VIGILÂNCIA DA VIGILÂNCIA DA POLIOMIELITE E POLIOMIELITE E
MONITORAMENTO DA MONITORAMENTO DA SÍNDROME PÓS-SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITEPOLIOMIELITEDivisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar
Aula ministrada por: Maria Bernadete de Paula EduardoAula ministrada por: Maria Bernadete de Paula Eduardo
SEMINÁRIO DE VIGILÂNCIA DA POLIOMIELITE E SÍNDROME PÓS-SEMINÁRIO DE VIGILÂNCIA DA POLIOMIELITE E SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITEPOLIOMIELITE
ESTADO DE SÃO PAULOESTADO DE SÃO PAULO2 de outubro de 2006 Vila Mariana, São Paulo, SP.
HADDTDDT
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA POLIOMIELITEDA POLIOMIELITE
• Definição e funções da Vigilância Epidemiológica:Definição e funções da Vigilância Epidemiológica:
– “é o conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como, detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças” (Lei Orgânica da Saúde - Lei Nº. 8080/90).
Fatores de risco:Fatores de risco:
• Risco à saúde pública - ameaças de disseminação, afetando adversamente as populações humanas, por ex., no caso de agentes infecciosos, químicos, radioativos ou outros, ou o simples aumento de casos em doenças crônicas devido a dieta inadequada, estilo de vida, etc., ex., doença coronariana, diabetes, obesidade, etc.).
Condições para que uma Doença seja de Condições para que uma Doença seja de Notificação CompulsóriaNotificação Compulsória
• Ser transmissível ou provocada por agentes químicos, substâncias radioativas ou outros;
• Apresentar risco de propagação, representar emergência em saúde pública ou perigo grave e imediato para o indivíduo e outras pessoas.
• Permitir, através de investigações, intervir em suas causas, com desencadeando ações que previnam o surgimento de novos casos, eliminando ou minimizando os fatores de risco que provocam a doença (existência de tecnologia que permita prevenir, controlar);
• Ser objeto de vigilância através da busca de casos para impedir endemias, surtos ou epidemias.
Outras Condições para Vigilância ou Outras Condições para Vigilância ou Monitoramento de DoençaMonitoramento de Doença
• Diagnosticável: Diagnosticável: – Existência de meios diagnósticos
• Qualidade da assistência:Qualidade da assistência:– Capacidade de diagnosticar– Prestar atendimento adequado ao
pacientes– Monitoramento e suporte ao paciente
VIGILÂNCIA DA VIGILÂNCIA DA POLIOMIELITE/PFAPOLIOMIELITE/PFA• Eixos:Eixos:
– Prevenção: • Coberturas vacinais altas (vacinação de rotina e campanhas
nacionais);– Diagnóstico/Vigilância das PFA:
• Notificação imediata de todo caso de PFA• Coleta oportuna de fezes => objetivo principal: descartar
Poliomielite• Monitoramento de todos os casos de PFA (notificação negativa
semanal)– Investigar todo caso de PFA – tomada de decisão– Busca Ativa – Revisita e encerramento do caso em 60 dias do início do déficit
motor– Educação– Monitoramento Ambiental do Poliovírus
• Caracterizar clinicamente o caso para determinar sua inclusão no sistema de investigação;
• Colher a amostra de fezes até o 14º dia do início do déficit motor;
• Colher informações detalhadas preenchendo todos os campos da Ficha SINAN/PFA;
• Visitar o domicílio (completar informações – história vacinal, fonte de infecção, possíveis outros casos, etc.);
• Orientar medidas de controle pertinentes;
• Realizar revisita do caso para avaliação de seqüela, 60 dias após o início do déficit motor;
• Classificar o caso conforme os critérios estabelecidos;
• Devolver informações à fonte notificadora;
• Avaliar os indicadores e metas.
