UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
PERICULOSIDADE
Acedêmicos: Daniel Baldasso Rolon, Daniel Humberto Carvalho Bruno
I
Campo Grande – MS2014
SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................................................................1
1.1 Conceito.................................................................................................................................1
1.2 Atividades consideradas periculosas......................................................................................1
1.3 Legislação...............................................................................................................................1
2. Lei 7.369/85 e seu Decreto 93.412/86...........................................................................................2
3. NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS.............................................................................2
3.1 Considerações Gerais.............................................................................................................2
3.2 Adicional de Periculosidade....................................................................................................3
3.3 NR 16 - Anexo 1 - Atividades e Operações Perigosas com Explosivos.....................................3
3.4 NR 16 - Anexo 2 - Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis...................................4
3.5 NR 16 - Anexo (*) - Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou
Substancias Radioativas.....................................................................................................................7
3.6 NR 16 - Anexo 3 - Atividades e Operações Perigosas com Exposições a Roubos e Outras
Espécies de Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial........8
3.7 NR 16 - Anexo X - Atividades e Operações Perigosas Energia Elétrica....................................9
4. Anexos............................................................................................................................................9
4.1 Anexo A..................................................................................................................................9
4.2 Anexo B..................................................................................................................................9
4.3 Anexo C.................................................................................................................................10
4.4 Anexo D................................................................................................................................10
4.5 Anexo E.................................................................................................................................11
4.6 Anexo F.................................................................................................................................11
4.7 Anexo G................................................................................................................................12
4.8 Anexo H................................................................................................................................14
.........................................................................................................................................................16
.........................................................................................................................................................17
I
4.9 Anexo I..................................................................................................................................17
4.10 Anexo G................................................................................................................................18
5. Referências...................................................................................................................................18
II
1Periculosidade
1. INTRODUÇÃO
1.1 Conceito
A periculosidade em saúde e segurança do trabalho, por sua vez, é a
caracterização de um risco imediato, oriundo de atividades ou operações, onde a
natureza ou os seus métodos de trabalhos configure um contato permanente, ou
risco acentuado.
1.2 Atividades consideradas periculosas
São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a:
• Atividade e Operações Perigosas com Explosivos e Inflamáveis;
• Atividade e Operações Perigosas com Energia Elétrica;
• Atividade e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou
Substâncias Radioativas;
• Com exposição permanente a Roubos ou outras Espécies de Violência
Física.
A periculosidade é caracterizada por perícia a cargo de Engenheiro de
Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho, registrados no Ministério do
Trabalho (MTE).
1.3 Legislação
A legislação contempla as atividades associadas a explosivos e
inflamáveis (CLT, art.193, e NR16 do MTE), a atividade dos eletricitários
(Lei 7.369/85 e seu Decreto 93.412/86) e as atividades em proximidade
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2Periculosidade
de radiação ionizante e substancias radioativas (Portaria MTE 3.393/1987
e 518/03).
2. LEI 7.369/85 E SEU DECRETO 93.412/86
O Decreto 93.412/86 revoga o Decreto nº 92.212, de 26-12-1985, e
regulamenta a Lei nº 7.369, de 20-09-1985, que institui salário adicional para
empregados do setor de energia elétrica, em condições de periculosidade e dá
outras providências.
A Lei nº 7.369, de 20-09-1985 por sua vez determina que o empregado que
exerce atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade,
tem direito a uma remuneração adicional de trinta por cento sobre o salário que
perceber, ou seja, sobre todo o salário.
3. NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
3.1 Considerações Gerais
A Norma Regulamentadora Nº16 regulamenta as atividades e as
operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as
recomendações preventivas correspondentes. Especificamente no que diz
respeito ao Anexo n° 01: Atividades e Operações Perigosas com
Explosivos, ao anexo n° 02: Atividades e Operações Perigosas com
Inflamáveis, tem a sua existência jurídica assegurada através dos artigos
193 a 197 da Consolidação das Leis Trabalhistas- CLT, ao anexo n° 03:
atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras
espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança
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3Periculosidade
pessoal ou patrimonial e ao anexo (*) que diz respeito a Atividades e
Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substâncias
Radioativas.
3.2 Adicional de Periculosidade
A Norma Regulamentadora Nº16 regulamenta que o valor do adicional
de periculosidade será o salário do empregado acrescido de 30%, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos
lucros da empresa.
Mas o empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que
porventura lhe seja devido.
O adicional de periculosidade e de insalubridade não podem ser pagos
juntos, o empregado deve escolher entre os dois, visando seu melhor
beneficio.
3.3 NR 16 - Anexo 1 - Atividades e Operações Perigosas com Explosivos.
Em geral, o anexo 1 da Norma Regulamentadora Nº16 diz respeito as
atividades com explosivos e as áreas de risco consideradas perigosas. O
quadro de atividades está disponível no Anexo A.
