideia
disseminada de uma propalada maior
eficiência da gestão privada sobre a
gestão pública. Hoje dispomos de
informações, conhecimento e números
deste processo e também do que vem
ocorrendo em outros países mais
desenvolvidos, onde ocorrem o inverso,
ou seja, a esta�zação principalmente das
a�vidades essenciais e estratégicas, que
o setor privado se mostrou incapaz de
gerir. Desta forma, trazendo o assunto
para a nossa empresa, a conscien�zação
do público em geral com relação à Caixa
passa pela ampla divulgação do papel
diferencial que a empresa tem com
relação aos demais agentes financeiros,
de modo especial a a�vidade de fomento
ao desenvolvimento urbano, e que
havendo a priva�zação diversas
a�vidades que a Caixa hoje exerce
desaparecerão causando enorme
prejuízo à população brasileira.
ENTREVISTA COM O DIRETOR-PRESIDENTE DA ANEAC,
FERNANDO TURINO
ENTREVISTA
5. Em abril, a ANEAC realizou a XV
Assembleia Geral da en�dade,
reunindo mais de 100 representantes
estaduais dos associados. Como você
avalia a realização do evento?
O evento foi um marco para a
Associação, pois foi a Assembleia com
o maior número de representantes
estaduais presentes. Comparando
com a nossa primeira Assembléia
realizada em 2003, onde par�ciparam
dois representantes por Estado, dá
uma dimensão do que somos hoje. No
nosso entender, houve uma boa
organização do evento por parte da
Diretoria e uma ó�ma condução por
parte do Conselho Delibera�vo.
Quanto aos assuntos tratados, no
n o s s o e n t e n d e r, a p e s a r d a
predominância de par�cipantes
e s t r e a n t e s , f o r a m b e m
f u n d a m e n t a d o s e a t u a i s ,
p r o p o r c i o n a n d o c o n d i ç õ e s
necessárias para a condução da
Associação, por parte de seus Órgãos
de direção e controle.
6. Tendo em vista a atuação da
ANEAC em defesa das carreiras de
Engenharia e Arquitetura, como tem
sido a atuação da associação junto ao
empregador no que tange as
p r o p o s t a s a p r o v a d a s n a X V
Assembleia Geral em Brasília?
8. Você gostaria de deixar uma
mensagem para todos os associados
da ANEAC?
7. O painel apresentado durante a
Assembleia, cujo tema "As Condições
de Trabalho com ênfase no Estado do
Amazonas", apresentado pela
diretora Aline Siqueira, chamou a
a t e n ç ã o d o s a s s o c i a d o s q u e
desconheciam essa realidade. Que
providências a ANEAC solicitará à
Caixa no sen�do de dirimir essas
dificuldades?
Desde que assumimos a direção da
Aneac temos tratado junto as todas as
esferas da administração da Caixa da
divulgação do nosso papel para a
emprese e consequentemente para a
sociedade, como também os aspectos
legais que regem as nossas a�vidades.
As questões das funções técnicas de
engenharia e arquitetura que, em tese
estão previstas no AE 183, mas na
prá�ca não existem, é um dos temas já
colocados na mesa permanente de
negociação, assim como a questão da
liberação do Sipon e os valores das
diárias. Agora com a realização da
recente Assembleia temas como a
concessão de jornada de trabalho
reduzida opta�va , teletrabalho e
home office, ampliação do espectro e
progressão da carreira profissional, já
foram encaminhadas à Contec e
também serão encaminhadas à
Contraf. Pelas suas caracterís�cas
estes itens deverão ter con�nuidade e
encaminhados via mesa permanente
de negociação.
Antes de tudo, vale a pena ressaltar a
repercussão da apresentação do
trabalho na Assembleia, que permi�u
os colegas das demais regiões
t o m a s s e m c o n h e c i m e n t o d a s
c o n d i ç õ e s q u e o s c o l e ga s d o
Amazonas enfrentam em seus
d e s l o c a m e nto s ro � n e i ro s . E u
par�cularmente �ve a oportunidade
de estar em reunião recentemente em
M a n a u s o n d e o a s s u n t o f o i
amplamente abordado. Desde que
assumimos a diretoria da Aneac
tratamos o tema em reunião com a
Vipes em setembro de 2017 e
posteriormente em duas reuniões
j u nto a m e s a p e r m a n e nte d e
negociação, uma em outubro e a
outra em dezembro do ano passado,
quando ficou acertado que nós
apresentar íamos um t raba lho
detalhando toda a situação, inclusive
com proposições de melhoria das
condições de deslocamentos . Este
trabalho apresentado na Assembleia
será encaminhado para a Direção da
Caixa, via mesa de negociação
permanente.
A mensagem é que estamos vivendo
um momento impar em nossas vidas
profissionais em termos da carreira e
de empregados de uma empresa
pública, onde as incertezas se
acentuam além do normal. Mas
temos a consciência do nosso papel e
da importância de nosso trabalho
tanto internamente na Caixa quanto
p a r a a s o c i e d a d e . U m a d a s
caracterís�cas da ANEAC, até mesmo
reconhecidas por pessoas de fora,
sempre foi da união, cujo ápice foi a
greve dos profissionais da Caixa em
2009, apesar de nossas divergências
naturais. Talvez esta caracterís�ca
t e n h a fi c a d o a d o r m e c i d a
u l � m a m e n t e e m f u n ç ã o d a
conjuntura até então vivenciada no
país e na empresa e que agora vem se
modificando. Então, da mesma forma
que �vemos uma pauta que nos
aglu�nou no passado, que foi a
questão salarial, devemos iden�ficar
e trabalhar naquilo que nos preocupa
mais no momento e transformar isto
em nossa bandeira.
ENTREVISTA
Este espaço está reservado para você, leitor. O ANEAC em Perspec�va se propõe ser um jorna l par�c ipa�vo, com contr ibuição de associados/ as e parceiros/ as. Envie crí�cas e sugestões. Vale elogios, também. Nosso correio eletrônico: [email protected]
Você Comenta
Foi formada no início do ano de 2016
TÉCNICO BANCÁRIO ISAC MOTTA KRUGER - CONTRA-BAIXO E VOCAL
Integrantes todos da REGOV/PL
ENGº EDUARDO DA SILVASCHATTSCHNEIDER - BATERIA E VOCAL
Quando foi formada?
Engenheiros de Havaianas
ENGº VICTOR ZART BONILHA - GUITARRA
Es�lo das músicas?
O principal es�lo da banda é o rock clássico e o blues. As principais influências da banda são ícones do rock n roll norte-americano e inglês. Dentre as principais influências poderíamos citar: Led Zeppelin, Pink Floyd, Black Sabbath, Beatles, Eric Clapton, Jimi Hendrix dentre outros.
Componentes? descreva nomes, instrumentos, unidades de lotação e cargos/função. Os ensaios são frequentes, com
encontros semanais
Nome da Banda?
Já ocorreram apresentações para ao vivo?
A banda se apresenta anualmente desde 2016 na Amostra Musical Bancária do Sindicato Dos Bancários de Pelotas e já par�cipou de 02 Tertúlias Bancárias em Porto Alegre. Uma em 2016 no Pub Sgt Peppers e outra em 2017 no Toro Pub / Shopping Total Porto Alegre
Abaixo alguns links de apresentações, caso queira dar uma olhada no youtube:
https://youtu.be/9g7Mb_yuzg
https://youtu.be/vb2nvJ0quzU
Ensaios? frequencia?
https://youtu.be/1WTRr3LPPiw
https://youtu.be/7n3BxclBR7Q
há canais de divulgação?
https://youtu.be/ljzZu9pbUdg
A banda foi "concebida" em um encontro num churrasco da própria REGOV/PL em 2016, naquela época GIGOV/PL. No encontro através de um papo informal sobre música, os fundadores e integrantes descobriram que os gostos musicais eram muito semelhantes, isto é, amantes do bom e velho rock n roll. Então resolvemos fazer um ensaio para verificarmos se a idéia podia ser posta em prá�ca. Tudo rolou tão bem que a banda logo tornou-se realidade e está aí até hoje.