VIGILÂNCIA DA VIGILÂNCIA DA POLIOMIELITE/PFAPOLIOMIELITE/PFA
0100200300400500600700800900
100011001200130014001500160017001800
Ano
Núm
ero
de C
asos
Situação Epidemiológica da Poliomielite no Situação Epidemiológica da Poliomielite no ESPESP
Poliomielite: Casos no ESP, 1960-2006
Fonte: DDTHA/CVE
Epidemia MSP
VacinaçãoVacinação de
rotina
Correntes migratórias,
estados vizinhos com baixa coberturas e
epidemias
SVESVEDias Dias
Nacionais de Nacionais de VacinaçãoVacinação
0102030405060708090
10011012013014015016019
74
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2005
Ano
Cob
ertu
ra (%
)
Poliomielite: Cobertura vacinal (3as. doses) em menores de 1 ano, ESP, 1974-2005
Fonte: Div. Imunização/CVE
Poliomielite: Cobertura vacinal em menores de 5 anos, ESP, Campanhas 1ª. Fase e 2ª. Fase, 2001-2005
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
2001 2002 2003 2004 2005
Ano
%
1a. Fase 2a. Fase
Coberturas Vacinais 3as. Doses, 2001-2005Coberturas Vacinais 3as. Doses, 2001-2005
DIR
Total Municípios
Municípios comCob. Média Anual > 95%
Municípios comCob. Média Anual < 95%
Variação%
Municípios Cob. < 95% em 2005
Nº % Nº % Nº % Nº %
1 1 100,0 0 0,0 1 100,0 89% 1 100,0
2 7 100,0 3 42,9 4 57,1 72-92% 5 71,4
3 11 100,0 8 72,7 3 27,3 83-92% 6 54,5
4 5 100,0 4 80,0 1 20,0 94% 1 20,0
5 15 100,0 10 66,7 5 33,3 71-93% 7 46,7
6 40 100,0 37 92,5 3 7,5 76-89% 9 22,5
7 25 100,0 20 80,0 5 20,0 88-94% 9 36,0
8 25 100,0 21 84,0 4 16,0 92-94% 9 36,0
9 19 100,0 17 89,5 2 10,5 88% 4 21,1
10 38 100,0 36 94,7 2 5,3 92-93% 8 21,1
11 31 100,0 29 93,5 2 6,5 92-94% 10 32,3
12 42 100,0 37 88,1 5 11,9 87-94% 18 42,9
13 22 100,0 21 95,5 1 4,5 83% 4 18,2
DIR
Total Municípios
Municípios comCob. Média Anual > 95%
Municípios comCob. Média Anual < 95%
Variação%
Municípios Cob. < 95% em 2005
Nº % Nº % Nº % Nº %
14 22 100,0 17 77,3 5 22,7 88-92% 14 63,6
15 27 100,0 23 85,2 4 14,8 89-94% 5 18,5
16 45 100,0 32 71,1 13 28,9 77-94% 16 35,6
17 15 100,0 12 80,0 3 20,0 83-94% 7 46,7
18 35 100,0 33 94,3 2 5,7 94% 7 20,0
19 9 100,0 8 88,9 1 11,1 91% 6 66,7
20 20 100,0 20 100,0 0 0,0 >=95% 9 45,0
21 13 100,0 13 100,0 0 0,0 >=95% 4 30,8
22 101 100,0 73 72,3 28 27,7 79-94% 43 42,6
23 49 100,0 40 81,6 9 18,4 79-94% 21 42,9
24 28 100,0 25 89,3 3 10,7 76-93% 12 42,9
Total 645 100,0 539 83,6 106 16,471-
94% 235 36,4
Coberturas Vacinais 3as. Doses, 2001-2005Coberturas Vacinais 3as. Doses, 2001-2005
Fonte: Div. Imunização/CVE
PFA - Número e Percentual de casos notificados pelos Serviços de saúde e por buscas ativas, Estado de São
Paulo, 2005
Busca Ativa7%
Notificação93%
Fonte: DDTHA/CVE
O sucesso do programa está na notificação imediata por parte dos serviços médicos à Vigilância Epidemiológica
Taxa de Notificação = No. de casos notificados x 100População menor de 15 anos
Meta : 1 caso / 100.000 menores de 15 anos
IndicadoresIndicadores
PFA - Taxa de Notificação, ESP, 1989-2006*
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Ano
Tx. N
otifi
caçã
o/10
0 m
il em
m
enor
es d
e 15
ano
s
Taxa Notificação MetaFonte: DDTHA/CVE
(*) Dado até agosto 2006
Investigação em 48 hs = no. de casos investigados em 48 hs x no. de casos notificados de PFA
• Meta : 80% dos casos investigados nas primeiras 48 hs
IndicadoresIndicadores PFA: Investigação em 48 horas dos Casos , ESP, 1993-2006
94 94 95 9586
98 97 97 9298 93
99 98 100
0
20
40
60
80
100
120
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Inve
stig
ação
em
48h
s (%
)
Investigação em 48hs Meta
Fonte: DDTHA - CVE/SES-SP
Notificação Negativa Semanal = no. de fontes que notificaram na SE negativamente x 100 no. de fontes notificadoras
Meta : 80% das fontes notificando negativamente
IndicadoresIndicadores
PFA - Notificação Negativa, ESP, 1993-2006
050
100150
Not
ifica
ção
Neg
ativ
a S
eman
al (%
)
Notificação Negativa Meta
Coleta Adequada de Fezes = no. de casos coletados adequada/e x 100 no. de casos notificados de PFA
Meta : 80% dos casos coletados nos primeiros 14 dias
PFA - Coleta Adequada de Fezes, ESP, 1993- 2006
IndicadoresIndicadores
0102030405060708090
Cole
ta A
dequ
ada
de F
ezes
(%)
Coleta Adequada MetaFonte: DDTHA - CVE/SES-SP
Principais problemas identificados para a Principais problemas identificados para a coleta tardiacoleta tardia
• 44 casos sem coleta oportuna (40%):
– Internação tardia – 5 casos (11,3%)– 1 com coleta no 15º dia do início do déficit
