Download - Viabilidade Econômica dos Planos de Saúde Oferecidos pelas Cooperativas Médicas - Unimed -
Viabilidade Econômica Viabilidade Econômica dos Planos de Saúde dos Planos de Saúde
Oferecidos pelas Oferecidos pelas Cooperativas Médicas Cooperativas Médicas
- Unimed -- Unimed -
Domingos Silva Domingos Silva LavecchiaLavecchia
Diretor PresidenteDiretor Presidente
Federação Regional Nordeste PaulistaFederação Regional Nordeste Paulista
Sistema Unimed Nordeste PaulistaSistema Unimed Nordeste Paulista
(*) – Fonte: Folha Singulares – (**) Estimativa Singulares 5,8 indiretos para cada 1 direto ref.rede credenciada
17 Cooperativas Unimed Singulares
750 mil750 mil
clientesclientes
2,7 mil2,7 mil
cooperadcooperadosos
3,9 mil 3,9 mil empregos empregos diretos *diretos *
22,7 mil 22,7 mil empregos empregos indiretos * *indiretos * *
A Regulamentação e as A Regulamentação e as dificuldades dela dificuldades dela
decorrentesdecorrentes
• Provisão de Risco Equivalente a 50% das contraprestações de planos de saúde Cobradas em pré-pagamento.Instituída em 2001, a provisão de risco foi extinta para 2010, mas imobilizou grande volume de recursos da OPS no tempo que vigorou
• PEONA Representa em média 1,44 do faturamento das Cooperativas. Provisão para cobertura de atendimentos já prestados e não avisados à operadora
• Provisão para Remissão Reserva para garantir a cobertura da assistência de familiares em caso de concessão de assistência pelo falecimento do titular do plano.
• Margem de Solvência Regra de elevação do Patrimônio Líquido da Cooperativa.É certo que as cooperativas terão que constituir em mais 8 anos, o mesmo valor que levou 40 anos para edificar em seu PL
Provisões Técnicas e Margem de Solvência
• Com este cenário, verificamos que as operadoras cooperativas terão num futuro próximo, de 14 a 21% de todo seu patrimônio engessado como garantia das provisões técnicas, afetando significativamente o giro de suasoperações
Provisões Técnicas e Margem de Solvência
Tratamento contábil das provisões técnicas
Embora sejam permanentes e por prazo indeterminado, as provisões técnicas devem OBRIGATORIAMENTE serem registradas como Passivo (obrigação) circulante.
Entretanto, como parte das provisões podem ser garantidas com lastro imobiliário, este lastro fica registrado do lado do Ativo Permanente no balanço da operadora
RESULTADO: redução acentuada do índice de liquidez corrente e deficiência no Capital Circulante Líquido
O Fluxo dos Ativos GarantidoresO Fluxo dos Ativos Garantidores
As Operadoras As Operadoras
devem registrar junto à ANS devem registrar junto à ANS
quais os ativos constantes quais os ativos constantes
em seu balanço patrimonial em seu balanço patrimonial
serão destinados à cobertura serão destinados à cobertura
das provisões técnicas e das provisões técnicas e
excedente da dependência excedente da dependência
operacional, bem como o operacional, bem como o
volume financeiro volume financeiro
correspondente.correspondente.
Registro Vinculação Custódia
Esta vinculação se dá através da transferência dos valores para Esta vinculação se dá através da transferência dos valores para
conta específica nos agentes de custódia CETIP, SELIC ou CBLC, conta específica nos agentes de custódia CETIP, SELIC ou CBLC,
ou mediante convênio entre a ANS e Instituições Financeiras ou mediante convênio entre a ANS e Instituições Financeiras
responsáveis pelos fundos específicos ou, ainda, através de responsáveis pelos fundos específicos ou, ainda, através de
gravame na certidão vintenária no caso de garantia em imóveisgravame na certidão vintenária no caso de garantia em imóveis. .
Diariamente a ANS tem acesso à posição de custódia/aplicação Diariamente a ANS tem acesso à posição de custódia/aplicação
de cada operadora com a relação de ativos vinculados e volume de cada operadora com a relação de ativos vinculados e volume
financeiro. financeiro.