Como se conheceram e nasceu a ideia da banda?
https://youtu.be/Fa99Pty3uCw
No início os encontros eram somente para lazer, mas atualmente os ensaios s ã o t r a t a d o s c o m e x t r e m a r e s p o n s a b i l i d a d e f a c e a s apresentações ao vivo da banda
É profissional ou como lazer?
outras informações que acharem per�nente. A banda quando possível é convidada para abri lhantar os eventos da REGOV/PL
Engenheiros
DEPOIS DO EXPEDIENTE
DEPOIS DO EXPEDIENTE
O cervejeiro caseiro, em geral, se realiza pela transformação de ideias em sensações gusta�vas prazerosas a ponto de considerar
toda a vantagem financeira de produzir seu próprio líquido um mero bônus. A sa�sfação vem a cada gole da cerveja pronta, quando
chega ao final um processo iniciado pela concepção de uma simples receita. Contudo, apesar do amadorismo, a fabricação de
artesanais exige um grau elevado de conhecimento dos processos de produção, noções de biologia, química e �sica, experiência com
a u�lização de cada insumo e, o mais importante, muitas “hora copus”.
É cada vez mais comum nos bares brasileiros a oferta de cervejas especiais como alterna�va para os já consagrados rótulos
das grandes companhias cervejeiras, movimento que aos poucos faz com que os consumidores eventuais se acostumem com termos
como ale, lager, lambic e outros. Apesar do crescimento exponencial que o mercado de artesanais vive no úl�mos anos, alguns
aficionados que adentraram nesse mundo antes da “hype” perceberam que podiam aprimorar sua experiência cervejeira sem sofrer
os males da “gourme�zação” mercadológica que não poupa nenhum segmento nos dias atuais e ainda encontrar uma maneira de
confrontar os padrões da bebida de massa e o velho bordão “estupidamente gelada” que serviu para as grandes indústrias
empurrarem os produtos de menor qualidade aos consumidores. O resultado dessa revolução na maneira de pensar e consumir
cerveja é o ponto de início da produção caseira.
O domínio dos diversos es�los de bebida, bem como de cada um de seus parâmetros é a chave para um projeto sensorial de
sucesso. É essencial conhecer a fundo as 4 grandes escolas cervejeiras – Alemã, Inglesa, Belga e Americana – e possuir uma boa noção
de cada um dos es�los reconhecidos, brevemente expostos abaixo:
BELGA: Cria�vidade define essa escola. São cervejas complexa com corpo mais alto e teor alcoólico elevado, além
de receber adições de especiarias e frutas. Também conhecida pela produção de cervejas azedas. Es�los comuns:
witbier, belgian blond, dubbel, tripel e lambic.
AMERICANA: A mais nova das escolas, não possui apego as escolas tradicionais, reproduzindo es�los consagrados,
porém potencializando muito suas caracterís�cas e adicionando ingredientes variados, criando cervejas extremas.
Es�los comuns: APA, AIPA. Imperial IPA e Imperial stout.
INGLESA: Conhecida pelas cervejas “ale” de alta fermentação e baixa carbonatação, mais secas e amargas devido à
grande adição de lúpulos finos e de caráter bem maltado com corpo mais alto. Es�los comuns: pale ale, sco�sh ale,
IPA, brown ale, bi�er, porter, stout e barley wine.
ALEMÃ: Concebidas sob a lei de pureza da cerveja, u�lizam apenas água, malte, lúpulo e levedura. Eficientes
dentro dos es�los, costumam ter baixo teor alcóolico e fermentação lager. São cerveja “redondas”. Es�los
comuns: premium lager, pilsen, rauchbier bock, dunkel e weiss.
ESCOLAS CERVEJEIRAS E ESTILOS
*A divisão de es�los mais aceita nos dias atuais é a do BJCP ( ), na qual são Beer Judge Cer�fica�on Programcatalogados 34 es�los que se subdividem em vários subes�los, totalizando mais de 100 variedades da bebida.
ARTIGO
REVOLUÇÃO CERVEJEIRA, UMA RECEITA CASEIRA
REVOLUÇÃO CERVEJEIRA, UMA RECEITA CASEIRA
Água, malte, lúpulo e levedura são os quatro insumos básicos para a produção de uma cerveja e a proporção desses
ingredientes numa receita determinam o �po de bebida que será entregue. O processo de malteação consiste em proporcionar uma
germinação parcial de um grão, a fim de a�var enzimas que convertem amido em açúcar, e posteriormente interrompe-la e leva-la a
secagem, etapa na qual é determinado o perfil do malte, sendo que secagens em temperaturas mais brandas geram maltes mais claros
(usado em pilsens), enquanto temperaturas mais altas geram maltes mais escuros e caramelizados (usados em cervejas torradas, por
exemplo). Apesar de a malteação ser mais comum com grãos de cevada, o processo pode ser realizado com outros cereais, também
usados na produção de cerveja, como o malte de trigo, por exemplo. Já o lúpulo é uma planta trepadeira na�va das regiões temperadas
do hemisfério norte, adicionado a cerveja com intuito de lhe conferir amargor e lhe garan�r uma vida mais longa, já que a planta possui
propriedades conservantes. Inicialmente a produção da planta era predominantemente europeia, com caracterís�ca mais herbáceas e
florais, contudo, hoje em dia diversas variedades com sabores e aromas mais frutados tem sido cul�vados em outros locais, como
Estados Unidos e Austrália. A levedura é uma cepa de fungos que atua na fermentação do mosto, consumindo os açúcares e
transformando-os em álcool e gás carbônico. Em alguns es�los azedos, a fermentação pode ocorrer também pela ação de bactérias
presentes no ambiente. Segundo a legislação brasileira, a cerveja é uma bebida ob�da pela fermentação alcoólica de mosto cervejeiro
oriundo do malte de cevada e água potável, por ação de levedura, com adição de lúpulo, sendo que 45% deste malte pode ser
subs�tuído por adjuntos cervejeiros. É esse percentual de adjuntos que sustenta a filosofia de redução de custos das grandes indústrias
frente a um produto de melhor qualidade para o consumidor, uma vez que esta opta por u�lizar cereais não maltados como milho e
arroz com intuito único de baratear seu produto final. Em 1516, na Alemanha, foi promulgada a Reinheitsgebot, a Lei de Pureza da
Cerveja, que ins�tuiu naquela região a regra de que a cerveja deveria ser produzida apenas com os quatro ingredientes básicos da
bebida. Todavia, na produção caseira a regra que impera é a da alquimia, sendo priorizados testes e adições de frutas, especiarias,
madeira e extratos que acabam posteriormente ganhando as prateleiras pela asser�vidade de novos sabores e aromas.
r sua própria cerveja não precisa ser barbudo, nem ostentar uma pujante barriga de chopp, basta gostar desta sagrada bebida.
