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Ver e Olhar Revista MensalNº 4 Dezembro de 2012 destinos
Festival Micológico: Alcaide encheu as ruas sobre a temática, a
maior festa no país sobre o tema.
Magusto: Fatela
Maunça: Açor
Passeio fotográfico: Nos trilhos do Açor
Iluminação de Natal: As ruas da Covilhã ganharam beleza
especial, como manda a época.
Luís Agostinho
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João Afonso
Novembro foi um mês rico em atividades no concelho do Fundão, As
festas começadas por M, Magusto, Maunça e Míscaros deram vida
as Aldeias de Fatela, Açor e Alcaide. Ver e Olhar destinos esteve
presente em todas, e retiramos o melhor que encontramos nestas
paragens e refletimos aqui as imagens captadas.
Já neste mês de Dezembro mês de Natal, trazemos até si o calor do
madeiro de outros anos, num reviver as tradições, e que ainda bem,
algumas aldeias teimam em manter. As noites frias de Dezembro,
aquecem de forma especial na noite de 24, com muita companhia
junto as enormes fogueias que ao longo da noite perpetuam
rompendo o gelo e aquecendo os corpos e as almas em seu redor,
fogueiras que criam formas e contornos dignos de registo.
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O Raide fotográfico da
Maunça, integrado nas
festas da Maunça, percorreu
os tilhos da serra do Açor,
com a orientação dos
caminheiros da Gardunha,
os convivas foram levados
entre os trilhos e caminhos
entre a Enxabarda e o Açor,
numa distância de 8 Km. Foi
sem dúvida um dia muito
especial, tanto pelos muitos
f o t ó g r a f o s q u e
compareceram, bem como
pelo percurso em si, entre as
trilhas da serra, avistamos
sítios magníficos dignos de
registo, que abrem o apetite
para mais visitas.
Raide fotográfico _ Maunça.
Imagem: Luís Agostinho
Fotografias | Luís Agostinho
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Raide fotográfico _ Maunça.
O Vale repleto de verdura, alberga em si uma paisagem singular.
Os Cursos de água, proporcionam imagens únicas, sendo fonte de vida e inspiração .
Fotografias | João Afonso
A Serra é sem dúvida um local emblemático que nos faz recuar
no tempo e reviver histórias e locais. Em cada recanto
descobrimos como o nosso país é bonito.
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Raide fotográfico _ Maunça.
São muitos os cantos onde a vida corre livre.
Não é em vão que se chama a rota dos castanheiros, ao longo do percurso, podemosver as formas que algumas árvores centenárias tomaram ao longo de séculos.
Igreja da Enxabarda.
Fotografias | Luís Agostinho
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Raide fotográfico _ Maunça.
Rota dos Castanheiros, ao longo do seu percurso somos brindados com um património natural e histórico sem igual.
Entre trilhos e caminhos, encontra-se milhares de tons e sons, que elevam o espírito e que nos encorajam a caminhar.
Fotografias | João Afonso
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Luzes de Natal _ Covilhã.
Como vem sendo hábito, a Covilhã vestiu-se para receber o Natal, as luzes do centro da cidade,
dão um novo colorido ás ruas, criando o espírito da quadra que se avizinha. Pelourinho, Rua Rui
Faleiro, Visconde da Coriscada, Campos Melo e António Augusto Aguiar, entre outras,
deslumbram quem por elas passa pela beleza da iluminação e criatividade da decoração,
relembrando a tradicional árvore de Natal e suas tradições.
Fotografias | Luís Agostinho
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Luzes de Natal _ Covilhã.
Feliz Natal aos nossos leitores.
Fotografias | Luís Agostinho
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Quis a noite de 24 de Dezembro ser tão fria, para simbolizar o menino jesus no berço, no dia do seu
nascimento, manda a tradição acender o madeiro à porta da igreja. Segundo as regras, são os jovens à data
da sua inspeção militar os que organizam esta fogueira. Enraizada ainda em muitas aldeias do país, os jovens
tentam ter o melhor e mais quente madeiro da região. A nós coube-nos recolher imagens do melhor que o
fogo tem, cor, vida e calor, principalmente nesta altura do ano. A tradição ainda é o que era.
Madeiros
Fotografias | Luís Agostinho
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Magusto_FatelaFatela
A castanha surge como o grande mote da
festa, o tradicional magusto. Tradição
secular que a aldeia da Fatela, não deixa
passar despercebido e organiza pelo
segundo ano consecutivo.
Durante um fim-de-semana, as ruas da
Fatela compõem-se por inúmeras
tasquinhas mostrando a quem visita o
melhor desta aldeia. Evento, este onde
nem a chuva parou os muitos visitantes
que rumaram ao tradicional magusto, para
a prova da boa castanha e jeropiga. Nas
ruas a animação esteve a cargo de vários
grupos e que se sentiu ecoar em todo o
espaço, reviveu-se a tradição. A oferta foi
da mais variada, desde licores à boa
comida.