As áreas de risco devem ser delimitadas obrigatoriamente.
São consideradas áreas de risco nos locais de armazenagem de:
produtos químicos usados na fabricação de misturas (Áreas de
risco - quadro do anexo B);
explosivos iniciadores (Áreas de risco –quadro do anexo C);
explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos (pólvora negra e
pólvora chocolate ou parda) - Áreas – quadro do anexo D.
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4Periculosidade
São explosivos iniciadores os que servem para provocar a
transformação de outros explosivos, sensíveis ao atrito, calor e choque.
Sob efeito do calor explodem sem se incendiar. Os exemplos desses
explosivos são: fulminato de prata, o fulminato de mercúrio, a azida de
chumbo, tetrazeno, etc.
Um outro ponto a se ressaltar nesse anexo 1 é que quando se tratar de
depósitos barricados ou entrincheirados será utilizado as faixas de
segurança os valores do quadro do anexo D pela metade.
Todas as pessoas envolvidas com as atividades de manuseio de
explosivos e acessórios devem receber orientação e treinamento
específicos quanto aos riscos de sua manipulação em todas as fases de
armazenagem, distribuição, escorvamento, carregamento, tamponamento
e detonação, e estarem equipadas em conformidade com as normas do
Ministério do Trabalho e Emprego.
3.4 NR 16 - Anexo 2 - Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis.
O anexo 2 traz um quadro(Anexo E) com as atividades com líquidos
inflamáveis que são consideradas atividades ou operações perigosas.
Ainda segundo o anexo 2 entende-se como:
I. Serviços de operação e manutenção de embarcações, vagões-
tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames de inflamáveis:
a) atividades de inspeção, calibração, medição, contagem de
estoque e colheita de amostra;
b) serviços de vigilância
c) de arrumação de vasilhames
d) de superintendência;
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5Periculosidade
e) atividades de manutenção
f) atividades de desgaseificação;
g) de laboratório de inspeção de segurança
h) de soldagem
i) atividades de inspeção nos pontos de vazamento
II . Armazenagem de inflamáveis:
a) quaisquer atividades executadas dentro da bacia de segurança
dos tanques;
b) arrumação de tambores, latas ou vasilhames executadas dentro
do prédio de armazenamento de inflamáveis;
IV. Operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de
inflamáveis líquidos:
a) atividades ligadas diretamente ao abastecimento de viaturas
com motor de explosão.
Os itens 3 e 4 da NR16 tratam das áreas de risco (Anexo F) deste, e
oque caracteriza periculosidade, para fins de percepção de adicional:
a) o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos
inflamáveis em embalagens certificadas, simples, compostas
ou combinadas, desde que obedecidos os limites,
independentemente do número total de embalagens.
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6Periculosidade
b) o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de
até cinco litros, lacrados na fabricação, contendo líquidos
inflamáveis, independentemente do número total de
recipientes manuseados, armazenados ou transportados.
Por fim vem à caracterização das embalagens e suas restrições de
uso um quadro sobre isso se apresenta no Anexo G deste.
Capacidade Máxima para Embalagens de Líquidos Inflamáveis
Embalagem Combinada
Recipientes de Vidro com mais de 5 e até 10 litros, plástico com mais
de 5 e até 30 litros, metal com mais de 5 e até 40 litros:
- Tambores de metal, plástico, madeira compensada, fibra: 75kg a
250kg (grupo de embalagens I), 400kg (grupo de embalagens II e III)
Embalagem Simples
-Tambores de plástico, alumínio, plástico e outros metais (tampa
removível ou não): 250L (grupo de embalagens I), 450L (grupo de
embalagens II e III)
Embalagens Compostas
- Plástico com tambor externo de aço ou alumínio, plástico com
tambor externo de fibra, plástico ou compensado: 250L (grupo de
embalagens I, II e III)
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7Periculosidade
Grupo de Embalagens: Os líquidos inflamáveis classificam-se para
fins de embalagens segundo 3 grupos, conforme o nível de risco:
* Grupo de Embalagens I - alto risco
* Grupo de Embalagens II - risco médio
* Grupo de Embalagens III - baixo risco
Embalagens ou Embalagens Simples: Recipientes ou quaisquer
outros componentes ou materiais necessários para embalar, com a função
de conter e proteger líquidos inflamáveis.
Embalagens Combinadas: Uma combinação de embalagens,
consistindo em uma ou mais embalagens internas acondicionadas numa
embalagem externa.
Embalagens Compostas: Consistem em uma embalagem externa e
um recipiente interno, construídos de tal forma que o recipiente interno e a
embalagem externa formam uma unidade que permanece integrada, que
se enche, manuseia, armazena, transporta e esvazia como tal.