Essa maneira de fazer cerveja foi responsável pela revolução cervejeira americana no final dos anos 70, movimento que
proporcionou a oferta de produtos de maior qualidade e independência da indústria de massa, colocando os EUA em destaque no
cenário cervejeiro mundial. Portanto, a produção caseira se mostra como eficiente ferramenta para transformação do mercado de
cervejas e alterna�va para quem cansou da monotonia de sensações dos monopólios e comprovou que para fazer sua própria cerveja
não precisa ser barbudo, nem ostentar uma pujante barriga de chopp, basta gostar desta sagrada bebida.
O macro processo de fabricação de cerveja caseira se assemelha muito ao das grandes indústrias, no entanto, os equipamentos
u�lizados são acessíveis e de uso comum, compreendendo fogareiro, baldes alimen�cios e principalmente panelas, mo�vo pelo qual
esse cervejeiros passaram a ser conhecidos como “paneleiros”. São nos pequenos detalhes dessas limitações de equipamentos mais
rudimentares que a engenharia é incorporada à produção. So�wares específicos para a elaboração de receitas permitem desenhar a
bebida pretendida, prospectando a cor, teor alcóolico e outros aspectos que cada porção de malte e lúpulo adicionas trarão, dando
início ao projeto e�lico. A cerveja começa pela moagem de grãos, onde é comum ver a manivela manual dos moinhos ser subs�tuída
por furadeiras ou motores de máquina de lavar. Em seguida ocorre a mostura, onde a os cereais da receita (malteados ou não) são
“cozidos” e a personalidade da cerveja é determinada, sendo mais comum a u�lização de fogareiros, o que não impede que mestres
mais engenhosos se u�lizem de resistências e termostatos. Posteriormente realiza-se a clarificação ou recirculação e então a fervura do
mosto (onde são adicionados os lúpulos e adjuntos), etapa que pode ser realizada manualmente ou o�mizada através da u�lização de
bombas e sistema de válvulas direcionadas. Por fim, após o resfriamento do mosto, a levedura é inoculada no fermentador e então o
precioso líquido descansa por algumas semanas numa geladeira velha com controle de temperatura até que todo os açúcares
fermentáveis sejam consumidos e a cerveja esteja pronta para ser envasada. Produção finalizada, é hora da etapa mais importante de
qualquer processo nos dias atuais, o feedback, elegantemente conhecido como degustação, onde são iden�ficados os erros e acertos
do produto final. Apesar de ser possível comprar equipamentos automa�zados nos dias atuais, a adaptação da boa e velha panela ainda
é responsável por parte do orgulho do mestre cervejeiro e faz parte da atmosfera glamourosa de panelar.
DEZ SUGESTÕES PARA AUMENTAR A SEGURANÇA EM EMPREENDIMENTOS MINHA CASA MINHA VIDA
Simone Carolina Dias
ARTIGO
SimoneCarolinaDiasArquiteta e Urbanista
Curitiba, Julho 2018
Mestre em Tecnologia Especialista em Gestao Empresarial RE Negocial e Executiva Habitaçao Ponta Grossa PR
O obje�vo deste ar�go é apresentar formas de mi�gar a insegurança nos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida
através de ferramentas da Metodologia chamada Prevenção do Crime através do Planejamento Ambiental.
A insegurança pública é um problema complexo e não tenho pretensões de poder resolvê-lo com o conteúdo deste ar�go, porém
algumas provocações se fazem necessárias para começarmos a pensar juntos em mi�gar os efeitos da violência. Ainda que as causas
da violência estejam fundamentalmente relacionadas à questões socioeconômicas, há autores e autoras que afirmam que as
caracterís�cas arquitetônicas do ambiente urbano são fatores fortemente ligados à ocorrência de delito, oportunizando ou
impedindo que o indivíduo mal intencionado decida cometer o crime em um determinado ambiente. A presença de moradores,
comerciantes e outros usuários dos espaços públicos – ou a impressão de que eles estão presentes – contribuiriam para aumentar a
sensação de segurança que se tem nesse espaço.
INTRODUÇÃO
A ideia essencial das teorias baseadas nesse princípio, conforme explica Clarke (1997), está representada no chamado “triângulo do
crime”, que coloca em cada vér�ce um ator importante para compreender a ocorrência dos delitos (Figura 1): enquanto no vér�ce
superior se encontram as ví�mas potenciais, seus bens e possíveis recompensas materiais, no ponto inferior direito se visualiza uma
caricatura do potencial infrator, mo�vado por suas idiossincrasias sociais, é�cas e incitado ao delito. No terceiro vér�ce, por fim,
encontra-se o ambiente e a situação que favorece a realização do delito, seja aproximando o agente mo�vado das ví�mas, seja
colocando-os no momento propício para a concre�zação do crime.
O discurso na imprensa se repete com frequência: comunidade que recebeu empreendimento Minha Casa Minha Vida é tomada
pela violência, ocupada pelo crime organizado, famílias são expulsas de casa por traficantes, bandidos e milícias.
As estratégias da metodologia CPTED (também chamado “Arquitetura Contra o Crime”) relacionam algumas caracterís�cas
arquitetônicas e de desenho urbano como inibidoras ou facilitadoras da ação criminosa, baseando-se no princípio de que o ambiente
pode alterar o comportamento das pessoas. Entre as estratégias de prevenção do crime estão:
• Controle de Acesso: a clara definição das transições entre os espaços públicos, semipúblicos e privados, de forma que o
visitante – ou potencial delinquente – tenha em mente que o percurso para a�ngir a propriedade alheia será observado e vigiado
pelos ocupantes.
Essa ideia não exclui os fatores socioeconômicos, culturais e pessoais que possam mo�var a ocorrência de crimes, mas procura orientar
metodologias de prevenção situacional de delitos, como a “prevenção do crime através do planejamento ambiental”, tradução para
crime preven�on through environmental design (CPTED), termo cunhado à década de 1970, juntamente com a teoria do Espaço
Defensável do Arquiteto Oscar Newman.
Este trabalho u�lizou os princípios CPTED como possibilidades de análise do espaço urbano sem, contudo, ignorar as limitações que
qualquer simplificação a respeito de assunto tão complexo quanto a violência urbana poderia apresentar.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A crescente violência nas grandes cidades e a dificuldade do poder público em responder proporcionalmente cria demandas para
soluções de segurança mais integradas, que considerem a oportunidade para o crime como uma variável importante, que tem efeito na
decisão do delinquente em cometer ou não cometer um crime. Citando Bondaruk (2008), “a maioria dos crimes é come�da porque o
delinquente vislumbra uma oportunidade, que pode ser uma ou uma combinação de várias delas, como facilidade de acesso, lugares
para escalar, ausência de uma definição clara entre espaço público e privado, iluminação insuficiente ou paisagismo que possa ocultar a
presença de alguém. Quanto mais um delinquente se sente inseguro e vulnerável para agir, tanto menos provavelmente cometerá um
delito. (BONDARUK, Roberson Luiz. 2008).
O CPTED trata-se de um processo de avaliação do espaço urbano que considera suas caracterís�cas �sicas (além das
socioeconômicas) relacionadas à oportunidade de ocorrência de delitos.
• Vigilância Natural: quando os próprios ocupantes da comunidade tomam conta dos imóveis e seus arredores através da
organização comunitária, da variada ocupação do espaço, do posicionamento adequado das janelas dos edi�cios, da presença de
moradores e comerciantes em diversos turnos.
• Reforço Territorial: quando se estende o cuidado e a boa manutenção da infraestrutura �sica da propriedade privada para o
espaço público visando o aumento da segurança. A divisão do espaço em áreas que podem ser acessadas em vários estágios entre
exterior e interior, provoca no visitante a impressão de progressiva in�midade, de forma que ele saiba que está penetrando no
território de outras pessoas.