Cobertura das Provisões Técnicas com Ativos Garantidores
MENOS recursos no Fluxo de Caixa em MENOS recursos no Fluxo de Caixa em
decorrência dos Ativos Garantidores, com a decorrência dos Ativos Garantidores, com a
cooperativa tendo até mesmo que recorrer a capital cooperativa tendo até mesmo que recorrer a capital
junto às instituições financeiras para seus junto às instituições financeiras para seus
investimentos ou administração de suas obrigações, investimentos ou administração de suas obrigações,
permanecendo os ativos garantidores IMEXÍVEIS, e permanecendo os ativos garantidores IMEXÍVEIS, e
aplicados em Fundos com taxas muito menores que a aplicados em Fundos com taxas muito menores que a
do capital contratado. do capital contratado.
Resultado . . .
De acordo com a compilação de Dados da DIOPS do De acordo com a compilação de Dados da DIOPS do 3º 3º
Trimestre de 2009Trimestre de 2009, as Operadoras possuíam:, as Operadoras possuíam:
Patrimônio Líquido =Patrimônio Líquido = R$ 18,3 bilhões R$ 18,3 bilhões
Aplicações Vinculadas às Provisões =Aplicações Vinculadas às Provisões = R$ 7,1 bilhões R$ 7,1 bilhões
Contraprestação Líquida Média Mensal =Contraprestação Líquida Média Mensal = R$ 4,9 R$ 4,9
bilhõesbilhões
Resultado = Resultado = 1,46 faturamento mensal imobilizado 1,46 faturamento mensal imobilizado
em aplicações que a OPS não pode movimentarem aplicações que a OPS não pode movimentar
Resultado . . .
EFEITO: Concentração do Mercado
Qualidade Assistencial x Risco FinanceiroQualidade Assistencial x Risco FinanceiroQ
UA
LID
AD
EQ
UA
LID
AD
EA
SS
ISTEN
CIA
LA
SS
ISTEN
CIA
L
Risco Econômico Financeiro
Enquanto as cooperativas Enquanto as cooperativas
médicas filosoficamente médicas filosoficamente
focaram sua atuação na focaram sua atuação na
qualidade assistencial, as qualidade assistencial, as
sociedades mercantis sempre sociedades mercantis sempre
focaram no LUCRO.focaram no LUCRO.
Partindo dessa premissa, Partindo dessa premissa,
tememos que prevaleça tememos que prevaleça
quem tenha melhor vocação quem tenha melhor vocação
para o LUCRO e não para a para o LUCRO e não para a
MELHOR ASSISTÊNCIA.MELHOR ASSISTÊNCIA.
Coberturas
Ampliação do ROL de Coberturas Obrigatórias ocorre primeiro e depois se vê como pagar a conta.
Forte impacto da mídia em relação à demandas por absorção de novas e caras tecnologias, muitas vezes de forma indiscriminada
Os reajustes são insuficientes para cobrirem o aumento dos custos assistenciais
Cenário das Operadoras de Saúde Cenário das Operadoras de Saúde (continuação)(continuação)
Índices de reajuste autorizados pela ANS: Reajuste Maio 2007: 5,76%Variação dos Custos Assistenciais das Operadoras Cooperativas
entre 2006 e 2007 (Fonte: ANS) = 9,16%Variação dos Custos Assistenciais das Operadoras Medicina de
Grupo entre 2006 e 2007 (Fonte: ANS) = 14,9%
Reajuste Maio 2008: 5,48%
Reajuste Maio 2009: 6,76%Variação dos Custos Assistenciais das Operadoras Cooperativas
entre 2007 e 2008 (Fonte: ANS) = 10,7%Variação dos Custos Assistenciais das Operadoras Medicina de
Grupo entre 2007 e 2008 (Fonte: ANS) = 8,76%
Interferência nos Planos Coletivos
Até outubro de 2009:Obrigatoriedade de liberação das carências contratuais e cobertura de Doenças e Lesões Pré-Existentes somente para contratos com mais de 50 beneficiários.
A partir de novembro de 2009:Pela RN 195 da ANS, a obrigatoriedade de liberação das carências contratuais e cobertura de Doenças e Lesões Pré-Existentes alcançarão os contratos superiores a apenas 30 beneficiários.