3.5 NR 16 - Anexo (*) - Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substancias Radioativas.
A portaria GM n.º 518 de abril 2003 torna atividades e operações com
radiações ionizantes ou substancias radioativas atividades perigosas. O
quadro de atividades e suas áreas de risco estão disponíveis no Anexo H.
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8Periculosidade
3.6 NR 16 - Anexo 3 - Atividades e Operações Perigosas com Exposições a Roubos e Outras Espécies de Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial.
A Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013 torna atividades
e operações perigosas com exposição a roubos e outras espécies de
violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial.
O anexo 3 da NR16 vem separado em 3 itens:
1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras
espécies de violência física são consideradas perigosas.
2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial
os trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:
a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de
segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança
privada, devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça,
conforme lei 7102/1983 e suas alterações posteriores.
b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou
pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias,
aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela
administração pública direta ou indireta.
3. As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou
outras espécies de violência física, desde que atendida uma das condições
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9Periculosidade
do item 2, são as constantes do quadro presente no anexo I abaixo:
3.7 NR 16 - Anexo X - Atividades e Operações Perigosas Energia Elétrica.
4. ANEXOS
4.1 Anexo A
4.2 Anexo B
4.3 Anexo C
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10Periculosidade
4.4 Anexo D
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11Periculosidade
4.5 Anexo E
Atividades Adicional de 30%
na produção, transporte,
processamento e armazenamento de
gás liqüefeito.
na produção, transporte, processamento e
armazenamento de gás liqüefeito.
no transporte e armazenagem de
inflamáveis líquidos e gasosos
liqüefeitos e de vasilhames vazios
não desgaseificados ou decantados.
todos os trabalhadores da área de operação.
no transporte de inflamáveis líquidos e
gasosos liquefeitos em caminhão-
motorista e ajudantes.
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12Periculosidade
tanque.
no transporte de vasilhames (em
caminhão de carga),
contendo inflamável líquido, em
quantidade total igual ou
superior a 200 litros, quando não
observado o disposto nos
subitens 4.1 e 4.2 deste Anexo.
motorista e ajudantes
no transporte de vasilhames (em
carreta ou caminhão de
carga), contendo inflamável gasosos e
líquido, em quantidade
total igual ou superior a 135 quilos.
motorista e ajudantes.
nas operação em postos de serviço e
bombas de
abastecimento de inflamáveis líquidos.
operador de bomba e trabalhadores que
operam na área
de risco.
4.6 Anexo F
Atividades Área de risco
Poços de petróleo em
produção de gás.
círculo com raio de 30 metros, no mínimo,
com centro na
boca do poço.
Tanques de inflamáveis
líquidos
Toda a bacia de segurança
Tanques elevados de
inflamáveis gasosos
Círculo com raio de 3 metros com centro
nos pontos de
vazamento eventual (válvula registros,
dispositivos de
medição por escapamento, gaxetas).
Enchimento de vagões –
tanques e caminhões –
tanques com
inflamáveis líquidos.
Círculo com raio de 15 metros com centro
nas bocas de
enchimento dos tanques.
Enchimento de vagões-
tanques e caminhões-tanques
Círculo com 7,5 metros centro nos pontos
de vazamento
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13Periculosidade
inflamáveis gasosos
liquefeitos.
eventual (válvula e registros).
Manutenção de viaturas-
tanques, bombas e
vasilhames que
continham inflamável líquido.
Local de operação, acrescido de faixa de
7,5 metros de
largura em torno dos seus pontos externos.
abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no
mínimo, círculo
com raio de 7,5 metros com centro no
ponto de
abastecimento e o círculo com raio de 7,5
metros com
centro na bomba de abastecimento da
viatura e faixa de
7,5 metros de largura para ambos os lados
da máquina.
4.7 Anexo G
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14Periculosidade
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15Periculosidade
4.8 Anexo H
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16Periculosidade
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17Periculosidade
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18Periculosidade
4.9 Anexo I
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19Periculosidade
4.10Anexo G
5. REFERÊNCIAS
• MINISTÉRIO DO TRABALHO.NR 16: Atividade e Operações Perigosas.
Brasília, 2013. 11p.
• MINISTÉRIO DO TRABALHO.NR 19: Explosivos. Brasília, 2004. 4 p.
• QUALIDADE BRASIL. O que é Periculosidade? Disponível em
<http://www.qualidadebrasil.com.br/artigo/seguranca_no_trabalho/o_que_e_p
ericulosidade>. Acesso em 23 de Maio de 2014.
• GUIA TRABALHISTA. Periculosidade. Disponível em
DANIEL BALDASSO E DANIEL HUMBERTO – 26/05/2013
20Periculosidade
<http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/periculosidade.html>. Acesso em 23
de Maio de 2014.
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