CONTEXTO
Estudei intensamente e u�lizei os princípios da Prevenção do Crime Através do Planejamento Ambiental no período de 2008 a 2012,
época em que me aventurei como empresária e conduzi um escritório de arquitetura e consultoria voltado para a questão da
segurança; meus principais clientes eram condomínios horizontais e ver�cais buscando aumentar a sensação de segurança dentro de
seus limites de forma integrada a reformas gerais, especialmente nas áreas de acesso, portaria e recepção. Aliando os princípios do
CPTED como diretrizes de projeto a artefatos tecnológicos e estratégias organizacionais, �ve a oportunidade de examinar como as
teorias podem se comportar na prá�ca, e em que casos é possível aplicá-las.
Figura 1: O “triangulo do crime”: vıt imas, agente motivado e oportunidade para o delito.
Fonte: DIAS, 2009, adaptado de CLARKE, 1997.
Arquitetônicas e Representações de Segurança com Abordagens na Segregação Espacial e nos Artefatos Tecnológicos, com
orientação da Professora Doutora Maclovia Corrêa da Silva.
Desde 2014 trabalho na Representação de Habitação de Ponta Grossa, no interior do Paraná, onde �ve contato com os
empreendimentos Minha Casa Minha Vida e pude observar que há diversas oportunidades de melhoria do espaço construído se
u�lizarmos estratégias de planejamento como o CPTED.
DUAS OBRAS DE REFERÊNCIA
Dentre as dezenas de trabalhos que tratam a questão das relações do espaço construído com a segurança, há duas que considero
referência tanto por sua clareza e simplicidade, quanto pela abrangência de temas tratados, compilando diretrizes de desenho e
estratégias organizacionais para a melhoria da segurança e da sensação de segurança nos espaços urbanos.
Nesse período, também concluí o Mestrado em Tecnologia no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia – PPGTE –
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, defendendo a dissertação denominada Tipologias
Podemos relacionar as estratégias de prevenção ao crime promulgadas nos princípios do CPTED ao que Jane Jacobs (1961) defende
como elementos contribuintes para a vitalidade e segurança da cidade:
• Controle da rua pelos próprios residentes; ela chama esse controle “natural” do espaço público de “olhos para a rua”, pois
faz referência às possibilidades que os ocupantes do lugar dispõem de observar a movimentação de pessoas, de forma que
potenciais delinquentes evitem agir sob esse “olhar”.
• Adensamento: refere-se à concentração de pessoas em determinado espaço através de edificações mais altas, em oposição
aos modelos de ocupação excessivamente dispersos na cidade. Essa concentração proporciona espaços públicos mais
movimentados e ocupados por maior número de pedestres, o que também tende a afastar a ação de delinquentes, que não
desejam ser observados durante a ação criminosa.
A primeira obra de referência é Morte e Vida de Grandes Cidades, de Jane Jacobs (1961); ela defende que a cidade ofereça aos
moradores ambientes favoráveis para a diversidade de usos e a u�lização constante do espaço, es�mulando a vitalidade urbana.
• Demarcações claras entre espaço público e privado: tais demarcações são materializadas através da iden�ficação clara das
transições entre espaços públicos e privados com a u�lização de elementos construídos como cercas, jardins frontais,
pavimentação de calçadas. As delimitações podem ou não cons�tuir barreiras de acesso (como no caso dos portões), mas
cons�tuem principalmente uma mensagem aos visitantes do espaço: “este lugar está sendo cuidado (e vigiado) por alguém”.
Exemplos de demarcação espacial sem a u�lização de barreiras ao acesso seria o cuidado com o jardim frontal, a boa
manutenção de fachadas, as boas condições do calçamento. Essas e outras medidas trariam maior segurança para o ambiente
construído por afastar potenciais delinquentes pelo mesmo princípio já citado nos itens anteriores: eles não desejam ser vistos
durante a ação criminosa.
• Uso con�nuo dos espaços: a u�lização dos espaços urbanos em diferentes horas do dia e da noite devido a diversidade de
usos proporciona maior segurança devido à presença constante de “olhos” vigilantes.
• Es�mular a confiança e colaboração entre vizinhos;
A segunda obra de referência é Espacios urbanos seguros (CHILE, 2002), que se trata de um abrangente guia para a implementação de
CPTED em comunidades, publicado pelo Ministerio de Vivienda y Turismo, Ministerio del Interior e Fundación Paz Ciudadana do
Chile. Esse guia esclarece que a delinquência é um fenômeno mul�causal e complexo, portanto nenhuma organização poderá
sozinha garan�r a segurança e enfrentar as causas da insegurança. Isso nos remete à ideia de que a par�cipação comunitária é
essencial para o incremento da segurança e da sensação de segurança nos espaços.
Segundo a obra, o planejamento contra o crime deverá se guiar em critérios técnicos de avaliação somados à par�cipação da
comunidade; resumidamente, as recomendações de desenho (planejamento) urbano devem perseguir os seguintes obje�vos:
• Diversidade de uso: um espaço urbano com diferentes a�vidades (comércio, serviços, escolas, residências, etc.)
proporciona variedade de pessoas circulando nas ruas em diferentes horários, evitando que, em determinados momentos, os
espaços públicos se apresentem vazios de transeuntes, o que, segundo a autora, seria o cenário para incivilidades.
• Promover o controle de acesso social a um determinado espaço;
• Desenhar ou planejar bairros em escalas menores (mais próximas da escala das famílias);
• Fomentar a par�cipação e a responsabilidade da comunidade; � Administrar adequadamente os espaços públicos.
• Reforçar a iden�dade dos moradores com o espaço público;
• Promover a vigilância natural;
Nessa linha de pensamento, a reabilitação de edificações abandonadas deve ser seriamente considerada para a ocupação de
espaços urbanos já consolidados e com toda a infraestrutura, de forma alinhada com as diretrizes de Adensamento de Jacobs
e aos recentes acontecimentos amplamente divulgados pela mídia, que colocaram a ocupação de edificações por
movimentos sociais em discussão acalorada.
de personalização das habitações individuais, além do já mencionado uso múl�plo, possibilitando sua ocupação con�nua.
5. Par�cipação comunitária. A formação de grupos de moradores, com par�cipação de representantes do poder municipal,
representantes das polícias e dos estabelecimentos de ensino como lideranças de par�cipação comunitária irá ajudar a
estabelecer as regras de seleção das famílias, por exemplo. Além disso, grupos mul�disciplinares como este poderão definir
quais a�vidades de trabalho social serão desenvolvidas, de maneira a torná-las mais atraentes para a população que receberá
as novas moradias. Outro exemplo de par�cipação comunitária é o incen�vo às construtoras
DEZ SUGESTÕES PARA AUMENTAR A SEGURANÇA EM EMPREENDIMENTOS MINHA CASA MINHA VIDA
A par�r das diretrizes relacionadas nas obras de referência chegamos à pergunta que mo�vou a redação deste ar�go: Como podemos
aplicar esses princípios para aumentar a segurança e a sensação de segurança nos empreendimentos Minha Casa Minha Vida?