Fotografias | Luís Agostinho
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Magusto_Fatela
Nem a chuva que se fez sentir fez
arredar pé a quem não quis perder a
festa. As ruas bem animadas,
convidaram, e as tascas aqueciam
quem nela se abrigou, a boa pinga
ajudou a superar o frio e a chuva que
também não quis faltar.
Fotografias | Luís Agostinho
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Magusto_Fatela
Fotografias | João Afonso
A aldeia destacou-se assim por um fim-de-semana com grande animação e boa
disposição, por parte dos habitantes e visitantes. Se, em tempos os campos e
terrenos da Fatela eram repletos de castanheiros, hoje são poucos os que ainda se
avistam nas suas longas florestas, que deram lugar a outras árvores e que muitos
incêndios destruíram. Tendo a vontade sido maior, ninguém passou indiferente ao
tema deste evento. Esta aldeia do concelho do Fundão, reuniu centenas de pessoas
que animaram as suas ruas e o tema abordado.
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Maunça_Açor
Amostra gastronómica do Açor
A Serra do Açor localizada no concelho do Fundão é umas das mais emblemáticas serranias.
Alberga a terra que lhe deu o nome, localizada a meia encosta, a aldeia do Açor permanece
interiorizada e rodeada por pinhal, floresta, e, muitos castanheiros. Esta aldeia, única, que
durante muito tempo soube manter a tradição e a boa gastronomia, abriu mais um ano as
portas, para mostrar como se come bem por estas paragens. De um modo geral, de todas as
festas do Concelho, a Maunça é sem sombra de dúvida a que se mantem igual a si mesma, isto
é; a mais tradicional, a que mais reflete a aldeia e a originalidade do tema. As ruas são
decoradas com materiais que a terra teima em oferecer, a comida em geral, confecionada ali,
bem como os licores, de vasta variedade, são do mais típico e autêntico sabor.
Fotografias | Luís Agostinho
Maunça
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Maunça_Açor
Fotografias | João Afonso
Quem visita o Açor sente-se em casa, as
portas abrem-se, e, logo surge um convite
para entrar num ambiente quase que familiar.
Onde além de toda a comida, não falta o que
beber, sendo o custo quase que simbólico.
Açor é merecedor de uma visita não só no dia
da festa, mas, o ano inteiro. O Açor é
possuidor nobre em paisagem, natureza, e
sobretudo na calma que se sente por estas
paragens, sendo estes fatores, sem dúvida o
melhor cartaz que uma aldeia possa oferecer.
Por outras bandas, não são muitos, os
espaços com tanta oferta no que diz respeito a
natureza. Por aqui em cada “canto”, respira-
se ar puro rodeado de uma paisagem ímpar
sem igual.
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Míscaros_Alcaide
Terra secular, situada na encosta norte da Gardunha, ladeada por enormes
arvoredos, e inúmeros pomares de cereja. É muito procurada pelos “míscaros” que
nas suas serras abundam. Quase no sopé da Gardunha, o Alcaide conta com séculos
de história, terra de gente importante no panorama politico no final do século IX e
início do Século XX, Alcaide é berço do conselheiro
João Ferreira Franco Pinto Castelo Branco (Alcaide, Fundão, 14 de Fevereiro de 1855
- 4 de Abril de 1929) foi um dos políticos dominantes da fase final da monarquia
constitucional portuguesa.
Natural de Alcaide (Fundão), era formado em direito pela Universidade de Coimbra.
Ocupou vários cargos na magistratura judicial (delegado do procurador régio), nas
alfândegas e no Tribunal Fiscal e Aduaneiro. Eleito deputado às Cortes em 1884 (pelo
círculo eleitoral de Guimarães), rapidamente subiu na vida política ocupando vários
postos ministeriais e a presidência do conselho de ministros. Entrando em dissidência
com Hintze Ribeiro, abandonou o Partido Regenerador e formou o Partido
Regenerador Liberal. Dirigiu o destino do país no início do século XX. Mas a freguesia
de Alcaide, tenta ainda inscrever os seus dias na história. Terra de fruta é palco, da
maior festa anual sobre a temática da micologia. Micologia ou micetologia (ciência
que estuda os fungos).
Fotografias | Luís Agostinho
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Míscaros_Alcaide
Fotografias | Luís Agostinho
Os micólogos (micologistas ou micetologistas) pesquisam taxonomia, sistemática, morfologia, fisiologia, bioquímica,
utilidades, e os efeitos benéficos e maléficos das espécies de fungos, que podem ser parasitas, saprófitos ou
decompositores. Este é o tema que durante um fim-de-semana reúne inúmeras pessoas na aldeia, dando uma vida única
aos dias e noites que durante o festival, tudo entorna á volta destes fungos. As ruas ganham cor e vida, com as tasquinhas e
a boa comida, onde o festival anima rua a rua, noite após noite. As ruas, travessas e becos transformam-se em palcos, onde
os concertos não se desmotivam com a chuva ou frio, que se faz sentir nesta época. Onde, em cada espaço existe sempre
uma bebida que reconforte o corpo até à próxima tasca. Um festival único e exemplar merecedor de uma visita.
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Créditos:Luís AgostinhoJoão Afonso
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