RESULTADO: ELEVAÇÃO DO RISCO, EXTENSIVO INCLUSIVE AOS CONTRATOS JÁ ASSINADOS, VIGENTES ANTES DA VIGÊNCIA DA EDIÇÃO DAS NOVAS REGRAS
COMO GARANTIR O EQUILÍBRIO COM ESSA REGULAMENTAÇÃO ???
A rescisão do contrato podia ser
feita por ambas as partes
e a qualquer tempo
Até outubro 2009Só poderá ocorrer após 12 meses de
vigência, exceto nos casos de fraude ou
inadimplência, e mediante prévia
notificação da outra parte com
antecedência mínima de 60 dias.
A partir de novembro de 2009
Planos coletivos: não bastava elevar o RISCO, era preciso “CASAR” com ele . . .
Os REAJUSTES definidos
entre as partes podiam
acontecer mais de uma
vez no ano, bastando
serem comunicado à ANS
Até outubro de 2009
Nenhum contrato poderá receber REAJUSTE por
variação de custos em periodicidade inferior a
12 meses.
Não poderá haver reajustes diferenciados para
beneficiários de um mesmo contrato.
Não poderá haver distinção entre o valor
cobrado dos beneficiários que já fazem parte do
plano e os que vierem a ser incluídos
A partir de novembro de 2009
CASAMENTO com o RISCOContinuação . . . .
Com o recolhimento trimestral em favor da ANS do valor de R$ 0,50 por beneficiário
(equivalente a R$ 2,00 Beneficiário/Ano), as Cooperativas Médicas juntas recolhem anualmente a título de TAXA DE SAÚDE SUPLEMENTAR o valor aproximado de
R$ 30 milhões ao ano
Taxa de Saúde Suplementar
Uma disparidade . . .
Com as crescentes reservas técnicas exigidas pela ANS, as operadoras passarão a ter sua estrutura financeira muito semelhante à estrutura de uma Seguradora, no entanto . . .
As seguradoras possuem a oportunidade de diversificarem sua carteira de clientes em diferentes segmentos, com diferentes riscos e diferentes margens, enquanto . . .
As OPS possuem OBRIGATORIAMENTE carteira de clientes com praticamente um único produto, com margens cada dia menores e OBRIGAÇÕES cada dia maiores.
OBS: Pela legislação vigente, somente as sociedade SEGURADORAS podem contratar resseguros (uma forma de garantir o risco de suas operações)
Outra disparidade . . .
A legislação brasileira preconiza que as atividades cooperativas sejam ESTIMULADAS
O órgão regulador impõe exigências iguais às operadoras cooperativas e as operadoras mercantis, no entanto, estas entidades possuem estrutura de formação de capital diferenciadas.
As mercantis fazem IPOs e recorrem ao capital do mercado, colocando títulos no mercado, enquanto que as sociedades cooperativas, por definição de Lei, têm seu capital integralizado pelo próprio médico cooperado.
UMA PERGUNTA: É correta a exigência de um mesmo Patrimônio Líquido para entidades que genuinamente possuem estrutura de capital tão diferente ??
Com este cenário temos . . .
Resultado Líquido anual nas cooperativas médicas oscilando entre 1 e 2%, no máximo
Diminuição expressiva e em muitos casos até mesmo a perda total da capacidade de reinvestir
Tendência de concentração excessiva do mercado em grandes empresas que mercantilizam a medicina
O consumidor terá cada vez menos opção de saúde suplementar privada fora dos grandes centros, alternativa hoje oferecida com QUALIDADE e ÉTICA pelo sistema cooperativo em localidades onde o interesse econômico dos grandes grupos é menor
Uma reflexão . . .
Num país de dimensões continentais, economias regionalizadas, e neste mercado com sociedades juridicamente tão diferentes, é correta a imposição de uma regra única a todas as Operadoras ?
Com a baixa cultura preventiva na população, com projeção de decréscimo da população (baixa taxa de fecundidade) e com aumento da expectativa de vida dos idosos, é possível uma regulação que castrou quaisquer possibilidades das operadoras interferirem na geração de demandas comprovadamente desnecessárias de acesso aos recursos de assistência à saúde ?
Dr. Domingos Silva Lavecchia
Diretor Presidente
Federação das Unimeds do Nordeste Paulista