1. Inserir empreendimentos em contextos urbanos consolidados. Um grande problema dos empreendimentos de habitação
social é a implantação afastada da malha urbana consolidada. Uma das consequências é que as pessoas simplesmente não
querem morar lá, pois não existe relação alguma com aquela região da cidade, o trabalho fica muito longe, a escola também. A
proximidade com educação e postos de trabalho é condição essencial para a melhoria das condições de vida da população. A
outra perversa consequência da implantação nas franjas urbanas é o alto custo da infraestrutura para o atendimento da
comunidade “nova”, e a consequente carência da infraestrutura necessária quando não é possível implantá-la. Daí ao
abandono das casas, à venda por contratos de gaveta, ao aluguel indevido das unidades, é um passo.
2. Implantação em escala menor. Já vimos que percepção de estar sendo observado pode inibir a mo�vação para a prá�ca de
delitos. Conjuntos habitacionais com grande número de unidades reduzem as oportunidades de estabelecimento de laços
entre vizinhos que, não se conhecendo, impossibilitam o estabelecimento de vigilantes naturais do espaço urbano. Se, por
exemplo, os moradores da comunidade puderem iden�ficar pessoas alheias, tanto permanecerão alertas com a presença de
estranhos quanto os possíveis delinquentes mo�vados a pra�car um delito estarão cientes de que serão iden�ficados como
intrusos. O fortalecimento dos laços comunitários reforça a territorialidade e o sen�do de propriedade dos espaços,
favorecendo a a�vidade dos vigilantes comunitários. Múl�plos empreendimentos de cerca de 100 unidades, ou menores,
deveriam ser preferenciais em detrimento às novas cidades que temos visto surgir com o Programa.
O Estatuto das Cidades prevê instrumentos de efe�vação da função social da propriedade, mas é necessário que os Municípios
possuam legislação específica (e muito trabalho polí�co) para realizar desapropriações de edificações abandonadas.
Também é necessário que o Programa Minha Casa Minha Vida estabeleça diretrizes prá�cas para trabalhar com a reabilitação
de edificações para a finalidade de moradia, considerando que os projetos e custos serão bastante diferentes das �pologias já
convencionais, como as casas em produção em massa e os edi�cios baixos.
3. Variedade de a�vidades e usos somada à habitação. Conforme os princípios do CPTED, a variedade de usos do espaço cria
uma diversidade de possíveis vigilantes naturais. Quanto maior a a�vidade do espaço urbano, melhor a diversidade de
pessoas circulando, cuidando e tomando posse da comunidade. Ou seja, mesclar comércio, escolas e cursos, prestadores de
serviço diversos, equipamentos de lazer e esporte, estabelecimentos de culto, estabelecimentos de saúde etc. com habitação
permite a ocupação do espaço de forma con�nua por pessoas interessadas em manter a ordem, inclusive à noite. Dessa
forma, a implantação dos empreendimentos deverá prever lotes específicos para estabelecimentos comerciais, assim como
edificações de uso múl�plo.
Primeiramente, vamos estabelecer que o conjunto de recomendações que segue é baseado na observação e análise espacial dos
empreendimentos des�nados à Faixa 1 do Programa, tendo em vista a maior vulnerabilidade desta população e à responsabilidade do
Agente Financeiro para com esses conjuntos. Muitos poderão argumentar, com razão, que as regras atuais para a implementação de
empreendimentos MCMV não permitem implementar algumas das soluções sugeridas. Outrossim, é necessário pontuar de que, após
quase dez anos do Programa, observamos que houve algum espaço para alterações das regras. Assim, vejo-me compelida a assumir os
riscos e propor modificações que poderiam agregar melhorias ao ambiente urbano criado com esses empreendimentos.
4. Tipologias de habitação diversificadas. A monotonia e a repe�ção tornam os espaços impessoais e desinteressantes,
reduzindo a iden�ficação de territorialidade e o sen�do de propriedade do espaço. Na terra “de ninguém” é mais fácil abrir
caminho para a delinquência, especialmente o vandalismo, que possui efeitos cascata na degradação dos espaços comuns. A
diversificação das �pologias arquitetônicas passa pelo uso de diversas escalas – casas térreas combinadas com casas
sobrepostas, por exemplo – uso de cores e materiais, e alguma liberdade
Neste ar�go, limitamo-nos a dez sugestões para o aumento da segurança das comunidades criadas ou que sofreram intervenção pelo
Programa Minha Casa Minha Vida sob a ó�ca da Prevenção do Crime Através do Planejamento Ambiental. Convido o leitor do quadro
de Engenharia e Arquitetura da Caixa a sugerir também, considerando a variedade de experiências regionais e os inúmeros
problemas com a insegurança.
Nesse sen�do, embelezar também significa evitar o acúmulo de lixo, limpar e pintar paredes, reduzir as pichações e (talvez)
incen�var o grafite como forma de arte, não de vandalismo e degradação. Também há outras formas de embelezar
comunidades com decoração para eventos, pintura de fachadas e intervenções ar�s�cas nos espaços comunitários. O
embelezamento do espaço urbano não trata de maquiagem, mas de reforçar a iden�ficação com o lugar, o sen�do de posse
e consequente cuidado.
7. Embelezar a comunidade. Quando se cria praças interessantes e bem ajardinadas e passeios arborizados, incen�va-se a
população residente a u�lizar esses espaços, possibilitando a presença de vigilantes naturais, oferecendo espaços de
convivência comunitária e, novamente, fortalecendo a comunidade como um todo.
8. Iluminação adequada. Parece óbvio, mas a iluminação adequada dos espaços des�nados aos pedestres difere bastante do
modelo de iluminação pública que vemos implantado nos empreendimentos, em que se prioriza iluminar a rua em
detrimento à calçada. Além de direcionar a luz aos pedestres, criando sensação de segurança noturna, a iluminação
também pode ser objeto de planejamento sob a ó�ca do desenvolvimento sustentável, com a previsão de u�lização de
energia fotovoltaica e luminárias e lâmpadas mais eficientes. Parcerias Público-Privadas para a iluminação já são realidade,
conforme apresentado no Encontro Técnico da ANEAC em Abril de 2018.
9. Entregar as casas com cercamento. Janelas são olhos para a rua, isso já está estabelecido. Nesta linha de pensamento
também é essencial manter alguma transparência nos fechamentos das casas, com a u�lização de cercas ao invés de muros
opacos. O controle de acesso, por si só, efe�va o aumento da sensação de segurança. Sendo assim, se as unidades do
Programa forem entregues com cercas individuais, os parâmetros de opacidade também seriam atendidos, ao mesmo
tempo que o sen�mento de propriedade e cuidado com o terreno individual seria aguçado.
10. Sinalização adequada. A iden�ficação adequada dos logradouros e das casas proporciona facilidade e rapidez quando é
necessário acionar forças policiais, socorro de urgência, assistência social etc., além de aumentar a iden�ficação das
pessoas com seus endereços. Morar na Rua 4 não tem o mesmo peso para a comunidade do que morar na Rua Professora
Maria João, quando esta úl�ma foi conhecida pelo trabalho dedicado à educação, por exemplo. Organização do espaço com
par�cipação comunitária se apresenta como uma das chaves para o aumento da sensação de segurança nas comunidades.
O trabalho social nos empreendimentos Minha Casa Minha Vida deveria, portanto, priorizar a par�cipação dos membros e
líderes comunitários em todas as etapas, do planejamento à implementação.
em contratar mão de obra civil dentro das comunidades que serão alvo das intervenções urbanas. Os próprios trabalhadores
do canteiro, sabendo que estarão dentre os futuros moradores das casas que estão construindo, reforçam o sen�do de
cuidado e vigilância do espaço. A par�cipação comunitária é um dos instrumentos do Estatuto das Cidades de maior
complexidade para implementação. Ao mesmo tempo, é um dos mais efe�vos, alcançando real engajamento dos
moradores.