motor (2,3%)– 22 casos notificados pelos serviços
tardiamente (50%)– 8 casos não notificados pelos serviços,
identificados por Busca Ativa pela VE (18,2%)
Avaliação de Risco dos Casos de PFA Encerrados como Não Pólio, segundo o tipo de coleta, ESP,
2005Tipo de Coleta Com Diagnóstico
FinalSem diagnósticoFinal
Total
Com coleta oportuna (Polio Negativo)
50 (77%)
15 (23%)
65 (100,0%)
Com coleta não oportuna (Polio Negativo)
29 (93,5%) 2 (6,5%) (evolução normal)
31(100,0%)
Sem coleta 13 (100%)(evolução sem seqüela)
0 (0,0%) 13 (100,0)
Total 92 (84,4%)
17 (15,6%) 109 (100,0)
Fonte: DDTHA/CVE
Diagnósticos dos Casos de PFA - 2005• CASOS NOTIFICADOS : 109• Com diagnóstico Final:
– SGB : 42 (38,5%)– Infecções (encefalites, mielites, meningoencefalites,
meningomielites): 15 (13,8%) – Miopatias não especificadas: 6 (5,5%)– Neoplasia Maligna do SNC: 6 (5,5%)– Mielite Transversa Aguda: 4 (3,7%)– Acidente Vascular Cerebral: 4 (3,7%)– Compressões de raízes e plexos nervosos: 3 (2,7%)– Mononeuropatia e polineuropatias não especificadas : 3 (2,7%)– Paralisia periódica: 3 (2,7%)– Monoplegia, hemiplegia: 2 (1,8%)– Polineuropatia inflamatória: 1 (0,9%)– Lesão do nervo ciático: 1 (0,9%)– Traumatismo da medula: 1 (0,9%)– Outros transtornos do SNC: 1 (0,9%)
SGB
InfecçõesMiopatiasNeoplasias
Mielite T.A.AVC
CompressõesMono e Polineuropatias
Paralisia Periódica
Outros
Sem Diagnóstico
Fonte: DDTHA/CVE
PROPOSTA PARA 2006 E 2007PROPOSTA PARA 2006 E 2007• Vigilância da Poliomielite/Paralisias Flácidas:Vigilância da Poliomielite/Paralisias Flácidas:
– Enfatizar junto aos médicos a necessidade de Notificação Imediata de todo caso de PFA em menores de 15 anos --- conscientização dos profissionais de que a Polio não foi erradicada no mundo;
– Aumentar a Taxa de Coleta – meta: todo o caso de PFA em < 15 anos;
– Enfatizar junto aos municípios a necessidade de coberturas vacinais da vacina oral > 95%;
– Melhorar a qualidade do preenchimento da Ficha SINAN;– Enfatizar junto aos municípios com Portos e Aeroportos
e a ANVISA, o controle vacinal de migrantes de/para áreas endêmicas/epidêmicas;
– Definição de novas estratégias para a continuidade do monitoramento ambiental junto à Cetesb.
Monitoramento da Síndrome Pós-PoliomieliteDivulgar a síndrome entre os médicos com elaboração
de folheto e outros informes (divulgação do CID provisório – G98.8, a ser utilizado até a classificação definitiva);
Implantação de formulário específico para registro dos casos/monitoramento (unidades neurologia/neuromuscular e outras que concentram atendimento aos casos – unidades de referência e outras);
Desenvolvimento de estudos e material técnico como subsídio ao conhecimento da doença e aos órgãos responsáveis pela atenção à síndrome.
PROPOSTA PARA 2006 E 2007PROPOSTA PARA 2006 E 2007
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAMÊS |____|____| ANO __________
REGISTRO MENSAL DE CASOS DE SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE - SPP
MUNICÍPIO: _____________________________ DIR: ______________________ SERVIÇO DE SAÚDE:_____________
Nº Ord.
Data do
Nome do
Nome da
Idade
Data
Nascimento
Sexo
Endereço Completo
Atual
Ano de início da Poliomielite
Serviço de Saúde que diagnosticou
Município e Estado onde
residia
Estado vacinal na época de início da Pólio
Data do
Atendimento
Paciente
Mãe a Poliomielite Diagnóstico da SPP
OBSERVAÇÕES
CID 10 – G96.8
Campos do formulário:
Data do Atendimento
Nome do paciente
Nome da Mãe
Idade, Data Nascimento e Sexo
Endereço Completo Atual
Ano de início da Poliomielite
Serviço de Saúde que diagnosticou a Poliomielite
Município e Estado onde residia
Estado vacinal na época de início da Pólio
Data do Diagnóstico da SPP
OBSERVAÇÕES
Fluxo de envio - Mensal Formulário REGISTRO DE CASOS DE SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE
UNIDADE NEUROMUSCULAR/ORTOPEDIA/OUTROS5º dia do mês subsequente ao informado
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO10º dia do mês subsequente ao informado
DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR/CVE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA REGIONAL15º dia do mês subsequente ao informado (envio e-mail,planilha em excel)
Não deixe a Polio voltar!
• Nosso site:– [email protected] <Doenças
Transmitidas por Água e Alimentos>• Nossos telefones:
– DDTHA: 3081-9804– Central CVE: 08000 555 466
• Nosso endereço de e-mail:– [email protected]
OBRIGADA!