6. Equipamentos urbanos funcionais. Pontos de ônibus, pontos de táxi, bancas de revistas, bancos de praça, parquinhos
infan�s, academias ao ar livre, quadras de esporte etc. bem posicionados conformam cenários para a permanência de
cidadãos interessados em manter a ordem do espaço. Esses equipamentos frequentemente não estão presentes no
planejamento do empreendimento por representarem itens não essenciais (ou não obrigatórios), porém acrescentam
qualidade ao espaço urbano, essencial para o sucesso da intervenção. Hoje o Programa oferece linha de financiamento para
a execução de equipamentos direcionados à educação infan�l; nossa sugestão é que a necessidade específica da
comunidade seja considerada e atendida para além do essencial.
Simone Carolina Dias ArquitetaeUrbanista – 40 anos – casada
Tel. [41] 98834-1200
[email protected] | [email protected]
EspecialistaemGestãoEmpresarialEscola de Negocios PUC-PR MestreemTecnologiaPrograma de Pos Graduaçao em Tecnologia – PPGTE Universidade Tecnologica Federal do Parana – UTFPR Campus Curitiba
EspecializaçãoemGerenciamentodeObrasUniversidade Tecnologica Federal do Parana – UTFPR Campus Curitiba Aprovada em todas as disciplinas, curso nao concluıdo.
ArquitetaeUrbanistaUniversidade Federal do Parana – UFPR
ENTREVISTA COM A PRESIDÊNCIA DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ARQUITETOS e URBANISTAS - FNA
Criada em maio de 1979, a FNA é uma en�dade sindical de grau superior que congrega 16 Sindicatos e Associações Profissionais estaduais e foi cons�tuída para coordenar e proteger a categoria profissional dos arquitetos e urbanistas, nas relações de trabalho, direitos e atribuições.Conforme seu texto de apresentação, re�rado de seu síte na internet, a Federação junta forças com outras representações de classe a fim de defender seus associados. A presidência da FNA, Cicero Alvarez, Eleonora Lisboa Mascia e Edinardo Lucas, conversa conosco nesta edição.
Cicero Alvarez. Presidente da Federação
Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA).
Arquiteto e Urbanista graduado pela UFRGS
(2001). Mestre em Arquitetura pelo PROPAR-
UFRGS (2008). Foi docente de Arquitetura e
Urbanismo, Conselheiro no Conselho Estadual
de Cultura do RS (2006 a 2010), Presidente do
Conselho Estadual de Cultura do RS (2009 a
2010), Conselheiro no Conselho das Cidades do
RS (CUT/RS), Presidente (2011 a 2013) e Diretor
(2014 a 2016) do Sindicato dos Arquitetos no
Estado do Rio Grande do Sul (SAERGS), Primeiro
Vice Presidente da Federação Nacional dos
Arquitetos e Urbanistas (2014 a 2016),
Coordenador do Colegiado das En�dades
Nacionais dos Arquitetos e Urbanistas (CEAU)
em 2017. Atualmente atua na Secretaria
Municipal do Meio Ambiente da Prefeitura de
Porto Alegre. Coautor do livro Um Palácio para
a Jus�ça – As Sedes do Tribunal de Jus�ça do Rio
Grande do Sul (Menção Honrosa na categoria
Livro Autoral Prêmio ANPARQ 2014).
Eleonora Lisboa Mascia. Vice-presidente da
Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas
(FNA). Possui graduação em Arquitetura e
Urbanismo (UFRGS - Porto Alegre/RS - 1998).
Especialização em Recuperação de Áreas
Degradadas na Faculdade de Tecnologia e
Ciência - FTC - Salvador/BA (2002-2004).
Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela
Universidade Federal da Bahia - UFBA (2010-
2012) . Atualmente no cargo de Arquiteto
Sênior, exerce a função de Coordenação na
Gerência Execu�va de Habitação da Caixa
Econômica Federal. Tem experiência na área de
A r q u i t e t u r a e U r b a n i s m o , a t u a n d o
principalmente nos seguintes temas: gestão
urbana, planejamento urbano, assistência
técnica à habitação de interesse social,
financiamento de cidades e crédito imobiliário.
Possui a cer�ficação CA-600 da Associação
Brasileira das En�dades de Crédito Imobiliário e
Poupança - ABECIP.
Edinardo Lucas . Vice-presidente da
Federação Nacional dos Arquitetos e
Urbanistas (FNA). Arquiteto e Urbanista
formado pela Universidade Federal de
Uberlândia (2008), especialista em Polí�cas
Públicas pela Universidade Estadual de
Goiás (2012) e mestre em Projeto e Cidade
pela Universidade Federal de Goiás (2016).
Sua trajetória acadêmica é pautada no
estudo de temas voltados à produção do
espaço urbano e projetos de interesse social.
Paralelo à formação acadêmica, dedica-se à
elaboração, concepção e execução de
projetos culturais. É conselheiro do CAU/GO
(2018-20) e foi diretor geral na primeira
gestão(2012-14). Atualmente, é professor
da Universidade Federal de Goiás – Regional
Goiás.
ENTREVISTA
Conte um pouco da história da FNA,
sua organização atual e papel perante
a sociedade e , em especial , aos
arquitetos e urbanistas;
Criada em maio de 1979 em São Paulo,
estado que abrigou a Assembléia Geral
de criação da FNA com a par�cipação
de 5 sindicatos de arquitetos e
Urbanistas. A Carta Sindical foi ob�da
em 13 de dezembro de 1979. Hoje a
Federação está presente em quase
todos os estados brasileiros por meio
dos Sindicatos ou das Delegacias
sindicais.
A ar�culação e busca de consensos
com as En�dades Nacionais dos
Arquitetos e Urbanistas acontece
principalmente junto ao CBA, Colégio
Brasileiro de Arquitetos e Urbanistas,
que reúne o IAB - Ins�tuto de
Arquitetos do Brasil, a FNA, a AsBEA -
Associação Brasileira dos Escritórios
de Arquitetura, a ABEA - Associação
Brasileira de Ensino de Arquitetura e
Urbanismo, a ABAP - Associação
Brasileira de Arquitetos Paisagistas e a
FeNEA – Federação Nacional de
E s t u d a n t e s d e A r q u i t e t u r a e
Urbanismo do Brasil. Há também a
p a r � c i p a ç ã o d e s s a s m e s m a s
en�dades no CEAU do CAU/BR, que é
um Colegiados dentro do Conselho de
Arq u i tet u ra e U rb a n is m o co m
reuniões bimestrais.
Quais são atualmente as principais
lutas da FNA?
A Federação Nacional dos Arquitetos e
Urbanistas (FNA) é en�dade sindical
que representa os Sindicatos de
Arquitetos e Urbanistas filiados, além
de representar os interesses gerais e
difusos de todos os profissionais de
arquitetura e urbanismo no exercício
da profissão e organizá-los na luta
pelos seus direitos, na defesa de
remuneração justa e por condições
dignas de trabalho. A diretoria atual
buscou paridade de gênero em sua
composição e cargos, além de buscar
uma maior representa�vidade das
regiões do país, um exemplo disso é
que Edinardo está no Centro Oeste,
Eleonora no Nordeste e Cicero no Sul.
A FNA e as en�dades Nacionais dos
A r q u i t e t o s e U r b a n i s t a s s ã o
responsáveis diretas pela criação, em
2010, do Conselho de Arquitetura e
Urbanismo. Essa é uma luta que
nasceu nos anos de 1950, antes
mesmo da criação da FNA em 1979. A
FNA também é responsável pela Lei
que assegura às famílias de baixa
renda assistência técnica pública e
gratuita para o projeto e a construção
de habitação de interesse social. Teve
par�cipação direta no Estatuto da
Metrópole e no Estatuto da Cidade.
Além disso, somos responsáveis
diretos pela contratação de inúmeros
colegas em Concursos para os cargos
de Arquiteto e Urbanista na CAIXA e
outras Ins�tuições.
Quais foram os desafios encontrados
pelo senhor, em sua gestão, à frente
do FNA?
São inúmeros desafios em uma gestão
nacional , mas cabe destacar a
necess idade de reorganizar os
Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas,
(ainda mais em um contexto de
desmonte das polí�cas trabalhistas),
bem como trabalhar para que exista
uma renovação dos dirigentes e uma
pluralidade de campos de atuação
profissional para permi�r entender os
diferentes cenários da profissão. Para
que isso seja possível é fundamental
que os sindicatos acolham os colegas e
tenham como ajudar a resolver os
problemas da categoria. As mudanças
na legislação trabalhista colocam um
cenário de precarização tantos das
relações do trabalho entre contratante
e contratado quanto das en�dades
que defendem os empregados. Uma
das principais dificuldades é fazer com
que os colegas se vejam como
assalariados, muitos apesar de terem
bons salários, podem sofrer perdas
com as mudanças na s i tuação
econômica do país agravada após a
deposição da presidenta eleita.
Dentre as principais lutas, podemos
destacar a defesa do trabalhador
arquiteto e urbanista por condições de
trabalho dignas, sejam elas salariais,
carga horária adequada, segurança,
enquadramento legal, entre outras.
Também destaca-se a ampliação da
atuação dos arquitetos e urbanistas
junto ao poder público por meio da
luta por mais concursos com vagas
para a categoria, incluindo a presença
da categoria como essencial para a
construção de cidades mais justas para
todos. Um ponto fundamental é
resis�r ao desmonte das polí�cas
sociais e trabalhistas, apoiando e
fortalecendo os sindicatos e os
movimentos sociais.
Quais são os próximos passos da FNA?
Res is�r ao desmonte po l í�cas
trabalhistas com uma aproximação
cada vez maior com as bases da
categoria profissional, reestruturar a
comunicação tanto interna quanto
com a categoria profissional, ampliar o
número de associados dos sindicatos
de arquitetos e urbanistas para que a
atuação seja pautada principalmente
pelas necessidades que os colegas
considerem prioritárias.
Como é a ar�culação da FNA com
outras en�dades representa�vas dos
arquitetos?
RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
1) Como a FNA vê a ANEAC e como
podemos estreitar mais ainda os laços de
cooperação?
A ANEAC é uma associação importante,
com representação em todo país e que
c o n g re ga u m g ra n d e n ú m e ro d e
p ro fi s s i o n a i s . E nte n d e m o s co m o
fundamental termos en�dades que
fortalecem a organização dos profissionais
e a defesa da arquitetura e urbanismo
para o desenvolvimento urbano e social
do país. As frentes em que atua a ANEAC
também fazem parte dos obje�vos da FNA
e seus sindicatos filiados, por isso a
atuação próxima entre as en�dades
contribui para avançarmos em aspectos
importantes de afirmação profissional e
defesa das conquistas dos trabalhadores.
No úl�mo Ensa e na úl�ma reunião do
cole�vo da FNA, �vemos a par�cipação do
Presidente Turino.
Hoje a ANEAC, além da defesa irrestrita
dos interesses de seus associados, está
com duas bandeiras de luta : 1) A defesa
das Engenharias e Arquiteturas Públicas ;
2) A defesa do papel da CAIXA como
agente de fomento do Desenvolvimento
Urbano e Rural do Brasil . Como a FNA vê
estas demandas da ANEAC?
Que mensagem a FNA pode repassar aos
arquitetos e urbanistas da CAIXA?
Ver questão 12.
A FNA apoia integralmente a CAIXA 100%
púb l i ca , um patr imônio do povo
b r a s i l e i r o . A d e fe s a d a s p a u t a s
mencionadas pela ANEAC encontra eco na
Federação Nacional dos Arquitetos e
Urbanistas e nos Sindicatos de Arquitetos
e Urbanistas. Acreditamos que ambas as
pautas são fundamentais para o Brasil.
Qual a visão da CAIXA pela ó�ca da FNA?
Uma sugestão, que aproveitaria o
conhecimento dos profissionais da CAIXA,
seria permi�r que os arquitetos e
u r b a n i s t a s p o s s a m a n a l i s a r
qualita�vamente o projeto e não apenas o
enquadramento às regras dos programas,
com o devido respeito e cuidado aos
autores do projeto.
Creio que o principal problema é de
r e s p o n s a b i l i d a d e s o c i a l . M u i t a s
construtoras e seus profissionais fazem os
projetos e as obras apenas para ganhar
dinheiro. Parece que esquecem que
algum ser humano como ele irá viver lá
naquela moradia. Combater essa falta de
empa�a é uma das primeiras ações
necessárias para projetos e obras
melhores. Convém lembrar que já �vemos
excelentes projetos para HIS, como o
residencial Pedregulho no Rio de Janeiro
(1952), do Arq. Affonso Eduardo Reidy.
A C A I X A é f u n d a m e n t a l p a r a o
desenvolvimento do país. Como diz o
lema: “A vida pede mais que um banco”
Importante destacar o papel do banco
100% público na implantação de polí�cas
de desenvolvimento urbano e social. A
atuação da CAIXA é fundamental para que
tenhamos um país melhor e mais justo.
Um banco que almeja apenas o lucro
nunca poderá desempenhar esse papel.
Que mensagem a FNA pode deixar
para os arquitetos e urbanistas da
CAIXA?
A produção de Habitação de Interesse
Social (HIS) em larga escala produz boa
parte do territórios urbano seja em
cidades pequenas, médias ou grandes. Em
períodos com o do BNH e do PMCMV a
produção de moradias para a classe de
menor renda foi protagonista das polí�cas
sociais. É imprescindível que a arquitetura
e urbanismo e a engenharia públicos
produzam pesquisas e soluções que
superem o imedia�smo e a busca
somente por quan�dade de unidades e
busquem discu�r qual o modelo de cidade
é necessário ser implementado para que
consigamos construir cidades que sejam
sustentáveis e que promovam condições
dignas de moradia e mobilidade para toda
a população. Na história da HIS brasileira
já houveram períodos em que os projetos
de arquitetura e urbanismo foram mais
valorizados como no período da Fundação
Casa Popular, do Departamento de
Habitação Popular e dos IAP´s. É
necessário que o protagonismo da
questão da HIS, retomado com o PMCMV,
não seja desmontado e que as ações que
visavam seu con�nuo fortalecimento e
m e l h o r i a s e j a m r e t o m a d a s c o m
protagonismo de técnicos, dentre os
quais os da arquitetura e urbanismo e da
engenharia.
Os arquitetos e urbanistas podem
contribuir de diferentes formas, mas a
principal é recuperando um certo
protagonismo na proposição das questões
urbanas com um olhar mais social. A
par�cipação em en�dades da categoria e
a discussão e proposição de ações que
saiam do lote e a�njam escalas maiores
das cidades nos parecem um primeiro
passo.
O trabalho que vocês desenvolvem na
C A I X A é f u n d a m e n t a l p a ra a
construção de um país melhor para
todos. Sabemos do compromisso,
seriedade e responsabilidade com
que os colegas da CAIXA enfrentam
as questões que estão sob sua
responsabilidade e agradecemos por
isso. A atuação desses profissionais
fortalece o sen�do da Arquitetura e
Engenharia Públicas, fundamentais
para o desenvolvimento do país com
jus�ça social. Fica o convite para que
par�c ipem cada vez mais das
diretorias da FNA e dos Sindicatos de
Arqui tetos e Urbanistas , po is
acreditamos que juntos somos fortes.
Um tema importante é Habitação de
I n t e r e s s e S o c i a l . A C h i n a t e m
desenvolvido projetos em favelas que
reu�lizam materiais de construções de
modo a construir modelos compactos de
casas, que tem alta durabilidade e
ajudam a preservar o patrimônio cultural
de seu país. Como a Arquitetura
brasileira pode contribuir com as
comunidades mais pobres, em termos de
m o r a d i a s m a i s d i g n a s s e m
descaracterizá-las? Estamos preparados
para rever erros do passado e produzir
projetos mais eficientes?
Como os arquitetos e urbanistas podem
contribuir para o desenvolvimento do
país?
T O T A LANEAC perto de você!
VIII encontro técnicoarquitetura e engenharias
públicas
ANEAC EM AÇÃO
A preocupação com o futuro da
Arquitetura e Engenharias Públicas e
seus impactos na sociedade foi
traduzida por meio da construção de
um pensamento crí�co cole�vo nos
debates do VIII Encontro Técnico da
ANEAC realizado no período de 24 a
26 de Abril de 2018 no Centro de
Eventos Meliã em Brasília/DF, evento
que se realiza a cada 2 anos.
O VIII Encontro Técnico reuniu
p r o fi s s i o n a i s d a e n g e n h a r i a ,
arquitetura de todas as regiões do
Brasil, com a primeira transmissão ao
vivo pelo Facebook da ANEAC.
C e r c a d e 2 0 0 c o n v i d a d o s
compareceram a solenidade de
abertura com a par�cipação dos
p a l e s t ra n t e s d o e v e n t o e d e
en�dades parceiras como FENAG,
ADVOCEF, FENAE, CONTEC, CONTRAF,
AUDICAIXA, CONFEA, FNA, FNE,
ANACEF.
No primeiro dia, o evento foi aberto
p e l o P r e s i d e n t e d a A N E A C
Engenheiro Civil Fernando Turino,
apresentando o panorama do
Movimento das Engenhei ra e
Arquitetura Pública encabeçado pela
ANEAC em conjunto com as en�dades
parceiras que se preocupam com o
tema.
Em seguida deram início a uma mesa
redonda para discu�r Arquitetura e
e n g e n h a r i a s p ú b l i c a s c o m a
par�cipação da engenheira civil
Maria de Fá�ma Kó, presidente do
CREA-DF, do Economista Paulo Jagger
do DIEESE, que apresentou um
estudo sobre as priva�zações, a
historiadora Rita Serrano do CA da
CAIXA, do representante do Sistema
CONFEA/CREA, da Arquiteta e
U r b a n i s t a E l e o n o r a M a s s i
representando a FNA, que mostrou o
avanço dos 10 anos da Lei da
Assistência técnica e do Engenheiro
Mecânico Agamenon Rodrigues da
C E P E L / U F R J e S E N G E / R J , q u e
apresentou a relação entre espaços
públicos e espaços privados. O debate
f o i e s p a c i a l m e n t e r i c o d e
informações e análises feitas pelos
especialistas que contribuíram muito
para direcionar a con�nuidade do
Movimento.
No período da tarde o tema central foi
Gestão Pública e Controle que foi
dividido em diversas palestras, todas
feitas por profissionais engenheiros e
arquitetos do quadro técnico da
CAIXA, como se observa a seguir.
1. U�lização da Tecnologia BIM
(Building Informa�on Model) na
Caixa Econômica Federal pelo
Arquiteto e Urbanista Ronaldo de
Carvalho;
2. Análise de envoltória de dados
(DEA) para avaliação de eficiência
produ�va com os Engenheiros Civis
Sérgio Antão e Luis Lyra e o arquiteto
e urbanista Ives Yokoiama.
3. Panorama da corregedoria nas
a�vidades de engenharia da Caixa
E c o n ô m i c a F e d e r a l c o m o s
representantes da Cored; encerrando
com Plano de gestão de logís�ca
sustentável no uso, operação e
manutenção de imóveis da Caixa
Econômica Federal pelo Engenheiro
de Produção Márcio Ferreira de Lima.
No segundo dia de evento diversos
temas foram apresentados, a palestra
proferida pelo Engenheiro civil Sérgio
Antão Paiva, secretário da ABNT, além
de profissional da Caixa, sobre a
Revisão da Norma de Avaliações de
bens - ABNT NBR 14653-1 foi
enriquecedora e expôs assuntos
relacionados ao trabalho na área das
GIHABs.
E pra finalizar a palestra CFO - Centro
de Formação Olímpica e Para-
olímpica no Ceará: Um caso de RDC CI
de sucesso com a apresentação pelo
engenheiro civil Geraldo Aires da Silva
Júnior.
A riqueza do conhecimento técnico
dentro do quadro da CAIXA e de
nossos associados é tão grande que
fica aqui uma meta de valorizarmos e
criarmos um compilado de trabalhos
de nossos profissionais, foram
diversos temas relacionados ao
trabalho desenvolvido por nós dentro
da nossa empresa e mais, gerando
conhecimento técnico para o Brasil.
Este, não pode ficar guardado entre
quatro paredes, precisa ser divulgado
e a ANEAC acredita que esse é o
caminho.
Os engenheiros Sérgio Geraldo Linke
e Leonardo de Azevedo e Souza,
profissionais da CAIXA, apresentaram
o tema PPP Iluminação Pública.
Logo após foram apresentados 3
casos de sucesso dentro da própria
empresa e que demonstram o real
valor de nossos profissionais para o
desenvolvimento do país.
D e n s i d a d e s i n t e r m e d i á r i a s –
reflexões sobre sua importância
estratégica na cidade, qualidade e
custo de habitação com o engenheiro
civil Dr. Ricardo More� da UFABC de
São Paulo.
A palestra O sistema Metroviário de
Salvador e Lauro de Freitas proferida
pelo engenheiro civil André Rezende
Barbosa foi de extrema importância
para entendermos a mobilidade
urbana em nossas capitais e a
p a r � c i p a ç ã o d a C A I X A n e s s e
processo.
Palestra apresentada com o trabalho
de mestrado do Engenheiro civil
Rogério Toresani, com A Influência
das lóg icas ins�tuc ionais nos
resultados do Programa Minha Casa
Minha Vida (PMCMV) enquanto
ambiente complexo.
A temá�ca de Infraestrutura e
Desenvolvimento Urbano aconteceu
no final do evento diversas palestras,
i n i c i a n d o c o m T r a n s p o r t e ,
mobil idade e desenvolvimento
urbano com o engenheiro civil
Marcelino Aurélio Vieira da Silva da
UFRJ.
As palestras seguintes direcionaram a
atenção para a temá�ca Habitação,
dando ênfase na HIS - Habitação de
interesse social.
D e i x a m o s a q u i o n o s s o
agradecimento especial a todos os
palestrantes que se dispuseram a
compar�lhar gratuitamente o seu
conhecimento com os associados,
engrandecendo esse evento tão
importante para a nossa associação e
que auxilia no desenvolvimento do
país.